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Procedimento
1. determinação do centróide
2. introdução do referencial central
3. cálculo dos momentos centrais de inércia
4. cálculo dos momentos principais de inércia
Não é o objectivo deste texto dar pormenores ao ponto 1. Igualmente não será
pormenorizado o ponto 4., dado que este corresponde ao cálculo tensorial, nomeadamente
corresponde ao cálculo dos valores e direcções principais de um tensor de segunda ordem
simétrico em 2D.
Guia de cálculo do caso geral, quando o objecto plano é possível separar em formas
básicas, cujos valores da área, da posição do centróide e dos valores dos momentos de
inércia centrais são tabelados.
Determinação do centróide
3. Introduzir os referenciais centrais locais em cada forma básica, com mesma posição dos
eixos x, y, nas direcções paralelas e com sentidos coincidentes com o referencial auxiliar,
ignorando a posição dos eixos x, y e os respectivos sentidos do referencial central
representado na tabela. Contudo assume-se neste momento que o referencial da tabela e o
referencial local na forma básica correspondente têm os eixos coordenados paralelos.
4. Usar os valores tabelados das áreas e das posições dos centróides das formas básicas para
calcular o centróide do objecto plano.
Neste caso todas as formas básica contribuem ao valor do momento de inércia a cada um
dos eixos centrais globais e ao produto de inércia com:
o seu valor próprio (valor tabelado relacionado ao referencial central local)
o complemento do teorema de Steiner (teorema dos eixos paralelos).
7. Ler da tabela o valor do produto de inércia de cada forma básica. Para o produto de
inércia não é importante distinguir as dimensões paralelas e perpendiculares (ambas têm
expoente 2 no caso dos triângulos), mas é decisivo determinar o sinal que pode ser positivo
ou negativo. Este é preciso estabelecer de acordo com a dominância das partes da forma
básica situadas nos quadrantes positivos ou negativos.
Notas:
1. No caso da “subtracção” da forma básica, quer a área, quer o momento de inércia
próprio, devem ser negativos. Consequentemente usado esta área negativa no cálculo do
complemento do teorema de Steiner, a distância dos eixos poderá ser determinada da
maneira geral e o sinal do complemento será correcto.
2. O valor do momento de inércia não se altera pela translação da área na direcção paralela
com o respectivo eixo.
~ ~
h 1 x h 2 x I ~x ,1 = I ~x , 2
b b
3. Determinação do sinal do produto de inércia próprio (pontos cinzentos marcam áreas
dominantes das formas básicas)
Simplificações
Simetrias:
- um eixo de simetria: o centróide do objecto encontra-se nele;
- dois eixos de simetria: o centróide do objecto encontra-se na intersecção deles;
- simetria central: o centro de simetria coincide com o centróide.
Generalizações
c) Os valores da forma básica que foi obtida no ponto 2 não são tabelados: é preciso fazer
um cálculo adicional a calcular os valores necessários, por exemplo pela integração de
acordo com a definição.