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GUNDRY, R. H. Panorama do Novo Testamento. São Paulo, SP: Vida Nova, 1998.

SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 – História Política Intertestamentária e do NT .................................................................... 1

CAPÍTULO 2 – O Ambiente Secular do NT ............................................................................................. 5

Introdução

O NT é a parte II da Bíblia, composto por 27 livros. O AT cobre um período de milhares de anos de


história, mas o NT menos de um século. Nesse período do séc. I as profecias messiânicas se
cumpriram, foi realizado o plano de redenção do homem e o novo povo de Deus se formou. Tudo isso
firmado em um novo pacto.

 Novo Testamento: significa “Novo Pacto”, em contraste com a antiga aliança na qual Deus
perdoava transgressões à vista de sacrifícios de animais, à guisa de antecipação provisória
daquele verdadeiro e adequado sacrifício de Cristo. "Testamento" transmite-nos a ideia de uma
última vontade, que só passa a ter efeito na eventualidade da morte do testador. Assim é que o
novo pacto entrou em vigor em face da morte de Jesus (Hb 9:15-17).
 Como foi escrito: originalmente em grego, entre 45-95 d.C. Sua autoria é atribuída aos
apóstolos (Pedro, João, Mateus e Paulo) e outros antigos autores cristãos (João Marcos,
Lucas, Tiago e Judas). Não estão em ordem cronológica, mas lógica.
 Importância: 1) histórica: nele descobrimos a explicação do fenômeno que é o cristianismo; 2)
cultural: sua influência tem permeado a civilização ocidental de tal maneira que ninguém
poderia ser tido por bem educado a menos que conheça seu conteúdo; 3) teológica: é uma
narrativa divinamente inspirada sobre a missão remidora de Jesus, sendo ainda o padrão de
crenças e de práticas da Igreja; 4) devocional: o Espírito Santo utiliza-se do NT para conduzir
pessoas a um vivo e crescente relacionamento com Deus, através de Seu Filho.

PARTE I - O Cenário Antecedente Político, Cultural e Religioso.

CAPÍTULO 1 – História Política Intertestamentária e do NT


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PERÍODO GREGO

Alexandre o Grande

A história do AT se encerrou com o cativeiro babilônico e o regresso, à Palestina, de parte dos


exilados. Os 4 séculos entre o final da história do AT e os primórdios da história do NT
compreendem o período intertestamentário. Durante esse período Alexandre o Grande se
tornou o senhor do antigo Oriente Médio.

Helenização

A cultura grega (helenismo) propagou-se com as conquistas de Alexandre. Na época do NT o


grego era a língua comumente falada nas ruas.

Após seu falecimento, os principais generais de Alexandre dividiram o império em 4 porções,


sendo duas delas a porção dos Ptolomeus e as dos Selêucidas. A dinastia dos Ptolomeus
centralizava-se no Egito. Cleópatra foi o último membro da dinastia dos Ptolomeus. O império
Selêucida tinha por centro a Síria, e Antioquia era sua capital. Esse Império durou até a Síria
ser tomada por Pompeu para o império romano (64 a.C.).

Os Ptolomeus

Devido localizar-se entre o Egito e a Síria, a Palestina tornou-se vítima das rivalidades entre os
Ptolomeus e os Selêucidas. Inicialmente os Ptolomeus dominaram a Palestina por 122 anos.
Nesse período os judeus tiveram boas condições. Sob Ptolomeu Filadelfo (285-246 a.C.) 72
eruditos judeus traduziram o AT hebraico para o grego (Septuaginta). A obra foi realizada no
Egito e o numeral romano LXX tornou-se o símbolo dessa versão.

Os Selêucidas

A conquista da Palestina pelos selêucidas ocorreu quando Antíoco III derrotou o Egito (198
a.C.). Entre os judeus surgiram duas facções, "a casa de Onias" (pró-Egito) e "a casa de
Tobias" (pró-Síria). Antíoco IV ou Epifânio substitui o sumo sacerdote para helenizar a Judeia.
A cultura grega já estava ficando raízes, muitos hebreus até mudavam seus nomes para
nomes gregos. Os que se opunham a paganização eram chamados Hasidim, "os piedosos",
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equivalente a puritanos. Em 168 a.C., Antíoco Epifânio enviou o general Apolônio à Judeia,
estabelecendo o paganismo a força: tornou o judaísmo ilegal, saqueou e destruiu a cidade,
destruiu muitos manuscritos do AT, levantou um altar e uma estátua a Zeus no templo,
sacrificou animais impuros sobre o altar e praticaram prostituição no em seu recinto.

PERÍODO DOS MACABEUS

Revolta dos Macabeus

Um agente real de Antíoco forçou o idoso sacerdote Matatias oferecer um sacrifício pagão.
Recusando-se, tirou-lhe a vida, demoliu o altar e fugiu para a região montanhosa com seus
cinco filhos e outros simpatizantes (167 a.C.). A família de Matatias é coletivamente chamada
de a Hasmoneanos, por causa de Hasmom, bisavó de Matatias, ou de Macabeus, devido ao
apelido "Macabeu" ("martelo"), conferido a Judas, um dos filhos de Matatias.

Judas Macabeu obteve extraordinário sucesso nas guerrilhas. Derrotaram os sírios, mas
também a revolta foi marcada pela guerra entre judeus pró-helenistas e anti-helenistas. Os
Macabeus recuperaram a liberdade religiosa, consagraram o templo, conquistaram a Palestina
e expulsaram os sírios de Jerusalém.

Independência dos Macabeus

Após a morte de Judas Macabeu, seus irmãos, Jônatas e Simão, o sucederam. Eles
reconstruíram os edifícios de Jerusalém, e conquistaram a independência judaica da parte de
Demétrio II. Simão foi proclamado grande "sumo sacerdote, comandante e líder dos judeus",
tornando o ofício sacerdotal uma liderança religiosa, militar e política.

A sequência da história hasmoneana consiste em contendas internas derivadas da ambição


pelo poder. Tais intrigas alimentaram o movimento dos Hasidim, que vieram a ser mais tarde
os fariseus e os essênios. Os saduceus passaram a ser os aristocratas do sacerdócio
hasmoneano. Finalmente, o general romano Pompeu subjugou a Palestina (63 a.C.).

PERÍODO ROMANO
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Expansão romana

As conquistas feitas sob o comando de Pompeu e Júlio César expandiram o domínio romano.
Augusto derrotou as forças de Antônio e Cleópatra constituindo o império de Roma e
inaugurando um período de paz (Pax Romana). Essa paz foi interrompida na Judeia devido
grandes revoltas (70 e 135 d.C.). Contudo, a estabilidade política e a hegemonia romana
facilitaram a propagação do cristianismo.

Imperadores romanos

 Augusto (27 a.C. - 14 d.C.): período do nascimento de Jesus, recenseamento ligado


ao Seu nascimento, e os primórdios do culto ao imperador;
 Tibério (14-37 d.C.): sob quem Jesus efetuou o Seu ministério público e foi morto.
 Calígula (37-41 d.C.): exigiu que lhe prestassem culto e ordenou que sua estátua
fosse colocada no templo de Jerusalém, mas veio a falecer antes que sua ordem fosse
cumprida.
 Cláudio (41-54 d.C.): expulsou os residentes judeus de Roma por motivo de distúrbios
civis.
 Nero (54-68 d.C.): perseguiu os cristãos, e martirizou Pedro e Paulo.
 Vespasiano (69-79 d.C.): começou a impedir uma revolta dos judeus, que terminou ao
encargo de seu filho, Tito, com a destruição de Jerusalém e seu templo, em 70 d.C.
 Domiciano (81-96 d.C.): perseguiu a igreja e serviu de pano-de-fundo para a escrita
do Apocalipse, como encorajamento para os cristãos oprimidos.

Herodes o Grande

Um governador nativo vassalo do império romano na Palestina. Governou de 37-4 a.C. Por ser
idumeu (edomita) não era visto com bons olhos pelos judeus. Assassinou grande parte de sua
família e ordenou a matança dos infantes de Belém. Sua maior contribuição para os judeus foi
o embelezamento do templo de Jerusalém na tentativa de conciliar seus súditos. Morreu de
hidropsia e câncer nos intestinos em 4 a.C.

Dinastia de Herodes
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Os filhos de Herodes passaram a governar porções separadas da Palestina. A Judeia, Samaria


e Iduméia ficaram sobre o governo do etnarca Arquelau. A Galileia e a Peréia ficaram sob o
governo do tetrarca Herodes Antipas, o mesmo que foi repreendido por João Batista e
assassinou o profeta (Mc 6.17-29 e Mt 14.3-12). Foi chamado de "raposa" por Jesus (Lc
13.32), e o julgou em tribunal (Lc 23.7-12). Herodes Agripa I, neto de Herodes o Grande,
executou o apóstolo Tiago, filho de Zebedeu, e encarcerou Pedro (At 12). Herodes Agripa II,
bisneto de Herodes o Grande, ouviu Paulo em sua defesa (At 25-26).

Governadores romanos

Arquelau (governador da Judeia, Samaria e Iduméia) foi removido do ofício por Augusto (6
d.C.) por causa de seus desmandos. Que também foi o motivo de José, Maria e Jesus, ao
regressarem do Egito, estabelecerem-se em Nazaré (Galileia) ao invés de Belém (Judeia) (Mt
2.21-23). Após sua remoção alguns governantes dirigiram o território. Um desses, Pôncio
Pilatos, julgou Jesus. Félix e Festo ouviram Paulo (At 23-26). O governador Floro pilhou o
tesouro do templo, desencadeando a revolta dos judeus (66-73 d.C.). O sacerdócio judaico e o
Sinédrio eram poderes locais que controlavam boa parte das questões.

Da 1ª à 2ª guerrada dos Judeus

Após a destruição do templo (70 d.C.) os rabinos estabeleceram um escola na cidade de


Jamnia (estudavam a Torá – Lei do AT). Até que o imperador Hadriano mandou erigir um
santuário à Júpter no local do templo e proibiu a circuncisão, gerando mais uma revolta sob a
liderança de Bar Cochba (saudado como Messias) (132 d.C.). Os romanos impediram os
judeus (135 d.C.), reconstruíram a cidade e os baniram, deixando de existir o estado judaico
(até que foi reavivado em 1948).

CAPÍTULO 2 – O Ambiente Secular do NT

POPULAÇÃO JUDAICA: 7% da população total do mundo romano era formada de judeus no


período do NT (mais de 4 milhões). Porém, na Palestina, os judeus não chegavam a 700 mil.
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IDIOMAS: o latim, língua oficial romana, era usado no ocidente. No oriente, o idioma comum
era o grego. Os habitantes da Palestina também falavam aramaico e o hebraico (trilíngues).

TRANSPORTES, COMÉRCIO E COMUNICAÇÕES: a Palestina era pouco desenvolvida em


estradas, contrastando com todo o império romano, onde as rodovias eram famosas. Eram as
mais retas possíveis e duráveis. Foram utilizadas pelos primeiros missionários. As pessoas
viajavam a pé, em lombo de burro, a cavalo ou montadas em mulas, e usavam carruagens ou
liteiras. Visto que as hospedarias à beira do caminho eram bastante sujas, as pessoas de
posses dependiam de seus amigos para se alojarem.

Os transportes comerciais ocorriam por água, sendo o porto de Alexandria o mais importante
de onde partiam barcos que levavam cereais para todo o mundo.

O material de escrita para cartas e outros documentos era o papiro, os óstracos (pedaços
quebrados de cerâmica) e tabletes recobertos de cera. Mas no caso de manuscritos
importantes era empregado o couro ou o pergaminho. A maior parte das notícias era
propagada oralmente pelos arautos ou em notificações públicas, colocadas em quadros de
boletim.

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