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COPASA-MG

1. Noções básicas de lógica: 1.1 conectivos, tautologia e contradições, implicações e equivalências,


afirmações e negações, argumento, silogismo, validade de argumento. 1.2 Compreensão e elaboração
da estrutura lógica de situações-problema por meio de raciocínio dedutivo. 1.3 Compreensão do processo
lógico que, a partir de um conjunto de hipóteses, conduz, de forma válida, a conclusões determinadas. 1
2. Raciocínio matemático: utilizar o raciocínio matemático para resolver situações e problemas que
envolvam os seguintes conteúdos: 2.1 conjuntos numéricos racionais e reais - operações, propriedades,
problemas envolvendo as quatro operações nas formas fracionária e decimal; números e grandezas
proporcionais; razão e proporção; divisão proporcional; regra de três simples e composta; porcentagem.
2.2 Expressões algébricas: equações de primeiro e segundo graus, sistemas de equações lineares. 2.3
Sequências, Progressão aritmética e Progressão Geométrica. 2.4 Conceito de Função: Função
Polinomial, Exponencial e Logarítmica. 2.5 Geometria Plana: Polígonos regulares, circunferência e
círculo; cálculo de áreas e perímetros. ................................................................................................... 60

Candidatos ao Concurso Público,


O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom
desempenho na prova.
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar
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- Apostila (concurso e cargo);
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Bons estudos!

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1. Noções básicas de lógica: 1.1 conectivos, tautologia e contradições,
implicações e equivalências, afirmações e negações, argumento, silogismo,
validade de argumento. 1.2 Compreensão e elaboração da estrutura lógica de
situações-problema por meio de raciocínio dedutivo. 1.3 Compreensão do
processo lógico que, a partir de um conjunto de hipóteses, conduz, de forma
válida, a conclusões determinadas.

Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores@maxieduca.com.br

ESTRUTURAS LÓGICAS

A lógica a qual conhecemos hoje foi definida por Aristóteles, constituindo-a como uma ciência
autônoma que se dedica ao estudo dos atos do pensamento (Conceito, Juízo, Raciocínio, Demonstração)
do ponto de vista da sua estrutura ou forma lógica, sem ter em conta qualquer conteúdo material.
Falar de Lógica durante séculos, era o mesmo que falar da lógica aristotélica. Apesar dos enormes
avanços da lógica, sobretudo a partir do século XIX, a matriz aristotélica persiste até aos nossos dias. A
lógica de Aristóteles tinha objetivo metodológico, a qual tratava de mostrar o caminho correto para a
investigação, o conhecimento e a demonstração científicas. O método científico que ele preconizava
assentava nos seguintes fases:

1. Observação de fenômenos particulares;


2. Intuição dos princípios gerais (universais) a que os mesmos obedeciam;
3. Dedução a partir deles das causas dos fenômenos particulares.

Por este e outros motivos Aristóteles é considerado o pai da Lógica Formal.

A lógica matemática (ou lógica formal) estuda a lógica segundo a sua estrutura ou forma. A lógica
matemática consiste em um sistema dedutivo de enunciados que tem como objetivo criar um grupo de
leis e regras para determinar a validade dos raciocínios. Assim, um raciocínio é considerado válido se é
possível alcançar uma conclusão verdadeira a partir de premissas verdadeiras.
Em sentido mais amplo podemos dizer que a Lógica está relacionado a maneira específica de
raciocinar de forma acertada, isto é, a capacidade do indivíduo de resolver problemas complexos que
envolvem questões matemáticas, os sequências de números, palavras, entre outros e de desenvolver
essa capacidade de chegar a validade do seu raciocínio.
O estudo das estruturas lógicas, consiste em aprendemos a associar determinada preposição ao
conectivo correspondente. Mas é necessário aprendermos alguns conceitos importantes para o
aprendizado.

Conceito de proposição

Chama-se proposição a todo conjunto de palavras ou símbolos que expressam um pensamento ou


uma ideia de sentido completo. Assim, as proposições transmitem pensamentos, isto é, afirmam,
declaram fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito de determinados conceitos ou entes.
Elas devem possuir além disso:
- um sujeito e um predicado;
- e por último, deve sempre ser possível atribuir um valor lógico: verdadeiro (V) ou falso (F).
Preenchendo esses requisitos estamos diante de uma proposição.

Vejamos alguns exemplos:


A) Júpiter é o maior planeta do sistema Solar
Analisando temos:
- Quem é o maior planeta do sistema Solar? Júpiter, logo tem um sujeito e um predicado;

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- É uma frase declarativa (a frase informa ou declara alguma coisa) e;
- Podemos atribuir um valor lógico V ou F, independente da questão em si.

B) Salvador é a capital do Brasil.


C) Todos os músicos são românticos.

A todas as frases podemos atribuir um valor lógico (V ou F).

TOME NOTA!!!
Uma forma de identificarmos se uma frase simples é ou não considerada frase lógica, ou sentença,
ou ainda proposição, é pela presença de:
- sujeito simples: "Carlos é médico";
- sujeito composto: "Rui e Nathan são irmãos";
- sujeito inexistente: "Choveu"
- verbo, que representa a ação praticada por esse sujeito, e estar sujeita à apreciação de julgamento
de ser verdadeira (V) ou falsa (F), caso contrário, não será considerada proposição.

Atenção: orações que não tem sujeito, NÃO são consideradas proposições lógicas.

Princípios fundamentais da lógica

A Lógica matemática adota como regra fundamental três princípios1 (ou axiomas):

I – PRÍNCIPIO DA IDENTIDADE: uma proposição verdadeira é verdadeira; uma proposição


falsa é falsa.

II – PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma proposição não pode ser verdadeira E falsa
ao mesmo tempo.

III – PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda proposição OU é verdadeira OU é falsa,


verificamos sempre um desses casos, NUNCA existindo um terceiro caso.

Se esses princípios acimas não puderem ser aplicados, NÃO podemos classificar uma frase como
proposição.

Valores lógicos das proposições

Chamamos de valor lógico de uma proposição a verdade, se a proposição é verdadeira (V), e a


falsidade, se a proposição é falsa (F). Designamos as letras V e F para abreviarmos os valores lógicos
verdade e falsidade respectivamente.

Consideremos as seguintes proposições e os seus respectivos valores lógicos:


a) A velocidade de um corpo é inversamente proporcional ao seu tempo. (V)
b) A densidade da madeira é maior que a da água. (F)

A maioria das proposições são proposições contingenciais, ou seja, dependem do contexto para sua
análise. Assim, por exemplo, se considerarmos a proposição simples:

“Existe vida após a morte”, ela poderá ser verdadeira (do ponto de vista da religião espírita) ou falsa
(do ponto de vista da religião católica); mesmo assim, em ambos os casos, seu valor lógico é único — ou
verdadeiro ou falso.

Classificação das proposições

As proposições podem ser classificadas em:


1 Algumas bibliografias consideram apenas dois axiomas o II e o III.

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1) Proposições simples (ou atômicas): são formadas por um única oração, sem conectivos, ou seja,
elementos de ligação. Representamos por letras minusculas: p, q, r,... .

Exemplos:
O céu é azul.
Hoje é sábado.

2) Proposições compostas (ou moleculares): possuem elementos de ligação (conectivos) que ligam
as orações, podendo ser duas, três, e assim por diante. Representamos por letras maiusculas: P, Q, R,
... .

Exemplos:
O ceu é azul ou cinza.
Se hoje é sábado, então vou a praia.

Observação: os termos em destaque são alguns dos conectivos (termos de ligação) que utilizamos
em lógica matemática.

3) Sentença aberta: quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou
valorar a proposição!), portanto, não é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
a) Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou ontem? – Fez Sol ontem?
b) Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
c) Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.
d) Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é verdadeira”
(expressão paradoxal) – O cavalo do meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 3 + 7

Exemplos

1. p( x) : x  4  9

A sentença matemática x  4  9 é aberta, pois existem infinitos números que satisfazem a equação.
Obviamente, apenas um deles, x  5 , tornando a sentença verdadeira. Porém, existem infinitos outros
números que podem fazer com que a proposição se torne falsa, como x  5.

2. q( x) : x  3

Dessa maneira, na sentença x  3 , obtemos infinitos valores que satisfazem à equação. Porém,
alguns são verdadeiros, como x  2 , e outros são falsos, como x  7.

4) Proposição (sentença) fechada: quando a proposição admitir um único valor lógico, seja ele
verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada uma frase, proposição ou sentença lógica.

Observe os exemplos:

Frase Sujeito Verbo Conclusão


Maria é baiana Maria (simples) É (ser) É uma frase lógica
Lia e Maria têm dois irmãos Lia e Maria (composto) Têm (ter) É uma frase lógica
Ventou hoje Inexistente Ventou (ventar) É uma frase lógica
Um lindo livro de literatura Um lindo livro Frase sem verbo NÂO é uma frase lógica
Manobrar esse carro Frase sem sujeito Manobrar NÂO é uma frase lógica
Existe vida em Marte Vida Existir É uma frase lógica

Sentenças representadas por variáveis


a) x + 4 > 5;
b) Se x > 1, então x + 5 < 7;
c) x = 3 se, e somente se, x + y = 15.

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Observação: Os termos “atômicos” e “moleculares” referem-se à quantidade de verbos presentes na
frase. Consideremos uma frase com apenas um verbo, então ela será dita atômica, pois se refere a
apenas um único átomo (1 verbo = 1 átomo); consideremos, agora, uma frase com mais de um verbo,
então ela será dita molecular, pois se refere a mais de um átomo (mais de um átomo = uma molécula).

Questões

01. (INPI - Tecnologista em Propriedade Industrial – CESPE) Um órgão público pretende organizar
um programa de desenvolvimento de pessoas que contemple um conjunto de ações de educação
continuada. Quando divulgou a oferta de um curso no âmbito desse programa, publicou, por engano, um
anúncio com um pequeno erro nos requisitos. Em vez de “os candidatos devem ter entre 30 e 50 anos e
possuir mais de cinco anos de experiência no serviço público” (anúncio 1), publicou “os candidatos devem
ter entre 30 e 50 anos ou possuir mais de cinco anos de experiência no serviço público”.
Considere que X = o conjunto de todos os servidores do órgão; A = o conjunto dos servidores do órgão
que têm mais de 30 anos de idade; B = o conjunto dos servidores do órgão que têm menos de 50 anos
de idade e C = o conjunto dos servidores do órgão com mais de cinco anos de experiência no serviço
público. Sabendo que X, A, B, e C têm, respectivamente, 1.200, 800, 900 e 700 elementos, julgue os itens
seguintes. Sejam p(x) e q(x) sentenças abertas com universo X dadas respectivamente por “o servidor x
tem entre 30 e 50 anos de idade” e “o servidor x possui mais de cinco anos de experiência no serviço
público”.
Então, se C é subconjunto de A∩B, então o conjunto verdade associado à sentença aberta p(x)→q(x)
coincide com o conjunto universo X.
(A) Certo (B) Errado

02. (PM/RR - Soldado da Polícia Militar – UERR) Uma sentença aberta pode ser transformada numa
proposição se for atribuído valor a uma variável. Dada a sentença aberta p(y): y2 > 10, assinale o valor a
ser atribuído para tornar a proposição p(y) verdadeira:
(A) x = 4
(B) y = -2
(C) y = 1
(D) x = 0
(E) y = 5

Respostas

01. Resposta: A.
Se C é subconjunto de A∩B, então todos os servidores com mais de 5 anos de experiência têm entre
30 e 50 anos de idade.
Logo, a sentença p(x)→q(x) é verdadeira.
Mas, se o servidor escolhido tiver uma idade menor que 30 anos ou maior que 50, mesmo sendo p(x)
falsa, dada a tabela verdade, a sentença p(x) →q(x) também será verdadeira.
Logo, para todas as idades dos servidores, a sentença p(x) →q(x) será verdade.
Sendo assim, o conjunto verdade associado à sentença aberta p(x)→q(x) coincide com o conjunto
universo X.

02. Resposta: E.
Analisando as alternativas:
A) x = 4, errado pois não temos a variável x.
B) y = -2, errado, pois −22 = 4 < 10
C) y = 1, errado, pois 12 = 1 < 10
D) x = 0, não temos a variável x.
E) y = 5, correto. 52 = 25 > 10

Conceito de Tabela Verdade

É uma forma usual de representação das regras da Álgebra Booleana. Nela, é representada cada
proposição (simples ou composta) e todos os seus valores lógicos possíveis. Partimos do Princípio do
Terceiro Excluído, toda proposição simples é verdadeira ou falsa , tendo os valores lógicos V (verdade)
ou F (falsidade).

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Quando trabalhamos com as proposições compostas, determinamos o seu valor lógico partindo das
proposições simples que a compõe.

O valor lógico de qualquer proposição composta depende UNICAMENTE dos valores


lógicos das proposições simples componentes, ficando por eles UNIVOCAMENTE
determinados.

Número de linhas de uma Tabela Verdade

Definição:
“A tabela verdade de uma proposição composta com n* proposições simples componentes
contém 2n linhas.” (* Algumas bibliografias utilizam o “p” no lugar do “n”)
Os valores lógicos “V” e “F” se alteram de dois em dois para a primeira proposição “p” e de um em um
para a segunda proposição “q”, em suas respectivas colunas, e, além disso, VV, VF, FV e FF, em cada
linha, são todos os arranjos binários com repetição dos dois elementos “V” e “F”, segundo ensina a Análise
Combinatória.

Construção da tabela verdade de uma proposição composta


Vamos começar contando o número de proposições simples que a integram. Se há n proposições
simples componentes, então temos 2n linhas. Feito isso, atribuimos a 1ª proposição simples “p 1” 2n / 2 =
2n -1 valores V , seguidos de 2n – 1 valores F, e assim por diante.

Exemplos

1) Se tivermos 2 proposições temos que 2 n =22 = 4 linhas e 2n – 1 = 22 - 1 = 2, temos para a 1ª proposição


2 valores V e 2 valores F se alternam de 2 em 2 , para a 2ª proposição temos que os valores se alternam
de 1 em 1 (ou seja metade dos valores da 1ª proposição). Observe a ilustração, a primeira parte dela
corresponde a árvore de possibilidades e a segunda a tabela propriamente dita.

(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-verdade.html)

2) Neste caso temos 3 proposições simples, fazendo os cálculos temos: 2 n =23 = 8 linhas e 2n – 1 = 23
-1
= 4, temos para a 1ª proposição 4 valores V e 4 valores F se alternam de 4 em 4 , para a 2ª proposição
temos que os valores se alternam de 2 em 2 (metade da 1ª proposição) e para a 3ª proposição temos
valores que se alternam de 1 em 1(metade da 2ª proposição).

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(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-verdade.html)

Estudo dos Operadores e Operações Lógicas

Quando efetuamos certas operações sobre proposições chamadas operações lógicas, efetuamos
cálculos proposicionais, semelhantes a aritmética sobre números, de forma a determinarmos os valores
das proposições.

1) Negação ( ~ ): chamamos de negação de uma proposição representada por “não p” cujo valor lógico
é verdade (V) quando p é falsa e falsidade (F) quando p é verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico
oposto daquele de p.
Pela tabela verdade temos:

Simbolicamente temos:
~V = F ; ~F = V
V(~p) = ~V(p)

Exemplos

Proposição (afirmações): p Negação: ~p


Carlos é paulista Carlos NÃO é paulista
Juliana é santista Juliana NÃO é santista
Nicolas está de férias Nicolas NÃO está de férias
Norberto foi trabalhar NÃO É VERDADE QUE Norberto foi trabalhar

A primeira parte da tabela todas as afirmações são verdadeiras, logo ao negarmos temos passam a
ter como valor lógico a falsidade.

- Dupla negação (Teoria da Involução): vamos considerar as seguintes proposições primitivas, p:”
Netuno é o planeta mais distante do Sol”; sendo seu valor verdadeiro ao negarmos “p”, vamos obter a
seguinte proposição ~p: “Netuno NÃO é o planeta mais distante do Sol” e negando novamente a
proposição “~p” teremos ~(~p): “NÃO É VERDADE que Netuno NÃO é o planeta mais distante do Sol”,
sendo seu valor lógico verdadeiro (V). Logo a dupla negação equivale a termos de valores lógicos a sua
proposição primitiva.
p ≡ ~(~p)

Observação: O termo “equivalente” está associado aos “valores lógicos” de duas fórmulas lógicas,
sendo iguais pela natureza de seus valores lógicos.
Exemplo:
1. Saturno é um planeta do sistema solar.
2. Sete é um número real maior que cinco.

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Sabendo-se da realidade dos valores lógicos das proposições “Saturno é um planeta do sistema solar”
e “Sete é um número rela maior que cinco”, que são ambos verdadeiros (V), conclui-se que essas
proposições são equivalentes, em termos de valores lógicos, entre si.

2) Conjunção – produto lógico (^): chama-se de conjunção de duas proposições p e q a proposição


representada por “p e q”, cujo valor lógico é verdade (V) quando as proposições, p e q, são ambas
verdadeiras e falsidade (F) nos demais casos.
Simbolicamente temos: “p ^ q” (lê-se: “p E q”).

Pela tabela verdade temos:

Exemplos

(a)
p: A neve é branca. (V)
q: 3 < 5. (V)
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = V ^ V = V

(b)
p: A neve é azul. (F)
q: 6 < 5. (F)
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = F ^ F = F

(c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = V ^ F = F

(d)
p: A neve é azul. (F)
q: 7 é número ímpar. (V)
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = F ^ V = F

- O valor lógico de uma proposição simples “p” é indicado por V(p). Assim, exprime-se que “p” é
verdadeira (V), escrevendo:
V(p) = V

- Analogamente, exprime-se que “p” é falsa (F), escrevendo:


V(p) = F

- As proposições compostas, representadas, por exemplo, pelas letras maiúsculas “P”, “Q”, “R”, “S” e
“T”, terão seus respectivos valores lógicos representados por:
V(P), V(Q), V(R), V(S) e V(T).

3) Disjunção inclusiva – soma lógica – disjunção simples (v): chama-se de disjunção inclusiva de
duas proposições p e q a proposição representada por “p ou q”, cujo valor lógico é verdade (V) quando
pelo menos uma das proposições, p e q, é verdadeira e falsidade (F) quando ambas são falsas.
Simbolicamente: “p v q” (lê-se: “p OU q”).
Pela tabela verdade temos:

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Exemplos

(a)
p: A neve é branca. (V)
q: 3 < 5. (V)
V(p v q) = V(p) v V(q) = V v V = V

(b)
p: A neve é azul. (F)
q: 6 < 5. (F)
V(p v q) = V(p) v V(q) = F v F = F

(c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p v q) = V(p) v V(q) = V v F = V

(d)
p: A neve é azul. (F)
q: 7 é número ímpar. (V)
V(p v q) = V(p) v V(q) = F v V = V

4) Disjunção exclusiva ( v ): chama-se disjunção exclusiva de duas proposições p e q, cujo valor


lógico é verdade (V) somente quando p é verdadeira ou q é verdadeira, mas não quando p e q são
ambas verdadeiras e a falsidade (F) quando p e q são ambas verdadeiras ou ambas falsas.
Simbolicamente: “p v q” (lê-se; “OU p OU q”; “OU p OU q, MAS NÃO AMBOS”).
Pela tabela verdade temos:

Para entender melhor vamos analisar o exemplo.


p: Nathan é médico ou professor. (Ambas podem ser verdadeiras, ele pode ser as duas coisas ao
mesmo tempo, uma condição não exclui a outra – disjunção inclusiva).
Podemos escrever:
Nathan é médico ^ Nathan é professor

q: Mario é carioca ou paulista (aqui temos que se Mario é carioca implica que ele não pode ser paulista,
as duas coisas não podem acontecer ao mesmo tempo – disjunção exclusiva).
Reescrevendo:
Mario é carioca v Mario é paulista.

Exemplos

a) Plínio pula ou Lucas corre, mas não ambos.


b) Ou Plínio pula ou Lucas corre.

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5) Implicação lógica ou condicional (→): chama-se proposição condicional ou apenas condicional
representada por “se p então q”, cujo valor lógico é falsidade (F) no caso em que p é verdade e q é falsa
e a verdade (V) nos demais casos.

Simbolicamente: “p → q” (lê-se: p é condição suficiente para q; q é condição necessária para p).


p é o antecedente e q o consequente e “→” é chamado de símbolo de implicação.

Pela tabela verdade temos:

Exemplos

(a)
p: A neve é branca. (V)
q: 3 < 5. (V)
V(p → q) = V(p) → V(q) = V → V = V

(b)
p: A neve é azul. (F)
q: 6 < 5. (F)
V(p → q) = V(p) → V(q) = F → F = V

(c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p → q) = V(p) → V(q) = V → F = F

(d)
p: A neve é azul. (F)
q: 7 é número ímpar. (V)
V(p → q) = V(p) → V(q) = F → V = V

6) Dupla implicação ou bicondicional (↔):chama-se proposição bicondicional ou apenas


bicondicional representada por “p se e somente se q”, cujo valor lógico é verdade (V) quando p e q são
ambas verdadeiras ou falsas e a falsidade (F) nos demais casos.
Simbolicamente: “p ↔ q” (lê-se: p é condição necessária e suficiente para q; q é condição necessária
e suficiente para p).

Pela tabela verdade temos:

Exemplos

(a)
p: A neve é branca. (V)
q: 3 < 5. (V)
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ V = V

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(b)
p: A neve é azul. (F)
q: 6 < 5. (F)
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = F ↔ F = V

(c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ F = F

(d)
p: A neve é azul. (F)
q: 7 é número ímpar. (V)
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = F ↔ V = F

Transformação da linguagem corrente para a simbólica

Este é um dos tópicos mais vistos em diversas provas e por isso vamos aqui detalhar de forma a
sermos capazes de resolver questões deste tipo.

Sejam as seguintes proposições simples denotadas por “p”, “q” e “r” representadas por:
p: Luciana estuda.
q: João bebe.
r: Carlos dança.

Sejam, agora, as seguintes proposições compostas denotadas por: “P ”, “Q ”, “R ”, “S ”, “T ”, “U ”, “V ”


e “X ” representadas por:
P: Se Luciana estuda e João bebe, então Carlos não dança.
Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana não estuda.
R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se, João não bebe.

O primeiro passo é destacarmos os operadores lógicos (modificadores e conectivos) e as proposições.


Depois reescrevermos de forma simbólica, vejamos:

Juntando as informações temos que, P: (p ^ q) → ~r

Continuando:

Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana estuda.

Simbolicamente temos: Q: ~ (q v r ^ ~p).

R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se, João não bebe.
(p v r) ↔ ~q

Observação: os termos “É falso que”, “Não é verdade que”, “É mentira que” e “É uma falácia que”,
quando iniciam as frases negam, por completo, as frases subsequentes.

- O uso de parêntesis

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A necessidade de usar parêntesis na simbolização das proposições se deve a evitar qualquer tipo de
ambiguidade, assim na proposição, por exemplo, p ^ q v r, nos dá a seguinte proposições:

(I) (p ^ q) v r - Conectivo principal é da disjunção.


(II) p ^ (q v r) - Conectivo principal é da conjunção.

As quais apresentam significados diferentes, pois os conectivos principais de cada proposição


composta dá valores lógicos diferentes como conclusão.
Agora observe a expressão: p ^ q → r v s, dá lugar, colocando parêntesis as seguintes proposições:
a) ((p ^ q) → r) v s
b) p ^ ((q → r) v s)
c) (p ^ (q → r)) v s
d) p ^ (q → (r v s))
e) (p ^ q) → (r v s)

Aqui duas quaisquer delas não tem o mesmo significado. Porém existem muitos casos que os
parêntesis são suprimidos, a fim de simplificar as proposições simbolizadas, desde que, naturalmente,
ambiguidade alguma venha a aparecer. Para isso a supressão do uso de parêntesis se faz mediante a
algumas convenções, das quais duas são particularmente importantes:

1ª) A “ordem de precedência” para os conectivos é:


(I) ~ (negação)
(II) ^, v (conjunção ou disjunção têm a mesma precedência, operando-se o que ocorrer primeiro, da
esquerda para direita).
(III) → (condicional)
(IV) ↔ (bicondicional)
Portanto o mais “fraco” é “~” e o mais “forte” é “↔”.

Logo: Os símbolos → e ↔ têm preferência sobre ^ e v.

Exemplos

01) p → q ↔ s ^ r , é uma bicondicional e nunca uma condicional ou uma conjunção. Para convertê-
la numa condicional há que se usar parêntesis:
p →( q ↔ s ^ r )
E para convertê-la em uma conjunção:
(p → q ↔ s) ^ r

2ª) Quando um mesmo conectivo aparece sucessivamente repetido, suprimem-se os


parêntesis, fazendo-se a associação a partir da esquerda.

Segundo estas duas convenções, as duas seguintes proposições se escrevem:

Proposição Nova forma de escrever a proposição


((~(~(p ^ q))) v (~p)) ~~ (p ^ q) v ~p
((~p) → (q → (~(p v r)))) ~p→ (q → ~(p v r))

- Outros símbolos para os conectivos (operadores lógicos):


“¬” (cantoneira) para negação (~).
“●” e “&” para conjunção (^).
“‫( ”ﬤ‬ferradura) para a condicional (→).

Em síntese temos a tabela verdade das proposições que facilitará na resolução de diversas questões

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(Fonte: http://www laifi.com.)

01. Vamos construir a tabela verdade da proposição:


P(p,q) = ~ (p ^ ~q)

1ª Resolução) Vamos formar o par de colunas correspondentes as duas proposições simples p e q.


Em seguida a coluna para ~q , depois a coluna para p ^ ~q e a útima contento toda a proposição ~ (p ^
~q), atribuindo todos os valores lógicos possíveis de acordo com os operadores lógicos.

p q ~q p ^~q ~ (p ^ ~q)
V V F F V
V F V V F
F V F F V
F F V F V

2ª Resolução) Vamos montar primeiro as colunas correspondentes a proposições simples p e q ,


depois traçar colunas para cada uma dessas proposições e para cada um dos conectivos que compõem
a proposição composta.
p q ~ (p ^ ~ q)
V V
V F
F V
F F

Depois completamos, em uma determinada ordem as colunas escrevendo em cada uma delas os
valores lógicos.
p q ~ (p ^ ~ q) p q ~ (p ^ ~ q) p q ~ (p ^ ~ q)
V V V V V V V F V V V V F F V
V F V F V F V V F V F V V V F
F V F V F V F F V F V F F F V
F F F F F F F V F F F F F V F
1 1 1 2 1 1 3 2 1

p q ~ (p ^ ~ q)
V V V V F F V
V F F V V V F
F V V F F F V
F F V F F V F
4 1 3 2 1

Observe que vamos preenchendo a tabela com os valores lógicos (V e F), depois resolvemos os
operadores lógicos (modificadores e conectivos) e obtemos em 4 os valores lógicos da proposição que
correspondem a todas possíveis atribuições de p e q de modo que:

P(V V) = V, P(V F) = F, P(F V) = V, P(F F) = V

A proposição P(p,q) associa a cada um dos elementos do conjunto U – {VV, VF, FV, FF} com um
ÚNICO elemento do conjunto {V,F}, isto é, P(p,q) outra coisa não é que uma função de U em {V,F}

P(p,q): U → {V,F} , cuja representação gráfica por um diagrama sagital é a seguinte:

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3ª Resolução) Resulta em suprimir a tabela verdade anterior as duas primeiras da esquerda relativas
às proposições simples componentes p e q. Obtermos então a seguinte tabela verdade simplificada:

~ (p ^ ~ q)
V V F F V
F V V V F
V F F F V
V F F V F
4 1 3 2 1

ÁLGEBRA DAS PROPOSIÇÕES

Propriedades da Conjunção: Sendo as proposições p, q e r simples, quaisquer que sejam t e w,


proposições também simples, cujos valores lógicos respectivos são V (verdade) e F(falsidade), temos as
seguintes propriedades:

1) Idempotente: p ^ p ⇔ p (o símbolo “⇔” representa equivalência).


A tabela verdade de p ^ p e p, são idênticas, ou seja, a bicondicional p ^ p ↔ p é tautológica.

p p^p p^p↔p
V V V
F F V

2) Comutativa: p ^ q ⇔ q ^ p
A tabela verdade de p ^ q e q ^ p são idênticas, ou seja, a bicondicional p ^ q ↔ q ^ p é tautológica.

p q p^q q^p p^q↔q^p


V V V V V
V F F F V
F V F F V
F F F F V

3) Associativa: (p ^ q) ^ r ⇔ p ^ (q ^ r)
A tabela verdade de (p ^ q) ^ r e p ^ (q ^ r) são idênticas, ou seja, a bicondicional (p ^ q) ^ r ↔ p ^ (q ^
r) é tautológica.

p q r p^q (p ^ q) ^ r q^r p ^ (q ^ r)
V V V V V V V
V V F V F F F
V F V F F F F
V F F F F F F
F V V F F V F
F V F F F F F
F F V F F F F
F F F F F F F

4) Identidade: p ^ t ⇔ p e p^w⇔w
A tabela verdade de p ^ t e p, e p ^ w e w são idênticas, ou seja, a bicondicional p ^ t ↔ p e p ^ w ↔ w
são tautológicas.

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p t w p^t p^w p^t↔p p^w↔w
V V F V F V V
F V F F F V V

Estas propriedades exprimem que t e w são respectivamente elemento neutro e elemento absorvente
da conjunção.

Propriedades da Disjunção: Sendo as proposições p, q e r simples, quaisquer que sejam t e w,


proposições também simples, cujos valores lógicos respectivos são V (verdade) e F(falsidade), temos as
seguintes propriedades:

1) Idempotente: p v p ⇔ p
A tabela verdade de p v p e p, são idênticas, ou seja, a bicondicional p v p ↔ p é tautológica.

p pvp pvp↔p
V V V
F F V

2) Comutativa: p v q ⇔ q v p
A tabela verdade de p v q e q v p são idênticas, ou seja, a bicondicional p v q ↔ q v p é tautológica.

p q pvq qvp pvq↔qvp


V V V V V
V F V V V
F V V V V
F F F F V

3) Associativa: (p v q) v r ⇔ p v (q v r)
A tabela verdade de (p v q) v r e p v (q v r) são idênticas, ou seja, a bicondicional (p v q) v r ↔ p v (q v
r) é tautológica.

p q r pvq (p v q) v r qvr p v (q v r)
V V V V V V V
V V F V V V V
V F V V V V V
V F F V V F V
F V V V V V V
F V F V V V V
F F V F V V V
F F F F F F F

4) Identidade: p v t ⇔ t e pvw⇔p
A tabela verdade de p v t e p, e p v w e w são idênticas, ou seja, a bicondicional p v t ↔ t e p v w ↔ p
são tautológicas.

p t w pvt pvw pvt↔t pvw↔p


V V F V V V V
F V F V F V V

Estas propriedades exprimem que t e w são respectivamente elemento absorvente e elemento neutro
da disjunção.

Propriedades da Conjunção e Disjunção: Sejam p, q e r proposições simples quaisquer.


1) Distributiva:
- p ^ (q v r) ⇔ (p ^ q) v (p ^ r)
- p v (q ^ r) ⇔ (p v q) ^ (p v r)

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A tabela verdade das proposições p ^ (q v r) e (p v q) ^ (p v r) são idênticas, e observamos que a
bicondicional p ^ (q v r) ↔ (p ^ q) v (p ^ r) é tautológica.

p q r qvr p ^ (q v r) p^q p^r (p ^ q) v (p ^ r)


V V V V V V V V
V V F V V V F V
V F V V V F V V
V F F F F F F F
F V V V F F F F
F V F V F F F F
F F V V F F F F
F F F F F F F F

Analogamente temos ainda que a tabela verdade das proposições p v (q ^ r) e (p v q) ^ (p v r) são


idênticas e sua bicondicional p v (q ^ r) ↔ (p v q) ^ (p v r) é tautológica.

A equivalência p ^ (q v r) ↔ (p ^ q) v (p ^ r), exprime que a conjunção é distributiva em relação à


disjunção e a equivalência p v (q ^ r) ↔ (p v q) ^ (p v r), exprime que a disjunção é distributiva em relação
à conjunção.
Exemplo:
“Carlos estuda E Jorge trabalha OU viaja” é equivalente à seguinte proposição:
“Carlos estuda E Jorge trabalha” OU “Carlos estuda E Jorge viaja”.

2) Absorção:
- p ^ (p v q) ⇔ p
- p v (p ^ q) ⇔ p

A tabela verdade das proposições p ^ (p v q) e p, ou seja, a bicondicional p ^ (p v q) ↔ p é tautológica.

p q pvq p ^ (p v q) p ^ (p v q) ↔ p
V V V V V
V F V V V
F V V F V
F F F F V

Analogamente temos ainda que a tabela verdade das proposições p v (p ^ q) e p são idênticas, ou seja
a bicondicional p v (p ^ q) ↔ p é tautológica.

p q p^q p v (p ^ q) p v (p ^ q) ↔ p
V V V V V
V F F V V
F V F F V
F F F F V

Referências
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.

Questões

01. (DOCAS/PB – Assistente Administrativo – IBFC) Se o valor lógico de uma proposição “P” é
verdade e o valor lógico de uma proposição “Q” é falso, então o valor lógico do bicondicional entre as
duas proposições é:
(A) Falso
(B) Verdade
(C) Inconclusivo
(D) Falso ou verdade

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02. (DOCAS/PB – Assistente Administrativo – IBFC) Dentre as alternativas, a única correta é:
(A) O valor lógico da conjunção entre duas proposições é verdade se os valores lógicos das duas
proposições forem falsos.
(B) O valor lógico do bicondicional entre duas proposições é verdade se os valores lógicos das duas
proposições forem falsos.
(C) O valor lógico da disjunção entre duas proposições é verdade se os valores lógicos das duas
proposições forem falsos.
(D) O valor lógico do condicional entre duas proposições é falso se os valores lógicos das duas
proposições forem falsos.

03. (EBSERH – Técnico em Citopatologia – INSTITUTO AOCP) Considerando a proposição


composta ( p ∨ r ) , é correto afirmar que
(A) a proposição composta é falsa se apenas p for falsa.
(B) a proposição composta é falsa se apenas r for falsa.
(C) para que a proposição composta seja verdadeira é necessário que ambas, p e r sejam verdadeiras.
(D) para que a proposição composta seja verdadeira é necessário que ambas, p e r sejam falsas.
(E) para que a proposição composta seja falsa é necessário que ambas, p e r sejam falsas.

04. (MEC – Conhecimentos básicos para os Postos 9,10,11 e 16 – CESPE)

A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela-verdade, em que P, Q e R representam


proposições lógicas, e V e F correspondem, respectivamente, aos valores lógicos verdadeiro e falso.
Com base nessas informações e utilizando os conectivos lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.

A última coluna da tabela-verdade referente à proposição lógica P v (Q↔R) quando representada na


posição horizontal é igual a

( ) Certo ( ) Errado

05. (BRDE-Analista de Sistemas, Desenvolvimento de Sistemas – FUNDATEC)


Qual operação lógica descreve a tabela verdade da função Z abaixo cujo operandos são A e B?
Considere que V significa Verdadeiro, e F, Falso.

(A) Ou.
(B) E.

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(C) Ou exclusivo.
(D) Implicação (se...então).
(E) Bicondicional (se e somente se).

06. (TCE/SP – Auxiliar da Fiscalização Financeira II – FCC) Considere a afirmação condicional: Se


Alberto é médico ou Alberto é dentista, então Rosa é engenheira.
Seja R a afirmação: 'Alberto é médico';
Seja S a afirmação: 'Alberto é dentista' e
Seja T a afirmação: 'Rosa é engenheira'.

A afirmação condicional será considerada necessariamente falsa quando


(A) R for verdadeira, S for falsa e T for verdadeira.
(B) R for falsa, S for verdadeira e T for verdadeira.
(C) R for falsa, S for falsa e T for falsa.
(D) R for falsa, S for falsa e T for verdadeira.
(E) R for verdadeira, S for falsa e T for falsa.

Respostas

01. Resposta: A.
Pela tabela verdade da bicondicional

P Q PQ
V F F
02. Resposta: B.
Pela tabela verdade:

Tabela-verdade conjunção

p q pq
V V V
V F F
F V F
F F F
Tabela-verdade disjunção

p q pq
V V V
V F V
F V V
F F F
Tabela da condicional
p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V

Tabela da bicondicional
p q pq
V V V
V F F
F V F
F F V
03. Resposta: E.
Como já foi visto, a disjunção só é falsa quando as duas proposições são falsas.

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04. Resposta: Certo.
P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:

R Q P [P v (Q ↔ R) ]
V V V V V V V V
V V F F V V V V
V F V V V F F V
V F F F F F F V
F V V V V V F F
F V F F F V F F
F F V V V F V F
F F F F V F V F

05. Resposta: D.
Observe novamente a tabela abaixo, considere A = p, B = q e Z = condicional.

06. Resposta: E.
RvS→T
Para a condicional ser falsa, devemos ter:
V→F

Portanto a afirmação (T: Rosa é engenheira) tem que ser falsa.


E para RvS ser verdadeira, as duas só não podem ser falsas.
Lembrando pela tabela verdade de cada uma:

Condicional

Disjunção

IMPLICAÇÃO LÓGICA

Se uma proposição P (p,q,r,...) implica logicamente ou apenas implica uma proposição Q (p,q,r,...) se
Q (p,q,r,...) é verdadeira (V) todas as vezes que P (p,q,r,...) é verdadeira (V), ou seja, a proposição P
implica a proposição Q, quando a condicional P → Q for uma tautologia.

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Representamos a implicação com o símbolo “⇒”, simbolicamente temos:

P (p,q,r,...) ⇒ Q (p,q,r,...).

A não ocorrência de VF na tabela verdade de P → Q, ou ainda que o valor lógico da condicional P →


Q será sempre V, ou então que P → Q é uma tautologia.

Observação: Os símbolos “→” e “⇒” são completamente distintos. O primeiro (“→”) representa a
condicional, que é um conectivo. O segundo (“⇒”) representa a relação de implicação lógica que pode ou
não existir entre duas proposições.

Exemplo

A tabela verdade da condicional (p ^ q) → (p ↔ q) será:

p q p^q p↔q (p ^ q) → (p ↔
q)
V V V V V
V F F F V
F V F F V
F F F V V

Portanto, (p ^ q) → (p ↔ q) é uma tautologia, por isso (p ^ q) ⇒ (p ↔q).

Em particular:
- Toda proposição implica uma Tautologia: p ⇒ p v ~p

p p v ~p
V V
F V

- Somente uma contradição implica uma contradição: p ^ ~p ⇒ p v ~p → p ^ ~p

p ~p p ^ ~p p v ~p → p ^ ~p
V F F F
F V F F

Propriedades da Implicação Lógica


A implicação lógica goza das propriedades reflexiva e transitiva:
Reflexiva: P (p,q,r,...) ⇒ P (p,q,r,...)
Uma proposição complexa implica ela mesma
Transitiva: Se P (p,q,r,...) ⇒ Q (p,q,r,...) e
Q (p,q,r,...) ⇒ R (p,q,r,...), então
P (p,q,r,...) ⇒ R (p,q,r,...)

Se P ⇒ Q e Q ⇒ R, então P ⇒ R

Exemplificação e Regras de Inferência

Inferência é o ato de derivar conclusões lógicas de proposições conhecidas ou decididamente


verdadeiras. Em outras palavras: é a obtenção de novas proposições a partir de proposições verdadeiras
já existentes. Vejamos as regras de inferência obtidas da implicação lógica:

1 – A tabela verdade das proposições p ^ q, p v q , p ↔ q é:

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A proposição “p ^ q” é verdadeira (V) somente na 1ª linha, e também nesta linha as proposições “p v
q” e “p → q” também são. Logo a primeira proposição IMPLICA cada uma das outras duas proposições.
Então:
p^q⇒pvq
p^q⇒p→q

A tabela acima também demonstram as importantes Regras de Inferência:


Adição – p ⇒ p v q e q ⇒ p v q
Simplificação – p ^ q ⇒ p e p ^ q ⇒ q

2 – A tabela verdade das proposições p ↔ q, p → q e q → p, é:

L p q p↔q p→q q→p


1ª V V V V V
2ª V F F F V
3ª F V F V F
4ª F F V V V

A proposição “p ↔ q” é verdadeira (V) na 1ª e 4ª linha e as proposições “p → q” e “q → p” também são


verdadeiras. Logo a primeira proposição IMPLICA cada uma das outras duas proposições. Então:

p ↔ q ⇒p → q e p ↔q⇒q→p

3 - Dada a proposição: (p v q) ^ ~p sua tabela verdade é:

p q p v q ~p (p v q) ^ ~p
V V V F F
V F V F F
F V V V V
F F F V F

Esta proposição é verdadeira somente na 3ª linha e nesta linha a proposição “q” também verdadeira,
logo subsiste a IMPLICAÇÃO LÓGICA, denominada Regra do Silogismo disjuntivo.

(p v q) ^ ~p ⇒ q

É válido também: (p v q) ^ ~q ⇒ p

4 – A tabela verdade da proposição (p → q) ^ p é:

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A proposição é verdadeira somente na 1ª linha, e nesta linha a proposição “q” também é verdadeira,
logo subsiste a IMPLICAÇÃO LÓGICA, também denominada Regra de Modus ponens.

(p → q) ^ p ⇒ q

5 – A tabela verdade das proposições (p → q) ^ ~q e ~p é:

A proposição (p → q) ^ ~q é verdadeira somente na 4º linha e nesta a proposição “~p” também é


verdadeira, logo subsiste a IMPLICAÇÃO LÓGICA, denominada de Regra Modus tollens.

(p → q) ^ ~q ⇒ ~p

Observe que “~p” implica “p → q”, isto é: ~p ⇒ p → q

Recapitulando as Regras de Inferência aplicadas a Implicação Lógica:

Adição p⇒pvq
q⇒pvq
Simplificação p^q⇒p
p^q⇒q
Silogismo disjuntivo (p v q) ^ ~p ⇒ q
(p v q) ^ ~q ⇒ p
Modus ponens (p → q) ^ p ⇒ q
Modus tollens (p → q) ^ ~q ⇒ ~p
Referência
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.

Questões

01. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial – FGV) Renato falou a verdade quando disse:
• Corro ou faço ginástica.
• Acordo cedo ou não corro.
• Como pouco ou não faço ginástica.
Certo dia, Renato comeu muito.

É correto concluir que, nesse dia, Renato:


(A) correu e fez ginástica;
(B) não fez ginástica e não correu;
(C) correu e não acordou cedo;
(D) acordou cedo e correu;
(E) não fez ginástica e não acordou cedo.

02. Dizer que “André é artista ou Bernardo não é engenheiro” é logicamente equivalente a dizer que:
(A) André é artista se e somente Bernardo não é engenheiro.
(B) Se André é artista, então Bernardo não é engenheiro.
(C) Se André não é artista, então Bernardo é engenheiro.
(D) Se Bernardo é engenheiro, então André é artista.
(E) André não é artista e Bernardo é engenheiro.

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03. Dizer que “Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista,” é do ponto de vista lógico, o mesmo que
dizer que:
(A) Se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista.
(B) Se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro.
(C) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista.
(D) Se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista.
(E) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista.

Respostas

01. Resposta: D.
Na disjunção, para evitarmos que elas fiquem falsas, basta por uma das proposições simples como
verdadeira, logo:
“Renato comeu muito”
Como pouco ou não faço ginástica
F V

Corro ou faço ginástica


V F

Acordo cedo ou não corro


V F

Portanto ele:
Comeu muito
Não fez ginástica
Correu, e;
Acordou cedo

02. Resposta D
Na expressão temos ~p v q  p  q  ~q  ~p. Temos duas possibilidades de equivalência p  q:
Se André não é artista , então Bernardo não é engenheiro. Porém não temos essa opção ~q  ~p: Se
Bernardo é engenheiro, então André é artista. Logo reposta letra d).

03. Resposta: A.
Na expressão temos ~p v q  p  q p  q: Se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista. Letra a).

TAUTOLOGIA

Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições simples p, q, r, ... será dita uma
tautologia se ela for sempre verdadeira, independentemente dos valores lógicos das proposições p, q, r,
... que a compõem.
Em palavras mais simples: para saber se uma proposição composta é uma tautologia, construiremos
a sua tabela verdade! Daí, se a última coluna da tabela verdade só apresentar o valor lógico verdadeiro
(e nenhum falso). Então estaremos diante de uma tautologia. Só isso, caro amigo!

Exemplos

1) A proposição (p ^ q) → (p v q) é uma tautologia, pois é sempre verdadeira, independentemente dos


valores lógicos de p e de q, como se pode observar na tabela-verdade abaixo:

2) [(p v q) ^ (p ^ s)] → p
Construamos a sua tabela-verdade para demonstrarmos que se trata de uma Tautologia:

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Princípio de Substituição para as tautologias

Seja P (p; q; r; ...) uma proposição composta tautológica e sejam P0 (p; q; r; ...), Q (p; q; r; ...), R (p;
q; r; ...), ..., proposições, também compostas, e componentes de P (p; q; r; ...). Como o valor de P (p; q;
r; ...) é sempre verdade (V), quaisquer que sejam os valores lógicos das proposições simples
componentes “p”, “q”, “r”, ..., é óbvio que, substituindo-se as proposições p por P0, q por Q0, r por R0, ...na
tautologia P (p; q; r; ...), a nova proposição P (P0; Q0; R0; ...) que assim se obtém também será uma
tautologia. É o que chamamos para as tautologias “Princípio de substituição”.

PRINCÍPIO DA SUBSTITUIÇÃO: Seja P (p, q, r, ...) é uma tautologia, então P (P0; Q0; R0;
...) também é uma tautologia, quaisquer que sejam as proposições P 0, Q0, R0, ...

Exemplo

Se “p”, “q”, “r” e “s” são proposições simples, então a proposição expressa por: {[(p → q) ↔ (r ∧ s)]
∧ (r ∧ s)} → (p → q) é uma tautologia, então, veja:

Substituindo as proposições compostas “p → q” e “r ∧ s” pelas proposições simples “a” e “b”,


respectivamente, então obteremos a seguinte proposição composta: {[a ↔ b] ∧ b} → a. Pelo Princípio
da Substituição, tem-se que a nova proposição composta também será tautológica, vejamos:

Referências
CARVALHO, Sérgio. Raciocínio lógico simplificado, volume 1. Salvador: JusPODIVM. 2016.
BASTOS, Cleverson e KELLER, Vicente. Aprendendo lógica. Petrópolis: Ed. Vozes.
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto e aplicações, vol. 1 a 3, Ed. Ática, 2003.
GIOVANNI, Jose Ruy e CASTRUCCI, Benedito e GIOVANNI JR, José Ruy. A conquista matemática 5ª a 8ª série, São Paulo: ED. FTD, 2002.

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Questões

01. (DPU – Analista – CESPE) Um estudante de direito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo,
criou sua própria legenda, na qual identificava, por letras, algumas afirmações relevantes quanto à
disciplina estudada e as vinculava por meio de sentenças (proposições). No seu vocabulário particular
constava, por exemplo:
P: Cometeu o crime A.
Q: Cometeu o crime B.
R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão no regime fechado.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.

Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não recordar qual era o crime B, lembrou que ele era
inafiançável.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
A sentença (P→Q)↔((~Q)→(~P)) será sempre verdadeira, independentemente das valorações de P
e Q como verdadeiras ou falsas.
( ) Certo ( ) Errado

02. (FCC) Considere a seguinte proposição: “na eleição para a prefeitura, o candidato A será eleito ou
não será eleito”. Do ponto de vista lógico, a afirmação da proposição caracteriza:
(A) um silogismo;
(B) uma tautologia;
(C) uma equivalência;
(D) uma contingência;
(E) uma contradição.

Respostas

01. Resposta: Certo.


Considerando P e Q como V.
(V→V) ↔ ((F)→(F))
(V) ↔ (V) = V
Considerando P e Q como F
(F→F) ↔ ((V)→(V))
(V) ↔ (V) = V
Então concluímos que a afirmação é verdadeira.

02. Resposta: B.
Seja p: o candidato A será eleito, então:
~p: o candidato A não será eleito.
Construindo a tabela verdade, teremos:

p ~p p v ~p
V F V
F V V
Assim será uma tautologia.

CONTRADIÇÃO E CONTINGÊNCIA

A contradição no raciocínio lógico pode-se definir como sendo uma proposição composta P (p, q, r, …)
que possui como valor lógico apenas falsidades (“F”) não importando quais forem os valores lógicos das
proposições componentes p, q, r, …. Em outras palavras, se as proposições simples tiverem ou não
valores verdadeiros as proposições compostas em sua última coluna da tabela verdade apresentarão
apenas valores “F”.
Para as contradições vale um “Princípio de Substituição”:

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PRINCÍPIO DA SUBSTITUIÇÃO: Seja P (p, q, r, ...) é uma contradição, então P (P0; Q0; R0;
...) também é uma contradição, quaisquer que sejam as proposições P 0, Q0, R0, ...

Exemplo

A proposição (p v ~q) ↔ (~p ^ q) é uma contradição. Vamos montar a tabela verdade para provarmos:

p q ~p ~q p v ~q ~p ^ q (p v ~q) ↔ (~p ^ q)
V V F F V v F= V F ^ V= F V↔F=F
V F F V VvV=V F^F=F V↔F=F
F V V F FvF=F V^V=V F↔V=F
F F V V FvV=V V^ F=F V↔F=F
Última coluna

Os valores da última coluna são todos F (falsidade).

Contingência (proposições contingentes ou proposições indeterminadas): A contingência ocorre


quando há tanto valores V como F na última coluna da tabela verdade de uma proposição. Podemos dizer
então que uma contingência é uma proposição composta que não será uma tautologia e nem uma
contradição.

Exemplo

A proposição p ↔ (p ^ q) é uma contingência. Vamos comprovar através da tabela verdade.

p q p^q p ↔ (p ^ q)
V V V V
V F F F
F V F V
F F F V
Última coluna

Uma proposição simples, por definição, ou será uma tautologia – valor lógico
verdade (V) – ou uma contradição – valor lógico falsidade (F) –, e nunca uma
contingência – valor lógico verdade (V) e falsidade (F), simultaneamente.
Referências
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.

Questões

01. (PECFAZ /ESAF) Conforme a teoria da lógica proposicional, a proposição ~P ∧ P é:


(A) uma tautologia.
(B) equivalente à proposição ~p ∨ p.
(C) uma contradição.
(D) uma contingência.
(E) uma disjunção.

02. (ESAF) Chama-se tautologia a toda proposição que é sempre verdadeira, independentemente da
verdade dos termos que a compõem. Um exemplo de tautologia e:
(A) se Joao e alto, então Joao e alto ou Guilherme e gordo;
(B) se Joao e alto, então Joao e alto e Guilherme e gordo;
(C) se Joao e alto ou Guilherme e gordo, então Guilherme e gordo;
(D) se Joao e alto ou Guilherme e gordo, então Joao e alto e Guilherme e gordo;
(E) se Joao e alto ou não e alto, então Guilherme e gordo.

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Respostas

01. Resposta: C.
Resolução: Basta observar que ~p^p terá tudo “F” na última coluna, consequentemente será uma
contradição.

02. Resposta: A.
Resolução:
Fazendo p: João é alto e q: Guilherme é gordo, vamos analisar as alternativas,
a) Se João é alto, então João é alto OU Guilherme é gordo
Isso equivale a p → p v q. A tabela verdade seria:

p q pvq p→ pvq
V V V V
V F V V
F V V V
F F F V

Observe que a alternativa “A” já nos levou a uma proposição “sempre verdadeira”, ou seja, já
encontramos a tautologia. Portanto, não seria necessário analisarmos as outras. Vamos fazê-lo apenas
para praticarmos um pouco mais o raciocínio.

b) Se João é alto, então João é alto E Guilherme é gordo


Isso equivale a p → p ^ q. A tabela verdade seria:

p q p^q p→ p^q
V V V V
V F F F
F V F V
F F F V

Ao encontrarmos o 1º “F” você já saberia que não se trata de tautologia e sim de uma contingência,
poderíamos parar por aqui nossa análise.

c) Se João é alto OU Guilherme é gordo, então Guilherme é gordo


Isso equivale a p v q → q. A tabela verdade seria:

p q pvq pvq→q
V V V V
V F V F
F V V V
F F F V

Ao encontrarmos o 1º “F” você já saberia que não se trata de tautologia e sim de uma contingência,
poderíamos parar por aqui nossa análise.

d) Se João é alto OU Guilherme é gordo, então João é alto E Guilherme é gordo


Isso equivale a p v q→p^q. A tabela verdade seria:

p q pvq p^q pvq→p^q


V V V V V
V F V F F
F V V F F
F F F F V

Ao encontrarmos o 1º “F” você já saberia que não se trata de tautologia e sim de uma contingência,
poderíamos parar por aqui nossa análise.

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e) Se João é alto OU não é alto, então Guilherme é gordo
Isso equivale a p v ~p→ q. A tabela verdade seria:

p q ~p pv~p pv~p→q
V V F V V
V F F V F
F V V V V
F F V V F

Ao encontrarmos o 1º “F” você já saberia que não se trata de tautologia e sim de uma contingência,
poderíamos parar por aqui nossa análise.

EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS

Diz-se que duas ou mais proposições compostas são equivalentes, quando mesmo possuindo
estruturas lógicas diferentes, apresentam a mesma solução em suas respectivas tabelas verdade.
Se as proposições P(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...) são ambas TAUTOLOGIAS, ou então, são
CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES.

Exemplo

Dada as proposições “~p → q” e “p v q” verificar se elas são equivalentes.

Vamos montar a tabela verdade para sabermos se elas são equivalentes.

p q ~p → q p v q
V V F V V V V V
V F F V F V V F
F V V V V F V V
F F V F F F F F

Observamos que as proposições compostas “~p → q” e “p ∨ q” são equivalentes.

~p → q ≡ p ∨ q ou ~p → q ⇔ p ∨ q, onde “≡” e “⇔” são os símbolos que representam a equivalência


entre proposições.

Equivalências fundamentais (Propriedades Fundamentais): a equivalência lógica entre as


proposições goza das propriedades simétrica, reflexiva e transitiva.

1 – Simetria (equivalência por simetria)

a) p ^ q ⇔ q ^ p
p q p ^ q q ^ p
V V V V V V V V
V F V F F F F V
F V F F V V F F
F F F F F F F F

b) p v q ⇔ q v p
p q p v q q v p
V V V V V V V V
V F V V F F V V
F V F V V V V F
F F F F F F F F

c) p ∨ q ⇔ q ∨ p
p q p v q q v p

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V V V F V V F V
V F V V F F V V
F V F V V V V F
F F F F F F F F

d) p ↔ q ⇔ q ↔ p
p q p ↔ q q ↔ p
V V V V V V V V
V F V F F F F V
F V F F V V F F
F F F V F F V F

2 - Reflexiva (equivalência por reflexão)


p→p⇔p→p

p p p → p p → p
V V V V V V V V
F F F V F F V F

3 – Transitiva
Se P(p,q,r,...) ⇔ Q(p,q,r,...) E
Q(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) ENTÃO
P(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) .

Equivalências notáveis

1 - Distribuição (equivalência pela distributiva)

a) p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)

p q r p ^ (q v r) (p ^ q) v (p ^ r)
V V V V V V V V V V V V V V V
V V F V V V V F V V V V V F F
V F V V V F V V V F F V V V V
V F F V F F F F V F F F V F F
F V V F F V V V F F V F F F V
F V F F F V V F F F V F F F F
F F V F F F V V F F F F F F V
F F F F F F F F F F F F F F F

b) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r)

p q r p v (q ^ r) (p v q) ^ (p v r)
V V V V V V V V V V V V V V V
V V F V V V F F V V V V V V F
V F V V V F F V V V F V V V V
V F F V V F F F V V F V V V F
F V V F V V V V F V V V F V V
F V F F F V F F F V V F F F F
F F V F F F F V F F F F F V V
F F F F F F F F F F F F F F F

2 - Associação (equivalência pela associativa)

a) p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ (p ∧ r)
p q r p ^ (q ^ r) (p ^ q) ^ (p ^ r)
V V V V V V V V V V V V V V V

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V V F V F V F F V V V F V F F
V F V V F F F V V F F F V V V
V F F V F F F F V F F F V F F
F V V F F V V V F F V F F F V
F V F F F V F F F F V F F F F
F F V F F F F V F F F F F F V
F F F F F F F F F F F F F F F

b) p ∨ (q ∨ r) ⇔ (p ∨ q) ∨ (p ∨ r)

p q r p v (q v r) (p v q) v (p v r)
V V V V V V V V V V V V V V V
V V F V V V V F V V V V V V F
V F V V V F V V V V F V V V V
V F F V V F F F V V F V V V F
F V V F V V V V F V V V F V V
F V F F V V V F F V V V F F F
F F V F V F V V F F F V F V V
F F F F F F F F F F F F F F F

3 – Idempotência

a) p ⇔ (p ∧ p)

p p p ^ p
V V V V V
F F F F F

b) p ⇔ (p ∨ p)

p p p v p
V V V V V
F F F F F

4 - Pela contraposição: de uma condicional gera-se outra condicional equivalente à primeira, apenas
invertendo-se e negando-se as proposições simples que as compõem.

1º caso – (p → q) ⇔ (~q → ~p)

p q p → q ~q → ~p
V V V V V F V F
V F V F F V F F
F V F V V F V V
F F F V F V V V

Exemplo

p → q: Se André é professor, então é pobre.


~q → ~p: Se André não é pobre, então não é professor.

2º caso: (~p → q) ⇔ (~q → p)

p q ~p → q ~q → p
V V F V V F V V
V F F V F V V V
F V V V V F V F
F F V F F V F F

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Exemplo

~p → q: Se André não é professor, então é pobre.


~q → p: Se André não é pobre, então é professor.

3º caso: (p → ~q) ⇔ (q → ~p)

p q p → ~q q → ~p
V V V F F V F F
V F V V V F V F
F V F V F V V V
F F F V V F V V

Exemplo

p → ~q: Se André é professor, então não é pobre.


q → ~p: Se André é pobre, então não é professor.

4 º Caso: (p → q) ⇔ ~p v q

p q p → q ~p v q
V V V V V F V V
V F V F F F F F
F V F V V V V V
F F F V F V V F

Exemplo

p → q: Se estudo então passo no concurso.


~p v q: Não estudo ou passo no concurso.

5 - Pela bicondicional
a) (p ↔ q) ⇔ (p → q) ∧ (q → p), por definição

p q p ↔ q (p → q) ^ (q → p)
V V V V V V V V V V V V
V F V F F V F F F F V V
F V F F V F V V F V F F
F F F V F F V F V F V F

b) (p ↔ q) ⇔ (~q → ~p) ∧ (~p → ~q), aplicando-se a contrapositiva às partes

p q p ↔ q (~q → ~p) ^ (~p → ~q)


V V V V V F V F V F V F
V F V F F V F F F F V V
F V F F V F V V F V F F
F F F V F V V V V V V V

c) (p ↔ q) ⇔ (p ∧ q) ∨ (~p ∧ ~q)

p q p ↔ q (p ^ q) v (~p ^ ~q)
V V V V V V V V V F F F
V F V F F V F F F F F V
F V F F V F F V F V F F
F F F V F F F F V V V V

6 - Pela exportação-importação

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[(p ∧ q) → r] ⇔ [p → (q → r)]

p q r [(p ^ q) → r] [p → (q → r)]
V V V V V V V V V V V V V
V V F V V V F F V F V F F
V F V V F F V V V V F V V
V F F V F F V F V V F V F
F V V F F V V V F V V V V
F V F F F V V F F V V F F
F F V F F F V V F V F V V
F F F F F F V F F V F V F

Proposições Associadas a uma Condicional (se, então)

Chama-se proposições associadas a p → q as três proposições condicionadas que contêm p e q:


– Proposições recíprocas: p → q: q → p
– Proposição contrária: p → q: ~p → ~q
– Proposição contrapositiva: p → q: ~q → ~p

Observe a tabela verdade dessas quatro proposições:

Note que:

Observamos ainda que a condicional p → q e a sua recíproca q → p ou a sua contrária ~p → ~q NÃO


SÃO EQUIVALENTES.

Exemplos

p → q: Se T é equilátero, então T é isósceles. (V)


q → p: Se T é isósceles, então T é equilátero. (F)

Exemplo

Vamos determinar:
a) A contrapositiva de p → q
b) A contrapositiva da recíproca de p → q
c) A contrapositiva da contrária de p → q
Resolução

a) A contrapositiva de p → q é ~q → ~p
A contrapositiva de ~q → ~p é ~~p → ~~q ⇔ p → q

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b) A recíproca de p → q é q → p
A contrapositiva q → q é ~p → ~q

c) A contrária de p → q é ~p → ~q
A contrapositiva de ~p → ~q é q → p

Equivalência “NENHUM” e “TODO”

1 – NENHUM A é B ⇔ TODO A é não B.


Exemplo:
Nenhum médico é tenista ⇔ Todo médico é não tenista (= Todo médico não é tenista)

2 – TODO A é B ⇔ NENHUM A é não B.


Exemplo:
Toda música é bela ⇔ Nenhuma música é não bela (= Nenhuma música é bela)
Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

Questões

01. (MRE – Oficial de Chancelaria – FGV) Considere a sentença:


“Corro e não fico cansado".
Uma sentença logicamente equivalente à negação da sentença dada é:
(A) Se corro então fico cansado.
(B) Se não corro então não fico cansado.
(C) Não corro e fico cansado.
(D) Corro e fico cansado.
(E) Não corro ou não fico cansado.

02. (TCE/RN – Conhecimentos Gerais para o cargo 4 – CESPE) Em campanha de incentivo à


regularização da documentação de imóveis, um cartório estampou um cartaz com os seguintes dizeres:
“O comprador que não escritura e não registra o imóvel não se torna dono desse imóvel".
A partir dessa situação hipotética e considerando que a proposição P: “Se o comprador não escritura
o imóvel, então ele não o registra" seja verdadeira, julgue o item seguinte.
A proposição P é logicamente equivalente à proposição “O comprador escritura o imóvel, ou não o
registra".
( ) Certo ( ) Errado

Respostas

01. Resposta: A.
A negação de P→Q é P ^ ~ Q
A equivalência de P→Q é ~P v Q ou pode ser: ~Q-->~P

02. Resposta: Certo.


Relembrando temos que: Se p então q = Não p ou q. (p → q = ~p v q)

LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO

A argumentação é a forma como utilizamos o raciocínio para convencer alguém de alguma coisa. A
argumentação faz uso de vários tipos de raciocínio que são baseados em normas sólidas e argumentos
aceitáveis.
A lógica de argumentação é também conhecida como dedução formal e é a principal ferramenta
para o raciocínio válido de um argumento. Ela avalia conclusões que a argumentação pode tomar e
avalia quais dessas conclusões são válidas e quais são inválidas (falaciosas). O estudo das formas
válidas de inferências de uma linguagem proposicional também faz parte da Teoria da argumentação.

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Conceitos

Premissas (proposições): são afirmações que podem ser verdadeiras ou falsas. Com base nelas que
os argumentos são compostos, ou melhor, elas possibilitam que o argumento seja aceito.

Inferência: é o processo a partir de uma ou mais premissas se chegar a novas proposições. Quando
a inferência é dada como válida, significa que a nova proposição foi aceita, podendo ela ser utilizada em
outras inferências.

Conclusão: é a proposição que contém o resultado final da inferência e que está alicerçada nas
premissas. Para separa as premissas das conclusões utilizam-se expressões como “logo, ...”, “portanto,
...”, “por isso, ...”, entre outras.

Sofisma: é um raciocínio falso com aspecto de verdadeiro.

Falácia: é um argumento inválido, sem fundamento ou tecnicamente falho na capacidade de provar


aquilo que enuncia.

Silogismo: é um raciocínio composto de três proposições, dispostas de tal maneira que a conclusão
é verdadeira e deriva logicamente das duas primeiras premissas, ou seja, a conclusão é a terceira
premissa.

Argumento: é um conjunto finito de premissas – proposições –, sendo uma delas a consequência das
demais. O argumento pode ser dedutivo (aquele que confere validade lógica à conclusão com base nas
premissas que o antecedem) ou indutivo (aquele quando as premissas de um argumento se baseiam na
conclusão, mas não implicam nela)
O argumento é uma fórmula constituída de premissas e conclusões (dois elementos fundamentais da
argumentação).

Alguns exemplos de argumentos:

1)
Todo homem é mortal
Premissas
João é homem
Logo, João é mortal Conclusão

2)
Todo brasileiro é mortal
Premissas
Todo paulista é brasileiro
Logo, todo paulista é mortal Conclusão

3)
Se eu passar no concurso, então irei viajar
Premissas
Passei no concurso
Logo, irei viajar Conclusão

Todas as PREMISSAS tem uma CONCLUSÃO. Os exemplos acima são considerados silogismos.

Um argumento de premissas P1, P2, ..., Pn e de conclusão Q, indica-se por:


P1, P2, ..., Pn |----- Q

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Argumentos Válidos

Um argumento é VÁLIDO (ou bem construído ou legítimo) quando a conclusão é VERDADEIRA (V),
sempre que as premissas forem todas verdadeiras (V). Dizemos, também, que um argumento é válido
quando a conclusão é uma consequência obrigatória das verdades de suas premissas.Ou seja:

A verdade das premissas é incompatível com a falsidade da conclusão.

Um argumento válido é denominado tautologia quando assumir, somente, valorações verdadeiras,


independentemente dos valores assumidos por suas estruturas lógicas.

Argumentos Inválidos

Um argumento é dito INVÁLIDO (ou falácia, ou ilegítimo ou mal construído), quando as verdades das
premissas são insuficientes para sustentar a verdade da conclusão.
Caso a conclusão seja falsa, decorrente das insuficiências geradas pelas verdades de suas premissas,
tem-se como conclusão uma contradição (F).
Um argurmento não válido diz-se um SOFISMA.
Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, íntima, psicológica, mas não validade lógica.
É importante conhecer os tipos de falácia para evitar armadilhas lógicas na própria argumentação e para
analisar a argumentação alheia.

- A verdade e a falsidade são propriedades das proposições.


- Já a validade e a invalidade são propriedades inerentes aos argumentos.
- Uma proposição pode ser considerada verdadeira ou falsa, mas nunca válida e inválida.
- Não é possível ter uma conclusão falsa se as premissas são verdadeiras.
- A validade de um argumento depende exclusivamente da relação existente entre as premissas e
conclusões.

Critérios de Validade de um argumento

Pelo teorema temos:

Um argumento P1, P2, ..., Pn |---- Q é VÁLIDO se e somente se a condicional:


(P1 ^ P2 ^ ...^ Pn) → Q é tautológica.

Métodos para testar a validade dos argumentos

Estes métodos nos permitem, por dedução (ou inferência), atribuirmos valores lógicos as premissas
de um argumento para determinarmos uma conclusão verdadeira.
Também podemos utilizar diagramas lógicos caso sejam estruturas categóricas (frases formadas pelas
palavras ou quantificadores: todo, algum e nenhum).

Os métodos constistem em:

1) Atribuição de valores lógicos: o método consiste na dedução dos valores lógicos das premissas
de um argumento, a partir de um “ponto de referência inicial” que, geralmente, será representado pelo
valor lógico de uma premissa formada por uma proposição simples. Lembramos que, para que um
argumento seja válido, partiremos do pressuposto que todas as premissas que compõem esse
argumento são, na totalidade, verdadeiras.
Para dedução dos valores lógicos, utilizaremos como auxílio a tabela-verdade dos conectivos.

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Exemplo

Sejam as seguintes premissas:


P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a cavalo.
P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo.
P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a espada.
P4: Ora, a rainha fica na masmorra.

Se todos os argumentos (P1,P2,P3 e P4) forem válidos, então todas premissas que compõem o
argumento são necessariamente verdadeiras (V). E portanto pela premissa simples P4: “a rainha fica
na masmorra”; por ser uma proposição simples e verdadeira, servirá de “referencial inicial” para a
dedução dos valores lógicos das demais proposições que, também, compõem esse argumento. Teremos
com isso então:
P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a cavalo.
P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo.
P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a espada.
P4: Ora, a rainha fica na masmorra.
(1º) V

Já sabemos que a premissa simples “a rainha fica na masmorra” é verdadeira, portanto, tal valor lógico
confirmará como verdade a 1 a parte da condicional da premissa P3 (1º passo).

P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a cavalo.


P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo.
P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a espada.
(2º) V
P4: Ora, a rainha fica na masmorra.
(1º) V

Lembramos que, se a 1ª parte de uma condicional for verdadeira, implicará que a 2ª parte também
deverá ser verdadeira (2º passo), já que a verdade implica outra verdade (vide a tabela-verdade da
condicional). Assim teremos como valor lógico da premissa uma verdade (V).

P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a cavalo.


P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo.
P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a espada.
(2º) V (3º) V
P4: Ora, a rainha fica na masmorra.
(1º) V

Confirmando-se a proposição simples “o bárbaro usa a espada” como verdadeira (3º passo), logo, a
1ª parte da disjunção simples da premissa P1, “o bárbaro não usa a espada”, será falsa (4º passo).

P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a cavalo.


(4º) F
P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo.
P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a espada.
(2º) V (3º) V
P4: Ora, a rainha fica na masmorra.
(1º) V

Como a premissa P1 é formada por uma disjunção simples, lembramos que ela será verdadeira, se
pelo menos uma de suas partes for verdadeira. Sabendo-se que sua 1ª parte é falsa, logo, a 2ª parte
deverá ser, necessariamente, verdadeira (5º passo).

P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a cavalo.

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(4º) F (5º) V
P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo.
P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a espada.
(2º) V (3º) V
P4: Ora, a rainha fica na masmorra.
(1º) V

Ao confirmarmos como verdadeira a proposição simples “o príncipe não foge a cavalo”, então,
devemos confirmar como falsa a 2 a parte da condicional “o príncipe foge a cavalo” da premissa P2 (6 o
passo).

P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a cavalo.


(4º) F (5º) V
P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo.
(6º) F
P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a espada.
(2º) V (3º) V
P4: Ora, a rainha fica na masmorra.
(1º) V

E, por último, ao confirmar a 2a parte de uma condicional como falsa, devemos confirmar, também, sua
1 parte como falsa (7o passo).
a

P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a cavalo.


(4º) F (5º) V
P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo.
(7º) F (6º) F
P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a espada.
(2º) V (3º) V
P4: Ora, a rainha fica na masmorra.
(1º) V

Através da analise das premissas e atribuindo os seus valores lógicos chegamos as seguintes
conclusões:
- A rainha fica na masmorra;
- O bárbaro usa a espada;
- O rei não fica nervoso;
- o príncipe não foge a cavalo.

Observe que onde as proposições são falsas (F) utilizamos o não para ter o seu correspondente como
válido, expressando uma conclusão verdadeira.

Caso o argumento não possua uma proposição simples “ponto de referência inicial”, devem-se iniciar
as deduções pela conjunção, e, caso não exista tal conjunção, pela disjunção exclusiva ou pela
bicondicional, caso existam.
2) Método da Tabela – Verdade: para resolvermos temos que levar em considerações dois casos.

1º caso: quando o argumento é representado por uma fómula argumentativa.

Exemplo

A → B ~A = ~B

Para resolver vamos montar uma tabela dispondo todas as proposições, as premissas e as conclusões
afim de chegarmos a validade do argumento.

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(Fonte: http://www.marilia.unesp.br)

O caso onde as premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa está sinalizada na tabela acima
pelo asterisco.Observe também, na linha 4, que as premissas são verdadeiras e a conclusão é verdadeira.
Chegamos através dessa análise que o argumento não é valido.

2o caso: quando o argumento é representado por uma sequência lógica de premissas, sendo a última
sua conclusão, e é questionada a sua validade.

Exemplo:
“Se leio, então entendo. Se entendo, então não compreendo. Logo, compreendo.”

P1: Se leio, então entendo.


P2: Se entendo, então não compreendo.
C: Compreendo.
Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte estrutura lógica (fórmula) representativa
desse argumento:
P1 ∧ P2 → C

Representando inicialmente as proposições primitivas “leio”, “entendo” e “compreendo”,


respectivamente, por “p”, “q” e “r”, teremos a seguinte fórmula argumentativa:
P1: p → q
P2: q → ~r
C: r

[(p → q) ∧ (q → ~r)] → r ou

𝑝→𝑞
𝑞 → ~𝑟
𝑟
Montando a tabela verdade temos (vamos montar o passo a passo):

p q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r
V V V V V V V F V
V V F V V V V V F
V F V V F F F F V
V F F V F F F V F
F V V F V V V F V
F V F F V V V V F
F F V F V F F F V
F F F F V F F V F
1º 2º 1º 1º 1º 1º

p q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r
V V V V V V V F F V
V V F V V V V V V F

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V F V V F F F V F V
V F F V F F F V V F
F V V F V V V F F V
F V F F V V V V V F
F F V F V F F V F V
F F F F V F F V V F
1º 2º 1º 1º 3º 1º 1º

p q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r
V V V V V V F V F F V
V V F V V V V V V V F
V F V V F F F F V F V
V F F V F F F F V V F
F V V F V V F V F F V
F V F F V V V V V V F
F F V F V F V F V F V
F F F F V F V F V V F
1º 2º 1º 4º 1º 3º 1º 1º

p q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r
V V V V V V F V F F V V
V V F V V V V V V V F F
V F V V F F F F V F V V
V F F V F F F F V V V F
F V V F V V F V F F V V
F V F F V V V V V V F F
F F V F V F V F V F V V
F F F F V F V F V V F F
1º 2º 1º 4º 1º 3º 1º 5º 1º

Sendo a solução (observado na 5 a resolução) uma contingência (possui valores verdadeiros e falsos),
logo, esse argumento não é válido. Podemos chamar esse argumento de sofisma embora tenha
premissas e conclusões verdadeiras.

Implicações tautológicas: a utilização da tabela verdade em alguns casos torna-se muito trabalhoso,
principlamente quando o número de proposições simples que compõe o argumento é muito grande, então
vamos aqui ver outros métodos que vão ajudar a provar a validade dos argumentos.

3.1 - Método da adição (AD)


p
ou p → (p ∨ q)
p ∨ q

3.2 - Método da adição (SIMP)

1º caso:
p ∧q
ou (p ∧ q) → p
p

2º caso:
p ∧q
ou (p ∧ q) → q
p

3.3 - Método da conjunção (CONJ)

1º caso:

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p
q
ou (p ∧ q) → (p ∧ q)
p∧q

2º caso:
p
q
ou (p ∧ q) → (q ∧ p)
q∧p

3.4 - Método da absorção (ABS)

p→q
ou (p → q) → [p → p ∧ q)]
p → (p ∧ q)

3.5 – Modus Ponens (MP)


p→q
p
ou [(p → q) ∧ p] → q
q

3.6 – Modus Tollens (MT)


p→q
~q
ou [(p → q) ∧ ~q] → p
~p

3.7 – Dilema construtivo (DC)

p→q
r →s
p ∨r
ou [(p → q) ∧ (r → s) ∧ (p ∨ r) ] → (q ∨ s)
q∨s

3.8 – Dilema destrutivo (DD)

p→q
r →s
~q ∨ ~s
ou [(p → q) ∧ (r → s) ∧ (~q ∨ ~s) ] → (~p ∨ ~r)
~p ∨ ~r

3.9 – Silogismo disjuntivo (SD)

1º caso:

p ∨q
~p
ou [(p ∨ q) ∧ ~p] → q
q

2º caso:
p ∨q
~q
ou [(p ∨ q) ∧ ~q] → p
p

3.10 – Silogismo hipotético (SH)

p →q
q→r
ou [(p → q) ∧ (q → r)] → (p → r)
p→r

3.11 – Exportação e importação.

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1º caso: Exportação

(p ∧ q) → r
ou [(p ∧ q) → r] → [p → (q → r)]
p → (q → r)

2º caso: Importação

p → (q → r)
ou [p → (q → r)] → [(p ∧ q) → r]
(p ∧ q) → r

Produto lógico de condicionais: este produto consiste na dedução de uma condicional conclusiva
– que será a conclusão do argumento –, decorrente ou resultante de várias outras premissas formadas
por, apenas, condicionais.

Ao efetuar o produto lógico, eliminam-se as proposições simples iguais que se localizam em partes
opostas das condicionais que formam a premissa do argumento, resultando em uma condicional
denominada condicional conclusiva. Vejamos o exemplo:

Nós podemos aplicar a soma lógica em alguns casos, como por exemplo:

1º caso - quando a condicional conclusiva é formada pelas proposições simples que aparecem apenas
uma vez no conjunto das premissas do argumento.

Exemplo

Dado o argumento: Se chove, então faz frio. Se neva, então chove. Se faz frio, então há nuvens no
céu. Se há nuvens no céu, então o dia está claro.
Temos então o argumento formado pelas seguintes premissas:
P1: Se chove, então faz frio.
P2: Se neva, então chove.
P3: Se faz frio, então há nuvens no céu.
P4: Se há nuvens no céu, então o dia está claro.

Vamos denotar as proposições simples:


p: chover
q: fazer frio
r: nevar
s: existir nuvens no céu
t: o dia está claro
Montando o produto lógico teremos:
𝑝→𝑞 𝑝→𝑞
𝑟→𝑞 𝑟→𝑞
𝑟→𝑝 𝑟→𝑝 𝑟→𝑠 𝑟→𝑠
𝑥{ ⇒ 𝑥{ ⇒ 𝑥 { 𝑞 → 𝑠 ⇒ 𝑥 {𝑞 → 𝑠 ⇒ 𝑥 { ⇒𝑥{ ⇒𝑟→𝑡
𝑞→𝑠 𝑞→𝑠 𝑠→𝑡 𝑠→𝑡
𝑠→𝑡 𝑠→𝑡
𝑠→𝑡 𝑠→𝑡

Conclusão: “Se neva, então o dia está claro”.

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Observe que: As proposições simples “nevar” e “o dia está claro” só apareceram uma vez no conjunto
de premissas do argumento anterior.

2º caso - quando a condicional conclusiva é formada por, apenas, uma proposição simples que
aparece em ambas as partes da condicional conclusiva, sendo uma a negação da outra. As demais
proposições simples são eliminadas pelo processo natural do produto lógico.
Neste caso, na condicional conclusiva, a 1ª parte deverá necessariamente ser FALSA, e a 2ª parte,
necessariamente VERDADEIRA.

Tome Nota:
Nos dois casos anteriores, pode-se utilizar o recurso de equivalência da contrapositiva
(contraposição) de uma condicional, para que ocorram os devidos reajustes entre as proposições
simples de uma determinada condicional que resulte no produto lógico desejado.
(p → q) ⇔ ~q → ~p

Exemplo

Seja o argumento: Se Ana trabalha, então Beto não estuda. Se Carlos não viaja, então Beto não
estuda. Se Carlos viaja, Ana trabalha.

Temos então o argumento formado pelas seguintes premissas:


P1: Se Ana trabalha, então Beto não estuda.
P2: Se Carlos não viaja, então Beto não estuda.
P3: Se Carlos viaja, Ana trabalha.
Denotando as proposições simples teremos:
p: Ana trabalha
q: Beto estuda
r: Carlos viaja
Montando o produto lógico teremos:

𝑝 → ~𝑞 𝑝 → ~𝑞
𝑟 → ~𝑞
{~𝑟 → ~𝑞 (𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑎) ⇒ 𝑥 { 𝑞 → 𝑟 ⇒ 𝑥 { 𝑞 → 𝑟 ⇒ ⏟
𝑞 → ~𝑞

𝑟→𝑝 𝑟→𝑝 𝐹 𝑉

Conclusão: “Beto não estuda”.


Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

Questões

01. (Pref. Tanguá/RJ- Fiscal de Tributos – MS CONCURSOS/2017) Qual das seguintes sentenças
é classificada como uma proposição simples?
(A) Será que vou ser aprovado no concurso?
(B) Ele é goleiro do Bangu.
(C) João fez 18 anos e não tirou carta de motorista.
(D) Bashar al-Assad é presidente dos Estados Unidos.

02. (IF/PA- Auxiliar de Assuntos Educacionais – IF/PA) Qual sentença a seguir é considerada uma
proposição?
(A) O copo de plástico.
(B) Feliz Natal!
(C) Pegue suas coisas.
(D) Onde está o livro?
(E) Francisco não tomou o remédio.

03. (Cespe/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir:


• “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
• A expressão x + y é positiva.

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• O valor de √4 + 3 = 7.
• Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
• O que é isto?

Há exatamente:
(A) uma proposição;
(B) duas proposições;
(C) três proposições;
(D) quatro proposições;
(E) todas são proposições.

04. (DPU – Agente Administrativo – CESPE) Considere que as seguintes proposições sejam
verdadeiras.
• Quando chove, Maria não vai ao cinema.
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio.
• Quando Fernando está estudando, não chove.
• Durante a noite, faz frio.
Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue o item subsecutivo.
Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando.
( ) Certo ( ) Errado

05. (STJ – Conhecimentos Gerais para o cargo 17 – CESPE) Mariana é uma estudante que tem
grande apreço pela matemática, apesar de achar essa uma área muito difícil. Sempre que tem tempo
suficiente para estudar, Mariana é aprovada nas disciplinas de matemática que cursa na faculdade. Neste
semestre, Mariana está cursando a disciplina chamada Introdução à Matemática Aplicada. No entanto,
ela não tem tempo suficiente para estudar e não será aprovada nessa disciplina.
A partir das informações apresentadas nessa situação hipotética, julgue o item a seguir, acerca das
estruturas lógicas.
Considerando-se as seguintes proposições:
p: “Se Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1, então ela aprende o conteúdo de Química Geral";
q: “Se Mariana aprende o conteúdo de Química Geral, então ela é aprovada em Química Geral";
c: “Mariana foi aprovada em Química Geral", é correto afirmar que o argumento formado pelas
premissas p e q e pela conclusão c é um argumento válido.
( ) Certo ( ) Errado

06. (Petrobras – Técnico (a) de Exploração de Petróleo Júnior – Informática – CESGRANRIO) Se


Esmeralda é uma fada, então Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo, então Monarca é um centauro.
Se Monarca é um centauro, então Tristeza é uma bruxa.
Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo
(A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo.
(B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
(C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro.
(D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada
(E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo.

Respostas

01. Resposta: D.
Analisando as alternativas temos:
(A) Frases interrogativas não são consideradas proposições.
(B) O sujeito aqui é indeterminado, logo não podemos definir quem é ele.
(C) Trata-se de uma proposição composta
(D) É uma frase declarativa onde podemos identificar o sujeito da frase e atribuir a mesma um valor
lógico.

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02. Resposta: E.
Analisando as alternativas temos:
(A) Não é uma oração composta de sujeito e predicado.
(B) É uma frase imperativa/exclamativa, logo não é proposição.
(C) É uma frase que expressa ordem, logo não é proposição.
(D) É uma frase interrogativa.
(E) Composta de sujeito e predicado, é uma frase declarativa e podemos atribuir a ela valores lógicos.

03. Resposta: B.
Analisemos cada alternativa:
(A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não podemos atribuir valores lógicos a ela, logo não
é uma sentença lógica.
(B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir valores lógicos, logo não é sentença lógica.
(C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois podemos atribuir valores lógicos, independente
do resultado que tenhamos
(D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também podemos atribuir valores lógicos (não
estamos considerando a quantidade certa de gols, apenas se podemos atribuir um valor de V ou F a
sentença).
(E) O que é isto? - como vemos não podemos atribuir valores lógicos por se tratar de uma frase
interrogativa.

04. Resposta: Errado.


A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as premissas chegamos a uma conclusão.
Enumerando as premissas:
A = Chove
B = Maria vai ao cinema
C = Cláudio fica em casa
D = Faz frio
E = Fernando está estudando
F = É noite
A argumentação parte que a conclusão deve ser (V)

Lembramos a tabela verdade da condicional:

A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª falsa, utilizando isso temos:


O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando. // B → ~E
Iniciando temos:
4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A → ~B = V – para que o argumento seja válido
temos que Quando chove tem que ser F.
3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema (V). // C → B = V - para que o argumento
seja válido temos que Maria vai ao cinema tem que ser V.
2º - Quando Cláudio sai de casa(F), não faz frio (F). // ~C → ~D = V - para que o argumento seja válido
temos que Quando Cláudio sai de casa tem que ser F.
5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove (V). // E → ~A = V. – neste caso Quando
Fernando está estudando pode ser V ou F.
1º- Durante a noite(V), faz frio (V). // F → D = V
Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria foi ao cinema (V), então Fernando estava
estudando (V ou F); pois temos dois valores lógicos para chegarmos à conclusão (V ou F).

05. Resposta: Errado.


Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte estrutura lógica (fórmula) representativa
desse argumento:

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P1 ∧ P2 → C
Organizando e resolvendo, temos:
A: Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1
B: Mariana aprende o conteúdo de Química Geral
C: Mariana é aprovada em Química Geral
Argumento: [(A → B) ∧ (B → C)] ⇒ C
Vamos ver se há a possibilidade de a conclusão ser falsa e as premissas serem verdadeiras, para
sabermos se o argumento é válido:
Testando C para falso:
(A → B) ∧ (B →C)
(A →B) ∧ (B → F)
Para obtermos um resultado V da 2º premissa, logo B têm que ser F:
(A → B) ∧ (B → F)
(A → F) ∧ (F → F)
(F → F) ∧ (V)
Para que a primeira premissa seja verdadeira, é preciso que o “A” seja falso:
(A → F) ∧ (V)
(F → F) ∧ (V)
(V) ∧ (V)
(V)
Então, é possível que o conjunto de premissas seja verdadeiro e a conclusão seja falsa ao mesmo
tempo, o que nos leva a concluir que esse argumento não é válido.

06. Resposta: B.
Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Tristeza não é bruxa, considerando ela como (V),
precisamos ter como conclusão o valor lógico (V), então:
(4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo (F) → V
(3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um centauro (F) → V
(2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma bruxa(F) → V
(1) Tristeza não é uma bruxa (V)

Logo:
Temos que:
Esmeralda não é fada(V)
Bongrado não é elfo (V)
Monarca não é um centauro (V)
Como a conclusão parte da conjunção, o mesmo só será verdadeiro quando todas as afirmativas forem
verdadeiras, logo, a única que contém esse valor lógico é:
Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.

NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES COMPOSTAS

Quando se nega uma proposição composta primitiva, gera-se outra proposição também composta e
equivalente à negação de sua primitiva.

Obs.: O símbolo “⇔” representa equivalência entre as proposições.

Vejamos:

– Negação de uma disjunção exclusiva


Por definição, ao negar-se uma DISJUNÇÃO EXCLUSIVA, gera-se uma BICONDICIONAL.
~ (p v q) ⇔ (p ↔ q) ⇔ (p → q) ^ (q → p)

p q ~ (p v q) p ↔ q (p → q) ^ (q → p)
V V V V F V V V V V V V V V V V
V F F V V F V F F V F F F F V V
F V F F V V F F V F V V F V F F

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F F V F F F F V F F V F V F V F

- Negação de uma condicional


Ao negar-se uma condicional, conserva-se o valor lógico de sua 1ª parte, troca-se o conectivo
CONDICIONAL pelo conectivo CONJUNÇÃO e nega-se sua 2ª parte.

~ (p → q) ⇔ (p ^ ~q) ⇔ ~~ p ^ ~q

p q ~ (p → q) p ^ ~q
V V F V V V V F F
V F V V F F V V V
F V F F V V F F F
F F F F V F F F V

- Negação de uma bicondicional


Ao negarmos uma bicondicional do tipo “p ↔ q” estaremos negando a sua fórmula equivalente dada
por “(p → q) ∧ (q → p)”, assim, negaremos uma conjunção cujas partes são duas condicionais: “(p → q)”
e “(q → p)”. Aplicando-se a negação de uma conjunção a essa bicondicional, teremos:

~ (p ↔ q) ⇔ ~ [(p → q) ∧ (q → p)] ⇔ [(p ∧ ~q) ∨ (q ∧ ~p)]

p q ~ (p ↔ q) ~ [(p → q) ^ (q → p)] (p ^ ~q) v (q ^ ~p)


V V F V V V F V V V V V V V V F F F V F F
V F V V F F V V F F F F V V V V V V F F F
F V V F F V V F V V F V F F F F F V V V V
F F F F V F F F V F V F V F F F V F F F V

DUPLA NEGAÇÃO (TEORIA DA INVOLUÇÃO)

– De uma proposição simples: p ⇔ ~ (~p)

p ~ (~ p)
V V F V
F F V F

- De uma condicional: p → q ⇔ ~p v q
A dupla negação de uma condicional dá-se por negar a 1ª parte da condicional, troca-se o conectivo
CONDICIONAL pela DISJUNÇÃO e mantém-se a 2ª parte. Ao negarmos uma proposição primitiva duas
vezes consecutivas, a proposição resultante será equivalente à sua proposição primitiva.

NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES MATEMÁTICAS

Considere os seguintes símbolos matemáticos: igual (“=”); diferente (“≠”); maior que (“>”); menor que
(“<”); maior ou igual a (“≥”) e menor ou igual a (“≤”). Estes símbolos, associados a números ou variáveis,
formam as chamadas expressões aritméticas ou algébricas.

Exemplo

a) 5 + 6 = 11
b) 5 – 3 ≠ 4
c) 5 > 1
d) 7< 10
e) 3 + 5 ≥ 8
f) y + 5 ≤ 7

Para negarmos uma sentença matemática basta negarmos os símbolos matemáticos, assim
estaremos negando toda sentença, vejamos:

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Sentença Matemática ou algébrica Negação Sentença obtida
5 + 6 = 11 ~ (5 + 6 = 11) 5 + 6 ≠ 11
5–3≠4 ~ (5 – 3 ≠ 4) 5–3=4
5>1 ~ (5 > 1) 5≤1
7< 10 ~ (7< 10) 7≥ 10
3+5≥8 ~ (3 + 5 ≥ 8) 3+5<8
y+5≤7 ~ (y + 5 ≤ 7) y+5>7

É comum a banca, através de uma assertiva, “induzir” os candidatos a cometerem um erro


muito comum, que é a negação dessa assertiva pelo resultado, utilizando-se da operação
matemática em questão para a obtenção desse resultado, e não, como deve ser, pela negação
dos símbolos matemáticos.
Exemplo:
Negar a expressão “4 + 7 = 16” não é dada pela expressão “4 + 7 = 11”, e sim por “4 + 7 ≠
16”

NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES COMPOSTAS – LEIS DE MORGAN

As Leis de Morgan ensinam

- Negar que duas dadas proposições são ao mesmo tempo verdadeiras equivale a afirmar que pelo
menos uma é falsa;
- Negar que uma pelo menos de duas proposições é verdadeira equivale a afirmar que ambas são
falsas.

As Leis de Morgan exprimem que NEGAÇÂO transforma:


CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO e
DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO

Vejamos:
– Negação de uma conjunção (Leis de Morgan)
Para negar uma conjunção, basta negar as partes e trocar o conectivo CONJUNÇÃO pelo conectivo
DISJUNÇÃO.

~ (p ^ q) ⇔ (~p v ~q)

p q ~ (p ^ q) ~p v ~q
V V F V V V F F F
V F V V F F F V V
F V V F F V V V F
F F V F F F V V V

- Negação de uma disjunção (Lei de Morgan)


Para negar uma disjunção, basta negar as partes e trocar o conectivo DISJUNÇÃO pelo conectivo-
CONJUNÇÃO.

~ (p v q) ⇔ (~p ^ ~q)
p q ~ (p v q) ~p ^ ~q
V V F V V V F F F
V F F V V F F F V
F V F F V V V F F
F F V F F F V V V

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Exemplo

Vamos negar a proposição “É inteligente e estuda”, vemos que se trata de uma CONJUNÇÂO, pela
Lei de Morgan temos que uma CONJUNÇÃO se transforma em uma DISJUNÇÃO, negando-se as partes,
então teremos:
“Não é inteligente ou não estuda”
Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

Questões

01. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial – FGV) Considere a afirmação:


“Mato a cobra e mostro o pau"
A negação lógica dessa afirmação é:
(A) não mato a cobra ou não mostro o pau;
(B) não mato a cobra e não mostro o pau;
(C) não mato a cobra e mostro o pau;
(D) mato a cobra e não mostro o pau;
(E) mato a cobra ou não mostro o pau.

02. (CODEMIG – Advogado Societário – FGV) Em uma empresa, o diretor de um departamento


percebeu que Pedro, um dos funcionários, tinha cometido alguns erros em seu trabalho e comentou:
“Pedro está cansado ou desatento."
A negação lógica dessa afirmação é:
(A) Pedro está descansado ou desatento.
(B) Pedro está descansado ou atento.
(C) Pedro está cansado e desatento.
(D) Pedro está descansado e atento.
(E) Se Pedro está descansado então está desatento.

03 (TJ/AP-Técnico Judiciário / Área Judiciária e Administrativa- FCC) Vou à academia todos os


dias da semana e corro três dias na semana. Uma afirmação que corresponde à negação lógica da
afirmação anterior é
(A) Não vou à academia todos os dias da semana ou não corro três dias na semana.
(B) Vou à academia quase todos os dias da semana e corro dois dias na semana.
(C) Nunca vou à academia durante a semana e nunca corro durante a semana.
(D) Não vou à academia todos os dias da semana e não corro três dias na semana.

04. (HUGG-UNIRIO / Advogado – IBFC/2017) Considerando a frase “João comprou um notebook e


não comprou um celular”, a negação da mesma, de acordo com o raciocínio lógico proposicional é:
(A) João não comprou um notebook e comprou um celular.
(B) João não comprou um notebook ou comprou um celular
(C) João comprou um notebook ou comprou um celular.
(D) João não comprou um notebook e não comprou um celular.
(E) Se João não comprou um notebook, então não comprou um celular.

Respostas

01. Resposta: A.
Negação do ''ou'': nega-se as duas partes e troca o conectivo ''ou'' pelo ''e''.

02. Resposta: D.
Pedro está cansado ou desatento.
O conectivo ou vira e, dai basta negar as proposições.
Pedro não está cansado e nem está desatento, ou seja, Pedro está descansado e atento.

03. Resposta: A.
Quebrando a sentença em P e Q:

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P: Vou à academia todos os dias da semana
Conectivo: ∧ (e)
Q: Corro três dias na semana

Aplicando a lei de Morgan: ~(P ∧ Q) ≡ ~P ∨ ~Q


~P: Não vou à academia todos os dias da semana
Conectivo: ∨ (ou)
~Q: Não corro três dias na semana

Logo: Não vou à academia todos os dias da semana ou não corro três dias na semana.

04. Resposta: B.
Para negarmos uma proposição composta ligada pelo conectivo operacional “e”, basta negarmos
ambas as proposições individuais (simples) e trocarmos o conectivo “e” pelo conectivo”ou”.

SILOGISMO

Silogismo é uma palavra cujo significado é o de cálculo. Etimologicamente, silogismo significa “reunir
com o pensamento” e foi empregado pela primeira vez por Platão (429-348 a. C.). Aqui o sentido adotado
é o de um raciocínio no qual, a partir de proposições iniciais, conclui-se uma proposição final. Aristóteles
(384-346 a. C.) utilizou tal palavra para designar um argumento composto por duas premissas e uma
conclusão. Exemplo:

Jogamos futebol no sábado ou no domingo. Não jogamos futebol no sábado.


╞ Jogamos futebol no domingo.

Observação: o símbolo “╞” é chamado de traço de asserção; É usado entre as premissas e a


conclusão .Esse silogismo também pode ser representado como:

Jogamos futebol no sábado ou no domingo.


Não jogamos futebol no sábado.
Logo, jogamos futebol no domingo.

Chamado de P a proposição: “Jogamos futebol no sábado”, escreve-se: P: Jogamos futebol no sábado.


Chamado de C a proposição: “Jogamos futebol no domingo”, escreve-se: C: Jogamos futebol no
domingo.

Das proposições P e C resulta a proposição “Jogamos futebol no sábado ou no domingo”. Denotamos:


P + C: Jogamos futebol no sábado ou no domingo.
Com a negativa da proposição P, tem-se a premissa “Não jogamos futebol no sábado”. Escreve-se:
~P: Não jogamos futebol no sábado. Reescrevendo o argumento, obteremos:

P + C, ~P ╞ C

ou

P+C
~P
Logo, C

Silogismo Categórico de Forma Típica

Chamaremos de silogismo categórico de forma típica ao argumento formado por duas premissas e
uma conclusão, de modo que todas as premissas envolvidas são categóricas de forma típica (A, E, I, O).
Teremos também três termos:
- Termo menor: sujeito da conclusão.
- Termo maior: predicado da conclusão.
- Termo médio: é o termo que aparece uma vez em cada premissa e não aparece na conclusão.

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Exemplos:
Todos os artistas são vaidosos
Alguns artistas são pobres
Logo, todos os pobres são vaidosos.

Todos os gregos são humanos


Todos os atenienses são gregos
Logo, todos os atenienses são humanos.

Todos os coelhos são velozes


Alguns cavalos não são velozes
Logo, alguns cavalos não são coelhos.

Alguns políticos são honestos


Nenhum estudante é político
Logo, nenhum estudante é honesto.

Regras do Silogismo

Para que um silogismo seja válido, sua estrutura deve respeitar regras. Tais regras, em número de
oito, permitem verificar a correção ou incorreção do silogismo. As quatro primeiras regras são relativas
aos termos e as quatro últimas são relativas às premissas. São elas:
- Todo silogismo contém somente 3 termos: maior, médio e menor;
- Os termos da conclusão não podem ter extensão maior que os termos das premissas;
- O termo médio não pode entrar na conclusão;
- O termo médio deve ser universal ao menos uma vez;
- De duas premissas negativas, nada se conclui;
- De duas premissas afirmativas não pode haver conclusão negativa;
- A conclusão segue sempre a premissa mais fraca;
- De duas premissas particulares, nada se conclui.

Estas regras reduzem-se às três regras que Aristóteles definiu. O que se entende por “parte mais fraca”
são as seguintes situações: entre uma premissa universal e uma particular, a “parte mais fraca” é a
particular; entre uma premissa afirmativa e outra negativa, a “parte mais fraca” é a negativa. Atenção:
Para determinar se um argumento é uma falácia ou silogismo, deve-se analisar o resultado, ou argumento
final: quando se chega a um argumento falso, tem-se uma falácia; quando se chega a um argumento
verdadeiro, tem-se um silogismo.

Silogismos Derivados

Silogismos derivados são estruturas argumentativas que não seguem a forma rigorosa do silogismo
típico, mas que mesmo assim são formas válidas.

Entimema: trata-se de um argumento em que uma ou mais proposições estão subentendidas. Por
exemplo: todo metal é corpo, logo o chumbo é corpo. Neste caso, fica subentendida a premissa “todo
chumbo é metal”. Passando para a forma silogística:

Todo metal é corpo.


Todo chumbo é metal.
___________________
Todo chumbo é corpo.

Mais um exemplo: Todo quadrúpede tem 4 patas. Logo, um cavalo é um quadrúpede. No dia a dia,
usamos muitas formas como essa, pois as premissas faltantes são óbvias ou implícitas e repeti-las pode
cansar os ouvintes. Contudo, é comum haver confusão justamente por causa de premissas faltantes.

Epiquerema: o epiquerema é um argumento onde uma ou ambas as premissas apresentam a prova


ou razão de ser do sujeito. Geralmente é acompanhada do termo porque ou algum equivalente. Por
exemplo:

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O demente é irresponsável, porque não é livre.
Ora, Pedro é demente, porque o exame médico revelou ser portador de paralisia geral progressiva.
Logo, Pedro é irresponsável.

No epiquerema sempre existe, pelo menos, uma proposição composta, sendo que uma das
proposições simples é razão ou explicação da outra.

Polissilogismo: O polissilogismo é uma espécie de argumento que contempla vários silogismos, onde
a conclusão de um serve de premissa menor para o próximo. Por exemplo:

Quem age de acordo com sua vontade é livre.


Ora, o racional age de acordo com sua vontade.
Logo, o racional é livre.

Ora, quem é livre é responsável.


Logo, o racional é responsável.

Ora, quem é responsável é capaz de direitos.


Logo, o racional é capaz de direitos.

Silogismo Expositório: o silogismo expositório não é propriamente um silogismo, mas um


esclarecimento ou exposição da ligação entre dois termos, caracteriza-se por apresentar, como termo
médio, um termo singular. Por exemplo:

Aristóteles é discípulo de Platão.


Ora, Aristóteles é filósofo.
Logo, algum filósofo é discípulo de Platão.

Silogismo Informe: o silogismo informe caracteriza-se pela possibilidade de sua estrutura expositiva
poder ser transformada na forma silogística típica. Por exemplo: “a defesa pretende provar que o réu não
é responsável do crime por ele cometido. Esta alegação é gratuita. Acabamos de provar, por testemunhos
irrecusáveis, que, ao perpetrar o crime, o réu tinha o uso perfeito da razão e nem podia fugir às graves
responsabilidades deste ato”. Este argumento pode ser formalizado assim:

Todo aquele que perpetra um crime quando no uso da razão é responsável por seus atos.
Ora, o réu perpetrou um crime no uso da razão.
Logo, o réu é responsável por seus atos.

Sorites: é semelhante ao polissilogismo, mas neste caso ocorre que o predicado da primeira
proposição se torna sujeito na proposição seguinte, seguindo assim até que na conclusão se unem o
sujeito da primeira proposição com o predicado da última. Por exemplo:

A Grécia é governada por Atenas.


Atenas é governada por mim.
Eu sou governado por minha mulher.
Minha mulher é governada por meu filho, criança de 10 anos.
Logo, a Grécia é governada por esta criança de 10 anos.

Silogismo Hipotético: um silogismo hipotético contém proposições hipotéticas ou compostas, isto é,


apresentam duas ou mais proposições simples unidas entre si por uma cópula não verbal, isto é, por
partículas. As proposições compostas podem ser divididas em:

Claramente Compostas: são aquelas proposições em que a composição entre duas ou mais
proposições simples são indicadas pelas partículas: e, ou, se ... então.

Copulativa ou Conjuntiva: “a lua se move e a terra não se move”. Nesse exemplo, duas proposições
simples são unidas pela partícula e ou qualquer elemento equivalente a essa conjunção. Dentro do cálculo
proposicional será considerada verdadeira a proposição que tiver as duas proposições simples
verdadeiras e será simbolizada como: p ∧ q.

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Disjuntivas: “a sociedade tem um chefe ou tem desordem”. Caracteriza-se por duas proposições
simples unidas pela partícula “ou” ou equivalente. Dentro do cálculo proposicional, a proposição composta
será considerada verdadeira se uma ou as duas proposições simples forem verdadeiras e será
simbolizada como: p ∨ q.

Condicional: “se vinte é número ímpar, então vinte não é divisível por dois”. Aqui, duas proposições
simples são unidas pela partícula se... então. Dentro do cálculo proposicional, essa proposição, será
considerada verdadeira se sua consequência for boa ou verdadeira, simbolicamente: p → q.

Ocultamente Compostas: são duas ou mais proposições simples que formam uma proposição
composta com as partículas de ligação: salvo, enquanto, só.

Exceptiva: “todos corpos, salvo o éter, são ponderáveis”. A proposição composta é formada por três
proposições simples, sendo que a partícula salvo oculta as suas composições. As três proposições
simples componentes são: “todos os corpos são ponderáveis”, “o éter é um corpo” e “o éter não é
ponderável”. Também são exceptivos termos como fora, exceto, etc. Essa proposição composta será
verdadeira se todas as proposições simples forem verdadeiras.

Reduplicativa: “a arte, enquanto arte, é infalível”. Nessa proposição temos duas proposições simples
ocultas pela partícula enquanto. As duas proposições simples componentes da composta são: “a arte
possui uma indeterminação X” e “tudo aquilo que cai sobre essa indeterminação X é infalível”. O termo
realmente também é considerado reduplicativo. A proposição composta será considerada verdadeira se
as duas proposições simples forem verdadeiras.

Exclusiva: “só a espécie humana é racional”. A partícula “só” oculta as duas proposições simples que
compõem a composta, são elas: “a espécie humana é racional” e “nenhuma outra espécie é racional”. O
termo apenas também é considerado exclusivo. A proposição será considerada verdadeira se as duas
proposições simples forem verdadeiras.

O silogismo hipotético apresenta três variações, conforme o conetivo utilizado na premissa maior:

Condicional: a partícula de ligação das proposições simples é se... então.

Se a água tiver a temperatura de 100°C, a água ferve.


A temperatura da água é de 100°C.
Logo, a água ferve.

Esse silogismo apresenta duas figuras legítimas:

- Ponendo Ponens (do latim afirmando o afirmado): ao afirmar a condição (antecedente), prova-se o
condicionado (consequência).

Se a água tiver a temperatura de 100°C, a água ferve.


A temperatura da água é de 100°C.
Logo, a água ferve.

- Tollendo Tollens (do latim negando o negado): ao destruir o condicionado (consequência), destrói-se
a condição (antecedente).

Se a água tiver a temperatura de 100°C, a água ferve.


Ora, a água não ferve.
Logo, a água não atingiu a temperatura de 100°C.

Disjuntivo: a premissa maior, do silogismo hipotético, possui a partícula de ligação “ou”.

Ou a sociedade tem um chefe ou tem desordem.


Ora, a sociedade não tem chefe.
Logo, a sociedade tem desordem.

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Esse silogismo também apresenta duas figuras legítimas:

- Ponendo Tollens: afirmando uma das proposições simples da premissa maior na premissa menor,
nega-se a conclusão.

Ou a sociedade tem um chefe ou tem desordem.


Ora, a sociedade tem um chefe.
Logo, a sociedade não tem desordem.

- Tollendo Ponens: negando uma das proposições simples da premissa maior na premissa menor,
afirma a conclusão.

Ou a sociedade tem um chefe ou tem desordem.


Ora, a sociedade não tem um chefe.
Logo, a sociedade tem desordem.

Conjuntivo: a partícula de ligação das proposições simples, na proposição composta, é “e”. Nesse
silogismo, a premissa maior deve ser composta por duas proposições simples que possuem o mesmo
sujeito e não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo, ou seja, os predicados devem ser contraditórios.
Possui somente uma figura legítima, o Ponendo Tollens, afirmando uma das proposições simples da
premissa maior na premissa menor, nega-se a outra proposição na conclusão.

Ninguém pode ser, simultaneamente, mestre e discípulo.


Ora, Pedro é mestre.
Logo, Pedro não é discípulo.

Dilema: o dilema é um conjunto de proposições onde, a primeira, é uma disjunção tal que, afirmando
qualquer uma das proposições simples na premissa menor, resulta sempre a mesma conclusão. Por
exemplo:

Se dizes o que é justo, os homens te odiarão.


Se dizes o que é injusto, os deuses te odiarão.
Portanto, de qualquer modo, serás odiado.

Questões

01. (CESGRANRIO - CAPES - Analista de Sistemas) Parte superior do formulário


O silogismo é uma forma de raciocínio dedutivo. Na sua forma padronizada ,é constituído por três
proposições: as duas primeiras denominam-se premissas e a terceira, conclusão .As premissas são juízos
que precedem a conclusão .Em um silogismo, a conclusão é consequência necessária das premissas.
Assinale a alternativa que corresponde a um silogismo.
(A)
Premissa 1: Marcelo é matemático.
Premissa 2: Alguns matemáticos gostam de física.
Conclusão: Marcelo gosta de física.
(B)
Premissa 1: Marcelo é matemático.
Premissa 2: Alguns matemáticos gostam de física.
Conclusão: Marcelo não gosta de física.
(C)
Premissa 1: Mário gosta de física.
Premissa 2: Alguns matemáticos gostam de física.
Conclusão: Mário é matemático.
(D)
Premissa 1: Mário gosta de física.
Premissa 2: Todos os matemáticos gostam de física.
Conclusão: Mário é matemático.
(E)
Premissa 1: Mário gosta de física.

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Premissa 2: Nenhum matemático gosta de física.
Conclusão: Mário não é matemático.

02. (FGV - MEC - Documentador) O silogismo é uma forma de raciocínio dedutivo. Na sua forma
padronizada, é constituído por três proposições: as duas primeiras denominam-se premissas e a terceira,
conclusão. As premissas são juízos que precedem a conclusão. Em um silogismo, a conclusão é
consequência necessária das premissas. São dados três conjuntos formados por duas premissas
verdadeiras e uma conclusão não necessariamente verdadeira.

I-
Premissa 1: Todos os mamíferos são homeotérmicos.
Premissa 2: Todas as baleias são mamíferas.
Conclusão: Todas as baleias são homeotérmicas.
II-
Premissa 1: Todos os peixes são pecilotérmicos.
Premissa 2: Todos os tubarões são pecilotérmicos.
Conclusão: Todos os tubarões são peixes.
III-
Premissa 1: Todos os primatas são mamíferos.
Premissa 2: Todos os mamíferos são vertebrados.
Conclusão: Todos os vertebrados são primatas.

Assinale:
(A) se somente o conjunto I for um silogismo.
(B) se somente o conjunto II for um silogismo.
(C) se somente o conjunto III for um silogismo.
(D) se somente os conjuntos I e III forem silogismos.
(E) se somente os conjuntos II e III forem silogismos.

03.
Algumas flores são rosas
A Rosa é uma mulher bonita
Logo, algumas mulheres bonitas são flores.

(A) O que é um silogismo categórico?


(B) Este silogismo será válido formalmente?

04.
Todos os gatos são seres vivos
Alguns seres vivos são omnívoros
Logo, alguns seres omnívoros são gatos.

(A) Será válido formalmente?

Respostas

01. Resposta “E”.


Parte inferior do formulário
A letra “D” parece certa, mas observe que certa seria se a segunda premissa fosse invertida: “Todos
os que gostam de física são matemáticos”. A letra “E” é correta. Existem algumas proposições que podem
ser negadas.
Algum → negação: Nenhum.
Nenhum → negação: Algum.
Todo → negação: Algum não.
Algum não → negação: Todo.

Nessa questão basta negar todas as proposições com suas equivalências supracitadas, ou basta fazer
conjuntos (ou balões):

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(A) Há dois grupos “matemáticos” e “aqueles que gostam de física”. Há uma intersecção entre eles,
com matemáticos que gostam e matemáticos que não gostam de física. Marcelo pode estar tanto em um
como em outro grupo.
(B) Mesmo raciocínio. Marcelo pode gostar ou não de física.
(C) Há intersecção entre “matemáticos” e “gostam de física”. Mário pode estar no grupo “matemáticos
que gostam de física” e o outro grupo, “aqueles que gostam de física e não são matemáticos”.
(D) O grupo “matemáticos” está dentro de “os que gostam de física”. Porém, Mario tanto pode ser
matemático como pertencer a outro grupo que também goste de física.
(E) Não há intersecção entre os grupos “os que gostam de física” e “matemáticos”. Mário gosta de
física, logo, ele não pode ser matemático. (Alternativa correta)

02. Resposta “A”.


I - Todos os mamíferos são homeotérmicos. Todas as baleias são mamíferos. Conclusão: todas as
baleias são homeotérmicos. Está certa... essa questão fica clara se desenharmos um conjunto.... assim
fica da seguinte forma: o conjunto dos mamíferos está contido no conjunto dos homeotérmicos... e o
conjunto das baleias está contido dentro do conjunto dos mamíferos, consequentemente está dentro do
conjunto dos homeotérmicos, por isso podemos afirmar que todas as baleias são homeotérmicas.

II - Todos os peixes são pecilotérmicos. Todos os tubarões são pecilotérmicos. Conclusão: todos os
tubarões são peixes. Não podemos afirmar tal coisa... pode ser que alguns ou até todos sejam, mas a
questão não dá informações suficientes para isso... em um conjunto teríamos o conjunto dos
pecilotérmicos e dentro dele 2 conjuntos... dos peixes e dos tubarões... eles podem ter alguma intersecção
ou nenhuma, por isso não podemos afirmar.

III - Todos os primatas são mamíferos. Todos os mamíferos são vertebrados. Conclusão: todos os
vertebrados são primatas. Mais uma vez não podemos afirmar, pois a questão não dá informações para
concluirmos tal coisa... o conjunto dos primatas está contido no conjunto dos mamíferos e os mamíferos
contidos no conjunto dos vertebrados, então pode ser que tenha primatas que não sejam primatas ou que
não sejam mamíferos....

03.
(A) Um silogismo categórico é uma forma de raciocínio composto por duas premissas categóricas e
uma conclusão que se extrai combinando os termos em que se decompõem as suas premissas.
(B) Ilegítimo, inválido formalmente, porque um silogismo compõe-se de, única e exclusivamente, três
termos e neste exercício temos 4 termos/conceitos: flor, rosa (nome de flor), Rosa (nome de mulher) e

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mulher bonita.

04.
(A) Ilegítimo, inválido formalmente, porque o termo médio não é considerado pelo menos uma vez
universalmente, tal como se exige nas regras.

PROPOSIÇÕES FUNCIONAIS OU QUANTIFICADAS


(LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM OU LÓGICA DOS PREDICADOS)

Em Lógica e em Matemática, são chamadas proposições somente as sentenças declarativas, às quais


se pode associar um e, somente um, dos valores lógicos, V ou F.
As sentenças que não podem ser classificadas com V ou F, são chamadas de sentenças abertas.

Exemplos

a) x + 2 > 15
b) Em 2018, ele será presidente do Brasil novamente.
Observe que as variáveis “x” e “ele”, analisando os valores lógicos temos que:

a) x > 13
Se x assumir os valores maiores que 13 (14,15, 16, ...) temos que a sentença é verdadeira.
Se assumir valores menores ou iguais a 13 (12,11, 10, ...) temos que a sentença é falsa.

b) Em 2018, ele será presidente do Brasil novamente.


Se ele for substituído, por exemplo, por Lula, teremos uma expressão verdadeira (pois Lula já foi
presidente do Brasil, podendo ser novamente).
Se for substituído por Aécio Neves, teremos uma expressão falsa (pois Aécio nunca foi presidente do
Brasil não podendo ser novamente).

Sentenças que contêm variáveis são chamadas de sentenças funcionais. Estas sentenças não são
proposições lógicas, pois seu valor lógico (V ou F) é discutível em função do valor de uma variável.

Podemos transformar as sentenças abertas em proposições lógicas por meio de duas etapas: atribuir
valores às variáveis ou utilizar quantificadores.

QUANTIFICADORES

Considerando, por exemplo, o conjunto A={5, 7, 8, 9, 11, 13}, podemos dizer:


- qualquer que seja o elemento de A, ele é um número natural;
- existe elemento de A que é número ímpar;
- existe um único elemento de A que é par;
- não existe elemento de A que é múltiplo de 6.
Em Lógica e em matemática há símbolos próprios, chamados quantificadores, usados para representar
expressões do tipo das quatro que acima dissemos.
Podemos afirmar que:

QUANTIFICADOR + SENTENÇA ABERTA = SENTENÇA FECHADA

TIPOS DE QUANTIFICADORES

- Quantificador universal: usado para transformar sentenças (proposições) abertas em proposições


fechadas, é indicado pelo símbolo “∀” (lê-se: “qualquer que seja”, “para todo”, “para cada”).

Exemplos

1) (∀x)(x + 5 = 9) – Lê-se: Qualquer que se x, temos que x + 5 = 9 (falsa)

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2) (∀y)(y ≠ 8)(y – 1 ≠ 7) - Lê-se: Para cada valor de y, com y diferente de 8, tem-se que y – 1 ≠ 7
(verdadeira).

- Quantificador existencial: é indicado pelo símbolo “∃” (lê-se: “existe”, “existe pelo menos um” e
“existe um”).

Exemplos

1) (∃x)(x + 5 = 9) – Lê-se: Existe um número x, tal que x + 5 = 9 (verdadeira).


2) (∃y ∊ N) (y + 5 < 3) - Lê-se: Existe um número y pertencente ao conjunto dos números Naturais, tal
que y + 5 < 3 (falsa).

Observação: Temos ainda um quantificador existencial simbolizado por “∃?”, que significa: “existe um
único”, “existe um e um só” e “existe só um”.

REPRESENTAÇÃO

Uma proposição quantificada é caracterizada pela presença de um quantificador (universal ou


existencial) e pelo predicado, de modo geral.

∀: 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟
(∀𝑥)(𝑝(𝑥)) {
𝑝(𝑥): 𝑝𝑟𝑒𝑑𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜

∃: 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟
(∃𝑥)(𝑝(𝑥)) {
𝑝(𝑥): 𝑝𝑟𝑒𝑑𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜

Exemplos

(Ǝx) (x > 0) (x + 4 = 11)


Quantificador: Ǝ – existencial
Condição de existência: x > 0
Predicado: x + 4 = 11
Lemos: Existe um valor para x, com x maior que zero, tal que x mais 4 é igual a 11.
Valor Lógico: V (verdade)

(ᗄx) (x ϵ Z) (x + 3 > 18)


Quantificador: ᗄ - universal
Condição de existência: x ϵ Z
Predicado: x + 3 > 18
Lemos: Para qualquer valor de x, com x pertencente ao conjunto dos inteiros, tem-se que x, mais 3 é
maior que 18.
Valor Lógico: F (falso)
O “domínio de discurso”, também chamado de “universo de discurso” ou “domínio de
quantificação”, é uma ferramenta analítica usada na lógica dedutiva, especialmente na lógica de
predicados. Indica o conjunto relevante de valores, os quais os quantificadores se referem. O
termo “universo de discurso” geralmente se refere à “condição de existência” das variáveis
(ou termos usados) numa função específica.

VARIÁVEL APARENTE E VARIÁVEL LIVRE

Quando um quantificador incide sobre uma variável, está diz-se aparente ou muda, caso contrário,
diz variável livre.
Vejamos:

A letra “x” é nas sentenças abertas “2x + 2 = 18”; “x > 5” é considerada variável livre, mas é considerada
aparente nas proposições: (ᗄx) (x > 5) e (Ǝx) (2x + 2 = 18).

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PRINCÍPIO DE SUBSTITUIÇÃO DAS VARIÁVEIS APARENTES – Todas às vezes que uma
variável aparente é substituída, em todos os lugares que ocupa uma expressão, por outra
variável que não figure na mesma expressão, obtém-se uma expressão equivalente.

Ou seja, qualquer que seja a sentença aberta p(x) em um conjunto A substituem as equivalências?
(ᗄ x ϵ A) (p(x)) ⇔ (ᗄ y ϵ A) (p(y))
(Ǝ x ϵ A) (p(x)) ⇔ (Ǝ y ϵ A) (p(y))

Exemplos

(ᗄ Fulano) (Fulano é mortal) ⇔ (ᗄ x) (x é mortal)


(Ǝ Fulano) (Fulano foi à Lua) ⇔ (Ǝ x) (x foi à Lua)

QUANTIFICADOR DE EXISTÊNCIA E UNICIDADE

Consideremos no conjunto dos números reais (R) a sentença aberta “x 2 = 16”, por ser: 42 = 16, (-4)2 =
16 e 4 ≠ -4.

Podemos concluir: (Ǝ x, y ϵ R) (x2 = 16 ^ y2 = 16 ^ x ≠ y).


Ao contrário, para a sentença aberta “x 3 = 27” em R teremos as duas proposições:
1ª) (Ǝ x ϵ R) (x3 = 27)
2ª) x3 = 27 ^ y3 = 27 ⇒ x = y

A primeira proposição diz que existe pelo menos um x ϵ R tal que x3 = 27 (x = 3), é uma afirmação
de existência. Observe que não existe outra forma de obtermos o resultado, uma vez que não podemos
colocar número negativo elevado a expoente ímpar e obter resultado positivo (propriedade da potência).
A segunda proposição diz que não pode existir mais de um x ϵ R tal que x3 = 27; é uma afirmação
de unicidade.
A conjunção das duas proposições diz que existe x ϵ R e um só tal que x3 = 27. Para indicarmos este
fato, vamos escrever da seguinte forma:
(Ǝ! x ϵ R) (x3 = 27)

Onde o símbolo “Ǝ!” é chamado de Quantificador existencial de unicidade e lê se: “Existe um e um


só”.

Muitas proposições encerram afirmações de existência e unicidade. Por exemplo no universo R:


a ≠ 0 ⇒ (ᗄ b) (Ǝ! x) (ax = b)

Exemplos

(Ǝ! x ϵ N) (x2 – 9 = 0)
(Ǝ! x ϵ Z) (-1 < x < 1)
(Ǝ! x ϵ R) (|x| = 0)

Todas as proposições acima são verdadeiras.

NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES QUANTIFICADAS OU FUNCIONAIS

1º - Seja uma sentença quantificada do tipo (∀x)(A(x)). Sua negação será dada da seguinte forma:
substitui-se o quantificador universal pelo existencial e nega-se o predicado A(x), obtendo-se
(∃x)(~A(x)).

Exemplo

(∀x) (x + 7 = 25), negando a sentença ~(∀x) (x + 7 = 25), temos: (∃x) (x + 7 ≠ 25)

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2º - Seja uma sentença quantificada do tipo (∃x)(B(x)). Sua negação será dada da seguinte forma:
substitui-se o quantificador existencial pelo universal e nega-se o predicado B(x), obtendo-se
(∀x)(~B(x)).

Exemplo

(∃x) (x + 7 = 25), negando a sentença ~(∃x) (x + 7 = 25), temos: (∀x) (x + 7 ≠ 25).

Em resumo temos que:

Quantificador Universal passa para Existencial e vice e versa:


1º passo (∀x) ⇨ (∃x)
(∃x) ⇨ (∀x)
2º passo Conserva-se a condição de existência da variável, caso exista.
3º passo Nega-se o predicado.

RELAÇÕES ENTRE AS LINGUAGENS CATEGÓRICAS E QUANTIFICADAS

Representação de uma Representação Nomenclaturas dos


proposição categórica simbólica termos dos predicados
quantificada
ALGUM paulistano é p(x) = paulistano
(∃x) (p(x) ^ q(x))
corintiano. q(x) = corintiano
NENHUM bancário é p(x) = bancário
~(∃x) (p(x) ^ q(x))
altruísta. q(x) = altruísta
TODO professor é p(x) = professor
(∀x) (p(x) → q(x))
atencioso. q(x) = atencioso

Exemplos

1- A negação da proposição: [(∀x ∈ R) (∃ y ∈ R) (x.y = 1)] é:


(A) (∃x ∈ R) (∀ y ∈ R) [x.y = 1];
(B) (∀x ∈ R) (∃ y ∈ R) [x.y ≠ 1];
(C) (∃x ∈ R) (∀ y ∈ R) [x.y ≠ 1];
(D) (∀x ∈ R) (∀ y ∈ R) [x.y ≠ 1];
(E) (∃x ∈ R) (∃ y ∈ R) [x.y ≠ 1].

Resolução:

Como sabemos para negarmos temos 3 passos importantes, logo:


~ [(∀x ∈ R) (∃ y ∈ R) (x.y = 1)] ⇔ [(∃x ∈ R) (∀ y ∈ R) (x.y ≠ 1)]
Resposta: C

2 - Seja p(x) uma proposição com uma variável “x” em um universo de discurso. Qual dos itens a seguir
define a negação dos quantificadores?
I. ~[(∀x) (p(x))] ⇔ (∃x) (~ p(x));
II. ~[(∃x) (p(x))] ⇔ (∃x) (~ p(x));
III. ~[(∃x) (p(x))] ⇔ (∀x) (~ p(x));
(A) apenas I;
(B) apenas I e III;
(C) apenas III;
(D) apenas II;
(E) apenas II e III.

Resolução:

Como sabemos para negarmos temos 3 passos importantes, logo:


No item I, ele trocou o quantificador pelo existencial e negou o predicado – Verdadeiro

. 58
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
No item II, ele NÃO trocou o quantificador, somente negando o predicado – Falso
No item III, trocou os quantificadores e negou o predicado – Verdadeiro
Resposta: B.

Questões

01. (Petrobras – Técnico(a) de Informática Júnior – CESGRANRIO) Determinado técnico de


atletismo considera seus atletas como bons ou maus, em função de serem fumantes ou não. Analise as
proposições que se seguem no contexto da lógica dos predicados.
I - Nenhum fumante é bom atleta.
II - Todos os fumantes são maus atletas.
III - Pelo menos um fumante é mau atleta.
IV - Todos os fumantes são bons atletas.

As proposições que formam um par tal que uma é a negação da outra são:
(A) I e II
(B) I e III
(C) II e III
(D) II e IV
(E) III e IV

02. (SEDUC-CE – Língua Portuguesa – SEDUC-CE) Assinale a alternativa que nega a seguinte
proposição:
Algum professor que trabalha na escola não é efetivo.

(A) Todo professor que trabalha na escola é efetivo.


(B) Nenhum professor que trabalha na escola é efetivo.
(C) Qualquer professor que trabalha na escola não é efetivo.
(D) Algum professor que não trabalha na escola não é efetivo.
(E) Todo professor que trabalha na escola não é efetivo.

03) (Prefeitura de Piraquara/PR – Agente Operacional – FAU) A negação lógica à afirmativa abaixo
encontra-se em qual opção?
“Nenhuma calça de João é azul”.
(A) João não veste azul.
(B) João veste calça azul em casa.
(C) Todas as calças de João são azuis.
(D) João tem uma calça azul.
(E) Nenhuma calça de João é verde.

04. (EMSERH – Agente de Portaria – FUNCAB) Considere que as seguintes afirmações são
verdadeiras:

“Algum maranhense é pescador.”


“Todo maranhense é trabalhador.”

Assim pode-se afirmar, do ponto de vista lógico, que:


(A) Algum maranhense não pescador não é trabalhador.
(B) Algum maranhense trabalhador é pescador.
(C) Todo maranhense pescador não é trabalhador.
(D) Algum maranhense pescador não é trabalhador
(E) Todo maranhense trabalhador é pescador.

Respostas

01. Resposta: E.
Sabemos que a negação do quantificador "Todos" é "Pelo menos um" (vice - versa) e que ao negarmos
qualquer proposição significa trocar seu sentido, temos que:
III - Pelo menos um fumante é mau atleta.

. 59
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
IV - Todos os fumantes são bons atletas.
Formam um par tal que uma é a negação da outra.

02. Resposta: A.
Negação do todo, nenhum e algum...
Algum não é → Todo é.
Nenhum é → Algum é.
Todo é → Algum não é.

03. Resposta: D.
A negação de nenhum é algum, assim sendo João não precisa ter todas as calças azuis, basta ter
uma.

04. Resposta: B.
(A) ERRADA → Todo maranhense é trabalhador
(B) CORRETA.
(C) ERRADA → Todo maranhense pescador é trabalhador
(D) ERRADA → Todo Maranhense pescador é trabalhador
(E) ERRADA → Existe maranhense trabalhador que não é pescador.

2. Raciocínio matemático: utilizar o raciocínio matemático para resolver situações


e problemas que envolvam os seguintes conteúdos: 2.1 conjuntos numéricos
racionais e reais - operações, propriedades, problemas envolvendo as quatro
operações nas formas fracionária e decimal; números e grandezas proporcionais;
razão e proporção; divisão proporcional; regra de três simples e composta;
porcentagem. 2.2 Expressões algébricas: equações de primeiro e segundo graus,
sistemas de equações lineares. 2.3 Sequências, Progressão aritmética e
Progressão Geométrica. 2.4 Conceito de Função: Função Polinomial, Exponencial
e Logarítmica. 2.5 Geometria Plana: Polígonos regulares, circunferência e círculo;
cálculo de áreas e perímetros.

CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS – Q

m
Um número racional é o que pode ser escrito na forma , onde m e n são números inteiros, sendo
n
que n deve ser diferente de zero. Frequentemente usamos m/n para significar a divisão de m por n.
Como podemos observar, números racionais podem ser obtidos através da razão entre dois números
inteiros, razão pela qual, o conjunto de todos os números racionais é denotado por Q. Assim, é comum
encontrarmos na literatura a notação:
m
Q = { : m e n em Z, n diferente de zero}
n

No conjunto Q destacamos os seguintes subconjuntos:


- Q* = conjunto dos racionais não nulos;
- Q+ = conjunto dos racionais não negativos;
- Q*+ = conjunto dos racionais positivos;

. 60
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
- Q _ = conjunto dos racionais não positivos;
- Q*_ = conjunto dos racionais negativos.

Representação Decimal das Frações


p
Tomemos um número racional , tal que p não seja múltiplo de q. Para escrevê-lo na forma decimal,
q
basta efetuar a divisão do numerador pelo denominador.
Nessa divisão podem ocorrer dois casos:
1º - O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, um número finito de algarismos. Decimais Exatos:
2
= 0,4
5
1
= 0,25
4
35
= 8,75
4
153
= 3,06
50

2º - O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-
se periodicamente Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas:
1
= 0,333...
3
1
= 0,04545...
22
167
= 2,53030...
66

Existem frações muito simples que são representadas por formas decimais infinitas, com uma
característica especial: existe um período.

Aproveitando o exemplo acima temos 0,333... = 3. 1/101 + 3 . 1/102 + 3 . 1/103 + 3 . 1/104 ...

Representação Fracionária dos Números Decimais


Trata-se do problema inverso: estando o número racional escrito na forma decimal, procuremos
escrevê-lo na forma de fração. Temos dois casos:
1º Transformamos o número em uma fração cujo numerador é o número decimal sem a vírgula e o
denominador é composto pelo numeral 1, seguido de tantos zeros quantas forem as casas decimais do
número decimal dado:

9
0,9 =
10
57
5,7 =
10
76
0,76 =
100
348
3,48 =
100

. 61
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5 1
0,005 = =
1000 200

2º Devemos achar a fração geratriz da dízima dada; para tanto, vamos apresentar o procedimento
através de alguns exemplos:
Exemplos:

1) Seja a dízima 0, 333....


Veja que o período que se repete é apenas 1(formado pelo 3)  então vamos colocar um 9 no
denominador e repetir no numerador o período.

3
Assim, a geratriz de 0,333... é a fração .
9
2) Seja a dízima 5, 1717....
O período que se repete é o 17, logo dois noves no denominador (99). Observe também que o 5 é a
parte inteira, logo ele vem na frente:

17 512
5 → 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑎, 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 → (5.99 + 17) = 512, 𝑙𝑜𝑔𝑜 ∶
99 99

512
Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração .
99

Neste caso para transformarmos uma dízima periódica simples em fração basta utilizarmos o
dígito 9 no denominador para cada quantos dígitos tiver o período da dízima.

3) Seja a dízima 1, 23434...


O número 234 é a junção do ante período com o período. Neste caso temos um dízima periódica é
composta, pois existe uma parte que não se repete e outra que se repete. Neste caso temos um ante
período (2) e o período (34). Ao subtrairmos deste número o ante período(234-2), obtemos 232, o
numerador. O denominador é formado por tantos dígitos 9 – que correspondem ao período, neste caso
99(dois noves) – e pelo dígito 0 – que correspondem a tantos dígitos tiverem o ante período, neste caso
0(um zero).

232 1222
1 → 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑎, 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 − 𝑎 → (1.990 + 232) = 1222, 𝑙𝑜𝑔𝑜 ∶
990 990

611
Simplificando por 2, obtemos x = , a fração geratriz da dízima 1, 23434...
495

Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto que representa esse número ao ponto de abscissa
zero.

. 62
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
Exemplos:
3 3
. Indica-se  =
3 3
1) Módulo de – é
2 2 2 2

3 3
. Indica-se  =
3 3
2) Módulo de + é
2 2 2 2

3 3
Números Opostos: Dizemos que – e são números racionais opostos ou simétricos e cada um
2 2
3 3
deles é o oposto do outro. As distâncias dos pontos – e ao ponto zero da reta são iguais.
2 2

Inverso de um Número Racional

𝒂 −𝒏 𝒃 𝒏
( ) ,𝒂 ≠ 𝟎 = ( ) ,𝒃 ≠ 𝟎
𝒃 𝒂

Representação geométrica dos Números Racionais

Observa-se que entre dois inteiros consecutivos existem infinitos números racionais.

Soma (Adição) de Números Racionais


Como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na forma de uma fração, definimos a
a c
adição entre os números racionais e , da mesma forma que a soma de frações, através de:
b d

a c ad  bc
+ =
b d bd

Subtração de Números Racionais


A subtração de dois números racionais p e q é a própria operação de adição do número p com o
oposto de q, isto é: p – q = p + (–q)
a c ad  bc
- =
b d bd

Multiplicação (Produto) de Números Racionais


Como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na forma de uma fração, definimos o
a c
produto de dois números racionais e , da mesma forma que o produto de frações, através de:
b d
a c ac
x =
b d bd

O produto dos números racionais a/b e c/d também pode ser indicado por a/b × c/d, a/b.c/d . Para
realizar a multiplicação de números racionais, devemos obedecer à mesma regra de sinais que vale em
toda a Matemática:
Podemos assim concluir que o produto de dois números com o mesmo sinal é positivo, mas o
produto de dois números com sinais diferentes é negativo.

. 63
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
Propriedades da Adição e Multiplicação de Números Racionais
1) Fechamento: O conjunto Q é fechado para a operação de adição e multiplicação, isto é, a soma e a
multiplicação de dois números racionais ainda é um número racional.
2) Associativa da adição: Para todos a, b, c em Q: a + ( b + c ) = ( a + b ) + c
3) Comutativa da adição: Para todos a, b em Q: a + b = b + a
4) Elemento neutro da adição: Existe 0 em Q, que adicionado a todo q em Q, proporciona o próprio q,
isto é: q + 0 = q
5) Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em Q, tal que q + (–q) = 0
6) Associativa da multiplicação: Para todos a, b, c em Q: a × ( b × c ) = ( a × b ) × c
7) Comutativa da multiplicação: Para todos a, b em Q: a × b = b × a
8) Elemento neutro da multiplicação: Existe 1 em Q, que multiplicado por todo q em Q, proporciona o
próprio q, isto é: q × 1 = q
a
9) Elemento inverso da multiplicação: Para todo q = em Q, q diferente de zero, existe :
b
b a b
q-1 = em Q: q × q-1 = 1 x =1
a b a
10) Distributiva da multiplicação: Para todos a, b, c em Q: a × ( b + c ) = ( a × b ) + ( a × c )

Divisão (Quociente) de Números Racionais


A divisão de dois números racionais p e q é a própria operação de multiplicação do número p pelo
inverso de q, isto é: p ÷ q = p × q-1
𝒂 𝒄 𝒂 𝒅
: = .
𝒃 𝒅 𝒃 𝒄

Potenciação de Números Racionais


A potência qn do número racional q é um produto de n fatores iguais. O número q é denominado a
base e o número n é o expoente.
qn = q × q × q × q × ... × q, (q aparece n vezes)

Exemplos:
 2 2 2 2
3
8
a)   =   .   .   =
 5   5   5   5  125

 1   1   1   1 
3
1
b)    =   .   .  = 
 2      
2 2 2 8
Propriedades da Potenciação:
1) Toda potência com expoente 0 é igual a 1.
0
 2
  = 1
 5

2) Toda potência com expoente 1 é igual à própria base.


1
 9 9
  = 
 4 4

3) Toda potência com expoente negativo de um número racional diferente de zero é igual a outra
potência que tem a base igual ao inverso da base anterior e o expoente igual ao oposto do expoente
anterior.

. 64
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2 2
 3  5 25
  =   =
 5  3 9

4) Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal da base.


 2 2 2 2
3
8
  =  .  .  =
 3 3 3 3 27

5) Toda potência com expoente par é um número positivo.


 1   1   1 
2
1
  =   .   =
 5   5   5  25

6) Produto de potências de mesma base. Para reduzir um produto de potências de mesma base a uma
só potência, conservamos a base e somamos os expoentes.
2 3 23 5
 2  2  2 2 2 2 2  2 2
  .   =  . . . .      
 5  5   5 5 5 5 5  5 5

7) Quociente de potências de mesma base. Para reduzir um quociente de potências de mesma base
a uma só potência, conservamos a base e subtraímos os expoentes.
3 3 3 3 3
5 2 . . . . 5 2 3
3 3 2 2 2 2 2 3 3
  :      
2 2 3 3
. 2 2
2 2

8) Potência de Potência. Para reduzir uma potência de potência a uma potência de um só expoente,
conservamos a base e multiplicamos os expoentes.
3 3
 1  2  2 2
1 1 1
2
1
2 2 2
1
3 2
1
6
 1  2  1
3.2
1
6

         
. .          ou         
 2   2 2 2 2 2 2  2   2 2

Radiciação de Números Racionais


Se um número representa um produto de dois ou mais fatores iguais, então cada fator é chamado raiz
do número.
Exemplos:
2
1 1 1 1 1 1
1) Representa o produto . ou   .Logo, é a raiz quadrada de .
9 3 3  
3 3 9
1 1
Indica-se =
9 3

2) 0,216 Representa o produto 0,6. 0,6 . 0,6 ou (0,6) 3. Logo, 0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se
3
0,216 = 0,6.

Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá o número zero ou um número racional positivo.
Logo, os números racionais negativos não têm raiz quadrada em Q.
100 10 10
O número  não tem raiz quadrada em Q, pois tanto  como  , quando elevados ao
9 3 3
100
quadrado, dão .
9
Um número racional positivo só tem raiz quadrada no conjunto dos números racionais se ele for um
quadrado perfeito.

. 65
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2
O número não tem raiz quadrada em Q, pois não existe número racional que elevado ao quadrado
3
2
dê .
3
Referências
IEZZI, Gelson - Matemática- Volume Único
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 1 – Conjuntos e Funções
http://mat.ufrgs.br
BASTOS, Cleverson e KELLER, Vicente. Aprendendo lógica. Petrópolis: Ed. Vozes.
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto e aplicações, vol. 1 a 3, Ed. Ática, 2003.
GIOVANNI, Jose Ruy e CASTRUCCI, Benedito e GIOVANNI JR, José Ruy. A conquista matemática 5ª a 8ª série, São Paulo: ED. FTD, 2002.

Questões

01. (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERACIONAIS – MAKIYAMA) Na escola onde


estudo, ¼ dos alunos tem a língua portuguesa como disciplina favorita, 9/20 têm a matemática como
favorita e os demais têm ciências como favorita. Sendo assim, qual fração representa os alunos que têm
ciências como disciplina favorita?
(A) 1/4
(B) 3/10
(C) 2/9
(D) 4/5
(E) 3/2

02. (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM) Dirce comprou 7 lapiseiras e pagou R$ 8,30, em
cada uma delas. Pagou com uma nota de 100 reais e obteve um desconto de 10 centavos. Quantos reais
ela recebeu de troco?
(A) R$ 40,00
(B) R$ 42,00
(C) R$ 44,00
(D) R$ 46,00
(E) R$ 48,00

03. (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERACIONAL – VUNESP) De um total de 180


candidatos, 2/5 estudam inglês, 2/9 estudam francês, 1/3estuda espanhol e o restante estuda alemão. O
número de candidatos que estuda alemão é:
(A) 6.
(B) 7.
(C) 8.
(D) 9.
(E) 10.

04. (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERACIONAL – VUNESP) Em um estado do


Sudeste, um Agente de Apoio Operacional tem um salário mensal de: salário-base R$ 617,16 e uma
gratificação de R$ 185,15. No mês passado, ele fez 8 horas extras a R$ 8,50 cada hora, mas precisou
faltar um dia e foi descontado em R$ 28,40. No mês passado, seu salário totalizou
(A) R$ 810,81.
(B) R$ 821,31.
(C) R$ 838,51.
(D) R$ 841,91.
(E) R$ 870,31.

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05. (Pref. Niterói) Simplificando a expressão abaixo
3
1,3333…+
2
Obtém-se 4 :
1,5+3
(A) ½
(B) 1
(C) 3/2
(D) 2
(E) 3

06. (SABESP – APRENDIZ – FCC) Em um jogo matemático, cada jogador tem direito a 5 cartões
marcados com um número, sendo que todos os jogadores recebem os mesmos números. Após todos os
jogadores receberem seus cartões, aleatoriamente, realizam uma determinada tarefa que também é
sorteada. Vence o jogo quem cumprir a tarefa corretamente. Em uma rodada em que a tarefa era colocar
os números marcados nos cartões em ordem crescente, venceu o jogador que apresentou a sequência
14
(𝐴) − 4; −1; √16; √25;
3
14
(𝐵) − 1; −4; √16; ; √25
3
14
(𝐶) − 1; −4; ; √16; ; √25
3
14
(𝐷) − 4; −1; √16; ; √25
3
14
(𝐸 ) − 4; −1; ; √16; √25
3

07. (Sabesp/SP – Agente de Saneamento Ambiental – FCC) Somando-se certo número positivo x
ao numerador, e subtraindo-se o mesmo número x do denominador da fração 2/3 obtém-se como
resultado, o número 5. Sendo assim, x é igual a
(A) 52/25.
(B) 13/6.
(C) 7/3.
(D) 5/2.
(E) 47/23.

08. (SABESP – APRENDIZ – FCC) Mariana abriu seu cofrinho com 120 moedas e separou-as:
− 1 real: ¼ das moedas
− 50 centavos: 1/3 das moedas
− 25 centavos: 2/5 das moedas
− 10 centavos: as restantes
Mariana totalizou a quantia contida no cofre em
(A) R$ 62,20.
(B) R$ 52,20.
(C) R$ 50,20.
(D) R$ 56,20.
(E) R$ 66,20.

09. (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB) Numa operação policial de rotina, que abordou 800
pessoas, verificou-se que 3/4 dessas pessoas eram homens e 1/5 deles foram detidos. Já entre as
mulheres abordadas, 1/8 foram detidas.
Qual o total de pessoas detidas nessa operação policial?
(A) 145
(B) 185
(C) 220
(D) 260
(E) 120

. 67
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
10. (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERACIONAIS – MAKIYAMA) Quando
perguntado sobre qual era a sua idade, o professor de matemática respondeu:
“O produto das frações 9/5 e 75/3 fornece a minha idade!”.
Sendo assim, podemos afirmar que o professor tem:
(A) 40 anos.
(B) 35 anos.
(C) 45 anos.
(D) 30 anos.
(E) 42 anos.

Respostas

01. Resposta: B.
Somando português e matemática:
1 9 5 + 9 14 7
+ = = =
4 20 20 20 10
O que resta gosta de ciências:
7 3
1− =
10 10

02. Resposta: B.
8,3 ∙ 7 = 58,1
Como recebeu um desconto de 10 centavos, Dirce pagou 58 reais
Troco:100 – 58 = 42 reais

03. Resposta: C.
2 2 1
5
+9+3
Mmc(3,5,9)=45
18+10+15 43
45
= 45
O restante estuda alemão: 2/45
2
180 ∙ = 8
45

04. Resposta: D.
𝑠𝑎𝑙á𝑟𝑖𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙: 617,16 + 185,15 = 802,31
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑎𝑠: 8,5 ∙ 8 = 68
𝑚ê𝑠 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑑𝑜: 802,31 + 68,00 − 28,40 = 841,91
Salário foi R$ 841,91.

05. Resposta: B.
1,3333...= 12/9 = 4/3
1,5 = 15/10 = 3/2

4 3 17
3+2= 6 =1
3 4 17
2+3 6

06. Resposta: D.
√16 = 4
√25 = 5
14
= 4,67
3
14
A ordem crescente é : −4; −1; √16; 3
; √25

07. Resposta B.

. 68
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
2+𝑥
=5
3−𝑥
15 − 5𝑥 = 2 + 𝑥
6𝑥 = 13
13
𝑥=
6

08. Resposta: A.
1
1 𝑟𝑒𝑎𝑙: 120 ∙ = 30 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠
4
1
50 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑣𝑜𝑠: 3 ∙ 120 = 40 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠
2
25 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑣𝑜𝑠: 5 ∙ 120 = 48 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠
10 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑣𝑜𝑠: 120 − 118 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠 = 2 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠
30 + 40 ∙ 0,5 + 48 ∙ 0,25 + 2 ∙ 0,10 = 62,20

Mariana totalizou R$ 62,20.

09. Resposta: A.
3
800 ∙ 4 = 600 ℎ𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠

1
600 ∙ = 120 ℎ𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠 𝑑𝑒𝑡𝑖𝑑𝑜𝑠
5
Como 3/4 eram homens, 1/4 eram mulheres
1
800 ∙ = 200 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠 ou 800-600=200 mulheres
4

1
200 ∙ 8 = 25 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑠 𝑑𝑒𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠

Total de pessoas detidas: 120+25=145

10. Resposta: C.

9 75 675
∙ = = 45 𝑎𝑛𝑜𝑠
5 3 15

CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS - R

O conjunto dos números reais R é uma expansão do conjunto dos números racionais que engloba
não só os inteiros e os fracionários, positivos e negativos, mas também todos os números irracionais.
Assim temos:

R = Q U I , sendo Q ∩ I = Ø ( Se um número real é racional, não irracional, e vice-versa).

Lembrando que N Ϲ Z Ϲ Q , podemos construir o diagrama abaixo:

. 69
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
O conjunto dos números reais apresenta outros subconjuntos importantes:
- Conjunto dos números reais não nulos: R* = {x ϵ R| x ≠ 0}
- Conjunto dos números reais não negativos: R + = {x ϵ R| x ≥ 0}
- Conjunto dos números reais positivos: R* + = {x ϵ R| x > 0}
- Conjunto dos números reais não positivos: R- = {x ϵ R| x ≤ 0}
- Conjunto dos números reais negativos: R* - = {x ϵ R| x < 0}

Representação Geométrica dos números reais

Propriedades
É válido todas as propriedades anteriormente vistos nos outros conjuntos, assim como os conceitos
de módulo, números opostos e números inversos (quando possível).

Ordenação dos números Reais


A representação dos números Reais permite definir uma relação de ordem entre eles. Os números
Reais positivos são maiores que zero e os negativos, menores. Expressamos a relação de ordem da
seguinte maneira: Dados dois números Reais a e b,

a≤b↔b–a≥0

Exemplo: -15 ≤5 ↔ 5 – (-15) ≥ 0


5 + 15 ≥ 0

Intervalos reais
O conjunto dos números reais possui também subconjuntos, denominados intervalos, que são
determinados por meio de desiguladades. Sejam os números a e b , com a < b.

Em termos gerais temos:


- A bolinha aberta = a intervalo aberto (estamos excluindo aquele número), utilizamos os símbolos:
> ;< ; ] ; [
- A bolinha fechada = a intervalo fechado (estamos incluindo aquele número), utilizamos os símbolos:
≥;≤;[;]

Podemos utilizar ( ) no lugar dos [ ] , para indicar as extremidades abertas dos intervalos.
[a,b[ = [a,b) ; ]a,b] = (a,b] ; e ]a,b[ = (a,b)

Observações
Podemos utilizar ( ) no lugar dos [ ] , para indicar as extremidades abertas dos intervalos.
[a,b[ = [a,b) ; ]a,b] = (a,b] ; e ]a,b[ = (a,b)

. 70
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
a) Às vezes, aparecem situações em que é necessário registrar numericamente variações de valores
em sentidos opostos, ou seja, maiores ou acima de zero (positivos), como as medidas de temperatura ou
reais em débito ou em haver etc... Esses números, que se estendem indefinidamente, tanto para o lado
direito (positivos) como para o lado esquerdo (negativos), são chamados números relativos.
b) Valor absoluto de um número relativo é o valor do número que faz parte de sua representação, sem
o sinal.
c) Valor simétrico de um número é o mesmo numeral, diferindo apenas o sinal.

Operações com Números Relativos

1) Adição e Subtração de números relativos


a) Se os numerais possuem o mesmo sinal, basta adicionar os valores absolutos e conservar o sinal.
b) Se os numerais possuem sinais diferentes, subtrai-se o numeral de menor valor e dá-se o sinal do
maior numeral.
Exemplos:
3+5=8
4-8=-4
- 6 - 4 = - 10
-2+7=5

2) Multiplicação e Divisão de Números Relativos


a) O produto e o quociente de dois números relativos de mesmo sinal são sempre positivos.
b) O produto e o quociente de dois números relativos de sinais diferentes são sempre negativos.
Exemplos:
- 3 x 8 = - 24
- 20 (-4) = + 5
- 6 x (-7) = + 42
28 2 = 14
Referências
IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática Elementar – Vol. 01 – Conjuntos e Funções

Questões

01. (EBSERH/ HUPAA – UFAL – Analista Administrativo – Administração – IDECAN) Mário


começou a praticar um novo jogo que adquiriu para seu videogame. Considere que a cada partida ele
conseguiu melhorar sua pontuação, equivalendo sempre a 15 pontos a menos que o dobro marcado na
partida anterior. Se na quinta partida ele marcou 3.791 pontos, então, a soma dos algarismos da
quantidade de pontos adquiridos na primeira partida foi igual a
(A) 4.
(B) 5.
(C) 7.
(D) 8.
(E) 10.

02. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de Matemática – CAIPIMES) Considere m um número


real menor que 20 e avalie as afirmações I, II e III:
I- (20 – m) é um número menor que 20.
II- (20 m) é um número maior que 20.
III- (20 m) é um número menor que 20.
É correto afirmar que:
A) I, II e III são verdadeiras.
B) apenas I e II são verdadeiras.
C) I, II e III são falsas.
D) apenas II e III são falsas.

03. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de Matemática – CAIPIMES) Na figura abaixo, o ponto
3 1
que melhor representa a diferença 4 − 2 na reta dos números reais é:

. 71
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
(A) P.
(B) Q.
(C) R.
(D) S.

04. (TJ/PR - Técnico Judiciário – TJ/PR) Uma caixa contém certa quantidade de lâmpadas. Ao retirá-
las de 3 em 3 ou de 5 em 5, sobram 2 lâmpadas na caixa.
Entretanto, se as lâmpadas forem removidas de 7 em 7, sobrará uma única lâmpada. Assinale a
alternativa correspondente à quantidade de lâmpadas que há na caixa, sabendo que esta comporta um
máximo de 100 lâmpadas.
(A) 36.
(B) 57.
(C) 78.
(D) 92.

05. (MP/SP – Auxiliar de Promotoria I – Administrativo – VUNESP) Para ir de sua casa à escola,
3
Zeca percorre uma distância igual a 4 da distância percorrida na volta, que é feita por um trajeto diferente.
7
Se a distância percorrida por Zeca para ir de sua casa à escola e dela voltar é igual a 5 de um quilômetro,
então a distância percorrida por Zeca na ida de sua casa à escola corresponde, de um quilômetro, a
2
(A)
3

3
(B)
4

1
(C) 2

4
(D)
5

3
(E) 5

06. (TJ/SP - AUXILIAR DE SAÚDE JUDICIÁRIO - AUXILIAR EM SAÚDE BUCAL – VUNESP) Para
numerar as páginas de um livro, uma impressora gasta 0,001 mL por cada algarismo impresso. Por
exemplo, para numerar as páginas 7, 58 e 290 gasta-se, respectivamente, 0,001 mL, 0,002 mL e 0,003
mL de tinta. O total de tinta que será gasto para numerar da página 1 até a página 1 000 de um livro, em
mL, será
(A) 1,111.
(B) 2,003.
(C) 2,893.
(D) 1,003.
(E) 2,561.

07. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Um funcionário de uma empresa
deve executar uma tarefa em 4 semanas. Esse funcionário executou 3/8 da tarefa na 1a semana. Na 2 a
semana, ele executou 1/3 do que havia executado na 1a semana. Na 3a e 4a semanas, o funcionário
termina a execução da tarefa e verifica que na 3a semana executou o dobro do que havia executado na
4 a semana. Sendo assim, a fração de toda a tarefa que esse funcionário executou na 4ª semana é igual
a
(A) 5/16.
(B) 1/6.
(C) 8/24.
(D)1/ 4.
(E) 2/5.

. 72
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
08. (CODAR – Coletor de lixo reciclável – EXATUS) Numa divisão com números inteiros, o resto
vale 5, o divisor é igual ao resto somado a 3 unidades e o quociente é igual ao dobro do divisor. Assim, é
correto afirmar que o valor do dividendo é igual a:
(A) 145.
(B) 133.
(C) 127.
(D) 118.

09. (METRÔ – Assistente Administrativo Júnior – FCC) Quatro números inteiros serão sorteados.
Se o número sorteado for par, ele deve ser dividido por 2 e ao quociente deve ser acrescido 17. Se o
número sorteado for ímpar, ele deve ser dividido por seu maior divisor e do quociente deve ser subtraído
15. Após esse procedimento, os quatro resultados obtidos deverão ser somados. Sabendo que os
números sorteados foram 40, 35, 66 e 27, a soma obtida ao final é igual a
(A) 87.
(B) 59.
(C) 28.
(D) 65.
(E) 63.

10. (UNESP – Assistente de Informática I – VUNESP) O valor de uma aposta em certa loteria foi
repartido em cotas iguais. Sabe-se que a terça parte das cotas foi dividida igualmente entre Alex e Breno,
que Carlos ficou com a quarta parte das cotas, e que Denis ficou com as 5 cotas restantes. Essa aposta
foi premiada com um determinado valor, que foi repartido entre eles de forma diretamente proporcional
ao número de cotas de cada um. Dessa forma, se Breno recebeu R$ 62.000,00, então Carlos recebeu
(A) R$ 74.000,00.
(B) R$ 93.000,00.
(C) R$ 98.000,00.
(D) R$ 102.000,00.
(E) R$ 106.000,00.

Respostas

01. Resposta: D.
Pontuação atual = 2 . partida anterior – 15
* 4ª partida: 3791 = 2.x – 15
2.x = 3791 + 15
x = 3806 / 2
x = 1903

* 3ª partida: 1903 = 2.x – 15


2.x = 1903 + 15
x = 1918 / 2
x = 959

* 2ª partida: 959 = 2.x – 15


2.x = 959 + 15
x = 974 / 2
x = 487
* 1ª partida: 487 = 2.x – 15
2.x = 487 + 15
x = 502 / 2
x = 251
Portanto, a soma dos algarismos da 1ª partida é 2 + 5 + 1 = 8.

02. Resposta: C.
I. Falso, pois m é Real e pode ser negativo.
II. Falso, pois m é Real e pode ser negativo.
III. Falso, pois m é Real e pode ser positivo.

. 73
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
03. Resposta: A.
3 1 3−2 1
− = = = 0,25
4 2 4 4

04. Resposta: D.
Vamos chamar as retiradas de r, s e w: e de T o total de lâmpadas.
Precisamos calcular os múltiplos de 3, 5 e de 7, separando um múltiplo menor do que 100 que sirva
nas três equações abaixo:
De 3 em 3: 3 . r + 2 = Total
De 5 em 5: 5 . s + 2 = Total
De 7 em 7: 7 . w + 1 = Total
Primeiramente, vamos calcular o valor de w, sem que o total ultrapasse 100:
7 . 14 + 1 = 99, mas 3 . r + 2 = 99 vai dar que r = 32,333... (não convém)
7 . 13 + 1 = 92, e 3 . r + 2 = 92 vai dar r = 30 e 5 . s + 2 = 92 vai dar s = 18.

05. Resposta: E.
Ida + volta = 7/5 . 1
3 7
4
.𝑥 + 𝑥 = 5

5.3𝑥+ 20𝑥=7.4
20

15𝑥 + 20𝑥 = 28
35𝑥 = 28
28
𝑥= (: 7/7)
35

4
𝑥 = 5 (volta)

3 4 3
Ida: 4 . 5 = 5

06. Resposta: C.
1 a 9 = 9 algarismos = 0,0019 = 0,009 ml
De 10 a 99, temos que saber quantos números tem.
99 – 10 + 1 = 90.
OBS: soma 1, pois quanto subtraímos exclui-se o primeiro número.
90 números de 2 algarismos: 0,00290 = 0,18ml
De 100 a 999
999 – 100 + 1 = 900 números
9000,003 = 2,7 ml
1000 = 0,004ml
Somando: 0,009 + 0,18 + 2,7 + 0,004 = 2,893

07. Resposta: B.
Tarefa: x
Primeira semana: 3/8x
1 3 1
2 semana:3 ∙ 8 𝑥 = 8 𝑥
3 1 4 1
1ª e 2ª semana:8 𝑥 + 8 𝑥 = 8 𝑥 = 2 𝑥
Na 3ª e 4ª semana devem ser feito a outra metade.
3ªsemana: 2y
4ª semana: y
1
2𝑦 + 𝑦 = 𝑥
2
1
3𝑦 = 2 𝑥
1
𝑦 = 6𝑥

. 74
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08. Resposta: B.
Tendo D = dividendo; d = divisor; Q = quociente e R = resto, podemos escrever essa divisão como:
D = d.Q + R
Sabemos que o R = 5
O divisor é o R + 3 → d = R + 3 = 5 + 3 = 8
E o quociente o dobro do divisor → Q = 2d = 2.8 = 16
Montando temos: D = 8.16 + 5 = 128 + 5 = 133.

09. Resposta: B.
* número 40: é par.
40 / 2 + 17 = 20 + 17 = 37
* número 35: é ímpar.
Seu maior divisor é 35.
35 / 35 – 15 = 1 – 15 = – 14
* número 66: é par.
66 / 2 + 17 = 33 + 17 = 50
* número 27: é ímpar.
Seu maior divisor é 27.
27 / 27 – 15 = 1 – 15 = – 14
* Por fim, vamos somar os resultados:
37 – 14 + 50 – 14 = 87 – 28 = 59

10. Resposta: B.
Vamos chamar o valor de cada cota de ( x ). Assim:
* Breno:
𝟏 𝟏
. . 𝒙 = 𝟔𝟐𝟎𝟎𝟎
𝟐 𝟑

𝟏
𝟔
. 𝒙 = 𝟔𝟐𝟎𝟎𝟎

x = 62000 . 6
x = R$ 372000,00
* Carlos:
𝟏
𝟒
. 𝟑𝟕𝟐𝟎𝟎𝟎 = 𝑹$ 𝟗𝟑𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
NÚMEROS FRACIONÁRIOS

Quando um todo ou uma unidade é dividido em partes iguais, uma dessas partes ou a reunião de
várias formam o que chamamos de uma fração do todo. Para se representar uma fração serão
necessários dois números inteiros:
a) O primeiro, para indicar em quantas partes iguais foi dividida a unidade (ou todo) e que dá nome a
cada parte e, por essa razão, chama-se denominador da fração;
b) O segundo, que indica o número de partes que foram reunidas ou tomadas da unidade e, por isso,
chama-se numerador da fração. O numerador e o denominador constituem o que chamamos de termos
da fração.
Observe a figura abaixo:

. 75
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
A primeira nota dó é 14/14 ou 1 inteiro, pois representa a fração cheia; a ré é 12/14 e assim
sucessivamente.

Nomenclaturas das Frações

Numerador → Indica quantas partes


tomamos do total que foi dividida a
unidade.

Denominador → Indica quantas partes


iguais foi dividida a unidade.

No figura acima lê-se: três oitavos.

-Frações com denominadores de 1 a 10: meios, terços, quartos, quintos, sextos, sétimos, oitavos,
nonos e décimos.
-Frações com denominadores potências de 10: décimos, centésimos, milésimos, décimos de
milésimos, centésimos de milésimos etc.
- Denominadores diferentes dos citados anteriormente: Enuncia-se o numerador e, em seguida, o
denominador seguido da palavra “avos”.

Exemplos:
8
𝑙ê − 𝑠𝑒 ∶ 𝑜𝑖𝑡𝑜 𝑣𝑖𝑛𝑡𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑐𝑜 𝑎𝑣𝑜𝑠;
25
2
𝑙ê − 𝑠𝑒 ∶ 𝑑𝑜𝑖𝑠 𝑐𝑒𝑛𝑡é𝑠𝑖𝑚𝑜𝑠;
100

Tipos de Frações

- Frações Próprias: Numerador é menor que o denominador.


1 5 3
Exemplos: 6 ; 8 ; 4 ; …

- Frações Impróprias: Numerador é maior ou igual ao denominador.


6 8 4
Exemplos: 5 ; 5 ; 3 ; …

- Frações aparentes: Numerador é múltiplo do denominador. As mesmas pertencem também ao


grupo das frações impróprias.
6 8 4
Exemplos: 1 ; 4 ; 2 ; …

- Frações particulares: Para formamos uma fração de uma grandeza, dividimos esta pelo
denominador e multiplicamos pelo numerador.
Exemplos:
1 – Se o numerador é igual a zero, a fração é igual a zero: 0/7 = 0; 0/5=0
2- Se o denominador é 1, a fração é igual ao denominador: 25/1 = 25; 325/1 = 325

- Quando o denominador é zero, a fração não tem sentido, pois a divisão por zero é impossível.
- Quando o numerador e denominador são iguais, o resultado da divisão é sempre 1.

- Números mistos: Números compostos de uma parte inteira e outra fracionária. Podemos
transformar uma fração imprópria na forma mista e vice e versa.
Exemplos:

. 76
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25 4
𝑨) =3 ⇒
7 7

4 25
𝑩) 3 = ⇒
7 7

- Frações equivalentes: Duas ou mais frações que apresentam a mesma parte da unidade.
Exemplo:
4: 4 1 4: 2 2 2: 2 1
= ; 𝑜𝑢 = ; 𝑜𝑢 =
8: 4 2 8: 2 4 4: 2 2
4 2 1
As frações , e são equivalentes.
8 4 2

-Frações irredutíveis: Frações onde o numerador e o denominador são primos entre si.
Exemplo: 5/11; 17/29; 4/3

Comparação e simplificação de frações

Comparação:
- Quando duas frações tem o mesmo denominador, a maior será aquela que possuir o maior
numerador.
Exemplo: 5/7 >3/7

- Quando os denominadores são diferentes, devemos reduzi-lo ao mesmo denominador.


Exemplo: 7/6 e 3/7
1º - Fazer o mmc dos denominadores → mmc(6,7) = 42
7.7 3.6 49 18
𝑒 → 𝑒
42 42 42 42
2º - Compararmos as frações:
49/42 > 18/42.

Simplificação: É dividir os termos por um mesmo número até obtermos termos menores que os
iniciais. Com isso formamos frações equivalentes a primeira.
Exemplo:
4: 4 1
=
8: 4 2

Operações com frações

- Adição e Subtração
Com mesmo denominador: Conserva-se o denominador e soma-se ou subtrai-se os numeradores.

Com denominadores diferentes: Reduz-se ao mesmo denominador através do mmc entre os


denominadores.
O processo é valido tanto para adição quanto para subtração.

. 77
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
Multiplicação e Divisão

- Multiplicação: É produto dos numerados dados e dos denominadores dados.


Exemplo:

Podemos ainda simplificar a fração resultante:


288: 2 144
=
10: 2 5

- Divisão: O quociente de uma fração é igual a primeira fração multiplicados pelo inverso da segunda
fração.
Exemplo:

Simplificando a fração resultante:


168: 8 21
=
24: 8 3

NÚMEROS DECIMAIS

O sistema de numeração decimal apresenta ordem posicional: unidades, dezenas, centenas, etc.

Leitura e escrita dos números decimais

Exemplos:

Lê-se: Quinhentos e setenta e nove mil, trezentos e sessenta e oito inteiros e quatrocentos e treze
milésimos.

. 78
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
0,9 → nove décimos.
5,6 → cinco inteiros e seis décimos.
472,1256 → quatrocentos e setenta e dois inteiros e mil, duzentos, cinquenta e seis décimos de
milésimos.

Transformação de frações ordinárias em decimais e vice-versa

A quantidade de zeros
corresponde ao
números de casas
decimais após a vírgula
e vice-versa
(transformar para
fração).

Operações com números decimais

- Adição e Subtração
Na prática, a adição e a subtração de números decimais são obtidas de acordo com a seguinte regra:
- Igualamos o número de casas decimais, acrescentando zeros.
- Colocamos os números um abaixo do outro, deixando vírgula embaixo de vírgula.
- Somamos ou subtraímos os números decimais como se eles fossem números naturais.
- Na resposta colocamos a vírgula alinhada com a vírgula dos números dados.

Exemplos:

- Multiplicação
Na prática, a multiplicação de números decimais é obtida de acordo com as seguintes regras:
- Multiplicamos os números decimais como se eles fossem números naturais.
- No resultado, colocamos tantas casas decimais quantas forem as do primeiro fator somadas às dos
outros fatores.

Exemplos:
1) 652,2 x 2,03
Disposição prática:

2) 3,49 x 2,5
Disposição prática:

. 79
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
- Divisão
Na prática, a divisão entre números decimais é obtida de acordo com as seguintes regras:
- Igualamos o número de casas decimais do dividendo e do divisor.
- Cortamos as vírgulas e efetuamos a divisão como se os números fossem naturais.

Exemplos:
1) 24 : 0,5
Disposição prática:

Nesse caso, o resto da divisão é igual a zero. Assim sendo, a divisão é chamada de divisão exata e o
quociente é exato.

2) 31,775 : 15,5
Disposição prática:

Acrescentamos ao divisor a quantidade de zeros para que ele fique igual ao dividendo, e assim
sucessivamente até chegarmos ao resto zero.

3) 0,14 : 28
Disposição prática:

4) 2 : 16
Disposição prática:

Referência
CABRAL, Luiz Claudio; NUNES, Mauro César – Matemática básica explicada passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

Questões

01. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica – Matemática – GR Consultoria e


Assessoria) João gastou R$ 23,00, equivalente a terça parte de 3/5 de sua mesada. Desse modo, a
metade do valor da mesada de João é igual a:
(A) R$ 57,50;
(B) R$ 115,00;

. 80
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
(C) R$ 172,50;
(D) R$ 68,50;

02. (EBSERH/ HUSM – UFSM/RS – Analista Administrativo – Administração – AOCP) Uma revista
1
perdeu 5 dos seus 200.000 leitores.
Quantos leitores essa revista perdeu?
(A) 40.000.
(B) 50.000.
(C) 75.000.
(D) 95.000.
(E) 100.000.

03. (METRÔ – Assistente Administrativo Júnior – FCC) Dona Amélia e seus quatro filhos foram a
uma doceria comer tortas. Dona Amélia comeu 2 / 3 de uma torta. O 1º filho comeu 3 / 2 do que sua mãe
havia comido. O 2º filho comeu 3 / 2 do que o 1º filho havia comido. O 3º filho comeu 3 / 2 do que o 2º
filho havia comido e o 4º filho comeu 3 / 2 do que o 3º filho havia comido. Eles compraram a menor
quantidade de tortas inteiras necessárias para atender a todos. Assim, é possível calcular corretamente
que a fração de uma torta que sobrou foi
(A) 5 / 6.
(B) 5 / 9.
(C) 7 / 8.
(D) 2 / 3.
(E) 5 / 24.

04. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Uma pessoa está montando um quebra-cabeça que
5
possui, no total, 512 peças. No 1.º dia foram montados 16
do número total de peças e, no 2.º dia foram
3
montados 8
do número de peças restantes. O número de peças que ainda precisam ser montadas para
finalizar o quebra-cabeça é:
(A) 190.
(B) 200.
(C) 210.
(D) 220.
(E) 230.

05. (UEM/PR – Auxiliar Operacional – UEM) A mãe do Vitor fez um bolo e repartiu em 24 pedaços,
todos de mesmo tamanho. A mãe e o pai comeram juntos, ¼ do bolo. O Vitor e a sua irmã comeram,
cada um deles, 1/4do bolo. Quantos pedaços de bolo sobraram?
(A) 4
(B) 6
(C) 8
(D) 10
(E) 12

06. (UEM/PR – Auxiliar Operacional – UEM) Dirce comprou 7 lapiseiras e pagou R$ 8,30, em cada
uma delas. Pagou com uma nota de 100 reais e obteve um desconto de 10 centavos. Quantos reais ela
recebeu de troco?
(A) R$ 40,00
(B) R$ 42,00
(C) R$ 44,00
(D) R$ 46,00
(E) R$ 48,00

. 81
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
07. (FINEP – Assistente – Apoio administrativo – CESGRANRIO) Certa praça tem 720 m2 de área.
Nessa praça será construído um chafariz que ocupará 600 dm 2.
Que fração da área da praça será ocupada pelo chafariz?
1
(A)
600

1
(B) 120

1
(C) 90

1
(D)
60

1
(E) 12

08. (EBSERH/ HUSM – UFSM/RS – Analista Administrativo – Administração – AOCP) Se 1 kg de


7
um determinado tipo de carne custa R$ 45,00, quanto custará 5 desta mesma carne?
(A) R$ 90,00.
(B) R$ 73,00.
(C) R$ 68,00.
(D) R$ 63,00.
(E) R$ 55,00.

09. (UEM/PR – Auxiliar Operacional – UEM) Paulo recebeu R$1.000,00 de salário. Ele gastou ¼ do
salário com aluguel da casa e 3/5 do salário com outras despesas. Do salário que Paulo recebeu, quantos
reais ainda restam?
(A) R$ 120,00
(B) R$ 150,00
(C) R$ 180,00
(D) R$ 210,00
(E) R$ 240,00

Respostas

01. Resposta: A.
Vamos chamar de x a mesada.
Como ele gastou a terça parte 1/3 de 3/5 da mesada que equivale a 23,00. Podemos escrever da
seguinte maneira:
1 3 𝑥
. 𝑥 = = 23 → 𝑥 = 23.5 → 𝑥 = 115
3 5 5

Logo a metade de 115 = 115/2 = 57,50

02. Resposta: A.
1
5
. 200000 = 40000

03. Resposta: E.
Vamos chamar a quantidade de tortas de (x). Assim:
𝟐 𝟐
* Dona Amélia: 𝟑 . 𝟏 = 𝟑

𝟑 𝟐
* 1º filho: 𝟐
. 𝟑
=𝟏

𝟑 𝟑
* 2º filho: .𝟏 =
𝟐 𝟐

𝟑 𝟑 𝟗
* 3º filho: 𝟐
. 𝟐
= 𝟒

. 82
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
𝟑 𝟗 𝟐𝟕
* 4º filho: 𝟐
. 𝟒
= 𝟖

𝟐 𝟑 𝟗 𝟐𝟕
𝟑
+𝟏+ 𝟐
+ 𝟒
+ 𝟖

𝟏𝟔 + 𝟐𝟒 + 𝟑𝟔 + 𝟓𝟒 + 𝟖𝟏 𝟐𝟏𝟏 𝟐𝟒 𝟏𝟗 𝟏𝟗
= =𝟖. + =𝟖+
𝟐𝟒 𝟐𝟒 𝟐𝟒 𝟐𝟒 𝟐𝟒

Ou seja, eles comeram 8 tortas, mais 19/24 de uma torta.


Por fim, a fração de uma torta que sobrou foi:
𝟐𝟒 𝟏𝟗 𝟓
𝟐𝟒
− 𝟐𝟒
= 𝟐𝟒

04. Resposta: D.
5 2560
* 1º dia: 16 . 512 = 16
= 160 𝑝𝑒ç𝑎𝑠

* Restante = 512 – 160 = 352 peças


3 1056
* 2º dia: 8
. 352 = 8
= 132 𝑝𝑒ç𝑎𝑠

* Ainda restam = 352 – 132 = 220 peças

05. Resposta: B.
1 1 1 3
+ + =
4 4 4 4
Sobrou 1/4 do bolo.
1
24 ∙ 4 = 6 𝑝𝑒𝑑𝑎ç𝑜𝑠

06. Resposta: B.
8,3 ∙ 7 = 58,1
Como recebeu um desconto de 10 centavos, Dirce pagou 58 reais
Troco:100 – 58 = 42 reais

07. Resposta: B.
600 dm² = 6 m²
6 6 1
720
∶ 6
= 120

08. Resposta: D.
7
5
. 45 = 7 . 9 = 63

09. Resposta: B.
1
Aluguel:1000 ∙ 4 = 250
3
Outras despesas: 1000 ∙ = 600
5
250 + 600 = 850
Restam :1000 – 850 = R$ 150,00

RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS

Grandeza é tudo aquilo que pode ser contado e medido. Do dicionário, tudo o que pode aumentar ou
diminuir (medida de grandeza.).
As grandezas proporcionais são aquelas que relacionadas a outras, sofrem variações. Elas podem ser
diretamente ou inversamente proporcionais.

Exemplos:

. 83
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
1 - Uma picape para ir da cidade A para a cidade B gasta dois tanques e meio de óleo diesel. Se a
distância entre a cidade A e a cidade B é de 500 km e neste percurso ele faz 100 km com 25 litros de
óleo diesel, quantos litros de óleo diesel cabem no tanque da picape?
A) 60
B) 50
C) 40
D) 70
E) 80

Observe que há uma relação entre as grandezas distância (km) e óleo diesel (litros). Equacionando
temos:
100 km ------- 25 litros Observe que:
500 km ------- x litros Se aumentarmos a Km aumentaremos
também a quantidade de litros gastos. Logo
Resolvendo: as grandezas são diretamente proporcionais.
100 25
= → 100. 𝑥
500 𝑥
= 500.25

100x = 12500 → x = 12500/100 → x = 125


Este valor representa a quantidade em litros gasta para ir da cidade A à B. Como sabemos que ele
gasta 2,5 tanques para completar esse percurso, vamos encontrar o valor que cabe em 1 tanque:
2,5 tanques ------ 125 litros
1 tanque ------- x litros
2,5x = 1.125 → x = 125/2,5 → x = 50 litros.
Logo 1 tanque dessa picape cabe 50 litros, a resposta correta está na alternativa B.

2 – A tabela a seguir mostra a velocidade de um trem ao percorrer determinado percurso:

Velocidade (km/h) 40 80 120 ...


Tempo (horas) 6 3 2 ...

Se sua velocidade aumentar para 240 km/h, em quantas horas ele fará o percurso?

Podemos pegar qualquer velocidade para acharmos o novo tempo:


40 km ------ 6 horas
240 km ----- x horas

Observe que:
Se aumentarmos a velocidade, diminuímos de forma
proporcional o tempo. Logo as grandezas são inversamente
proporcionais.

40 𝑥
= → 240𝑥 = 40.6 → 240𝑥 = 240 → 𝑥 = 1 ∴ 𝐿𝑜𝑔𝑜 𝑜 𝑡𝑟𝑒𝑚 𝑓𝑎𝑟á 𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜 𝑒𝑚 1 ℎ𝑜𝑟𝑎.
240 6

Observe que invertemos os valores de uma das duas proporções (km ou tempo), neste exemplo
optamos por inverter a grandeza tempo.

- Grandezas diretamente proporcionais (GDP)

São aquelas em que, uma delas variando, a outra varia na mesma razão da outra. Isto é, duas
grandezas são diretamente proporcionais quando, dobrando uma delas, a outra também dobra;
triplicando uma delas, a outra também triplica, divididas à terça parte a outra também é dividida à terça
parte... E assim por diante.
Matematicamente podemos escrever da seguinte forma:

. 84
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
𝒂𝟏 𝒂𝟐 𝒂𝟑
= = =⋯=𝒌
𝒃𝟏 𝒃𝟐 𝒃𝟑

Onde a grandeza A = {a1, a2, a3...}, a grandeza B= {b1, b2, b3...} e os valores entre suas razões
são iguais a k (constante de proporcionalidade).

Exemplos:
1 - Uma faculdade irá inaugurar um novo espaço para sua biblioteca, composto por três salões. Estima-
se que, nesse espaço, poderão ser armazenados até 120.000 livros, sendo 60.000 no salão maior, 15.000
no menor e os demais no intermediário. Como a faculdade conta atualmente com apenas 44.000 livros,
a bibliotecária decidiu colocar, em cada salão, uma quantidade de livros diretamente proporcional à
respectiva capacidade máxima de armazenamento. Considerando a estimativa feita, a quantidade de
livros que a bibliotecária colocará no salão intermediário é igual a
A) 17.000.
B) 17.500.
C) 16.500.
D) 18.500.
E) 18.000.

Como é diretamente proporcional, podemos analisar da seguinte forma:


No salão maior, percebe-se que é a metade dos livros, no salão menor é 1/8 dos livros.
Então, como tem 44.000 livros, o salão maior ficará com 22.000 e o salão menor com 5.500 livros.
22000+5500=27500
Salão intermediário:44.000-27.500=16.500 livros.
Resposta C

2 - Um mosaico foi construído com triângulos, quadrados e hexágonos. A quantidade de polígonos de


cada tipo é proporcional ao número de lados do próprio polígono. Sabe-se que a quantidade total de
polígonos do mosaico é 351. A quantidade de triângulos e quadrados somada supera a quantidade de
hexágonos em
A) 108.
B) 27.
C) 35.
D) 162.
E) 81.

𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝑠: 3𝑥
𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜: 4𝑥
ℎ𝑒𝑥á𝑔𝑜𝑛𝑜: 6𝑥

3𝑥 + 4𝑥 + 6𝑥 = 351
13𝑥 = 351
𝑥 = 27
3𝑥 + 4𝑥 = 3.27 + 4.27 = 81 + 108 = 189
6𝑥 = 6.27 = 162 → 189-162= 27
Resposta B

*Se uma grandeza aumenta e a outra também , elas são diretamente


proporcionais.
*Se uma grandeza diminui e a outra também , elas também são
diretamente proporcionais.

- Grandezas inversamente proporcionais (GIP)

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1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
São aquelas quando, variando uma delas, a outra varia na razão inversa da outra. Isto é, duas
grandezas são inversamente proporcionais quando, dobrando uma delas, a outra se reduz pela metade;
triplicando uma delas, a outra se reduz para à terça parte... E assim por diante.
Matematicamente podemos escrever da seguinte forma:

𝒂𝟏. 𝒃𝟏 = 𝒂𝟐. 𝒃𝟐 = 𝒂𝟑. 𝒃𝟑 = ⋯ = 𝒌

Uma grandeza A = {a1, a2, a3...} Será inversamente a outra B= {b1, b2, b3...}, se e somente se, os
produtos entre os valores de A e B são iguais.

Exemplos:
1 - Carlos dividirá R$ 8.400,00 de forma inversamente proporcional à idade de seus dois filhos: Marcos,
de12 anos, e Fábio, de 9 anos. O valor que caberá a Fábio será de:
A) R$ 3.600,00
B) R$ 4.800,00
C) R$ 7.000,00
D) R$ 5.600,00

Marcos: a
Fábio: b
a + b = 8400
𝑎 𝑏 𝑎+𝑏
+ =
1 1 1 1
12 9 12 + 9
𝑏 8400
=
1 3 4
+
9 36 36
8400
7 8400 9 → 𝑏 = 8400 . 36 → 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒: 1200 . 4 = 4800
𝑏= →𝑏=
36 9 7 9 7 1 1
36

Resposta B

2 - Três técnicos judiciários arquivaram um total de 382 processos, em quantidades inversamente


proporcionais as suas respectivas idades: 28, 32 e 36 anos. Nessas condições, é correto afirmar que o
número de processos arquivados pelo mais velho foi:
A) 112
B) 126
C) 144
D) 152
E) 164

1 1 1
Somamos os inversos dos números, ou seja: 28 + 32 + 36. Dividindo-se os denominadores por 4, ficamos
1 1 1 72+63+53 191
com: + + = = .
7 8 9 504 504
Eliminando-se os denominadores, temos 191 que corresponde a uma soma. Dividindo-se a soma pela
soma:
382 / 191 = 2.56 = 112

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1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
*Se uma grandeza aumenta e a outra diminui , elas são inversamente
proporcionais.
*Se uma grandeza diminui e a outra aumenta , elas também são
inversamente proporcionais.

Referências
IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e Estatística Descritiva
http://www.brasilescola.com
http://www.dicio.com.br

Questões

01. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Na tabela abaixo, a sequência de
números da coluna A é inversamente proporcional à sequência de números da coluna B.

A letra X representa o número


(A) 90.
(B) 80.
(C) 96.
(D) 84.
(E) 72.

02. (PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Um pintor gastou duas horas para pintar um quadrado
com 1,5 m de lado. Quanto tempo ele gastaria, se o mesmo quadrado tivesse 3 m de lado?
(A) 4 h
(B) 5 h
(C) 6 h
(D) 8 h
(E) 10 h

03. (Polícia Militar/SP – Aluno – Oficial – VUNESP) A tabela, com dados relativos à cidade de São
Paulo, compara o número de veículos da frota, o número de radares e o valor total, em reais, arrecadado
com multas de trânsito, relativos aos anos de 2004 e 2013:

Ano Frota Radares Arrecadação


2004 5,8 milhões 260 328 milhões
2013 7,5 milhões 601 850 milhões
(Veja São Paulo, 16.04.2014)

Se o número de radares e o valor da arrecadação tivessem crescido de forma diretamente proporcional


ao crescimento da frota de veículos no período considerado, então em 2013 a quantidade de radares e o
valor aproximado da arrecadação, em milhões de reais (desconsiderando-se correções monetárias),
seriam, respectivamente,
(A) 336 e 424.
(B) 336 e 426.
(C) 334 e 428.
(D) 334 e 430.
(E) 330 e 432.

04. (Instituto de Pesquisas Tecnológicas – Secretária – VUNESP) Um centro de imprensa foi


decorado com bandeiras de países participantes da Copa do Mundo de 2014. Sabe-se que as medidas
de comprimento e largura da bandeira brasileira são diretamente proporcionais a 10 e 7, enquanto que
as respectivas medidas, na bandeira alemã, são diretamente proporcionais a 5 e 3. Se todas as bandeiras

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1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
foram confeccionadas com 1,5 m de comprimento, então a diferença, em centímetros, entre as medidas
da largura das bandeiras brasileira e alemã, nessa ordem, é igual a
(A) 9.
(B) 10.
(C) 12.
(D) 14.
(E) 15.

05. (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP) Foram construídos dois reservatórios de água.
A razão entre os volumes internos do primeiro e do segundo é de 2 para 5, e a soma desses volumes é
14m³. Assim, o valor absoluto da diferença entre as capacidades desses dois reservatórios, em litros, é
igual a
(A) 8000.
(B) 6000.
(C) 4000.
(D) 6500.
(E) 9000.

06. (Instituto de Pesquisas Tecnológicas – Secretária – VUNESP) Moradores de certo município


foram ouvidos sobre um projeto para implantar faixas exclusivas para ônibus em uma avenida de tráfego
intenso. A tabela, na qual alguns números foram substituídos por letras, mostra os resultados obtidos
nesse levantamento.

Se a razão entre o número de mulheres e o número de homens, ambos contrários à implantação da


faixa exclusiva para ônibus é de 3/10, então o número total de pessoas ouvidas nesse levantamento,
indicado por T na tabela, é
(A) 1 140.
(B) 1 200.
(C) 1 280.
(D) 1 300.
(E) 1 320.

07. (PRODEST/ES – Assistente de Tecnologia da Informação – VUNESP) O gráfico apresenta


informações sobre a relação entre o número de mulheres e o número de homens atendidos em uma
instituição, nos anos de 2012 e 2013.

Mantendo-se a mesma relação de atendimentos observada em 2012 e 2013, essa instituição pretende
atender, em 2014, 110 homens. Dessa forma, o número total de pessoas que essa instituição pretende

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atender em 2014 e o número médio anual de atendimentos a mulheres que se pretende atingir,
considerando-se os anos de 2012, 2013 e 2014, são, respectivamente,
(A) 160 e 113,3.
(B) 160 e 170.
(C) 180 e 120.
(D) 275 e 115.
(E) 275 e 172,2.

08. (Câmara Municipal de Sorocaba/SP – Telefonista – VUNESP) O copeiro prepara suco de açaí
com banana na seguinte proporção: para cada 500 g de açaí, ele gasta 2 litros de leite e 10 bananas. Na
sua casa, mantendo a mesma proporção, com apenas 25 g de açaí, ele deve colocar leite e banana nas
seguintes quantidades, respectivamente,
(A) 80 ml e 1
(B) 100 ml e 1 / 2
(C) 120 ml e 1 / 2
(D) 150 ml e 1 / 4
(E) 200 ml e 1

09. (METRÔ – Assistente Administrativo Júnior – FCC) Uma engrenagem circular P, de 20 dentes,
está acoplada a uma engrenagem circular Q, de 18 dentes, formando um sistema de transmissão de
movimento. Se a engrenagem P gira 1 / 5 de volta em sentido anti-horário, então a engrenagem Q irá
girar
(A) 2 / 9 de volta em sentido horário.
(B) 9 / 50 de volta em sentido horário.
(C) 6 / 25 de volta em sentido horário.
(D) 1 / 4 de volta em sentido anti-horário.
(E) 6 / 25 de volta em sentido anti-horário.

10. (SEGPLAN-GO - Auxiliar de Autópsia - FUNIVERSA) A geladeira, para conservação de


cadáveres, do necrotério de determinada cidade possui 12 gavetas de mesma medida. Para a limpeza
de 7 dessas gavetas, o auxiliar de autópsia gasta 3,5 kg de sabão. Então, para a limpeza das 12 gavetas,
ele gastará
(A) 5 kg de sabão.
(B) 6 kg de sabão.
(C) 7 kg de sabão.
(D) 8 kg de sabão.
(E) 9 kg de sabão.

Respostas

01. Resposta: B.
16 12
1 = 1
60 𝑋
16 ∙ 60 = 12 ∙ 𝑋
x=80

02. Resposta: D.
Como a medida do lado dobrou (1,5 . 2 = 3), o tempo também vai dobrar (2 . 2 = 4), mas, como se trata
de área, o valor vai dobrar de novo (2 . 4 = 8h).

03. Resposta: A.
Chamando os radares de 2013 de ( x ), temos que:
5,8 260
=
7,5 𝑥

5,8 . x = 7,5 . 260


x = 1950 / 5,8
x = 336,2 (aproximado)
Por fim, vamos calcular a arrecadação em 2013:

. 89
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
5,8 328
7,5
= 𝑥

5,8 . x = 7,5 . 328


x = 2460 / 5,8
x = 424,1 (aproximado)

04. Resposta: E.
1,5 m = 150 cm
𝑪 𝟏𝟎
* Bandeira Brasileira: 𝑳 = 𝟕 , ou seja, 10.L = 7.C
10.L = 7 . 150
L = 1050 / 10
L = 105 cm
𝑪′ 𝟓
* Bandeira Alemã: = , ou seja, 5.L’ = 3.C’
𝑳′ 𝟑
5.L’ = 3 . 150
L’ = 450 / 5
L’ = 90 cm
Então a diferença é: 105 – 90 = 15 cm

05. Resposta: B.
Primeiro:2k
Segundo:5k
2k+5k=14
7k=14
K=2
Primeiro=2.2=4
Segundo=5.2=10
Diferença=10-4=6m³
1m³------1000L
6--------x
X=6000 l

06. Resposta: B.
𝒑 𝟑
=
𝟔𝟎𝟎 𝟏𝟎

10.p = 3 . 600

p = 1800 / 10
p = 180 mulheres
* Total de Mulheres: q = 300 + 180 = 480
* Total Geral: T = 480 + 720 = 1200 pessoas

07. Resposta: D.
Primeiramente, vamos calcular a razão entre mulheres e homens (observe que os dados do gráfico se
mantém na mesma proporção, logo são diretamente proporcionais):
𝒎 𝟔𝟎
𝒉
= 𝟒𝟎

* Número total em 2014: (h = 110)


𝒎 𝟔𝟎
𝟏𝟏𝟎
= 𝟒𝟎

40.m = 60 . 110
m = 6600 / 40
m = 165 mulheres (em 2014)
Assim, 110 + 165 = 275 pessoas (em 2014).
* Número médio anual de mulheres:

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1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
𝟔𝟎+𝟏𝟐𝟎+𝟏𝟔𝟓 𝟑𝟒𝟓
𝑴= = = 𝟏𝟏𝟓 𝒎𝒖𝒍𝒉𝒆𝒓𝒆𝒔
𝟑 𝟑

08. Resposta: B.
Sabendo que se mantém a proporção, temos grandezas diretamente proporcionais. Vamos utilizar a
Regra de Três Simples Direta duas vezes:
* Açaí e leite:
açaí leite
500 --------- 2000
25 ------------ x
𝟓𝟎𝟎 𝟐𝟎𝟎𝟎
𝟐𝟓
= 𝒙

𝟓𝟎𝟎. 𝒙 = 𝟐𝟓 . 𝟐𝟎𝟎𝟎
𝟓𝟎𝟎𝟎𝟎
𝒙 = 𝟓𝟎𝟎

𝒙 = 𝟏𝟎𝟎 𝒎𝑳 𝒅𝒆 𝒍𝒆𝒊𝒕𝒆

* Açaí e banana:
açaí banana
500 --------- 10
25 ---------- y

𝟓𝟎𝟎 𝟏𝟎
=
𝟐𝟓 𝒚

𝟓𝟎𝟎. 𝒚 = 𝟐𝟓 . 𝟏𝟎
𝟐𝟓𝟎
𝒙 =
𝟓𝟎𝟎

𝟏
𝒙 = 𝟐 𝒃𝒂𝒏𝒂𝒏𝒂

09. Resposta: A.
Observe que as grandezas são inversamente proporcionais (pois quanto mais dentes, menos voltas
serão dadas). Vamos utilizar a Regra de Três Simples para resolução:
Dentes Volta
20 ----------- 1 / 5
18 ----------- x
Invertendo uma das Grandezas, teremos:
18 . x = 1/5 . 20
x = 4 / 18 (: 2/2)
x=2/9
Será no sentido horário porque a outra engrenagem está no sentido anti-horário.

10. Resposta: B.
Observa-se que se aumentarmos o número de gavetas iremos gastar mais sabão, logo as grandezas
são diretamente proporcionais.
Gavetas Sabão(kg)
12 x
7 3,5
12 𝑥 42
= → 7𝑥 = 12.3,5 → 7𝑥 = 42 → 𝑥 = → 𝑥 = 6 𝑘𝑔
7 3,5 7

Logo, será gasto 6kg de sabão para limpeza de 12 gavetas.


Logo

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1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
RAZÃO

É o quociente entre dois números (quantidades, medidas, grandezas).


Sendo a e b dois números a sua razão, chama-se razão de a para b:
𝑎
𝑜𝑢 𝑎: 𝑏 , 𝑐𝑜𝑚 𝑏 ≠ 0
𝑏
Onde:

Exemplos:
1 - Em um vestibular para o curso de marketing, participaram 3600 candidatos para 150 vagas. A razão
entre o número de vagas e o número de candidatos, nessa ordem, foi de

𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑔𝑎𝑠 150 1


= =
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑡𝑜𝑠 3600 24

Lemos a fração como: Um vinte e quatro avós.

2 - Em um processo seletivo diferenciado, os candidatos obtiveram os seguintes resultados:


− Alana resolveu 11 testes e acertou 5
− Beatriz resolveu 14 testes e acertou 6
− Cristiane resolveu 15 testes e acertou 7
− Daniel resolveu 17 testes e acertou 8
− Edson resolveu 21 testes e acertou 9
O candidato contratado, de melhor desempenho, (razão de acertos para número de testes), foi:
5
𝐴𝑙𝑎𝑛𝑎: = 0,45
11
6
𝐵𝑒𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧: 14 = 0,42

7
𝐶𝑟𝑖𝑠𝑡𝑖𝑎𝑛𝑒: = 0,46
15
8
𝐷𝑎𝑛𝑖𝑒𝑙: 17 = 0,47

9
𝐸𝑑𝑠𝑜𝑛: 21 = 0,42
Daniel teve o melhor desempenho.
- Quando a e b forem medidas de uma mesma grandeza, essas devem ser expressas na mesma
unidade.

- Razões Especiais

Escala → Muitas vezes precisamos ilustrar distâncias muito grandes de forma reduzida, então
utilizamos a escala, que é a razão da medida no mapa com a medida real (ambas na mesma unidade).
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑚𝑎𝑝𝑎
𝐸=
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙

Velocidade média → É a razão entre a distância percorrida e o tempo total de percurso. As unidades
utilizadas são km/h, m/s, entre outras.
𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎
𝑉=
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Densidade → É a razão entre a massa de um corpo e o seu volume. As unidades utilizadas são g/cm³,
kg/m³, entre outras.

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𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
𝐷=
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜

PROPORÇÃO

É uma igualdade entre duas razões.


𝑎 𝑐 𝑎 𝑐
Dada as razões 𝑏 e 𝑑 , à setença de igualdade 𝑏
= 𝑑 chama-se proporção.
Onde:

Exemplo:
1 - O passageiro ao lado do motorista observa o painel do veículo e vai anotando, minuto a minuto, a
distância percorrida. Sua anotação pode ser visualizada na tabela a seguir:

Distância percorrida (em km) 2 4 6 8 ...


Tempo gasto (em min) 1 2 3 4 ...

Nota-se que a razão entre a distância percorrida e o tempo gasto para percorrê-la é sempre igual a 2:

2 4 6 8
= 2; =2 ; =2 ; =2
1 2 3 4
Então:

2 4 6 8
= = =
1 2 3 4

Dizemos que os números da sucessão (2,4,6, 8, ...) são diretamente proporcionais aos números da
sucessão (1,2,3,3, 4, ...).

- Propriedades da Proporção
1 - Propriedade Fundamental

O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é, a. d = b. c

Exemplo:
45 9
Na proporção = ,(lê-se: “45 está para 30, assim como 9 está para 6.), aplicando a propriedade
30 6
fundamental, temos: 45.6 = 30.9 = 270

2 - A soma dos dois primeiros termos está para o primeiro (ou para o segundo termo), assim como a
soma dos dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).

𝑎 𝑐 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑


= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑

Exemplo:
2 6 2 + 3 6 + 9 5 15 2 + 3 6 + 9 5 15
= → = → = = 30 𝑜𝑢 = → = = 45
3 9 2 6 2 6 3 9 3 9

3 - A diferença entre os dois primeiros termos está para o primeiro (ou para o segundo termo), assim
como a diferença entre os dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).

𝑎 𝑐 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑


= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑

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Exemplo:
2 6 2 − 3 6 − 9 −1 −3 2 − 3 6 − 9 −1 −3
= → = → = = −6 𝑜𝑢 = → = = −9
3 9 2 6 2 6 3 9 3 9

4 - A soma dos antecedentes está para a soma dos consequentes, assim como cada antecedente está
para o seu consequente.

𝑎 𝑐 𝑎+𝑐 𝑎 𝑎+𝑐 𝑐
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑏+𝑑 𝑏 𝑏+𝑑 𝑑

Exemplo:
2 6 2+6 2 8 2 2+6 6 8 6
= → = → = = 24 𝑜𝑢 = → = = 72
3 9 3+9 3 12 3 3+9 9 12 9

5 - A diferença dos antecedentes está para a diferença dos consequentes, assim como cada
antecedente está para o seu consequente.
𝑎 𝑐 𝑎−𝑐 𝑎 𝑎−𝑐 𝑐
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑏−𝑑 𝑏 𝑏−𝑑 𝑑

Exemplo:
6 2 6−2 6 4 6 6−2 2 4 2
= → = → = = 36 𝑜𝑢 = → = = 12
9 3 9−3 9 6 9 9−3 3 6 3

- Problemas envolvendo razão e proporção

1 - Em uma fundação, verificou-se que a razão entre o número de atendimentos a usuários internos e
o número de atendimento total aos usuários (internos e externos), em um determinado dia, nessa ordem,
foi de 3/5. Sabendo que o número de usuários externos atendidos foi 140, pode-se concluir que, no total,
o número de usuários atendidos foi:
A) 84
B) 100
C) 217
D) 280
E) 350

Resolução:
Usuários internos: I
Usuários externos: E
Sabemos que neste dia foram atendidos 140 externos → E = 140
𝐼 3 𝐼
𝐼+𝐸
= 5 = 𝐼+140 , usando o produto dos meios pelos extremos temos

5I = 3(I + 140) → 5I = 3I + 420 → 5I – 3I = 420 → 2I = 420 → I = 420 / 2 → I = 210


I + E = 210 + 140 = 350
Resposta “E”

2 – Em um concurso participaram 3000 pessoas e foram aprovadas 1800. A razão do número de


candidatos aprovados para o total de candidatos participantes do concurso é:
A) 2/3
B) 3/5
C) 5/10
D) 2/7
E) 6/7

Resolução:

Resposta “B”

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3 - Em um dia de muita chuva e trânsito caótico, 2/5 dos alunos de certa escola chegaram atrasados,
sendo que 1/4 dos atrasados tiveram mais de 30 minutos de atraso. Sabendo que todos os demais alunos
chegaram no horário, pode-se afirmar que nesse dia, nessa escola, a razão entre o número de alunos
que chegaram com mais de 30 minutos de atraso e número de alunos que chegaram no horário, nessa
ordem, foi de:
A) 2:3
B) 1:3
C) 1:6
D) 3:4
E) 2:5

Resolução:
Se 2/5 chegaram atrasados
2 3
1 − = 𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑟𝑎𝑚 𝑛𝑜 ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜
5 5
2 1 1
∙ = 𝑡𝑖𝑣𝑒𝑟𝑎𝑚 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑒 30 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑜
5 4 10
1
𝑡𝑖𝑣𝑒𝑟𝑎𝑚 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑒 30 min 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑜 10
𝑟𝑎𝑧ã𝑜 = =
𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑟𝑎𝑚 𝑛𝑜 ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜 3
5
1 5 1
𝑟𝑎𝑧ã𝑜 = ∙ = 𝑜𝑢 1: 6
10 3 6

Resposta “C”
Referências
IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e Estatística Descritiva
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
http://educacao.globo.com

Questões

01. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica – Matemática – GR Consultoria e


Assessoria) André, Bruno, Carlos e Diego são irmãos e suas idades formam, na ordem apresentada,
uma proporção. Considere que André tem 3 anos, Diego tem 18 anos e Bruno é 3 anos mais novo que
Carlos. Assim, a soma das idades, destes quatro irmãos, é igual a
(A) 30
(B) 32;
(C) 34;
(D) 36.

02. (MPE/SP – Oficial de Promotoria – VUNESP) Alfredo irá doar seus livros para três bibliotecas da
universidade na qual estudou. Para a biblioteca de matemática, ele doará três quartos dos livros, para a
biblioteca de física, um terço dos livros restantes, e para a biblioteca de química, 36 livros. O número de
livros doados para a biblioteca de física será
(A) 16.
(B) 22.
(C) 20.
(D) 24.
(E)18.

03. (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP) Foram construídos dois reservatórios de água.
A razão entre os volumes internos do primeiro e do segundo é de 2 para 5, e a soma desses volumes é
14m³. Assim, o valor absoluto da diferença entre as capacidades desses dois reservatórios, em litros, é
igual a

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(A) 8000.
(B) 6000.
(C) 4000.
(D) 6500.
(E) 9000.

04. (EBSERH/ HUPAA-UFAL - Técnico em Informática – IDECAN) Entre as denominadas razões


especiais encontram-se assuntos como densidade demográfica, velocidade média, entre outros. Supondo
que a distância entre Rio de Janeiro e São Paulo seja de 430 km e que um ônibus, fretado para uma
excursão, tenha feito este percurso em 5 horas e 30 minutos. Qual foi a velocidade média do ônibus
durante este trajeto, aproximadamente, em km/h?
(A) 71 km/h
(B) 76 km/h
(C) 78 km/h
(D) 81 km/h
(E) 86 km/h.

05. (SEPLAN/GO – Perito Criminal – FUNIVERSA) Em uma ação policial, foram apreendidos 1
traficante e 150 kg de um produto parecido com maconha. Na análise laboratorial, o perito constatou que
o produto apreendido não era maconha pura, isto é, era uma mistura da Cannabis sativa com outras
ervas. Interrogado, o traficante revelou que, na produção de 5 kg desse produto, ele usava apenas 2 kg
da Cannabis sativa; o restante era composto por várias “outras ervas”. Nesse caso, é correto afirmar que,
para fabricar todo o produto apreendido, o traficante usou
(A) 50 kg de Cannabis sativa e 100 kg de outras ervas.
(B) 55 kg de Cannabis sativa e 95 kg de outras ervas.
(C) 60 kg de Cannabis sativa e 90 kg de outras ervas.
(D) 65 kg de Cannabis sativa e 85 kg de outras ervas.
(E) 70 kg de Cannabis sativa e 80 kg de outras ervas.

06. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Uma gráfica produz blocos de papel em dois
tamanhos diferentes: médios ou pequenos e, para transportá-los utiliza caixas que comportam
exatamente 80 blocos médios. Sabendo que 2 blocos médios ocupam exatamente o mesmo espaço que
5 blocos pequenos, então, se em uma caixa dessas forem colocados 50 blocos médios, o número de
blocos pequenos que poderão ser colocados no espaço disponível na caixa será:
(A) 60.
(B) 70.
(C) 75.
(D) 80.
(E) 85.

07. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica – Matemática – GR Consultoria e


Assessoria) Eu tenho duas réguas, uma que ao quebrar ficou com 24 cm de comprimento e a outra tem
30 cm, portanto, a régua menor é quantos por cento da régua maior?
(A) 90%
(B) 75%
(C) 80%
(D) 85%

08. (SAAE/SP – Auxiliar de Manutenção Geral – VUNESP) Uma cidade A, com 120 km de vias,
apresentava, pela manhã, 51 km de vias congestionadas. O número de quilômetros de vias
congestionadas numa cidade B, que tem 280 km de vias e mantém a mesma proporção que na cidade A,
é
(A) 119 km.
(B) 121 km.
(C) 123 km.
(D) 125 km.
(E) 127 km.

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09. (FINEP – Assistente – Apoio administrativo – CESGRANRIO) Maria tinha 450 ml de tinta
vermelha e 750 ml de tinta branca. Para fazer tinta rosa, ela misturou certa quantidade de tinta branca
com os 450 ml de tinta vermelha na proporção de duas partes de tinta vermelha para três partes de tinta
branca.
Feita a mistura, quantos ml de tinta branca sobraram?
(A) 75
(B) 125
(C) 175
(D) 375
(E) 675

10. (MP/SP – Auxiliar de Promotoria I – Administrativo – VUNESP) A medida do comprimento de


um salão retangular está para a medida de sua largura assim como 4 está para 3. No piso desse salã o,
foram colocados somente ladrilhos quadrados inteiros, revestindo-o totalmente. Se cada fileira de
ladrilhos, no sentido do comprimento do piso, recebeu 28 ladrilhos, então o número mínimo de ladrilhos
necessários para revestir totalmente esse piso foi igual a
(A) 588.
(B) 350.
(C) 454.
(D) 476.
(E) 382.
Respostas

01. Resposta: D.
Pelo enunciado temos que:
A=3
B=C–3
C
D = 18
Como eles são proporcionais podemos dizer que:
𝐴 𝐶 3 𝐶
= → = → 𝐶 2 − 3𝐶 = 3.18 → 𝐶 2 − 3𝐶 − 54 = 0
𝐵 𝐷 𝐶 − 3 18

Vamos resolver a equação do 2º grau:

−𝑏 ± √𝑏2 − 4𝑎𝑐 −(−3) ± √(−3)2 − 4.1. (−54) 3 ± √225 3 ± 15


𝑥= → → →
2𝑎 2.1 2 2
3 + 15 18 3 − 15 −12
𝑥1 = = = 9 ∴ 𝑥2 = = = −6
2 2 2 2

Como não existe idade negativa, então vamos considerar somente o 9. Logo C = 9
B=C–3=9–3=6
Somando teremos: 3 + 6 + 9 + 18 = 36

02. Resposta: E.
X = total de livros
Matemática = ¾ x, restou ¼ de x
Física = 1/3.1/4 = 1/12
Química = 36 livros

Logo o número de livros é: 3/4x + 1/12x + 36 = x


Fazendo o m.m.c. dos denominadores (4,12) = 12
Logo:
9𝑥 + 1𝑥 + 432 = 12𝑥 432
→ 10𝑥 + 432 = 12𝑥 → 12𝑥 − 10𝑥 = 432 → 2𝑥 = 432 → 𝑥 = → 𝑥 = 216
12 2

Como a Biblioteca de Física ficou com 1/12x, logo teremos:


1 216
. 216 = = 18
12 12

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03. Resposta: B.
Primeiro:2k
Segundo:5k
2k + 5k = 14 → 7k = 14 → k = 2
Primeiro: 2.2 = 4
Segundo5.2=10
Diferença: 10 – 4 = 6 m³
1m³------1000L
6--------x
x = 6000 l

04. Resposta: C.
5h30 = 5,5h, transformando tudo em hora e suas frações.
430
= 78,18 𝑘𝑚/ℎ
5,5

05. Resposta: C.
O enunciado fornece que a cada 5kg do produto temos que 2kg da Cannabis sativa e os demais outras
2
ervas. Podemos escrever em forma de razão 5, logo:
2
. 150 = 60𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑛𝑛𝑎𝑏𝑖𝑠 𝑠𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 ∴ 150 − 60 = 90𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑒𝑟𝑣𝑎𝑠
5

06. Resposta: C.
Chamemos de (m) a quantidade de blocos médios e de (p) a quantidade de blocos pequenos.
𝑚 2
= , ou seja, 2p = 5m
𝑝 5

- 80 blocos médios correspondem a:


2p = 5.80 → p = 400 / 2 → p = 200 blocos pequenos
- Já há 50 blocos médios: 80 – 50 = 30 blocos médios (ainda cabem).
2p = 5.30 → p = 150 / 2 → p = 75 blocos pequenos

07. Resposta: C.
Como é a razão do menor pelo maior temos: 24/30 = 0,80. 100% = 80%

08. Resposta: A.
51 𝑥
=
120 280

120.x = 51. 280 → x = 14280 / 120 → x = 119 km

09. Resposta: A.
2 450
3
= 𝑥

2x = 450. 3 → x = 1350 / 2 → x = 675 ml de tinta branca


Sobraram: 750 ml – 675 ml = 75 ml

10. Resposta: A.
𝐶 4
𝐿
= 3 , que fica 4L = 3C

Fazendo C = 28 e substituindo na proporção, temos:

28 4
=
𝐿 3

4L = 28. 3 → L = 84 / 4 → L = 21 ladrilhos
Assim, o total de ladrilhos foi de 28. 21 = 588

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DIVISÃO PROPORCIONAL

Uma forma de divisão no qual determinam-se valores(a,b,c,..) que, divididos por quocientes(x,y,z..)
previamente determinados, mantêm-se uma razão que não tem variação.

Divisão Diretamente Proporcional

- Divisão em duas partes diretamente proporcionais


Para decompor um número M em duas partes A e B diretamente proporcionais a p e q, montamos um
sistema com duas equações e duas incógnitas, de modo que a soma das partes seja A + B = M, mas

𝐴 𝐵
=
𝑝 𝑞
A solução segue das propriedades das proporções:
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀
= = = =𝑲
𝑝 𝑞 𝑝+𝑞 𝑝+𝑞

O valor de K é que proporciona a solução pois: A = K.p e B = K.q

Exemplos:
1) Para decompor o número 200 em duas partes A e B diretamente proporcionais a 2 e 3, montaremos
o sistema de modo que A + B = 200, cuja solução segue de:

𝐴 𝐵 𝐴 + 𝐵 200
= = = = 𝟒𝟎
2 3 5 5

Fazendo A = K.p e B = K.q ; temos que A = 40.2 = 80 e B=40.3 = 120

2) Determinar números A e B diretamente proporcionais a 8 e 3, sabendo-se que a diferença entre eles


é 40. Para resolver este problema basta tomar A – B = 40 e escrever:

𝐴 𝐵 𝐴 − 𝐵 40
= = = =𝟖
8 3 5 5

Fazendo A = K.p e B = K.q ; temos que A = 8.8 = 64 e B = 8.3 = 24

- Divisão em várias partes diretamente proporcionais


Para decompor um número M em partes x 1, x2, ..., xn diretamente proporcionais a p 1, p2, ..., pn, deve-
se montar um sistema com n equações e n incógnitas, sendo as somas x1 + x2 + ... + xn= M e p1 + p2 + ...
+ pn = P.
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
= =⋯=
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛

A solução segue das propriedades das proporções:


𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛 𝑀
= =⋯= = = =𝑲
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛 𝑝1 + 𝑝2 + ⋯ 𝑝𝑛 𝑃
Observa-se que partimos do mesmo princípio da divisão em duas partes proporcionais.

Exemplos:
1) Para decompor o número 240 em três partes A, B e C diretamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-
se montar um sistema com 3 equações e 3 incógnitas tal que A + B + C = 240 e 2 + 4 + 6 = P. Assim:

𝐴 𝐵 𝐶 𝐴 + 𝐵 + 𝐶 240
= = = = = 𝟐𝟎
2 4 6 𝑃 12

Logo: A = 20.2 = 40; B = 20.4 = 80 e C = 20.6 =120

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2) Determinar números A, B e C diretamente proporcionais a 2, 4 e 6, de modo que 2A + 3B - 4C =
480
A solução segue das propriedades das proporções:

𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 480
= = = = = −𝟔𝟎
2 4 6 2.2 + 3.4 − 4.6 −8

Logo: A = - 60.2 = -120 ; B = - 60.4 = - 240 e C = - 60.6 = - 360.


Também existem proporções com números negativos.
Divisão Inversamente Proporcional

- Divisão em duas partes inversamente proporcionais


Para decompor um número M em duas partes A e B inversamente proporcionais a p e q, deve-se
decompor este número M em duas partes A e B diretamente proporcionais a 1/p e 1/q, que são,
respectivamente, os inversos de p e q.
Assim basta montar o sistema com duas equações e duas incógnitas tal que A + B = M. Desse modo:

𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝑞
= = = = =𝑲
1/𝑝 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 𝑝+𝑞

O valor de K proporciona a solução pois: A = K/p e B = K/q.

Exemplos:
1) Para decompor o número 120 em duas partes A e B inversamente proporcionais a 2 e 3, deve-se
montar o sistema tal que A + B = 120, de modo que:

𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 120 120.6


= = = = = 144
1/2 1/3 1/2 + 1/3 5/6 5

Assim A = K/p → A = 144/2 = 72 e B = K/q → B = 144/3 = 48

2 - Determinar números A e B inversamente proporcionais a 6 e 8, sabendo-se que a diferença entre


eles é 10. Para resolver este problema, tomamos A – B = 10. Assim:
𝐴 𝐵 𝐴−𝐵 10
= = = = 240
1/6 1/8 1/6 − 1/8 1/24

Assim A = K/p → A = 240/6 = 40 e B = K/q → B = 240/8 = 30

- Divisão em várias partes inversamente proporcionais


Para decompor um número M em n partes x 1, x2, ..., xn inversamente proporcionais a p1, p2, ..., pn,
basta decompor este número M em n partes x 1, x2, ..., xn diretamente proporcionais a 1/p 1, 1/p2, ..., 1/pn.
A montagem do sistema com n equações e n incógnitas, assume que x 1 + x2 + ... + xn= M e além disso

𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
= =⋯=
1/𝑝1 1/𝑝2 1/𝑝𝑛

Cuja solução segue das propriedades das proporções:

𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛 𝑀
= =⋯= = = =𝑲
1/𝑝1 1/𝑝2 1 1 1 1 1 1 1
𝑝𝑛 +
𝑝1 𝑝2 + ⋯ 𝑝𝑛 +
𝑝1 𝑝 2 + ⋯ + 𝑝𝑛

Exemplos:
1-Para decompor o número 220 em três partes A, B e C inversamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-
se montar um sistema com 3 equações e 3 incógnitas, de modo que A + B + C = 220. Desse modo:

. 100
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𝐴 𝐵 𝐶 𝐴+𝐵+𝐶 220
= = = = = 240
1/2 1/4 1/6 1/2 + 1/4 + 1/6 11/12

A solução é A = K/p1 → A = 240/2 = 120, B = K/p2 → B = 240/4 = 60 e C = K/p3 → C = 240/6 = 40

2-Para obter números A, B e C inversamente proporcionais a 2, 4 e 6, de modo que 2A + 3B - 4C =


10, devemos montar as proporções:

𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 10 120
= = = = =
1/2 1/4 1/6 2/2 + 3/4 − 4/6 13/12 13

logo A = 60/13, B = 30/13 e C = 20/13


Existem proporções com números fracionários!

Divisão em partes direta e inversamente proporcionais

- Divisão em duas partes direta e inversamente proporcionais


Para decompor um número M em duas partes A e B diretamente proporcionais a, c e d e inversamente
proporcionais a p e q, deve-se decompor este número M em duas partes A e B diretamente proporcionais
a c/q e d/q, basta montar um sistema com duas equações e duas incógnitas de forma que A + B = M e
além disso:

𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝑞
= = = = =𝑲
𝑐/𝑝 𝑑/𝑞 𝑐/𝑝 + 𝑑/𝑞 𝑐/𝑝 + 𝑑/𝑞 𝑐. 𝑞 + 𝑝. 𝑑

O valor de K proporciona a solução pois: A = K.c/p e B = K.d/q.

Exemplos:
1) Para decompor o número 58 em duas partes A e B diretamente proporcionais a 2 e 3, e,
inversamente proporcionais a 5 e 7, deve-se montar as proporções:

𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 58
= = = = 70
2/5 3/7 2/5 + 3/7 29/35

Assim A = K.c/p = (2/5).70 = 28 e B = K.d/q = (3/7).70 = 30

2) Para obter números A e B diretamente proporcionais a 4 e 3 e inversamente proporcionais a 6 e 8,


sabendo-se que a diferença entre eles é 21. Para resolver este problema basta escrever que A – B = 21
resolver as proporções:

𝐴 𝐵 𝐴−𝐵 21
= = = = 72
4/6 3/8 4/6 − 3/8 7/24

Assim A = K.c/p = (4/6).72 = 48 e B = K.d/q = (3/8).72 = 27

Divisão em n partes direta e inversamente proporcionais


Para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn diretamente proporcionais a p 1, p2, ..., pn e
inversamente proporcionais a q 1, q2, ..., qn, basta decompor este número M em n partes x 1, x2, ..., xn
diretamente proporcionais a p 1/q1, p2/q2, ..., pn/qn.
A montagem do sistema com n equações e n incógnitas exige que x 1 + x2 + ... + xn = M e além disso
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
= =⋯=
𝑝1 /𝑞1 𝑝2 /𝑞2 𝑝𝑛 /𝑞𝑛

A solução segue das propriedades das proporções:

. 101
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥𝑛 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛
= =⋯= 𝑝 =𝑝 𝑝 𝑝 =𝑲
𝑝1 /𝑞1 𝑝2 /𝑞2 𝑛 1
+ 2 + ⋯+ 𝑛
𝑞𝑛 𝑞1 𝑞2 𝑞𝑛

Exemplos:
1) Para decompor o número 115 em três partes A, B e C diretamente proporcionais a 1, 2 e 3 e
inversamente proporcionais a 4, 5 e 6, deve-se montar um sistema com 3 equações e 3 incógnitas de
forma de A + B + C = 115 e tal que:

𝐴 𝐵 𝐶 𝐴+𝐵+𝐶 115
= = = = = 100
1/4 2/5 3/6 1/4 + 2/5 + 3/6 23/20

Logo A = K.p1/q1 = (1/4)100 = 25, B = K.p2/q2 = (2/5)100 = 40 e C = K.p3/q3 = (3/6)100 = 50

2) Determinar números A, B e C diretamente proporcionais a 1, 10 e 2 e inversamente proporcionais


a 2, 4 e 5, de modo que 2A + 3B - 4C = 10.
A montagem do problema fica na forma:

𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 10 100
= = = = =
1/2 10/4 2/5 2/2 + 30/4 − 8/5 69/10 69

A solução é A = K.p1/q1 = 50/69, B = K.p2/q2 = 250/69 e C = K.p3/q3 = 40/69

Problemas envolvendo Divisão Proporcional


1) As famílias de duas irmãs, Alda e Berta, vivem na mesma casa e a divisão de despesas mensais é
proporcional ao número de pessoas de cada família. Na família de Alda são três pessoas e na de Berta,
cinco. Se a despesa, num certo mês foi de R$ 1.280,00, quanto pagou, em reais, a família de Alda?
A) 320,00
B) 410,00
C) 450,00
D) 480,00
E) 520,00

Resolução:
Alda: A = 3 pessoas
Berta: B = 5 pessoas
A + B = 1280
𝐴 𝐵 𝐴 + 𝐵 1280
+ = = = 160
3 5 3+5 8

A = K.p = 160.3 = 480


Resposta D

2) Dois ajudantes foram incumbidos de auxiliar no transporte de 21 caixas que continham


equipamentos elétricos. Para executar essa tarefa, eles dividiram o total de caixas entre si, na razão
inversa de suas respectivas idades. Se ao mais jovem, que tinha 24 anos, coube transportar 12 caixas,
então, a idade do ajudante mais velho, em anos era?
A) 32
B) 34
C) 35
D) 36
E) 38

Resolução:
v = idade do mais velho
Temos que a quantidade de caixas carregadas pelo mais novo:
Qn = 12
Pela regra geral da divisão temos:
Qn = k.1/24 → 12 = k/24 → k = 288

. 102
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
A quantidade de caixas carregadas pelo mais velho é: 21 – 12 = 9
Pela regra geral da divisão temos:
Qv = k.1/v → 9 = 288/v → v = 32 anos
Resposta A

3) Em uma seção há duas funcionárias, uma com 20 anos de idade e a outra com 30. Um total de 150
processos foi dividido entre elas, em quantidades inversamente proporcionais às suas respectivas idades.
Qual o número de processos recebido pela mais jovem?
A) 90
B) 80
C) 60
D) 50
E) 30

Estamos trabalhando aqui com divisão em duas partes inversamente proporcionais, para a resolução
da mesma temos que:

𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝑞
= = = = =𝑲
1/𝑝 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 𝑝+𝑞

O valor de K proporciona a solução pois: A = K/p e B = K/q.

Vamos chamar as funcionárias de p e q respectivamente:


p = 20 anos (funcionária de menor idade)
q = 30 anos
Como será dividido os processos entre as duas, logo cada uma ficará com A e B partes que totalizam
150:
A + B = 150 processos

𝐴 𝐵 150 150 150.20.30 90000


= = = = = = 𝟏𝟖𝟎𝟎
1/𝑝 1/𝑞 1/20 + 1/30 1/20 + 1/30 20 + 30 50

A = k/p → A = 1800 / 20 → A = 90 processos.

Questões

01. (Pref. Paulistana/PI – Professor de Matemática – IMA) Uma herança de R$ 750.000,00 deve ser
repartida entre três herdeiros, em partes proporcionais a suas idades que são de 5, 8 e 12 anos. O mais
velho receberá o valor de:
(A) R$ 420.000,00
(B) R$ 250.000,00
(C) R$ 360.000,00
(D) R$ 400.000,00
(E) R$ 350.000,00

02. (TRF 3ª – Técnico Judiciário – FCC) Quatro funcionários dividirão, em partes diretamente
proporcionais aos anos dedicados para a empresa, um bônus de R$36.000,00. Sabe-se que dentre esses
quatro funcionários um deles já possui 2 anos trabalhados, outro possui 7 anos trabalhados, outro possui
6 anos trabalhados e o outro terá direito, nessa divisão, à quantia de R$6.000,00. Dessa maneira, o
número de anos dedicados para a empresa, desse último funcionário citado, é igual a
(A) 5.
(B) 7.
(C) 2.
(D) 3.
(E) 4.

03. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Uma prefeitura destinou a quantia
de 54 milhões de reais para a construção de três escolas de educação infantil. A área a ser construída

. 103
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
em cada escola é, respectivamente, 1.500 m², 1.200 m² e 900 m² e a quantia destinada à cada escola é
diretamente proporcional a área a ser construída.
Sendo assim, a quantia destinada à construção da escola com 1.500 m² é, em reais, igual a
(A) 22,5 milhões.
(B) 13,5 milhões.
(C) 15 milhões.
(D) 27 milhões.
(E) 21,75 milhões.

04. (SABESP – Atendente a Clientes 01 – FCC) Uma empresa quer doar a três funcionários um
bônus de R$ 45.750,00. Será feita uma divisão proporcional ao tempo de serviço de cada um deles. Sr.
Fortes trabalhou durante 12 anos e 8 meses. Sra. Lourdes trabalhou durante 9 anos e 7 meses e Srta.
Matilde trabalhou durante 3 anos e 2 meses. O valor, em reais, que a Srta. Matilde recebeu a menos que
o Sr. Fortes é
(A) 17.100,00.
(B) 5.700,00.
(C) 22.800,00.
(D) 17.250,00.
(E) 15.000,00.

05. (SESP/MT – Perito Oficial Criminal - Engenharia Civil/Engenharia Elétrica/Física/Matemática


– FUNCAB) Maria, Júlia e Carla dividirão R$ 72.000,00 em partes inversamente proporcionais às suas
idades. Sabendo que Maria tem 8 anos, Júlia,12 e Carla, 24, determine quanto receberá quem ficar com
a maior parte da divisão.
(A) R$ 36.000,00
(B) R$ 60.000,00
(C) R$ 48.000,00
(D) R$ 24.000,00
(E) R$ 30.000,00

06. (PC/SP – Fotógrafo Perito – VUNESP) Uma verba de R$ 65.000,00 será alocada a três projetos
diferentes. A divisão desse dinheiro será realizada de forma diretamente proporcional aos graus de
importância dos projetos, que são, respectivamente, 2, 4 e 7. Dessa maneira, a quantia que o projeto
mais importante receberá ultrapassa a metade do total da verba em
(A) R$ 2.500,00.
(B) R$ 9.000,00.
(C) R$ 1.000,00.
(D) R$ 5.000,00.
(E) R$ 7.500,00.

07. (PC/SP – Atendente de Necrotério Policial – VUNESP) No ano de 2008, a Secretaria Nacional
de Segurança Pública divulgou o Relatório Descritivo com o Perfil dos Institutos de Medicina Legal (IML)
brasileiros. Nesse relatório, consta que, em 2006, as quantidades de IMLs nos Estados do Espírito Santo,
de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e de São Paulo eram, respectivamente, 2, 20, 9 e 64. Supondo-se
que uma verba federal de R$ 190 milhões fosse destinada aos IMLs desses Estados, e a divisão dessa
verba fosse feita de forma diretamente proporcional a essas quantidades de IMLs por estado, o Estado
de São Paulo receberia o valor, em milhões, de
(A) R$ 128.
(B) R$ 165,5.
(C) R$ 98.
(D) R$ 156.
(E) R$ 47,5.

08. (UFABC/SP – TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LINGUAGENS DE SINAIS – VUNESP) Alice,


Bianca e Carla trabalharam na organização da biblioteca da escola e, juntas, receberam como pagamento
um total de R$900,00. Como cada uma delas trabalhou um número diferente de horas, as três decidiram

. 104
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
que a divisão do dinheiro deveria ser proporcional ao tempo trabalhado. Alice trabalhou por 4 horas, e
Bianca, que trabalhou 30 minutos menos do que Alice, recebeu R$210,00. A parte devida a Carla foi de
(A) R$400,00.
(B) R$425,00.
(C) R$450,00.
(D) R$475,00.
(E) R$500,00.

09. (EMTU/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO – CAIPIMES) Uma calçada retilínea com 171 metros
precisa ser dividida em três pedaços de comprimentos proporcionais aos números 2, 3 e 4. O maior
pedaço deverá medir:
(A) 78 metros.
(B) 82 metros.
(C) 76 metros.
(D) 80 metros.

10. (METRÔ/SP - AGENTE DE SEGURANÇA METROVIÁRIA I - FCC) Repartir dinheiro


proporcionalmente às vezes dá até briga. Os mais altos querem que seja divisão proporcional à altura.
Os mais velhos querem que seja divisão proporcional à idade. Nesse caso, Roberto com 1,75 m e 25
anos e Mônica, sua irmã, com 1,50 m e 20 anos precisavam dividir proporcionalmente a quantia de R$
29.250,00. Decidiram, no par ou ímpar, quem escolheria um dos critérios: altura ou idade. Mônica ganhou
e decidiu a maneira que mais lhe favorecia. O valor, em reais, que Mônica recebeu a mais do que pela
divisão no outro critério, é igual a
(A) 500.
(B) 400.
(C) 300.
(D) 250.
(E) 50.

Respostas

01. Resposta: C.
5x + 8x + 12x = 750.000
25x = 750.000
x = 30.000
O mais velho receberá: 1230000=360000

02. Resposta: D.
2x + 7x + 6x + 6000 = 36000
15x = 30000
x = 2000
Como o último recebeu R$ 6.000,00, significa que ele se dedicou 3 anos a empresa, pois 2000.3 =
6000

03. Resposta: A.
1500x + 1200x + 900x = 54000000
3600x = 54000000
x = 15000
Escola de 1500 m²: 1500.15000 = 22500000 = 22,5 milhões.

04. Resposta: A.
* Fortes: 12 anos e 8 meses = 12.12 + 8 = 144 + 8 = 152 meses
* Lourdes: 9 anos e 7 meses = 9.12 + 7 = 108 + 7 = 115 meses
* Matilde: 3 anos e 2 meses = 3.12 + 2 = 36 + 2 = 38 meses
* TOTAL: 152 + 115 + 38 = 305 meses
* Vamos chamar a quantidade que cada um vai receber de F, L e M.

𝑭 𝑳 𝑴 𝑭+𝑳+𝑴 𝟒𝟓𝟕𝟓𝟎
= = = = = 𝟏𝟓𝟎
𝟏𝟓𝟐 𝟏𝟏𝟓 𝟑𝟖 𝟏𝟓𝟐 + 𝟏𝟏𝟓 + 𝟑𝟖 𝟑𝟎𝟓

. 105
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
Agora, vamos calcular o valor que M e F receberam:
𝑴
𝟑𝟖
= 𝟏𝟓𝟎

M = 38 . 150 = R$ 5 700,00
𝑭
𝟏𝟓𝟐
= 𝟏𝟓𝟎
F = 152 . 150 = R$ 22 800,00
Por fim, a diferença é: 22 800 – 5700 = R$ 17 100,00

05. Resposta: A.
M + J + C = 72000

𝑀 𝐽 𝐶 𝑀 +𝐽+𝐶 72000
72000 .24
1
1 = 1
1 = 1
1 = 1
3+2+1 = 1
6 = = 72000 . 4 = 288000
6 .1
8 12 24 24 24

A maior parte ficará para a mais nova (grandeza inversamente proporcional).


Assim:
8.𝑀
1
= 288000
8.M = 288 000 → M = 288 000 / 8 → M = R$ 36 000,00

06. Resposta: A.
Temos que A + B + C = 65 000, por grau de importância temos:
A = K.2
B = K.4
C = K.7
Aplicando na propriedade da divisão proporcional:
𝐴 𝐵 𝐶 𝐴 + 𝐵 + 𝐶 65 000
+ + = = = 5000
2 4 7 2+4+7 13
Temos que K = 5000, aplicando acima, vamos descobrir o valor atribuído a cada um projeto:
A = 5000 .2 = 10 000
B = 5000.4 = 20 000
C = 5000.7 = 35 000
Como ele quer saber quanto o projeto de maior importância superou a metade da verba total, temos:
Metade da verba total = 65 000/2 = 32 500
Como o valor do projeto de maior importância é 35 000, logo 35 000 – 32 500 = 2 500

07. Resposta: A.
Temos que E + M + R + S = 190 milhões
Então:
𝐸 𝑀 𝑅 𝑆 𝐸+𝑀+𝑅+𝑆 190 000 0000
+ + + = = = 2 000 000
2 20 9 64 2 + 20 + 9 + 64 95

Como queremos saber de o valor de São Paulo:


S = 2 000 000 . 64 = 128 000 000 ou 128 milhões.

08. Resposta: C.
Alice: 4horas = 240 minutos
Bianca: 3 horas 30 minutos = 210 minutos
K: constante
210.k = 210
k = 1, cada hora vale R$ 1,00
Carla: Y
240 + 210 + Y = 900
Y = 900 - 450

. 106
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
Y = 450

09. Resposta: C.
𝑥 𝑦 𝑧 171
+ + = = 19
2 3 4 9

y = 19.4 = 76 ou
2x + 3x + 4x = 171
9x = 171 → x = 19
Maior pedaço: 4x = 4.19 = 76 metros

10. Resposta: A.
Pela altura:
R + M = 29250
𝑅 𝑀 29250 29250
+ = = = 9000
1,75 1,50 1,75 + 1,5 3,25

Mônica:1, 5.9000=13500
Pela idade
𝑅 𝑀 29250
+ = = 650
25 20 45

Mônica:20.650 = 13000
13500 – 13000 = 500

REGRA DE TRÊS SIMPLES

Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente ou inversamente proporcionais podem ser
resolvidos através de um processo prático, chamado regra de três simples.
Vejamos a tabela abaixo:

Grandezas Relação Descrição


MAIS funcionários contratados demanda MAIS
Nº de funcionário x serviço Direta
serviço produzido
MAIS funcionários contratados exigem MENOS
Nº de funcionário x tempo Inversa
tempo de trabalho
MAIS eficiência (dos funcionários) exige
Nº de funcionário x eficiência Inversa
MENOS funcionários contratados
Quanto MAIOR o grau de dificuldade de um
Nº de funcionário x grau
Direta serviço, MAIS funcionários deverão ser
dificuldade
contratados
MAIS serviço a ser produzido exige MAIS
Serviço x tempo Direta
tempo para realiza-lo
Quanto MAIOR for a eficiência dos
Serviço x eficiência Direta
funcionários, MAIS serviço será produzido
Quanto MAIOR for o grau de dificuldade de um
Serviço x grau de dificuldade Inversa
serviço, MENOS serviços serão produzidos
Quanto MAIOR for a eficiência dos
Tempo x eficiência Inversa funcionários, MENOS tempo será necessário
para realizar um determinado serviço
Quanto MAIOR for o grau de dificuldade de um
Tempo x grau de dificuldade Direta serviço, MAIS tempo será necessário para
realizar determinado serviço

Exemplos:
1) Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos litros de álcool esse carro gastaria para percorrer
210 km?

. 107
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
O problema envolve duas grandezas: distância e litros de álcool.
Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser consumido.
Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna e as grandezas de espécies
diferentes que se correspondem em uma mesma linha:

Distância (km) Litros de álcool


180 ---- 15
210 ---- x

Na coluna em que aparece a variável x (“litros de álcool”), vamos colocar uma flecha:

Distância (km) Litros de álcool


180 ---- 15
210 ---- x

Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo de álcool também duplica. Então, as grandezas
distância e litros de álcool são diretamente proporcionais. No esquema que estamos montando,
indicamos esse fato colocando uma flecha na coluna “distância” no mesmo sentido da flecha da coluna
“litros de álcool”:
Distância (km) Litros de álcool
180 ---- 15
210 ---- x
As setas estão no mesmo sentido

Armando a proporção pela orientação das flechas, temos:

180 15 180: 30 15
= → 𝑐𝑜𝑚𝑜 180 𝑒 210 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑟 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 30, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠: =
210 𝑥 210: 30 𝑥

1806 15
= → 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑐𝑟𝑢𝑧𝑎𝑑𝑜(𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑖𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑜𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠) → 6𝑥 = 7.15
2107 𝑥
105
6𝑥 = 105 → 𝑥 = = 𝟏𝟕, 𝟓
6

Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool.

2) Viajando de automóvel, à velocidade de 50 km/h, eu gastaria 7 h para fazer certo percurso.


Aumentando a velocidade para 80 km/h, em quanto tempo farei esse percurso?

Indicando por x o número de horas e colocando as grandezas de mesma espécie em uma mesma
coluna e as grandezas de espécies diferentes que se correspondem em uma mesma linha, temos:

Velocidade (km/h) Tempo (h)


50 ---- 7
80 ---- x

Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”), vamos colocar uma flecha:


Velocidade (km/h) Tempo (h)
50 ---- 7
80 ---- x

Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo fica reduzido à metade. Isso significa que as
grandezas velocidade e tempo são inversamente proporcionais. No nosso esquema, esse fato é
indicado colocando-se na coluna “velocidade” uma flecha em sentido contrário ao da flecha da coluna
“tempo”:
Velocidade (km/h) Tempo (h)
50 ---- 7
80 ---- x
As setas em sentido contrário

. 108
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
Na montagem da proporção devemos seguir o sentido das flechas. Assim, temos:
7 80 7 808 35
= , 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑙𝑎𝑑𝑜 → = 5 → 7.5 = 8. 𝑥 → 𝑥 = → 𝑥 = 4,375 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
𝑥 50 𝑥 50 8

Como 0,375 corresponde 22 minutos (0,375 x 60 minutos), então o percurso será feito em 4 horas e
22 minutos aproximadamente.

3) Ao participar de um treino de fórmula Indy, um competidor, imprimindo a velocidade média de 180


km/h, faz o percurso em 20 segundos. Se a sua velocidade fosse de 300 km/h, que tempo teria gasto no
percurso?

Vamos representar pela letra x o tempo procurado.


Estamos relacionando dois valores da grandeza velocidade (180 km/h e 300 km/h) com dois valores
da grandeza tempo (20 s e x s).
Queremos determinar um desses valores, conhecidos os outros três.

Velocidade (km/h) Tempo (s)


180 ---- 20
300 ---- x

Se duplicarmos a velocidade inicial do carro, o tempo gasto para fazer o percurso cairá para a metade;
logo, as grandezas são inversamente proporcionais. Assim, os números 180 e 300 são inversamente
proporcionais aos números 20 e x.
Daí temos:
3600
180.20 = 300. 𝑥 → 300𝑥 = 3600 → 𝑥 = → 𝑥 = 12
300

Conclui-se, então, que se o competidor tivesse andando em 300 km/h, teria gasto 12 segundos para
realizar o percurso.

Questões

01. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Em 3 de maio de 2014, o jornal Folha de S. Paulo
publicou a seguinte informação sobre o número de casos de dengue na cidade de Campinas.

De acordo com essas informações, o número de casos registrados na cidade de Campinas, até 28 de
abril de 2014, teve um aumento em relação ao número de casos registrados em 2007, aproximadamente,
de
(A) 70%.
(B) 65%.
(C) 60%.
(D) 55%.
(E) 50%.

. 109
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
02. (FUNDUNESP – Assistente Administrativo – VUNESP) Um título foi pago com 10% de desconto
sobre o valor total. Sabendo-se que o valor pago foi de R$ 315,00, é correto afirmar que o valor total
desse título era de
(A) R$ 345,00.
(B) R$ 346,50.
(C) R$ 350,00.
(D) R$ 358,50.
(E) R$ 360,00.

03. (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF. IMARUÍ) Manoel vendeu seu carro por
R$27.000,00(vinte e sete mil reais) e teve um prejuízo de 10%(dez por cento) sobre o valor de custo do
tal veículo, por quanto Manoel adquiriu o carro em questão?
(A) R$24.300,00
(B) R$29.700,00
(C) R$30.000,00
(D)R$33.000,00
(E) R$36.000,00

04. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de Matemática – CAIPIMES) Em um mapa, cuja escala
era 1:15.104, a menor distância entre dois pontos A e B, medida com a régua, era de 12 centímetros. Isso
significa que essa distância, em termos reais, é de aproximadamente:
(A) 180 quilômetros.
(B) 1.800 metros.
(C) 18 quilômetros.
(D) 180 metros.

05. (CEFET – Auxiliar em Administração – CESGRANRIO) A Bahia (...) é o maior produtor de cobre
do Brasil. Por ano, saem do estado 280 mil toneladas, das quais 80 mil são exportadas.
O Globo, Rio de Janeiro: ed. Globo, 12 mar. 2014, p. 24.

Da quantidade total de cobre que sai anualmente do Estado da Bahia, são exportados,
aproximadamente,
(A) 29%
(B) 36%
(C) 40%
(D) 56%
(E) 80%

06. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Um comerciante comprou uma caixa com 90 balas
e irá vender cada uma delas por R$ 0,45. Sabendo que esse comerciante retirou 9 balas dessa caixa
para consumo próprio, então, para receber o mesmo valor que teria com a venda das 90 balas, ele terá
que vender cada bala restante na caixa por:
(A) R$ 0,50.
(B) R$ 0,55.
(C) R$ 0,60.
(D) R$ 0,65.
(E) R$ 0,70.

07. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Em 25 de maio de 2014, o jornal Folha de S. Paulo
publicou a seguinte informação sobre a capacidade de retirada de água dos sistemas de abastecimento,
em metros cúbicos por segundo (m3/s):

. 110
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
De acordo com essas informações, o número de segundos necessários para que o sistema Rio Grande
retire a mesma quantidade de água que o sistema Cantareira retira em um segundo é:
(A) 5,4.
(B) 5,8.
(C) 6,3.
(D) 6,6.
(E) 6,9.

08. (FUNDUNESP – Auxiliar Administrativo – VUNESP) Certo material para laboratório foi adquirido
com desconto de 10% sobre o preço normal de venda. Sabendo-se que o valor pago nesse material foi
R$ 1.170,00, é possível afirmar corretamente que seu preço normal de venda é
(A) R$ 1.285,00.
(B) R$ 1.300,00.
(C) R$ 1.315,00.
(D) R$ 1.387,00.
(E) R$ 1.400,00.

09. (PC/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) A mais antiga das funções do Instituto Médico Legal
(IML) é a necropsia. Num determinado período, do total de atendimentos do IML, 30% foram necropsias.
Do restante dos atendimentos, todos feitos a indivíduos vivos, 14% procediam de acidentes no trânsito,
correspondendo a 588. Pode-se concluir que o total de necropsias feitas pelo IML, nesse período, foi
(A) 2500.
(B) 1600.
(C) 2200.
(D) 3200.
(E) 1800.

10. (SAAE/SP – Auxiliar de Manutenção Geral – VUNESP) A expectativa de vida do Sr. Joel é de
75 anos e, neste ano, ele completa 60 anos. Segundo esta expectativa, pode-se afirmar que a fração de
vida que ele já viveu é
4
(A) 7

5
(B)
6

4
(C) 5

3
(D) 4

2
(E) 3

. 111
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
11. (SAAE/SP – Auxiliar de Manutenção Geral – VUNESP) Foram digitados 10 livros de 200 páginas
cada um e armazenados em 0,0001 da capacidade de um microcomputador. Utilizando-se a capacidade
total desse microcomputador, o número de livros com 200 páginas que é possível armazenar é
(A) 100.
(B) 1000.
(C) 10000.
(D) 100000.
(E) 1000000.

12. (IF/GO – Assistente de Alunos – UFG) Leia o fragmento a seguir

A produção brasileira de arroz projetada para 2023 é de 13,32 milhões de toneladas, correspondendo
a um aumento de 11% em relação à produção de 2013.
Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/projecoes-ver saoatualizada.pdf>. Acesso em: 24 fev. 2014. (Adaptado).

De acordo com as informações, em 2023, a produção de arroz excederá a produção de 2013, em


milhões de toneladas, em:
(A) 1,46
(B) 1,37
(C) 1,32
(D) 1,22

13. (PRODAM/AM – Auxiliar de Motorista – FUNCAB) Numa transportadora, 15 caminhões de


mesma capacidade transportam toda a carga de um galpão em quatro horas. Se três deles quebrassem,
em quanto tempo os outros caminhões fariam o mesmo trabalho?
(A) 3 h 12 min
(B) 5 h
(C) 5 h 30 min
(D) 6 h
(E) 6 h 15 min

14. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Uma receita para fazer 35 bolachas
utiliza 225 gramas de açúcar. Mantendo-se as mesmas proporções da receita, a quantidade de açúcar
necessária para fazer 224 bolachas é
(A) 14,4 quilogramas.
(B) 1,8 quilogramas.
(C) 1,44 quilogramas.
(D) 1,88 quilogramas.
(E) 0,9 quilogramas.

15. (METRÔ/SP – Usinador Ferramenteiro – FCC) Laerte comprou 18 litros de tinta látex que, de
acordo com as instruções na lata, rende 200m² com uma demão de tinta. Se Laerte seguir corretamente
as instruções da lata, e sem desperdício, depois de pintar 60 m² de parede com duas demãos de tinta
látex, sobrarão na lata de tinta comprada por ele
(A) 6,8L.
(B) 6,6L.
(C) 10,8L.
(D) 7,8L.
(E) 7,2L.

Respostas

01. Resposta: E.
Utilizaremos uma regra de três simples:
ano %
11442 ------- 100
17136 ------- x

11442.x = 17136. 100 x = 1713600 / 11442 = 149,8% (aproximado)

. 112
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
149,8% – 100% = 49,8%
Aproximando o valor, teremos 50%

02. Resposta: C.
Se R$ 315,00 já está com o desconto de 10%, então R$ 315,00 equivale a 90% (100% - 10%).
Utilizaremos uma regra de três simples:
$ %
315 ------- 90
x ------- 100

90.x = 315. 100 x = 31500 / 90 = R$ 350,00

03. Resposta: C.
Como ele teve um prejuízo de 10%, quer dizer 27000 é 90% do valor total.
Valor %
27000 ------ 90
X ------- 100

27000 909 27000 9


𝑥
= 10010 → 𝑥
= 10 → 9.x = 27000.10 → 9x = 270000 → x = 30000.

04. Resposta: C.
1: 15.104 equivale a 1:150000, ou seja, para cada 1 cm do mapa, teremos 150.000 cm no tamanho
real. Assim, faremos uma regra de três simples:
mapa real
1 --------- 150000
12 --------- x
1.x = 12. 150000 x = 1.800.000 cm = 18 km

05. Resposta: A.
Faremos uma regra de três simples:
cobre %
280 --------- 100
80 ---------- x
280.x = 80. 100 x = 8000 / 280 x = 28,57%

06. Resposta: A.
Vamos utilizar uma regra de três simples:
Balas $
1 ----------- 0,45
90 ---------- x
1.x = 0,45. 90
x = R$ 40,50 (total)
* 90 – 9 = 81 balas
Novamente, vamos utilizar uma regra de três simples:
Balas $
81 ----------- 40,50
1 ------------ y
81.y = 1 . 40,50
y = 40,50 / 81
y = R$ 0,50 (cada bala)

07. Resposta: D.
Utilizaremos uma regra de três simples INVERSA:
m3 seg
33 ------- 1
5 ------- x
5.x = 33 . 1 x = 33 / 5 = 6,6 seg

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08. Resposta: B.
Utilizaremos uma regra de três simples:
$ %
1170 ------- 90
x ------- 100
90.x = 1170 . 100 x = 117000 / 90 = R$ 1.300,00

09. Resposta: E.
O restante de atendimento é de 100% – 30% = 70% (restante)
Utilizaremos uma regra de três simples:
Restante:
atendimentos %
588 ------------ 14
x ------------ 100
14.x = 588 . 100 x = 58800 / 14 = 4200 atendimentos (restante)
Total:
atendimentos %
4200 ------------ 70
x ------------ 30
70.x = 4200 . 30 x = 126000 / 70 = 1800 atendimentos

10. Resposta: C.
Considerando 75 anos o inteiro (1), utilizaremos uma regra de três simples:
idade fração
75 ------------ 1
60 ------------ x
75.x = 60 . 1 x = 60 / 75 = 4 / 5 (simplificando por 15)

11. Resposta: D.
Neste caso, a capacidade total é representada por 1 (inteiro).
Assim, utilizaremos uma regra de três simples:
livros capacidade
10 ------------ 0,0001
x ------------ 1
0,0001.x = 10 . 1 x = 10 / 0,0001 = 100.000 livros

12. Resposta: C.
Toneladas %
13,32 ----------- 111
x ------------- 11
111 . x = 13,32 . 11
x = 146,52 / 111
x = 1,32

13. Resposta: B.
Vamos utilizar uma Regra de Três Simples Inversa, pois, quanto menos caminhões tivermos, mais
horas demorará para transportar a carga:
caminhões horas
15 ---------------- 4
(15 – 3) ------------- x
12.x = 4 . 15 → x = 60 / 12 → x = 5 h

14. Resposta: C.
Bolachas açúcar
35----------------225
224----------------x
224.225
𝑥= = 1440 𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑠 = 1,44 𝑞𝑢𝑖𝑙𝑜𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑠
35

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15. Resposta: E.
18L----200m²
x-------120
x=10,8L
Ou seja, pra 120m² (duas demãos de 60 m²) ele vai gastar 10,8 l, então sobraram:
18-10,8=7,2L

REGRA DE TRÊS COMPOSTA

O processo usado para resolver problemas que envolvem mais de duas grandezas, diretamente ou
inversamente proporcionais, é chamado regra de três composta.

Exemplos:
1) Em 4 dias 8 máquinas produziram 160 peças. Em quanto tempo 6 máquinas iguais às primeiras
produziriam 300 dessas peças?
Indiquemos o número de dias por x. Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma só coluna
e as grandezas de espécies diferentes que se correspondem em uma mesma linha. Na coluna em que
aparece a variável x (“dias”), coloquemos uma flecha:

Máquinas Peças Dias


8 --- 160 --- 4
6 --- 300 --- x

Iremos comparar cada grandeza com aquela em que está o x.

As grandezas peças e dias são diretamente proporcionais. No nosso esquema isso será indicado
colocando-se na coluna “peças” uma flecha no mesmo sentido da flecha da coluna “dias”:

Máquinas Peças Dias


8 --- 160 --- 4
6 --- 300 --- x
Mesmo sentido

As grandezas máquinas e dias são inversamente proporcionais (duplicando o número de máquinas,


o número de dias fica reduzido à metade). No nosso esquema isso será indicado colocando-se na coluna
(máquinas) uma flecha no sentido contrário ao da flecha da coluna “dias”:

Máquinas Peças Dias


8 --- 160 --- 4
6 --- 300 --- x
Sentidos contrários

4
Agora vamos montar a proporção, igualando a razão que contém o x, que é , com o produto das
x
 6 160 
outras razões, obtidas segundo a orientação das flechas  . :
 8 300 

Simplificando as proporções obtemos:

4 2 4.5
= → 2𝑥 = 4.5 → 𝑥 = → 𝑥 = 10
𝑥 5 2

Resposta: Em 10 dias.

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1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
2) Uma empreiteira contratou 210 pessoas para pavimentar uma estrada de 300 km em 1 ano. Após 4
meses de serviço, apenas 75 km estavam pavimentados. Quantos empregados ainda devem ser
contratados para que a obra seja concluída no tempo previsto?

Iremos comparar cada grandeza com aquela em que está o x.

As grandezas “pessoas” e “tempo” são inversamente proporcionais (duplicando o número de


pessoas, o tempo fica reduzido à metade). No nosso esquema isso será indicado colocando-se na coluna
“tempo” uma flecha no sentido contrário ao da flecha da coluna “pessoas”:

Pessoas Estrada Tempo


210 --- 75 --- 4
x --- 225 --- 8
Sentidos contrários

As grandezas “pessoas” e “estrada” são diretamente proporcionais. No nosso esquema isso será
indicado colocando-se na coluna “estrada” uma flecha no mesmo sentido da flecha da coluna “pessoas”:

Pessoas Estrada Tempo


210 --- 75 --- 4
x --- 225 --- 8
Mesmo sentido

Como já haviam 210 pessoas trabalhando, logo 315 – 210 = 105 pessoas.
Reposta: Devem ser contratados 105 pessoas.
Referências
MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição – Rio de Janeiro: Elsevier,2013.
BASTOS, Cleverson e KELLER, Vicente. Aprendendo lógica. Petrópolis: Ed. Vozes.
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto e aplicações, vol. 1 a 3, Ed. Ática, 2003.
GIOVANNI, Jose Ruy e CASTRUCCI, Benedito e GIOVANNI JR, José Ruy. A conquista matemática 5ª a 8ª série, São Paulo: ED. FTD, 2002.

Questões

01. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC) O trabalho de varrição de


6.000 m² de calçada é feita em um dia de trabalho por 18 varredores trabalhando 5 horas por dia.
Mantendo-se as mesmas proporções, 15 varredores varrerão 7.500 m² de calçadas, em um dia,
trabalhando por dia, o tempo de
(A) 8 horas e 15 minutos.
(B) 9 horas.
(C) 7 horas e 45 minutos.
(D) 7 horas e 30 minutos.
(E) 5 horas e 30 minutos.

02. (PREF. CORBÉLIA/PR – CONTADOR – FAUEL) Uma equipe constituída por 20 operários,
trabalhando 8 horas por dia durante 60 dias, realiza o calçamento de uma área igual a 4800 m². Se essa
equipe fosse constituída por 15 operários, trabalhando 10 horas por dia, durante 80 dias, faria o
calçamento de uma área igual a:
(A) 4500 m²
(B) 5000 m²
(C) 5200 m²
(D) 6000 m²
(E) 6200 m²

03. (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP) Dez funcionários de uma repartição trabalham
8 horas por dia, durante 27 dias, para atender certo número de pessoas. Se um funcionário doente foi

. 116
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
afastado por tempo indeterminado e outro se aposentou, o total de dias que os funcionários restantes
levarão para atender o mesmo número de pessoas, trabalhando uma hora a mais por dia, no mesmo
ritmo de trabalho, será:
(A) 29.
(B) 30.
(C) 33.
(D) 28.
(E) 31.

04. (TRF 3ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC) Sabe-se que uma máquina copiadora imprime 80 cópias
em 1 minuto e 15 segundos. O tempo necessário para que 7 máquinas copiadoras, de mesma capacidade
que a primeira citada, possam imprimir 3360 cópias é de
(A) 15 minutos.
(B) 3 minutos e 45 segundos.
(C) 7 minutos e 30 segundos.
(D) 4 minutos e 50 segundos.
(E) 7 minutos.

05. (METRÔ/SP – Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Administração de Empresas – FCC)


Para inaugurar no prazo a estação XYZ do Metrô, o prefeito da cidade obteve a informação de que os
128 operários, de mesma capacidade produtiva, contratados para os trabalhos finais, trabalhando 6 horas
por dia, terminariam a obra em 42 dias. Como a obra tem que ser terminada em 24 dias, o prefeito
autorizou a contratação de mais operários, e que todos os operários (já contratados e novas contratações)
trabalhassem 8 horas por dia. O número de operários contratados, além dos 128 que já estavam
trabalhando, para que a obra seja concluída em 24 dias, foi igual a
(A) 40.
(B) 16.
(C) 80.
(D) 20.
(E) 32.

06. (PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Para digitalizar 1.000 fichas de cadastro, 16 assistentes
trabalharam durante dez dias, seis horas por dia. Dez assistentes, para digitalizar 2.000 fichas do mesmo
modelo de cadastro, trabalhando oito horas por dia, executarão a tarefa em quantos dias?
(A) 14
(B) 16
(C) 18
(D) 20
(E) 24

07. (CEFET – Auxiliar em Administração – CESGRANRIO) No Brasil, uma família de 4 pessoas


produz, em média, 13 kg de lixo em 5 dias. Mantida a mesma proporção, em quantos dias uma família de
5 pessoas produzirá 65 kg de lixo?
(A) 10
(B) 16
(C) 20
(D) 32
(E) 40

08. (UFPE - Assistente em Administração – COVEST) Na safra passada, um fazendeiro usou 15


trabalhadores para cortar sua plantação de cana de 210 hectares. Trabalhando 7 horas por dia, os
trabalhadores concluíram o trabalho em 6 dias exatos. Este ano, o fazendeiro plantou 480 hectares de
cana e dispõe de 20 trabalhadores dispostos a trabalhar 6 horas por dia. Em quantos dias o trabalho
ficará concluído?
Obs.: Admita que todos os trabalhadores tenham a mesma capacidade de trabalho.
(A) 10 dias
(B) 11 dias
(C) 12 dias
(D) 13 dias
(E) 14 dias

. 117
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09. (PC/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Dez funcionários de uma repartição trabalham 8
horas por dia, durante 27 dias, para atender certo número de pessoas.
Se um funcionário doente foi afastado por tempo indeterminado e outro se aposentou, o total de dias
que os funcionários restantes levarão para atender o mesmo número de pessoas, trabalhando uma hora
a mais por dia, no mesmo ritmo de trabalho, será
(A) 29.
(B) 30.
(C) 33.
(D) 28.
(E) 31.

10. (BNB – Analista Bancário – FGV) Em uma agência bancária, dois caixas atendem em média seis
clientes em 10 minutos. Considere que, nesta agência, todos os caixas trabalham com a mesma eficiência
e que a média citada sempre é mantida. Assim, o tempo médio necessário para que cinco caixas atendam
45 clientes é de:
(A) 45 minutos;
(B) 30 minutos;
(C) 20 minutos;
(D) 15 minutos;
(E) 10 minutos.

Respostas

01. Resposta: D.
Comparando- se cada grandeza com aquela onde está o x.
M² varredores horas
6000--------------18-------------- 5
7500--------------15--------------- x
Quanto mais a área, mais horas (diretamente proporcionais)
Quanto menos trabalhadores, mais horas (inversamente proporcionais)
5 6000 15
= ∙
𝑥 7500 18

6000 ∙ 15 ∙ 𝑥 = 5 ∙ 7500 ∙ 18
90000𝑥 = 675000
𝑥 = 7,5 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
Como 0,5 h equivale a 30 minutos, logo o tempo será de 7 horas e 30 minutos.

02. Resposta: D.
Operários horas dias área
20-----------------8-------------60-------4800
15----------------10------------80-------- x
Todas as grandezas são diretamente proporcionais, logo:
4800 20 8 60
𝑥
= 15 ∙ 10 ∙ 80
20 ∙ 8 ∙ 60 ∙ 𝑥 = 4800 ∙ 15 ∙ 10 ∙ 80
9600𝑥 = 57600000
𝑥 = 6000𝑚²

03. Resposta: B.
Temos 10 funcionários inicialmente, com os afastamento esse número passou para 8. Se eles
trabalham 8 horas por dia, passarão a trabalhar uma hora a mais perfazendo um total de 9 horas, nesta
condições temos:
Funcionários horas dias
10---------------8--------------27
8----------------9-------------- x
Quanto menos funcionários, mais dias devem ser trabalhados (inversamente proporcionais).
Quanto mais horas por dia, menos dias devem ser trabalhados (inversamente proporcionais).
Funcionários horas dias

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8---------------9-------------- 27
10----------------8----------------x
27 8 9
𝑥
= 10 ∙ 8 → x.8.9 = 27.10.8 → 72x = 2160 → x = 30 dias.

04. Resposta: C.
Transformando o tempo para segundos: 1 min e 15 segundos = 75 segundos
Quanto mais máquinas menor o tempo (flecha contrária) e quanto mais cópias, mais tempo (flecha
mesma posição)
Máquina cópias tempo
1----------------80-----------75 segundos
7--------------3360-----------x
Devemos deixar as 3 grandezas da mesma forma, invertendo os valores de” máquina”.
Máquina cópias tempo
7----------------80----------75 segundos
1--------------3360--------- x
75 7 80
𝑥
= 1 ∙ 3360 → x.7.80 = 75.1.3360 → 560x = 252000 → x = 450 segundos

Transformando
1minuto-----60segundos
x-------------450
x = 7,5 minutos = 7 minutos e 30segundos.

05. Resposta: A.
Vamos utilizar a Regra de Três Composta:
Operários  horas dias
128 ----------- 6 -------------- 42
x ------------- 8 -------------- 24
Quanto mais operários, menos horas trabalhadas (inversamente)
Quanto mais funcionários, menos dias (inversamente)
 Operários  horas dias
x -------------- 6 -------------- 42
128 ------------ 8 -------------- 24

𝑥 6 42
= ∙
128 8 24
𝑥 1 42
= ∙
128 8 4
𝑥 1 21
= ∙
128 8 2

16𝑥 = 128 ∙ 21
𝑥 = 8 ∙ 21 = 168
168 – 128 = 40 funcionários a mais devem ser contratados.

06. Resposta: E.
Fichas Assistentes dias horas
1000 --------------- 16 -------------- 10 ------------ 6
2000 -------------- 10 -------------- x -------------- 8
Quanto mais fichas, mais dias devem ser trabalhados (diretamente proporcionais).
Quanto menos assistentes, mais dias devem ser trabalhados (inversamente proporcionais).
Quanto mais horas por dia, menos dias (inversamente proporcionais).
Fichas Assistentes dias horas
1000 --------------- 10 -------------- 10 ------------ 8

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2000 -------------- 16 -------------- x -------------- 6
10 1000 10 8
= ∙ .
𝑥 2000 16 6

10 80000
𝑥
= 192000

80. 𝑥 = 192.10
1920
𝑥= 80

𝑥 = 24 𝑑𝑖𝑎𝑠

07. Resposta: C.
Faremos uma regra de três composta:
Pessoas Kg dias
4 ------------ 13 ------------ 5
5 ------------ 65 ------------ x
Mais pessoas irão levar menos dias para produzir a mesma quantidade de lixo (grandezas
inversamente proporcionais).
Mais quilos de lixo levam mais dias para serem produzidos (grandezas diretamente proporcionais).
5 5 13
𝑥
= 4
. 65

5 65
=
𝑥 260

65.x = 5 . 260
x = 1300 / 65
x = 20 dias

08. Resposta: C.
Faremos uma regra de três composta:
Trabalhadores Hectares h / dia dias
15 ------------------ 210 ---------------- 7 ----------------- 6
20 ------------------ 480 ---------------- 6 ----------------- x
Mais trabalhadores irão levar menos dias para concluir o trabalho (grandezas inversamente
proporcionais).
Mais hectares levam mais dias para se concluir o trabalho (grandezas diretamente proporcionais).
Menos horas por dia de trabalho serão necessários mais dias para concluir o trabalho (grandezas
inversamente proporcionais).
6 20 210 6
= . .
𝑥 15 480 7

6 25200
=
𝑥 50400

25200.x = 6. 50400 → x = 302400 / 25200 → x = 12 dias

09. Resposta: B.
Funcionários horas dias
10 ----------------- 8 ----------- 27
8 ------------------ 9 ----------- x
Quanto menos funcionários, mais dias devem ser trabalhados (inversamente proporcionais).
Quanto mais horas por dia, menos dias (inversamente proporcionais).
Funcionários horas dias
10 ----------------- 8 ----------- x
8 ------------------ 9 ----------- 27
𝑥 10 8
27
= 8 ∙9

. 120
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72𝑥 = 2160

𝑥 = 30 𝑑𝑖𝑎𝑠

10. Resposta: B.
caixas clientes minutos
2 ----------------- 6 ----------- 10
5 ----------------- 45 ----------- x
Quanto mais caixas, menos minutos levará para o atendimento (inversamente proporcionais).
Quanto mais clientes, mais minutos para o atendimento (diretamente proporcionais).
caixas clientes minutos
5 ----------------- 6 ----------- 10
2 ----------------- 45 ----------- x
10 5 6 10 30
= ∙ =
𝑥 2 45 𝑥 90

900
30. 𝑥 = 90.10 𝑥 = 30

𝑥 = 30 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠

PORCENTAGEM

Razões de denominador 100 que são chamadas de razões centesimais ou taxas percentuais ou
simplesmente de porcentagem. Servem para representar de uma maneira prática o "quanto" de um "todo"
se está referenciando.
Costumam ser indicadas pelo numerador seguido do símbolo % (Lê-se: “por cento”).
𝒙
𝒙% =
𝟏𝟎𝟎

Exemplos:
1) A tabela abaixo indica, em reais, os resultados das aplicações financeiras de Oscar e Marta entre
02/02/2013 e 02/02/2014.

Banco Saldo em Saldo em Rendimento


02/02/2013 02/02/2014
Oscar A 500 550 50
Marta B 400 450 50

Notamos que a razão entre os rendimentos e o saldo em 02/02/2013 é:

50
, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑂𝑠𝑐𝑎𝑟, 𝑛𝑜 𝐵𝑎𝑛𝑐𝑜 𝐴;
500
50
, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎, 𝑛𝑜 𝐵𝑎𝑛𝑐𝑜 𝐵.
400

Quem obteve melhor rentabilidade?

Uma das maneiras de compará-las é expressá-las com o mesmo denominador (no nosso caso o 100),
para isso, vamos simplificar as frações acima:
50 10
𝑂𝑠𝑐𝑎𝑟 ⇒ = , = 10%
500 100
50 12,5
𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎 ⇒ = , = 12,5%
400 100

Com isso podemos concluir, Marta obteve uma rentabilidade maior que Oscar ao investir no Banco B.

. 121
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
2) Em uma classe com 30 alunos, 18 são rapazes e 12 são moças. Qual é a taxa percentual de rapazes
na classe?
Resolução:
18
A razão entre o número de rapazes e o total de alunos é 30 . Devemos expressar essa razão na forma
centesimal, isto é, precisamos encontrar x tal que:
18 𝑥
= ⟹ 𝑥 = 60
30 100
E a taxa percentual de rapazes é 60%. Poderíamos ter divido 18 por 30, obtendo:
18
= 0,60(. 100%) = 60%
30

- Lucro e Prejuízo

É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.


Caso a diferença seja positiva, temos o lucro(L), caso seja negativa, temos prejuízo(P).

Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).

Podemos ainda escrever:


C + L = V ou L = V - C
P = C – V ou V = C - P

A forma percentual é:

Exemplos:
1) Um objeto custa R$ 75,00 e é vendido por R$ 100,00. Determinar:
a) a porcentagem de lucro em relação ao preço de custo;
b) a porcentagem de lucro em relação ao preço de venda.

Resolução:
Preço de custo + lucro = preço de venda → 75 + lucro =100 → Lucro = R$ 25,00

𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜
𝑎) . 100% ≅ 33,33% 𝑏) . 100% = 25%
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎

2) O preço de venda de um bem de consumo é R$ 100,00. O comerciante tem um ganho de 25% sobre
o preço de custo deste bem. O valor do preço de custo é:
A) R$ 25,00
B) R$ 70,50
C) R$ 75,00
D) R$ 80,00
E) R$ 125,00

Resolução:
𝐿
𝐶
. 100% = 25% ⇒ 0,25 , o lucro é calculado em cima do Preço de Custo(PC).

C + L = V → C + 0,25. C = V → 1,25. C = 100 → C = 80,00


Resposta D

- Aumento e Desconto Percentuais

. 122
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
𝒑
A) Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por (𝟏 + 𝟏𝟎𝟎).V .
Logo:
𝒑
V A = (𝟏 + 𝟏𝟎𝟎).V

Exemplos:
1 - Aumentar um valor V de 20% , equivale a multiplicá-lo por 1,20, pois:
20
(1 + 100).V = (1+0,20).V = 1,20.V

2 - Aumentar um valor V de 200% , equivale a multiplicá-lo por 3 , pois:


200
(1 + 100).V = (1+2).V = 3.V

3) Aumentando-se os lados a e b de um retângulo de 15% e 20%, respectivamente, a área do retângulo


é aumentada de:
A)35%
B)30%
C)3,5%
D)3,8%
E) 38%

Resolução:
Área inicial: a.b
Com aumento: (a.1,15).(b.1,20) → 1,38.a.b da área inicial. Logo o aumento foi de 38%.
Resposta E
𝒑
B) Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por (𝟏 − ).V.
𝟏𝟎𝟎
Logo:
𝒑
V D = (𝟏 − 𝟏𝟎𝟎).V

Exemplos:
1) Diminuir um valor V de 20%, equivale a multiplicá-lo por 0,80, pois:
20
(1 − ). V = (1-0,20). V = 0, 80.V
100

2) Diminuir um valor V de 40%, equivale a multiplicá-lo por 0,60, pois:


40
(1 − 100). V = (1-0,40). V = 0, 60.V

3) O preço do produto de uma loja sofreu um desconto de 8% e ficou reduzido a R$ 115,00. Qual era
o seu valor antes do desconto?

Temos que V D = 115, p = 8% e V =? é o valor que queremos achar.


𝑝
V D = (1 − ). V → 115 = (1-0,08).V → 115 = 0,92V → V = 115/0,92 → V = 125
100
O valor antes do desconto é de R$ 125,00.
𝒑 𝒑
A esse valor final de (𝟏 + 𝟏𝟎𝟎) ou (𝟏 − 𝟏𝟎𝟎), é o que chamamos de fator de multiplicação, muito útil
para resolução de cálculos de porcentagem. O mesmo pode ser um acréscimo ou decréscimo no
valor do produto.

Abaixo a tabela com alguns fatores de multiplicação:

% Fator de multiplicação - Acréscimo Fator de multiplicação - Decréscimo


10% 1,1 0,9
15% 1,15 0,85
18% 1,18 0,82
20% 1,2 0,8
63% 1,63 0,37

. 123
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
86% 1,86 0,14
100% 2 0

- Aumentos e Descontos Sucessivos


São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente. Para efetuar os respectivos descontos ou
aumentos, fazemos uso dos fatores de multiplicação.

Vejamos alguns exemplos:


1) Dois aumentos sucessivos de 10% equivalem a um único aumento de...?
𝑝
Utilizando VA = (1 + 100).V → V. 1,1 , como são dois de 10% temos → V. 1,1 . 1,1 → V. 1,21
Analisando o fator de multiplicação 1,21; concluímos que esses dois aumentos significam um único
aumento de 21%.
Observe que: esses dois aumentos de 10% equivalem a 21% e não a 20%.

2) Dois descontos sucessivos de 20% equivalem a um único desconto de:


𝑝
Utilizando VD = (1 − 100).V → V. 0,8 . 0,8 → V. 0,64 . . Analisando o fator de multiplicação 0,64,
observamos que esse percentual não representa o valor do desconto, mas sim o valor pago com o
desconto. Para sabermos o valor que representa o desconto é só fazermos o seguinte cálculo:
100% - 64% = 36%
Observe que: esses dois descontos de 20% equivalem a 36% e não a 40%.

3) Certo produto industrial que custava R$ 5.000,00 sofreu um acréscimo de 30% e, em seguida, um
desconto de 20%. Qual o preço desse produto após esse acréscimo e desconto?
𝑝 𝑝
Utilizando VA = (1 + ).V para o aumento e VD = (1 − ).V, temos:
100 100
VA = 5000 .(1,3) = 6500 e VD = 6500 .(0,80) = 5200, podemos, para agilizar os cálculos, juntar tudo
em uma única equação:
5000 . 1,3 . 0,8 = 5200
Logo o preço do produto após o acréscimo e desconto é de R$ 5.200,00
Referências
IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e Estatística Descritiva
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
http://www.porcentagem.org
http://www.infoescola.com

Questões

01. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica – Matemática – GR Consultoria e


Assessoria) Marcos comprou um produto e pagou R$ 108,00, já inclusos 20% de juros. Se tivesse
comprado o produto, com 25% de desconto, então, Marcos pagaria o valor de:
(A) R$ 67,50
(B) R$ 90,00
(C) R$ 75,00
(D) R$ 72,50

02. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP – Analista Técnico Legislativo – Designer
Gráfico – VUNESP) O departamento de Contabilidade de uma empresa tem 20 funcionários, sendo que
15% deles são estagiários. O departamento de Recursos Humanos tem 10 funcionários, sendo 20%
estagiários. Em relação ao total de funcionários desses dois departamentos, a fração de estagiários é
igual a
(A) 1/5.
(B) 1/6.
(C) 2/5.
(D) 2/9.
(E) 3/5.

. 124
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
03. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica – Matemática – GR Consultoria e
Assessoria) Quando calculamos 15% de 1.130, obtemos, como resultado
(A) 150
(B) 159,50;
(C) 165,60;
(D) 169,50.

04. (ALMG – Analista de Sistemas – Administração de Rede – FUMARC) O Relatório Setorial do


Banco do Brasil publicado em 02/07/2013 informou:
[...] Após queda de 2,0% no mês anterior, segundo o Cepea/Esalq, as cotações do açúcar fecharam o
último mês com alta de 1,2%, atingindo R$ 45,03 / saca de 50 kg no dia 28. De acordo com especialistas,
o movimento se deve à menor oferta de açúcar de qualidade, além da firmeza nas negociações por parte
dos vendedores. Durante o mês de junho, o etanol mostrou maior recuperação que o açúcar, com a
cotação do hidratado chegando a R$ 1,1631/litro (sem impostos), registrando alta de 6,5%. A demanda
aquecida e as chuvas que podem interromper mais uma vez a moagem de cana-de-açúcar explicam
cenário mais positivo para o combustível.
Fonte: BB-BI Relatório Setorial: Agronegócios-junho/2013 - publicado em 02/07/2013.

Com base nos dados apresentados no Relatório Setorial do Banco do Brasil, é CORRETO afirmar que
o valor, em reais, da saca de 50 kg de açúcar no mês de maio de 2013 era igual a
(A) 42,72
(B) 43,86
(C) 44,48
(D) 54,03

05. (Câmara de Chapecó/SC – Assistente de Legislação e Administração – OBJETIVA) Em


determinada loja, um sofá custa R$ 750,00, e um tapete, R$ 380,00. Nos pagamentos com cartão de
crédito, os produtos têm 10% de desconto e, nos pagamentos no boleto, têm 8% de desconto. Com base
nisso, realizando-se a compra de um sofá e um tapete, os valores totais a serem pagos pelos produtos
nos pagamentos com cartão de crédito e com boleto serão, respectivamente:
(A) R$ 1.100,00 e R$ 1.115,40.
(B) R$ 1.017,00 e R$ 1.039,60.
(C) R$ 1.113,00 e R$ 1.122,00.
(D) R$ 1.017,00 e R$ 1.010,00.

06. (UFPE - Assistente em Administração – COVEST) Um vendedor recebe comissões mensais da


seguinte maneira: 5% nos primeiros 10.000 reais vendidos no mês, 6% nos próximos 10.000,00 vendidos,
e 7% no valor das vendas que excederem 20.000 reais. Se o total de vendas em certo mês foi de R$
36.000,00, quanto será a comissão do vendedor?
(A) R$ 2.120,00
(B) R$ 2.140,00
(C) R$ 2.160,00
(D) R$ 2.180,00
(E) R$ 2.220,00

07. (UFPE - Assistente em Administração – COVEST) Uma loja compra televisores por R$ 1.500,00
e os revende com um acréscimo de 40%. Na liquidação, o preço de revenda do televisor é diminuído em
35%. Qual o preço do televisor na liquidação?
(A) R$ 1.300,00
(B) R$ 1.315,00
(C) R$ 1.330,00
(D) R$ 1.345,00
(E) R$ 1.365,00

08. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) O preço de venda de um produto,
descontado um imposto de 16% que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de compra em 40%,

. 125
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
os quais constituem o lucro líquido do vendedor. Em quantos por cento, aproximadamente, o preço de
venda é superior ao de compra?
(A) 67%.
(B) 61%.
(C) 65%.
(D) 63%.
(E) 69%.

09. (PM/SE – Soldado 3ª Classe – FUNCAB) Numa liquidação de bebidas, um atacadista fez a
seguinte promoção:

Cerveja em lata: R$ 2,40 a unidade.


Na compra de duas embalagens com 12 unidades cada, ganhe 25% de desconto no valor da segunda
embalagem.

Alexandre comprou duas embalagens nessa promoção e revendeu cada unidade por R$3,50. O lucro
obtido por ele com a revenda das latas de cerveja das duas embalagens completas foi:
(A) R$ 33,60
(B) R$ 28,60
(C) R$ 26,40
(D) R$ 40,80
(E) R$ 43,20

10. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica – Matemática – GR Consultoria e


Assessoria) Marcos gastou 30% de 50% da quantia que possuía e mais 20% do restante. A porcentagem
que lhe sobrou do valor, que possuía é de:
(A) 58%
(B) 68%
(C) 65%
(D) 77,5%

Respostas

01. Resposta: A.
Como o produto já está acrescido de 20% juros sobre o seu preço original, temos que:
100% + 20% = 120%
Precisamos encontrar o preço original (100%) da mercadoria para podermos aplicarmos o desconto.
Utilizaremos uma regra de 3 simples para encontrarmos:
R$ %
108 ---- 120
X ----- 100
120x = 108.100 → 120x = 10800 → x = 10800/120 → x = 90,00
O produto sem o juros, preço original, vale R$ 90,00 e representa 100%. Logo se receber um desconto
de 25%, significa ele pagará 75% (100 – 25 = 75%) → 90. 0,75 = 67,50
Então Marcos pagou R$ 67,50.

02. Resposta: B.
15 30
* Dep. Contabilidade: . 20 = = 3 → 3 (estagiários)
100 10

20 200
* Dep. R.H.: 100 . 10 = 100 = 2 → 2 (estagiários)

𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑔𝑖á𝑟𝑖𝑜𝑠 5 1
∗ 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = = =
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 30 6

03. Resposta: D.
15% de 1130 = 1130.0,15 ou 1130.15/100 → 169,50

04. Resposta: C.

. 126
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
1,2
1,2% de 45,03 = 100 . 45,03 = 0,54
Como no mês anterior houve queda, vamos fazer uma subtração.
45,03 – 0,54 = 44,49

05. Resposta: B.
Cartão de crédito: 10/100. (750 + 380) = 1/10 . 1130 = 113
1130 – 113 = R$ 1017,00
Boleto: 8/100. (750 + 380) = 8/100 . 1130 = 90,4
1130 – 90,4 = R$ 1039,60

06. Resposta: E.
5% de 10000 = 5 / 100. 10000 = 500
6% de 10000 = 6 / 100. 10000 = 600
7% de 16000 (= 36000 – 20000) = 7 / 100. 16000 = 1120
Comissão = 500 + 600 + 1120 = R$ 2220,00

07. Resposta: E.
Preço de revenda: 1500 + 40 / 100. 1500 = 1500 + 600 = 2100
Preço com desconto: 2100 – 35 / 100. 2100 = 2100 – 735 = R$ 1365,00

08. Resposta: A.
Preço de venda: V
Preço de compra: C
V – 0,16V = 1,4C
0,84V = 1,4C

𝑉 1,4
= = 1,67
𝐶 0,84
O preço de venda é 67% superior ao preço de compra.

09. Resposta: A.
2,40 . 12 = 28,80
Segunda embalagem: 28,80. 0,75 = 21,60
As duas embalagens: 28,80 + 21,60 = 50,40
Revenda: 3,5. 24 = 84,00
Lucro: R$ 84,00 – R$ 50,40 = R$ 33,60
O lucro de Alexandre foi de R$ 33,60

10. Resposta: B.
De um total de 100%, temos que ele gastou 30% de 50% = 30%.50% = 15% foi o que ele gastou,
sobrando: 100% - 15% = 85%. Desses 85% ele gastou 20%, logo 20%.85% = 17%, sobrando:
85% - 17% = 68%.

EQUAÇÃO DO 1º GRAU OU LINEAR

Equação é toda sentença matemática aberta que exprime uma relação de igualdade e uma incógnita
ou variável (x, y, z,...).
Observe a figura:

A figura acima mostra uma equação (uma igualdade), onde precisamos achar o valor da variável x,
para manter a balança equilibrada. Equacionando temos:

. 127
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x + x + 500 + 100 = x + 250 + 500 → 2x + 600 = x + 750.

Exemplos
2x + 8 = 0
5x – 4 = 6x + 8
3a – b – c = 0

- Não são equações:


4 + 8 = 7 + 5 (Não é uma sentença aberta)
x – 5 < 3 (Não é igualdade)
5 ≠ 7 (não é sentença aberta, nem igualdade)

Termo Geral da equação do 1º grau


Onde a e b (a≠0) são números conhecidos e a diferença de 0, se resolve de maneira simples:
subtraindo b dos dois lados obtemos:

ax + b – b = 0 – b → ax = -b → x = -b / a

Termos da equação do 1º grau

Nesta equação cada membro possui dois termos:


1º membro composto por 5x e -1
2º membro composto pelo termo x e +7

Resolução da equação do 1º grau


O método que usamos para resolver a equação de 1º grau é isolando a incógnita, isto é, deixar a
incógnita sozinha em um dos lados da igualdade. O método mais utilizado para isso é invertermos as
operações. Vejamos
Resolvendo a equação 2x + 600 = x + 750, passamos os termos que tem x para um lado e os números
para o outro invertendo as operações.
2x – x = 750 – 600, com isso eu posso resolver minha equação → x = 150

Outros exemplos:
1) Resolução da equação 3x – 2 = 16, invertendo operações.

Procedimento e justificativa: Se 3x – 2 dá 16, conclui-se que 3x dá 16 + 2, isto é, 18 (invertemos a


subtração). Se 3x é igual a 18, é claro que x é igual a 18 : 3, ou seja, 6 (invertemos a multiplicação por 3).
Registro:
3x – 2 = 16
3x = 16 + 2
3x = 18
18
x=
3
x=6

2 1
2) Resolução da equação: 1 – 3x + = x + , efetuando a mesma operação nos dois lados da
5 2
igualdade(outro método de resolução).

. 128
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Procedimento e justificativa: Multiplicamos os dois lados da equação pelo mmc (2;5) = 10. Dessa
forma, são eliminados os denominadores. Fazemos as simplificações e os cálculos necessários e
isolamos x, sempre efetuando a mesma operação nos dois lados da igualdade. No registro, as operações
feitas nos dois lados da igualdade são indicadas com as setas curvas verticais.

Registro:
1 – 3x + 2/5 = x + 1 /2

1. (10) − 3𝑥. (10) + 2. (2) 𝑥. (10) + 1. (5)


=
10 10

10 – 30x + 4 = 10 x + 5
-30x -10x = 5 – 10 – 4
-40x = -9 (-1)
40x = 9
x = 9/40
x = 0,225

Há também um processo prático, bastante usado, que se baseia nessas ideias e na percepção de um
padrão visual.
- Se a + b = c, conclui-se que a = c – b.

Na primeira igualdade, a parcela b aparece somando no lado esquerdo; na segunda, a parcela b


aparece subtraindo no lado direito da igualdade.
- Se a . b = c, conclui-se que a = c : b, desde que b ≠ 0.

Na primeira igualdade, o número b aparece multiplicando no lado esquerdo; na segunda, ele aparece
dividindo no lado direito da igualdade.

O processo prático pode ser formulado assim:


- Para isolar a incógnita, coloque todos os termos com incógnita de um lado da igualdade e os
demais termos do outro lado.
- Sempre que mudar um termo de lado, inverta a operação.

Questões

01. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) O gráfico mostra o número de gols marcados, por
jogo, de um determinado time de futebol, durante um torneio.

Sabendo que esse time marcou, durante esse torneio, um total de 28 gols, então, o número de jogos
em que foram marcados 2 gols é:
(A) 3.
(B) 4.
(C) 5.
(D) 6.
(E) 7.

02. (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF. IMARUÍ) Certa quantia em dinheiro foi dividida
igualmente entre três pessoas, cada pessoa gastou a metade do dinheiro que ganhou e 1/3(um terço) do

. 129
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restante de cada uma foi colocado em um recipiente totalizando R$900,00(novecentos reais), qual foi a
quantia dividida inicialmente?
(A) R$900,00
(B) R$1.800,00
(C) R$2.700,00
(D) R$5.400,00

03. (PRODAM/AM – Auxiliar de Motorista – FUNCAB) Um grupo formado por 16 motoristas


organizou um churrasco para suas famílias. Na semana do evento, seis deles desistiram de participar.
Para manter o churrasco, cada um dos motoristas restantes pagou R$ 57,00 a mais.
O valor total pago por eles, pelo churrasco, foi:
(A) R$ 570,00
(B) R$ 980,50
(C) R$ 1.350,00
(D) R$ 1.480,00
(E) R$ 1.520,00

04. (METRÔ – Assistente Administrativo Júnior – FCC) Uma linha de Metrô inicia-se na 1ª estação
e termina na 18ª estação. Sabe-se que a distância dentre duas estações vizinhas é sempre a mesma,
exceto da 1ª para a 2ª, e da 17ª para a 18ª, cuja distância é o dobro do padrão das demais estações
vizinhas. Se a distância da 5ª até a 12ª estação é de 8 km e 750 m, o comprimento total dessa linha de
Metrô, da primeira à última estação, é de
(A) 23 km e 750 m.
(B) 21 km e 250 m.
(C) 25 km.
(D) 22 km e 500 m.
(E) 26 km e 250 m.

05. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC) Um funcionário de uma


empresa deve executar uma tarefa em 4 semanas. Esse funcionário executou 3/8 da tarefa na 1 a semana.
Na 2a semana, ele executou 1/3 do que havia executado na 1 a semana. Na 3a e 4a semanas, o funcionário
termina a execução da tarefa e verifica que na 3a semana executou o dobro do que havia executado na
4a semana. Sendo assim, a fração de toda a tarefa que esse funcionário executou na 4ª semana é igual
a
(A) 5/16.
(B) 1/6.
(C) 8/24.
(D)1/ 4.
(E) 2/5.
06. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC) Bia tem 10 anos a mais
que Luana, que tem 7 anos a menos que Felícia. Qual é a diferença de idades entre Bia e Felícia?
(A) 3 anos.
(B) 7 anos.
(C) 5 anos.
(D) 10 anos.
(E) 17 anos.

07. (DAE AMERICANAS/SP – ANALISTA ADMINSTRATIVO – SHDIAS) Em uma praça, Graziela


estava conversando com Rodrigo. Graziela perguntou a Rodrigo qual era sua idade, e ele respondeu da
seguinte forma:
- 2/5 de minha idade adicionados de 3 anos correspondem à metade de minha idade.
Qual é a idade de Rodrigo?
(A) Rodrigo tem 25 anos.
(B) Rodrigo tem 30 anos.
(C) Rodrigo tem 35 anos.
(D) Rodrigo tem 40 anos.

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1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
08. (METRO/SP - AGENTE DE SEGURANÇA METROVIÁRIA I - FCC) Dois amigos foram a uma
3 7
pizzaria. O mais velho comeu da pizza que compraram. Ainda da mesma pizza o mais novo comeu
8 5
da quantidade que seu amigo havia comido. Sendo assim, e sabendo que mais nada dessa pizza foi
comido, a fração da pizza que restou foi
3
(𝐴)
5
7
(𝐵)
8
1
(𝐶 )
10
3
(𝐷)
10
36
(𝐸 )
40

09. (METRO/SP - AGENTE DE SEGURANÇA METROVIÁRIA I - FCC) Glauco foi à livraria e comprou
3 exemplares do livro J. Comprou 4 exemplares do livro K, com preço unitário de 15 reais a mais que o
preço unitário do livro J. Comprou também um álbum de fotografias que custou a terça parte do preço
unitário do livro K.
Glauco pagou com duas cédulas de 100 reais e recebeu o troco de 3 reais. Glauco pagou pelo álbum
o valor, em reais, igual a
(A) 33.
(B) 132.
(C) 54.
(D) 44.
(E) 11.

10. AGENTE DE SEGURANÇA METROVIÁRIA I - FCC) Hoje, a soma das idades de três irmãos é 65
anos. Exatamente dez anos antes, a idade do mais velho era o dobro da idade do irmão do meio, que por
sua vez tinha o dobro da idade do irmão mais novo. Daqui a dez anos, a idade do irmão mais velho será,
em anos, igual a
(A) 55.
(B) 25.
(C) 40.
(D) 50.
(E) 35.
Respostas

01. Resposta: E.
0.2 + 1.8 + 2.x + 3.2 = 28
0 + 8 + 2x + 6 = 28 → 2x = 28 – 14 → x = 14 / 2 → x = 7

02. Resposta: D.
Quantidade a ser recebida por cada um: x
Se 1/3 de cada um foi colocado em um recipiente e deu R$900,00, quer dizer que cada uma colocou
R$300,00.
𝑥
𝑥 3
= + 300
3 2
𝑥 𝑥
= + 300
3 6
𝑥 𝑥
− = 300
3 6

. 131
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
2𝑥 − 𝑥
= 300
6
𝑥
= 300
6
x = 1800
Recebida: 1800.3=5400

03. Resposta: E.
Vamos chamar de ( x ) o valor para cada motorista. Assim:
16 . x = Total
Total = 10 . (x + 57) (pois 6 desistiram)
Combinando as duas equações, temos:
16.x = 10.x + 570 → 16.x – 10.x = 570
6.x = 570 → x = 570 / 6 → x = 95
O valor total é: 16 . 95 = R$ 1520,00.

04. Resposta: A.

Sabemos que da 5ª até a 12ª estação = 8 km + 750 m = 8750 m.


A quantidade de “espaços” da 5ª até a 12ª estação é: (12 – 5). x = 7.x
Assim: 7.x = 8750
x = 8750 / 7
x = 1250 m
Por fim, vamos calcular o comprimento total:
17 – 2 = 15 espaços
2.x + 2.x + 15.x =
= 2.1250 + 2.1250 + 15.1250 =
= 2500 + 2500 + 18750 = 23750 m 23 km + 750 m

05. Resposta: B.
Tarefa: x
Primeira semana: 3/8x
1 3 1
2 semana:3 ∙ 8 𝑥 = 8 𝑥

3 1 4 1
1ª e 2ª semana:8 𝑥 + 8 𝑥 = 8 𝑥 = 2 𝑥

Na 3ª e 4ª semana devem ser feito a outra metade, pois ele executou a metade na 1ª e 2ª semana
como consta na fração acima (1/2x).
3ªsemana: 2y
4ª semana: y
1
2𝑦 + 𝑦 = 2 𝑥
1
3𝑦 = 2 𝑥
1
𝑦 = 6𝑥

06. Resposta: A.
Luana: x
Bia: x + 10
Felícia: x + 7
Bia – Felícia = x + 10 – x – 7 = 3 anos.

07. Resposta: B.

. 132
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
Idade de Rodrigo: x
2 1
5
𝑥 +3 = 2𝑥
2 1
5
𝑥 − 2 𝑥 = −3

Mmc(2,5)=10
4𝑥−5𝑥
= −3
10

4𝑥 − 5𝑥 = −30
𝑥 = 30

08. Resposta: C.
𝑝𝑖𝑧𝑧𝑎: 𝑥 ∴ 𝑦: 𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜𝑢 𝑑𝑎 𝑝𝑖𝑧𝑧𝑎

3
𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑣𝑒𝑙ℎ𝑜: 𝑥
8
7 3 21
𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑛𝑜𝑣𝑜 ∶ ∙ 𝑥= 𝑥
5 8 40
3 21
𝑥+ 𝑥+𝑦 =𝑥
8 40
3 21
𝑦=𝑥− 𝑥− 𝑥
8 40
40𝑥 − 15𝑥 − 21𝑥 4𝑥 1
𝑦= = = 𝑥
40 40 10

Sobrou 1/10 da pizza.

09. Resposta: E.
Preço livro J: x
Preço do livro K: x+15
𝑥 + 15
á𝑙𝑏𝑢𝑚:
3
Valor pago:197 reais (2.100 – 3)

𝑥 + 15
3𝑥 + 4(𝑥 + 15) + = 197
3

9𝑥 + 12(𝑥 + 15) + 𝑥 + 15
= 197
3

9𝑥 + 12𝑥 + 180 + 𝑥 + 15 = 591


22𝑥 = 396
𝑥 = 18
𝑥 + 15 18 + 15
á𝑙𝑏𝑢𝑚: = = 11
3 3

O valor pago pelo álbum é de R$ 11,00.

10. Resposta: C.
Irmão mais novo: x
Irmão do meio: 2x
Irmão mais velho:4x

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1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
Hoje:
Irmão mais novo: x + 10
Irmão do meio: 2x + 10
Irmão mais velho:4x + 10
x + 10 + 2x + 10 + 4x + 10 = 65
7x = 65 – 30 → 7x = 35 → x = 5
Hoje:
Irmão mais novo: x + 10 = 5 + 10 = 15
Irmão do meio: 2x + 10 = 10 + 10 = 20
Irmão mais velho:4x + 10 = 20 + 10 = 30
Daqui a dez anos
Irmão mais novo: 15 + 10 = 25
Irmão do meio: 20 + 10 = 30
Irmão mais velho: 30 + 10 = 40
O irmão mais velho terá 40 anos.

EQUAÇÃO DO 2º GRAU

Uma equação é uma expressão matemática que possui em sua composição incógnitas, coeficientes,
expoentes e um sinal de igualdade. As equações são caracterizadas de acordo com o maior expoente de
uma das incógnitas.

Em que a, b, c são números reais e a ≠ 0.

Nas equações de 2º grau com uma incógnita, os números reais expressos por a, b, c são chamados
coeficientes da equação:

Equação completa e incompleta:


- Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz completa.

Exemplos
x2 - 5x + 6 = 0= 0 é uma equação completa (a = 1, b = – 5, c = 6).
-3y2 + 2y - 15 = 0 é uma equação completa (a = -3, b = 2, c = -15).

- Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se diz incompleta.

Exemplos
x² - 36 = 0 é uma equação incompleta (b=0).
x² - 10x = 0 é uma equação incompleta (c = 0).
4x² = 0 é uma equação incompleta (b = c = 0).

Todas essas equações estão escritas na forma ax2 + bx + c = 0, que é denominada forma normal ou
forma reduzida de uma equação do 2º grau com uma incógnita.
Há, porém, algumas equações do 2º grau que não estão escritas na forma ax2 + bx + c = 0; por meio
de transformações convenientes, em que aplicamos o princípio aditivo e o multiplicativo, podemos reduzi-
las a essa forma.

Exemplo
Pelo princípio aditivo.
2x2 – 7x + 4 = 1 – x2
2x2 – 7x + 4 – 1 + x2 = 0
2x2 + x2 – 7x + 4 – 1 = 0

. 134
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
3x2 – 7x + 3 = 0

Exemplo
Pelo princípio multiplicativo.
2 1 x
 
x 2 x4

4.x  4  xx  4 2x 2

2 x x  4  2 x x  4 
4(x – 4) – x(x – 4) = 2x2
4x – 16 – x2 + 4x = 2x2
– x2 + 8x – 16 = 2x2
– x2 – 2x2 + 8x – 16 = 0
– 3x2 + 8x – 16 = 0

Raízes de uma equação do 2º grau


Raiz é o número real que, ao substituir a incógnita de uma equação, transforma-a numa sentença
verdadeira. As raízes formam o conjunto verdade ou solução de uma equação.

Resolução das equações incompletas do 2º grau com uma incógnita.


Primeiramente devemos saber duas importante propriedades dos números Reais que é o nosso
conjunto Universo.

1º) Se x ϵ R, y ϵ R e x.y=0, então x= 0 ou y=0

2º) Se x ϵ R, y ϵ R e x2=y, então x= √y ou x=-√y

1º Caso) A equação é da forma ax2 + bx = 0.


x2 – 9x = 0  colocamos x em evidência
x . (x – 9) = 0 , aplicando a 1º propriedade dos reais temos:
x=0 ou x–9=0
x=9
Logo, S = {0, 9} e os números 0 e 9 são as raízes da equação.

2º Caso) A equação é da forma ax2 + c = 0.


x2 – 16 = 0  Fatoramos o primeiro membro, que é uma diferença de dois quadrados.
(x + 4) . (x – 4) = 0, aplicando a 1º propriedade dos reais temos:
x+4=0 x–4=0
x=–4 x=4
ou
x2 – 16 = 0 → x2 = 16 → √x2 = √16 → x = ± 4, (aplicando a segunda propriedade).
Logo, S = {–4, 4}.

Resolução das equações completas do 2º grau com uma incógnita.


Para este tipo de equação utilizaremos a Fórmula de Bháskara.
Usando o processo de Bháskara e partindo da equação escrita na sua forma normal, foi possível
chegar a uma fórmula que vai nos permitir determinar o conjunto solução de qualquer equação do 2º grau
de maneira mais simples.

Essa fórmula é chamada fórmula resolutiva ou fórmula de Bháskara.

. 135
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
Nesta fórmula, o fato de x ser ou não número real vai depender do discriminante Δ; temos então, três
casos a estudar.

Duas raízes reais distintas.


b 
Δ>0 x' 
1º caso 2.a
(Positivo)
b 
x '' 
2.a
Duas raízes reais iguais.
Δ=0
2º caso b
(Nulo) x’ = x” =
2a
Δ<0 Não temos raízes reais.
3º caso
(Negativo)

A existência ou não de raízes reais e o fato de elas serem duas ou uma única dependem,
exclusivamente, do discriminante Δ = b 2 – 4.a.c; daí o nome que se dá a essa expressão.

Exemplos
1) Resolver a equação 3x2 + 7x + 9 = 0 no conjunto R.
Temos: a = 3, b = 7 e c = 9

−7 ± √−59
𝑥=
6

Como Δ < 0, a equação não tem raízes reais.


Então: S = ᴓ

2) Resolver a equação 5x2 – 12x + 4=0


Temos que a= 5, b= -12 e c = 4.
Aplicando na fórmula de Bháskara:

−𝑏 ± √𝑏2 − 4𝑎𝑐 −(−12) ± √(−12)2 − 4.5.4 12 ± √144 − 80 12 ± √64


𝑥= = = =
2𝑎 2.5 10 10

Como Δ > 0, logo temos duas raízes reais distintas:

12 ± 8 12 + 8 20 12 − 8 4: 2 2
𝑥= → 𝑥′ = = = 2 𝑒 𝑥 ′′ = = =
10 10 10 10 10: 2 5

S= {2/5, 2}

Relação entre os coeficientes e as raízes


As equações do 2º grau possuem duas relações entre suas raízes, são as chamadas relações de
Girard, que são a Soma (S) e o Produto (P).

𝒃
1) Soma das raízes é dada por: 𝑺 = 𝒙𝟏 + 𝒙𝟐 = −
𝒂

𝒄
2) Produto das raízes é dada por: 𝑷 = 𝒙𝟏 . 𝒙𝟐 = 𝒂

Logo podemos reescrever a equação da seguinte forma:

. 136
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
x2 – Sx + P=0
Exemplos
1) Determine uma equação do 2º grau cujas raízes sejam os números 2 e 7.
Resolução:
Pela relação acima temos:
S = 2+7 = 9 e P = 2.7 = 14 → Com esses valores montamos a equação: x2 -9x +14 =0

2) Resolver a equação do 2º grau: x2 -7x +12 =0


Observe que S=7 e P=12, basta agora pegarmos dois números aos quais somando obtemos 7 e
multiplicados obtemos 12.
S= 3+4 = 7 e P = 4.3=12, logo o conjunto solução é: S={3,4}
Referências
www.somatematica.com.br

Questões

01. (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYAMA) Para que a equação (3m-9)x²-7x+6=0 seja
uma equação de segundo grau, o valor de m deverá, necessariamente, ser diferente de:
(A) 1.
(B) 2.
(C) 3.
(D) 0.
(E) 9.

02. (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – INDEC) Qual a equação do 2º grau cujas


raízes são 1 e 3/2?
(A) x²-3x+4=0
(B) -3x²-5x+1=0
(C) 3x²+5x+2=0
(D) 2x²-5x+3=0

03. (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – INDEC) O dobro da menor raiz da equação de


2º grau dada por x²-6x=-8 é:
(A) 2
(B) 4
(C) 8
(D) 12

04. (CGU – ADMINISTRATIVA – ESAF) Um segmento de reta de tamanho unitário é dividido em duas
partes com comprimentos x e 1-x respectivamente.
Calcule o valor mais próximo de x de maneira que
x = (1-x) / x, usando 5=2,24.
(A) 0,62
(B) 0,38
(C) 1,62
(D) 0,5
(E) 1/ 𝜋

05. (PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Hoje João tem oito anos a mais que sua irmã, e o produto
das suas idades é 153. Daqui a dez anos, a soma da idade de ambos será:
(A) 48 anos.
(B) 46 anos.
(C) 38 anos.
(D) 36 anos.
(E) 32 anos.

06. (PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – IMA) Temos que a raiz do


polinômio p(x) = x² – mx + 6 é igual a 6. O valor de m é:

. 137
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
(A) 15
(B) 7
(C) 10
(D) 8
(E) 5

07. (CBTU – METROREC – Analista de Gestão – Advogado – CONSULPLAN) Considere a seguinte


equação do 2º grau: ax2 + bx + c = 0. Sabendo que as raízes dessa equação são x’ = 6 e x’’ = –10 e que
a + b = 5, então o discriminante dessa equação é igual a
(A) 196.
(B) 225.
(C) 256.
(D) 289.

08. (SAAE/SP - Fiscal Leiturista – VUNESP) O dono de uma papelaria comprou 98 cadernos e ao
formar pilhas, todas com o mesmo número de cadernos, notou que o número de cadernos de uma pilha
era igual ao dobro do número de pilhas. O número de cadernos de uma pilha era
(A) 12.
(B) 14.
(C) 16.
(D) 18.
(E) 20.

09. (Prefeitura de São Paulo - SP - Guarda Civil Metropolitano - MS CONCURSOS) Se x1 > x2 são
1 1
as raízes da equação x2 - 27x + 182 = 0, então o valor de 𝑥 - 𝑥 é:
2 1
1
(A) 27.

1
(B) .
13
(C) 1.
1
(D) .
182

1
(E) .
14

10. (Pref. Mogeiro/PB - Professor – Matemática – EXAMES) A soma das raízes da equação (k - 2)x²
- 3kx + 1 = 0, com k ≠ 2, é igual ao produto dessas raízes. Nessas condições. Temos:
(A) k = 1/2.
(B) k = 3/2.
(C) k = 1/3.
(D) k = 2/3.
(E) k = -2.

Respostas

01. Resposta: C.
Neste caso o valor de a ≠ 0, 𝑙𝑜𝑔𝑜:
3m - 9 ≠ 0 → 3m ≠ 9 → m ≠ 3

02. Resposta: D.
Como as raízes foram dadas, para saber qual a equação:
x² - Sx +P=0, usando o método da soma e produto; S= duas raízes somadas resultam no valor
numérico de b; e P= duas raízes multiplicadas resultam no valor de c.

3 5
𝑆=1+ = =𝑏
2 2

. 138
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
3 3
𝑃=1∙ = = 𝑐 ; 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑖𝑛𝑑𝑜
2 2
5 3
𝑥2 − 𝑥 + = 0
2 2

2𝑥 2 − 5𝑥 + 3 = 0

03. Resposta: B.
x²-6x+8=0
∆= (−6)2 − 4.1.8 ⇒ 36 − 32 = 4

−(−6)±√4 6±2
𝑥= ⇒𝑥=
2.1 2

6+2
𝑥1 = 2
=4

6−2
𝑥2 = 2
=2

Dobro da menor raiz: 22=4

04. Resposta: A.
1−𝑥
𝑥=
𝑥

x² = 1-x
x² + x -1 =0
∆= (1)2 − 4.1. (−1) ⇒ ∆= 1 + 4 = 5
−1 ± √5
𝑥=
2
(−1 + 2,24)
𝑥1 = = 0,62
2
−1 − 2,24
𝑥2 = = −1,62 (𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑣é𝑚)
2
05. Resposta: B.
Hoje:
J = IR + 8 ( I )
J . IR = 153 ( II )
Substituir ( I ) em ( II ):
(IR + 8). IR = 153
IR² + 8.IR – 153 = 0 (Equação do 2º Grau)
𝛥 = 𝑏2 − 4𝑎𝑐
𝛥 = 82 − 4.1. (−153)
𝛥 = 64 + 612
𝛥 = 676

−𝑏±√𝛥
𝑥=
2𝑎

−8±√676 −8±26
𝑥= 2.1
= 2

−8+26 18
𝑥1 = 2
= 2
=9

−8−26 −34
𝑥2 = = = −17 (Não convém)
2 2

. 139
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
Portanto, hoje, as idades são 9 anos e 17 anos.
Daqui a 10 anos, serão 19 anos e 27 anos, cuja soma será 19 + 27 = 46 anos.

06. Resposta: B.
Lembrando que a fórmula pode ser escrita como :x²-Sx+P, temos que P(produto)=6 e se uma das
raízes é 6, a outra é 1.
Então a soma é 6+1=7
S=m=7

07. Resposta: C.
O discriminante é calculado por ∆ = 𝑏2 − 4𝑎𝑐
Antes, precisamos calcular a, b e c.
* Soma das raízes = – b / a
– b / a = 6 + (– 10)
– b / a = – 4 . (– 1)
b=4.a
Como foi dado que a + b = 5, temos que: a + 4.a = 5. Assim:
5.a = 5 e a = 1
*b=4.1=4
Falta calcular o valor de c:
* Produto das raízes = c / a
c / 1 = 6 . (– 10)
c = – 60
Por fim, vamos calcular o discriminante:
∆ = 𝑏2 − 4𝑎𝑐
∆ = 42 − 4.1. (−60) = 16 + 240 = 256

08. Resposta: B.
Chamando de (c o número de cadernos em cada pilha, e de ( p ) o número de pilhas, temos:
c = 2.p (I)
p.c = 98 (II)
Substituindo a equação (I) na equação (II), temos:
p.2p = 98
2.p² = 98
p² = 98 / 2
p = √49
p = 7 pilhas
Assim, temos 2.7 = 14 cadernos por pilha.

09. Resposta: D.
Primeiro temos que resolver a equação:
a = 1, b = - 27 e c = 182
∆ = b2 – 4.a.c
∆ = (-27)2 – 4.1.182
∆ = 729 – 728
∆=1

−𝑏±√∆ −(−27)±√1 27±1


𝑥= 2𝑎
= 2.1
= 2
→ x1 = 14 ou x2 = 13

O mmc entre x1 e x2 é o produto x1.x2

1 1 𝑥1 − 𝑥2 14 − 13 1
− = = =
𝑥2 𝑥1 𝑥2 . 𝑥1 14.13 182

10. Resposta: C.
−𝑏 𝑐
Vamos usar as fórmulas da soma e do produto: S = 𝑎
e P = 𝑎.

. 140
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(k – 2)x2 – 3kx + 1 = 0; a = k – 2, b = - 3k e c = 1

S=P
−𝑏 𝑐
𝑎
= 𝑎 → - b = c → -(-3k) = 1 → 3k = 1 → k = 1/3

SISTEMAS DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU

- Definição
Observe o raciocínio: João e José são colegas. Ao passarem por uma livraria, João resolveu comprar
2 cadernos e 3 livros e pagou por eles R$ 15,40, no total dos produtos. José gastou R$ 9,20 na compra
de 2 livros e 1 caderno. Os dois ficaram satisfeitos e foram para casa.
No dia seguinte, encontram um outro colega e falaram sobre suas compras, porém não se lembrava
do preço unitário dos livros. Sabiam, apenas que todos os livros, como todos os cadernos, tinham o
mesmo preço.
Bom, diante deste problema, será que existe algum modo de descobrir o preço de cada livro ou caderno
com as informações que temos?
Um sistema de equação do primeiro grau com duas incógnitas x e y, pode ser definido como um
conjunto formado por duas equações do primeiro grau. Lembrando que equação do primeiro grau é aquela
que em todas as incógnitas estão elevadas à potência 1.

Exemplos de sistemas:

{ Observe este símbolo. A matemática convencionou neste caso para indicar que duas ou mais
equações formam um sistema.

- Resolução de sistemas
Resolver um sistema significa encontrar um par de valores das incógnitas x e y que faça verdadeira
as equações que fazem parte do sistema.

Exemplos:
a) O par (4,3) pode ser a solução do sistema
x– y = 2
{
x + y = 6

Para saber se estes valores satisfazem ao sistema, basta substituir os valores em ambas as equações:
x– y = 2
{
x + y = 6

x-y=2 ; x+y=6
4–3=1 ;4+3=7
1 ≠ 2 (falso) 7 ≠ 6 (falso)
A resposta então é falsa. O par (4,3) não é a solução do sistema de equações acima.

b) O par (5,3) pode ser a solução do sistema


x– y = 2
{
x + y = 8

x–y=2

. 141
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
x+y=8
Para saber se estes valores satisfazem ao sistema, basta substituir os valores em ambas as equações:
x–y=2; x+y=8
5–3=2 ;5+3=8
2 = 2 (verdadeiro 8 = 8 (verdadeiro)
A resposta então é verdadeira. O par (5, 3) é a solução do sistema de equações acima.

- Métodos para solução de sistemas do 1º grau.

Método de substituição
Esse método de resolução de um sistema de 1º grau estabelece que “extrair” o valor de uma incógnita
é substituir esse valor na outra equação.
Observe:
x– y = 2
{
x + y = 4
Vamos escolher uma das equações para “extrair” o valor de uma das incógnitas, ou seja, estabelecer
o valor de acordo com a outra incógnita, desta forma:
x–y=2→x=2+y
Agora iremos substituir o “x” encontrado acima, na “x” da segunda equação do sistema:
x+y=4
(2 + y) + y = 4
2 + 2y = 4 → 2y = 4 – 2 → 2y = 2 → y = 1
Temos que: x = 2 + y, então
x=2+1
x=3
Assim, o par (3, 1) torna-se a solução verdadeira do sistema.

Método da adição
Este método de resolução de sistema do 1º grau consiste apenas em somas os termos das equações
fornecidas.
Observe:
x – y = −2
{
3x + y = 5
Neste caso de resolução, somam-se as equações dadas:
x – y = -2
3x + y = 5 +
4x = 3
x = 3/4
Veja nos cálculos que quando somamos as duas equações o termo “y” se anula. Isto tem que ocorrer
para que possamos achar o valor de “x”.
Agora, e quando ocorrer de somarmos as equações e os valores de “x” ou “y” não se anularem para
ficar somente uma incógnita?
Neste caso, é possível usar uma técnica de cálculo de multiplicação pelo valor excludente negativo.
Ex.:
3x + 2y = 4
{
2x + 3y = 1
Ao somarmos os termos acima, temos:
5x + 5y = 5, então para anularmos o “x” e encontramos o valor de “y”, fazemos o seguinte:
» multiplica-se a 1ª equação por +2
» multiplica-se a 2ª equação por – 3

Vamos calcular então:


3x + 2y = 4 (x +2)
2x + 3y = 1 (x -3)
6x +4y = 8
-6x - 9y = -3 +
-5y = 5
y = -1

. 142
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
Substituindo:
2x + 3y = 1
2x + 3.(-1) = 1
2x = 1 + 3
x=2

Verificando:
3x + 2y = 4 → 3.(2) + 2(-1) = 4 → 6 – 2 = 4
2x + 3y = 1 → 2.(2) + 3(-1) = 1 → 4 – 3 = 1

- Gráfico de um sistema do 1º grau

Dispondo de dois pontos, podemos representa-los graficamente em um plano cartesiano. A figura


formada por esses pontos é uma reta.
Exemplo:
Dado x + y = 4, vamos traçar o gráfico desta equação. Vamos atribuir valores a x e a y para
acharmos os pontos no gráfico.

Unindo os pontos traçamos a reta, que contém todos os pontos da equação. A essa reta damos o
nome de reta suporte.

Questões
01. (SABESP – APRENDIZ – FCC) Em uma gincana entre as três equipes de uma escola (amarela,
vermelha e branca), foram arrecadados 1 040 quilogramas de alimentos. A equipe amarela arrecadou 50
quilogramas a mais que a equipe vermelha e esta arrecadou 30 quilogramas a menos que a equipe
branca. A quantidade de alimentos arrecadada pela equipe vencedora foi, em quilogramas, igual a
(A) 310
(B) 320
(C) 330
(D) 350
(E) 370

. 143
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02. (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB) Os cidadãos que aderem voluntariamente à
Campanha Nacional de Desarmamento recebem valores de indenização entre R$150,00 e R$450,00 de
acordo com o tipo e calibre do armamento. Em uma determinada semana, a campanha arrecadou 30
armas e pagou indenizações somente de R$150,00 e R$450,00, num total de R$7.500,00.
Determine o total de indenizações pagas no valor de R$150,00.
(A) 20
(B) 25
(C) 22
(D) 24
(E) 18

03. (PREF. LAGOA DA CONFUSÃO/TO – ORIENTADOR SOCIAL – IDECAN) A razão entre a idade
de Cláudio e seu irmão Otávio é 3, e a soma de suas idades é 28. Então, a idade de Marcos que é igual
a diferença entre a idade de Cláudio e a idade de Otávio é
(A) 12.
(B) 13.
(C) 14.
(D) 15.
(E) 16.

04. (PREF. NEPOMUCENO/MG – PORTEIRO – CONSULPLAN) Numa adega encontram-se


armazenadas garrafas de vinho seco e suave num total de 300 garrafas, sendo que o número de garrafas
de vinho seco excede em 3 unidades o dobro do número de garrafas de vinho suave. Assim, a
porcentagem de garrafas de vinho seco dessa adega é igual a
(A) 60%.
(B) 63%.
(C) 65%.
(D) 67%.
(E) 70%.

05. (PETROBRAS - TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE JÚNIOR – CESGRANRIO)


Maria vende salgados e doces. Cada salgado custa R$2,00, e cada doce, R$1,50. Ontem ela faturou
R$95,00 vendendo doces e salgados, em um total de 55 unidades.
Quantos doces Maria vendeu?
(A) 20
(B) 25
(C) 30
(D) 35
(E) 40

06. (TRT 6ª – ANALISTA JUDICIÁRIO –ADMINISTRATIVA – FCC) Para fazer um trabalho, um


professor vai dividir os seus 86 alunos em 15 grupos, alguns formados por cinco, outros formados por
seis alunos. Dessa forma, sendo C o número de grupos formados por cinco e S o número de grupos
formados por seis alunos, o produto C⋅S será igual a
(A) 56.
(B) 54.
(C) 50.
(D) 44.
(E) 36.

07. (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO – FCC) Dos 56 funcionários de uma agência bancária,
alguns decidiram contribuir com uma lista beneficente. Contribuíram 2 a cada 3 mulheres, e 1 a cada 4
homens, totalizando 24 pessoas.
A razão do número de funcionárias mulheres para o número de funcionários homens dessa agência
é de
(A) 3 para 4.
(B) 2 para 3.
(C) 1 para 2.
(D) 3 para 2.
(E) 4 para 5.

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1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
08. (SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILIDADE – FCC) Em um campeonato de futebol,
as equipes recebem, em cada jogo, três pontos por vitória, um ponto em caso de empate e nenhum ponto
se forem derrotadas. Após disputar 30 partidas, uma das equipes desse campeonato havia perdido
apenas dois jogos e acumulado 58 pontos. O número de vitórias que essa equipe conquistou, nessas 30
partidas, é igual a
(A) 12
(B) 14
(C) 16
(D) 13
(E) 15

09. (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP) Uma empresa comprou um


determinado número de folhas de papel sulfite, embaladas em pacotes de mesma quantidade para
facilitar a sua distribuição entre os diversos setores.
Todo o material deverá ser entregue pelo fornecedor acondicionado em caixas, sem que haja sobras.
Se o fornecedor colocar 25 pacotes por caixa, usará 16 caixas a mais do que se colocar 30 pacotes por
caixa. O número total de pacotes comprados, nessa encomenda, foi
(A) 2200.
(B) 2000.
(C) 1800.
(D )2400.
(E) 2500.

10. SEAP – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PENITENCIÁRIA – VUNESP) A razão entre o


número de litros de óleo de milho e o número de litros de óleo de soja vendidos por uma mercearia, nessa
ordem, foi de 5/7. Se o número total de litros de óleo vendidos (soja + milho) foi 288, então o número de
litros de óleo de soja vendidos foi
(A) 170.
(B) 176.
(C) 174.
(D) 168.
(E) 172.
Respostas
01. Resposta: E.
Amarela: x
Vermelha: y
Branca: z
x = y + 50
y = z - 30
z = y + 30
𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 1040
{ 𝑥 = 𝑦 + 50
𝑧 = 𝑦 + 30
Substituindo a II e a III equação na I:
𝑦 + 50 + 𝑦 + 𝑦 + 30 = 1040
3𝑦 = 1040 − 80
y = 320
Substituindo na equação II
x = 320 + 50 = 370
z=320+30=350
A equipe que mais arrecadou foi a amarela com 370kg

02. Resposta: A.
Armas de R$150,00: x
Armas de R$450,00: y
150𝑥 + 450𝑦 = 7500
{
𝑥 + 𝑦 = 30
x = 30 – y
Substituindo na 1ª equação:

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1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
150(30 − 𝑦) + 450𝑦 = 7500
4500 − 150𝑦 + 450𝑦 = 7500
300𝑦 = 3000
𝑦 = 10
𝑥 = 30 − 10 = 20
O total de indenizações foi de 20.

03. Resposta: C.
Cláudio :x
Otávio: y
𝑥
𝑦
=3
𝑥 = 3𝑦
{
𝑥 + 𝑦 = 28
𝑥 + 𝑦 = 28
3y + y = 28
4y = 28
y = 7 x = 21
Marcos: x – y = 21 – 7 = 14

04. Resposta: D.
Vinho seco: x
Vinho suave: y
𝑥 + 𝑦 = 300 (𝐼)
{
𝑥 = 2𝑦 + 3 (𝐼𝐼 )
Substituindo II em I
2y + 3 + y = 300
3y = 297
y = 99
x = 201
300------100%
201-----x
x = 67%
05. Resposta: C.
Doces: x
Salgados: y
𝑥 + 𝑦 = 55
{
1,5𝑥 + 2𝑦 = 95
Resolvendo pelo método da adição, vamos multiplicar todos os termos da 1ª equação por -1,5:
−1,5𝑥 − 1,5𝑦 = −82,5
{
1,5𝑥 + 2𝑦 = 95
Assim temos:
0,5𝑦 = 12,5
𝑦 = 25 ∴ 𝑥 = 30
Ela vendeu 30 doces

06. Resposta: D.
5𝐶 + 6𝑆 = 86
{
𝐶 + 𝑆 = 15
C = 15 – S
Substituindo na primeira equação:
5(15 – S) + 6S = 86
75 – 5S + 6S = 86
S = 11
C = 15 – 11 = 4
𝐶 ∙ 𝑆 = 4 ∙ 11 = 44

07. Resposta: A.
Mulheres: x

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Homens: y

2
𝑥 + 𝑦 = 56 (. − )
{ 3
2 1
𝑥 + 𝑦 = 24
3 4
2 2 112
− 𝑥− 𝑦=−
{ 3 3 3
2 1
𝑥 + 𝑦 = 24
3 4
Somando as duas equações:

2 1 112
− 𝑦+ 𝑦=− + 24
3 4 3

mmc(3,4) = 12

−8𝑦 + 3𝑦 = −448 + 288


-5y = - 160
y = 32
x = 24
razão de mulheres pra homens:
24 3
=
32 4

08. Resposta: E.
Vitórias: x
Empate: y
Derrotas: 2
Pelo método da adição temos:
𝑥 + 𝑦 + 2 = 30. (−1)
{
3𝑥 + 𝑦 = 58
−𝑥 − 𝑦 = −28
{
3𝑥 + 𝑦 = 58

2x = 30
x = 15

09. Resposta: D.
Total de pacotes: x
Caixas: y
𝑥
= 𝑦 + 16
25

25𝑦 + 400 = 𝑥
𝑥
=𝑦
30
𝑥 = 30𝑦

25𝑦 − 𝑥 = −400
{
𝑥 = 30𝑦
Substituindo:
25𝑦 − 30𝑦 = −400
−5𝑦 = −400
𝑦 = 80
𝑥 = 30 ∙ 80 = 2400

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1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
10. Resposta: D.
Óleo de milho: M
Óleo de soja: S

𝑀 5
= 7𝑀 = 5𝑆
𝑆 7
𝑀 + 𝑆 = 288 . (−7)
{
7𝑀 − 5𝑆 = 0
−7𝑀 − 7𝑆 = −2016
{
7𝑀 − 5𝑆 = 0

−12𝑆 = −2016
𝑆 = 168

SISTEMAS DE EQUAÇÕES DO 2º GRAU

Precisamos antes de resolvermos, interpretarmos minuciosamente cada questão e depois equacioná-


las de forma a transcrever o texto em linguagem matemática.
Utilizamos o mesmo princípio da resolução dos sistemas de 1º grau, por adição, substituições, etc.
Uma sequência prática para acharmos sua solução é:
- Estabelecer o sistema de equações que traduzam o problema para a linguagem matemática;
- Resolver o sistema de equações;
- Interpretar as raízes encontradas, verificando se são compatíveis com os dados do problema.

Exemplo:
Com uma corda de 10 m de comprimento, Pedro deseja cercar uma área retangular de 4 m². Quais as
medidas dos lados desse retângulo?

Temos:
Comprimento: x
Largura: y

Deduzimos acima que seu perímetro é 10 → x + y + x + y = 10 ou 2x + 2y = 10 → x + y = 5 (dividindo


todos os termos por 2).
E sua área é 4, como a área do retângulo é dada por largura x comprimento, temos:
x.y = 4

Montando o sistema temos:

𝑥+𝑦 = 5
{ → (isolando x na 1ª equação) x = 5 – y, → (substituindo na 2ª equação) (5 – y) . y = 4
𝑥. 𝑦 = 4

Resolvendo:
5y – y2 = 4 → - y2 + 5y – 4 = 0.(.-1) → y2 – 5y + 4 =0 (Temos então uma equação do 2ª grau)

a = 1 ; b= -5 e c= 4

−𝑏 ± √𝑏2 − 4𝑎𝑐 −(−5) ± √(−5)2 − 4.1. (4) 5 ± √25 − 16


𝑥= →𝑥= →𝑥=
2𝑎 2.1 2

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5 ± √9 5−3 2 5+3 8
𝑥= ∴ 𝑥′ = = = 1 𝑒 𝑥" = = =4
2 2 2 2 2

Logo:
Se x = 1 → y=5-1 → y=4
Se x= 4 → y = 5 -4 → y = 1

Observando temos os valores 1 e 4, tanto para x como para y. Então as medidas dos lados são 1 e 4,
podendo x ou y assumirem os mesmos.
Fazendo a conferência temos:
x + y = 5 ∴ x.y = 4
4+1=5 4.1 = 4
5=5 4=4
O par ordenado (1,4) ou (4,1) satisfaz o sistema de equações.

Questões

01. (Prefeitura de São Paulo - SP - Guarda Civil Metropolitano - MS CONCURSOS) A soma entre
dois números positivos é 37. Se o produto entre eles é 330, então o valor da diferença entre o maior e o
menor número é:
(A) 7.
(B) 23.
(C) 61.
(D) 17.
(E) 49.

02. (Câmara Municipal de Catas Altas/MG - Técnico em Contabilidade – FUMARC) Marque, dentre
as alternativas abaixo, a que identifica os pontos comuns aos gráficos de y = x 2 + 2x e y = x + 2.
(A) (-2, 1) e (-1,3).
(B) (-2, 0) e (-1,3).
(C) (2,0) e (1,3).
(D) (-2,0) e (1,3).

03. (CPTM - Médico do trabalho – Makiyama) Sabe-se que o produto da idade de Miguel pela idade
de Lucas é 500. Miguel é 5 anos mais velho que Lucas. Qual a soma das idades de Miguel e Lucas?
(A) 40.
(B) 55.
(C) 65.
(D) 50.
(E) 45.

04. O produto de dois números inteiros e positivos é 10. O maior é igual ao dobro do menor mais 1.O
valor desse número é:
(A) 3 e 5
(B) 5 e 2
(C) 8 e 2
(D) 2 e 3
(E) 1 e 5

05. (TJ- FAURGS) Se a soma de dois números é igual a 10 e o seu produto é igual a 20, a soma de
seus quadrados é igual a:
(A) 30
(B) 40
(C) 50
(D) 60
(E) 80

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Respostas

01. Resposta: A.
Sendo x e y os dois números procurados:
x + y = 37 (I)
x.y = 330 (II)
isolando y na equação (I) temos x + y = 37 → y = 37 – x, substituindo na equação (II):
x.(37 – x) = 330
37x – x2 = 330
x2 – 37x + 330 = 0 , a = 1; b = - 37 e c = 330
∆ = b2 – 4.a.c
∆ = (- 37)2 – 4.1.330
∆ = 1369 – 1320
∆ = 49

−𝑏±√∆ −(−37)±√49 37±7


𝑥= 2.𝑎
→𝑥= 2.1
= 2

37+7 44 37−7 30
𝑥= 2
= 2
= 22 ou 𝑥 = 2
= 2
= 15

Se x = 22 → y = 37 – 22 = 15

22 – 15 = 7

02. Resposta: D.
Do enunciado y = x2 + 2x e y = x + 2, então:
x2 + 2x = x + 2
x2 + 2x – x – 2 = 0
x2 + x – 2 = 0, a = 1, b = 1 e c = - 2

∆= 𝑏2 − 4𝑎𝑐
∆= 12 − 4.1. (−2)
∆=1+8=9
−𝑏±√∆
𝑥=
2𝑎

−1±√9
𝑥= 2.1

−1±3 −1+3 −1−3


𝑥= 2
→𝑥= 2
= 1 ou 𝑥 = 2
= −2

Se x = 1 → y = 1 + 2 = 3 (1, 3)
Se x = - 2 → y = - 2 + 2 = 0 (-2, 0)

03. Resposta: E.
Sendo Miguel M e Lucas L:
M.L = 500 (I)
M = L + 5 (II)
substituindo II em I, temos:
(L + 5).L = 500
L2 + 5L – 500 = 0, a = 1, b = 5 e c = - 500

∆ = b2 – 4ac
∆ = 52 – 4.1.(- 500)
∆ = 25 + 2000
∆ = 2025

−𝑏±√∆
𝐿=
2𝑎

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−5±√2025 −5±45 −5+45 40 −5−45 −50
𝐿= 2.1
= 2 → 𝐿 = 2 = 2 = 20 ou 𝐿 = 2
= 2
= −25 esta não convém pois L (idade)
tem que ser positivo.
Então L = 20 → M.20 = 500 → m = 500 : 20 = 25
M + L = 25 + 20 = 45

04. Resposta: B.
Pelo enunciado temos:
𝑥. 𝑦 = 10
{ → (2y+1).y = 10 → 2y2+y -10 = 0 → a= 2 ; b = 1 e c = -10
𝑥 = 2𝑦 + 1

−𝑏 ± √𝑏2 − 4𝑎𝑐 −1 ± √(1)2 − 4.2. (−10) −1 ± √1 + 80


𝑦= →𝑦= →𝑦=
2𝑎 2.2 4
−1 ± 9 −1 − 9 −10 −1 + 9 8
𝑦= ∴ 𝑦1 = = = −2,5 𝑒 𝑦2 = = =2
4 4 4 4 4

Como são números positivos então descartamos o valor de y1


Substituindo:
Se y = 2 ; x = 2.2 +1 → x = 5
Os números são 5 e 2.

05. Resposta: D.
𝑥 + 𝑦 = 10
{
𝑥. 𝑦 = 20
Eu quero saber a soma de seus quadrados x 2 + y2
Vamos elevar o x + y ao quadrado:
(x + y)2 = (10)2 → x2 + 2xy + y2 = 100, como x . y=20 substituímos o valor :
x2 + 2.20 + y2 = 100 → x2 + 40 + y2 = 100 → x2 + y2 = 100 – 40 → x2 + y2 = 60

SEQUÊNCIAS

Podemos, no nosso dia-a-dia, estabelecer diversas sequências como, por exemplo, a sucessão de
cidades que temos numa viagem de automóvel entre Brasília e São Paulo ou a sucessão das datas de
aniversário dos alunos de uma determinada escola.
Podemos, também, adotar para essas sequências uma ordem numérica, ou seja, adotando a 1 para o
1º termo, a2 para o 2º termo até an para o n-ésimo termo. Dizemos que o termo a n é também chamado
termo geral das sequências, em que n é um número natural diferente de zero. Evidentemente, daremos
atenção ao estudo das sequências numéricas.
As sequências podem ser finitas, quando apresentam um último termo, ou, infinitas, quando não
apresentam um último termo. As sequências infinitas são indicadas por reticências no final.

Exemplos:
- Sequência dos números primos positivos: (2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, ...). Notemos que esta é uma
sequência infinita com a1 = 2; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 11; a6 = 13 etc.
- Sequência dos números ímpares positivos: (1, 3, 5, 7, 9, 11, ...). Notemos que esta é uma sequência
infinita com a1 = 1; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 9; a6 = 11 etc.
- Sequência dos algarismos do sistema decimal de numeração: (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). Notemos
que esta é uma sequência finita com a1 = 0; a2 = 1; a3 = 2; a4 = 3; a5 = 4; a6 = 5; a7 = 6; a8 = 7; a9 = 8; a10
= 9.

1. Igualdade
As sequências são apresentadas com os seus termos entre parênteses colocados de forma ordenada.
Sucessões que apresentarem os mesmos termos em ordem diferente serão consideradas sucessões
diferentes.
Duas sequências só poderão ser consideradas iguais se, e somente se, apresentarem os mesmos
termos, na mesma ordem.

Exemplo

. 151
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
A sequência (x, y, z, t) poderá ser considerada igual à sequência (5, 8, 15, 17) se, e somente se, x =
5; y = 8; z = 15; e t = 17.

Notemos que as sequências (0, 1, 2, 3, 4, 5) e (5, 4, 3, 2, 1, 0) são diferentes, pois, embora apresentem
os mesmos elementos, eles estão em ordem diferente.

2. Fórmula Termo Geral


Podemos apresentar uma sequência através de um determinado valor atribuído a cada termo a n em
função do valor de n, ou seja, dependendo da posição do termo. Esta fórmula que determina o valor do
termo an é chamada fórmula do termo geral da sucessão.

Exemplos:
- Determinar os cincos primeiros termos da sequência cujo termo geral é igual a:
an = n2 – 2n, com n ∈ N*.

Teremos:
- se n = 1 ⇒ a1 = 12 – 2. 1 ⇒ a1 = 1 – 2 = - 1
- se n = 2 ⇒ a2 = 22 – 2. 2 ⇒ a2 = 4 – 4 = 0
- se n = 3 ⇒ a3 = 32 – 2. 3 ⇒ a3 = 9 – 6 = 3
- se n = 4 ⇒ a4 = 42 – 4. 2 ⇒ a4 =16 – 8 = 8
- se n = 5 ⇒ a5 = 52 – 5. 2 ⇒ a5 = 25 – 10 = 15

- Determinar os cinco primeiros termos da sequência cujo termo geral é igual a:


an = 3n + 2, com n ∈ N*.

- se n = 1 ⇒ a1 = 3.1 + 2 ⇒ a1 = 3 + 2 = 5
- se n = 2 ⇒ a2 = 3.2 + 2 ⇒ a2 = 6 + 2 = 8
- se n = 3 ⇒ a3 = 3.3 + 2 ⇒ a3 = 9 + 2 = 11
- se n = 4 ⇒ a4 = 3.4 + 2 ⇒ a4 = 12 + 2 = 14
- se n = 5 ⇒ a5 = 3.5 + 2 ⇒ a5 = 15 + 2 = 17
- Determinar os termos a12 e a23 da sequência cujo termo geral é igual a:

an = 45 – 4n, com n ∈ N*.

Teremos:
- se n = 12 ⇒ a12 = 45 – 4.12 ⇒ a12 = 45 – 48 = - 3
- se n = 23 ⇒ a23 = 45 – 4.23 ⇒ a23 = 45 – 92 = - 47

3. Lei de Recorrências
Uma sequência pode ser definida quando oferecemos o valor do primeiro termo e um “caminho” (uma
fórmula) que permite a determinação de cada termo conhecendo-se o seu antecedente. Essa forma de
apresentação de uma sucessão é chamada lei de recorrências.

Exemplos:
- Escrever os cinco primeiros termos de uma sequência em que:
a1 = 3 e an+1 = 2an – 4, em que n ∈ N*.

Teremos: o primeiro termo já foi dado.


- a1 = 3
- se n = 1 ⇒ a1+1 = 2.a1 – 4 ⇒ a2 = 2.3 – 4 ⇒ a2 = 6 – 4 = 2
- se n = 2 ⇒ a2+1 = 2.a2 – 4 ⇒ a3 = 2.2 – 4 ⇒ a3 = 4 – 4 = 0
- se n = 3 ⇒ a3+1 = 2.a3 – 4 ⇒ a4 = 2.0 – 4 ⇒ a4 = 0 – 4 = - 4
- se n = 4 ⇒ a4+1 = 2.a4 – 4 ⇒ a5 = 2.(-4) – 4 ⇒ a5 = - 8 – 4 = - 12

- Determinar o termo a5 de uma sequência em que:


a1 = 12 e an+ 1 = an – 2, em que n ∈ N*.

- a1 = 12

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- se n = 1 ⇒ a1+1 = a1 – 2 ⇒ a2 = 12 – 2 ⇒ a2=10
- se n = 2 ⇒ a2+1 = a2 – 2 ⇒ a3 = 10 – 2 ⇒ a3 = 8
- se n = 3 ⇒ a3+1 = a3 – 2 ⇒ a4 = 8 – 2 ⇒ a4 = 6
- se n = 4 ⇒ a4+1 = a4 – 2 ⇒ a5 = 6 – 2 ⇒ a5 = 4

Observação 1
Devemos observar que a apresentação de uma sequência através do termo geral é mais pratica, visto
que podemos determinar um termo no “meio” da sequência sem a necessidade de determinarmos os
termos intermediários, como ocorre na apresentação da sequência através da lei de recorrências.

Observação 2
Algumas sequências não podem, pela sua forma “desorganizada” de se apresentarem, ser definidas
nem pela lei das recorrências, nem pela fórmula do termo geral. Um exemplo de uma sequência como
esta é a sucessão de números naturais primos que já “destruiu” todas as tentativas de se encontrar uma
fórmula geral para seus termos.

Observação 3
Em todo exercício de sequência em que n ∈ N*, o primeiro valor adotado é n = 1. No entanto de no
enunciado estiver n > 3, temos que o primeiro valor adotado é n = 4. Lembrando que n é sempre um
número natural.
A Matemática estuda dois tipos especiais de sequências, uma delas a Progressão Aritmética.

PROGRESSÃO ARITMÉTICA (P.A.)

Definição: é uma sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo termo, é igual ao termo
anterior somado com uma constante que é chamada de razão (r).
Como em qualquer sequência os termos são chamados de a 1, a2, a3, a4, ......., an, ....

Cálculo da razão: a razão de uma P.A. é dada pela diferença de um termo qualquer pelo termo
imediatamente anterior a ele.
r = a2 – a1 = a3 – a2 = a4 – a3 = a5 – a4 = .......... = an – an – 1
Exemplos:
- (5, 9, 13, 17, 21, 25, ......) é uma P.A. onde a1 = 5 e razão r = 4
- (2, 9, 16, 23, 30, …) é uma P.A. onde a 1 = 2 e razão r = 7
- (23, 21, 19, 17, 15, …) é uma P.A. onde a 1 = 23 e razão r = - 2.

Classificação: uma P.A. é classificada de acordo com a razão.

1- Se r > 0 ⇒ a P.A. é crescente.


2- Se r < 0 ⇒ a P.A. é decrescente.
3- Se r = 0 ⇒ a P.A. é constante.

Fórmula do Termo Geral


Em toda P.A., cada termo é o anterior somado com a razão, então temos:
1° termo: a1
2° termo: a2 = a1 + r
3° termo: a3 = a2 + r = a1 + r + r = a1 + 2r
4° termo: a4 = a3 + r = a1 + 2r + r = a1 + 3r
5° termo: a5 = a4 + r = a1 + 3r + r = a1 + 4r
6° termo: a6 = a5 + r = a1 + 4r + r = a1 + 5r
. . . . . .
. . . . . .
. . . . . .
n° termo é:

𝐚𝐧 = 𝐚𝟏 + (𝐧 − 𝟏). 𝐫

. 153
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
Fórmula da soma dos n primeiros termos

(𝐚𝟏 + 𝐚𝐧 ). 𝐧
𝐒𝐧 =
𝟐

Propriedades:
1- Numa P.A. a soma dos termos equidistantes dos extremos é igual à soma dos extremos.

Exemplo 1: (1, 3, 5, 7, 9, 11, ......)

Exemplo 2: (2, 8, 14, 20, 26, 32, 38, ......)

Como podemos observar neste exemplo, temos um número ímpar de termos. Neste caso sobrou um
termo no meio (20) que é chamado de termo médio e é igual a metade da soma dos extremos. Porém,
só existe termos médios se houver um número ímpar de termos.

2- Numa P.A. se tivermos três termos consecutivos, o termo médio é igual à média aritmética dos
a
anterior com o posterior. Ou seja, (a 1, a2, a3, ...) <==> a2 = 3 .
a1
Exemplo:

P.G. – PROGRESSÃO GEOMETRICA

Definição: é uma sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo termo, é igual ao termo
anterior multiplicado por uma constante que é chamada de razão (q).
Como em qualquer sequência os termos são chamados de a 1, a2, a3, a4, ......., an,...

Cálculo da razão: a razão de uma P.G. é dada pelo quociente de um termo qualquer pelo termo
imediatamente anterior a ele.
𝑎 𝑎 𝑎 𝑎
𝑞 = 𝑎2 = 𝑎3 = 𝑎4 = ⋯ … … … = 𝑎 𝑛
1 2 3 𝑛−1

Exemplos:
- (3, 6, 12, 24, 48, ...) é uma PG de primeiro termo a 1 = 3 e razão q = 2
−9 −9 1
- (-36, -18, -9, , ,...) é uma PG de primeiro termo a 1 = - 36 e razão q =
2 4 2
5 5 1
- (15, 5, 3, 9,...) é uma PG de primeiro termo a 1 = 15 e razão q = 3
- (- 2, - 6, -18, - 54, ...) é uma PG de primeiro termo a 1 = - 2 e razão q = 3
- (1, - 3, 9, - 27, 81, - 243, ...) é uma PG de primeiro termo a 1 = 1 e razão q = - 3
- (5, 5, 5, 5, 5, 5, ...) é uma PG de primeiro termo a 1 = 5 e razão q = 1
- (7, 0, 0, 0, 0, 0, ...) é uma PG de primeiro termo a 1 = 7 e razão q = 0

. 154
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
- (0, 0, 0, 0, 0, 0, ...) é uma PG de primeiro termo a 1 = 0 e razão q indeterminada

Classificação: uma P.G. é classificada de acordo com o primeiro termo e a razão.

1- Crescente: quando cada termo é maior que o anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando
a1 < 0 e 0 < q < 1.
2- Decrescente: quando cada termo é menor que o anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou
quando a1 < 0 e q > 1.
3- Alternante: quando cada termo apresenta sinal contrário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
4- Constante: quando todos os termos são iguais. Isto ocorre quando q = 1. Uma PG constante é
também uma PA de razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG estacionária.
5- Singular: quando zero é um dos seus termos. Isto ocorre quando a1 = 0 ou q = 0.

Fórmula do termo geral

Em toda P.G. cada termo é o anterior multiplicado pela razão, então temos:
1° termo: a1
2° termo: a2 = a1.q
3° termo: a3 = a2.q = a1.q.q = a1q2
4° termo: a4 = a3.q = a1.q2.q = a1.q3
5° termo: a5 = a4.q = a1.q3.q = a1.q4
. . . . .
. . . . .
. . . . .

n° termo é:

an = a1.qn – 1

Soma dos n primeiros termos

𝐚𝟏 . (𝐪𝐧 − 𝟏)
𝐒𝐧 =
𝐪−𝟏

Soma dos infinitos termos (ou Limite da soma)


Vamos ver um exemplo:
1
Seja a P.G. (2, 1, ½, ¼, 1/8, 1/16, 1/32, …) de a 1 = 2 e q = 2 se colocarmos na forma decimal, temos
(2; 1; 0,5; 0,25; 0,125; 0,0625; 0,03125; ….) se efetuarmos a somas destes termos:
2+1=3
3 + 0,5 = 3,5
3,5 + 0,25 = 3,75
3,75 + 0,125 = 3,875
3,875 + 0,0625 = 3,9375
3,9375 + 0,03125 = 3,96875
.
.
.
Como podemos observar o número somado vai ficando cada vez menor e a soma tende a um certo
limite. Então temos a seguinte fórmula:

𝐚𝟏
𝐒= → −𝟏 < 𝐪 < 𝟏
𝟏−𝐪

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1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
2 2
Utilizando no exemplo acima: 𝑆 = 1 = 1 = 4, logo dizemos que esta P.G. tem um limite que tenda a
1−
2 2
4.

Produto da soma de n termos

|𝐏𝐧 | = √(𝐚𝟏 . 𝐚𝐧 )𝐧

Temos as seguintes regras para o produto, já que esta fórmula está em módulo:
1- O produto de n números positivos é sempre positivo.
2- No produto de n números negativos:
a) se n é par: o produto é positivo.
b) se n é ímpar: o produto é negativo.

Propriedades
1- Numa P.G., com n termos, o produto de dois termos equidistantes dos extremos é igual ao produto
destes extremos.

Exemplos 1: (3, 6, 12, 24, 48, 96, 192, 384, ...)

Exemplo 2: (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, …)

- como podemos observar neste exemplo, temos um número ímpar de termos. Neste caso sobrou um
termo no meio (8) que é chamado de termo médio e é igual a raiz quadrada do produto dos extremos.
Porém, só existe termo médio se houver um número ímpar de termos.

2- Numa P.G. se tivermos três termos consecutivos, o termo médio é igual à média geométrica do
termo anterior com o termo posterior. Ou seja, (a 1, a2, a3, ...) <==> a2 = √a3 . a1 .

Exemplo:

Questões

01. (Pref. Amparo/SP – Agente Escolar – CONRIO) Descubra o 99º termo da P.A. (45, 48, 51, ...)
(A) 339
(B) 337
(C) 333
(D) 331

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02. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Uma sequência inicia-se com o
número 0,3. A partir do 2º termo, a regra de obtenção dos novos termos é o termo anterior menos 0,07.
Dessa maneira o número que corresponde à soma do 4º e do 7º termos dessa sequência é
(A) –6,7.
(B) 0,23.
(C) –3,1.
(D) –0,03.
(E) –0,23.

03. Os termos da sequência (10; 8; 11; 9; 12; 10; 13; …) obedecem a uma lei de formação. Se a n, em
que n pertence a N*, é o termo de ordem n dessa sequência, então a30 + a55 é igual a:
(A) 58
(B) 59
(C) 60
(D) 61
(E) 62

04. A soma dos elementos da sequência numérica infinita (3; 0,9; 0,09; 0,009; …) é:
(A) 3,1
(B) 3,9
(C) 3,99
(D) 3, 999
(E) 4

05. (EBSERH/ HUSM – UFSM/RS – Analista Administrativo – Administração – AOCP) Observe a


sequência:

1; 2; 4; 8;...

Qual é a soma do sexto termo com o oitavo termo?


(A) 192
(B) 184
(C) 160
(D) 128
(E) 64

06. (PREF. NEPOMUCENO/MG – TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO – CONSULPLAN)


O primeiro e o terceiro termos de uma progressão geométrica crescente são, respectivamente, 4 e 100.
A soma do segundo e quarto termos dessa sequência é igual a
(A) 210.
(B) 250.
(C) 360.
(D) 480.
(E) 520.

07. (TRF 3ª – Analista Judiciário - Informática – FCC) Um tabuleiro de xadrez possui 64 casas. Se
fosse possível colocar 1 grão de arroz na primeira casa, 4 grãos na segunda, 16 grãos na terceira, 64
grãos na quarta, 256 na quinta, e assim sucessivamente, o total de grãos de arroz que deveria ser
colocado na 64ª casa desse tabuleiro seria igual a
(A) 264.
(B) 2126.
(C) 266.
(D) 2128.
(E) 2256.

08. (Polícia Militar/SP – Aluno – Oficial – VUNESP) Planejando uma operação de policiamento
ostensivo, um oficial desenhou em um mapa três círculos concêntricos de centro P, conforme mostrado
na figura.

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1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
Sabe-se que as medidas dos raios r, r1 e r2 estão, nessa ordem, em progressão geométrica. Se r + r1
+ r2 = 52 cm, e r . r2 = 144 cm, então r + r2 é igual, em centímetros, a
(A) 36.
(B) 38.
(C) 39.
(D) 40.
(E) 42.

09. (EBSERH/HU-UFGD – Técnico em Informática – AOCP) Observe a sequência numérica a seguir:


11; 15; 19; 23;...
Qual é o sétimo termo desta sequência?
(A) 27.
(B) 31.
(C) 35.
(D) 37.
(E) 39

10. (METRÔ/SP – USINADOR FERRAMENTEIRO – FCC) O setor de almoxarifado do Metrô necessita


numerar peças de 1 até 100 com adesivos. Cada adesivo utilizado no processo tem um único algarismo
de 0 a 9. Por exemplo, para fazer a numeração da peça número 100 são gastos três adesivos (um
algarismo 1 e dois algarismos 0). Sendo assim, o total de algarismos 9 que serão usados no processo
completo de numeração das peças é igual a
(A) 20.
(B) 10.
(C) 19.
(D) 18.
(E) 9.

11. (MPE/AM – AGENTE DE APOIO- ADMINISTRATIVO – FCC) Considere a sequência numérica


formada pelos números inteiros positivos que são divisíveis por 4, cujos oito primeiros elementos são
dados a seguir. (4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32,...)
O último algarismo do 234º elemento dessa sequência é
(A) 0
(B) 2
(C) 4
(D) 6
(E) 8

Respostas

01. Resposta: A.
r = 48 – 45 = 3
𝑎1 = 45
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
𝑎99 = 45 + 98 ∙ 3 = 339

02. Resposta: D.

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1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
𝑎𝑛 = 𝑎1 − (𝑛 − 1)𝑟
𝑎4 = 0,3 − 3.0,07 = 0,09
𝑎7 = 0,3 − 6.0,07 = −0,12
𝑆 = 𝑎4 + 𝑎7 = 0,09 − 0,12 = −0,03

03. Resposta: B.
Primeiro, observe que os termos ímpares da sequência é uma PA de razão 1 e primeiro termo 10 -
(10; 11; 12; 13; …). Da mesma forma os termos pares é uma PA de razão 1 e primeiro termo igual a 8 -
(8; 9; 10; 11; …).
Assim, as duas PA têm como termo geral o seguinte formato:
(1) ai = a1 + (i - 1).1 = a1 + i – 1
Para determinar a30 + a55 precisamos estabelecer a regra geral de formação da sequência, que está
intrinsecamente relacionada às duas progressões da seguinte forma:
- Se n (índice da sucessão) é ímpar temos que n = 2i - 1, ou seja, i = (n + 1)/2;
- Se n é par temos n = 2i ou i = n/2.
Daqui e de (1) obtemos que:
an = 10 + [(n + 1)/2] - 1 se n é ímpar
an = 8 + (n/2) - 1 se n é par
Logo:
a30 = 8 + (30/2) - 1 = 8 + 15 - 1 = 22 e
a55 = 10 + [(55 + 1)/2] - 1 = 37
E, portanto:
a30 + a55 = 22 + 37 = 59.

04. Resposta: E.
Sejam S as somas dos elementos da sequência e S 1 a soma da PG infinita (0,9; 0,09; 0,009; …) de
razão q = 0,09/0,9 = 0,1. Assim:
S = 3 + S1
Como -1 < q < 1 podemos aplicar a fórmula da soma de uma PG infinita para obter S 1:
S1 = 0,9/(1 - 0,1) = 0,9/0,9 = 1 → S = 3 + 1 = 4

05. Resposta: C.
Esta sequência é do tipo 𝑎𝑛 = 2𝑛−1 .
Assim:
𝑎6 = 26−1 = 25 = 32
𝑎8 = 28−1 = 27 = 128
A soma fica: 32 + 128 = 160.

06. Resposta: E.
𝑎𝑛 = 𝑎1 ∙ 𝑞𝑛−1
𝑎3 = 𝑎1 ∙ 𝑞2
100 = 4 ∙ 𝑞2
𝑞2 = 25
𝑞=5
𝑎2 = 𝑎1 ∙ 𝑞 = 4 ∙ 5 = 20
𝑎4 = 𝑎3 ∙ 𝑞 = 100 ∙ 5 = 500
𝑎2 + 𝑎4 = 20 + 500 = 520

07. Resposta: B.
Pelos valores apresentados, é uma PG de razão 4
A64 = ?
a1 = 1
q=4
n = 64
𝑎𝑛 = 𝑎1 ∙ 𝑞𝑛−1

𝑎𝑛 = 1 ∙ 463 = (22 )63 = 2126

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08. Resposta: D.
𝑟1 𝑟2
Se estão em Progressão Geométrica, então: 𝑟
= 𝑟1
, ou seja, 𝑟1 . 𝑟1 = 𝑟 . 𝑟2 .
2
Assim: 𝑟1 = 144
𝑟1 = √144 = 12 𝑐𝑚
Sabemos que r + r1 + r2 = 52. Assim:
𝑟 + 12 + 𝑟2 = 52
𝑟 + 𝑟2 = 52 − 12
𝑟 + 𝑟2 = 40

09. Resposta: C.
Trata-se de uma Progressão Aritmética, cuja fórmula do termo geral é
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1). 𝑟
𝑛 = 7; 𝑎1 = 11; 𝑟 = 15 − 11 = 4
Assim, 𝑎7 = 11 + (7 − 1). 4 = 11 + 6.4 = 11 + 24 = 35

10. Resposta: A.
99 = 9 + (𝑛 − 1)10
10𝑛 − 10 + 9 = 99
𝑛 = 10
Vamos tirar o 99 pra ser contato a parte: 10-1=9
99 = 90 + (𝑛 − 1)
𝑛 = 99 − 90 + 1 = 10
São 19 números que possuem o algarismo 9, mas o 99 possui 2
19+1=20

11. Resposta: D.
r=4
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
𝑎234 = 4 + 233 ∙ 4 = 936
Portanto, o último algarismo é 6.
RELAÇÃO

Plano Cartesiano Ortogonal de Coordenadas


Foi criado por René Descartes, ao qual consiste em dois eixos perpendiculares:
1 - Horizontal denominado eixo das abscissas e
2 - Vertical denominado eixo das ordenadas.

Tem como objetivo localizarmos pontos determinados em um determinado espaço. Além do mais, o
plano cartesiano foi dividido em quadrantes aos quais apresentam as seguintes propriedades em relação
ao par ordenado (x, y) ou (a, b).

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1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
Par Ordenado
Quando representamos o conjunto (a, b) ou (b, a) estamos, na verdade, representando o mesmo
conjunto, sem nos preocuparmos com a ordem dos elementos. Porém, em alguns casos, é conveniente
distinguir a ordem destes elementos.
Para isso, usamos a ideia de par ordenado que é conjunto formado por dois elementos, onde o
primeiro é a ou x e o segundo é b ou y.

Propriedade
Dois pares ordenados (x, y) = (w, z) são iguais se e somente se, x = w e y = z

Exemplos:
1) (a,b) = (2,5) → a = 2 e b = 5.
2) (a + 1,6) = (5,2b) → a + 1 = 5 e 6 = 2b → a = 5 -1 e b = 6/2 → a = 4 e b = 3.

Gráfico cartesiano do par ordenado


Todo par ordenado de números reais pode ser representado por um ponto no plano cartesiano.

Temos que:
- P é o ponto de coordenadas a e b;
- o número a é chamado de abscissa de P;
- o número b é chamado ordenada de P;
- a origem do sistema é o ponto O (0,0).

Vejamos a representação dos pontos abaixo:

A (4,3)
B (1,2)
C (-2,4)
D (-3,-4)
E (3,-3)
F (-4,0)
G (0,-2)

Produto Cartesiano
Dados dois conjuntos A e B, chamamos de produto cartesiano A x B ao conjunto de todos os possíveis
pares ordenados, de tal maneira que o 1º elemento pertença ao 1º conjunto (A) e o 2º elemento pertença
ao 2º conjunto (B).

𝐀 𝐱 𝐁 = {(𝐱, 𝐲)|𝐱 ∈ 𝐀 𝐞 𝐲 ∈ 𝐁}

Quando o produto cartesiano for efetuado entre o conjunto A e o conjunto A, podemos representar A
x A = A2. Vejamos, por meio de o exemplo a seguir, as formas de apresentação do produto cartesiano.

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Exemplo
Sejam A = {2,3,4} e B = {3,5}. Podemos efetuar o produto cartesiano A x B, também chamado A
cartesiano B, e apresentá-lo de várias formas.

a) Listagem dos elementos


Apresentamos o produto cartesiano por meio da listagem, quando escrevemos todos os pares
ordenados que constituam o conjunto. Assim, no exemplo dado, teremos:

A x B = {(2,3),(2,5),(3,3),(3,5),(4,3),(4,5)}

Vamos aproveitar os mesmo conjuntos A e B e efetuar o produto B e A (B cartesiano A):


B x A = {(3,2),(3,3),(3,4),(5,2),(5,3),(5,4)}.

Observando A x B e B x A, podemos notar que o produto cartesiano não tem o privilégio da propriedade
comutativa, ou seja, A x B é diferente de B x A. Só teremos a igualdade A x B = B x A quando A e B forem
conjuntos iguais.

Observação: Considerando que para cada elemento do conjunto A o número de pares ordenados
obtidos é igual ao número de elementos do conjunto B, teremos: n (A x B) = n(A) x n(B).
No nosso exemplo temos: n (A x B) = n (A) x n (B) = 3 x 2 = 6

b) Diagrama de flechas
Apresentamos o produto cartesiano por meio do diagrama de flechas, quando representamos cada um
dos conjuntos no diagrama de Euler-Venn, e os pares ordenados por “flechas” que partem do 1º elemento
do par ordenado (no 1º conjunto) e chegam ao 2º elemento do par ordenado (no 2º conjunto).
Considerando os conjuntos A e B do nosso exemplo, o produto cartesiano A x B fica assim
representado no diagrama de flechas:

c) Plano cartesiano
Apresentamos o produto cartesiano, no plano cartesiano, quando representamos o 1º conjunto num
eixo horizontal, e o 2º conjunto num eixo vertical de mesma origem e, por meio de pontos, marcamos os
elementos desses conjuntos. Em cada um dos pontos que representam os elementos passamos retas
(horizontais ou verticais). Nos cruzamentos dessas retas, teremos pontos que estarão representando, no
plano cartesiano, cada um dos pares ordenados do conjunto A cartesiano B (B x A).

Noção de Relação
Dado os conjuntos A = {4,5,6} e B = {5,6,7,8}, temos:
A x B = {(4,5), (4,6), (4,7), (4,8), (5,5), (5,6), (5,7), (5,8), (6,5), (6,6), (6,7), (6,8)}

Destacando o conjunto A x B, por exemplo, o conjunto R formado pelos pares (x,y) que satisfaçam a
seguinte lei de formação: x + y = 10, ou seja:

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R = {(x,y) ϵ A x B| x + y = 10}
Vamos montar uma tabela para facilitar os cálculos.

x 4 4 4 4 5 5 5 5 6 6 6 6
y 5 6 7 8 5 6 7 8 5 6 7 8
x + y 9 10 11 12 10 11 12 13 11 12 13 14

Destacamos os pares que satisfazem a lei de formação:


R = {(4,6), (5,5)}, podemos com isso observar que R ⊂ A x B.

Dados dois conjuntos A e B, chama-se relação de A em B qualquer subconjunto de A x B, isto é:

R é uma relação de A em B ↔ R ⊂ A x B

Noção de Função
Dados os conjuntos A = {4,5,6} e B = {5,6,7,8}, considerando o conjunto de pares (x,y), tais que x ϵ A
e y ϵ B.
Qualquer um desses conjuntos é chamado relação de A em B, mas se cada elemento dessa relação
associar cada elemento de A um único elemento de B, dizemos que ela é uma função de A em B.
Vale ressaltar que toda função é uma relação, mas nem toda relação é uma função.

Analisemos através dos diagramas de Venn.

Todos os elementos de A tem um único correspondente em


B, mesmo que existam elementos de B que sofram mais de uma
correspondência dos elementos de A.
Logo é função.

Existe um elemento em A não tem correspondência em B, logo:


Não é função.

Todos os elementos de A tem um único correspondente em B.


Logo é função.

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Existe elemento do conjunto A que se corresponde mais de uma
vez com o de B, logo:
Não é função.

Todos os elementos de A se correspondem com um único em


B; mesmo que sobrem elementos em B que não sofram
correspondência.
Logo é função.

Analisemos agora através dos gráficos:

Se observamos o gráfico, cada elemento de x, tem um único


correspondente em y.
Logo é função.

Observe que existem elementos de x


que tem mais de um correspondente em
y. Logo não é função.

Um jeito prático de descobrirmos se o gráfico apresentado é ou não função,


é traçarmos retas paralelas ao eixo do y e se verificarmos se no eixo do x
existem elementos com mais de uma correspondência, aí podemos dizer se é
ou não uma função, conforme os exemplos acima.

Elementos da função
Como já vimos nos conceitos acima, temos que dado dois conjuntos não vazios A e B chamamos de
função a relação que associa a cada elemento de x (ou a) de A um único elemento y (ou b) de B,
conhecida também como função de A em B.
Na figura abaixo está ilustrado os elementos de uma função.

Pelo diagrama de Venn:

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Representado no gráfico:

- Ao conjunto A dá-se o nome de domínio, ou conjunto partida, representado pela letra D.


Logo, D(f) = A.
- Ao conjunto B dá-se o nome de contradomínio, ou conjunto chegada, representado pelas letras CD
ou somente C. Logo, CD(f) = B ou C(f) = B.
- A cada elemento y de B que está associado a um x de A, denominamos imagem de x. Logo, y = f(x).
(Lê-se: y é igual a f de x).
- Ao conjunto dos elementos y de B, que são imagens dos elementos x de A dos elementos x de A,
dá-se o nome de conjunto imagem ou apenas imagem, representado por Im ou Im(f). Têm:-se que Im ⊂
B.

A notação para representar função é dada por:

Exemplo:
Dado A = {-2, -1, 0, 1, 2} vamos determinar o conjunto imagem da função f:A→ R, definida por f(x) =
x+3.
Vamos pegar cada elemento do conjunto A, aplicarmos a lei de associação e acharmos a imagem
deste conjunto.
F(-2) = -2 + 3 = 1
F(-1) = -1 + 3 = 2
F(0) = 0 + 3 = 3
F(1) = 1 + 3 = 4
F(2) = 2 + 3 = 5

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Domínio de uma função real de variável real
Para definirmos uma função precisamos conhecer dois conjuntos (não vazios) A e B e a lei que associa
cada elemento x de A um único elemento y de B. Para nosso caso vamos considerar A e B sendo
subconjuntos de R e diremos que f é uma função real de variável real.
O conjunto A, domínio da função f, será formado por todos os elementos do conjunto real de x, para
os quais as operações indicadas na lei de associação sejam possíveis em R.

Exemplos:
1) y = x2 + 3x
Vamos substituir x por qualquer número real obtermos para y um valor real. Logo D(f) = R.
1
2) 𝑦 = 𝑥
Neste caso como o nosso denominador não pode ser igual a zero, temos que D(f) = R*
𝒙
3) 𝒇(𝒙) = 𝒙−𝟐

Como sabemos que o denominador tem que ser diferente de zero, logo x – 2 ≠ 0  x ≠ 2.
D(f) = R – {2} ou D(f) = {x ϵ R| x ≠ 2}

FUNÇÃO DO 1º GRAU OU FUNÇÃO AFIM OU POLINOMIAL DO 1º GRAU

Recebe ou é conhecida por um desses nomes, sendo por definição: Toda função f: R → R, definida
por:

Com a ϵ R* e b ϵ R.

O domínio e o contradomínio é o conjunto dos números reais (R) e o conjunto imagem coincide com o
contradomínio, Im = R.
Quando b = 0, chamamos de função linear.

Gráfico de uma função


Dada a função y = 2x + 3 (a = 2 > 0). Vamos montar o gráfico dessa função.
Para montarmos o gráfico vamos atribuir valores a x para acharmos y.

x y (x,y)
0 y = 2 .0 + 3 = 3 (0,3)
-2 y = 2 . (-2) + 3 = - 4 + 3 = -1 (-2,-1)
-1 y = 2 .(-1) + 3 = -2 + 3 = 1 (-1,1)

Vamos construir o gráfico no plano cartesiano

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Observe que a reta de
uma função afim é sempre
uma reta.
E como a > 0 ela é função
crescente, que veremos
mais à frente

Vejamos outro exemplo: f(x) = –x + 1. Montando o gráfico temos:

Observe que a < 0, logo


é uma função
decrescente.

Tipos de Função

Função constante: é toda função definida f: R → R, para cada elemento de x, temos a mesma
imagem, ou seja, o mesmo f(x) = y. Podemos dizer que y = f(x) = k.

Observe os gráficos abaixo da função constante

A representação gráfica de uma função do constante, é uma reta paralela ao eixo das abscissas ou
sobre o eixo (igual ao eixo abscissas).

Função Identidade
Se a = 1 e b = 0, então y = x. Quando temos este caso chamamos a função de identidade, notamos
que os valores de x e y são iguais, quando a reta corta os quadrantes ímpares e y = - x, quando corta
os quadrantes pares.
A reta que representa a função identidade é denominada de bissetriz dos quadrantes ímpares:

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E no caso abaixo a reta é a bissetriz dos quadrantes pares.

Função Injetora: Quando para n elementos distintos do domínio apresentam imagens também
distintas no contradomínio.

Reconhecemos, graficamente, uma função injetora quando, uma reta horizontal, qualquer que seja
interceptar o gráfico da função, uma única vez.

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Se traçarmos retas horizontais, paralelas ao
eixo x, notaremos que o mesmo cortará a reta
formada pela função em um único ponto (o
que representa uma imagem distinta), logo
concluímos que se trata de uma função injetora.

Função Sobrejetora: Quando todos os elementos do contradomínio forem imagens de pelo menos
um elemento do domínio.

Reconhecemos, graficamente, uma função sobrejetora quando, qualquer que seja a reta horizontal
que interceptar o eixo no contradomínio, interceptar, também, pelo menos uma vez o gráfico da função.

Observe que todos os elementos do


contradomínio tem um correspondente
em x. Logo é sobrejetora.
Im(f) = B

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Observe que nem todos os
elementos do contradomínio tem um
correspondente em x. Logo não é
sobrejetora.
Im(f) ≠ B

Função Bijetora: uma função é dita bijetora quando é injetora e sobrejetora ao mesmo tempo.

Exemplo:
A função f : [1; 3] → [3; 5], definida por f(x) = x + 2, é uma função bijetora.

Função Ímpar e Função Par


Dizemos que uma função é par quando para todo elemento x pertencente ao domínio temos 𝑓(𝑥) =
𝑓 (−𝑥), ∀ 𝑥 ∈ 𝐷 (𝑓). Ou seja os valores simétricos devem possuir a mesma imagem. Par melhor
compreensão observe o diagrama abaixo:

A função é dita ímpar quando para todo elemento x pertencente ao domínio, temos f(-x) = -f(x) ∀ x є
D(f). Ou seja os elementos simétricos do domínio terão imagens simétricas. Observe o diagrama abaixo:

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Função crescente e decrescente
A função pode ser classificada de acordo com o valor do coeficiente a (coeficiente angular da reta),
se a > 0, a função é crescente, caso a < 0, a função é decrescente. A função é caracterizada por uma
reta.

Observe que medida que os


valores de x aumentam, os
valores de y ou f(x) também
aumentam.

Observe que medida que os


valores de x aumentam, os
valores de y ou f(x) diminuem.

Através do gráfico da função notamos que:


-Para função é crescente o ângulo formado entre a reta da função e o eixo
x (horizontal) é agudo (< 90º) e
- Para função decrescente o ângulo formado é obtuso (> 90º).

Zero ou Raiz da Função


Chama-se zero ou raiz da função y = ax + b, o valor de x que anula a função, isto é, o valor de x para
que y ou f(x) seja igual à zero.

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Para achar o zero da função y = ax + b, basta igualarmos y ou f(x) a valor de zero, então assim teremos
uma equação do 1º grau, ax + b = 0.

Exemplo:
Determinar o zero da função:
f(x) = x + 3
Igualamos f(x) = 0 → 0 = x + 3 → x = -3

Graficamente temos:

No plano cartesiano, o zero da função é representado pela abscissa do ponto onde a reta corta o eixo
x.
Observe que a reta f(x) = x+3 intercepta o eixo x no ponto (-3,0), ou seja, no ponto de abscissa -3,
que é o zero da função. Observamos que como a > 0, temos que a função é crescente.
Partindo equação ax + b = 0 podemos também escrever de forma simplificada uma outra maneira de
acharmos a raiz da função utilizando apenas os valores de a e b.

−𝒃
𝒂𝒙 + 𝒃 = 𝟎 → 𝒂𝒙 = −𝒃 → 𝒙 =
𝒂
Podemos expressar a fórmula acima graficamente:

Estudo do sinal da função


Estudar o sinal da função y = ax + b é determinar os valores reais de x para que:
- A função se anule (y = 0);
- A função seja positiva (y > 0);
- A função seja negativa (y < 0).

Vejamos abaixo o estudo do sinal:

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Se a > 0 (função
crescente)
−𝑏
𝑥< →𝑦<0
𝑎
−𝑏
𝑥> →𝑦>0
𝑎

Se a < 0 (função
decrescente)
−𝑏
𝑥< →𝑦>0
𝑎
−𝑏
𝑥> →𝑦<0
𝑎

Exemplo:
Estudar o sinal da função y = 2x – 4 (a = 2 > 0).
1) Qual o valor de x que anula a função?
y=0
2x – 4 = 0
2x = 4
4
x=
2
x=2
A função se anula para x = 2.

2) Quais valores de x tornam positiva a função?


y>0
2x – 4 > 0
2x > 4
4
x>
2
x>2
A função é positiva para todo x real maior que 2.

3) Quais valores de x tornam negativa a função?


y<0
2x – 4 < 0
2x < 4
4
x<
2

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x<2
A função é negativa para todo x real menor que 2.

Podemos também estudar o sinal da função por meio de seu gráfico:

- Para x = 2 temos y = 0;
- Para x > 2 temos y > 0;
- Para x < 2 temos y < 0.

Referências
BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática Volume 1 – Editora Moderna
FACCHINI, Walter – Matemática Volume Único – 1ª Edição - Editora Saraiva:1996

Questões

01. (MPE/SP – Geógrafo – VUNESP) O gráfico apresenta informações do lucro, em reais, sobre a
venda de uma quantidade, em centenas, de um produto em um hipermercado.

Sabendo-se que é constante a razão entre a variação do lucro e a variação da quantidade vendida e
que se pretende ter um lucro total não menor que R$ 90.500,00 em 10 dias de venda desse produto,
então a média diária de unidades que deverão ser vendidas, nesse período, deverá ser, no mínimo, de:
(A) 8 900.
(B) 8 950.
(C) 9 000.
(D) 9 050.
(E) 9 150.

02. (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYAMA) Em determinado estacionamento cobra-se


R$ 3,00 por hora que o veículo permanece estacionado. Além disso, uma taxa fixa de R$ 2,50 é somada
à tarifa final. Seja t o número de horas que um veículo permanece estacionado e T a tarifa final, assinale
a seguir a equação que descreve, em reais, o valor de T:
(A) T = 3t
(B) T = 3t + 2,50
(C) T = 3t + 2.50t
(D) T = 3t + 7,50
(E) T = 7,50t + 3

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03. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO) Dada a função f(x) = −4x +15 , sabendo que f(x) = 35, então
(A) x = 5.
(B) x = 6.
(C) x = -6.
(D) x = -5.

04. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO) O gráfico abaixo apresenta o consumo


médio de oxigênio, em função do tempo, de um atleta de 70 kg ao praticar natação.

Considere que o consumo médio de oxigênio seja diretamente proporcional à massa do atleta.
Qual será, em litros, o consumo médio de oxigênio de um atleta de 80 kg, durante 10 minutos de prática
de natação?
(A) 50,0
(B) 52,5
(C) 55,0
(D) 57,5
(E) 60,0

05. (PETROBRAS – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR – CESGRANRIO)

de domínio real, então, m − p é igual a


(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 64
(E) 7

06. (CBTU/RJ - Assistente Operacional - Condução de Veículos Metroferroviários –


CONSULPLAN) A função inversa de uma função f(x) do 1º grau passa pelos pontos (2, 5) e (3, 0). A raiz
de f(x) é
(A) 2.
(B) 9.
(C) 12.
(D) 15.
𝑥
07. (BRDE-RS) Numa firma, o custo para produzir x unidades de um produto é C(x) = 2
+ 10000, e o
2
faturamento obtido com a comercialização dessas x unidades é f(x) = 3 𝑥. Para que a firma não tenha
prejuízo, o faturamento mínimo com a comercialização do produto deverá ser de:
(A) R$ 10.000,00
(B) R$ 13.000,00
(C) R$ 15.000,00
(D) R$ 18.000,00
(E) R$ 20.000,00

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08. (CBTU/RJ - Assistente Operacional - Condução de Veículos Metroferroviários –
CONSULPLAN) Qual dos pares de pontos a seguir pertencem a uma função do 1º grau decrescente?
(A) Q(3, 3) e R(5, 5).
(B) N(0, –2) e P(2, 0).
(C) S(–1, 1) e T(1, –1).
(D) L(–2, –3) e M(2, 3).

09. (CBTU/RJ - Assistente Operacional - Condução de Veículos Metroferroviários –


CONSULPLAN) A reta que representa a função f(x) = ax + b intercepta o eixo y no ponto (0, 4) e passa
pelo ponto (–1, 3). A raiz dessa função é
(A) –4.
(B) –2.
(C) 1.
(D) 2.

10. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST – UNEMAT) O planeta
Terra já foi um planeta incandescente segundo estudos e está se resfriando com o passar dos anos, mas
seu núcleo ainda está incandescente.
Em certa região da terra onde se encontra uma mina de carvão mineral, foi constatado que, a cada 80
metros da superfície, a temperatura no interior da Terra aumenta 2 graus Celsius.
Se a temperatura ambiente na região da mina é de 23° Celsius, qual a temperatura no interior da mina
num ponto a 1200 metros da superfície?
(A) 15º C
(B) 38º C
(C) 53º C
(D) 30º C
(E) 61º C

Respostas

01. Resposta: E.
Pelo enunciado temos que, a razão constante entre variação de lucro (ΔL) e variação de quantidade
(ΔQ) vendida:
∆𝐿 7000 − (−1000) 8000
𝑅= →𝑅= →𝑅= → 𝑅 = 100
∆𝑄 80 − 0 80

Como se pretende ter um lucro maior ou igual a R$ 90.500,00, logo o lucro final tem que ser pelo
menos 90.500,00
Então fazendo a variação do lucro para este valor temos:
ΔL = 90500 – (-1000) = 90500 + 1000 = 91500
Como é constante a razão entre a variação de lucro (ΔL) e variação de quantidade (ΔQ) vendida,
vamos usar o valor encontrado para acharmos a quantidade de peças que precisam ser produzidas:

∆𝐿 91500 91500
𝑅= → 100 = → 100∆𝑄 = 91500 → ∆𝑄 = → ∆𝑄 = 915
∆𝑄 ∆𝑄 100

Como são em 10 dias, termos 915 x 10 = 9150 peças que deverão ser vendidas, em 10 dias, para que
se obtenha como lucro pelo menos um lucro total não menor que R$ 90.500,00

02. Resposta: B.
Equacionando as informações temos: 3 deve ser multiplicado por t, pois depende da quantidade de
tempo, e acrescentado 2,50 fixo
T = 3t + 2,50

03. Resposta: D.
35 = - 4x + 15 → - 4x = 20 → x = - 5

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04. Resposta: E.
A proporção de oxigênio/tempo:

10,5 21,0 𝑥
= =
2 4 10

4x = 210
x = 52,5 litros de oxigênio em 10 minutos para uma pessoa de 70 kg
52,5litros----70kg
x-------------80kg
x = 60 litros

05. Resposta: C.
Aplicando segundo as condições mencionadas:
x=1
f(1) = 2.1 - p
f(1) = m - 1
x=6
f(6) = 6m - 1
7.6+4 42+4
𝑓(6) = = = 23 ; igualando as duas equações:
2 2
23 = 6m - 1
m=4
Como queremos m – p , temos:
2 - p = m - 1 ; igualando as duas novamente.
2 – p = 4 – 1 → p = - 1 → m – p = 4 - (- 1) = 5

06. Resposta: D.
Primeiramente, vamos calcular os valores de a e b:
Sabendo que f(x) = y , temos que y = ax + b.
* a: basta substituir os pontos T (2, 5) e V (3, 0) na equação. Assim:
( T ) 5 = a.2 + b , ou seja, 2.a + b = 5 ( I )
( V ) 0 = a.3 + b , ou seja, 3.a + b = 0 , que fica b = – 3.a ( II )
Substituindo a equação ( II ) na equação ( I ), temos:
2.a + (– 3.a) = 5 → 2.a – 3.a = 5 → – a = 5 . (– 1) → a = – 5
Para calcular o valor de b, vamos substituir os valores de um dos pontos e o valor de a na equação.
Vamos pegar o ponto V (3, 0) para facilitar os cálculos:
y = a.x + b
0 = – 5.3 + b
b = 15
Portanto, a função fica: y = – 5.x + 15 .
Agora, precisamos calcular a função inversa: basta trocar x por y e vice-versa. Assim:
x = – 5.y + 15
5.y = – x +15
y = – x / 5 + 15/5
y = – x / 5 + 3 (função inversa)
Por fim, a raiz é calculada fazendo y = 0. Assim:
0 = – x / 5 + 3 → x / 5 = 3 → x = 3 . 5 → x = 15

07. Resposta: E.
𝑥
C(x) = 2 + 10000
2
F(x) = 3 𝑥
f(x) = c(x)
2 𝑥
3
𝑥 > 2 + 10000

2 𝑥 4𝑥−3𝑥 4𝑥−3𝑥 10000


3
𝑥 − 2 > 10000  6
= 10000  6
= 10000 x = 1  x = 60000
6

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Substituindo no faturamento temos:
2
F(x) = 3 60000 = 40.000

Se tivermos um lucro de 60.000 – 40.000 de faturamento, logo o nosso faturamento mínimo é de


20.000.
Portanto o resultado final é de R$ 20.000,00.

08. Resposta: C.
Para pertencer a uma função polinomial do 1º grau decrescente, o primeiro ponto deve estar em uma
posição “mais alta” do que o 2º ponto.
Vamos analisar as alternativas:
( A ) os pontos Q e R estão no 1º quadrante, mas Q está em uma posição mais baixa que o ponto R,
e, assim, a função é crescente.
( B ) o ponto N está no eixo y abaixo do zero, e o ponto P está no eixo x à direita do zero, mas N está
em uma posição mais baixa que o ponto P, e, assim, a função é crescente.
( D ) o ponto L está no 3º quadrante e o ponto M está no 1º quadrante, e L está em uma posição mais
baixa do que o ponto M, sendo, assim, crescente.
( C ) o ponto S está no 2º quadrante e o ponto T está no 4º quadrante, e S está em uma posição mais
alta do que o ponto T, sendo, assim, decrescente.

09. Resposta: A.
Primeiramente, vamos calcular os valores de a e b:
Sabendo que f(x) = y , temos que y = ax + b.
* a: basta substituir os pontos T (0, 4) e V (–1, 3) na equação. Assim:
( T ) 4 = a.0 + b , ou seja, b = 4
( V ) 3 = a.( – 1) + b
a=4–3=1
Portanto, a função fica: y = x + 4
Por fim, a raiz é calculada fazendo y = 0. Assim:
0 = x + 4 , ou seja, x = – 4

10. Resposta: C.
Vamos utilizar a função T(h) = 23 + 2.h, onde T é a temperatura e h é a profundidade. Assim:
A temperatura aumenta: 1200 / 80 = 15 partes
Assim: 15 . 2 = 30º C
Assim: 23º C + 30º C = 53º C

FUNÇÃO DO 2º GRAU

Chama-se função do 2º grau, função quadrática, função polinomial do 2º grau ou função trinômio do
2º grau, toda função f de R em R definida por um polinômio do 2º grau da forma:

Com a, b e c reais e a ≠ 0.

Onde:
a é o coeficiente de x2
b é o coeficiente de x
c é o termo independente

Exemplos:
y = x2 – 5x + 6, sendo a = 1, b = – 5 e c = 6
y = x2 – 16, sendo a = 1, b = 0 e c = – 16
f(x) = x2, sendo a = 1, b = 0 e c = 0
f(x) = 3x2 + 3x, sendo a = 3 , b = 3 e c = 0

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1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
Representação gráfica da Função
O gráfico da função é constituído de uma curva aberta chamada de parábola.
Vejamos a trajetória de um projétil lançado obliquamente em relação ao solo horizontal, ela é uma
parábola cuja concavidade está voltada para baixo.

Exemplo:
Se a função f de R em R definida pela equação y = x2 + x. Atribuindo à variável x qualquer valor real,
obteremos em correspondência os valores de y, vamos construir o gráfico da função:

x y
-3 6
-2 2
-1 0
-1/2 -1/4
0 0
1 2
2 6

1) Como o valor de a > 0 a concavidade está


voltada para cima;
2) -1 e 0 são as raízes de f(x);
3) c é o valor onde a curva corta o eixo y neste
caso, no 0 (zero)
4) O valor do mínimo pode ser observado nas
extremidades (vértice) de cada parábola: -1/2 e -
1/4

Concavidade da Parábola
No caso das funções definida por um polinômio do 2º grau, a parábola pode ter sua concavidade
voltada para cima (a > 0) ou voltada para baixo (a < 0). A concavidade é determinada pelo valor do a
(positivo ou maior que zero / negativo ou menor que zero). Esta é uma característica geral para a função
definida por um polinômio do 2º grau.

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1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
Vértice da parábola
Toda parábola tem um ponto de ordenada máxima ou ponto de ordenada mínima, a esse ponto
denominamos vértice. Dado por V (xv , yv).

- Eixo de simetria
É aquele que dado o domínio a imagem é a mesma. Isso faz com que possamos dizer que a parábola
é simétrica a reta que passa por xv, paralela ao eixo y, na qual denominamos eixo de simetria. Vamos
entender melhor o conceito analisando o exemplo: y = x2 + 2x – 3 (início do assunto).
Atribuímos valores a x, achamos valores para y. Temos que:
f (-3) = f (1) = 0
f (-2) = f (0) = -3

Conjunto Domínio e Imagem


Toda função com Domínio nos Reais (R) que possui a > 0, sua concavidade está voltada para cima, e
o seu conjunto imagem é dado por:

−∆ −∆
𝑰𝒎 = {𝒚 ∈ 𝑹| 𝒚 ≥ 𝟒𝒂
} 𝒐𝒖 𝑰𝒎 = [ ; +∞[
𝟒𝒂

Logo se a < 0, a concavidade estará voltada para baixo, o seu conjunto imagem é dado por:

−∆ −∆
𝑰𝒎 = {𝒚 ∈ 𝑹| 𝒚 ≤ 𝟒𝒂
} 𝒐𝒖 𝑰𝒎 = ]−∞; ]
𝟒𝒂

Coordenadas do vértice da parábola

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1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
Como visto anteriormente a função apresenta como eixo de simetria uma reta vertical que intercepta
o gráfico num ponto chamado de vértice.
As coordenadas do vértice são dadas por:

Onde:
x1 e x2 são as raízes da função.

Valor máximo e valor mínimo da função definida por um polinômio do 2º grau


- Se a > 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada mínima. Nesse caso, o vértice é chamado
ponto de mínimo e a ordenada do vértice é chamada valor mínimo da função;
- Se a < 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada máxima. Nesse caso, o vértice é ponto
de máximo e a ordenada do vértice é chamada valor máximo da função.

Exemplo:
Dado a função y = x2 – 2x – 3 vamos construir a tabela e o gráfico desta função, determinando também
o valor máximo ou mínimo da mesma.

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1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
Como a = 1 > 0, então a função possui um valor mínimo como pode ser observado pelo gráfico. O
valor de mínimo ocorre para x = 1 e y = -4. Logo o valor de mínimo é -4 e a imagem da função é dada
por: Im = { y ϵ R | y ≥ -4}.

Raízes ou zeros da função definida por um polinômio do 2º grau


As raízes ou zeros da função quadrática f(x) = ax2 + bx + c são os valores de x reais tais que f(x) = 0,
ou seja são valores que deixam a função nula. Com isso aplicamos o método de resolução da equação
do 2º grau.
ax2 + bx + c = 0

A resolução de uma equação do 2º grau é feita com o auxílio da chamada “fórmula de Bháskara”.

b 
x , onde, = b2 – 4.a.c
2.a
As raízes (quando são reais), o vértice e a intersecção com o eixo y são fundamentais para traçarmos
um esboço do gráfico de uma função do 2º grau.

Forma fatorada das raízes: f (x) = a (x – x1) (x – x2).


Esta fórmula é muito útil quando temos as raízes e precisamos montar a sentença matemática que
expresse a função.

Estudo da variação do sinal da função


Estudar o sinal de uma função quadrática é determinar os valores reais de x que tornam a função
positiva, negativa ou nula.
Abaixo podemos resumir todos os valores assumidos pela função dado a e Δ (delta).

Observe que:

Quando Δ > 0, o gráfico corta e tangencia


o eixo x em dois pontos distintos, e temos
duas raízes reais distintas.
Quando Δ = 0, o gráfico corta e tangencia
o eixo x em um ponto e temos duas raízes
iguais.
Quando Δ < 0, o gráfico não corta e não
tangencia o eixo x em nenhum ponto e não
temos raízes reais.

Exemplos
1) Considere a função quadrática representada pelo gráfico abaixo, vamos determinar a sentença
matemática que a define.

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Resolução:
Como conhecemos as raízes x1 e x2 (x1= -4 e x2 = 0), podemos nos da forma fatorada temos:
f (x) = a.[ x – (-4)].[x – 0] ou f (x) = a(x + 4).x .
O vértice da parábola é (-2,4), temos:
4 = a.(-2 + 4).(-2) → a = -1
Logo, f(x) = - 1.(x + 4).x → (-x – 4x).x → -x2 – 4x

2) Vamos determinar o valor de k para que o gráfico cartesiano de f(x) = -x2 + (k + 4). x – 5 ,passe pelo
ponto (2;3).
Resolução:
Como x = 2 e f(x) = y = 3, temos:
3 = -(2)2 + (k + 4).2 – 5 → 3 = -4 + 2k + 8 – 5 → 2k + 8 – 9 = 3 → 2 k – 1 = 3 → 2k = 3 + 1 → 2k = 4
→ k = 2.
Referências
BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática Volume 1 – Editora Moderna
FACCHINI, Walter – Matemática Volume Único – 1ª Edição - Editora Saraiva:1996

Questões

01. (CBM/MG – Oficial Bombeiro Militar – FUMARC) Duas cidades A e B estão separadas por uma
distância d. Considere um ciclista que parte da cidade A em direção à cidade B. A distância d, em
quilômetros, que o ciclista ainda precisa percorrer para chegar ao seu destino em função do tempo t, em
100−𝑡 2
horas, é dada pela função 𝑑(𝑡) = 𝑡+1 . Sendo assim, a velocidade média desenvolvida pelo ciclista em
todo o percurso da cidade A até a cidade B é igual a
(A) 10 Km/h
(B) 20 Km/h
(C) 90 Km/h
(D) 100 Km/h

02. (ESPCEX – CADETES DO EXÉRCITO – EXÉRCITO BRASILEIRO) Uma indústria produz


mensalmente x lotes de um produto. O valor mensal resultante da venda deste produto é V(x)=3x²-12x e
o custo mensal da produção é dado por C(x)=5x²-40x-40. Sabendo que o lucro é obtido pela diferença
entre o valor resultante das vendas e o custo da produção, então o número de lotes mensais que essa
indústria deve vender para obter lucro máximo é igual a
(A) 4 lotes.
(B) 5 lotes.
(C) 6 lotes.
(D) 7 lotes.
(E) 8 lotes.

03. (IPEM – TÉCNICO EM METROLOGIA E QUALIDADE – VUNESP) A figura ilustra um arco


decorativo de parábola AB sobre a porta da entrada de um salão:

. 183
1425560 E-book gerado especialmente para GABRIEL MARIO DE SOUZA AVELAR
Considere um sistema de coordenadas cartesianas com centro em O, de modo que o eixo vertical (y)
passe pelo ponto mais alto do arco (V), e o horizontal (x) passe pelos dois pontos de apoio desse arco
sobre a porta (A e B).
Sabendo-se que a função quadrática que descreve esse arco é f(x) = – x²+ c, e que V = (0; 0,81), pode-
̅̅̅̅, em metros, é igual a
se afirmar que a distância 𝐴𝐵
(A) 2,1.
(B) 1,8.
(C) 1,6.
(D) 1,9.
(E) 1,4.

04. (POLICIA MILITAR/MG – SOLDADO – POLICA MILITAR) A interseção entre os gráficos das
funções y = - 2x + 3 e y = x² + 5x – 6 se localiza:
(A) no 1º e 2º quadrantes
(B) no 1º quadrante
(C) no 1º e 3º quadrantes
(D) no 2º e 4º quadrantes

Respostas

01. Resposta: A.
Vamos calcular a distância total, fazendo t = 0:
100−02
𝑑(0) = = 100𝑘𝑚
0+1

Agora, vamos substituir na função:


100−𝑡 2
0=
𝑡+1

100 – t² = 0
– t² = – 100 . (– 1)
t² = 100
𝑡 = √100 = 10𝑘𝑚/ℎ

02. Resposta: D.
L(x)=3x²-12x-5x²+40x+40
L(x)=-2x²+28x+40
𝑏 28
𝑥𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 = − 2𝑎 = − −4 = 7 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠

03. Resposta: B.
C=0,81, pois é exatamente a distância de V
F(x)=-x²+0,81
0=-x²+0,81
X²=0,81
X=0,9
A distância AB é 0,9+0,9=1,8

04. Resposta: A.
-2x+3=x²+5x-6
X²+7x-9=0
=49+36=85
−7 ± √85
𝑥=
2
−7 + 9,21
𝑥1 = = 1,105
2
−7 − 9,21
𝑥2 = = −8,105
2
Para x=1,105
Y=-2.1,105+3=0,79

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Para x=-8,105
Y=19,21
Então a interseção ocorre no 1º e no 2º quadrante.

POLÍGONOS

Um polígono é uma figura geométrica fechada, simples, formada por segmentos consecutivos e não
colineares.
Elementos de um polígono

Um polígono possui os seguintes elementos:

- Lados: cada um dos segmentos de reta que une vértices consecutivos: ̅̅̅̅
AB, ̅̅̅̅
BC, ̅̅̅̅
CD, ̅̅̅̅
DE e ̅̅̅̅
AE.

- Vértices: ponto de intersecção de dois lados consecutivos: A, B, C, D e E.

- Diagonais: Segmentos que unem dois vértices não consecutivos: ̅̅̅̅


AC, ̅̅̅̅
AD, ̅̅̅̅
BD, ̅̅̅
CE̅ e ̅̅̅̅
BE.

- Ângulos internos: ângulos formados por dois lados consecutivos (assinalados em azul na figura):
, , , , .

- Ângulos externos: ângulos formados por um lado e pelo prolongamento do lado a ele consecutivo
(assinalados em vermelho na figura): , , , , .

Classificação: os polígonos são classificados de acordo com o número de lados, conforme a tabela
abaixo.
N° de lados Nome
3 Triângulo
4 Quadrilátero
5 Pentágono
6 Hexágono
7 Heptágono
8 Octógono
9 Eneágono
10 Decágono
11 Undecágono
12 Dodecágono
15 Pentadecágono
20 Icoságono

Fórmulas: na relação de fórmulas abaixo temos a letra n que representa o número de lados ou de
ângulos ou de vértices de um polígono.
1 – Diagonais de um vértice: dv = n – 3.

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(𝐧−𝟑).𝐧
2 - Total de diagonais: 𝐝 = .
𝟐
3 – Soma dos ângulos internos: Si = (n – 2).180°.

4 – Soma dos ângulos externos: para qualquer polígono o valor da soma dos ângulos externos é uma
constante, isto é, Se = 360°.

Polígonos Regulares: um polígono é chamado de regular quando tem todos os lados congruentes
(iguais) e todos os ângulos congruentes. Exemplo: o quadrado tem os 4 lados iguais e os 4 ângulos de
90°, por isso é um polígono regular. E para polígonos regulares temos as seguintes fórmulas, além das
quatro acima:

(𝐧−𝟐).𝟏𝟖𝟎° 𝐒𝐢
1 – Ângulo interno: 𝐚𝐢 = ou 𝐚𝐢 = .
𝐧 𝐧
𝟑𝟔𝟎° 𝐒𝐞
2 - Ângulo externo: 𝐚𝐞 = ou 𝐚𝐞 = .
𝐧 𝐧
Semelhança de Polígonos: Dois polígonos são semelhantes quando os ângulos correspondentes
são congruentes e os lados correspondentes são proporcionais.
Vejamos:

Fonte: http://www.somatematica.com.br

1) Os ângulos correspondentes são congruentes:

2) Os lados correspondentes (homólogos) são proporcionais:


𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐶𝐷 𝐷𝐴
= = = 𝑜𝑢
𝐴′𝐵′ 𝐵′𝐶′ 𝐶′𝐷′ 𝐷′𝐴′
3,8 4 2,4 2
= = =
5,7 6 3,6 3

Podemos dizer que os polígonos são semelhantes. Mas a semelhança só


será válida se ambas condições existirem simultaneamente.

A razão entre dois lados correspondentes em polígonos semelhante denomina-se razão de


semelhança, ou seja:
𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐶𝐷 𝐷𝐴 2
= = = = 𝑘 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑘 =
𝐴′𝐵′ 𝐵′𝐶′ 𝐶′𝐷′ 𝐷′𝐴′ 3

Outras figuras semelhantes (formas iguais e tamanhos diferentes):

Fonte: http://www.somatematica.com.br

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Questões

01. A soma dos ângulos internos de um heptágono é:


(A) 360°
(B) 540°
(C) 1400°
(D) 900°
(E) 180°

02. Qual é o número de diagonais de um icoságono?


(A) 20
(B) 70
(C) 160
(D) 170
(E) 200

03. O valor de x na figura abaixo é:

(A) 80°
(B) 90°
(C) 100°
(D) 70°
(E) 50°

04. Um joalheiro recebe uma encomenda para uma joia poligonal. O comprador exige que o número
de diagonais seja igual ao número de lados. Sendo assim, o joalheiro deve produzir uma joia:
(A) Triangular
(B) Quadrangular
(C) Pentagonal
(D) Hexagonal
(E) Decagonal

05. Num polígono convexo, a soma dos ângulos internos é cinco vezes a soma dos ângulos externos.
O número de lados e diagonais desse polígono, respectivamente, são:
(A) 54 e 12
(B) 18 e 60
(C) 12 e 54
(D) 60 e 18
(E) 15 e 30

06. Cada um dos ângulos externos de um polígono regular mede 15°. Quantos lados tem esse
polígono?
(A) 20
(B) 24
(C) 26
(D) 30
(E) 32

07. ( PREF. de CERRITO/SC – Técnico em Enfermagem – IESES/2017) Um eneágono tem um de


seus lados com 125 cm, como todos os lados são iguais o seu perímetro será de:
(A) 625cm.
(B) 750cm.
(C) 1.500cm.
(D) 1.125 cm.
(E) 900 cm.

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Respostas

01. Resposta: D.
Heptágono (7 lados) → n = 7
Si = (n – 2).180°
Si = (7 – 2).180°
Si = 5.180° = 900°

02. Resposta: D.
Icoságono (20 lados) → n = 20
(𝑛−3).𝑛
𝑑= 2

(20−3).20
𝑑= 2
= 17.10

d = 170

03. Resposta: A.
A soma dos ângulos internos do pentágono é:
Si = (n – 2).180º
Si = (5 – 2).180º
Si = 3.180º → Si = 540º
540º = x + 3x / 2 + x + 15º + 2x – 20º + x + 25º
540º = 5x + 3x / 2 + 20º
520º = 10x + 3x / 2
1040º = 13x
X = 1040º / 13 → x = 80º

04. Resposta: C.
Sendo d o números de diagonais e n o número de lados, devemos ter:
d=n
(𝑛−3).𝑛
2
= 𝑛 (passando o 2 multiplicando)

(n – 3).n = 2n
n–3=2
n=2+3
n = 5 → pentagonal

05. Resposta: C.
Do enunciado, temos:
Si = 5.Se
(n – 2).180º = 5.360°
(n – 2).180° = 1800°
1800
n – 2 = 180
n – 2 = 10
n = 10 + 2 = 12 lados
(𝑛−3).𝑛
𝑑= 2

(12−3).12
𝑑= 2

d = 9.6 = 54 diagonais

06. Resposta: B.
Temos que ae = 15°

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360°
𝑎𝑒 =
𝑛
360°
15° =
𝑛

15n = 360
n = 360 : 15
n = 24 lados

07. Resposta: D.
Um eneágono possui 9 lado, portanto 9x125 = 1.125cm.

POLÍGONOS REGULARES

Todo polígono regular pode ser inscrito em uma circunferência. E temos fórmulas para calcular o lado
e o apótema desse triângulo em função do raio da circunferência. Apótema e um segmento que sai do
centro das figuras regulares e divide o lado em duas partes iguais.

I) Triângulo Equilátero:

- Lado: l = r√3
r
- Apótema: a =
2

II) Quadrado:
- Lado: l = r√2
r√ 2
- Apótema: a =
2

III) Hexágono Regular

- Lado: l = r
r√ 3
- Apótema: a =
2

Questões

01. O apótema de um hexágono regular inscrito numa circunferência de raio 8 cm, vale, em
centímetros:
(A) 4
(B) 4√3
(C) 8
(D) 8√2
(E) 12

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02. O apótema de um triângulo equilátero inscrito em uma circunferência mede 10 cm, o raio dessa
circunferência é:
(A) 15 cm
(B) 10 cm
(C) 8 cm
(D) 20 cm
(E) 25 cm

03. O apótema de um quadrado mede 6 dm. A medida do raio da circunferência em que esse quadrado
está inscrito, em dm, vale:
(A) 4√2 dm
(B) 5√2 dm
(C) 6√2 dm
(D) 7√2 dm
(E) 8√2 dm

Respostas

01. Resposta: B.
Basta substituir r = 8 na fórmula do hexágono
𝑟√3 8√3
𝑎= 2
→𝑎 = 2
= 4√3 cm

02. Resposta: D.
Basta substituir a = 10 na fórmula do triangulo equilátero.
𝑟 𝑟
𝑎 = 2 → 10 = 2 → r = 2.10 → r = 20 cm

03. Resposta: C.
Sendo a = 6, temos:
𝑟√2
𝑎=
2

𝑟√2
6= → 𝑟√2 = 2.6 → 𝑟√2 = 12 (√2 passa dividindo)
2
12
r= (temos que racionalizar, multiplicando em cima e em baixo por √2)
√2

12.√2 12√2
𝑟= →𝑟= 2
→ 𝑟 = 6√2 dm
√2.√2

RAZÃO ENTRE ÁREAS

- Razão entre áreas de dois triângulos semelhantes

Vamos chamar de S1 a área do triângulo ABC = S1 e de S2 a do triângulo A’B’C’ = S2


𝑏1 ℎ1
Δ ABC ~ Δ A’B’C’ → 𝑏2 = ℎ2 = 𝑘 (𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑙ℎ𝑎𝑛ç𝑎)

𝑏.ℎ
Sabemos que a área do triângulo é dada por 𝑆 = 2

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Aplicando as razões temos que:
𝑏1. ℎ1
𝑆1 𝑏1 ℎ1 𝑆1
= 2 = . = 𝑘. 𝑘 = 𝑘 2 → = 𝑘2
𝑆2 𝑏2. ℎ2 𝑏2 ℎ2 𝑆2
2

A razão entre as áreas de dois triângulos semelhantes


é igual ao quadrado da razão de semelhança.

- Razão entre áreas de dois polígonos semelhantes

Área de ABCDE ... MN = S1 Área de A’B’C’D’ ... M’N’ = S2

ABCDE ... MN = S1 ~ A’B’C’D’ ... M’N’ = S2 → ΔABC ~ ΔA’B’C’ e ΔACD ~ ΔAMN →


𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝑀𝑁
= ′ ′ = ⋯ = ′ ′ = 𝑘 (𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑙ℎ𝑎𝑛ç𝑎)
𝐴′𝐵′ 𝐵 𝐶 𝑀𝑁

Fazendo:

Área ΔABC = t1, Área ΔACD = t2, ..., Área ΔAMN = tn-2

Área ΔA’B’C’ = T1, Área ΔA’C’D’ = T2, ..., Área ΔA’M’N’ = Tn-2

Anteriormente vimos que:


𝑡𝑖
= 𝑘 2 → 𝑡𝑖 = 𝑘 2 𝑇𝑖 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑖 = 1,2,3, … , 𝑛 − 2
𝑇𝑖

Então:

𝑆1 𝑡1 + 𝑡2 + 𝑡3 + ⋯ + 𝑡𝑛−2 𝑆1
= → = 𝑘2
𝑆2 𝑇1 + 𝑇2 + 𝑇3 + ⋯ + 𝑇𝑛−2 𝑆2

A razão entre as áreas de dois polígonos semelhantes


é igual ao quadrado da razão de semelhança.

Observação: A propriedade acima é extensiva a quaisquer superfícies semelhantes e, por isso, vale

A razão entre as áreas de duas superfícies semelhantes é igual ao


quadrado da razão de semelhança.

Referências
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da Matemática – Vol. 09 – Geometria Plana – 7ª edição – Editora Atual
www.somatematica.com.br

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Questão

01. (TJ/RS – Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Considere um triângulo retângulo de catetos


medindo 3m e 5m. Um segundo triângulo retângulo, semelhante ao primeiro, cuja área é o dobro da área
do primeiro, terá como medidas dos catetos, em metros:
(A) 3 e 10.
(B) 3√2 e 5√2.
(C) 3√2 e 10√2.
(D) 5 e 6.
(E) 6 e 10.

Resposta

01. Resposta: B.
A razão entre as Áreas =e igual ao quadrado da razão entre os lados.
O triângulo de catetos 3 e 5 possui área igual a 7,5. Já o outro triângulo possui o dobro de área,
conforme o enunciado. Assim sendo teremos:
A1/A2 = 7,5/15 = ½

½ = 3²/x²
X = 3√2
E A1/A2 = 7,5/15 = ½
½ = 5²/y²
Y= 5√2.

CIRCUNFERÊNCIA E CÍRCULO

Circunferência: A circunferência é o lugar geométrico de todos os pontos de um plano que estão


localizados a uma mesma distância r de um ponto fixo denominado o centro da circunferência. Esta talvez
seja a curva mais importante no contexto das aplicações.

Círculo: (ou disco) é o conjunto de todos os pontos de um plano cuja distância a um ponto fixo O é
menor ou igual que uma distância r dada. Quando a distância é nula, o círculo se reduz a um ponto. O
círculo é a reunião da circunferência com o conjunto de pontos localizados dentro da mesma. No gráfico
acima, a circunferência é a linha de cor verde escuro que envolve a região verde claro, enquanto o círculo
é toda a região pintada de verde reunida com a circunferência.

Pontos interiores de um círculo e exteriores a um círculo

Pontos interiores: Os pontos interiores de um círculo são os pontos do círculo que não estão na
circunferência.

Pontos exteriores: Os pontos exteriores a um círculo são os pontos localizados fora do círculo.

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Raio, Corda e Diâmetro

Raio: Raio de uma circunferência (ou de um círculo) é um segmento de reta com uma extremidade no
centro da circunferência (ou do círculo) e a outra extremidade num ponto qualquer da circunferência. Na
̅̅̅̅, OB
figura abaixo, os segmentos de reta OA ̅̅̅̅ e OC
̅̅̅̅ são raios.

Corda: Corda de uma circunferência é um segmento de reta cujas extremidades pertencem à


circunferência (ou seja, um segmento que une dois pontos de uma circunferência). Na figura abaixo, os
segmentos de reta AC̅̅̅̅ e DE
̅̅̅̅ são cordas.

Diâmetro: Diâmetro de uma circunferência (ou de um círculo) é uma corda que passa pelo centro da
circunferência. Observamos que o diâmetro é a maior corda da circunferência. Na figura abaixo, o
segmento de reta ̅̅̅̅
AC é um diâmetro.

Posições relativas de uma reta e uma circunferência

Reta secante: Uma reta é secante a uma circunferência se essa reta intercepta a circunferência em
dois pontos quaisquer, podemos dizer também que é a reta que contém uma corda.

Reta tangente: Uma reta tangente a uma circunferência é uma reta que intercepta a circunferência
em um único ponto P. Este ponto é conhecido como ponto de tangência ou ponto de contato. Na figura
ao lado, o ponto P é o ponto de tangência e a reta que passa pelos pontos E e F é uma reta tangente à
circunferência.

Reta externa (ou exterior): é uma reta que não tem ponto em comum com a circunferência. Na figura
abaixo a reta t é externa.

Propriedades das secantes e tangentes


Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro O, intercepta a circunferência em dois pontos
distintos A e B e se M é o ponto médio da corda AB, então o segmento de reta OM é perpendicular à reta
secante s.

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Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro O, intercepta a circunferência em dois pontos
distintos A e B, a perpendicular às retas que passam pelo centro O da circunferência, passa também pelo
ponto médio da corda AB.

Seja OP um raio de uma circunferência, onde O é o centro e P um ponto da circunferência. Toda reta
perpendicular ao raio OP é tangente à circunferência no ponto de tangência P.

Toda reta tangente a uma circunferência é perpendicular ao raio no ponto de tangência.

Posições relativas de duas circunferências

Reta tangente comum: Uma reta que é tangente a duas circunferências ao mesmo tempo é
denominada uma tangente comum. Há duas possíveis retas tangentes comuns: a interna e a externa.

Ao traçar uma reta ligando os centros de duas circunferências no plano, esta reta separa o plano em
dois semiplanos. Se os pontos de tangência, um em cada circunferência, estão no mesmo semiplano,
temos uma reta tangente comum externa. Se os pontos de tangência, um em cada circunferência, estão
em semiplanos diferentes, temos uma reta tangente comum interna.

Circunferências internas: Uma circunferência C1 é interna a uma circunferência C2, se todos os


pontos do círculo C1 estão contidos no círculo C2. Uma circunferência é externa à outra se todos os seus
pontos são pontos externos à outra.

Circunferências concêntricas: Duas ou mais circunferências com o mesmo centro, mas com raios
diferentes são circunferências concêntricas.

Circunferências tangentes: Duas circunferências que estão no mesmo plano, são tangentes uma à
outra, se elas são tangentes à mesma reta no mesmo ponto de tangência.

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As circunferências são tangentes externas uma à outra se os seus centros estão em lados opostos da
reta tangente comum e elas são tangentes internas uma à outra se os seus centros estão do mesmo lado
da reta tangente comum.

Circunferências secantes: são aquelas que possuem somente dois pontos distintos em comum.

Segmentos tangentes: Se AP e BP são segmentos de reta tangentes à circunferência nos ponto A e


B, então esses segmentos AP e BP são congruentes.

ÂNGULOS (OU ARCOS) NA CIRCURFERÊNCIA

Ângulo central: é um ângulo cujo vértice coincide com o centro da circunferência. Este ângulo
determina um arco na circunferência, e a medida do ângulo central e do arco são iguais.

̂ e sua medida é igual a esse arco.


O ângulo central determina na circunferência um arco 𝐴𝐵

̂
α = AB
Ângulo Inscrito: é um ângulo cujo vértice está sobre a circunferência.

̂ e sua medida é igual à metade do arco.


O ângulo inscrito determina na circunferência um arco 𝐴𝐵
̂
AB
α=
2

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Ângulo Excêntrico Interno: é formado por duas cordas da circunferência.

O ângulo excêntrico interno determina na circunferência dois arcos AB e CD e sua medida é igual à
metade da soma dos dois arcos.
̂ + CD
AB ̂
α=
2

Ângulo Excêntrico Externo: é formado por duas retas secantes à circunferência.

̂ e 𝐶𝐷
O ângulo excêntrico externo determina na circunferência dois arcos 𝐴𝐵 ̂ e sua medida é igual à
metade da diferença dos dois arcos.

̂ − CD
AB ̂
α=
2

Questões

01. O valor de x na figura abaixo é:

(A) 90°
(B) 92°
(C) 96°
(D) 98°
(E) 100°

02. Na figura abaixo, qual é o valor de y?

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(A) 30°
(B) 45°
(C) 60°
(D) 35°
(E) 25°

03. Na figura seguinte, a medida do ângulo x, em graus, é:

(A) 80°
(B) 82°
(C) 84°
(D) 86°
(E) 90°

04. A medida do arco x na figura abaixo é:

(A) 15°
(B) 20°
(C) 25°
(D) 30°
(E) 45°

05. Uma reta é tangente a uma circunferência quando:


(A) tem dois pontos em comum.
(B) tem três pontos em comum.
(C) não tem ponto em comum.
(D) tem um único ponto em comum.
(E) nda

Respostas

01. Resposta: B.
O ângulo dado na figura (46°) é um ângulo inscrito, portanto é igual à metade do arco x:
𝑥
46° =
2

x = 46°.2
x = 92°

02. Resposta: D.
O ângulo da figura é um ângulo excêntrico externo, portanto é igual à metade da diferença dos dois
arcos dados.

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110° − 40°
𝑦=
2
70°
𝑦= = 35°
2

03. Resposta: C.
O ângulo x é um ângulo excêntrico interno, portanto é igual à metade da soma dos dois arcos.
108° + 60°
𝑥=
2
168°
𝑥= = 84°
2

04. Resposta: A.
O ângulo de 55 é um ângulo excêntrico interno, portanto é igual à metade da soma dos dois arcos.

95° + 𝑥
55° =
2
55°. 2 = 95° + 𝑥
110° − 95° = 𝑥
𝑥 = 15°

05. Resposta: D.
Questão teórica

MEDIDAS DE ARCOS E ÂNGULOS

Arcos (e ângulos) na circunferência


Se forem tomados dois pontos A e B sobre uma circunferência, ela ficará dividida em duas partes
chamadas arcos. Estes dois pontos A e B são as extremidades dos arcos.

Usamos a seguinte representação: AB.


Observação: quando A e B são pontos coincidentes, um arco é chamado de nulo e o outro arco de
uma volta.

Unidades de medidas de arcos (e ângulos)


I) Grau: para medir ângulos a circunferência foi dividida em 360° partes iguais, e cada uma dessas
partes passou a ser chamada de 1 grau (1°).
1
1° = (𝑢𝑚 𝑡𝑟𝑒𝑧𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑒 𝑠𝑒𝑠𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑎𝑣𝑜𝑠) 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑛𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎.
360

- submúltiplos do grau
O grau tem dois submúltiplos (medidas menores que o grau). São o minuto e o segundo, de forma que:
1° = 60′ ou seja 1 minutos é igual a 1/60 do grau.
1’ = 60” ou seja 1 segundo é igual a 1/60 do minuto.

II) Radiano
A medida de um arco, em radianos, é a razão (divisão) entre o comprimento do arco e o raio da
circunferência sobre a qual está arco está determinado.

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Sendo α o ângulo (ou arco), r o raio e l o comprimento do arco, temos:
l
α=
r
O arco l terá seu comprimento máximo (ou maior) quando for igual ao comprimento total de uma
circunferência (C = 2πr – fórmula do comprimento da circunferência), ou seja lmáximo = C → lmax = 2πr.
Então, o valor máximo do ângulo α em radianos será:
2πr
α= ==> α = 2π rad
r
Observação: uma volta na circunferência é igual a 360° ou 2π rad.

Conversões
- graus para radianos: para converter grau para radianos usamos uma regra de três simples.

Exemplo:
Converter 150° para radianos.
180° π rad
150° x rad
180° π
=
150° x
180𝑥 = 150𝜋
150π
x= (simplificando)
180

x = 6 rad
- radianos para graus: basta substituir o π por 180°.

Exemplo:

Converter rad para graus (ou podemos usar regra de três simples também).
2
3𝜋 3.180 540
= = = 270°
2 2 2

Questões

01. Um ângulo de 120° equivale a quantos radianos?

5𝜋
02. Um ângulo de 4
rad equivale a quantos graus?

03. (FUVEST) Quantos graus, mede aproximadamente, um arco de 0,105 rad? (usar π = 3,14)

Respostas

𝟐𝝅
01. Resposta: 𝟑
𝒓𝒂𝒅

180° π rad
120° x rad

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180° 𝜋
120°
=𝑥

180x = 120π
120𝜋
𝑥 = 180 (simplificando)
2𝜋
𝑥= 𝑟𝑎𝑑
3

02. Resposta: 225°


5𝜋 5.180° 900°
4
= 4 = 4 = 225°

03. Resposta: 6°
Neste caso, usamos regra de três:
180° π rad
x 0,105 rad
180° 𝜋
𝑥
= 0,105

π.x = 180°.0,105
3,14x = 18,9
x = 18,9 : 3,14 ≅ 6,01
x ≅ 6°

PERÍMETRO E ÁREA DAS FIGURAS PLANAS

Perímetro: é a soma de todos os lados de uma figura plana.


Exemplo:

Perímetro = 10 + 10 + 9 + 9 = 38 cm

Perímetros de algumas das figuras planas:

Área é a medida da superfície de uma figura plana.


A unidade básica de área é o m2 (metro quadrado), isto é, uma superfície correspondente a um
quadrado que tem 1 m de lado.

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Fórmulas de área das principais figuras planas:

1) Retângulo
- sendo b a base e h a altura:

2. Paralelogramo
- sendo b a base e h a altura:

3. Trapézio
- sendo B a base maior, b a base menor e h a altura:

4. Losango
- sendo D a diagonal maior e d a diagonal menor:

5. Quadrado
- sendo l o lado:

6. Triângulo: essa figura tem 6 fórmulas de área, dependendo dos dados do problema a ser resolvido.

I) sendo dados a base b e a altura h:

II) sendo dados as medidas dos três lados a, b e c:

III) sendo dados as medidas de dois lados e o ângulo formado entre eles:

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IV) triângulo equilátero (tem os três lados iguais):

V) circunferência inscrita:

VI) circunferência circunscrita:

Questões

01. A área de um quadrado cuja diagonal mede 2√7 cm é, em cm2, igual a:


(A) 12
(B) 13
(C) 14
(D) 15
(E) 16

02. (BDMG - Analista de Desenvolvimento – FUMARC) Corta-se um arame de 30 metros em duas


partes. Com cada uma das partes constrói-se um quadrado. Se S é a soma das áreas dos dois quadrados,
assim construídos, então o menor valor possível para S é obtido quando:
(A) o arame é cortado em duas partes iguais.
(B) uma parte é o dobro da outra.
(C) uma parte é o triplo da outra.
(D) uma parte mede 16 metros de comprimento.

03. (TJM-SP - Oficial de Justiça – VUNESP) Um grande terreno foi dividido em 6 lotes retangulares
congruentes, conforme mostra a figura, cujas dimensões indicadas estão em metros.

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Sabendo-se que o perímetro do terreno original, delineado em negrito na figura, mede x + 285, conclui-
se que a área total desse terreno é, em m2, igual a:
(A) 2 400.
(B) 2 600.
(C) 2 800.
(D) 3000.
(E) 3 200.

04. (TRT/4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária – FCC) Ultimamente tem havido muito
interesse no aproveitamento da energia solar para suprir outras fontes de energia. Isso fez com que, após
uma reforma, parte do teto de um salão de uma empresa fosse substituída por uma superfície retangular
totalmente revestida por células solares, todas feitas de um mesmo material. Considere que:
- células solares podem converter a energia solar em energia elétrica e que para cada centímetro
quadrado de célula solar que recebe diretamente a luz do sol é gerada 0,01 watt de potência elétrica;
- a superfície revestida pelas células solares tem 3,5m de largura por 8,4m de comprimento.
Assim sendo, se a luz do sol incidir diretamente sobre tais células, a potência elétrica que elas serão
capazes de gerar em conjunto, em watts, é:
(A) 294000.
(B) 38200.
(C) 29400.
(D) 3820.
(E) 2940.

05. (CPTM - Médico do trabalho – MAKIYAMA) Um terreno retangular de perímetro 200m está à
venda em uma imobiliária. Sabe-se que sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento. Se o metro
quadrado cobrado nesta região é de R$ 50,00, qual será o valor pago por este terreno?
(A) R$ 10.000,00.
(B) R$ 100.000,00.
(C) R$ 125.000,00.
(D) R$ 115.200,00.
(E) R$ 100.500,00.

06. Uma pessoa comprou 30 m2 de piso para colocar em uma sala retangular de 4 m de largura, porém,
ao medir novamente a sala, percebeu que havia comprado 3,6 m2 de piso a mais do que o necessário. O
perímetro dessa sala, em metros, é de:
(A) 21,2.
(B) 22,1.
(C) 23,4.
(D) 24,3.
(E) 25,6

07. (Pref. Mogeiro/PB - Professor – Matemática – EXAMES) A pipa, também conhecida como
papagaio ou quadrado, foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. Para
montar a pipa, representada na figura, foram utilizados uma vareta de 40 cm de comprimento, duas
varetas de 32 cm de comprimento, tesoura, papel de seda, cola e linha.
As varetas são fixadas conforme a figura, formando a estrutura da pipa. A linha é passada em todas
as pontas da estrutura, e o papel é colado de modo que a extremidade menor da estrutura da pipa fique
de fora.

. 203
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Na figura, a superfície sombreada corresponde ao papel de seda que forma o corpo da pipa. A área
dessa superfície sombreada, em centímetros quadrados, é:
(A) 576.
(B) 704.
(C) 832.
(D) 1 150.
(E) 1 472.

08. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP) Para efeito decorativo, um arquiteto
dividiu o piso de rascunho um salão quadrado em 8 regiões com o formato de trapézios retângulos
congruentes (T), e 4 regiões quadradas congruentes (Q), conforme mostra a figura:

Se a área de cada região com a forma de trapézio retângulo for igual a 24 m², então a área to tal
desse piso é, em m², igual a
(A) 324
(B) 400
(C) 225
(D) 256
(E) 196
Respostas

01.Resposta: C.
Sendo l o lado do quadrado e d a diagonal:

Utilizando o Teorema de Pitágoras:


d2 = l2 + l2
2
(2√7) = 2l2
4.7 = 2l2
2l2 = 28
28
l2 =
2
A = 14 cm2

02. Resposta: A.
- um quadrado terá perímetro x
x
o lado será l = e o outro quadrado terá perímetro 30 – x
4
30−x
o lado será l1 = 4
, sabendo que a área de um quadrado é dada por S = l 2, temos:
S = S1 + S2
S=l²+l1²
x 2 30−x 2
S = (4) + ( 4
)

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x2 (30−x) 2
S= + , como temos o mesmo denominador 16:
16 16

x 2 + 302 − 2.30. x + x 2
S=
16
x 2 + 900 − 60x + x 2
S=
16
2x2 60x 900
S= 16
− 16
+ 16
,

sendo uma equação do 2º grau onde a = 2/16; b = -60/16 e c = 900/16 e o valor de x será o x do vértice
−b
que e dado pela fórmula: x = 2a , então:

−60 60
−( )
xv = 16 = 16
2 4
2. 16 16
60 16 60
xv = 16 . 4
= 4
= 15,

logo l = 15 e l1 = 30 – 15 = 15.

03. Resposta: D.
Observando a figura temos que cada retângulo tem lados medindo x e 0,8x:
Perímetro = x + 285
8.0,8x + 6x = x + 285
6,4x + 6x – x = 285
11,4x = 285
x = 285:11,4
x = 25
Sendo S a área do retângulo:
S= b.h
S= 0,8x.x
S = 0,8x2
Sendo St a área total da figura:
St = 6.0,8x2
St = 4,8.252
St = 4,8.625
St = 3000

04. Resposta: E.
Retângulo com as seguintes dimensões:
Largura: 3,5 m = 350 cm
Comprimento: 8,4 m = 840 cm
A = 840.350
A = 294.000 cm2
Potência = 294.000.0,01 = 2940

05. Resposta: D.
Comprimento: x
Largura: x – 28
Perímetro = 200
x + x + x – 28 + x – 28 = 200
4x – 56 = 200
4x = 200 + 56
x = 256 : 4
x = 64
Comprimento: 64
Largura: 64 – 28 = 36
Área: A = 64.36 = 2304 m2

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Preço = 2304.50,00 = 115.200,00

06. Resposta: A.
Do enunciado temos que foram comprados 30 m2 de piso e que a sala tem 4 m de largura. Para saber
o perímetro temos que calcular o comprimento desta sala.
- houve uma sobra de 3,6 m2, então a área da sala é:
A = 30 – 3,6
A = 26,4 m2
- sendo x o comprimento:
x.4 = 26,4
x = 26,4 : 4
x = 6,6 m (este é o comprimento da sala)

- o perímetro (representado por 2p na geometria) é a soma dos 4 lados da sala:


2p = 4 + 4 + 6,6 + 6,6 = 21,2 m

07. Resposta: C.
A área procurada é igual a área de um triângulo mais a área de um retângulo.

A = AT + AR
32.20
A= + 16.32
2
A = 320 + 512 = 832

08. Resposta: D.

O destaque da figura corresponde a base maior do nosso trapézio, e podemos perceber que equivale
a 2x e a base menor x, portanto:
𝑏+𝐵
𝐴= ∙ℎ
2
𝑥 + 2𝑥
24 = ∙𝑥
2

48 = 3𝑥 2
X²=16
Substituindo: A total =4x 4x=16x²=1616=256 m²

ÁREA DO CIRCULO E SUAS PARTES

I- Círculo:
Quem primeiro descreveu a área de um círculo foi o matemático grego Arquimedes (287/212 a.C.), de
Siracusa, mais ou menos por volta do século II antes de Cristo. Ele concluiu que quanto mais lados tem
um polígono regular mais ele se aproxima de uma circunferência e o apótema (a) deste polígono tende
ao raio r. Assim, como a fórmula da área de um polígono regular é dada por A = p.a (onde p é
2𝜇𝑟
semiperímetro e a é o apótema), temos para a área do círculo 𝐴 = . 𝑟, então temos:
2

. 206
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II- Coroa circular:
É uma região compreendida entre dois círculos concêntricos (tem o mesmo centro). A área da coroa
circular é igual a diferença entre as áreas do círculo maior e do círculo menor. A = 𝜋R2 – 𝜋r2, como temos
o 𝜋 como fator comum, podemos colocá-lo em evidência, então temos:

III- Setor circular:


É uma região compreendida entre dois raios distintos de um círculo. O setor circular tem como
elementos principais o raio r, um ângulo central 𝛼 e o comprimento do arco l, então temos duas fórmulas:

IV- Segmento circular:


É uma região compreendida entre um círculo e uma corda (segmento que une dois pontos de uma
circunferência) deste círculo. Para calcular a área de um segmento circular temos que subtrair a área de
um triângulo da área de um setor circular, então temos:

Questões

01. (SEDUC/RJ – Professor – Matemática – CEPERJ) A figura abaixo mostra três círculos, cada
um com 10 cm de raio, tangentes entre si.

Considerando √3 ≅ 1,73 e 𝜋 ≅ 3,14, o valor da área sombreada, em cm2, é:


(A) 320.
(B) 330.
(C) 340.
(D) 350.
(E) 360.

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02. (Câmara Municipal de Catas Altas/MG - Técnico em Contabilidade – FUMARC) A área de um
círculo, cuja circunferência tem comprimento 20𝜋 cm, é:
(A) 100𝜋 cm2.
(B) 80 𝜋 cm2.
(C) 160 𝜋 cm2.
(D) 400 𝜋 cm2.

03. (Petrobrás - Inspetor de Segurança - CESGRANRIO) Quatro tanques de armazenamento de


óleo, cilíndricos e iguais, estão instalados em uma área retangular de 24,8 m de comprimento por 20,0 m
de largura, como representados na figura abaixo.

2
Se as bases dos quatro tanques ocupam 5
da área retangular, qual é, em metros, o diâmetro da base
de cada tanque?
Dado: use 𝜋=3,1
(A) 2.
(B) 4.
(C) 6.
(D) 8.
(E) 16.

04. (Pref. Mogeiro/PB - Professor – Matemática – EXAMES) Na figura a seguir, OA = 10 cm, OB =


8 cm e AOB = 30°.

Qual, em cm², a área da superfície hachurada. Considere π = 3,14?


(A) 5,44 cm².
(B) 6,43 cm².
(C) 7,40 cm².
(D) 8,41 cm².
(E) 9,42 cm².

05. (U. F. de Uberlândia-MG) Uma indústria de embalagens fábrica, em sua linha de produção, discos
de papelão circulares conforme indicado na figura. Os discos são produzidos a partir de uma folha
quadrada de lado L cm. Preocupados com o desgaste indireto produzido na natureza pelo desperdício de
papel, a indústria estima que a área do papelão não aproveitado, em cada folha utilizada, é de (100 - 25π)
cm2.

Com base nas informações anteriores, é correto afirmar que o valor de L é:


(A) Primo
(B) Divisível por 3.
(C) Ímpar.
(D) Divisível por 5.

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06. Na figura abaixo está representado um quadrado de lado 4 cm e um arco de circunferência com
centro no vértice do quadrado. Qual é a área da parte sombreada?

(A) 2(4 – π) cm2


(B) 4 – π cm2
(C) 4(4 – π) cm2
(D) 16 cm2
(E) 16π cm2

07. Calcular a área do segmento circular da figura abaixo, sendo r = 6 cm e o ângulo central do setor
igual a 60°:

Respostas

01. Resposta: B.
Unindo os centros das três circunferências temos um triângulo equilátero de lado 2r ou seja l = 2.10 =
20 cm. Então a área a ser calculada será:

𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐
𝐴 = 𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐 + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔 +
2
𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐
𝐴= + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔
2
2
𝜋𝑟
𝐴= + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔
2

𝜋𝑟 2 𝑙 2 √3
𝐴= +
2 4
(3,14 ∙ 102 ) 202 ∙ 1,73
𝐴= +
2 4
400 ∙ 1,73
𝐴 = 1,57 ∙ 100 +
4
𝐴 = 157 + 100 ∙ 1,73 = 157 + 173 = 330

02. Resposta: A.
A fórmula do comprimento de uma circunferência é C = 2π.r, Então:
C = 20π
2π.r = 20π
20π
r=

r = 10 cm
A = π.r2 → A = π.102 → A = 100π cm2

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03. Resposta: D.
Primeiro calculamos a área do retângulo (A = b.h)
Aret = 24,8.20
Aret = 496 m2
2
4.Acirc = 5.Aret

2
4.πr2 = .496
5
992
4.3,1.r2 = 5
12,4.r2 = 198,4
r2 = 198,4 : 12, 4 → r2 = 16 → r = 4
d = 2r =2.4 = 8

04. Resposta: E.
OA = 10 cm (R = raio da circunferência maior), OB = 8 cm (r = raio da circunferência menor). A área
hachurada é parte de uma coroa circular que é dada pela fórmula A coroa = π(R2 – r2).
Acoroa = 3,14.(102 – 82)
Acoroa = 3,14.(100 – 64)
Acoroa = 3,14.36 = 113,04 cm2
- como o ângulo dado é 30°
360° : 30° = 12 partes iguais.
Ahachurada = 113,04 : 12 = 9,42 cm2

05. Resposta: D.
A área de papelão não aproveitado é igual a área do quadrado menos a área de 9 círculos. Sendo que
a área do quadrado é A = L 2 e a área do círculo A = π.r2. O lado L do quadrado, pela figura dada, é igual
a 6 raios do círculo. Então:
6r = L → r = L/6
A = Aq – 9.Ac
100 - 25π = L² - 9 π r² (substituir o r)
𝐿 2 𝐿2 𝜋𝐿2
100 − 25𝜋 = 𝐿2 − 9𝜋. ( ) → 100 − 25𝜋 = 𝐿2 − 9. 𝜋. → 100 − 25𝜋 = 𝐿2 −
6 36 4

Colocando em evidência o 100 no primeiro membro de e L² no segundo membro:


𝜋 𝜋
100. (1 − ) = 𝐿2 . (1 − ) → 100 = 𝐿2 → 𝐿 = √100 = 10
4 4

06. Resposta: C.
A área da região sombreada é igual a área do quadrado menos ¼ da área do círculo (setor com ângulo
de 90°).
𝐴𝑐í𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜 2
𝜋. 𝑟 2 2
𝜋. 42
𝐴 = 𝐴𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜 − →𝐴=𝑙 − →𝐴=4 − → 𝐴 = 16 − 4𝜋
4 4 4

Colocando o 4 em evidência: A = 4(4 – π) cm²

07. Resposta: 3(2π - 3√𝟑) cm2.


Asegmento = Asetor - Atriângulo
Substituindo as fórmulas:
𝑎𝜋𝑟 2 𝑎. 𝑏. 𝑠𝑒𝑛𝑎 60°. 𝜋. 62 6.6. 𝑠𝑒𝑛60° 36𝜋 √3
𝐴𝑠𝑒𝑔 = − → 𝐴𝑠𝑒𝑔 = − → 𝐴𝑠𝑒𝑔 = − 6.3.
360° 2 360° 2 6 2

Aseg = 6 π - 9√3 = 3. (2 π - 3√3) cm²

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