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O livro Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães, publicado

em 1836, é tido como marco fundador do Romantismo no Brasil. Em torno e


sob liderança de Magalhães, um grupo de homens públicos e letrados articulou
as primeiras manifestações do Romantismo no Brasil, num momento
caracterizado pela tentativa de definição de uma identidade nacional.

O fervor patriótico do grupo manifestou-se inicialmente por meio da imprensa.


O primeiro veículo de divulgação consciente do ideário romântico foi a revista
Niterói. No período, destaca-se também a revista Guanabara, dirigida por Porto
Alegre, Gonçalves Dias e Joaquim Manuel de Macedo.

Foi à poesia, porém, que coube o papel de consolidação do Romantismo no


país. Mais especificamente a Gonçalves Dias, poeta mais representativo da
primeira geração do movimento. Em poemas de temática indianista, como I-
Juca Pirama, ou patriótica, como Canção do Exílio, ele empregou temas caros
aos autores românticos, como saudade, melancolia e natureza.

A primeira fase do Romantismo brasileiro, compreendida entre os anos de 1836


e 1852, caracterizou-se pela busca de definição de uma identidade nacional.
Reunidos em torno de Gonçalves de Magalhães, cuja obra Suspiros Poéticos e
Saudades, de 1836, é tida como marco fundador do movimento no Brasil, um
grupo de homens públicos e letrados articulou a formação de um clima de
opinião favorável à autonomia cultural do país. O processo de emancipação
desencadeado daí em diante deve ser entendido, no plano cultural, como o
equivalente da independência política, conquistada em 1822.

A fundação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), em 1838,


representaria outro passo importante para a consolidação do movimento no
Brasil. O Instituto tinha como objetivo a produção de estudos sistemáticos de
aspectos variados da realidade nacional e congregou as principais figuras da
intelectualidade brasileira da época, entre as quais Joaquim Manuel de
Macedo, que foi sócio-correspondente do IHGB. Parte das pesquisas
realizadas pelos integrantes do grupo era publicada na revista da instituição,
que foi de extrema importância para a divulgação do ideário Romântico no
país.

No campo da prosa de ficção, as primeiras experiências românticas no Brasil


estão bastante calcadas no romance europeu. A partir da década de 1830,
traduções da obra de autores como Walter Scott, Chateaubriand e Balzac
começam a ser publicadas nos jornais num formato que teria extrema
popularidade no século XIX: o folhetim. A tentativa de se criar um "romance
nacional" tem início nessa época. O Filho do Pescador (1843), de Teixeira e
Sousa, é o primeiro passo nessa direção. Já no ano seguinte aparece A
Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo. Para o crítico e historiador Antonio
Soares Amora, esses livros inauguram duas tendências importantes da ficção
romântica: a histórica e a urbana.

Primeira Geração Romântica


A primeira geração da poesia romântica brasileira seguiu-se à publicação de
“Suspiros poéticos e saudades”. A euforia da independência, a aversão ao
português dominador, o nacionalismo e a descoberta da matéria indianista
ocupam a poesia desta fase.
A urbanização da cidade do Rio de Janeiro, agora transformada em corte,
criando uma sociedade consumidora representada pela aristocracia rural,
profissionais liberais e jovens estudantes, todos em busca de "entretenimento";
o espírito nacionalista a exigir uma "cor local" para os romances, e não a mera
importação ou tradução de obras estrangeiras; o jornalismo vivendo seu
primeiro grande impulso e a divulgação em massa de folhetins; o avanço do
teatro nacional; estes são alguns dos fatos que explicam o aparecimento e o
desenvolvimento do romance no Brasil.
Respondendo às exigências do público leitor, surgem romances que giram em
torno da descrição dos costumes urbanos e de amenidades do campo, ou que
apresentam imponentes selvagens, personagem concebidos pela imaginação e
ideologia romântica, com os quais o leitor se identifica, pois retratam uma
"realidade" que lhe convém. Algumas poucas obras fogem desse esquema; é o
caso de Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida,
e mesmo de Inocência do Visconde de Taunay.
Cronologicamente, o primeiro romance brasileiro foi "O filho do pescador",
publicado em 1843, de autoria de Teixeira e Sousa (1812-1881). Romance
sentimentalóide de trama confusa, que não serve para definir as linhas que o
romance romântico seguiria em nossas letras. Dessa forma, pela aceitação
obtida junto ao público leitor, por ter moldado o gosto desse público ou
correspondido às suas expectativas, convencionou-se adotar o romance A
Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, lançado em 1844, como o primeiro
romance brasileiro.
Também chamada de geração nacionalista ou indianista, foi marcada pela
exaltação da natureza,a volta ao passado histórico, o medievalismo e a criação
do herói nacional na figura do índio,de onde surgiu a denominação geração
indianista. O sentimentalismo e a religiosidade são outras características
presentes. Entre os principais autores podemos destacar Gonçalves Dias,
Gonçalves de Magalhães e Araújo Porto-Alegre.
O indianismo, a natureza, a Pátria, a mulher amada são temas constantes na
poesia gonçalviana.
2ª geração
Denominações: ultra-romantismo, byroniana, mal-do-século, egocêntrica
Características
liberdade criadora (o conteúdo é mais importante que a forma;versificação livre;
dúvida, dualismo; tédio constante, morbidez, sofrimento, pessimismo,
negativismo, satanismo, masoquismo, cinismo, autodestruição; fuga da
realidade para o mundo dos sonhos, da fantasia e da imaginação (escapismo,
evasão);desilusão adolescente; idealização do amor e da mulher; subjetivismo,
egocentrismo; saudosismo (saudade da infância e do passado); gosto pelo
noturno; solidão; a morte: fuga total e definitiva da vida, solução para os
sofrimentos; sarcasmo, ironia.
No período romântico, a Literatura de cada nação europeia buscava
frequentemente colocar em evidência seus respectivos heróis nacionais,
representados por reis e cavaleiros andantes medievais. No entanto, aqui no
Brasil, país cuja história, à semelhança das demais jovens nações da América,
não apresenta a chamada Idade Média, a figura deste herói, em determinado
momento, foi a do índio. Assim como
os europeus buscavam um herói que representasse suas origens nacionais,
alguns autores brasileiros faziam o mesmo. Buscavam, porém, a figura de um
herói que correspondesse às peculiaridades da história do Brasil. Encontraram-
no, então, personificado naquele que vivia aqui antes mesmo do colonizador
chegar ao continente americano: o índio. O indígena será, assim, coberto de
qualidades
nobres, de tal maneira que, provavelmente, pouco terá a ver com o índio real.
Este índio superior é um herói idealizado, que pretende representar o protótipo
do brasileiro puro e originário, em seu meio natural, a floresta, os trópicos.
Tudo isso servia, de certa maneira, para tentar mostrar nossa "diferença" em
relação aos europeus (principalmente os portugueses), diferença esta que, de
algum modo, "justificaria" culturalmente nossa independência, por assim dizer.
Na prosa, o mais importante autor indianista foi José de Alencar, que escreveu
dois dos romances mais lidos no Brasil até hoje: O guarani (1857) e Iracema
(1865). Na poesia, inaugura-se o indianismo romântico com Gonçalves de
Magalhães, mas Gonçalves Dias é que representará sua expressão máxima,
em poemas como, por exemplo, "l-Juca-Pirama", "O canto do piaga" ou "O
canto do
guerreiro".

Individualismo e subjetivismo
Podemos dizer que o subjetivismo, característica destacada deste período, era
basicamente uma reação contra a objetividade da ciência e da razão. O autor
romântico era a favor do "conhecimento" do coração, subjetivo por natureza.
Assim, por exemplo, contra a "objetividade" dos modelos greco-latinos, o
Romantismo pregava o experimentalismo (em posição oposta ao Arcadismo), o
que determinou o fim da separação rígida entre os gêneros literários, e a
criação de novas formas, como o romance. Enquanto no Arcadismo havia uma
preocupação geral de seguir as normas dos clássicos, no Romantismo não
haverá preocupação em seguir nenhuma regra ou modelo, anterior. Os gêneros
literários foram muito questionados, havendo mesmo quem chegasse pura e
simplesmente a rejeitar a idéia de gêneros, argumentando que cada obra de
arte é singular, especial, única, e não deve sofrer tentativas de classificação. O
que vale mesmo é a criação individual do "gênio", daquele ser humano
especialmente dotado para produzir arte. Esta, por sua vez, não pode nem
deve ser analisada ou criticada, já que a
obra artística teria um valor próprio, que só poderia ser determinado por quem
a produziu - isto é, o "gênio", o artista. Podemos perceber esta linha de
pensamento nas palavras de um dos maiores escritores românticos, o escritor
francês Víctor Hugo: A categoria de uma obra deve ser fixada não segundo sua
forma, mas segundo seu valor intrínseco. Nas questões deste tipo, só há urna
solução; só há um peso que, pode fazer inclinar a balança da arte: é o gênio.
(HUGO [s.d.] p. 71)
Havia, por conseqüência, uma despreocupação em relação às convenções
literárias estabelecidas. Na poesia, por exemplo, predomina um
desprendimento em relação as regras da métrica clássica. Estas regras não
admitiam a quebra da medida, isto é, a introdução, numa estrofe, de um verso
que não tivesse número de sílabas harmoniosamente combinado com os
demais.
Liberdade de criação
Todo tipo de padrão clássico preestabelecido é abolido. O escritor romântico
recusa formas poéticas, usa o verso livre e branco, libertando-se dos modelos
greco-latinos, tão valorizados pelos clássicos, e aproximando-se da linguagem
coloquial.
Idealização
Motivado pela fantasia e pela imaginação, o artista romântico passa a idealizar
tudo; as coisas não são vistas como realmente são, mas como deveriam ser
segundo uma ótica pessoal. Assim, a pátria é sempre perfeita; a mulher é vista
como virgem, frágil, bela, submissa e inatingível; o amor, quase sempre, é
espiritual e inalcançável; o índio, ainda que moldado segundo modelos
europeus, é o herói
nacional.
Nacionalismo ou patriotismo
Exaltação da Pátria, de forma exagerada, em que somente as qualidades são
enaltecidas.
Religiosidade
Como uma reação ao Racionalismo materialista dos clássicos, a vida espiritual
e a crença em Deus são enfocadas como pontos de apoio ou válvulas de
escape diante das frustrações do mundo real.

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