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Acabar em pizza
Uma das expressões mais usadas no meio político é “tudo acabou em pizza”, empregada
quando algo errado é julgado sem que ninguém seja punido. O termo surgiu no futebol. Na
década de 60, alguns cartolas palmeirenses se reuniram para resolver alguns problemas e,
depois de 14 horas seguidas de brigas e discussões, estavam com muita fome. Assim, todos
foram a uma pizzaria, tomaram muito chope e pediram 18 pizzas grandes. Depois disso,
simplesmente esqueceram o assunto, foram para casa e a paz reinou. Depois desse episódio,
Milton Peruzzi, que trabalhava no jornal Gazeta Esportiva, publicou a seguinte manchete:
“Crise Do Palmeiras Termina Em Pizza”. Daí em diante, a expressão pegou.
Andar à toa
“Toa” vem do inglês “tow”, que é a corda usada por um barco para rebocar outro maior.
Então, quando o barco menor está rebocando o navio, os marinheiros do navio ficam sem
fazer nada. À toa é algo feito sem esforço, algo sem importância. Os portugueses, resolveram
dar um sentido figurado a esse procedimento marítimo, e já faziam isso desde o século XVII.
Casa Da mãe-joana
Esta Joana é a condessa de Provença e rainha de Nápoles (Joana I). Em 1347, ela regulamentou
os bordeis de Avignon, onde vivia refugiada. “Casa Da mãe-joana” então virou sinônimo de
prostíbulo, lugar de bagunça.
Contagem regressiva
No filme A mulher na Lua, de 1930, o cineasta alemão Fritz Lang criou a contagem regressiva
para dar mais emoção a uma cena de um lançamento de foguete. Cientistas alemães
aprovaram a novidade e passaram a adotar a contagem regressiva no lançamento de bombas
V-2, durante a Segunda Guerra Mundial. O procedimento foi levado à NASA pelos cientistas
alemães que se mudaram para os EUA, fugidos do nazismo.
De pés juntos
Jurar ou negar de pés juntos é dizer algo com toda convicção. Já se falava assim em Portugal
no século XVI. Os pés juntos indicam posição de sentido, demonstram respeito e obediência.
De tirar o chapéu
É quando alguma coisa está muito boa ou merece admiração. Antigamente se usava muito
chapéu, então a expressão era mais usada. Hoje em dia está em extinção porque ninguém
mais usa chapéu. Mas a expressão ainda permanece como forma de homenagem e de
reverência. O rei francês Luís XIV criou uma espécie de manual de etiqueta sobre o uso do
chapéu em sua corte, ordenando que o chapéu só poderia ser retirado da cabeça para
saudações em ocasiões especiais. Foram os portugueses que trouxeram esta expressão para o
Brasil.
“Dia D” e “Hora H”
Dia determinado para a execução de uma certa tarefa ou para o início de uma dada operação.
Teve origem na Segunda Guerra Mundial, no famoso dia em que os Aliados se preparavam
para invadir a região da Normandia, ocupada pelos alemães. Para manter o plano em sigilo, as
forças aliadas registraram apenas o dia como D e a hora como H. E foi daí que nasceram as
duas expressões: Dia D e Hora H.
O Dia D foi 6 de Junho de 1944 e a Hora H foi às 6 da manhã. A operação de invasão envolveu 3
milhões de soldados, 5.339 embarcações, 11 mil aviões e 15 mil tanques e veículos blindados.
Morreram 80.295 soldados alemães, 34.417 soldados aliados e 12.850 civis franceses. Foi a
operação militar mais espetacular de todos os tempos.
Errar é humano
A criação de “Errare humanum est” é atribuída ao escritor latino Sêneca (4 a.C.-65 d.C.).
Hip, Hip, Hurra!
Provavelmente nascida na Idade Média. “Hip” viria de “hep” (palavra formada pelas iniciais do
latim “Hierosolyma est perdita”, cujo significado é “Jerusalém caiu” ou “Jerusalém está
perdida”. “Hurra”, por sua vez, viria de “Hu-raj!” (exclamação eslava que significa “Para o
paraíso!”. Se assim for, pode-se dizer que “Hip, Hip, Hurra!” literalmente quer dizer “Jerusalém
está perdida e estamos a caminho do paraíso”.
Memória de elefante
Você lembra o aniversário de todos os amigos e nem precisa da agenda do celular para ligar
para o primo do interior? Então você tem a memória de elefante. ‘O elefante é um bom
aprendiz e lembra de tudo o que lhe é ensinado. Assimila e repete com facilidade inúmeros
comandos’, afirma o professor Ari Riboldi.
Assim, costuma-se dizer que uma pessoa que prontamente lembra de tudo possui memória de
elefante. Nada a ver com o tamanho do animal, mas sim com sua capacidade de repetir ordens
e comandos.
Espírito de porco
Você é o rei da piada sem graça, uma mala sem alça, grosseiro ou estraga prazeres? É aquele
que interfere, geralmente, no sentido de criar embaraços ou de agravar situações que já são
difíceis? Pois você tem o espírito de porco. ‘A origem vem da má fama do porco, embora
injusta, sempre associado à falta de higiene, à sujeira e, inclusive, à impureza, ao pecado e ao
demônio, conforme alusões feitas no texto bíblico do Antigo e do Novo Testamento’, explica
Ari Riboldi.
No período da escravidão, a má fama do porco foi reforçada. Nenhum dos escravos queria ter
a tarefa de matar os porcos nas fazendas, o que faziam muito a contragosto. A morte era
dolorosa: uma facada profunda em direção ao coração, sangue jorrando e gritos do animal aos
poucos se esvaindo até morrer. ‘Entre os escravos, havia a crença de que o espírito do porco
ficava no corpo de quem o matava e o atormentava pelo resto de seus dias. Nesse caso, o
matador dos porcos ficava para sempre possuído pelo espírito deles’, conta Riboldi.
Drible da vaca
Improvável que uma vaca fosse capaz de fazer a jogada em que o atleta lança a bola por um
lado do adversário e a alcança correndo pelo outro lado (o mesmo que meia-lua). A expressão
teve origem na prática do futebol em campos improvisados, nos potreiros do interior, nas
fazendas, em plenas pastagens de gado. Era comum, durante a partida, um desses animais
atravessar pelo meio do espaço onde se realizava o jogo. Diante dessa situação, além de
driblar o seu oponente, o atleta tinha que se livrar da vaca. Para tanto, jogava a bola para um
lado do animal e corria para o outro, lá adiante, para alcançá-la e dar continuidade à sua
trajetória.
‘Se a vaca fosse dócil e mansa, tudo bem; caso contrário, se ela não concordasse com o drible
e ameaçasse usar os chifres ou patas, o mais prudente era interromper o jogo por alguns
minutos e esperar que ela mesma se afastasse para além dos limites das quatro linhas’, brinca
o professor Ari Riboldi.
Corredor Polonês
Corredor polonês é uma expressão comumente utilizada para denominar uma passagem
estreita formada por duas fileiras de pessoas que se colocam lado a lado, uma defronte à
outra, com a intenção de castigar quem tenha de percorrê-la. A expressão faz referência à
região transferida por parte da Alemanha para a Polônia ao fim da Primeira Guerra Mundial,
em virtude da assinatura do Tratado de Versalhes. O Corredor Polonês dividiu a Alemanha ao
meio, isolando a Prússia Oriental do resto do país. Através de uma extensão de 150
quilômetros e largura variável entre 30 a 80 quilômetros, permitiu que os poloneses
circulassem livremente em território alemão, bem como possibilitou o acesso da Polônia ao
Mar Báltico. Posteriormente, tanto o Corredor quanto a Prússia foram incorporados ao
território polonês. A disputa pela região do Corredor Polonês provocou inúmeros atritos entre
os dois países. Em 1939, durante a invasão da Alemanha à Polônia, os poloneses foram
encurralados pelos alemães, os quais se posicionavam dos dois lados do Corredor e atiravam
contra os poloneses, que estavam no meio.
Voto de Minerva
A expressão tem sua origem em uma história pertencente à mitologia grega. Agamenon, o
comandante da Guerra de Troia, ofereceu a vida de uma filha em sacrifício aos deuses para
conseguir a vitória do exército grego contra os troianos. Sua mulher, Clitemnestra, cega de
ódio, o assassinou. Com esses crimes, o deus Apolo ordenou que o outro filho de Agamenon,
Orestes, matasse a própria mãe para vingar o pai. Orestes obedeceu, mas seu crime também
teria que ser vingado. Em vez de aplicar a pena, Apolo deu a Orestes o direito a um
julgamento, o primeiro do mundo. A decisão, tomada por 12 cidadãos, terminou empatada.
Chamada pelos gregos de Atenas (Minerva era seu nome romano), a deusa da sabedoria
proferiu seu voto, desempatando o feito e poupando a vida de Orestes. Eis a razão da
expressão Voto de Minerva (também conhecida como “voto de desempate” ou “voto de
qualidade”).
Bafo de onça
A onça é um animal carnívoro que se lambuza bastante na hora de comer a caça. Por esta
razão, fede muito e sua presença é detectada à distância na mata. Assim, pessoas que
possuem o hálito fétido passaram a ser chamadas de “bafo de onça”. A expressão também faz
referência ao hálito de quem está (ou esteve) alcoolizado.
Lua de mel
A expressão vem do inglês honeymoon. Na Irlanda, na Idade Média, os jovens recém-casados
tinham o costume de tomar uma bebida fermentada chamada mead – ou hidromel, composta
de água, mel, malte, levedo, entre outros ingredientes. O mel era considerado uma fonte de
vida, com propriedades afrodisíacas. A bebida deveria ser consumida durante um mês (ou uma
lua). Por essa razão, esse período passou a ser chamado de “lua de mel”.
Dor de cotovelo
A expressão teve origem nas cenas de pessoas sentadas em bares, com os cotovelos apoiados
no balcão, bebendo e chorando a dor de um amor perdido. De tanto permanecerem naquela
posição, as pessoas ficavam com dores nos cotovelos. Atualmente, é muito comum utilizar
essa expressão para designar o despeito provocado pelo ciúme ou a tristeza causada por uma
decepção amorosa.
Motorista Barbeiro
– Nossa, que cara mais barbeiro! No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços
de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos, etc, e por não
serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daí, desde o século XV,
todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão “coisa de barbeiro”.
Esse termo veio de Portugal, contudo a associação de “motorista barbeiro”, ou seja, um mau
motorista, é tipicamente brasileira.
OK
A expressão inglesa “OK” (okay), que é mundialmente conhecida pra significar algo que está
tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. durante a guerra, quando os
soldados voltavam pras bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa “0
Killed” (nenhum morto), expressando sua grande satisfação, daí surgiu o termo “OK”.
Rasgar seda
A expressão que é utilizada quando alguém elogia grandemente outra pessoa, surgiu através
da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Na peça, um vendedor de tecidos
usa o pretexto de sua profissão pra cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente
sua beleza, até que a moça percebe a intenção do rapaz e diz: “Não rasgue a seda, que se
esfiapa”.
Olha o passarinho!
Quando a fotografia foi inventada, a impressão da imagem no filme não se dava com a mesma
rapidez dos dias atuais. Na metade do século 19, os fotografados tinham de permanecer
parados por até 15 minutos, a fim de que sua imagem fosse impressa dentro da máquina.
Fazer as crianças ficarem imóveis por tanto tempo era um verdadeiro desafio. Por isso, gaiolas
com pássaros ficavam penduradas atrás dos fotógrafos, o que chamava a atenção dos
pequenos. Assim, a expressão “Olha o passarinho” ficou conhecida como a frase dita pelo
fotógrafo na hora da pose para a foto.
Novo em folha
Para falar que algo nunca foi usado ou que, se já foi, está em ótimo estado, dizemos que está
“novo em folha”. A expressão também pode ser usada para designar alguém que, depois de se
machucar ou enfrentar uma doença, está curado. A origem dessa expressão baseia-se em
folhas de papel branquinhas, limpinhas e sem amassados, encontradas em livros novos, recém
impressos. Assim, trata-se de livros “novos em folha”.
Ovelha negra
Esta expressão não é brasileira nem restrita à língua portuguesa. Vários outros idiomas
também a utilizam para designar alguém que destoa de um grupo, assim como uma ovelha da
cor preta se diferencia em um rebanho de animais brancos. Na Antiguidade, os animais pretos
eram considerados maléficos e, por isso, sacrificados em oferenda aos deuses ou para acertar
certos acordos. Daí o hábito de chamar de “ovelha negra” aqueles que se diferenciam por
desagradar e chocar aos demais.
Fonte: http://acculturare.blogspot.com.br/