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JF Acessível: projetos de acessibilidade são desenvolvidos na cidade

Juiz de Fora desenvolve projetos de acessibilidade

Ao se tratar de pessoas com deficiência, a palavra acessibilidade surge e cai como uma luva no
contexto da discussão a respeito dos direitos humanos. A Lei 10.098/2000 define acessibilidade
como a “possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos
espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e
meios de comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida”.

Para Wesley Barbosa [retranca representação dos deficientes], titular da Assessoria Especial à
Pessoa com Deficiência, “exitem barreiras à acessibilidade, que são físicas ou arquitetônicas, de
comunicação e atitudinal”. Segundo ele, o não cumprimento de regras referentes à acessibilidade na
construção civil, a falta de políticas de inclusão nos meios de comunicação ou a atitude das pessoas
podem representar barreiras que precisam ser vencidas. “Para quebrar essas barreiras, o poder
público precisa fazer cumprir o decreto e a lei que regulamentam a acessibilidade no Brasil”,
afirma.

A fim de cumprir a legislação pertinente ao assunto, a Prefeitura desenvolve o Programa JF


Acessível, que pretende realizar intervenções em diversas áreas. Para isso, foi montado um grupo de
trabalho composto por representantes da Settra (Secretaria de Transporte e Trânsito), Empav
(Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanização), das secretarias de Obras, de Atividades
Urbanas e de Planejamento, da Assessoria da Pessoa com Deficiência, além de entidades como
Associação dos Cegos, Conselho Municipal do Idoso e do Conselho Regional de Engenharia e
Arquitetura (CREA). A equipe também é composta por outras entidades através de parcerias
específicas, como é o caso do acordo que está sendo realizado com o Campus JF do Instituto
Federal do Sudeste de MG.

O JF Acessível já trouxe algumas modificações à estrutura da cidade, no dia 1º de julho foram


instaladas 52 novas placas de logradouros, em braile, no centro de Juiz de Fora. Com o objetivo de
facilitar o acesso dos deficientes visuais, as placas receberam novo posicionamento, agora estão
afixadas na fachada dos prédios e possuem tapetes táteis para sua localização. Para Fludualdo Thalis
de Paula, as modificações ficaram aquém das expectativas. Ele considera positiva a mudança do
local para as placas – que antes ficavam nos postes, muitas vezes próximas a lixeiras –, mas não
percebeu grande diferença no piso que deveria ajudar a identificá-las.

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Acessibilidade é promovida pela superação de barreiras

Por mais que existam barreiras, Wesley Barbosa superou as suas. Conversando pelo telefone com o
titular da Assessoria Especial a Pessoa com Deficiência, não é possível inferir que do outro lado da
linha fala alguém com limitação dos dois membros superiores. Isso porque as barreiras foram
superadas, e é dessa forma que Wesley conduz seus trabalhos. Na infância, a escola recusou sua
matrícula, mas com a ajuda de familiares e vizinhos aprendeu a ler e escrever dentro de seis meses e
a instituição de ensino foi obrigada a rever sua decisão.

Seu primeiro emprego foi como digitador de notas fiscais, formou-se bacharel em Direito, é casado,
tornou-se servidor efetivo e hoje ocupa cargo de confiança, defendendo os direitos de pessoas com
deficiência, como ele. “Todos os entes públicos são responsáveis pela promoção da igualdade
através da acessibilidade, como também toda a sociedade”, afirma.

Para contribuir com a acessibilidade, Wesley acredita que “primeiramente as pessoas devem estar
abertas a observar as melhores formas de atender a esse público especial e contribuir com ideias
para melhorar as condições de vida de todos, independentemente da condição física”.

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Campus JF presta consultoria e desenvolve projetos no Programa JF Acessível

“Nossa função é dar consultoria e estar desenvolvendo projetos de acessibilidade”, explica Selma
Lunardi, coordenadora do projeto de extensão realizado pelo Campus JF. Segundo ela, algumas leis
municipais precisarão ser revistas para a realização das modificações no espaço físico da cidade,
como o Código de Obras, o Código de Posturas e a Lei Orgânica. A seu ver, os textos estão
inadequados para a realidade atual.

As atividades do projeto estão voltadas para a realização de interferências na área composta pelas
Avenidas Rio Branco, dos Andradas, Getúlio Vargas e Independência, mas Selma acredita numa
expansão. “O que estamos tentando desenvolver é uma ideia de acessibilidade que não seja pontual
e específica para o centro de Juiz de Fora, mas que tenha sinergia e se expanda para outros bairros”,
explica.

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