Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Individualismo e subjetivismo
Podemos dizer que o subjetivismo, característica destacada deste período, era
basicamente uma reação contra a objetividade da ciência e da razão. O autor
romântico era a favor do "conhecimento" do coração, subjetivo por natureza.
Assim, por exemplo, contra a "objetividade" dos modelos greco-latinos, o
Romantismo pregava o experimentalismo (em posição oposta ao Arcadismo), o
que determinou o fim da separação rígida entre os gêneros literários, e a
criação de novas formas, como o romance. Enquanto no Arcadismo havia uma
preocupação geral de seguir as normas dos clássicos, no Romantismo não
haverá preocupação em seguir nenhuma regra ou modelo, anterior. Os gêneros
literários foram muito questionados, havendo mesmo quem chegasse pura e
simplesmente a rejeitar a idéia de gêneros, argumentando que cada obra de
arte é singular, especial, única, e não deve sofrer tentativas de classificação. O
que vale mesmo é a criação individual do "gênio", daquele ser humano
especialmente dotado para produzir arte. Esta, por sua vez, não pode nem
deve ser analisada ou criticada, já que a
obra artística teria um valor próprio, que só poderia ser determinado por quem
a produziu - isto é, o "gênio", o artista. Podemos perceber esta linha de
pensamento nas palavras de um dos maiores escritores românticos, o escritor
francês Víctor Hugo: A categoria de uma obra deve ser fixada não segundo sua
forma, mas segundo seu valor intrínseco. Nas questões deste tipo, só há urna
solução; só há um peso que, pode fazer inclinar a balança da arte: é o gênio.
(HUGO [s.d.] p. 71)
Havia, por conseqüência, uma despreocupação em relação às convenções
literárias estabelecidas. Na poesia, por exemplo, predomina um
desprendimento em relação as regras da métrica clássica. Estas regras não
admitiam a quebra da medida, isto é, a introdução, numa estrofe, de um verso
que não tivesse número de sílabas harmoniosamente combinado com os
demais.
Liberdade de criação
Todo tipo de padrão clássico preestabelecido é abolido. O escritor romântico
recusa formas poéticas, usa o verso livre e branco, libertando-se dos modelos
greco-latinos, tão valorizados pelos clássicos, e aproximando-se da linguagem
coloquial.
Idealização
Motivado pela fantasia e pela imaginação, o artista romântico passa a idealizar
tudo; as coisas não são vistas como realmente são, mas como deveriam ser
segundo uma ótica pessoal. Assim, a pátria é sempre perfeita; a mulher é vista
como virgem, frágil, bela, submissa e inatingível; o amor, quase sempre, é
espiritual e inalcançável; o índio, ainda que moldado segundo modelos
europeus, é o herói
nacional.
Nacionalismo ou patriotismo
Exaltação da Pátria, de forma exagerada, em que somente as qualidades são
enaltecidas.
Religiosidade
Como uma reação ao Racionalismo materialista dos clássicos, a vida espiritual
e a crença em Deus são enfocadas como pontos de apoio ou válvulas de
escape diante das frustrações do mundo real.