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01/02/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.

RESPONSABILIDADE DO ESTADO

INTRODUÇÃO

A moderna teoria do órgão público sustenta que as condutas


praticadas por agentes públicos, no exercício de suas atribuições, devem ser
imputadas ao Estado. Assim, é natural considerar que o Estado responde pelos
prejuízos patrimoniais causados pelos agentes públicos a particulares, em
decorrência da função administrativa.

Nesse tema responsabilidade do Estado iremos investigar o


dever estatal de ressarcir particulares por prejuízos civis e extracontratuais
experimentados em decorrência de ações ou omissões de agentes públicos no
exercício da função administrativa.

O tema é disciplinado pelo artigo 37, § 6º da Constituição


Federal: “as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”.

1. Evolução Histórica

a) TEORIA DA IRRESPONSABILIDADE – também chamada de


teoria feudal, regalista ou regaliana, a teoria da irresponsabilidade do Estado
era própria dos Estados Absolutistas nos quais a vontade do Rei tinha força de lei.
Os monarcas eram considerados “representantes de Deus na
terra”, escolhidos e investidos diretamente da própria divindade. Por isso,
eventuais prejuízos causados pelo Estado deveriam ser atribuídos à providência
divina e, se Deus não erra, o atributo da inerrância se estendia aos governantes
nomeados por Ele.

b) TEORIA DA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA- conhecida também


como teoria da responsabilidade com culpa, teoria intermediária, teoria
mista ou teoria civilista. O Estado passa a ser responsável por todos os casos
de condutas ilícitas. A responsabilidade subjetiva exige:

- conduta,

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- dano, sob pena de enriquecimento ilícito,

- nexo causal e

- culpa ou dolo.

Portanto, essa teoria se apóia na lógica do direito civil, na medida em que


o fundamento da responsabilidade é a noção de CULPA. Daí, a necessidade de a
vítima comprovar, para receber a indenização, a ocorrência simultânea dos 4
requisitos acima: ato, dano, nexo causal e culpa ou dolo.

Embora tenha representado um grande avanço em relação ao período


anterior, a teoria subjetiva nunca se ajustou perfeitamente às relações de direito
público diante da hipossuficiência do administrado frente ao Estado. A
dificuldade da vítima em comprovar judicialmente a ocorrência de culpa ou dolo
do agente público prejudicava a aplicabilidade do funcionamento prático da teoria
subjetiva.

Entretanto, importante destacar que, excepcionalmente, a teoria


subjetiva ainda é aplicável no direito público brasileiro, em especial quanto
aos danos por omissão e na ação regressiva.

c) TEORIA DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA – também


denominada teoria da responsabilidade sem culpa ou teoria
publicista, afasta a necessidade de comprovação de culpa ou dolo do agente e,
fundamenta o dever de indenizar na noção de RISCO. Quem presta um serviço
público assume os risco dos prejuízos que eventualmente
causar,independentemente da existência de culpa ou dolo.

Para esta teoria, o pagamento da indenização é efetuado somente após a


comprovação, pela vítima, de 3 requisitos: ato, dano e nexo causal.

A excludente da responsabilidade pode vir com a ausência de qualquer dos


três elementos. Há duas teorias para responder essa pergunta: teoria do risco
integral, o Estado responde sempre, não se admitindo excludente; teoria do
risco administrativo, admite-se excludente quando faltar qualquer dos
elementos.

No Brasil, aplica-se a TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO, ou seja, há


excludente de responsabilidade civil objetiva do Estado brasileiro, ou seja,
ausência de qualquer dos elementos exclui a responsabilidade.

São excludentes, a culpa exclusiva da vítima, força maior e culpa de


terceiro.

Vejamos:

- Culpa exclusiva da vítima – ocorre culpa exclusiva da vítima quando o


prejuízo é conseqüência da intenção deliberada do próprio prejudicado. São
casos em que a vítima utiliza a prestação do serviço público para causar dano a si
própria. Exemplo: suicídio em estação do Metrô; pessoa que se joga na frente da
viatura para ser atropelada.

No caso de CULPA CONCORRENTE em que a vítima e o agente público


provocam, por culpa recíproca, a ocorrência do prejuízo. Nesses casos, fala-e
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em concausas. Exemplo: acidente de trânsito causado porque a viatura e o carro


do particular invadem ao mesmo tempo, a pista alheia. Nesses casos, a questão
se resolve com a produção de provas periciais para determinar o maior culpado. A
culpa concorrente NÃO exclui responsabilidade, mas diminui. Se não houver como
saber quanto cada um participou no dano, jurisprudência é no sentido de dividir
ao meio.

- força maior - é um acontecimento involuntário, imprevisível e incontrolável


que rompe o nexo de causalidade entre a ação estatal e o prejuízo sofrido pelo
particular. Exemplo erupção de vulcão que destrói vila de casas.

Segundo Alexandre Mazza, em sua obra Manual de direito administrativo,


3ª edição, Saraiva, 2013, p. 328, o caso fortuito não exclui a
responsabilidade estatal, aquele que o dano é decorrente de ato humano ou de
falha da Administração. Exemplo: rompimento de adutora.

- culpa de terceiro – ocorre quando o prejuízo pode ser atribuído a pessoa


estranha aos quadros da Administração Pública. Exemplo: prejuízo causado por
atos de multidão. Mas, no dano provocado por multidão, o Estado responde se
restar comprovada a culpa.

Cabe destacar que, a TEORIA DO RISCO INTEGRAL, entretanto é


aplicável no Brasil, em situações excepcionais: Vejamos:

- acidentes de trabalho (infortunística): nas relações de emprego público, a


ocorrência de eventual acidente de trabalho impõe ao Estado o dever de indenizar
em quaisquer casos, aplicando a teoria do risco integral.

- Indenização coberta pelo seguro obrigatório para automóveis (DPVAT):


o pagamento da indenização do DPVAT é efetuado mediante a simples prova do
acidente e do dano decorrente, independentemente da existência de culpa, haja
ou não resseguro, abolida qualquer franquia de responsabilidade do segurado (art.
5º da Lei nº 6.194/74).

- atentados terroristas em aeronaves: por força do disposto nas Leis n.ºs


10.309/2001 e a de nº 10.744/2003, a União assumiu despesas de
responsabilidade civil perante terceiros na hipótese de ocorrência de danos e bens
e pessoas, passageiros ou não, provocados por atentados terroristas, atos de
guerra ou eventos correlatos, ocorridos no Brasil ou no exterior, contra aeronaves
de matrícula brasileira operadas por empresas brasileiras de transporte aéreo
público, excluídas as empresas de táxi-aéreo (art. 1º da Lei n. 10.744/2003)

- quantos aos danos ambientais – segundo aponta Alexandre Mazza, em sua


obra Manual de direito administrativo, editora Saraiva, 3ª edição, 2013, p. 327:
“por força do art. 225, § § 2º e 3º da CF , há quem sustente que a reparação do
prejuízo ambiental causados pelo Estado seria submetida à teoria do risco
integral. Porém, considerando a posição majoritária entre os jusambientalistas, é
mais seguro defender em concursos a aplicação da teoria do risco administrativo
para anos ambientais”.

2. ELEMENTOS – CF/88 – artigo 37, § 6º

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(A) PESSOAS

“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de


serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa”.

“As pessoas jurídicas de direito público”: administração direta, autarquias e


fundações.

“as de direito privado prestadoras de serviços públicos”: empresas públicas,


sociedades de economia mista, concessionárias.

“Seus agentes, nessa qualidade”: agente é qualquer um que exerça função


pública. Mas tem que ser na qualidade de servidor; se servidor resolve matar
esposa no final de semana, obviamente não cabe indenização do Estado.

(B) CONDUTA

Hoje, apesar de o Brasil adotar a responsabilidade objetiva, convivem ambas as


responsabilidades, objetiva e subjetiva.

(1) ATO COMISSIVO. Na conduta comissiva, aplica-se a RESPONSABILIDADE


OBJETIVA.

(2) ATO OMISSIVO. Nos casos de omissão por ato ilícito, aplica-se
responsabilidade subjetiva, exigindo-se dever legal e dano evitável (Estado não
é salvador universal, precisa estar dentro da reserva do possível). Caso do
preso que se suicida com roupa do colega; neste caso, suicídio é inevitável;
caso preso se suicide com arma que entra na prisão, há dever descumprido,
Estado responde.

(3) SITUAÇÕES DE RISCO. Quando o Estado cria uma situação de risco maior
do que a necessária, o Estado responde por uma AÇÃO, responsabilidade
objetiva, portanto. Exemplo: acidente causado por falha de semáforo. A regra
geral, vez que a finalidade é proteção da vítima, é a responsabilidade objetiva.
Material bélico, material nuclear etc. criam situações de risco pelas quais o
Estado é responsável objetivamente. Preso mata o outro, Estado responde?

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Sim, por responsabilidade objetiva, vez que Estado assume risco ao colocar
número exagerado de presos no mesmo local.

(C) DANO

Não é qualquer dano. Imagine-se museu, em torno do qual, inúmeros


estabelecimentos aparecem; se Estado muda local do museu, não tem como
indenizar, porque dano precisa envolver DIREITO. Dano precisa ser também
CERTO (determinado ou determinável), ESPECIAL (vítima certa, dano
particularizado) e NORMAL (trânsito não dá para indenizar, porque é dano normal;
a mesma coisa com os danos causados por construção de viaduto: dano normal
dessa atividade).

(D) DIREITO DE REGRESSO DO ESTADO CONTRA O AGENTE

A Constituição Federal prevê a utilização de ação regressiva contra o


agente, mas somente nos casos de dolo ou culpa. Assim, a responsabilidade do
agente público é subjetiva, pois pressupõe a existência de dolo ou culpa.

Essa ação regressiva é proposta pelo Estado contra o agente público


causador do dano, nos casos de dolo ou culpa (art. 37, § 6º). Sua finalidade é a
apuração da responsabilidade pessoal do agente público. Tem como pressuposto
já ter sido o Estado condenado na ação indenizatória proposta pela vítima.

Como a Constituição Federal determina que a ação regressiva é cabível nos


casos de dolo ou culpa, impõe-se a conclusão de que a ação regressiva é baseada
na teoria subjetiva.

Em razão do princípio da indisponibilidade, a propositura da ação


regressiva, quando cabível é um dever do Estado, e não uma simples faculdade.

Sobre a questão do prazo para propositura da ação


regressiva, predomina o entendimento, baseado no artigo 37, § 5º, da CF/88, de
que a ação regressiva é imprescritível. Todavia, quando se tratar de dano
causado por agente ligado, a empresas públicas, sociedade de economia mista,
fundações governamentais, concessionárias e permissionários, isto é, para
pessoas de direito jurídicas de direito privado, o prazo é de 3 anos (art. 206, §
3º, V, do CC) contados do trânsito em julgado da decisão condenatória.

Exercício 1:

A responsabilidade civil do policial decorre:

A)
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da prática de dano por erro determinado por terceiro.

B)

da prática de ofensas verbais ou físicas contra servidores oiu particulares.

C)

apenas da prática de crime funcionalk de que resulte prejuízo para a Fazenda


Pública.

D)

de omissão antijurídica cometida em obediência a ordem superior.

E)

de procedimento doloso ou culposo que importe prejuízo à Fazenda Pública ou a


terceiros.

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Exercício 2:

A responsabilidade civil do Estado encontra fundamento na Constituição


Federal, aplicando-se sob a modalidade:

A)

subjetiva quando se tratar da prática de atos lícitos e objetiva quando se tratar de


aos ilícitos.

B)

subjetiva, tanto para atos comissivos quanto para atos omissivos.

C)

objetiva para atos comissivos, ainda que lícitos.

D)

subjetiva para atos comissivos dolosos, praticados por agentes públicos.

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E)

objetiva quando se tratar de danos causados a terceiros, excluída qualquer


responsabilização para a prática de atos omissivos.

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Exercício 3:

A responsabilidade civil do concessionário de serviço público é:

A)

subisidiária ao poder concedente;

B)

subjetiva;

C)

objetiva;

D)

solidária com o poder concedente;

E)

não há responsabilidade alguma pela prestação do serviço prestado.

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Exercício 4:

O Estado pode ser condenado a indenizar a mãe de um preso assinado


dentro da própria cela por outro detento?

A)

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Sim, ante a responsabilidade objetiva do Estado.

B)

Não, porque o dano não foi causado por agente estatal.

C)

Sim, desde que provada culpa dos agentes penitenciários na fiscalização do


detentos.

D)

não, porque não há vínculo causal entre o evento danos e o comportamento estal.

E)

Nenhuma das alternativas anteriores.

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Exercício 5:

O motorista de um automóvel de passeio trafegava na contramão de


direção de uma avenidade quando colidiu com uma ambulância estadual
que trafegava na mão regular da via, em alta velocidade porque acionada
a atender uma ocorrência. A responsabilidade civil do acidente deve ser
imputada.

A)

ao civil que conduzia o veículo e invadiu a contramão, dando causa ao acidente,


não havendo nexo de causalidade para ensejar a responsabilidade do Estado.

B)

ao Estado,uma vez que um veículo estatual (ambulância) estava envolvido no


acidente, o que enseja a responsabilidade objetiva.

C)

ao Estado, sob a modalidade subjetiva, devendo ser comoprovada a culpa do


motorista da ambulância.

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D)

tanto ao civil quanto ao Estado, sob a modalidade subjetiva, em razão de culpa


concorrente

E)

ao civil que conduzia o veículo, que responde sob a modalidade objetiva no que
concerne aos danos apurados na viatura estadual,

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Exercício 6:

A responsabiliadade civil objetiva, da Administração Pública, compreende


os danos causados aos particulares, até mesmo

A)

sem haver culpa ou dolo do agente, pelo ato ou fato danoso

B)

quando houver culpa do respectivo paciente

C)

sem nexo causal entre fato e o dano

D)

quando o seu agente não agiu nessa condição, ao causar o dano

E)

N.D.A.

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