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O direito processual civil constitui a aplicação prática do direito civil do

quotidiano forense. O Estado é a entidade que detêm o monopólio do exercício do


poder, jurisdicional, exercendo essas funções através dos tribunais, a definição dessa
função consta no art. 202/1 do CRP. Porem esta função é exercida no tribunal, na
sequência de um requerimento apresentado pelo titular do respectivo direito, gozando
este do direito de acção, que é o direito de reclamar em tribunal uma providência
judiciária reparadora de um direito subjectivo violado. Consagrado no art. 2º /2 do CPC
e art. 3/1 do CPC.

Aquele que instaura uma acção em tribunal (petição inicial) é o autor, sendo o réu
aquele contra quem a acção é intentada, podendo este defender-se através da
contestação.
Mas para propor acção em tribunal é necessário cumprir e satisfazer diversas regras,
requisitos e pressupostos técnicos.
Isto é o Direito Processual Civil - conjunto das regras e dos comandos normativos
que acompanham a vida de uma acção em tribunal, desde que ela é instaurada até que
seja proferida a decisão que lhe ponha termo. O direito processual civil não só
acompanha a vida de uma acção em tribunal como também lhe impõe uma tramitação
própria, com normas de verificação de todos os requisitos, definindo também as regras
relativamente ás partes (autor/réu) e do próprio tribunal.
A tramitação de uma acção é feita de acordo com um conjunto de regras com limites
previstos e impostos na própria lei, tudo se desenvolve com método e rigor, tendo que se
respeitar um rito processual. O processo consiste numa evolução lógica de actos e
técnicas devidamente previstas na lei. O processo civil é uma via onde a partes
caminham passo a passo, numa sequência progressivamente lógica e previsível até ao
fim. Este processo só pode avançar nunca retroceder.

Características do Direito Processual Civil:


È um ramo de direito público, tem uma função pública, é uma função jurisdicional em
que o Estado aparece investido de soberania, impondo uma subordinação às partes que
explica e justifica o carácter vinculativo das decisões judiciais. È um direito de acção,
isto porque provoca uma actividade em tribunal. È um direito instrumental, na medida
em que está ao serviço do direito civil, como um instrumento de aplicação concreta
deste á realidade e ao quotidiano, quer isto significar que os direitos e deveres estão
genericamente definidos no código civil, mas se estes deveres forem violados e houver
uma necessidade de recorrer a tribunal para fazer valer os respectivos direitos,
competirá ao direito processual civil fornecer ao titular do direito civil o método e a
técnica a executar judicialmente.

Princípios fundamentais do direito processual civil;


O princípio do dispositivo implica que a acção derive da pura vontade dos particulares.
A acção só existe a partir do momento em que é apresentada a petição inicial (art.º 267/1
CPC), e tal apresentação, não é nada mais que o poder atribuído aos particulares de este
disporem da sua esfera jurídica.
O princípio do dispositivo implica ainda que sejam as partes a definirem os contornos
relativamente aos factos de litígio, ou seja são estes que têm que apresentar os factos em
tribunal para que este possa ter uma base para se decidir. O autor deve alegar os factos
que dão consistência à pretensão. Ao réu compete alegar os factos em sua defesa.
É com base princípio do dispositivo que o tribunal só poderá condenar na medida do
que foi pedido pelo autor e nunca em quantidade superior ao peticionado por este.
Principio do contraditório, este principio tem duas manifestações, não podem ser
tomadas providências contra determinada pessoa sem que esta seja previamente ouvida,
sem prejuízo das excepções previstas na lei (art.º 3/2 CPC). Não pode o juiz decidir
quaisquer questões de facto ou de direito sem que as partes tenham tido a possibilidade
de sobre elas se pronunciarem (art. 3/3 CPC).
Princípio da igualdade das partes ou da paridade processual (art3 A CPC), este
princípio é uma decorrência, ao nível do direito processual civil da norma constitucional
que consagra a igualdade dos cidadãos perante a lei (art. 13ª CRP).
Princípio da cooperação (art. 266 CPC) este resulta que as partes, os mandatários
forenses e os próprios juízes devem cooperar entre si, contribuindo desta maneira para
uma melhor brevidade e eficácia do litígio. As partes devem sempre apresentarem-se
disponíveis para fornecer ao tribunal quaisquer informações ou esclarecimentos que
possam ser solicitados, e comparecer sempre que convocados (art.º 519 CPC).
A omissão deste dever de colaboração faz recorrer á parte faltosa na litigância de má fé
(art. 456/2 c)) CPC), o que implica como consequência desta ser condenada a uma
multa e indemnização à parte contaria se esta a pedir.
Princípio da aquisição processual (art515 CPC) por força deste princípio, todas as
provas produzidas no processo devem ser tomadas em consideração pelo tribunal, ainda
que não tenham sido emanadas da parte que deveria produzi-las, o mesmo se diga dos
próprios factos integradores de litígio, podem os mesmos serem atendidos pelo tribunal,
ainda que não tenham sido alegados pela parte a quem competia essa alegação.

Acção declarativa – nesta acção o que autor pede ao tribunal é que profira uma
declaração final de direito, é uma sentença que resolva o seu conflito com o réu e
através desta declaração final pôr termo ao litigio.
Assim, o fim da acção declarativa consiste nessa declaração que o juiz vai proferir que
vai resolver o caso levado a tribunal. É a sentença, e é com esta que se esgota a acção
declarativa.
Se o réu não cumprir a sentença, o autor vai instaurar uma acção executiva. Vai pedir
que sejam tomadas medidas á reparação efectiva do seu direito, vai pedir ao tribunal que
assegure com efectividade e materialidade a reparação do seu direito conforme o art. 4/3
CPC.
O processo civil abrange duas etapas, uma que visa obter uma ordem de comando (fase
declarativa ou declaratória) e outra que visa a efectiva concretização desse comando
fase executiva ou executória). Poderá ainda dizer-se que nem sempre à acção declarativa
se segue a executiva e que esta pode ser instaurada sem precedência daquela.

Acção declarativa de condenação - art. 4/2 CPC tem como origem num estado
de violação de um direito. Na petição inicial o autor, titular desse direito, invoca a
violação desse direito por parte do réu e pede ao tribunal não só que confirme a
declaração da titularidade do direito e da violação, mas que também condene o réu a
realizar uma prestação de reintegração desse direito. O autor pede que o réu seja
condenado, a pagar certa quantia, ou a entregar certo objecto, a presta qualquer facto, ou
mesmo a abster-se de determinada conduta. Exemplo A empresta a B certa quantia em
dinheiro, que o mutuário se obrigou a restituir em data convencionada. Se B não
cumprir a obrigação assumida, pode A instaurar uma acção judicial, alegando os factos
constitutivos do seu direito e da violação do mesmo pelo réu, pedindo que o tribunal
condene o réu na restituição da quantia devida.
Acções declarativas de simples apreciação são aquelas em que se visa obter a
declaração da existência ou inexistência de um direito ou de um facto, conforme art. 4/2
a) CPC, sendo de apreciação positiva as primeiras e de simples apreciação negativa as
segundas. Este tipo de acções é justificado pela necessidade de reagir contra uma
situação de incerteza acerca da existência ou não existência de um direito ou de um
facto, ao contrário das acções de condenação, aqui o motivo para a instauração da acção
está no facto da falta de cumprimento de uma obrigação por parte do réu. Nas acções de
simples apreciação não se exige ao réu prestação alguma, porque se não imputa a falta
de cumprimento de qualquer obrigação, o autor só quer pôr termo a uma situação de
incerteza que o prejudica.

Acções declarativas constitutivas são as que visam autorizar uma mudança na


ordem jurídica existente, conforme o art. 4/2 c) CPC. Pretende-se um efeito jurídico,
seja criando uma relação jurídica nova, modifica-la ou extinguindo uma já existente
podendo chamar às primeira constitutivas stricto sensu, às segundas modificativas e
extintivas ás ultimas. Neste tipo de acção o autor não pede a condenação do réu no
cumprimento de qualquer obrigação, nem reage contra uma atitude de incerteza ou
insegurança jurídica, o que este pretende obter através desta acção é um novo efeito
jurídico material a declarar na respectiva sentença. Nas acções constitutivas stricto
sensu são exemplo a acção destinada a constituir uma servidão de passagem, proposta
ao abrigo do art. 1550 do CC, e acção de preferência (art.º 1410 CC). Nas acções
constitutivas modificativas são exemplo a acção tendente á mudança de uma servidão,
reconhecida pelo art. 1568 CC, e a acção de simples separação judicial de bens, prevista
no art. 1767 e seguintes do CC. No exemplo de acção constitutiva extensiva temos o
divórcio litigioso conforme o art 1779 CC e acção de despejo prevista no art. 14 do
NRAU.

Acções executivas, são estas as acções em que o autor pede ao tribunal não uma
declaração de direito, mas as providências materiais adequadas á reparação efectiva do
direito violado, como consta no art. 4º /3 do CPC. O que se pretende é que a sentença ou
um documento com valor igual repare o direito, não há aqui um conflito a resolver antes
uma obrigação a cumprir coercivamente, uma obrigação a executar. As acções
executivas podem ser para pagamento de quantia certa, entrega de coisa certa e
prestação de facto, positivo ou negativo, como prevê o art.º 45/2 CPC

Titulo executivo, art. 45/1 CPC, resulta daqui que para aceder a uma acção
executiva, o credor tem que estar investido de um titulo executivo, um documento a que
a lei reconheça força bastante para tal, sendo este titulo uma condição necessária para a
instauração de uma acção executiva
Espécies de títulos executivos – art. 46/1 CPC este artigo enumera os títulos
executivos, e são títulos executivos só aqueles que ali constam.
O primeiro título executivo previsto na lei é a sentença condenatória (art. 46/1 a) CPC),
são nesta categoria as sentenças proferidas em acção declarativas de condenação, as
acções declarativas constitutivas sempre que delas resulte alguma imposição a que o réu
fique adstrito. Por força do art. 48/1 CPC, também estão inseridas nesta categoria de
títulos executivos os despachos e quaisquer outras decisões ou actos judicias ou actos de
autoridade judicial que condenem num cumprimento de uma obrigação.
Os segundos títulos executivos previstos na lei são os documentos exarados ou
autenticados por notário ou serviço com competência para a prática de actos de registo
(art. 46/ 1 b) CPC), este documentos são os autênticos, os exarados com formalidades
legais, os outros são os autenticados. São também títulos executivos os documentos em
que tenham intervido serviço com competência para a pratica de actos de registo, art
46/1 c), também nos diz que são títulos executivos os documentos particulares
dependendo a sua exequibilidade de uma série de requisitos, são eles: estes estarem
assinados pelo devedor, deles constar uma obrigação pecuniária, ou a obrigação de
entrega de coisa móvel ou imóvel, ou uma obrigação de entrega de coisa ou de
prestação de facto. Uma ultima categoria de títulos executivos são os documentos a que
por disposição especial, lhe seja atribuída força executiva que são os chamados títulos
administrativos estes são os emitidos por repartições do Estado ou pessoas colectivas
exemplo disso são os títulos de cobrança de contribuições, juros de mora, impostos,
taxas entre outros créditos relativos ao Estado – art. 46/2 CPC

Classificação das acções quanto á forma; isto é quanto à tramitação técnica e


processual a que tem que se submeter as acções, segundo o art. 460/1 CPC, o processo
pode ser comum ou especial. Nos termos do nr. 2 do mesmo artigo o processo especial
aplica-se aos casos expressamente designados na lei, observando-se a todos os outros
restantes o processo comum. Os processos especiais são os processos-excepção, e o
processo comum é processo-regra.
Processo declarativo comum, consoante a dimensão do litígio este pode ter três formas,
a ordinária, a sumaria e a sumaríssima (art. 461 CPC), eles são distinguidos segundo
o valor da causa e a alçada do tribunal, o valor da causa deve ser indicado pelo autor na
sua petição inicial (art. 467/1 e) CPC) representa a parte económica, é com este valor
que se determina a relação da causa com a alçada do tribunal (art. 305/ 1 e 2 CPC).
Para fixar o valor da causa, há diversos critérios previstos estes nos arts. 306 e ss. do
CPC.
A alçada do tribunal é o valor limite até o qual ele julga em definitivo não tendo lugar
ao recurso. Os tribunais judiciais estão dispostos hierarquicamente da seguinte forma
Supremo tribunal de justiça, tribunais de 2º instancia (relação) em que a alçada é de
30 000 Euros, e a de 1º instancia (comarca) em que a alçada é de 5 000 euros.

Processo ordinário constitui a forma mais solene do processo comum e está previsto
nos art. 467 e art. 782 do CPC, aplica-se ás acções declarativas que não sendo especiais,
tenham um valor superior ao da alçada da relação ( art462 CPC).
O processo sumário, aplica-se a acções declarativas, que não sendo especiais, tenham
um valor igual ou inferior ao da alçada da relação e não devam observar a tramitação do
processo sumaríssimo, está previsto nos art.º 783 e art791CPC.
Processo sumaríssimo, aplica-se a acções declarativas que não sendo especiais tenham
um valor igual ou inferior á alçada da 1º instância (cumprimento de obrigações
pecuniárias, á indemnização por dano e entrega de móveis parte final do art. 462CPC).
O processo sumaríssimo está previsto nos art.º 793 e art. 796 CPC.
Processo executivo comum este segue forma única (art465 CPC)

Classificação das acções quanto aos interesses em discussão ; processos de


jurisdição litigiosa e processos de jurisdição voluntária. Para haver uma acção
judicial tem que haver a existência de um conflito de interesses, litigio entre as partes.
É por necessidade de resolver este litígio que se recorre à via judicial, sendo que o autor
pretende que o reconhecimento da sua pretensão seja reconhecida através da acção, por
outro lado o réu contestando, pugnará pela absolvição. Mas também há acções que
visam resolver um conflito de interesses, isto é regular judicialmente um interesse que é
comum a ambas as partes, são estes os chamados processos de jurisdição voluntária ou
graciosa, porque aqui não há lugar ao litígio e ao conflito, ao contrário da jurisdição
contenciosa. Os processos de jurisdição voluntária, implicam uma tramitação especial,
por isso se chamam processos especiais está entre os art. 1409 e 1510 CPC. Nestes
processos de jurisdição voluntária vigora o princípio da livre actividade inquisitória do
tribunal, quer isto dizer que o tribunal poderá não só reconhecer os factos trazidos para
os autos pelos interessados, como também os trazidos por quaisquer outros que sejam
relevantes para a resolução da questão (art1409/2 CPC).
Ao contraio no que sucede nos processos de jurisdição contenciosa, em que o tribunal
só se pode submeter ao critério da legalidade estrita (art. 8/2 CC), nestes processos de
jurisdição voluntária impera o principio da equidade, podendo o juiz decidir como lhe
parecer mais adequado e oportuno para a questão em causa.
As resoluções proferidas neste processo podem ser alteradas com fundamento em
circunstâncias supervenientes art. 1411/1 CPC, também neste processo é obrigatório a
constituição de advogado art. 1409 /4 CPC

Pressupostos processuais; são os requisitos necessários ao regular


desenvolvimento da instância permitindo que esta culmine numa sentença que resolva
efectivamente, o litígio colocado à apreciação do tribunal.
São eles: a personalidade jurídica, capacidade judiciária, legitimidade, patrocínio
judiciário obrigatório e interesse de agir. Ao tribunal são as competências internacionais
e internas e o próprio objecto da causa aptidão da petição inicial e não verificação da
litispendência e do caso julgado.

Pressupostos relativos ás partes

Personalidade jurídica à luz do art. 5/1 do CPC, esta personalidade jurídica consiste
na susceptibilidade de ser parte, estabelecendo o n.º 2 do mesmo artigo - quem tiver
personalidade jurídica tem igualmente personalidade judiciária.
De acordo com art.66/1 do CC a personalidade jurídica adquire-se no momento do
nascimento completo e com vida, adquirida a personalidade jurídica, isto é a capacidade
civil de gozo de direitos, qualquer pessoa maior ou menor, capaz ou incapaz pode ser
parte numa causa, estão também contempladas as pessoas colectivas, porque estando
estas dotadas de personalidade jurídica têm igualmente personalidade judiciária.
A personalidade judiciária é o pressuposto processual relativo às partes não havendo
esta, não há sequer parte no processo.
O CPC atribui personalidade judiciária a certas entidades que não ou ainda não a têm,
são excepções previstas nos art. 5/2, e 6 CPC, por exemplo a al. a) deste artigo quando
fala em herança jacente, o artigo 2046 CC diz-nos que esta é uma herança sem titular,
ou porque não se conhece os sucessores ou ainda porque não aceitaram a herança. Todas
as entidades que são reconhecidas a personalidade jurídica nos termos dos art. 6 e 7
CPC são representadas em juízo por quem o art. 22 CPC determinar.

Capacidade jurídiciária nos termos do art. 9/1/2 do CPC esta a capacidade judiciária
consiste na susceptibilidade de estar por si em juízo, e tem por base e por medida a
capacidade do exercício de direitos.
A capacidade judiciária decorre da capacidade jurídica prevista no art. 67 CC, também
aqui o CPC estabelece uma equiparação entre a capacidade de exercício de direito e a
capacidade judiciária.
Para litigar não basta ter personalidade judiciária, é necessário que possa estar por si
própria em juízo (não careça de qualquer representação), não podendo estar ele próprio
em juízo, a sua intervenção judiciária deverá fazer-se através de representante legal nos
termos do art10/1 CPC, ficando assim suprida a capacidade judiciária.
São incapacidade os casos previstos na lei como a menoridade, a interditação e a
inabilitação, a menoridade nos termos do art. 122 do CC, é caso dos menores de dezoito
anos, da conjugação do art. 123 do art. 9/.2 do CPC, resulta em que o menor não tem
capacidade judiciaria, assim para litigiar tem que ser suprida essa incapacidade com a
conjugação do art. 124 do CC com o art10 do CPC.
A Interdição é prevista no art. 138 do CC, o interdito é equiparado ao menor, isto é não
dispõe de capacidade jurídica, e por consequência disso de capacidade judiciária,
conjugando os arts. 139 e 123 do CC com o art. 9/2 CPC. A interdição é decretada em
acção especial nos termos do art. 944 a 958 do CPC, sendo que a sentença designa o
representante legal do interdito.
A inabilitação prevista no art. 152 CC, é semelhante á interditação, embora neste caso
não seja necessária uma absoluta incapacidade, esta também é decretada por sentença á
luz do art.944 a 958 do CPC, definindo o curador assim como os actos que este possa
praticar, podendo ele intervir e citado se for réu nos termos do art. 13/1 CPC ficando
contudo a acção subordinada á orientação do curador conforme art. 13/2 CPC.

Legitimidade nos termos do art. 26/1 CPC “ o autor…..contradizer”, é este interesse


que está definido no nº 2 que resulta a legitimidade. O autor é parte legítima sempre que
a procedência da acção lhe venha a conferir uma vantagem ou utilidade, e o réu é parte
legítima sempre que se vislumbre que tal procedência venha a causar uma desvantagem.
A legitimidade não é uma qualidade pessoal, antes uma qualidade posicional da parte
face á acção. Para determinação da legitimidade das partes, o art. 26/3 CPC fornece um
critério subsidiário.

A lei contempla situações de pluralidade das partes, esta pode ser activa, isto é com
vários autores, passiva com vários réus ou dupla, com vários réus e vários autores.
Esta pluralidade pode se verificar logo na petição inicial ou posteriormente no decorrer
da acção.
As figuras de pluralidade são o litisconsórcio e a coligação.
O litisconsórcio ocorre quando se discute em juízo uma determinada relação jurídica
envolvendo diversos sujeitos por isso são partes na acção. Quer dizer a unicidade da
relação convertida corresponde a uma pluralidade de partes. O litisconsórcio pode ser
voluntário ou facultativo, necessário ou forçoso.
Diz-se que é voluntário quando a pluralidade das partes resulta da vontade do ou dos
interessados, cabe ao autor e por sua vontade propor a acção contra todos os
interessados, ou porque vários interessados decidiram instaurar em co-autoria a acção.
O art. 27 CPC, refere a hipótese de a acção poder ser instaurada por todos ou contra
todos os interessados. O litisconsorcio necessário corresponde a uma pluralidade de
partes obrigatória, não dependente da simples vontade dos interessados. Está previsto no
art. 28 CPC, no nº 1 corresponde ao litisconsórcio legal quando deriva da exigencia da
lei. Litisconsórcio necessário convencional isto quando a pluralidade das partes é
determinada por estipulação dos interessados art. 28/1 CPC, pode ainda ser natural
quando a intervenção de todos os interessados se mostre necessária para que a decisão a
obter produza o seu efeito útil normal (art. 28/2 CPC).
Outra espécie de pluralidade de partes é a coligação de autores e de réus prevista no art.
30 CPC, e o que a distingue do litisconsórcio é que na coligação há pluralidade de
partes e pluralidade correspondente de relações materiais controvertidas, no
litisconsorcio há pluralidade de partes, mas unicidade da relação controvertida.
Nos art. 30/1 e 2 CPC, estão os requisitos para que as coligações de autores e réus sejam
admitidas.

Patrocínio Judiciário obrigatório, isto quando implica em certas acções que as


partes estejam representadas por advogados, é uma assistência técnica e profissional que
os advogados prestam às partes, este só constitui um pressuposto processual quando é
imposto por lei nos termos do art. 32/1 CPC.
Interesse de Agir consiste na indispensabilidade de o autor recorrer a juízo para a
satisfação da sua pretensão, e este só tem interesse em agir quando está esgotado
qualquer outro meio extra judicial para realizar a sua pretensão, as ali b) c) e d) do art.
449/2 CPC, prevê dois casos de acção que se revelam desnecessárias.

Pressupostos relativos ao tribunal


Nos termos do art. 202 da CRP os tribunais são os órgãos de soberania com
competência para administrar a justiça, têm uma função jurisdicional, e é isto que os
distingue dos outros órgão do estado, todos os tribunais exercem a função jurisdicional,
tendo cada um deles uma fracção própria dessa jurisdição.
A repartição de poder entre eles faz-se através de regras de competência, são estas
regras que atribuem competências aos tribunais de acordo com o tipo de acção que se
pretende instaurar.
A competência é determinada de acordo com o pedido formulado pelo autor, pelo lugar
da ocorrência dos factos. A competência pode ser abstracta ou concreta, ela é
abstracta quando a competência é determinada em bloco (exemplo: tribunais do
trabalho tem competência abstracta e genérica para dirimir conflitos de tipo laboral).
A Competência concreta do tribunal é o poder de julgar uma certa e determinada
causa.
Os conflitos de jurisdição são resolvidos, nos termos do art. 116/1 CPC, pelo STJ ou
pelo tribunal dos conflitos.

A competência internacional dos tribunais deve ser considerada em bloco e


não neste ou naquele tribunal, o que quer dizer ou todos os tribunais tem competência
internacional ou então nenhum tem, a conjugação dos art. 62,65 e 99 do CPC, resulta
nos cinco princípios que definem a competência internacional dos tribunais portugueses,
bastando que para tal se verifique alguns destes princípios.
Princípio da domiciliação os tribunais tem competência internacional sempre que o réu
ou algum dos réus tenha domicílio em território português (art. 65/2 CPC).
Princípio da coincidência a competência internacional dos tribunais portugueses
resulta da circunstância de a acção dever ser proposta em Portugal, segundo as regras da
competência interna territorial estabelecidas pela lei portuguesa, as quais constam no
art.73 e ss CPC.
Principio da causalidade os tribunais portugueses têm competência internacional
sempre que o facto que provoque a acção tenha sido praticado em território nacional, ou
quando mais complexa pelo menos alguns dos factos tenham ocorrido em Portugal.
Principio da necessidade, os tribunais portugueses tem competência internacional
quando o direito invocado não possa se tornar efectivo senão por meio de acção
proposta em tribunal português, para que tal aconteça é imprescindível que entre a acção
a propor e o território Português exista um elemento ponderoso de conexão pessoal ou
real.
Princípio da consensualidade ou a vontade das partes previsto no art. 99 CPC,
segundo este preceito as partes podem atribuir aos tribunais portugueses competência
internacional para determinadas questões, bem como priva-los de tal competência.

Competência Interna; a competência interna pode ser medida em quatro critérios o


da matéria, o da hierarquia, o do valor e da forma de processo e o do território.
O art. 66 prescreve que “são competência…..jurisdicional” , os tribunais judiciais de 1º
instancia ,são consoante a matéria das causas que lhe são atribuídas, tribunais de
competência genérica, que são os que julgam as causas que não tenham sido instauradas
nos tribunais de competência especializada. Os tribunais de competência especializada
existem pelo facto de que algumas matérias justificam a existência dos tribunais de
competência especializada, é a particularidade de algumas matérias que resulta de um
princípio de especialização, com toda as suas vantagens que lhe são inerentes; os
tribunais de competência especializada são os enumerados no art. 78 da LOFTJ ;
tribunal de instrução criminal, aos quais compete proceder á instrução criminal, decidir
quanto à pronúncia e exercer as funções jurisdicionais relativas ao inquérito. Os
tribunais de família com competência para preparar e julgar acções de separação de
pessoas e bens e de divórcio litigioso, acções de alimentos entre conjugues, regular o
exercício de poder paternal, entre outros relativos á família. Tribunais de menores com
competência para decretar medidas aqueles que tenham completado 12 anos e antes de
perfazerem 16, que tenham dificuldade de adaptação á vidam social normal, que tenham
cometido crime por exemplo. Tribunais do trabalho para questões relacionadas com
causas laborais. Tribunais de comércio com competência entre outras para as acções
especiais de recuperação da empresa e de falência e as relativas ao exercício de direitos
sociais. Tribunais marítimos com competência com questões ligadas ao mar e rios.
Tribunais de execução de penas exercem a sua competência em matéria de execução de
penas de prisão ou outras, concede ou revoga a liberdade condicional, e decide sobre a
prestação de trabalho em favor da comunidade.
Competência interna em razão da hierarquia; os tribunais estão hierarquicamente
dispostos, há tribunais de 1º instância (art.70 CPC) e de 2 º instancia (art. 71 CPC) e o
supremo tribunal de justiça (art. 72 CPC). Na base da hierarquia está o de 1º instância é
aqui nestes tribunais que se instauram as acções, nos tribunais de 2º instancia compete-
lhes conhecer recursos interpostos de decisões proferidas pelos tribunais de 1º instancia.
No topo da hierarquia, está o supremo tribunal de justiça, nos termos do art. 72CPC.
Competência interna em razão do valor e da forma de processo , é pelo
valor da causa e pela forma do processo aplicável que se determina a competência dos
tribunais colectivos e dos tribunais singulares (art. 68 CPC).
Aos tribunais colectivos compete julgar as questões de facto nas acções de valor
superior á alçada dos tribunais da relação, sem prejuízo dos casos em que a lei de
processo exclua a sua intervenção. Os tribunais singulares têm competência para os
processos em que não intervenha o tribunal colectivo, daqui assim resultam as seguintes
consequências: as acções sumarias e sumaríssimas, porque os seus valores nunca
excedem a alçada de 2º instancia, são sempre instauradas e julgadas em tribunal
singular; nas acções ordinárias tendo em conta o seu valor, o julgamento da matéria de
facto compete ao tribunal colectivo, todavia atendendo á parte final do art. 646/1 CPC,
nestas acções, a intervenção do colectivo depende de requerimento nesse sentido.
Relativamente á competência em razão da forma do processo o art. 69 CPC alude aos
tribunais de competência especifica, são estes as varas cíveis, os juízes cíveis, os juízos
de pequena instancia cível e os juízos de execução.
São varas cíveis sendo estes tribunais de estrutura colectiva tem competência, para
preparar, julgar as acções declarativa cíveis de valor superior há alçada do tribunal da
relação, em que a lei preveja a intervenção do colectivo.
Os Juízos cíveis, estes são tribunais com estrutura singular, tem competência para
preparar e julgar os processos cíveis não atribuídos às varas cíveis, nem aos juízos de
pequena instância cível.
Os juízos de pequena instancia cível, estes também são tribunais de estrutura singular,
tem competência para preparar e julgar acções, sumaríssimas e as acções especiais não
previstas no CPC, cuja decisão não seja passível de recurso ordinário. Os juízos de
execução aos quais cabe exercerem, no âmbito do processo executivo, as competências
previstas no CPC.

Competência Interna em Razão do território, o território nacional está


dividido em distritos judiciais, círculos judiciais e comarcas, a lei fixa os factores que
determinam em cada caso o tribunal territorialmente competente, tais factores constam
dos art. 73 a 95 CPC, para os quais remete o art. 63 CPC.
O Foro Real, segundo o qual devem ser propostas acções relativas a direitos reais ou
pessoais de gozo sobre imóveis, prevista no art. 73 CPC.
O foro obrigacional de acordo com o qual as acções destinadas a exigir o cumprimento
de obrigações, indemnização pelo cumprimento ou não cumprimento.
Foro do autor, estabelece que as acções de divórcio e de separação de bens devem ser
instauradas no tribunal do domicílio ou de residência do autor.
Foro conexional segundo o qual a acção de honorários de mandatários judiciais ou
técnicos devem ser propostos no tribunal da causa em que foi prestado serviço.
Foro hereditário, ou sucessório consagra que o tribunal compete para o processo de
inventário é o do lugar da abertura da sucessão (art. 77/1CPC).
Em determinadas situações as partes são admitidas a prevenir a competência territorial
do tribunal (2ºparte do nº1 do art. 100 CPC). Competência convencional resulta de um
acordo de sujeito aos seguintes requisitos: deve respeitar a forma do contrato fonte da
obrigação, contanto que seja escrito (arts.100/2 e 99/4 CPC); deve designar as questões
a que se refere ou especificar o facto jurídico susceptível de as originar (art.100/2 e 4
CPC); deve também indicar o tribunal que fica sendo competente art. 100/2CPC e por
ultimo não deve versar sobre os casos previstos no art.110/1CPC.
Podemos dizer que o legislador tem em consideração a comodidade das partes, e por
outro a vantagem proporcionada pela proximidade do juiz aos factos da causa,
relativamente á comodidade das partes é salientado no foro do autor (art. 75 CPC), do
foro geral (art. 85 CPC), do foro convencional (art. 100 CPC), a proximidade dos factos
da causa, o foro real (art. 73 CPC), o foro obrigacional emergente de responsabilidade
civil extracontratual (art. 74/2CPC) e parte do foro executivo (art. 90/1 e 94/2 CPC)

Pressupostos relativos ao objecto da causa,

Aptidão da Petição Inicial a instancia inicia-se pela proposição da acção e esta


considera-se instaurada, quando é recebida na secretaria (art. 267/1 CPC). A petição
inicial quanto ao seu conteúdo, deve observar determinados requisitos, para ser
considerada apta, caso contrario e á falta de requisitos a petição inicial é considerada
inepta.
Os casos de ineptidão da petição estão previstos no art193/2 CPC; quando falte a
indicação do pedido, a exacta formulação de um pedido, pois o tribunal só reconhece
aquilo que se pede e na medida em que se pede, sem isso o juiz não tem condições para
entender o autor pretende (art 661/1 CPC). Quando falte alegação de causa a pedir, a
causa a pedir tem que ser invocada na petição, é necessário um relato concreto dos
factos que fizeram surgir o direito invocado pelo autor. Quando o pedido indicado seja
ininteligível, neste caso de ineptidão da petição inicial, há pedido formulado. Quando
antagonismo entre o pedido e o respectivo fundamento. Quando se aleguem
cumulativamente causas de pedir incompatíveis, Quando se formulem cumulativamente
pedidos substancialmente incompatíveis, embora o art. 470 CPC, permita a cumulação
de pedidos, mas com certas condições nomeadamente a compatibilidade substancial
entre os pedidos formulados. A ineptidão da petição inicial é de tal modo grave que gera
a nulidade de todo o processo (art. 193/1CPC). Por isso, a aptidão dessa peça constitui
um verdadeiro pressuposto processual.

Não verificação da litispendência e do caso julgado , está previsto nos art.


497 a 499 CPC, são pressupostos processuais de índole negativa, isto porque a
verificação destes impede o regular desenvolvimento da instância. Tanto a
litispendência como o caso julgado implicam a repetição da causa. Se duas ou mais
causas estão pendentes simultaneamente há litispendência; se uma causa é proposta
depois de a anterior ter sido definitivamente decidida, há caso julgado (art.497/1 CPC),
o que distingue estas duas figuras é o momento em que se dá a repetição, a repetição da
causa dá-se quando é proposta uma outra idêntica aquela art. 498/1 CPC.

Falta de pressupostos processuais:

Falta de pressupostos relativos às partes e seu eventual suprimento, a


falta de pressupostos processuais relativos às partes implica que o juiz deva abster-se de
conhecer do mérito da causa e absolva o réu da instância (art.288/1 CPC), todavia a
absolvição da instância não é o resultado natural da lide. Por isso na pendência da causa
são reconhecidas às partes e ao tribunal diversos meios de suprir os vícios, (desde que
estes sejam sanáveis) derivados da falta de pressupostos processuais, de modo a
proporcionar uma decisão de mérito, daí que face á irregularidade de falta de um
pressuposto processual, importe saber se o vício é sanável ou insanável.
Se este for insanável, o juiz não pode deixar de se abster de conhecer do mérito da
causa e absolver o réu da instância.
Se esta for sanável, podem-se desencadear os mecanismos tendentes a tal sanação.
A falta de personalidade jurídica, deriva da existência da pessoa jurídica, o vicio é
insanável, porem o art. 8 CPC prevê um caso excepcional de sanação daquela falta.
-A falta de capacidade judiciária, é sanável através da representação (poder paternal e
tutela) ou da autorização (curatela). Com efeito o art. 10/1 CPC estabelece que os
incapazes só podem estar em juízo por intermédio dos seus representantes, ou
autorizados pelo curador. È importante saber se a incapacidade judiciária, é atribuída ao
autor ou ao réu visto que as consequências processuais que daí advêm são diferentes.
Respeitando á incapacidade do autor o juiz deve ordenar a notificação do representante
legal, nos termos da segunda parte do art.24/2 CPC. Respeitando a incapacidade
judiciaria ao réu, o juiz deve ordenar a citação do respectivo representante legal, nos
termos da primeira parte do art. 24/2 CPC (e do art. 23/1 CPC) Não seria acertada a
absolvição do réu da instancia, porque este embora incapaz passou a estar representado
em juízo, justamente quando o seu representante legal foi citado para os efeitos dos art.
23 e 24 CPC, se assim não fosse estaria encontrada a forma de os incapazes jamais
serem condenados, bastaria para isso que os seus representantes não os defendessem.
A ilegitimidade pode ser singular ou plural; a ilegitimidade é singular pela sua própria
natureza insanável, por isso conduzirá á absolvição do réu da instancia (art.288/1 d)
CPC). A ilegitimidade plural, deriva da violação do litisconsorcio necessário, é suprível
pela intervenção em juízo dos titulares da relação controvertida que não sejam
originariamente partes. Esta intervenção pode ser provocada ou espontânea, a
intervenção provocada decorre de uma citação, a qual é requerida pelo autor, ou por sua
própria iniciativa (art. 320 a) e 325/1 CPC) ou na sequência de convite dirigido pelo
juiz ao demandante para esse efeito art.265/2 CPC. Se o autor corresponder ao convite
citado o terceiro, fica respeitado o litisconsórcio necessário e sanada a ilegitimidade
plural, mesmo que o chamado não pratique qualquer acto em juízo art. 328/1CPC e a
primeira parte da al a) do nº 2. Por sua vez a intervenção espontânea resulta da iniciativa
do próprio interveniente (art. 320 e ss CPC).
-Falta de patrocínio judiciário obrigatório é sanável, com efeito o art.33 CPC refere que
o juiz deve convidar a parte que viola, este pressuposto processual a constituir
mandatário, dentro do prazo certo, art. 265/2 CPC, se a parte aceder ao convite, fica
sanado o vicio e regularizada a instancia. Na hipótese contraria, a irregularidade preciste
e conforme os casos resulta que o réu será absolvido da instância se a falta do patrocínio
respeitar o autor; ficará sem efeito a defesa, se a falta de patrocínio respeitar ao réu; e
não terá seguimento o recurso se a falta disser respeito ao recorrente.
-A falta de Interesse de agir é insanável

Falta de pressupostos relativos ao tribunal


O desrespeito pelas regras de competência dos tribunais gera a incompetência destes
Há duas espécies de incompetências: a relativa e absoluta

A incompetência absoluta deriva da infracção das regras da competência


internacional, das regras da competência material e das regras da competência
hierárquica (art. 101 CPC)
Esta incompetência pode ser arguida pelas partes ou suscitada oficiosamente pelo
tribunal em qualquer estado do processo, enquanto não houver sentença passado em
julgado (art. 102/1CPC) exemplo se for proposta num tribunal judicial uma acção para a
qual é afinal competente um tribunal administrativo, estamos perante uma
incompetência absoluta (em razão da matéria) cujo regime de arguição e conhecimento
é previsto no art. 102/1CPC.
A incompetência absoluta é insanável, por isso uma vez detectada e declarada tem como
efeito a absolvição do réu da instância (art.105 e 288/1 CPC).
A incompetência relativa resulta da violação das regras da competência
internacional, derivada da violação de um pacto privativo de jurisdição, das regras da
competência interna em razão do valor e da forma do processo, e das regras da
competência territorial (art. 108CPC). A incompetência relativa pode ser oficiosa ou
inoficiosa.
È incompetência oficiosa aquela que deriva da violação das regras da
competência em razão do valor e da forma do processo (art.110/2 CPC), e das regras da
competência territorial de que as partes não podem dispor (art.110/1 CPC), esta
incompetência pode ser arguida pelo réu na contestação cabendo ao autor responder a
tal arguição no articulado subsequente da acção (art.109 CPC). Por outro lado o juiz
pode suscitar
ex officio esta incompetência.
Em ambos os casos, a questão tem de mostra-se decidida até ao despacho saneador
podendo nele ser incluída tal decisão quando o tribunal se declare competente (art.
110/3 primeira parte CPC).
A incompetência relativa inoficiosa resulta da violação de um pacto privativo de
jurisdição internacional e da infracção das regras de competência interna territorial de
que as partes podem dispor (art. 75 e 77 CPC).

Falta de pressupostos relativos ao objecto da causa e seu eventual suprimento


A Ineptidão da petição inicial atenta á gravidade do vicio, não é susceptível de sanação,
esta regra conhece todavia duas excepções uma legal e a outra de origem
jurisprudencial.
Quanto á primeira art. 193/3 CPC, prescreve que sendo oferecida contestação, a
arguição pelo réu da falta ou da ininteligibilidade do pedido ou da causa a pedir não será
procedente quando ouvido o autor se verificar que o demando entendeu
convenientemente a petição, trata-se portanto de uma sanação fundada num critério de
lógica. Quanto à excepção de origem jurisprudencial, o STJ, através do assento 12/94 de
26/05/94 fixou a nulidade resultante de simples ininteligibilidade da causa a pedir, é
sanável através de ampliação fáctica em réplica, se o processo admitir este articulado e
respeitado que seja o princípio contraditório.
A litispendência e o caso julgado são insanáveis.

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