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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ

4ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TERESINA-PI

EXMA. SRA. DRA. JUÍZA DE DIREITO DA 4ª VARA CRIMINAL DE


TERESINA-PI

Processo n. 7XXX9
ROUBO MAJORADO
Vítima: XXXXX

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através


de sua representante nesta Comarca, no uso de suas atribuições legais,
vem, à presença de V. Exa., representar pela

QUEBRA DE SIGILO TELEFÔNICO


(INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA)

do IMEI n. 354332XXX, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir


expostos:

I- DA SINOPSE DOS FATOS

Os presentes autos de inquérito policial narram delito de


ROUBO MAJORADO PELO CONCURSO DE PESSOAS, previsto no art. 157,
§2º, inciso II, do Código Penal, praticado na data de 17.11.2008 em face da
vítima XXXXX, qualificada às fls. 03.

Narrou a vítima que dois infratores de identidade


desconhecida a abordaram em frente à calçada da Universidade Estadual do
Piauí-UESPI, campus Pirajá, nesta capital, e subtraíram, mediante grave
ameaça, um aparelho celular marca SAMSUNG, modelo SGH-E250, IMEI n.
35433XX, avaliado em R$513,35, vide fls. 04 dos autos.

Instaurado o inquérito policial, as investigações até o


momento não lograram êxito na identificação dos mencionados assaltantes,
não havendo outro meio ordinário de prova para achar o paradeiro dos
mesmos.
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ
4ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TERESINA-PI

II – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

A Constituição Federal de 1988 assegura a regra da


inviolabilidade do sigilo das comunicações telefônicas, erigindo-a à categoria
de garantia individual, prevista no artigo 5º, inciso XI, admitindo, de forma
excepcional, a sua flexibilidade, nas hipóteses que tiverem por fim
investigação criminal ou instrução processual penal.

Tal mandamento constitucional foi regulamentado pela Lei


nº 9.296/96, estabelecendo o art. 4º que “o pedido de interceptação de
comunicação telefônica conterá a demonstração de que a sua realização é
necessária à apuração de infração penal, com indicação dos meios a serem
empregados”, sem prejuízo da análise dos demais requisitos contidos no
art. 2º, incisos I, II e III, parágrafo único, do mencionado diploma
normativo.

Na hipótese sob exame, as diligências policiais ordinárias até


aqui realizadas não lograram êxito na identificação dos infratores,
especialmente pelo fato de que o crime foi cometido de forma clandestina,
sem que outras testemunhas tivessem presenciado o fato ocorrido.

Assim, torna-se necessário adotar a medida excepcional de


interceptação das comunicações telefônicas originadas do mencionado IMEI
como medida para possibilitar a prisão em flagrante dos mencionados
infratores ou do respectivo receptador da res furtiva, procedendo-se, assim,
à recuperação e à restituição do bem à vítima.

No caso, a presente representação atente aos requisitos da


Lei n. 9.296/96, especialmente porque que a sua realização é realmente
necessária à apuração da infração penal praticada em face da vítima, até o
momento sem solução.

Com efeito, o sucesso da investigação policial depende do


deferimento da presente representação, sendo no momento o único meio de
prova ainda disponível para o esclarecimento da autoria delitiva.

Estão sobejamente demonstrados no caso, ainda,


contundentes indícios de autoria e materialidade relativos à infração penal,
os quais são fundamento suficiente ao deferimento da cautelar pleiteada.

III – DO PEDIDO

Diante do exposto, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO


DO PIAUÍ REPRESENTA pela DECRETAÇÃO DE QUEBRA DO SIGILO
TELEFÔNICO do IMEI n. XXX938, para que, em caráter de urgência,
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sejam procedidas às devidas diligências de interceptação telefônica pelo


prazo de 15 dias, prorrogáveis por igual período (se necessário), sob
responsabilidade direta da autoridade policial.

Em caso de deferimento da presente representação, faz-se


necessário:

1. correr a interceptação em autos apartados para resguardar


o sigilo das investigações, conforme determina o art. 8º da
Lei 9.296/96;

2. constar no respectivo mandado judicial o nome completo,


matrícula funcional, RG, CPF e endereço de lotação da
autoridade policial responsável pela investigação, no
intuito de dar celeridade ao cumprimento das
requisições judiciais junto às operadoras telefônicas.

Nestes termos, pede deferimento.


Teresina, 23 de março de 2011

Luzijones Felipe de Carvalho Façanha


Promotora de Justiça

Juliano J. Sousa dos Anjos


Técnico Ministerial

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