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RESUMO

Direito Tributário

CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Introdução - crédito tributário representa o momento de exigibilidade da


relação jurídico-tributária. Seu nascimento ocorre com o lançamento tributário,
podendo defini-lo como uma obrigação tributária lançada ou obrigação
tributária em estado ativo.
O lançamento é o instrumento que confere a exigibilidade a obrigação
tributária, quantificando-a. Crédito tributário é a obrigação tributária tornada
líquida e certa por intermédio do lançamento. Para haver lançamento é mister
que haja fato gerador e obrigação tributária. O crédito não surge com o fato
gerador, sendo constituído com o lançamento. O fato gerador apenas constitui
a obrigação tributária da qual decorrerá o crédito tributário.

LANÇAMENTO

Conceito - o lançamento está detalhado no art. 142 do CTN, onde é possível


verificar as finalidades ou funções do lançamento: I - Verificar a ocorrência do
fato gerador; II - Determinar a matéria tributável; III - Calcular o montante do
tributo devido; IV - Identificar o sujeito passivo; V - Propor, se caso o for, a
aplicação da penalidade cabível.

Revisão do Lançamento

a) Lançamento Reversível

Art. 145: alteração de lançamento - antes da notificação regular, é perfeitamente


compreensível que se possa fazer qualquer tipo de alteração no lançamento, até
a notificação, a revisibilidade é absoluta.

- Princípio da imutabilidade do lançamento (regra) - após a notificação dirigida


ao contribuinte o lançamento se presume definitivo. Daí se ter como regra geral
a vedação da alteração do lançamento anteriormente efetuado. É a adoção da
regra da irreversibilidade do lançamento, que decorrer da lei e não dele próprio.
Por sua vez, o art. 145 do CNT discrimina nos incisos I, II e III situações que
fogem a regra. São as exceções a irreversibilidade ou situações legalmente
admitidas de revisibilidade.

Hipóteses:
I - Impugnação do lançamento pelo contribuinte (ampla defesa e contraditório)
- impugnação do sujeito passivo é a defesa ou reclamação apresentada na
órbita administrativa, instaurando-se a fase litigiosa ou contenciosa do
procedimento, caso o sujeito passivo discorde parcial ou totalmente do
lançamento anteriormente efetuado. Com a protocolização da impugnação feita
pelo sujeito passivo, e não por qualquer terceiro interessado, inicia-se a fase
litigiosa ou contenciosa no procedimento do lançamento, e finaliza-se a fase
oficiosa, que se encerra com a notificação. Também o recurso voluntário
interposto pelo sujeito passivo contra uma decisão administrativa que lhe tenha
sido desfavorável pode acarretar a alteração do lançamento.

II - Recurso de ofício; que caso deferido, gerará a alteração do lançamento -


recurso de ofício é o recurso conhecido, no Processo Civil, como "remessa
necessária" ou "reexame necessário", traduzindo-se na possibilidade jurídica de
rejulgamento da decisão de primeira instância, na órbita administrativa, que
tenha trazido situação favorável ao reclamante. Trata-se de hipótese litigiosa de
alteração do lançamento.

- O recurso deve ser analisado para seguir o disposto na lei, sem preferência à
Fazenda ou ao contribuinte.

A decisão de 2ª Instancia é a que interessa para promover a alteração do tributo


(lançamento).

- Caso a decisão do administrativo não respeite a lei, o contribuinte pode levar a


discussão ao P. Judiciário.

III - Iniciativa de ofício pela autoridade administrativa, nos termos... art. 145 - o
art. 149 contempla uma lista taxativa de normas limitadoras de competência
tributária. Os lançamentos podem ser revistos, no poder-dever de autotutela da
administração desde que a alteração se enquadre nas possibilidades previstas
no preceptivo e que o crédito não esteja extinto pela decadência. O Princípio da
Autotutela é consequência natural do Princípio da Legalidade, vinculando a
atividade administrativa, da mesma forma que a administração deve agir para
corrigir ato que eventualmente contrarie a própria lei, sanando os vício e
incorreções, independentemente da provocação do interessado. O art. 147
dispõe sobre a retificação de ofício, no âmbito do lançamento misto ou por
declaração, permitindo que a autoridade administrativa proceda a correção de
erros grosseiros e visualmente insustentáveis, passíveis de pronto acerto. O
inciso III é a única hipótese não litigiosa de alteração do lançamento.

-Obs: em matérias de fato, a fazenda pode cobrar/rever os lançamentos


anteriores.
Art. 146, CTN: em se tratando de matéria de interpretação de lei, não se altera o
tributo/lançamento, retroativamente. - a irrevisibilidade do lançamento, com
base em critérios jurídicos, quanto a fato gerador ocorrido anteriormente à sua
introdução, é disciplinada pelo art. 146, onde infere-se que há proibição de
revisão de lançamentos já efetuados, com suporte na alegação de existência de
"erros de direito", quando a fato gerador ocorrido anteriormente à constituição
do crédito tributário. O erro de direito viabiliza a adoção de novo critério
jurídico na exegese da norma que se contrapõe a um critério anteriormente
utilizado. Assim, em certo momento, muda-se a interpretação, substituindo uma
exegese por outra ou passa-se a adotar uma alternativa anteriormente não
escolhida, na interpretação do caso concreto. O novo critério escolhido pelo
Fisco na atividade de lançamento só poderá ter efeitos ex nunc com a aplicação
exclusiva a casos futuros, prestigiando a boa-fé do contribuinte. É incabível o
lançamento suplementar motivado por erro de direito.

- A alteração só pode ocorrer na hipótese do art. 145, CTN.

Modalidades: Art. 147 CTN - o lançamento é ato ou procedimento privativo do


Fisco. O que pode ocorrer em seu processamento é um auxílio maior ou menor
do contribuinte no ato de constituição do crédito tributário. As espécies de
lançamento são:

1 – Nenhuma: De ofício ou DIRETA (art. 149, CTN) - lançamento direto ou de


ofício é aquele em que o Fisco por meio da autoridade administrativa dispondo
de dados suficientes em seus registros para efetuar a cobrança do tributo,
realiza-o, dispensando o auxílio do contribuinte. Todos os atos que integram o
procedimento do lançamento serão perpetrados no âmbito da Administração,
prescindindo-se de auxílio externo.

2 – Alguma: Por declaração ou MISTO - lançamento misto ou por declaração é


aquele realizado com base na declaração do sujeito passivo, que presta a
autoridade lançadora as informações necessárias a sua confecção. Caracteriza-
se pela ação conjugada entre Fisco e contribuinte, cabendo a este a prestação
de informações faltantes, e aquele, a feitura do lançamento propriamente dito.
Portanto, no lançamento por declaração a constituição do crédito tributário
ocorre a partir das informações prestadas pelo devedor quanto ao fato gerador.
Se o sujeito passivo tem que prestar informações sobre matéria de fato, está-se
diante da modalidade de lançamento por declaração. Nem sempre a
administração disporá de dados bastantes para proceder ao lançamento,
suprindo tal deficiência de informações com a declaração prestada pelo
particular em pleno cumprimento de uma obrigação acessória ou colateral. O
sujeito passivo informa ao Fisco "matéria de fato" na declaração prestada e com
supedâneo nesta, a entidade tributante calcula o gravame e o notifica para
pagar a exação tributária. É possível a retificação da declaração, por iniciativa do
próprio declarante, visando reduzir ou excluir tributo, que só será admissível
obedecendo-se duas condições: I - mediante comprovação do erro em que se
funde e; II - antes de notificado o lançamento. O ônus da comprovação é do
contribuinte e havendo a notificação será fulminado o direito a retificação. Caso
pretenda retificar para aumentar o tributo, poderá faze-lo após a notificação.
Neste caso, dará ensejo a um lançamento suplementar (de ofício). O
lançamento misto é um procedimento constitutivo do crédito de iniciativa da
administração.

3 – Muita: Por homologação (ex. IR, pois o contribuinte toma as atitudes


visando o pagamento antes mesmo de o fisco agir, seja para homologar, seja
para cobrar valores pendentes). - o lançamento por homologação ou
autolançamento é aquele em que o contribuinte auxilia ostensivamente o Fisco
na atividade do lançamento, recolhendo o tributo, antes de qualquer
providencia da administração, com base no montante que ele próprio mensura.
A partir dessa providencia antecipatória de pagamento, cabe a entidade
impositora proceder à conferencia da exatidão do volume recolhido,
homologando expressa ou tacitamente o procedimento adotado.

Art. 148, CTN: Arbitramento - o art. 148 trata da hipótese de arbitramento ou


fiscalização indireta ou aferição indireta, significando a adoção por parte da
autoridade lançadora de sistemática determinante do tributo que dependa da
aferição do valor ou preço de bens, de serviços, de direitos ou de certos atos
jurídicos. A menção a "valor ou preço" permite que se tragam outros critérios
arbitráveis, como renda, lucro, faturamento, etc. Tem-se entendido não ser uma
quarta espécie de lançamento, na verdade é efetuado antes do lançamento,
permitindo que a autoridade administrativa desconsidere os valores declarados
pelo sujeito passivo, em razão da (i) idoneidade ou da (ii) omissão documentais,
para só então valer-se do lançamento (de ofício) com suporte em bases
presuntivas e na fixação do valor tributável. Em razão da limítrofe situação
caracterizada pelo comportamento leviano do sujeito passivo omisso, reticente
ou mendaz com relação à informação de valor ou de preço de bens, fica o Fisco
autorizado a adotar para o bem um valor de base de cálculo compatível com a
prática do mercado ou com os indicadores hauridos de pesquisas e estatísticas
em total prestígio a verdade material. A sistemática existe para se chegar a um
valor arbitrável e não arbitrário. Ao final, a autoridade administrativa calcula o
montante do tributo devido e realiza o lançamento, notificando o sujeito
passivo. A esse cabe o ônus de provar que o fato não ocorreu tal como
arbitrado.

Art. 149, CTN; de ofício ou direto:

1ª Hipótese: quando determina a forma de lançamento

2ª Hipótese: quando a declaração não for prestada no prazo legal.


(consequência, ato de infração, multa);

3ª Hipótese: a declaração é feita no prazo e nas condições legais,


entretanto, o fisco solicita esclarecimentos, sendo nesta hipótese, as
informações prestadas, insuficientes ou não comprovadas (o Fisco desconsidera,
mais o arbitramento e mais autuação com multa e juros).

4ª Hipótese: independente de dolo ou não, no erro da declaração,


(falsidade ou omissão), o Fisco autua, pois, a responsabilidade é objetiva).

5ª Hipótese:

6ª Hipótese: Se o contribuinte, através de ação ou omissão (obrigação


acessória) não cumpre suas obrigações perante o Fisco, o valor da penalidade
se converterá em obrigação principal

Decadência - quando se confrontam dois comandos do CTN adstritos a


temática geral da decadência (art. 173, I vs 150 §4) há de se analisar o dies a
quo neles previsto para a contagem da caducidade. O art. 173, I, prevê como
marco inicial o primeiro dia do exercício seguinte aquele em quem o
lançamento poderia ter sido efetuado; já o art. 150, §4, prevê o dies a qui para a
data do fato gerador. A ambos, somar-se-á o prazo de 5 anos, intitulado
"quinquênio ou lustro decadencial".

- Art. 150, §4º, CTN: Prazo p/ homologação - o art. 150, §4, é considerado a
regra especial de decadência. O preceptivo alcança os tributos lançados por
homologação, com a típica antecipação de pagamento. O prazo é de 5 anos a
contar do fato gerador. No lançamento por homologação há uma típica
antecipação de pagamento, permitindo0se ao Fisco conferir sua exatidão em
um prazo decadencial de cinco anos, contados a partir do fato imponível. O
transcurso in albis do quinquênio decadencial sem que se faça uma conferencia
expressa provocará o procedimento homologatório tácito, segundo o qual
perde a administração o direito de lançar de modo suplementar uma eventual
diferença.
i) homologação expressa e ii) homologação tácita - a expressão homologação
tácita do lançamento é adotada pelo CTN (§4) não obstante até então não
existir lançamento algum. Tal raciocínio leva alguns a afirmarem que no
lançamento por homologação inexiste a decadência em si, mas a decadência do
direito de a Fazenda exigir por meio do lançamento de ofício o resíduo
tributário, relativo a incompleta antecipação do pagamento. O lançamento por
homologação traduz-se em "procedimento não impositivo" pois a iniciativa
constitutiva do crédito não é da administração, mas do contribuinte.

- São dois pagamentos decadenciais: art. 173, CTN - o art. 173, I, é considerado
a regra geral de decadência embora dele não conste textualmente o vocábulo
"decadência". Alcança os tributos cujos lançamentos são: (a) direto ou de ofício;
(b) por declaração ou misto; (c) por homologação (sem antecipação do
pagamento). O tributo lançado por homologação (com antecipação do
pagamento) dispõe de regra própria de cálculo (especial), constante do art. 150
§4.

-Decadência Ordinária: art. 173, I e II

- Decadência Especial: art. 150, § 4º

- Súmula 436 – STJ - a partir de 1995 o STJ passou a entender viável a


cumulação dos prazos concebendo os dois artigos como normas cumulativas
ou concorrentes, não reciprocamente excludentes. Assim, o prazo decadencial
passou a encontrar lastro na tese dos cinco mais cinco por maio da qual o dies
a quo do prazo do art. 173 é o primeiro dia do exercício seguinte ao do dies ad
quem do prazo do art. 150 § 4º. Para o STJ no lançamento por homologação
utiliza-se o art. 150 §4 cujo o prazo é de 5 anos a contar do fato gerador,
cumulando-o, posteriormente com o quinquênio a contar do primeiro dia do
exercício seguinte aquele em que o lançamento poderia ser sido efetuado.

Suspensão do crédito Tributário

Se o crédito não é pago, o mesmo é inscrito na Dívida Ativa.

1 – Impugnar:

Art. 151, CTN – Suspenção - após a constituição do crédito tributário pelo


lançamento, consequentemente torna-se líquida, certa e exigível a obrigação
precedente, determinando que o sujeito passivo cumpra a obrigação, sob pena
de a administração tributário utilizar os meios executivos para recebimento
judicial do importe tributário correspondente. No entanto, já situações que
suspendem as medidas de cobrança intentáveis pelo Fisco. Esses casos estão
previstos no art. 151 do CTN. A suspensão da exigibilidade do crédito não
implica a suspensão do cumprimento das obrigações acessórias devendo o
sujeito passivo cumpri-las independentemente da realização da obrigação
principal. As causas de suspensão dependem da lei, a luz da reserva legal.

O art. 151 hospeda seis causas suspensivas do crédito tributário.

Extinção do Crédito Tributário

Art. 156, CTN – Extinção - a maioria considera a enumeração do art. 156


taxativa, sendo que somente as modalidades nele elencadas podem dar ensejo
a valida e legítima extinção do crédito tributário, mas coexiste entendimento
contrário. Quando a extinção das obrigações, isso só pode ocorrer no que tange
a obrigação principal. As causas extintivas estão elencadas nos incisos do art.
156.

Exclusão do Crédito Tributário

Art. 175, CTN – Exclusão - a exclusão por meio da isenção e anistia consiste na
inviabilidade de sua constituição, são situações em que mesmo ocorrido o fato
gerador e a obrigação tributária, não haverá lançamento e não haverá crédito
tributário. Isenção e anistia são normas desonerativa de deveres patrimoniais do
contribuinte, atingindo-se o tributo, no caso de uma lei isentante ou a multa.
Isenta-se o tributo e anistia-se a multa. O poder de isentar ou anistiar é
correlato ao poder de criar tributos ou exigir penalidade, devendo haver
simetria no plano de competência tributária. A lei isentiva deve desonerar
aqueles tributos cujos fatos geradores sejam futuros.

- Caráter: a) Geral e; b) individual: - a isenção pode ser concedida de forma geral


ou de forma específica. Diz-se que a isenção concedida em caráter geral
decorre do fato de que o benefício atinge a generalidade dos sujeitos passivos,
independentemente de qualquer comprovação de alguma característica pessoal
e particular que dote o beneficiário de certo exclusivismo para fruir o benefício.
Já a em caráter individual decorre da restrição legal do benefício as pessoas que
preencham determinados requisitos, de forma que a sua fruição dependerá de
requerimento endereçado a administração tributária no qual se comprove o
cumprimento dos pressupostos legais.

 Suspenção X extinção:

- Ações: iniciativa da fazenda -> execução fiscal

-> iniciativa do contribuinte -> anulatória/ Declaratória (mandado de


segurança).
- Hipóteses de Extinção:

Art. 156, CTN:

i) Pagamento: - disciplinado nos arts. 157 a 163 e 165 a 169 do CTN é


modalidade direta de extinção do crédito tributário, prescindindo de
autorização por lei. Em regra o pagamento deve ser feito em pecúnia,
mas o art. 162 prevê o pagamento por meios sucedâneos. A
imposição de penalidade decorrente do não cumprimento da
obrigação acessória ou por ausência de recolhimento não dispensa o
pagamento integral do tributo devido, e o pagamento parcial de um
crédito tributário não importa em presunção de pagamento das
demais parcelas em que ele se decomponha. O art. 159 estabelece o
local do pagamento do tributo, salvo disposição contrária, a
repartição competente do domicilio do sujeito passivo. O prazo para
o pagamento é definido na legislação própria de cada gravame, mas
salvo regra contrária, aplica-se o disposto no art. 160 que é de 30
dias, contados da data da notificação do lançamento ao contribuinte,
e o § único autoriza a concessão de desconto pela antecipação do
pagamento, desde que preenchidas algumas condições. Os juros são
de 1% ao mês.

Garantias e privilégios do crédito Tributário - as garantias e privilégios do


crédito tributário denotam verdadeiras tutelas acauteladoras ou medidas
assecuratórias de que dispõe o Poder Público para impelir o contribuinte a
satisfação do pagamento do gravame, de modo a abastecer os cofres públicos
para que seja realizada a consecução de seus fins sociais. Sua previsão
legislativa encontra guarida nos arts. 183 a 193 do CTN. O rol legal do art. 183
das garantias atribuídas ao crédito tributário não é obstativo de outras tantas
que previstas venham a incrementá-lo. As garantias desde que previstas em lei
podem somar-se ao rol do CTN. Inexistindo previsão é vedada essa
possibilidade. Não se trata de enumeração taxativa mas exemplificativa. Não há
comunicabilidade entre a natureza da garantia e a natureza do crédito
tributário.

Responsabilidade Patrimonial: - totalidade dos bens/rendas - existe um grande


desequilíbrio entre o contribuinte e o Fisco, quanto as garantias e privilégios do
crédito, evidenciando-se no art. 184 que de um modo geral todos os bens e
rendas do contribuinte ficam expostos e são alcançados para a forçosa
liquidação do crédito tributário, salvo certos bens e rendas que a lei direta e
exclusivamente acobertou sob o manto de absoluta impenhorabilidade. Sobre
os privilégios e garantias do crédito tributário pode-se afirmar que como regra
respondem pelo seu pagamento a totalidade dos bens e rendas de qualquer
natureza ou origem do sujeito passivo. No plano material alcançam todos os
bens e rendas de qualquer natureza ou origem, até mesmo os bens gravados
por ônus real ou por cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade ou
incomunicabilidade.

-Exceção - a única hipótese de mitigação do onipresente alcance da dívida


tributária sobre o patrimônio do particular se dá quando a lei declarar o bem ou
renda absolutamente impenhoráveis. O patrimônio que passa ao largo da
execução será direta e exclusivamente delimitado pela lei.

a) Bens impenhoráveis

b) Bens de família:

- Fraude: art. 185, CTN - a execução fiscal representa o momento de


exequibilidade do crédito tributário, conferindo-lhe um grau máximo de eficácia
ao permitir a Fazenda valer-se de uma ação judicial de cobrança para compelir
o devedor a arcar com o ônus tributacional. Todavia, o devedor contumaz
poderá valer-se de uma dilapidação de seu patrimônio no intuito de se esquivar
do pagamento do tributo. Caso tal manobra ocorra após a inscrição do crédito
tributário em dívida ativa, ter-se-á a fraude a execução. A presunção de fraude
só se integraliza nos casos em que houve prévia ciência oficial do ato de
inscrição a partir do qual "o presumir" adquire ares definitivamente, tornando-
se absoluto. A partir desse ato, não mais se tolera qualquer forma de produção
de prova em sentido contrário ensejando a cobrança dos valores em se de
execução fiscal. Assim para a configuração da fraude basta a inscrição do
crédito tributário em dívida ativa. Se o débito já está regularmente inscrito
como dívida ativa, qualquer alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu
começo pelo sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, será
considerada fraudulenta.

- medida cautelar fiscal - o art. 185-A trouxe o instituto da penhora eletrônica,


ao prever que na hipótese de o devedor tributário devidamente citado não
pagar e nem apresentar bens a penha no prazo legal e não forem encontrados
bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos,
comunicando a decisão aos órgãos e entidades supervisoras do mercado
bancário e do mercado de capitais a fim de que falam cumprir a ordem judicial.
A penhora online tem serventia apenas quando esgotadas todos os outros
meios e formas para o encontro de bens. Sobre os privilégios e garantias do
crédito tributário pode-se afirmar que na execução fiscal existe a hipótese em
que o juiz pode decretar a indisponibilidade dos bens e direitos do sujeito
passivo. A indisponibilidade dos bens limita-se ao valor total exigível, devendo o
juiz determinar de imediato o levantamento daquilo que exceder esse limite. O
art. 185-A aplica-se apenas as execuções fiscais de dívidas tributárias não sendo
possível essa decretação aos efeitos decorrentes de dívidas não tributárias ainda
que componham a dívida ativa da Fazenda.

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