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SUMÁRIO
Introdução
Novo Testamento: significa “Novo Pacto”, em contraste com a antiga aliança na qual Deus
perdoava transgressões à vista de sacrifícios de animais, à guisa de antecipação provisória
daquele verdadeiro e adequado sacrifício de Cristo. "Testamento" transmite-nos a ideia de uma
última vontade, que só passa a ter efeito na eventualidade da morte do testador. Assim é que o
novo pacto entrou em vigor em face da morte de Jesus (Hb 9:15-17).
Como foi escrito: originalmente em grego, entre 45-95 d.C. Sua autoria é atribuída aos
apóstolos (Pedro, João, Mateus e Paulo) e outros antigos autores cristãos (João Marcos,
Lucas, Tiago e Judas). Não estão em ordem cronológica, mas lógica.
Importância: 1) histórica: nele descobrimos a explicação do fenômeno que é o cristianismo; 2)
cultural: sua influência tem permeado a civilização ocidental de tal maneira que ninguém
poderia ser tido por bem educado a menos que conheça seu conteúdo; 3) teológica: é uma
narrativa divinamente inspirada sobre a missão remidora de Jesus, sendo ainda o padrão de
crenças e de práticas da Igreja; 4) devocional: o Espírito Santo utiliza-se do NT para conduzir
pessoas a um vivo e crescente relacionamento com Deus, através de Seu Filho.
PERÍODO GREGO
Alexandre o Grande
Helenização
Os Ptolomeus
Devido localizar-se entre o Egito e a Síria, a Palestina tornou-se vítima das rivalidades entre os
Ptolomeus e os Selêucidas. Inicialmente os Ptolomeus dominaram a Palestina por 122 anos.
Nesse período os judeus tiveram boas condições. Sob Ptolomeu Filadelfo (285-246 a.C.) 72
eruditos judeus traduziram o AT hebraico para o grego (Septuaginta). A obra foi realizada no
Egito e o numeral romano LXX tornou-se o símbolo dessa versão.
Os Selêucidas
A conquista da Palestina pelos selêucidas ocorreu quando Antíoco III derrotou o Egito (198
a.C.). Entre os judeus surgiram duas facções, "a casa de Onias" (pró-Egito) e "a casa de
Tobias" (pró-Síria). Antíoco IV ou Epifânio substitui o sumo sacerdote para helenizar a Judeia.
A cultura grega já estava ficando raízes, muitos hebreus até mudavam seus nomes para
nomes gregos. Os que se opunham a paganização eram chamados Hasidim, "os piedosos",
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equivalente a puritanos. Em 168 a.C., Antíoco Epifânio enviou o general Apolônio à Judeia,
estabelecendo o paganismo a força: tornou o judaísmo ilegal, saqueou e destruiu a cidade,
destruiu muitos manuscritos do AT, levantou um altar e uma estátua a Zeus no templo,
sacrificou animais impuros sobre o altar e praticaram prostituição no em seu recinto.
Um agente real de Antíoco forçou o idoso sacerdote Matatias oferecer um sacrifício pagão.
Recusando-se, tirou-lhe a vida, demoliu o altar e fugiu para a região montanhosa com seus
cinco filhos e outros simpatizantes (167 a.C.). A família de Matatias é coletivamente chamada
de a Hasmoneanos, por causa de Hasmom, bisavó de Matatias, ou de Macabeus, devido ao
apelido "Macabeu" ("martelo"), conferido a Judas, um dos filhos de Matatias.
Judas Macabeu obteve extraordinário sucesso nas guerrilhas. Derrotaram os sírios, mas
também a revolta foi marcada pela guerra entre judeus pró-helenistas e anti-helenistas. Os
Macabeus recuperaram a liberdade religiosa, consagraram o templo, conquistaram a Palestina
e expulsaram os sírios de Jerusalém.
Após a morte de Judas Macabeu, seus irmãos, Jônatas e Simão, o sucederam. Eles
reconstruíram os edifícios de Jerusalém, e conquistaram a independência judaica da parte de
Demétrio II. Simão foi proclamado grande "sumo sacerdote, comandante e líder dos judeus",
tornando o ofício sacerdotal uma liderança religiosa, militar e política.
PERÍODO ROMANO
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Expansão romana
As conquistas feitas sob o comando de Pompeu e Júlio César expandiram o domínio romano.
Augusto derrotou as forças de Antônio e Cleópatra constituindo o império de Roma e
inaugurando um período de paz (Pax Romana). Essa paz foi interrompida na Judeia devido
grandes revoltas (70 e 135 d.C.). Contudo, a estabilidade política e a hegemonia romana
facilitaram a propagação do cristianismo.
Imperadores romanos
Herodes o Grande
Um governador nativo vassalo do império romano na Palestina. Governou de 37-4 a.C. Por ser
idumeu (edomita) não era visto com bons olhos pelos judeus. Assassinou grande parte de sua
família e ordenou a matança dos infantes de Belém. Sua maior contribuição para os judeus foi
o embelezamento do templo de Jerusalém na tentativa de conciliar seus súditos. Morreu de
hidropsia e câncer nos intestinos em 4 a.C.
Dinastia de Herodes
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Governadores romanos
Arquelau (governador da Judeia, Samaria e Iduméia) foi removido do ofício por Augusto (6
d.C.) por causa de seus desmandos. Que também foi o motivo de José, Maria e Jesus, ao
regressarem do Egito, estabelecerem-se em Nazaré (Galileia) ao invés de Belém (Judeia) (Mt
2.21-23). Após sua remoção alguns governantes dirigiram o território. Um desses, Pôncio
Pilatos, julgou Jesus. Félix e Festo ouviram Paulo (At 23-26). O governador Floro pilhou o
tesouro do templo, desencadeando a revolta dos judeus (66-73 d.C.). O sacerdócio judaico e o
Sinédrio eram poderes locais que controlavam boa parte das questões.
IDIOMAS: o latim, língua oficial romana, era usado no ocidente. No oriente, o idioma comum
era o grego. Os habitantes da Palestina também falavam aramaico e o hebraico (trilíngues).
Os transportes comerciais ocorriam por água, sendo o porto de Alexandria o mais importante
de onde partiam barcos que levavam cereais para todo o mundo.
O material de escrita para cartas e outros documentos era o papiro, os óstracos (pedaços
quebrados de cerâmica) e tabletes recobertos de cera. Mas no caso de manuscritos
importantes era empregado o couro ou o pergaminho. A maior parte das notícias era
propagada oralmente pelos arautos ou em notificações públicas, colocadas em quadros de
boletim.