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HEMORRAGIAS PRIMÁRIAS
Ocorrem em decorrência da ruptura de artérias perfurantes, como as:
Devido aos vasos acometidos, as hemorragias
Artérias lentículo-estriadas primárias localizam-se principalmente nas regiões
Artérias tálamo-perfurantes centrais do encéfalo:
Ramos paramedianos da artéria basilar Corpo estriado (caudado e putâmen): 50%
Ramos da transição da SB para a SC Tálamo: 15%
As pequenas artérias sofrem alterações degenerativas decorrentes da hipertensão Ponte: 10-15%
arterial e da arterioesclerose, com consequentes alterações vasculares, como:
Substancia branca: 10-20%
Microaneurismas
Cerebelo: 10%
Necrose hialina ou fibrinoide (lipo-hialinólise)
HEMORRAGIAS SECUNDÁRIAS
As hemorragias secundárias ocorrem por rupturas de vasos terminais na substancia branca subcortical e predominam fora das áreas centrais
do encéfalo e, por isso, são chamadas de hemorragias lobares. São causadas por:
1/3: hipertensão arterial
2/3: tumores, MAVs, ruptura de aneurismas, disccrasias sanguíneas e angiopatia amiloide.
Toda hemorragia lobar deve ter sua etiologia investigada!
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Déficits neurológicos progressivos, de início súbito, geralmente com o paciente consciente;
Nem sempre os déficits são acompanhados por cefaleia;
Alteração da consciência é incomum e, quando presente, geralmente indica sangramento na ponte.
Hemorragia do putâmen:
Hemiparesia e hemiplegia – devido ao comprometimento da cápsula interna;
Déficit sensorial (tálamo), hemianopsia, disfasia, alteração do olhar conjugado nos casos de hemorragias maiores;
Hemorragia do tálamo:
Déficit sensorial unilateral;
Hemiparesia, hemiplegia e disfasia podem acompanhar hemorragias maiores (cápsula interna);
Hemorragias lobares: as manifestações clínicas dependem da região do sangramento
DIAGNÓSTICO: TC
Localização e tamanho do hematoma, além da etiologia do sangramento;
Hidrocefalia, herniações e edema – complicações
Acompanhamento da evolução da lesão
Quando fazer angiografia? Em hematomas lobares, na ausência de HAS
A RNM deve ser indicada na investigação de pacientes com hemorragias lobares quando a TC e a angiografia não foram capazes de
esclarecer a etiologia do sangramento.
TRATAMENTO
Tratamento cirúrgico:
Objetivo: interromper o sangramento Hemorragias do putâmen
o Controle da pressão arterial
Pacientes com deterioração acelerada: redução do nível de
o Controle de coagulopatias
consciência e déficits neurológicos progressivos;
o Redução do efeito de massa e HIC – drenagem
Hematomas com > 3cm
cirúrgica
Hemorragias talâmicas não tem indicação cirúrgica!
o Prevenção de crises convulsivas (?)
Hemorragias lobares:
Hematomas exercem efeito de massa
Etiologia tratável cirurgicamente
PROGNÓSTICO
Hemorragia primária: mortalidade geral de 25%. Se existe hemorragia intraventricular, a mortalidade se eleva para 70%. O
prognóstico depende do nível de consciência no momento de admissão e do volume do hematoma.
Hemorragia putaminal: depende do déficit inicial do paciente. Quanto menor o déficit, melhor o prognóstico.