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Estruturas de Concreto Armado e

Concreto Protendido

Prof. Dr. Fernando Artur Nogueira Silva


Fernando Artur Nogueira Silva (farturnog@gmail.com)
Engenheiro Civil, PhD em Engenharia Estrutural;

Professor Permamente do Programa de Pós-graduação e Graduação em


Engenharia Civil da Universidade Católica de Pernambuco;

Área de Pesquisa/Atuação: Estruturas de Concreto Armado e Protendido,


Estruturas Metálicas e Estruturas de Madeira, Modelagem Computacional
de Estruturas em geral.
Conteúdo Programático

A NBR 6118/2014 – Pressupostos normativos


para o Projeto de Estruturas de Concreto;
O papel do contratante;
Diretrizes para a durabilidade das estruturas de
concreto;
Requisitos gerais de qualidade da estrutura;
Critérios de projeto visando a durabilidade;
Conteúdo Programático

A NBR 12.655/2015 – Controle, Preparo e


Recebimento do Concreto;

Ações práticas para o engenheiro;


A NBR – 6118/2014
Razões das mudanças da NBR –
6118/2014
O avanço na tecnologia dos materiais;

Arranjos arquitetônicos mais exigentes;

A disponibilidade de modelos numéricos mais


avançados;

A busca da confiabilidade na segurança das estruturas;

A garantia da qualidade do projeto e das estruturas;

A melhoria e a garantia da durabilidade das estruturas;

O atendimento aos direitos do consumidor .


Distribuição % dos Erros em Estruturas
de Concreto
Distribuição % dos Erros em Estruturas
de Concreto

A redução sistemática desses erros ou problemas,


passa pela existência de normas técnicas
atualizadas, comprometidas com a expectativa do
consumidor final.

Normas que exijam da engenharia a observação


dos seus procedimentos, garantindo um controle
de qualidade que facilite as várias etapas dos
processos da indústria da construção civil.
Normas da ABNT

Projeto NBR6118:2014

NBR6118:2014 Execução NBR14931:2004

Produção (em NBR 7212:2012


central)

Controle NBR12655:2015

Uso e
Manutenção NBR5674:2012

Desempenho NBR 15575:2013


Bibliografia básica
Bibliografia básica
JOAO CARLOS TEATINI
ROBERTO CHUST
Bibliografia básica
Bibliografia básica
Código de Hamurabi

“Se um edifício desaba causando a morte do


proprietário ou de seu filho, qualquer que seja o
motivo, o construtor ou seu filho serão levados à
morte. Se o escravo do proprietário da casa morre, este
deverá receber um escravo de mesmo valor. Se outros
bens são destruídos, estes deverão ser restituídos e as
partes danificadas da moradia deverão ser
reconstruídas às custas do construtor.”
Código de Defesa do Consumidor
(Lei 8.078/90)

SEÇÃO IV - DAS PRÁTICAS ABUSIVAS

Art. 39 - É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços:

VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou


serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos
oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem,
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra
entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial - CONMETRO;
Código de Defesa do Consumidor
(Lei 8.078/90)
SEÇÃO II – DA RESPONSABILIDADE PELO FATO DO
PRODUTO E DO SERVIÇO
Art. 12 – O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o
importante respondem, independentemente da existência de culpa, pela
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes
de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação,
apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.

§ 1º - O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele


legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunstâncias
relevantes ...
Pontos Importantes do Cap. V da
NBR 6118/2014

Requisitos de qualidade da estrutura;

Requisitos de qualidade do projeto;

Avaliação de conformidade do projeto.


Requisitos de qualidade da estrutura

As estruturas de concreto devem atender aos requisitos


mínimos de qualidade classificados em 5.1.2, durante
sua construção e serviço, e aos requisitos adicionais
estabelecidos em conjunto entre o autor do projeto
estrutural e o contratante.
Quesitos de qualidade das estruturas
de concreto
GRUPO I - Capacidade resistente
=> Consiste basicamente na segurança à ruptura.

GRUPO II -Desempenho em serviço


=> Consiste na capacidade da estrutura manter-se em condições de utilização,
não devendo apresentar danos que comprometam em parte ou totalmente o
uso.

GRUPO III –Durabilidade


=> Consiste na capacidade da estrutura resistir às influências ambientais previstas
e definidas em conjunto pelo autor do projeto estrutural e o contratante, no
início dos trabalhos de elaboração do projeto.
Durabilidade – Foco no Usuário
Item 25.4 da NBR 6118/2014

Dependendo do porte da construção e da agressividade do


meio e de posse das informações dos projetos, dos materiais
e produtos utilizados e da execução da obras, deve ser
produzido por profissional habilitado, devidamente
contratado pelo contratantes, um manual de utilização,
inspeção e manutenção;

Este manual deve especificar de forma clara e sucinta, os


requisitos básicos para a utilização e a manutenção
preventiva, necessárias para garantir a vida útil prevista para a
estrutura, conforme NBR 5674:2012.
Durabilidade – Exigências

“As Estruturas de concreto devem ser projetadas e construídas de modo


que sob as condições ambientais previstas na época do projeto e quando
utilizadas conforme preconizado em projeto conservem suas segurança,
estabilidade e aptidão em serviço durante o período correspondente à
vida útil”. (NBR 6118/2014, item 6.1);

“Por vida útil de projeto, entende-se o período de tempo durante o


qual se mantêm as características das estruturas de concreto ...” (NBR
6118/2014, item 6.2);

Visão de futuro => Foco no desepenho da estrutura

Tendência de uniformização das normas internacionais;


Padrão Europeu – CEB;
Padrão Americano – ACI e ALCA;
Inovações da NBR 6118/2014
Conceito NB-1/1960 NB-1/1978 NBR-6118/2014
• Usual: 25 a 35 MPa
• Usual: 15 MPa
fck ou σr • Máx.: 20 MPa
• Usual: 17 MPa • Mín.: 20 MPa
• Máx.:90 MPa

• Pilares: 1,5 cm • Pilares: 2,0 cm • Pilares: (2,5 a 5,0) cm


Cobrimento • Vigas: 1,0 cm • Vigas: 1,5 cm • Vigas: (2,5 a 5,0) cm
• Lajes: 0,5 cm • Lajes: 1,0 cm • Lajes: (2,0 a 4,5) cm

Vida útil • Não considera • Não considera • Considera


Armadura
• 1 • ~ 30% maior • ~ 30% maior
de pilares
• Fase inicial de
Fissuração verificação
• Exigências • Consolidação

Meio ambiente • Não considera • Considera • Considera


Inovações da NBR 6118/2014

Nos projetos das estruturas correntes, a


agressividade ambiental deve ser classificada de
acordo com o apresentado na tabela 6.1 e pode
ser avaliada, simplificadamente, segundo as
condições de exposição da estrutura ou de suas
partes.
Inovações da NBR 6118/2014
Inovações da NBR 6118/2014
Demandas da NBR 12.655/2015
Inovações da NBR 6118/2014
Inovações da NBR 6118/2014

Obs.: Controle rigoroso => - 5 mm


Proteção das armaduras -
cobrimento
A proteção da armadura depende da qualidade do concreto
(compacidade e permeabilidade) e da espessura da camada de
cobrimento;

O cobrimento deve proteger todas as barras da armadura, devendo


por isso ser medido a partir das barras mais próximas à superfície da
peça (considerando inclusive a presença de estribos);

As armaduras de aço dentro da massa de concreto são protegidas


contra a corrosão pelo fenômeno de passivação do aço, que ocorre
em virtude da grande alcalinidade do meio ambiente, pois o pH da
água existente nos poros do concreto atinge valores superiores a 12.5;
Proteção das armaduras -
cobrimento
Película passivadora é uma camada microscópica impermeável
de óxido de ferro. A corrosão só ocorre se ela for destruída.
Causas da destruição da PP
Redução do pH abaixo de 9, por efeito da carbonatação do
concreto da camada de cobrimento;
Presença de íons cloreto ou de outros íons como os
provenientes da poluição atmosférica;
Lixiviação do concreto na presença de fluxos de água que
percolem através de sua massa.

Vídeo Carbonatação - Mehta


Profundidade de carbonatação
Nos concreto expostos ao ar atmosférico, a penetração do gás
carbônico através dos poros capilares provoca fatalmente a
carbonatação da camada de combrimento;
De modo estimado, em condições de perfeita integridade do concreto,
pode-se estimar a seguinte velocidade de penetração da
carbonatação:

Obs.: Não adotar c < 2,5 cm


Profundidade de carbonatação
Desempenho das Edificações
A Lei de Sitter (Regra dos 5)
Contrato de Projetos de Estruturas de
Concreto
Uma das conseqüências da implantação da NBR-
6118/2014, que visa garantir para o usuário final a
segurança, a qualidade e a durabilidade das estruturas
em concreto, é a que diz respeito às responsabilidades
entre as partes envolvidas nos processos de
contratação, verificação e aceitação dos projetos de
estruturas.

Nesta seção sugerimos algumas ações objetivas no


sentido de melhor proceder nas relações projetista e
contratante.
O que não pode deixar de constar nos
contratos

Esclarecer junto ao Contratante os deveres normativos,


ou seja, o que deve ser considerado com obrigatório para
ambas as partes;

Neste caso, vale ressaltar em contrato que o que a norma


estabelece como deve tem que ser acatado sem restrições
ou considerações complementares para todos os
envolvidos no processo, não permitindo outra alternativa às
partes envolvidas se não a de acatá-las e respeitá-las na
íntegra).
O que não pode deixar de constar nos
contratos

Definir em contrato a figura do Contratante, inclusive com o


conhecimento de seu registro no CREA;

Deixar claro, explicitamente no texto, que o mesmo


interlocutor entre as partes tem condições de avaliar e
receber os serviços contratados, bem como de definir, de
comum acordo, as prerrogativas exigidas pela Norma.
O que não pode deixar de constar nos
contratos

Definir, para as partes, que o Contratante conhece os


termos da NBR 6118/2014 no que diz respeito aos
Requisitos Mínimos de Qualidade e que deverá, junto com
o Projetista, estabelecer todas as exigências que envolvem
a durabilidade do empreendimento.
O que não pode deixar de constar nos
contratos

Definir de comum acordo entre o Contratante e o Projetista


da estrutura, em reunião específica mencionada
(especificada) no Contrato, as condições ambientais a que
a estruturas estará submetida no que diz respeito às
Classes de Agressividade Ambientais estabelecidas no
item 6 (Tabela 6.1) da NBR 6119/2014.
O que não pode deixar de constar nos
contratos

Definir de o porte da obra ou sua dificuldade técnica


demandará ou não uma aceitação formal dos serviços
contratados ao Projetista da Estrutura. Em outras palavras
se será realizada ou não uma Avaliação de Conformidade
de Projeto (ACP) – Item 5.3 da NBR 6118/2014;

O Avaliador deve ser habilitado para realizar o trabalho e


deve interagir com o Projetista durante a fase de Projeto e
início da obra.
O que não pode deixar de constar nos
contratos
Definir de comum acordo os requisitos de qualidade do
Projeto a partir das condições arquitetônicas, aspectos
construtivos e integração com os projetos complementares;

Definir os termos de aceitação do Projeto por parte do


Contratante e emissão de termos de conformidade e não
conformidade, quando for o caso;

Definir a quem caberá confeccionar o Manual de Utilização,


Inspeção e Manutenção.
Recebimento e Aceitação do Projeto

Aceitação do Projeto;

Existência de Não Conformidade;

Manual de utilização, inspeção e


manutenção.
Aceitação do Projeto

Cabe ao contratante proceder ao recebimento do


projeto, quando cumpridas as exigências da Norma,
em particular aquelas prescritas na seção 5. Verificada
a existência de não-conformidades, deve ser emitido
termo de aceitação provisório do projeto, do qual
devem constar todas as pendências.

Obs.: Na falta de habilitação técnica do contratante para a


aceitação do projeto, ele deve designar um preposto legalmente
habilitado para tal. Só depois disto emitir termo de recebimento
definitivo do projeto.
Existência de Não Conformidades em
Obras Executadas
Existência de Não Conformidades em
Obras Executadas
Existência de Não Conformidades em
Obras Executadas
AÇÕES PRÁTICAS PARA O ENGENHEIRO
No Projeto
definir com o proprietário da obra a vida útil da estrutura;
conhecer as exigências das normas nacionais e internacionais;
caracterizar as condições do meio ambiente e do subsolo;
especificar um concreto com fck e baixo fator a/c ;
definir um sistema estrutural estável, econômico e de fácil construção;
verificar a influência solo-estrutura;
verificar se as deformações e as flechas máximas, considerando a ação do
tempo, são menores do que os valores limites permitidos;
prever contra-flechas somente para as deformações prováveis;
prever cobrimentos mínimos de acordo com as condições ambientes;
indicar os prazos para a retirada do escoramento e das formas, etc.;
Na Execução
providenciar o recebimento dos projetos, conforme a NBR-6118 ;
conhecer as condições das normas nacionais e internacionais;
planejar a obra com detalhes, com base nos projetos (as built, se for o caso);
controlar rigorosamente os materiais utilizados na estrutura;
planejar, com base no projeto, a retirada das formas e escoramentos;
observar os cobrimentos mínimos exigidos no projeto e nas normas;
observar o diâmetro máximo do agregado e o espaçamento dos ferros;
vibrar adequadamente o concreto;
curar os elementos da estrutura até o dia especificado no projeto;
observar as alturas máximas de lançamento do concreto;
controlar o tempo decorrido entre a betonada e o lançamento do concreto;
fazer o dobramento das armaduras de acordo com as normas;
A questão do fck aos 63 dias - Discussão

Fato: Algumas empresas estão realizando ensaios do CPs de


concreto não aos 28 dias mas sim aos 42 dias (6 semanas) e até
com 63 dias (9 semanas).

Objetivo: Tirar proveito do aumento da resistência após os 28 dias


e assim ter menos dificuldade em atender resistências mais elevadas
(C50 e C60).

Questão: Podemos utilizar em projeto valores de fck que só serão


atingidos aos 42 ou 63 dias?

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