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Definição de atenção: Conjunto de processos psicológicos que torna o ser humano capaz de
selecionar, filtrar e organizar as informações em unidades controláveis e significativas. A
atenção pode ser definida como a direção da consciência, o estado de concentração da
atividade mental sobre determinado objeto. A determinação do nível de consciência é
fundamental para a avaliação da atenção.
Neuropsicologia da atenção:
Estruturas do SN relacionadas à atenção: sistema reticular ativador ascendente (SRAA) no
tronco cerebral, tálamo e o corpo estriado em nível subcortical, e em nível cortical, o córtex
parietal posterior direito (não-dominante), o córtex pré-frontal, o giro cingulado anterior
(região frontal), estruturas do lobo temporal medial do sistema límbico.
SRAA – possibilita nível de consciência básico para manter a vigilância necessária para os
processos de atenção. Fornece a preparação inespecífica à atenção.
Núcleos intralaminares do tálamo – filtram sinais enviados pelo SRAA e os projetam para o
núcleo caudado (no corpo estriado) e para o córtex pré-frontal e para outras áreas corticais
(exceto para áreas sensoriais primárias).
Núcleo reticular do tálamo – possui associações recíprocas como o córtex pré-frontal e com
núcleos sensoriais do tálamo. Age como um filtro, permitindo que apenas algumas
informações prossigam em direção ao córtex cerebral.
Córtex parietal – envolvido com a seleção sensorial (atenção seletiva visual e atenção dirigida
ao espaço extrapessoal).
Córtex frontal do cíngulo – vincula-se à intensidade do foco de atenção e à motivação.
Córtex pré-frontal – mais revelante para atenção. Área pré-frontais dorsolaterais: seleção de
resposta e controle seletivo; além de desempenharem um papel na manutenção da
flexibilidade da resposta e na geração de alternativas de respostas, assim como na memória de
trabalho e no sequenciamento de informação temporal. Lesões nessas áreas dorsolaterais
levam a alterações da atenção (distraibilidade, impersistência e perseveração – repetição
automática de respostas); Áreas pré-frontais orbitomediais: modulação dos impulsos, humor e
memória de trabalho. Lesões nessas áreas levam a alterações da atenção relacionadas a
impulsividade, desinibição e labilidade afetiva.
Lobos temporais (estruturas límbicas) – envolvidas no interesse afetivo (atração, motivação,
importância do estímulo e carga emocional que este ou aquele objeto desperta na mente).
Nesse sentido, há o consenso de que os aspectos motivacionais e afetivos da atenção,
mobilizados em áreas límbicas, devem interagir com os aspectos de seleção e hierarquização
da atividade consciente, elaborados em áreas pré-frontais e parietais, produzindo um vetor
final, a saber, a atividade atencional do indivíduo.
Anormalidades da atenção:
1. Hipoprosexia: Diminuição global da atenção. Perda básica da capacidade de concentração,
com fatigabilidade aumentada, dificultando a percepção dos estímulos ambientais e a
compreensão. Lembranças ficam mais difíceis e imprecisas, há dificuldade crescente em todas
as atividades psíquicas complexas (pensar, raciocinar, integração de informações etc).
2. Aprosexia: total abolição da capacidade de atenção.
3. Hiperprosexia: estado de atenção exacerbada.
4. Distração: sinal de superconcentração ativa da atenção sobre determinados conteúdos ou
objetos, com a inibição de tudo o mais. Há certa hipertenacidade e hipovigilância. Ex: cientista.
5. Distraibilidade: ao contrário da distração, é um estado patológico que se exprime por
instabilidade marcante e mobilidade acentuada da atenção voluntária, com dificuldade ou
incapacidade para fixar-se ou deter-se em qualquer coisa que implique esforço produtivo. A
atenção é muito facilmente desviada de um objeto para outro.
Transtornos mentais:
A atenção quase sempre está alterada nos transtornos mentais graves.
Frequentes alterações da atenção: Transtornos do humor (depressão e transtorno bipolar),
transtorno obsessivo compulsivo (TOC), esquizofrenia e transtorno de déficit de
atenção/hiperatividade (TDAH).
1. Transtornos do humor: importantes dificuldades de concentração e atenção constante. São
típicas certas alterações da atenção dos estados depressivos e dos estados maníacos.
Quadros maníacos: diminuição da atenção voluntária e aumento da atenção espontânea, com
hipervigilância e hipotenacidade.
Quadros depressivos: hipoprosexia. Em alguns casos graves, ocorre a fixação da atenção em
certos temas depressivos (hipertenacidade), com rigidez e alguma diminuição da capacidade
de mudar o foco da atenção (hipovigilância). Isso acontece pelo fato de o indivíduo estar em
depressão grave, muitas vezes voltado totalmente para si, concentrado em conteúdos de
fracasso, doença, culpa, pecado, ruína, etc. Em pacientes deprimidos, o desempenho
prejudicado em tarefas de atenção constante é, de modo geral, proporcional à gravidade do
estado depressivo. A atenção seletiva sensorial é geralmente menos afetada.