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ESTUDOS DE PSICANÁLISE II: ORIGENS DA PSICANÁLISE

Em 1880, o médico vienense, Dr. Josef Breuer (1842-1925) descobriu um novo


método por meio do qual aliviou os muitos e variados sintomas de uma moça que vinha
sofrendo gravemente de histeria. Baseado na idéia de que os sintomas estavam ligados a
situação traumática ao cuidar do pai que estava enfermo, o Dr. Breuer induziu a moça à
um estado de transe hipnótico sonambúlico para procurar as ligações em sua memória e a
reviver a situação traumática sem inibir os afetos que surgiam no processo, ou seja,
liberando as emoções reprimidas. Os sintomas desapareceram para sempre.
Dez anos depois o Dr. Breuer passa a trabalhar com Freud e em 1895 publicam
“Estudos sobre a Histeria”, explicando a teoria da catarse, onde os sisntomas histéricos
se originam através da energia de um processo mental que é afastado da influência
consciente e desviada para a inervação corporal, provocando uma histeria de conversão.
Assim, um sintoma histérico seria um substituto de um ato mental omitido e uma
reminescência do episódio que deu origem a este ato. A liberação do afeto que se
extraviara e sua descarga por um caminho normal (ab-reação) constituiria a cura.
Um ano depois Freud se desentende com Breuer e passa a criar o seu próprio
método de investigação do Inconsciente que deu origem a Psicanálise.
A Psicanálise com o correr do tempo passou a significar um método específico de
tratar as perturbações nervosas ou ainda, a ciência dos processos mentais inconscientes.
A influência terapêutica da psicanálise depende da substituição de atos mentais
inconscientes por conscientes. O que se consegue superando as resistências.
A psicanálise considera a vida mental sob três aspectos:
1)Dinâmico: todos os processos mentais são o resultado da ação mútua de forças que
ajudam ou inibem uma às outras, se combinam ou se conciliam. Essas forças apresentam
sua origem nos instintos, em algo orgânico e se caracterizam por apresentar uma reserva
de energia (somática) imensa (a compulsão à repetição); e são representadas mentalmente
como imagens ou idéias com uma carga afetiva. Existem dois grupos de instintos, o
primeiro é o do Ego, voltados para a autopreservação, e o segundo é o do Objeto, referente
às relações com um objeto externo. Por trás destes instintos, a psicanálise postula a
existências de instintos dois fundamentais, o Eros, o instinto que luta sempre por uma
união mais estreita e o Tanatos, o instinto de destruição do que está vivo. Existem ainda
os instintos sociais, mas estes já não pertencem aos elementares e irredutíveis.
2) Econômico: os representantes mentais dos instintos têm uma carga, a catexia, de
quantidades definidas de energia, sendo a finalidade do aparelho mental impedir qualquer
represamento dessas energias e manter o mais baixo possível o volume total das excitações
com que ele se acha carregado. O curso dos processos mentais é automaticamente regulado
pelo princípio de prazer-desprazer. No curso do desenvolvimento, o princípio do prazer
original passa por uma modificação com referência ao mundo externo, dando lugar ao
princípio de realidade, onde aprende a adiar o prazer, suportando temporariamente o
desprazer.
3) Topograficamente: o aparelho mental é composto por um Id, que é o repositório dos
impulsos intintuais, um Ego, que é a parte mais superficial do Id e o Superego que é a
parte modificada pela influência do mundo externo, que desenvolve à partir do Id, domina-
o e representa as inibições do instinto, características do homem. Topograficamente existe
ainda o Consciente e o Inconsciente.
Os sonhos e erros (parapraxias como os lapsos de linguagem) dos homens normais
têm o mesmo mecznismo que os sintomas neuróticos.
As três pedras fundamentais da teoria psicanalítica:
1) a repressão: há uma força na mente que exerce as funções de uma censura e que
exclui da consciência e de qualquer influência sobre a ação todas as tendências que
desagradam. Tais tendências são descritas como ‘reprimidas’. Estas podem ser
inconscientes e a tentativa de tornar isto consciente pode provocar uma resistência. Em
muitos casos estes impulsos instintuais acabam influenciando a mente por caminhos
indiretos, sendo as satisfações indiretas ou substitutivas dos impulsos reprimidos assim
alcançadas o que constitui os sintomas neuróticos.
2) a transferência: constitui uma peculiarridade marcante dos neuróticos. O paciente
desenvolve para com o terapeuta relações emocionais, de afeto ou hostilidade, oriundas
de suas relações com os pais. Sendo uma prova inequívoca de que os adultos não
superam sua antiga dependência infantil, ela coincide com a força que foi designada
como ‘sugestão’; e é somente aprendendo a fazer uso dela que o terapeuta fica
capacitado a induzir o paciente a superar suas resitências internas e a eliminar
repressões. Visto dessa forma, o tratazmento psicanalítico atua como uma Segunda
educação, corrigindo a educação desviada da infância.
3) a importância do instinto sexual: os sisntomas neuróticos são satisfações substitutivas
da sexualidade reprimida. Na psicanálise a sexualidade inicia logo após o nascimento
( vale lembrar que com o avanço da ultrasonografia foi constatado que os fetos se
masturbam, o que indica que a sexualidade já se inicia desde a vida intra-uterina)
atingindo o seu clímax no quinto ano, o “período primitivo”, vindo em seguida o
“período de latência”, que se estende até a puberdade, que constitui a Segunda fase
sexual. A energia sexual passa por várias regiões do corpo fazendo as organizações pré-
genitais da libido até chegar as zonas genitais. Se durante alguma dessas fases houver
uma ‘fixação’ que no caso de uma subsequente repressão provocará uma regressão. As
fixações infantis da libido são o que determina a forma de qualquer neurose ulterior.
Assim, as neuroses devem ser consideradas como inibições no desenvolvimento da
libido. O conflito mais importante com o qual se defende uma criancinha é sua relação
com os pais, o complexo de Édipo; é ao tentar lidar com esse problema que aqueles
destinados a sofrer de uma neurose habitualmente malogram. As reações contra as
exigências instintuais do complexo de Édipo são a fonte das realizações mais preciosas
e socialmente importantes da mente humana; e isso é válido inclusive na história
humana como um todo. O superego também, a instância moral que domina o ego, tem
sua origem no processo de superação do complexo de Édipo.

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