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INTRODUÇÃO sistenciais de saúde, além de importante repercussão social,
com grande impacto na economia dos países. A maioria das
Esta publicação representa o posicionamento oficial e con-
evidências mostra que o melhor modo de otimizar e promover
junto da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME)
a saúde no idoso é prevenir seus problemas médicos mais fre-
e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG)
qüentes. Estas intervenções devem ser direcionadas em espe-
sobre atividade física e saúde em indivíduos idosos. O propó-
cial à prevenção das doenças cardiovasculares (DCV), consi-
sito deste documento é divulgar os conceitos atuais referentes
deradas a principal causa de morte nessa faixa etária. Por ou-
ao tema de forma prática e objetiva, visando ampliar a reco-
tro lado, o sedentarismo, a incapacidade e a dependência são
mendação da prática de atividade física pelos profissionais de
as maiores adversidades da saúde associadas ao envelheci-
saúde que lidam com indivíduos idosos. Os interessados em
mento. As principais causas de incapacidade são as doenças
se aprofundar no tema devem consultar a bibliografia relacio-
crônicas, incluindo as seqüelas dos acidentes vasculares en-
nada.
cefálicos, as fraturas, as doenças reumáticas e as DCV, entre
outras.
JUSTIFICATIVA
O Centro Nacional de Estatística para a Saúde estima que
Com o advento de inúmeros medicamentos que permitiram cerca de 84% das pessoas com idade igual ou superior a 65
maior controle e tratamento mais eficaz das doenças infecto- anos sejam dependentes para realizar as suas atividades coti-
contagiosas e crônico-degenerativas, aliados aos avançados dianas, constituindo-se no maior risco de institucionalização.
métodos diagnósticos e ao desenvolvimento de técnicas cirúr- Estima-se que em 2020 ocorrerá aumento de 84 a 167% no
gicas cada vez mais sofisticadas e eficientes, houve aumento número de idosos com moderada ou grave incapacidade. En-
significativo da expectativa de vida do homem moderno. A tretanto, a implantação de estratégias de prevenção, como a
conseqüência natural disso foi o aumento da vida média do prática da atividade física (AF) regular e de programas de rea-
homem, que hoje se situa em torno de 66 anos (20 anos a mais bilitação, poderá promover a melhora funcional e minimizar
do que em 1950). Atualmente, estima-se, que a cada 10 indi- ou prevenir o aparecimento dessa incapacidade.
víduos no mundo, um tenha mais de 60 anos, idade acima da
qual é considerado idoso em nosso meio, segundo a Organi- FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO
zação Mundial da Saúde.
O envelhecimento é um processo contínuo durante o qual
O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial
ocorre declínio progressivo de todos os processos fisiológi-
que se repete também aqui no Brasil. Segundo dados do IBGE,
cos. Mantendo-se um estilo de vida ativo e saudável, podem-
no ano de 2030 o Brasil terá a sexta população mundial em
se retardar as alterações morfofuncionais que ocorrem com a
número absoluto de idosos. As doenças ligadas ao processo
idade. Na figura 1 temos esquematizado o ciclo vicioso do
do envelhecimento levam a dramático aumento dos custos as-
envelhecimento.
Este documento pode ser reproduzido e distribuído, desde que seja identi- Alterações cardiovasculares do envelhecimento
ficado claramente como um Posicionamento Oficial conjunto da Socieda-
de Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geria- O aumento da expectativa de vida trouxe maiores conheci-
tria e Gerontologia. mentos acerca das alterações fisiológicas que ocorrem no apa-
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relho cardiovascular e no sistema músculo-esquelético. Per- e do volume sistólico máximo (responsável por 50% da redu-
manece, contudo, a dificuldade quanto à definição da estreita ção do VO2 máx relacionadas com a idade).
fronteira entre envelhecimento normal e as alterações patoló- As artérias sofrem alterações na elasticidade, distensibili-
gicas. dade e dilatação. O esvaziamento ventricular dentro da aorta
O envelhecimento encontra-se associado a alterações es- menos complacente favorece o aumento da pressão arterial
truturais cardíacas, que tendem a ser individualizadas. Ocorre sistólica, enquanto o aumento da resistência arterial periféri-
o aumento da massa cardíaca da ordem de 1 a 1,5g/ano, entre ca determina incremento progressivo da pressão arterial mé-
30 e 90 anos de idade. As paredes do ventrículo esquerdo (VE) dia. As paredes da aorta tornam-se mais espessas pela infiltra-
aumentam levemente de espessura, bem como o septo inter- ção de colágeno, mucopolissacarídeos e deposição de cálcio,
ventricular, mesmo em ausência de DCV, mantendo, no en- com descontinuação das lâminas elásticas. A velocidade da
tanto, índices ecocardiográficos normais. Essas alterações es- onda de pulso está aumentada, refletindo a redução da com-
tão relacionadas com a maior rigidez da aorta, determinando placência vascular. A circulação periférica sofre alterações
aumento na impedância ao esvaziamento do VE, com conse- morfológicas e funcionais, tais como a redução da relação
qüente aumento da pós-carga. Paralelamente, há deposição capilar/fibra muscular, menor diâmetro capilar e alteração da
de tecido colágeno, principalmente na parede posterior do VE. função endotelial. Especificamente, ocorre redução na libera-
A infiltração colágena do miocárdio aumenta a rigidez do co- ção de óxido nítrico e menor resposta vasodilatadora depen-
ração. A função sistólica mantém-se inalterada, ocorrendo, por dente do endotélio, embora a resposta dos músculos lisos aos
outro lado, redução da complacência ventricular, com prejuí- vasodilatadores diretos esteja inalterada.
zo da função diastólica, determinando o prolongamento do Essas limitações cardiovasculares em conjunto levam à di-
tempo de relaxamento ventricular. É provável que esses acha- minuição do débito cardíaco máximo, que produz redução do
dos estejam relacionados com a diminuição da recaptação de consumo máximo de oxigênio (VO2 máx) da ordem de 0,4 a
cálcio pelo retículo sarcoplasmático. 0,5ml•kg–1•min–1•ano–1 (i.e., 1% por ano no adulto). Embora
Com o envelhecimento, a modulação da função cardíaca características genéticas influenciem na taxa de declínio do
pelo sistema nervoso autônomo (adrenérgico e vagal) dimi- VO2 máx, a manutenção da AF regular pode desacelerar essa
nui, ocorrendo declínio na resposta à estimulação adrenérgica redução à metade.
do coração senescente. A resposta ß-adrenérgica reduzida
(menor ativação neural e diminuição da densidade dos recep- Alterações músculo-esqueléticas no idoso
tores ß-adrenérgicos) leva a menor cronotropismo, inotropis- O sistema neuromuscular no homem alcança sua matura-
mo e vasodilatação arterial. Em conseqüência, durante o exer- ção plena entre 20 e 30 anos de idade. Entre as 3ª e 4ª décadas
cício ocorre diminuição da freqüência cardíaca máxima (FCmáx) a força máxima permanece estável ou com reduções pouco
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significativas. Em torno dos 60 anos é observada uma redu- ça e a endurance musculares, o equilíbrio e a flexibilidade,
ção da força máxima muscular entre 30 e 40%, o que corres- com a conseqüente diminuição da incidência de quedas, fra-
ponde a uma perda de força de cerca de 6% por década dos 35 turas e suas complicações. Os idosos portadores de osteoar-
aos 50 anos de idade e, a partir daí, 10% por década. trose também podem e devem praticar AF regular, desde que
No idoso ocorre também redução da massa óssea, mais fre- adaptada à sua condição.
qüentemente em mulheres, que, quando em níveis mais acen-
tuados, caracteriza a osteoporose, que pode predispor à ocor- AVALIAÇÃO PRÉ-PARTICIPAÇÃO
rência de fraturas.
Após os 35 anos há alteração natural da cartilagem articu- Embora uma avaliação médica pré-participação seja fun-
lar que, associada às alterações biomecânicas adquiridas ou damental, a impossibilidade de acesso a ela não deve impedir
não, provoca ao longo da vida degenerações diversas que po- a adoção de um estilo de vida ativo. As alternativas de avalia-
dem levar à diminuição da função locomotora e da flexibili- ção vão desde simples questionários até exames sofisticados.
dade, acarretando maior risco de lesões. Os principais objetivos do exame clínico são: a identificação
de doenças pregressas e atuais, a avaliação do estado nutricio-
EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA NOS IDOSOS nal, do uso de medicamentos, das limitações músculo-esque-
léticas e do nível atual de AF.
A prática da AF é recomendada para manter e/ou melhorar Dentre os exames complementares, o mais importante é o
a densidade mineral óssea e prevenir a perda de massa óssea. teste ergométrico, cujos objetivos principais são: determina-
A AF regular exerce efeito positivo na preservação da massa ção da tolerância ao esforço e detecção de isquemia miocárdi-
óssea; entretanto, ele não deve ser considerado como um subs- ca induzida pelo esforço. A razão fundamental para realiza-
tituto da terapia de reposição hormonal. A associação entre ção do teste ergométrico no idoso, ainda que assintomático e
tratamento medicamentoso e AF é uma excelente maneira de sem fatores de risco, é que a partir dos 55 anos o risco de
prevenir fraturas. doença arterial coronariana (DAC) excede 10%, conferindo
A AF regular melhora a força, a massa muscular e a flexibi- grande valor diagnóstico ao teste, ou seja, um resultado nor-
lidade articular, notadamente, em indivíduos acima de 50 anos. mal reduz esse risco para 2%, enquanto um resultado alterado
A treinabilidade do idoso (a capacidade de adaptação fisioló- o eleva para 90%. A realização do teste ergométrico pode in-
gica ao exercício) não difere da de indivíduos mais jovens. cluir medidas da ventilação pulmonar e dos gases expirados
A AF se constitui em um excelente instrumento de saúde (ergoespirometria), que permite a medida direta do consumo
em qualquer faixa etária, em especial no idoso, induzindo máximo de oxigênio, a determinação do limiar anaeróbico e
várias adaptações fisiológicas e psicológicas, tais como: melhor identificação da causa de intolerância ao esforço.
– aumento do VO2 máx A avaliação pré-participação ideal deve incluir ainda testes
– maiores benefícios circulatórios periféricos de força muscular e de flexibilidade, análise postural e deter-
– aumento da massa muscular minação da composição corporal. O objetivo conjunto desses
– melhor controle da glicemia testes é construir uma prescrição individualizada, favorecen-
– melhora do perfil lipídico do maior ganho de qualidade de vida quando do envolvimen-
– redução do peso corporal to com atividades recreativas e otimizando o desempenho
– melhor controle da pressão arterial de repouso quando da prática de uma modalidade desportiva.
– melhora da função pulmonar
– melhora do equilíbrio e da marcha PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS
– menor dependência para realização de atividades diárias
– melhora da auto-estima e da autoconfiança Quando se considera a prescrição de exercícios para indiví-
– significativa melhora da qualidade de vida duos idosos, deve-se contemplar – a exemplo de outras faixas
A AF regular diminui a incidência de quedas, o risco de etárias – os diferentes componentes da aptidão física: condi-
fraturas e a mortalidade em portadores de doença de Parkin- cionamento cardiorrespiratório, endurance e força muscula-
son. Para maior benefício, a AF nesses pacientes deve incluir res, composição corporal e flexibilidade. Essa abordagem as-
treinamento de equilíbrio, caminhadas e exercícios de força. segura a manutenção da mobilidade e da agilidade, prolon-
A AF tem sido preconizada, também, para outras doenças gando a independência do idoso e melhorando sua qualidade
neurológicas, como esclerose múltipla e doença de Alzhei- de vida.
mer. Um programa de AF para o idoso deve estar dirigido para
A AF regular nos idosos – particularmente os exercícios quebrar o ciclo vicioso do envelhecimento (figura 1), melho-
nos quais se sustenta o próprio peso e exercícios de força – rando sua condição aeróbica e diminuindo os efeitos deleté-
promove maior fixação de cálcio nos ossos, auxiliando na pre- rios do sedentarismo. Deve maximizar o contato social, redu-
venção e no tratamento da osteoporose. Aumenta ainda a for- zindo a ansiedade e a depressão, comuns nessa faixa etária.
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A exemplo de outras intervenções médicas, a AF regular ou da freqüência cardíaca máxima (FCmáx) efetivamente esta-
deve obedecer a alguns fundamentos, para assegurar a melhor belecidos em um teste ergométrico ou estimados através de
relação risco/benefício. As principais variáveis a serem ob- fórmulas. O uso de medicamentos de ação cardiovascular pode
servadas para a prescrição são: modalidade, duração, freqüên- alterar a relação entre FC e intensidade de esforço; nesse caso,
cia, intensidade e modo de progressão. Entretanto, é impor- pode-se utilizar a escala de percepção subjetiva do esforço
tante enfatizar que o planejamento dos exercícios deve ser in- (escala de Borg), uma excelente alternativa para qualquer in-
dividualizado, levando em consideração os resultados da ava- divíduo. Geralmente, é recomendada uma intensidade mode-
liação pré-participação e as co-morbidades presentes. rada, como 40 a 75% do VO2 máx ou 55 a 85% da FC máxima,
A escolha da modalidade de exercício deve valorizar acima o que corresponde em geral à escala de Borg de 3 a 5 ou de 12
de tudo as preferências pessoais e possibilidades do idoso. a 13, conforme a escala preferida (0-10 ou 6-20, respectiva-
Após a avaliação pré-participação, uma ou mais modalidades mente). Deve-se observar que sessões com intensidade alta
podem ser contra-indicadas em decorrência de doenças en- podem estar associadas a um maior risco de desistência, devi-
contradas no indivíduo. O lazer e socialização devem integrar do a desconforto muscular, especialmente nas fases iniciais
um programa bem-sucedido. Para que tal ocorra, as ativida- de um programa de exercícios.
des devem ser, sempre que possível, em grupo e variadas. A duração da atividade varia de 30 a 90 minutos, guardan-
Até alguns anos atrás, a recomendação para a prescrição de do relação inversa com a intensidade. Os chamados “idosos
exercícios predominantemente aeróbicos era de que fossem frágeis” e indivíduos em fase inicial do programa de exercí-
realizados três a cinco vezes por semana, com duração de 20 a cios podem beneficiar-se de sessões de curta duração (cinco a
30 minutos, com intensidade de leve a moderada. Alternativa- dez minutos) realizadas em dois ou mais períodos ao dia.
mente a essa prescrição formal, podem-se acumular 2.000kcal Idealmente, deve-se praticar exercícios na maioria – se pos-
ou mais de gasto energético semanal, o que reduz de forma sível em todos – dos dias da semana. Dessa forma, mais pro-
expressiva a mortalidade geral e cardiovascular. Esse gasto vavelmente pode-se atingir o gasto energético necessário para
energético pode ser atingido tanto através de atividades pro- obtenção dos benefícios para a saúde.
gramadas (por exemplo: caminhar, nadar, pedalar, hidroginás- Na fase inicial de um programa é importante dar seguran-
tica), como também através de atividades do cotidiano e de ça, educando quanto aos princípios do exercício e estimulan-
lazer, como subir escadas, cuidar de afazeres domésticos, cui- do a automonitorização. É importante fazer com que o hábito
dar do jardim, dançar, etc. do exercício se transforme em algo tão natural como, por exem-
Evidências mais recentes sugerem que atividades de inten- plo, cuidar da própria higiene.
sidade acima de 4,5 equivalentes metabólicos (METs) pro- Para o treinamento da força e da endurance musculares,
porcionam redução adicional da mortalidade geral e cardio- devem-se trabalhar os grandes grupos musculares. Duas a três
vascular da ordem de aproximadamente 10%. Dessa forma, séries de seis a 12 repetições aumentam tanto a força quanto a
sair da inatividade já traz consideráveis benefícios à saúde; endurance musculares. Propõe-se a realização de duas a três
entretanto, para aqueles que já praticam AF regularmente, in- vezes por semana, utilizando uma intensidade equivalente a
crementos de intensidade são capazes de gerar benefícios ain- aproximadamente 60% de uma repetição máxima.
da maiores. Exercícios de alongamento devem ser realizados sem mo-
Entretanto, em alguns indivíduos idosos, sua baixa capaci- vimentos balísticos, com movimentos graduais até o ponto de
dade funcional não permite a prescrição de exercícios da for- ligeiro desconforto, e devem acompanhar as sessões de exer-
ma ideal. É, portanto, necessária uma fase inicial de adapta- cícios aeróbicos e de força. É necessário maior cuidado na
ção, na qual a intensidade e a duração serão determinadas em execução dos movimentos, para minimizar o risco de lesões.
níveis abaixo dos ideais. A segurança é primordial, não só do ponto de vista cardio-
A AF deve ser iniciada por uma fase de aquecimento, exer- vascular, mas também em relação ao aparelho locomotor. É
cícios de alongamento e de mobilidade articular, além da ati- importante considerar sua menor capacidade de adaptação a
vidade principal em menor intensidade. O aquecimento é uma extremos de temperatura e maior dificuldade de regulação hí-
fase importante, pois diminui os riscos de lesões e aumenta o drica. Devemos orientar quanto ao vestuário e calçados, esti-
fluxo sanguíneo para a musculatura esquelética. A redução mular a hidratação durante a atividade e assegurar ambientes
progressiva da intensidade do exercício é igualmente impor- ventilados, bem iluminados e com pisos antiderrapantes.
tante, por prevenir a hipotensão pós-esforço. Esses efeitos Finalmente, a AF deve ser incentivada e estimulada para
podem ser exacerbados nos idosos, pois estes apresentam indivíduos idosos, inclusive através de iniciativas do poder
mecanismos de ajustes hemodinâmicos mais lentos e freqüen- público e/ou privado, como já existente em várias cidades do
temente utilizam medicamentos de ação cardiovascular. Brasil, visto se constituir em excelente instrumento de pro-
A intensidade da fase aeróbica pode ser determinada atra- moção da saúde. Não existe nenhum segmento da população
vés do percentual do consumo máximo de oxigênio (VO2 máx) que obtenha mais benefícios com a AF do que os idosos.
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RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS CONCLUSÕES
Algumas recomendações devem ser observadas para segu- 1) A atividade física regular melhora a qualidade e expec-
ra e adequada realização de exercícios (tabela 1). tativa de vida do idoso.
2) Um programa de atividade física para o idoso deve ser
TABELA 1
Recomendações para a realização precedido de uma avaliação médica e também contemplar os
de uma sessão de exercício físico diferentes componentes da aptidão física, incluindo exercí-
cios aeróbicos, de força muscular, de flexibilidade e de equi-
Realizar exercício somente quando houver bem-estar físico. líbrio.
Usar roupas e calçados adequados.
Evitar o fumo e o uso de sedativos. 3) O governo em seus diferentes níveis, as instituições mé-
Não se exercitar em jejum. Dar preferência a carboidratos antes do
dicas e científicas, as entidades não governamentais e a mídia
exercício.
Respeitar os limites pessoais, interrompendo se houver dor ou des- devem divulgar o conceito de que a atividade física é funda-
conforto. mental para a promoção da saúde do idoso e desenvolver ações
Evitar extremos de temperatura e umidade. objetivas e concretas para viabilizar a prática regular de ativi-
Iniciar a atividade lenta e gradativamente para permitir adaptação.
Hidratação adequada antes, durante e após a atividade física.
dade física orientada nessa faixa etária.
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