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Direito

Econômico
1. Conceitos básicos e regulação
Edgar Gastón Jacobs
Pucminas
Referencial da disciplina

• Objetivo, avaliação e bibliografia


• Conteúdo
- Direito econômico, economia e análise
econômica do direito
- Atividade econômica e regulação
- Constituição, ordem econômica, fundamentos e princípios
- Direito, concorrência e poder econômico

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Direito econômico

• Definição clássica
- "O Direito Econômico, um conjunto de normas de
conteúdo econômico que pelo princípio da economicidade
assegura a defesa e a harmonia dos interesses individuais
e coletivos, bem como regulamenta a atividade dos
respectivos sujeitos na efetivação da política econômica
definida na ordem jurídica”. (Washington Albino)

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Direito econômico
• O que é Direito Econômico?
- É o ramo do direito que estuda as justificativas e as
técnicas de intervenção do Estado nas escolhas pessoais,
utilizando uma ponderação entre os princípios da justiça e
da eficiência. Seu sujeito são os agentes econômicos e
seu objeto as relações de mercado.

- Política econômica e as “justificativas"

- Ponderação e economicidade, o “justo-certo"

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Direito econômico

• Contexto
- Crise da imperatividade das normas
- Desmoronamento da fronteira: público-privado
• Características
- Uso de normas com sanções premiais
- Pragmatismo, concretude e inovações estruturais
- Aplicação do princípio da economicidade

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Definições básicas
• Mercado e relações de mercado
- Um lugar real ou nominal, onde as forças de oferta e
procura operam e onde compradores e vendedores
interagem (diretamente ou através de intermediários) para
o comércio de bens, serviços ou contratos.
- Mercados incluem mecanismos ou meios para (1)
determinar o preço do item negociado, (2) comunicar a
informação sobre o preço, (3) facilitar negócios e
transações, e (4) efetuar a distribuição.
(www.businessdictionary.com/definition/market.html#ixzz3ym2XMiQD)

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Definições básicas
• Abordagem econômica
• Análise econômica
- Economia positiva • Economia aplicada

- Economia normativa • Doutrina econômica


• Economia política
• Modelos e Instituições
• Conceitos econômicos básicos
- Trade-off (conflito de escolha)
• Utilidade e custo de oportunidade
• Utilidade e custo marginal

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Quanto vale um vida?
• É possível traduzir o valor de uma vida em
dinheiro? Há um trade-off ?
• Casos comuns
- Gastos com saúde e previdência
- Dano moral por morte

• Critérios do STJ
- Dimensão do dano, culpabilidade do agente, culpa
concorrente da vítima, a condição econômica do ofensor,
as condições pessoais da vítima
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Quanto vale um vida?
• Valores razoáveis?
STJ
300 - 500 Salários

TJMG
50 - 200 Salários

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Quanto vale um vida?

• Custo de Os autores [...] perderam filha recém-


nascida, em circunstancias que é
oportunidade suficiente para lhes causar lembranças
dolorosas e constrangedoras, porém não
se lhes pode deferir indenização em
- A vida em troca de mesmo valor que a jurisprudência
concede para reparar o sofrimento de
um valor monetário quem perdeu filho em idade adulta ou
adolescente, com o qual se conviveu por
mais longo tempo e cuja ausência produz
• Análise técnica? evocações mais freqüentes, mais íntimas e
mais dolorosas, ainda que se tenha
- Valor do custo respeito pela dor dos autores e se
pretenda julgar considerando a
marginal (quanto subjetividade de cada pessoa (TJMG.
Proc. 1.0352.01.001450-9/001(1), 2006).
vale um ano a mais?)

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Definições básicas
• Os “sujeitos” da economia
- Agentes econômicos
• Indivíduos e Organizações (Empresas e Organismos sociais)

• Estado: um agente com duas funções

• A empresa
- Teoria econômica da empresa: sistema de preços e
sistema de hierarquia
- Propriedade e controle: o caso das S.A.
• Governança Corporativa: direção e monitoramente
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Definições básicas
• Produção, distribuição, circulação e consumo
• O bem econômico
- Os bens em geral e os bens econômicos
- É todo aquele dotado de utilidade e cujo suprimento seja
escasso (NUSDEO, 2000, p.31)
- Características
• Desejo socialmente manifestado: necessidade
• Ausência de considerações sobre conteúdo, subjetividade

• Capacidade de satisfazer certa necessidade: utilidade


• Limitação da disponibilidade dos bens: escassez
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Definições básicas
• Classificação dos bens em Direito e Economia
- Quanto à materialidade
• Obrigação de dar e obrigação de fazer: bens e serviços

- Quanto à finalidade
• Consuntibilidade: Bens de consumo e bens de produção

- Quanto as relações entre si


• Fungibilidade: Complementares e sucedâneos

- Bens públicos e privados

Pag. 13
Bens Públicos
• Bens públicos para o Direito
- Definição pela titularidade

• Bens públicos para a Economia


- Conceitos preliminares
• Bens excludentes: possibilidade de
exclusão das demais pessoas de seu uso

• Bens rivais: o fato de uma pessoa usá-los


elimina a possibilidade que alguém mais
possa fazer o mesmo

- A questão dos caronas (free riders)


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Definições básicas: economia

• O que é economia?
- As necessidades humanas
- A lei da escassez
- Economia
• Conceito: é a ciência social que
estuda as relações tendentes a
ordenar e disciplinar o uso de Hierarquia das necessidades (Maslow)
recursos escassos e a atividade
social resultante desta ordenação
(conceito adaptado de Nusdeo, 2007)

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Sistema econômico
• Questões éticas e questões técnicas
- Etimologia da termo e origens da economia

• Sistemas econômicos
- "O que", "como" e "para quem" produzir?
- Sistema de tradição
- Sistema de autoridade
- Sistema de autonomia

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Intervenção do Estado
• Estado e mercado no sistema liberal
- Intervenção do Estado no Domínio Econômico

• Regulamentação versus regulação


- Regulamentação: hierárquica, rígida e ex-ante
- Regulação: consensual, flexível e pró-ativa

• A atividade econômica
- A atividade econômica em sentido amplo
• Serviço público e atividade econômica em sentido estrito

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Intervenção do Estado
• Intervenção do estado na atividade econômica em
sentido estrito (divisão clássica)
- No domínio econômico (intervenção direta)
• Por absorção e por participação

- Sobre o domínio econômico (intervenção indireta)


• Por direção e por indução

• Regulação econômica
- Estado como agente normativo e regulador (Art. 174, da CR)
- Fiscalização, incentivo e planejamento
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Regulação

• O que é regulação?
- Regulação Estatal é o conjunto de medidas legislativas,
administrativas e convencionais, abstratas o concretas,
pelas quais o Estado, de maneira restritiva de liberdade
ou meramente indutiva, determina, controla ou influencia
o comportamento dos agentes econômicos, evitando
que lesem os interesses sociais definidos no marco da
Constituição e orientando-os em direções socialmente
desejáveis

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Regulação
• O que é regulação?
- Regulação Estatal é o conjunto de medidas
legislativas, administrativas e convencionais,
abstratas o concretas, pelas quais o Estado, • Regulação e
de maneira restritiva de liberdade ou consensualismo
meramente indutiva, determina, controla ou
influencia o comportamento dos agentes • Fontes mistas
econômicos, evitando que lesem os (contratos, parcerias
interesses sociais definidos no marco da
Constituição e orientando-os em direções e participação)
socialmente desejáveis
• Possibilidade de
autoregulação
•Regulação das
profissões

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Regulação
• O que é regulação?
- Regulação Estatal é o conjunto de medidas
legislativas, administrativas e convencionais,
abstratas o concretas, pelas quais o Estado,
de maneira restritiva de liberdade ou
meramente indutiva, determina, controla ou
influencia o comportamento dos agentes
econômicos, evitando que lesem os • Regulação por
interesses sociais definidos no marco da
Constituição e orientando-os em direções
informações e
socialmente desejáveis incentivos
• Garantia do direito de
escolha
• Incentivo a posturas e
condutas socialmente
eficientes

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Regulação
• O que é regulação?
- Regulação Estatal é o conjunto de medidas
legislativas, administrativas e convencionais,
abstratas o concretas, pelas quais o Estado,
de maneira restritiva de liberdade ou
meramente indutiva, determina, controla ou
influencia o comportamento dos agentes
econômicos, evitando que lesem os
interesses sociais definidos no marco da
Constituição e orientando-os em direções
socialmente desejáveis
• O sentido da regulação
• Objetivos sociais e os direitos e
garantias fundamentais
• A noção de “marco regulatório”
• Orientação para serviços
públicos e atividades privadas
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Autorregulação das profissões
(A questão dos Músicos no STF)
Recurso extraordinário - Embargos de declaração recebidos como recurso de agravo -
Conselho Profissional - Ordem dos Músicos do Brasil - Exigência de inscrição para efeito
de exercício da atividade artística - Incompatibilidade com o texto da Constituição da
República - Liberdades constitucionais de expressão artística (cf, art. 5º, ix) e de ofício ou
profissão (cf, art. 5º, xiii) [...] A questão da liberdade profissional e a regulação normativa
de seu exercício - Parâmetros que devem conformar a ação legislativa do estado no plano
da regulamentação profissional: (a) necessidade de grau elevado de conhecimento
técnico ou científico para o desempenho da profissão e (b) existência de risco
potencial ou de dano efetivo como ocorrências que podem resultar do
exercício profissional - Precedentes do Supremo Tribunal Federal que se consolidaram
desde a Constituição de 1891 - Limites à ação legislativa do estado, notadamente
quando impõe restrições ao exercício de direitos ou liberdades ou, ainda, nos
casos em que a legislação se mostra destituída do necessário coeficiente de
razoabilidade - Magistério da doutrina - Inconstitucionalidade da exigência legal de
inscrição na ordem dos músicos do brasil e de pagamento de anuidade, para efeito de
atuação profissional do músico - Recurso improvido. (RE 635023 ED, Relator(a):  Min.
CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 13/12/2011, ACÓRDÃO ELETRÔNICO
DJe-030 DIVULG 10-02-2012 PUBLIC 13-02-2012)

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Regulação por meio de informações
(exemplo dos Cigarros)

Interferindo nas escolhas individuais

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“Direções socialmente desejáveis”
(a discussão sobre os Super-Sizes)

Proibição de bebidas em embalagens gigantes

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Regulação
• Algumas escolas de regulação
- A Escola do Interesse Público (Serviço Público)
• Poder de polícia e concessão
- A Escola Neoclássica (Chicago)
• Substituição ou correção do mercado pela regulação

• Classificação dos setores regulados


- Regulação de mercados dominados
• Monopólio natural e redes de duplicação inviável
- Regulação de mercados de acesso e permanência controlados

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Regulação
• Porque regular?
- Falhas de mercado
• Externalidades
• Externalidades positivas e negativas

• Informações assimétricas
• Seleção adversa e risco moral: o exemplo da OAB

• Os mercados não competitivos


• Monopólio natural e bens públicos

• Regulação e antitruste
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Regulação

• Agências regulatórias
- Conceito
• As agências são instituições que visam estabelecer regras,
fiscalizar e intervir na relação entre governo, empresas e
consumidores, garantindo o fornecimento dos produtos e
serviços. Esse fornecimento deve ser praticado com nível de
preços e qualidade adequados à remuneração dos custos das
firmas e em concordância com as necessidades dos
consumidores.

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Regulação
• Regulação: alguns problemas
- Juridificação e burocracia
- Problemas das decisões extramercado:
• Individualismo X Interesse social

• Grupos de pressão e regulação “por encomenda” (Stigler)

• Possibilidade de captura do órgão regulador

• Interesses próprios dos reguladores

- O efeito peltzman
• Falsa segurança?
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Captura da Agência
(Julgado de 2002)
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. NOMEAÇÃO DE
MEMBROS DO CONSELHO CONSULTIVO DA ANATEL. CABIMENTO. ILEGALIDADE. ATO
ADMINISTRATIVO. DISCRICIONARIEDADE. APRECIAÇÃO PELO PODER JUDICIÁRIO.
POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. ILEGALIDADE DA NOMEAÇÃO. ART. 34 DA LEI Nº 9.472/97.
ART. 37 DO DECRETO Nº 2.338/97. REPRESENTANTES DA SOCIEDADE E DOS USUÁRIOS.
NULIDADE DOS ATOS DE DESIGNAÇÃO. AFASTAMENTO. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. 1. Ação
civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal a fim de que seja declarado
nulo ato de designação dos apelantes para integrar o Conselho Consultivo da
ANATEL na qualidade de representantes dos usuários e da sociedade, haja vista os
cargos ocupados por eles, Presidência da Tele Norte Leste Participações S/A e da
TELEMAR Norte Leste S/A e Presidência da TELEBRASIL. [...] 17. A nomeação dos
apelantes como membros do Conselho Consultivo da ANATEL, representa o que a doutrina
estrangeira e alguns doutrinadores brasileiros tem denominado de captura da agência pelos
interesses regulados. 18. Ocorre a captura do ente regulador quando grandes grupos de
interesses ou empresas passam a influenciar as decisões e atuação do regulador,
levando assim a agência a atender mais aos interesses das empresas (de onde
vieram seus membros) do que os dos usuários do serviço, isto é, do que os interesses públicos.
"É a situação em que a agência se transforma em via de proteção e benefício para setores
empresarias regulados". [...](AC 200283000094570, Desembargador Federal Francisco
Cavalcanti, TRF5 - Segunda Turma, DJ - Data::07/12/2004 - Página::509 - Nº::234.)

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Efeito Peltzman
(Estradas de Minas Gerais)

A hipótese de que os motoristas são mais


desatentos e agressivos quando em estradas
com boas condições foi confirmada. Os
“… falta de
motoristas também tendem a ser mais desatentos “…comportamento do
atenção ou quando as condições meteorológicas e de tráfego são motorista leva-o a
sonolência". conduzir sem manter
favoráveis. Como esperado, a probabilidade de se uma distância segura
envolver em um acidente entre os condutores jovens de outros veículos, a
ultrapassar quando
é maior por causa da condução agressiva e menor proibido, dirigir em
por causa da falta de atenção. No entanto, velocidade
diferentemente do resultado esperado, os motoristas incompatível ou
desobedecer a
são mais agressivos em condições de tráfego sinalização de
inseguras. (SHIKIDA, C; ARAÚJO JR., A, F; e trânsito”.
CASTRO, G. Economic Determinants of
Driver’s Behavior in Minas Gerais. Economics
Bulletin, v.8, n.10, Dec/2008)

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