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Legislação Especial
Professor Leandro Igrejas
Assuntos da Rodada
Públicas sobre Drogas (SISNAD); prescreve medidas para prevenção do uso indevido,
para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e
civil e penal, nos casos de abuso de autoridade (apenas aspectos penais e processuais
a. Teoria em Tópicos
No edital do último concurso para Agente da Polícia Federal1, que é a base do nosso
curso, foram exigidos apenas os aspectos penais e processuais penais do Estatuto do
Desarmamento.
Contudo, para que possamos compreender melhor tais aspectos, precisaremos, antes,
estudar alguns pontos da parte administrativa da Lei n.º 10.826/03. Vamos lá!
SINARM
1
EDITAL Nº 55/2014 – DGP/DPF, DE 25 DE SETEMBRO DE 2014, disponível em:
< http://www.cespe.unb.br/concursos/DPF_14_AGENTE/arquivos/EDITAL_N___55___ABERTURA.PDF>
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Uma vez adquirida a arma de fogo, o proprietário deverá efetuar o seu registro
POLÍCIA FEDERAL
Uso PERMITIDO (art.5º, §1o)
Comando do EXERCITO
Uso RESTRITO (art.3º, parágrafo único)
2
Os conceitos de arma de uso permitido e restrito constam do Decreto n.º 5.123/04
(regulamento da Lei n.º 10.826/03), que não foi incluído no último edital do concurso para APF
(2014).
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
No seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal
exceções em seu próprio texto, como, por exemplo, para os integrantes das Forças
Justiça.
As exceções à proibição não precisam ser memorizadas para nossa prova, que,
conforme o último edital, estaria limitada aos “aspectos penais e processuais penais”.
Em resumo, para que o proprietário da arma de fogo possa trazê-la consigo, fora
dos locais acima indicados, será necessário que tenha autorização para o PORTE de
4
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
CRIMES EM ESPÉCIE
A partir deste ponto, entraremos, efetivamente, na parte da matéria mais importante para
nossa prova!
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório
ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal
ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta,
ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o
responsável legal do estabelecimento ou empresa:
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
O sujeito ativo (aquele que comete o crime) poderá ser qualquer pessoa. Ou
de uso permitido.
domicílio ou dependência, ou, ainda, no seu local de trabalho. Neste segundo caso
(local de trabalho), ele deve ser o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento
ou empresa.
ATENÇÃO! Para que possa levar a arma consigo para outros locais, inclusive vias
públicas, residências de outras pessoas, ou mesmo para seu próprio local de trabalho,
quando não for o titular ou o responsável legal, será necessário obter o PORTE de
arma.
Note que, no caso do local de trabalho, a posse irregular (art.12) somente irá se
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Crime comum é aquele que não exige uma qualidade especial do sujeito ativo. Em
outras palavras, é aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa. Exemplo:
homicídio.
4
O registro deve ser renovado periodicamente. Veja: art. 5o §2o Os requisitos de que tratam os
incisos I, II e III do art. 4o deverão ser comprovados periodicamente, em período não inferior a
3 (três) anos, na conformidade do estabelecido no regulamento desta Lei, para a renovação
do Certificado de Registro de Arma de Fogo.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
empresa. Do contrário, (ou seja, se o agente não for o titular ou o responsável legal),
então o crime será o previsto no art.14 (porte ilegal, a ser estudado adiante).
Exemplo: vendedor de loja situada em local perigoso, mantém em seu local de trabalho
uma arma de uso permitido para sua defesa pessoal. Nesse caso, por não ser ele o titular
ou o responsável legal pelo estabelecimento, estará cometendo, (caso não tenha
autorização para porte da arma), o crime do art.14 do Estatuto (porte ilegal).
na residência do agente; ou
em seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável
legal pelo estabelecimento.
PEGADINHA!
JURISPRUDÊNCIA
7
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Indivíduo que guarda, em sua residência, arma de fogo de uso restrito comete o crime
de posse irregular de arma de fogo.
Gabarito: “Errado”
Comentário: Essa questão serve pra medir o nível de atenção do candidato. Você
reparou que o enunciado se refere à arma de uso restrito e não a permitido? O
crime de posse irregular abarca apenas a arma de fogo de uso permitido (art.12). No
caso, o crime cometido foi o do art. 16, a ser estudado a seguir (Posse ou porte ilegal
de arma de fogo de uso restrito).
Omissão de cautela
O sujeito ativo deste crime poderá ser qualquer pessoa. Ou seja, trata-se,
Perceba que o tipo penal não exige, para configuração do crime, que haja
8
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
O objeto material deste tipo penal é APENAS arma de fogo (Repare que o caput
(cautelas) a fim de evitar o apoderamento da arma. Por se tratar de crime culposo, não
se admite a tentativa.
O crime é material. Ou seja: para sua consumação, não basta a falta de cuidado
Art. 13. (...) Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário
ou diretor responsável de empresa de segurança e transporte de
valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar
à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de
arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas
primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
transporte de valores é que poderá cometê-lo. Logo, não cabe, por exemplo, ao
vigilante que extraviar uma arma, a obrigação de comunicar o fato à Polícia Federal.
Aos crimes de posse irregular de arma de fogo de uso permitido (art.12) e de omissão
de cautela (art.13) são cominadas penas de detenção.
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Ao contrário do crime comum, o crime próprio exige que o sujeito ativo tenha uma
determinada qualidade ou característica.
6
Nesse tipo de crime, a lei prevê o decurso de determinado prazo para que, só então,
ocorra a consumação.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
O sujeito ativo deste crime poderá ser qualquer pessoa. Ou seja, trata-se, mais
uso permitido (se forem de uso restrito, então o crime será o previsto no art.16, a ser
tratar de crime de múltiplas condutas (veja que o tipo descreve 13 verbos típicos), a
prática de mais de uma delas, pelo mesmo agente, desde que dentro do mesmo
contexto fático, configurará o cometimento de crime único (ou seja, o agente não
11
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
JURISPRUDÊNCIA
(continuação)
12
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
JURISPRUDÊNCIA
(continuação)
Dessa forma, eventual nulidade do laudo pericial, ou até mesmo a sua ausência,
não impede o enquadramento da conduta.
STJ - AgRg no REsp: 1390999 SP 2013/0220681-8, Rel: Ministra LAURITA VAZ. DJe
03/04/2014.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
JURISPRUDÊNCIA
Gabarito: “Errado”
”
(continuação)
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
consequência, este crime passou a ser afiançável. O mesmo aconteceu com o art.15,
O sujeito ativo deste crime poderá ser qualquer pessoa. Ou seja, trata-se de
crime comum.
15
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
acionamento da munição. Ainda que tenha sido praticada mais de uma conduta
único crime.
Perceba que esse crime é subsidiário. Veja a redação do tipo: “(...) desde que
aplica-se o princípio da consunção, ficando o crime menos grave (no caso, o disparo
Exemplo: “A”, desejando matar “B”, efetua contra este disparo certeiro de
arma de fogo, consumando o homicídio. Nessa situação, “A” responderá
“apenas” pelo homicídio. O disparo de arma de fogo (crime menos grave)
será absorvido pelo homicídio.
Pelo mesmo raciocínio, o crime do art.15 (disparo, mais grave) absorverá o crime
de porte ilegal (art.14, menos grave). Afinal, o porte é um meio para que se possa
16
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
JURISPRUDÊNCIA
disparo e, sendo este crime mais grave, deve absorver aquele, delito menos grave,
afiançável.
17
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
O sujeito ativo deste crime poderá ser qualquer pessoa. Ou seja, trata-se de
crime comum.
O objeto material deste tipo penal é arma de fogo, acessório ou munição de uso
RESTRITO (se forem de uso permitido, então o crime poderá ser o previsto no art.12
Perceba que a pena cominada para este crime é maior do que aquelas previstas
para os art.12 e 14. Isso se dá, naturalmente, por conta do maior potencial lesivo que
tipo também descreve múltiplas condutas (13 verbos típicos), de modo que a prática
de mais de uma delas, pelo mesmo agente, dentro do mesmo contexto fático,
configurará o cometimento de um único crime (ou seja, o agente não responderá pelo
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
concurso de crimes).
Estatuto, que são aquelas descritas nos incisos I a VI de seu parágrafo único.
Antes de prosseguirmos, porém, é preciso que você saiba que a doutrina majoritária
entende que os incisos do parágrafo único do art.16 são tipos penais autônomos em
relação ao caput.
Quer dizer que os incisos se referem não apenas às armas de uso RESTRITO, mas
também às de uso PERMITIDO.
JURISPRUDÊNCIA
PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO COM NUMERAÇÃO RASPADA. CRIME DO ART. 16,
PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO IV, DA LEI Nº 10.826/03. ARMA DE USO PERMITIDO,
RESTRITO OU PROIBIDO. IRRELEVÂNCIA.
REsp 918.867/RS, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, DJe 18/10/2010
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Pois bem! O que se pretende com este art.16, parágrafo único, I, é, justamente,
Note que o sujeito ativo deste crime é aquele que suprimir ou alterar o sinal de
não cometerá este crime, mas sim aquele previsto no inciso IV, que será visto adiante.
esta conduta típica, mas apenas as que tenham por objetivo (dolo específico do agente)
agregar maior potencial lesivo à arma (torná-la de uso proibido ou restrito) OU que
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
fogo. Logo, será irrelevante que a alteração tenha tido sucesso em induzir as
autoridades a erro.
Aqui, você precisa notar que o objeto material (artefato explosivo ou incendiário) é
ATENÇÃO! A banca examinadora pode explorar esse detalhe. Assim sendo, eventual
questão no sentido de que a Lei n.º 10.826/2003 tipifica a utilização irregular de
artefato explosivo ou incendiário estaria, em princípio, correta.
Este crime deve ser cotejado com o do inciso I. Naquele, o sujeito ativo é quem
Repare que o agente que for surpreendido portando arma com numeração
raspada, (mesmo que alegue que já a comprou nessa situação), terá praticado o crime
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Este crime é doloso. O agente, de forma livre e consciente, faz chegar às mãos de
criança ou adolescente a arma de fogo, o acessório, a munição ou o explosivo, mesmo
que gratuitamente.
anos de idade7.
PEGADINHA!
Como o inciso V do art.16 trata apenas de arma de fogo, considera-se que somente
a entrega de armas brancas (facas, machados, canivetes, etc.) à criança ou
adolescente é que, atualmente, configuraria o crime do art.242 do ECA.
7
Art.2º da Lei n.º 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente) que será estudada em
rodadas a frente.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Este crime não oferece maiores dificuldades. Note, apenas, que as condutas
O sujeito ativo deste crime é aquele que exerce atividade comercial, industrial
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
O objeto material deste tipo penal é arma de fogo, acessório ou munição, tanto
de uso permitido como restrito (repare que o tipo penal não faz qualquer restrição!).
Este tipo também descreve múltiplas condutas (14 verbos típicos), de modo que
a prática de mais de uma delas, pelo mesmo agente, dentro do mesmo contexto fático,
configurará o cometimento de um único crime (ou seja, o agente não responderá pelo
concurso de crimes).
O sujeito ativo deste crime poderá ser qualquer pessoa. Ou seja, trata-se de
crime comum.
O objeto material deste tipo penal é arma de fogo, acessório ou munição, seja
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
aquele que favorecer a entrada ou saída do objeto material no território nacional não
responderá pelo crime na qualidade de partícipe8, mas sim como autor do crime.
saída do material do território nacional. Basta que tenha sido praticado qualquer ato
de atividade comercial ou industrial, tal como previsto no art.17. Basta único ato de
8
No concurso de pessoas, o agente que não comete nenhuma das condutas típicas,
mas que concorre, de alguma forma, para que estas sejam praticadas, responderá
pelo crime na qualidade de partícipe (art.29 do CP). Contudo, no caso do art.18 do
Estatuto do Desarmamento, o legislador tipificou também o “favorecimento”. Por essa
razão, aquele que “favorecer” a entrada ou saída responderá como autor do crime, e
não apenas como mero partícipe.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada
da METADE se a arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido
ou restrito.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é
aumentada da METADE se forem praticados por integrante dos órgãos e
empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei.
I – Forças armadas;
III e IV – Guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais de
Auditores-Fiscais do Trabalho.
Estados.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
esquema abaixo:
Arma de fogo,
acessório ou
munição de uso Comércio ilegal de arma de fogo. 1/2
proibido ou restrito. Tráfico internacional de arma de fogo.
(*) Nessa causa de aumento de pena, ficam de fora apenas os crimes do art.12 (posse
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
3.112-1, sob argumento que o legislador não poderia vedar, de antemão, a concessão
defesa e do contraditório.
únicos dos art.14 e 15 (já comentados anteriormente), todos os crimes previstos na Lei
n.º 10.826/03 passaram a ser suscetíveis de liberdade provisória, com ou sem fiança.
liberdade provisória. Isso, por óbvio, desde que atendidos os requisitos do Código de
Processo Penal.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
(continuação)
armas de fogo não registradas deveriam, no prazo de 180 dias após a publicação da
Em 2008, a Lei n.º 11.706 deu a esse dispositivo a redação atual, que passou a
Durante esse período, a Lei estabeleceu uma abolitio criminis9 que, por ser
pretendeu “facilitar” a regularização das armas de uso permitido, sem que os seus
art.16).
9
Ocorre quando uma nova lei descriminaliza uma conduta que, até então, era prevista
como crime. Veja o que dispõe o Art. 2º do Código Penal: Ninguém pode ser punido
por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Esquematizando:
Gabarito: Errado
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
b. Revisão 1 (questões)
abstrato, não dispensa a prova pericial para estabelecer a sua eficiência na realização
pessoas.
folga, colidiu seu veículo contra outro veículo que estava parado em um sinal de
trânsito. Sem motivo justo, o delegado sacou sua arma de fogo e executou um disparo
para o alto. Imediatamente, Lucas foi abordado por autoridade policial que estava
próxima ao local onde ocorrera o fato. Nessa situação hipotética, a conduta de Lucas
poderá ser enquadrada como crime, com possibilidade de aumento de pena, devido
registrada, vendeu para Tiago, de quatorze anos de idade, uma arma, devidamente
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
10.826/2003 — prorrogada pela Lei n.º 11.922/2009 —, devido ao fato de a polícia ter
municiada, mas com numeração de série suprimida. Nessa situação, André praticou o
crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido e, por isso, deve ser punido
dois gumes, ela poderá responder pelo crime de porte ilegal de arma, previsto no
Estatuto do Desarmamento.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
O agente que atirar com um revólver em via pública no intuito de matar alguém
não responderá pelo crime de disparo de arma de fogo, mas tão somente pelo crime
pertencem.
Considere que, em uma briga de trânsito, Joaquim tenha sacado uma arma de
fogo e efetuado vários disparos contra Gilmar, com a intenção de matá-lo, e que
nenhum dos tiros tenha atingido o alvo. Nessa situação, Joaquim responderá tão
um amigo que possua o referido porte, munição de uma arma de fogo e, estando
sozinho nessas circunstâncias, for encontrado pela polícia, tal fato configurará crime
previsto em lei.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Suponha que Lucas, maior, capaz, empregado de uma pedreira, seja abordado
por policiais militares, no trajeto para sua residência após o trabalho, sendo
devida autorização. Nesse caso, a conduta é atípica, uma vez que o estatuto prevê
proprietário pode, sem incorrer em crime, mantê-la em seu local de trabalho, para
defesa pessoal.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Incidirá agravante se a omissão for imputada a integrante das Forças Armadas, das
O agente de segurança cuja arma seja furtada dentro do banco privado onde
trabalhe e que não registre ocorrência policial no prazo de vinte quatro horas estará
ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal, nas primeiras vinte e quatro horas
depois de ocorrido o fato, a perda de munição que esteja sob sua guarda.
portar arma de fogo de uso permitido com numeração raspada viola o previsto no art.
16, da Lei n.º 10.826/2003, por se tratar de delito de mera conduta ou de perigo
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
em casa ou local de trabalho, qualquer que seja ele, em desacordo com determinação
legal ou regulamentar.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
c. Revisão 2 (questões)
a) posse de arma de fogo de uso permitido e posse de arma de fogo de uso restrito.
c) posse irregular de arma de fogo de uso permitido e porte ilegal de arma de fogo de
uso permitido
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
b) omissão de cautela.
38
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
pública, porta arma de fogo de uso permitido com numeração suprimida responde:
a) como incurso nas penas do crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido,
b) como incurso nas penas do crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso
c) como incurso nas penas do crime de posse irregular de arma de fogo de uso
d) como incurso nas penas do crime de disparo de arma de fogo, disposto no artigo 15
do referido Estatuto.
referido Estatuto.
da metade o crime de
b) omissão de cautela.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Arma de fogo,
acessório ou munição
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Os crimes de PORTE (art.14 e art.16) nunca foram alcançados pela Abolitio criminis
temporária.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
mediante cadastro;
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
das Forças Armadas e Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus registros
próprios.
DO REGISTRO
ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável
DO PORTE
Constituição Federal;
III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos
serviço;
Presidência da República;
VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52,
45
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Art. 7o (...).
único do art. 13 desta Lei, sem prejuízo das demais sanções administrativas e civis, se
estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de ocorrido o
fato.
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou
no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho,
Omissão de cautela
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor
de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua
sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem
em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não
3.112-1)
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito,
47
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou
adulterado;
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
da autoridade competente:
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é
DISPOSIÇÕES GERAIS
49
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
f. Gabarito
1 2 3 4 5
E C E E E
6 7 8 9 10
C E C E E
11 12 13 14 15
C C E E E
16 17 18 19 20
E E C C E
21 22 23 24 25
E C Letra D E Letra E
26 27 28 29 30
E E Letra B Letra C E
50
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
abstrato, não dispensa a prova pericial para estabelecer a sua eficiência na realização
pessoas.
Comentário:
(art.14), justamente por se tratar de crime de perigo abstrato. Basta apenas a prática do
ato de levar a arma consigo para a consumação do delito. Não há necessidade de prova do
Gabarito: Errado
folga, colidiu seu veículo contra outro veículo que estava parado em um sinal de
trânsito. Sem motivo justo, o delegado sacou sua arma de fogo e executou um disparo
para o alto. Imediatamente, Lucas foi abordado por autoridade policial que estava
próxima ao local onde ocorrera o fato. Nessa situação hipotética, a conduta de Lucas
poderá ser enquadrada como crime, com possibilidade de aumento de pena, devido
Comentário:
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Desarmamento (disparo de arma de fogo, em via pública). O aumento de pena está previsto
no art.20:
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é
(...)
da Constituição Federal;
seguintes órgãos:
I - polícia federal;
IV - polícias civis;
Gabarito: Certo
52
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
registrada, vendeu para Tiago, de quatorze anos de idade, uma arma, devidamente
Comentário:
“vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição
(omissão de cautela), posto que lá o objeto chega às mãos de pessoa menor de 18 (dezoito)
anos por descuido do agente (crime culposo). Não foi esse o caso narrado no enunciado.
Gabarito: Errado
10.826/2003 — prorrogada pela Lei n.º 11.922/2009 —, devido ao fato de a polícia ter
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Comentário:
A abolitio criminis temporária, durante o período de vigência prorrogada pela Lei n.º
11.922/2009 (até 31/12/2009), alcançou apenas o crime de posse de arma de uso permitido
(art.12), exceto quando com a identificação raspada. Note que o enunciado da questão faz
Gabarito: Errado
municiada, mas com numeração de série suprimida. Nessa situação, André praticou o
crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido e, por isso, deve ser punido
Comentário:
previsto no art.16, IV, do Estatuto, bem mais grave que o do art.12 (posse irregular de arma
Gabarito: Errado
54
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Comentário:
pena:
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada
proibido ou restrito.
constitui crime de comércio ilegal, cuja pena será aumentada pela metade.
Gabarito: Certo
dois gumes, ela poderá responder pelo crime de porte ilegal de arma, previsto no
Estatuto do Desarmamento.
Comentário:
Gabarito: Errado
O agente que atirar com um revólver em via pública no intuito de matar alguém
não responderá pelo crime de disparo de arma de fogo, mas tão somente pelo crime
Comentário:
“(...) desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime.”).
aplica-se o princípio da consunção, ficando o crime menos grave (no caso, o disparo do
teve por finalidade cometer um homicídio. Logo, o disparo será absorvido por esse.
Gabarito: Certo
pertencem.
Comentário:
competente.
Gabarito: Errado
Considere que, em uma briga de trânsito, Joaquim tenha sacado uma arma de
fogo e efetuado vários disparos contra Gilmar, com a intenção de matá-lo, e que
nenhum dos tiros tenha atingido o alvo. Nessa situação, Joaquim responderá tão
Comentário:
No caso, o disparo de arma de fogo teve por finalidade a prática de outro crime
(homicídio). Logo, aplica-se o princípio da consunção, ficando o crime menos grave (no
Gabarito: Errado
um amigo que possua o referido porte, munição de uma arma de fogo e, estando
sozinho nessas circunstâncias, for encontrado pela polícia, tal fato configurará crime
previsto em lei.
Comentário:
Gabarito: Certo
Comentário:
a ela. E mesmo assim, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de
outro crime. No caso, o disparo foi efetuado em local ermo e desabitado, o que afasta a
tipicidade.
Perceba que o examinador foi cuidadoso ao informar que se tratava de arma de foto
registrada e com porte. Do contrário, poder-se-ia argumentar que a conduta seria típica em
Gabarito: Certo.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Suponha que Lucas, maior, capaz, empregado de uma pedreira, seja abordado
por policiais militares, no trajeto para sua residência após o trabalho, sendo
devida autorização. Nesse caso, a conduta é atípica, uma vez que o estatuto prevê
Comentário:
A questão está errada porque não apenas o emprego, mas também a posse do
legal ou regulamentar, configuram crime previsto no Estatuto (art.16, parágrafo único, III).
Gabarito: Errado.
proprietário pode, sem incorrer em crime, mantê-la em seu local de trabalho, para
defesa pessoal.
Comentário:
ainda, no seu LOCAL DE TRABALHO, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo
Gabarito: Errado.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Comentário:
porte ilegal de arma de fogo de uso restrito (art.16, parágrafo único, II). Veja:
ou juiz;
Gabarito: Errado.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Incidirá agravante se a omissão for imputada a integrante das Forças Armadas, das
Comentário:
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é
Gabarito: Errado.
O agente de segurança cuja arma seja furtada dentro do banco privado onde
trabalhe e que não registre ocorrência policial no prazo de vinte quatro horas estará
Comentário:
Essa até poderia gerar alguma dúvida. Note bem: a responsabilidade pela
Gabarito: Errado.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal, nas primeiras vinte e quatro horas
depois de ocorrido o fato, a perda de munição que esteja sob sua guarda.
Comentário:
Questão bem simples. Aplicação direta do art.7º§ 1º, combinado com o art.13 do
Estatuto:
ocorrido o fato.
Gabarito: Certo.
portar arma de fogo de uso permitido com numeração raspada viola o previsto no art.
16, da Lei n.º 10.826/2003, por se tratar de delito de mera conduta ou de perigo
Comentário:
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
A dúvida que a questão poderia provocar reside no fato que o enunciado se refere à
arma de uso permitido. Contudo, vimos que a doutrina majoritária (e a jurisprudência dos
tribunais superiores), entende que os incisos do parágrafo único do art.16 são tipos penais
autônomos em relação ao caput. Por esta razão, os incisos se referem não apenas às
armas de uso restrito, mas também às de uso PERMITIDO, como é o caso da questão.
Gabarito: Certo.
em casa ou local de trabalho, qualquer que seja ele, em desacordo com determinação
legal ou regulamentar.
Comentário:
órgão competente autoriza seu proprietário a mantê-la no seu local de trabalho, desde que
Gabarito: Errado
Comentário:
O Estatuto trata dos artefatos incendiários como conduta equiparada (“nas mesmas
63
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
penas incorre quem”) ao crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
ou regulamentar;
Gabarito: Errado
Comentário:
64
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
ECA
explosivo:
Gabarito: Certo
a) posse de arma de fogo de uso permitido e posse de arma de fogo de uso restrito.
c) posse irregular de arma de fogo de uso permitido e porte ilegal de arma de fogo de
uso permitido
Comentário:
65
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Essa questão exige memorização do candidato. Contudo, tal tarefa pode ser
facilitada se notarmos que, dentre os crimes tipificados no Estatuto, não é difícil visualizar
que a posse irregular de arma permitida (art.12) e a omissão de cautela (art.13, caput e a
conduta equiparada prevista em seu parágrafo único) “parecem” ser os de menor potencial
Gabarito: D
Comentário:
Gabarito: Errado
66
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
b) omissão de cautela.
Comentário:
Neste crime, o agente, de forma livre e consciente, faz chegar às mãos de criança ou
gratuitamente.
Comentário:
67
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Quem importa ou exporta arma de fogo (seja de uso permitido ou restrito), acessório
Gabarito: Errado
Comentário:
Art.13 do Estatuto:
mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que
Gabarito: Errado
pública, porta arma de fogo de uso permitido com numeração suprimida responde:
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
a) como incurso nas penas do crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido,
b) como incurso nas penas do crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso
c) como incurso nas penas do crime de posse irregular de arma de fogo de uso
d) como incurso nas penas do crime de disparo de arma de fogo, disposto no artigo 15
do referido Estatuto.
referido Estatuto.
Comentário:
69
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
suprimido ou adulterado;
b) omissão de cautela.
Comentário:
Arma de fogo,
acessório ou munição
de uso proibido ou Comércio ilegal de arma de fogo. 1/2
restrito. Tráfico internacional de arma de fogo.
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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Comentário:
únicos dos art.14 e 15, todos os crimes previstos na Lei n.º 10.826/03 passaram a ser
suscetíveis de fiança.
Gabarito: Errado
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