Sie sind auf Seite 1von 34

A cultura da graviola

Lígia Broglio Micheletti


Estagiária PAE

Junho, 2017
Família Annonaceae

Anonáceas de destaque no mercado

A. cherimola Mill. X A. Squamosa L.


Atemóia
Annona muricata L. Annona squamosa L. Annona cherimola Mill.
Graviola Pinha Cherimóia
A. reticulata
Condessa
Rollinia mucosa Rollinia sp.
Biribá Araticum

Duguetia lanceolata Annona glabra


Pindaíva Araticum-do-brejo Annona crassiflora
Marolo
Família Annonaceae: 135 gêneros,
compreendendo 2500 espécies

Gênero Annona: 118 espécies

108 10
Graviola

Em espanhol: Guanábana

Em inglês: Soursop

Em francês: Corossolier Annona muricata


No Brasil: jaca de pobre,
jaca-do-Pará, coração-de-
rainha, araticum manso,
araticum grande..
Origem e dispersão

Origem: América Central e norte da


América do Sul;

Introduzida no Brasil por espanhóis nos


séculos 16 e 17;

Cultivada em diversas regiões:


Venezuela, Colômbia, Porto Rico, Costa
Rica, México, Panamá, Jamaica, Cuba,
Espanha, Índia, Honduras, Guiana,
Suriname, Brasil, Peru, Senegal e
Singapura (RAMOS et al., 2001);

México: maior área plantada (SÃO JOSÉ,


et al., 2014).
O Mercado da graviola

Brasil: 2º maior produtor


mundial;

2ª anonácea em área cultivada


e em produção;

CEAGESP: R$ 5,5 a 6,8/kg

Ainda é pequena a quantidade


2005 2011
comercializada sob a forma de
fruta fresca

350 % 2010: 241 2012: 346


ton ton Fonte: SÃO JOSÉ et al., 2014; LEMOS, 2014;
CEAGESP, 2013)
Regiões de cultivo

Sudeste Centro-oeste Produtividade


Norte 5% 1%
13% Sul da Bahia: 5,6 t/ha

Pomares mais
produtivos: 12 t/ha
Nordeste
81%

Nível tecnológico
empregado
Fonte: IBGE, 2009
Consumo
Acetogeninas

Atividades citotóxica, antitumoral,


inseticida, vermicida, antimicrobiana,
imunossupressora, antiemética, Propriedades anticancerígenas
inibidora do apetite, etc..

Extratos de sementes de
anonáceas: estudado em 65
espécies de insetos

Urbanos Agrícolas

Atuam nas mitocôndrias, inibindo a


NADH, causando a morte destes
Anosom®,
organismos (ZAFRA-POLO et al., 1996;
produzido na
LÜMMEN, 1998).
Índia
Aspectos botânicos

A planta

Árvore de pequeno a
médio porte: 3,5 a 9
metros;

Tronco único, casca


marrom-acinzentada;

Folhas perenes, inteiras e


coriáceas;

Sistema radicular vigoroso


e abundante, adaptável a
diversos tipos de solos.
Aspectos botânicos

A flor

Flores hermafroditas;

Formato subgloboso ou piramidal;

Coloração verde-escuro a verde-


clara;

Distribuídas em pedúnculos curtos,


axilares ou diretamente no tronco

Solitárias ou agrupadas;

3 sépalas, 6 pétalas;

Abrem-se ao amanhecer, perdendo


as pétalas posteriormente.
Aspectos botânicos

O fruto

Baga, pesando de 1, 2, 5kg até 10kg;

Forma variável, muitas vezes assimétrico ou disforme no ápice;

Espinhos carnosos;

Casca verde-escura a verde-clara;

Falsos espinhos, moles e curvos;

Gomos de coloração esbranquiçada, mole, ácida e aromática.


Composição do fruto

Alto conteúdo de vitaminas


A, C e complexo B;

Cálcio e fósforo;

Fibras;

Valor energético.

Fonte: USDA, 2007


Produção de mudas

Sexuada Semente
.

Enxertia
Assexuada

Estaquia
Multiplicação por sementes

Perda de poder
Retirada das germinativo
sementes 30 a 40 dias

Variabilidade genética

A indústria requer qualidade e


uniformidade de frutos

60 a 90 dias
Produtores ainda utilizam o método
sexuado
Mudas com 3 a 4 folhas podem
ser transplantadas
Enxertia
Borbulhia ou
garfagem

Cultivares Copa

Araticum-do-brejo: A. glabra

Falsa graviola: A. montana Porta-


enxerto
Biribá: Rollinia mucosa

Incompatibilidade dentro das anonáceas

Annona muricata x Annona squamosa


A. muricata x A. cherimola
A. muricata x A. hybrida
210 dias
Cultivares

Angola, Porto Rico, Cuba, Venezuela, Colômbia


Variam quanto à acidez, forma, consistência
.

Brasil: Cultivares mexicanas, colombianas e


venezuelanas
FAO, Morada, Lisa, Blanca - EMBRAPA, 1981

Produz até 40kg polpa/planta/ano, frutos grandes, polpa


firme, sabor subácido a ácido, maior tolerância à broca-
do-fruto e broca-do-tronco.

Seleções Brasileiras: Gigante de Alagoas, Seleção de


Ibimirim, Cerradina.
Clima e solo

Regiões tropicais e subtropicais

.
Altitudes: > produtividade em regiões de baixa altitude
Temperatura: 18°C a 29°C
Precipitação média: superior a 1000 mm/ano

Irrigação: regiões com pluviosidade média de 600 a 800


mm/ano

Solos profundos, boa aeração, bem drenados, pH 5,5 a 6,5


Plantio

Sul: primavera, após a possível ocorrência de geadas tardias


Sudeste e Centro-oeste: outubro e novembro, com replantio em dezembro
Nordeste: em qualquer época do ano, mediante irrigação
Norte: dezembro e janeiro

Preparo do solo: aração e gradagem

Abertura das covas 40 x 40 x 40 a 60 x 60 x 60 cm

Terra da superfície + esterco +


150 a 200g de superfosfato
simples

Espaçamento: 6 x 6 m até 8 x 8
m
Plantio consorciado

No Sul da Bahia,
65,7% dos
produtores
utilizam a técnica

Ajuda a custear os três primeiros anos,


quando o pomar ainda não tem produção consistente

Atraso na produção: sombreamento


Poda
Abertura
central da
copa

2,2 a 2,6 m
3 a 5 pernadas

Desponte

Facilitar a aplicação de defensivos,


Formação polinização, ensacamento e
colheita.
Florescimento e polinização

Dicogamia protogínica e heterostilia: dificultam a polinização


natural

Anatomia da flor inibe a visita de agentes


.

polinizadores

Colatus truncatus

Flores doadoras de pólen: terminais


Polinização manual
-Durante a manhã
-Pincel Flores receptoras de pólen: porção
basal a média dos ramos
Florescimento, polinização e frutificação

Fixação de frutos, Venezuela:


polinização manual - 96% x polinização natural - 9%
.

Sul da Bahia: 2% dos produtores fazem polinização manual


(FREITAS, 2012)

Aumento da produtividade:
Polinização
2 a 4 vezes o nº de
manual frutos/planta

Uniformidade de frutos
Desbaste e ensacamento de frutos

Eliminação de frutos defeituosos


ou doentes

Broca-do-fruto (Cerconota anonella) e


Broca-da-semente (Bephrateloides
maculicollis)

Frutos de 3 a 5 cm

Diversos materiais

Sul da Bahia: 87%


ensacam os frutos
(FREITAS, 2012)
Colheita

Não coletivo, podendo se


Ponto de colheita: aparência externa estender até 9 meses em
verde-escuro brilhante a verde-claro opaco plantas polinizadas
manualmente

.
Proteção da
almofada floral

Manual
Oferta de frutos

2a3 22 a 31
.
anos semanas

Florescimento Colheita
Muda
enxertada

Em condições de sequeiro, no Cerrado: entre abril e


setembro, com concentração em junho e julho
Oferta de
frutos Frutos durante todo o ano, com picos marcantes,
influenciados pelas condições climáticas da região de
cultivo.
Pós-colheita

Fruto climatérico

.
20 a 22ºC:
6 a 7 dias
“De vez”
12ºC: 7 dias

Temperatura
ambiente: 1 a 3
Maduros dias
5 a 12ºC: 7 dias

Refrigeração prolongada:
escurecimento da casca e
depreciação do produto
Despolpamento

Sul da Bahia: produtores


organizados sob a forma de
cooperativas e sindicatos

.
93,8% comercializa o produto
fresco para despolpamento;
2,5% realizam a despolpa
completa;
3,7% realiza as duas formas de
processamento.
Empresa Graviola da Bahia, em Wenceslau Guimarães-BA

5º polpa mais vendida em


agroindústrias despolpadoras do
Nordeste (LEMOS, 2014);

O preço pago ao produtor concentra-se


na faixa de R$ 1,10 a 1,35/kg (SÃO
JOSÉ et al., 2014).
Principais pragas

Broca-do-fruto (Cerconota anonella)

Broca-da-semente (Bephrateloides maculicollis)

Broca-do-tronco (Cratosomus bombina)


Principais doenças

Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides)


Fungo que ataca ramos jovens, botões florais e frutos.
Botões florais e frutos pequenos, causa lesões escuras,
provocando morte e queda. Em frutos já desenvolvidos, incita
lesões escuras com formações róseas no centro. Podem
rachaduras na casca e apodrecimento do fruto.
.

Podridão-seca-do-fruto (Botryodiplodia
Cancro depressivo (Phomopsis sp.)
theobromae)
Ataca ramos, tronco, botões florais e
O fungo provoca a morte dos ramos e
frutos. Em ramos e tronco, provoca lesões escuras
até da planta. Observa-se exsudações ou
sob a casca, morte e secamento de ponteiros. Os
manchas pretas que evoluem para a
botões florais e os pequenos frutos são mais
morte do tecidos.
atingidos.

Podridão-parda-do-fruto (Rhizopus stolonifer)


Causa podridão aquosa, tornando a polpa escura e com odor.
Doença que ocorre com maior incidência no período de chuvas
prolongadas e temperaturas noturnas abaixo de 15ºC.
Obrigada
Literatura consultada

MANICA, I. et al. Frutas anonáceas: Ata ou pinha, atemólia, cherimólia e graviola.


Tecnologia de produção, pós-colheita e mercado. Porto Alegre: Cinco Continentes, 2003.

SÃO JOSÉ, A. R. Anonáceas, produção e mercado (pinha, graviola, atemóia e cherimólia.


Vitória da Conquista: DFZ/UESB, 1997.

SÃO JOSÉ, A. R. et al. Atualidades e perspectivas das anonáceas no mundo. Palestra


Anonáceas – V Congresso internacional & encontro brasileiro sobre Annonaceae: do
gene à exportação. V.36, p. 86-93, 2014.

LEMOS, E. E. P de. A produção de anonáceas no Brasil. Palestra Anonáceas – V


Congresso internacional & encontro brasileiro sobre Annonaceae: do gene à
exportação. Botucatu, SP. V. 36, p. 77-85, 2014.

Das könnte Ihnen auch gefallen