Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
SUMÁRIO
Capítulo Página
I - Conceito de Política - Noção de TGE - Política e Direito Constitucional 02
II – A origem do Estado 04
III – Constituição e Poder Constituinte 11
IV – Estado e Direito 15
V – Estado: povo, território e soberania 20
VI – Estado Moderno e democracia 28
VII – A separação de poderes 38
VIII - Formas e sistemas de governo 41
Bibliografia 47
CAPÍTULO I
CONCEITO DE POLÍTICA - NOÇÃO DE TGE - POLÍTICA E DIREITO CONSTITUCIONAL
I - POLÍTICA
NOÇÃO:
“É uma disciplina de síntese, que sistematiza conhecimentos jurídicos,
filosóficos, sociológicos, políticos, históricos, antropológicos, econômicos,
psicológicos, valendo-se de tais conhecimentos para buscar o
aperfeiçoamento do Estado, concebendo-o, ao mesmo tempo como um fato
social e uma ordem, que procura atingir os seus fins com eficácia e justiça”.1
OBJETO:
“Estudo do Estado em geral, do Estado como fato social, que se repete
uniformemente, quanto à natureza intrínseca, no tempo e no espaço; é a
ciência que investiga e expõe os princípios fundamentais da sociedade política
denominada Estado, sua origem, estrutura, formas e finalidade.”2
1
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 1979, p. 02.
2
AZAMBUJA, Darcy. Teoria Geral do Estado. 23. ed. Rio de Janeiro: 1984, p. 10.
3
DALLARI, op. cit., p. 04.
2
Estuda o Estado em Geral, seus Estuda a organização de um Estado
elementos permanentes, sua origem e determinado. Ex: Dir. Constitucional
finalidade. Brasileiro.
Descreve a estrutura e funcionamento Descreve a analisa a constituição política
dos órgãos do Estado. de um Estado.
Analisa a formação política dos Estados, Analisa a estrutura, organização das
observando os fatos históricos, sociais e instituições e órgãos de um Estado.
políticos.
Estuda as formas, tipos e características Analisa o modo de aquisição e limitação
gerais dos Estados. dos poderes estatais.
A TGE, por ser geral, é anterior ao Direito Analisa a previsão de direitos e garantias
Constitucional, que acaba por se fundamentais expressos em um texto
fundamentar na TGE. constitucional.
3
CAPÍTULO II
A ORIGEM DO ESTADO
I - A ORIGEM DA SOCIEDADE
1. Sociedade natural
O primeiro a afirmar que a sociedade surge da própria natureza humana foi
Aristóteles, ao dizer que o homem é um animal político, ou seja, precisa viver
em sociedade para desenvolver sua plenitude. Por outro lado, aqueles que
vivem à margem da sociedade são os de natureza vil.
Posteriormente, no século I a.C., Cícero afirma que o homem para bem viver
procura o apoio comum, pois isto é da sua natureza.
São Tomás de Aquino compactua da mesma ideia, afirmando ser o homem um
animal naturalmente político, que só vive à margem da sociedade quando
extremamente superior aos demais homens, quando tiver anomalia mental,
ou quando houver um acidente que o distancie (exemplo: náufrago).
Na atualidade, Ranelleti afirma que o homem, em qualquer época ou estado
de civilização, sempre é encontrado vivendo socialmente, portanto, é da sua
natureza o agrupamento. A associação de humanos é condição essencial da
vida do homem, pois somente assim pode suprir suas necessidades, preservar
melhor a si mesmo e conseguir atingir os fins de sua existência.
O que diferencia as associações humanas das dos demais animais? Para
Aristóteles, somente o homem sabe discernir o certo do errado, tem conceitos
de justiça e portanto somente o homem é capaz de criar o Estado. Os demais
animais reúnem-se por instinto, o homem porque é de sua natureza
(necessidade) e vontade (raciocínio).
2. Contratutalismo
- A sociedade surge de um contrato hipotético entre os homens.
4
In MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 2. ed. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000, p. 55-56.
4
- Muitos autores adotam o contratualismo. Vejamos duas correntes:
1 - Thomas Hobbes (1588/1679), descrita em “O Leviatã”:
O homem vive inicialmente em estado de natureza: não há repressão às
ações, todos são livres, inclusive para usar a força. No confronto de duas
liberdades pode surgir o conflito.
Sem uma autoridade para reprimir o uso da força, todos estão ameaçados
pela violência. Esse estado ameaça a existência humana, pois não há ordem.
Para Hobbes, os homens em estado de natureza são egoístas, luxuriosos e
inclinados à agressão aos outros, para alcançar poder e protegerem-se dos
demais. É a chamada guerra de todos contra todos: o homem é o lobo do
homem.
Com a interferência da razão humana, celebra-se o contrato social em direção
ao estado civil (autoridade governamental controlando o uso da força). A vida
fica protegida pelo Estado que exerce o poder soberano. O Estado é uma
necessidade para o homem.
Assim são formuladas duas leis fundamentais: a) cada homem deve esforçar-
se pela paz, se não for possível por bem que seja então pela guerra; b) a
liberdade de todos os homens deve ser cerceada de forma homogênea, para
que haja respeito idêntico entre todos.
O contrato então é a irrestrita transferência de direitos dos cidadãos que são
conferidos ao Estado. Por uma vontade humana os homens restringem sua
liberdade em benefício da paz. Os cidadãos submetem-se a um terceiro (o
soberano) que está acima das partes para que então alcancem o estado civil.
Para Hobbes, os poderes conferidos ao governo devem ser absolutos, pois
melhor um governo ruim do que o estado de natureza. Assim, obedecer às leis
do governo deve ser considerado sempre correto por parte do cidadão. O
soberano somente poderá ser desrespeitado caso não esteja oferecendo à
sociedade paz e segurança.
Hobbes entende que as leis civis servem ao Estado. Por ser o soberano quem
faz as leis, ele não precisa se submeter a elas, pois pode fazê-las e revogá-las
conforme entender melhor.
Hobbes prefere ainda o Estado monárquico, pois assim não há desagregação
no poder, com disputas entre diferentes dirigentes.
5
natureza, já que “se o homem nasceu livre, então por que se encontra, e se
submete a encontrar-se sob ferros?”.
Todavia, se a volta à uma situação sem o Estado é inconcebível, deve então a
lei pautar-se no direito natural (direitos humanos, por exemplo).
Observação: Segundo José Cretella Júnior e José Cretella Neto (in 1.000 Perguntas e
respostas sobre Teoria Geral do Estado. Rio de Janeiro: Forense, 2000), atualmente,
predomina uma corrente de pensamento mista, que reúne elementos do naturalismo
e também do contratualismo; ao mesmo tempo em que se entende existir uma
necessidade natural do homem de associar-se, reconhece-se a importância de sua
consciência e manifestação da vontade para moldar a forma de organização. O ser
humano é considerado, portanto, como um homem social.
3 – O poder social
IV - O ESTADO
1. Primeiras noções:
“Todas as sociedades políticas que, com autoridade superior, fixaram as
regras de convivência de seus membros” (Dallari, p. 46).
“Sociedade política dotada de certas características bem definidas.” (Dallari,
p. 45)
a) Estado Antigo
Também conhecido como Estado Oriental ou Teocrático.
Questões de família, religião, organização econômica, moral e filosofia se
confundiam na organização do Estado.
Natureza unitária: o Estado não comportava subdivisões, o poder único era do
monarca.
Religiosidade: o elemento teocrático do Estado. O monarca tinha legitimidade
divina para exercer o poder, bem como criava as normas como fruto da
vontade divina.
b) Estado Grego
Cada cidade (polis) tinha autonomia, independência e características próprias.
Por causa disto, e pela busca da autossuficiência, as polis formavam as
cidades-Estados.
Mesmo com conquistas militares de uma polis sobre outra região, a
característica de autossuficiência permanecia, ou seja, a nova região não era
incorporada ao Estado dominador.
8
Na decisões políticas, a Grécia se destaca pela participação popular, havendo
o surgimento da democracia.
c) Estado Romano
Em princípio Roma teve características básicas de cidade-Estado. No entanto,
com a expansão das conquistas territoriais, superou-se a cidade-Estado e
tornou-se um império, com poder centralizado na Cidade de Roma, e com
unidades de poder espalhadas pelos territórios conquistados.
Roma surgiu da união de famílias, portanto as famílias mais importantes
dispunham de privilégios diversos.
d) Estado Medieval
- O cristianismo
Pretende-se a afirmação da igualdade entre os cristãos. Contudo, os não
cristãos são preteridos.
Ocorre a unificação da igreja católica. Com isso, surge a ideia de que todos
devem ser cristãos e submetidos à mesma ordem política. Daí advém o Estado
Universal, ou seja, o Império da Cristandade, capacitador de uma ordem
estatal única.
Com este intuito a Igreja confere à Carlos Magno o título de imperador, no ano
de 800. Entretanto, pelo fato da Igreja querer mandar demais e por causa da
desobediência dos reinos espalhados pela Europa, o império nunca se
constituiu com supremacia.
A briga entre o Papa e os Imperadores que se seguiram marcou os últimos
séculos da Idade Média, terminando apenas com o surgimento do Estado
Moderno, que confere supremacia de poderes ao monarca na ordem temporal
(não religiosa).
- As invasões bárbaras (século III ao VI)
Com as conquistas dos germanos, eslavos, godos, etc, no território europeu,
novos costumes se difundiram, bem como houve estímulo para que tais
regiões conquistassem autonomia, surgindo novos Estados. Isto abalou
profundamente o Império.
- O feudalismo
Com as constantes guerras e invasões, o comércio foi profundamente
prejudicado. Assim, a terra passa a ser o principal meio de subsistência, de
onde ricos e pobres tirarão a sobrevivência.
Surgem dois institutos que pulverizam ainda mais a concentração de poder,
ou seja, os senhores feudais aumentam seu poder próprio:
o A vassalagem: o proprietário menos poderoso de terras servia ao
senhor feudal, dando-lhe ainda uma contribuição pecuniária em troca
de proteção.
o O benefício: um pai de família, sem terras, recebia uma faixa de solo
para plantar, dividindo a produção com o senhor feudal. O senhor
feudal tinha total poder sobre o servo e sua família, podendo
determinar até mesmo a morte destes.
e) O Estado Moderno
Com a pulverização do poder, determinada pelos caracteres do Estado
Medieval, a busca pela unificação do controle político se intensificou.
Com a Paz de Westfália, surgem as principais características do Estado
Moderno:
1. soberania
2. território
3. povo
4. finalidade
f) O Estado Contemporâneo
Principalmente após o fim da II Guerra Mundial, a ordem política e econômica
mundial passa por alterações profundas.
9
Atualmente o conceito de soberania sofre alterações, podendo ser
compartilhada.
Com a criação das comunidades de Estados, a noção de povo tem
acrescentada a ideia de cidadania da comunidade.
Surgem os blocos políticos, militares, comerciais e econômicos entre nações.
Surge a união entre países, com caráter econômico, social e político.
Há união entre Estados para preservação da paz e de interesses econômicos,
através da criação de organizações (ONU, OTAN, G7, etc).
10
CAPÍTULO III
CONSTITUIÇÃO E PODER CONSTITUINTE
I - DIREITO CONSTITUCIONAL
II - CONSTITUIÇÃO
- Noções gerais:
A teoria do poder constituinte foi desenvolvida no século XVIII, período em que as
ideias do racionalismo prevaleciam. Tais ideias eram decorrentes de uma
profunda mudança de mentalidade dos séculos anteriores. O final da Idade Média
e a passagem para a Idade Moderna é marcada pelo fim do teocentrismo, assim,
todas as teorias políticas adotaram um posicionamento
racionalista/antropocentrista.
Com o Iluminismo e o próprio constitucionalismo, surge a ideia de origem popular
do poder. Nessa época o abade Emanuel Sieyès desenvolve a teoria do poder
constituinte, publicada no livro “O que é o Terceiro Estado”, às vésperas da
Revolução Francesa. O 3º Estado era o Povo (clero, nobreza e povo). Sieyès
questionava o que era o povo e o que tem sido o povo. Ele sustentava que
existiria um poder de origem popular, o poder constituinte, que teria a força de
elaborar a Constituição, que teria então uma característica de superioridade.
Seria superior até mesmo sobre os poderes constituídos, que seriam fruto do
poder constituinte.
A ideia de poder constituinte materializa-se com as primeiras constituições
escritas (EUA em 1787 e França em 1791). Não se tratam das primeiras
constituições, mas iniciam o constitucionalismo moderno. A Magna Carta na
Inglaterra, que no ano de 1215 limita os poderes do rei João Sem Terra, também
não é a primeira Constituição, mas nela encontramos, pela primeira vez, os
elementos essenciais do constitucionalismo moderno: limitação do poder do
Estado e declaração de direitos da pessoa.
1 - Titularidade
11
- O titular do poder constituinte é o povo, pois a existência do Estado decorre da
soberania popular.
- A vontade da constituinte é a vontade do povo, que é expressa por meio de seus
representantes.
- Distingue-se titularidade (povo) de exercício (representantes do povo).
- Segundo o Prof. Dalmo Dallari, da própria noção de Constituição resulta que o
titular do poder constituinte é sempre o povo. Porém, como aponta o Prof. Celso
Bastos, titular também do poder constituinte pode ser uma minoria, quando o Estado
terá então a forma de aristocracia ou oligarquia. Por essa razão, alguns autores
fazem uma distinção entre titularidade e exercício do poder constituinte. Segundo
essa concepção, o titular seria sempre o povo, mas o seu exercício poderia ser
atribuído somente a uma parcela dele.
Dentro de uma concepção democrática, o titular do poder constituinte deveria ser
sempre o povo, que elaboraria uma nova Constituição por intermédio de
representantes legitimamente eleitos. Infelizmente, dentro de uma visão mais
realista, titulares são as forças que em um determinado momento histórico detêm os
fatores reais de poder.
12
- Por causa disso, possui limitações constitucionais expressas e implícitas. Assim, é
passível de controle de constitucionalidade.
13
ocorra em plena normalidade democrática, sem qualquer restrição a direitos
individuais ou à liberdade de informação, para que as consequências de eventuais
modificações do Texto Fundamental sejam amplamente discutidas antes de qualquer
deliberação. Exemplos: a) a Constituição brasileira de 1988 não admite emendas na
vigência de intervenção federal, estado de defesa ou estado de sítio: b) a
Constituição francesa não permite modificações com a presença de forças
estrangeiras de ocupação em território francês.
14
CAPÍTULO IV
ESTADO E DIREITO
- A origem da concepção de Estado como pessoa jurídica pode ser atribuída aos
contratualistas, através da ideia de coletividade ou povo como unidade, dotada de
interesses diversos dos de cada um de seus componentes, bem como de uma
vontade própria, também diversa da vontade dos membros isoladamente
considerados.
- É certo que uma pessoa, física ou jurídica, deve ser dotada de vontade própria. No
caso da pessoa jurídica, a sua vontade deve ser diferenciada da vontade de seus
membros. Numa sociedade empresarial, por exemplo, deve prevalecer a vontade da
maioria dos sócios ou acionistas, ou seja, da coletividade.
- No entanto, no que tange aos Estados, a supremacia do interesse coletivo sobre os
interesses particulares da nobreza e classes no poder, demorou a acontecer. Durante
muitos séculos existiram governos autoritários e totalitários, que utilizavam o Estado
para realizar interesses particulares.
- Para tais teóricos a personalidade do Estado não está desligada da realidade, pois o
Estado torna-se uma pessoa de grande porte, precisando de tratamento próprio.
- Para Gierke, o Estado tem vontade própria, sendo um organismo, que por meio de
órgãos próprios atua sua vontade.
- Laband acentua que o Estado é uma unidade organizada com vontade própria,
sendo sujeito de direitos próprios. Assim, as relações jurídicas do Estado são
diferentes das relações jurídicas individuais de seus cidadãos.
- Por fim, Georg Jellinek explica que sujeito, em sentido jurídico, não é uma essência,
uma substância, algo material, e sim uma capacidade criada mediante a vontade da
ordem jurídica. Desse modo, a qualidade de sujeito pode ser conferida não apenas
aos indivíduos, mas também ao Estado. Para Jellinek, o Estado é uma unidade
coletiva, advinda da necessidade e da consciência de indivíduos, que formam as
instituições.
- O Estado se estabelece sobre bases jurídicas, no entanto, para que ele seja
realizável é imprescindível observarmos que ele tem também conteúdo político. Sua
atividade é dinâmica e está ligada a objetivos e justificativas, que acabam por
estabelecer os meios para atingir-se suas finalidades. Para melhor gerir os interesses
dos governados, o Estado precisa definir seus modos de atuação, esta definição
então é política (sistema de regras respeitantes à direção dos negócios públicos –
arte de bem governar o povo).
- Assim, a ordem jurídica estabelece para o Estado as regras para sua atuação. Por
sua vez, a ordem política auxilia na definição dos meios para realização da finalidade
do Estado, ou seja, seus fins políticos.
- A ordem política então depende do estabelecido na ordem jurídica, pois de outra
forma será ilegítima e ilegal. Para definição da organização política mais eficaz na
busca da realização dos interesses coletivos, deve a ordem política sempre respeitar
o regramento jurídico. Apesar de tal preocupação, a ordem não deixa de ser
substancialmente política.
1. O Poder Político
1 – Estado absolutista
- O Estado absolutista, existente principalmente após o término da Idade Média,
início da Idade Moderna, tem como principal ponto a concentração de poderes nas
mãos do monarca. Dessa forma, o rei pode legislar, julgar e administrar.
- Essa espécie de sistema é capaz de gerar governos autoritário e ditatoriais, exato
que não há como cobrar o governante por seus mandos e desmandos.
2 – Estado liberal
- O liberalismo inicia-se nos séculos XVI e XVII, época em que os Estados Nacionais
estavam em formação. A princípio, enquadrava-se como uma luta pela liberdade
religiosa, que deveria ser uma opção do cidadão e não uma imposição do Estado.
Tornou-se uma doutrina política, quando começou a pregar uma limitação do poder
do Estado e a defender as liberdades individuais na sociedade. Como teoria
econômica começa a perder forças com as mudanças políticas e sociais acontecidas
após a Primeira Guerra Mundial.
- O Estado liberal contrapõe-se diretamente ao absolutismo, de modo a aumentar as
liberdades civis, através da diminuição dos poderes do Estado. Traz como
características o declínio das monarquias, as declarações de Direitos, a separação de
Poderes e o Estado de Direito. De forma resumida, a ideia principal é de que o
governante também deve estar submetido às leis, pois assim são garantidos aos
indivíduos os seus direitos fundamentais.
- Já o neoliberalismo é uma doutrina político-econômica que faz a adaptação dos
princípios do liberalismo à economia. Baseada na retirada das normas que regulam o
mercado de trabalho, os bens e serviços, a teoria neoliberal agride propositalmente o
Estado, questionando suas intervenções na economia, buscando privatizações,
abrindo os mercados à concorrência internacional e ao capital estrangeiro. Os
primeiros impactos da teoria neoliberal na organização dos Estados começam a ser
sentidos na década de 1970, quando surgem os primeiros Estados organizados como
neoliberais.
3 – Estado social
- Na linha cronológica, é o modelo que sucede o Estado liberal.
- O Estado social, ou de bem-estar social (Welfare State), tem como principal
característica monopolizar todas as atividades que sejam de interesse da população,
deixando assim de agir apenas como ente político, passando a acumular funções
econômicas e privadas.
- O Estado social atua diretamente na prestação de serviços públicos de caráter
universal (saúde, educação, habitação, previdência social, etc.) e na regulação da
economia.
4 – Estado totalitário
- No regime político totalitário, existe uma corrente ideológica única, imposta certas
vezes por partido de massa (ex: Partido Comunista soviético), também único, de
forma que o poder político é exercido de forma concentrada e centralizada, por um
grupo dominante, que se perpetua no governo, somente podendo ser dele afastado
por meio de processos de ruptura, frequentemente com emprego de violência, como
revolução, golpe de estado, guerra civil, ou guerrilha.
17
- O Estado e seus governantes encontram-se submetidos às leis, todavia, tais regras
são mudadas conforme a vontade dos dirigentes.
IV – NAÇÃO
5
Alguns caracteres da ideologia:
- Universalização: é a criação de uma justificativa coerente de imagens e de representações que
explicam a realidade vivida. Os valores da classe dominante são aceitos como universais e verdadeiros.
- Lacuna ou ocultação: A ideologia é ilusória, pois oculta como a realidade é de fato. Seu conteúdo é
convincente, parece estar correto, mas possui partes silenciadas, ocultadas dos olhos da população.
- Abstração: A ideologia apresenta uma realidade sem contradições. Analisa a realidade pela aparência
social, sem levar em conta a organização cultural e social. As diferenças reais das condições de vida são
tratadas como pequenas diversidades. Assim, por exemplo, o pobre é pobre por culpa dele, não do
sistema.
18
- Conceito de nação: Agrupamento humano, mais ou menos numeroso, cujos
membros, fixados num território, são ligados por laços históricos, culturais,
econômicos e/ou linguísticos.
- ESTADO E NAÇÃO
19