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UNIVERSIDADE FEDEREAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ – UNIFESSPA

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIAS – IGE

FACULDADE DE COMPUTAÇÃO E ENGENHARIA ELÉTRICA – FACEEL

DISCIPLINA: COMUNICAÇÕES AVANÇADAS

DOCENTE: DIEGO GOMES DE AZEVEDO

REDES DE SENSORES UTILIZADOS PARA MONITORAMENTO DE PARÂMETROS


NECESSÁRIOS PARA UMA IRRIGAÇÃO ÓTIMA

JAINE DE JESUS VIEIRA PINHO

LUCAS MAHMUD DE SOUSA

VANDRIELISON DOS SANTOS BATISTA

MARABÁ - PA

MARÇO, 2018
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JAINE DE JESUS VIEIRA PINHO

LUCAS MAHMUD DE SOUSA

VANDRIELISON DOS SANTOS BATISTA

REDES DE SENSORES UTILIZADOS PARA MONITORAMENTO DE PARÂMETROS


NECESSÁRIOS PARA UMA IRRIGAÇÃO ÓTIMA

Trabalho apresentado à disciplina de


comunicações avançadas, sendo esta ministrada
pelo Professor. Dr. Diego Gomes de Azevedo,
na turma de Engenharia Elétrica 2014, como
requisito parcial de avaliação.

MARABÁ - PA

MARÇO, 2018

JAINE DE JESUS VIEIRA PINHO


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LUCAS MAHMUD DE SOUSA

VANDRIELISON DOS SANTOS BATISTA

REDES DE SENSORES PARA MONITORAMENTO DE PARÂMETROS NECESSÁRIOS


PARA UMA IRRIGAÇÃO ÓTIMA

Este trabalho foi julgado adequado à obtenção de nota parcial da 3ª avaliação da disciplina de
Comunicações Avançadas, no curso de Bacharelado em Engenharia Elétrica na UNIFESSPA.
A nota obtida pela apresentação foi: _____________.

Marabá – PA, 07 de Março de 2018.

__________________________________________________________
Prof. Dr. Diego Gomes de Azevedo
UNIFESSPA
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 5

2. JUSTIFICATIVA 6

3. PROPOSTA 8

4. RESULTADOS ESPERADOS 12

5. CONCLUSÃO 12
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1. INTRODUÇÃO

O setor hídrico vem sofrendo mudanças no que se refere à sua utilização nas
industrias, residências e na agricultura. Este último é responsável por 70% do consumo de água
(ONU, 2013), e por isso diversas tecnologias vêm sendo aplicadas para manejo desse recurso
de forma sustentável.
Figura 01: Consumo de água no mundo

Todavia, a aplicação de um sistema de monitoramento de irrigação possui alto custo


e, por isso, é acessível na maioria das vezes apenas por grandes fazendeiros. Além disso, o
sistema muitas as vezes não é flexível, ou seja, não é dada a opção ao usuário de ajustar as
características do sistema com liberdade. Daí a necessidade de implantar tecnologias que
permitam esse ajuste.
Dentre as tecnologias disponíveis no mercado existem microcontroladores, como o
Arduino, que é uma plataforma de computação física e tem como base uma simples placa
microcontrolada de entrada e saída para que se possa conectá-los a circuitos ou sensores.
Também são utilizados sensores de monitoramento, podendo ser óticos, térmicos,
de umidade, entre outros, todos com o intuito de avaliar o comportamento ou a dinâmica dos
parâmetros a serem considerados para o controle de irrigação.
E para interconectar os sistemas de modo a transmitir informações entre os
sensores, o controlador e a central, que é responsável pelo gerenciamento dessas informações,
são geralmente utilizadas redes sem fio.
São vários os padrões utilizados, cada um com suas particularidades, podendo ser
citados:
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• O Bluetooth: é um padrão de comunicação que provê uma forma de conectar e


trocar informações entre dispositivos como PDAs, telefones celulares, laptops, PCs,
impressoras, câmeras digitais dentre outros, através de frequência de rádio de curto alcance,
segura, de baixo custo e globalmente disponível (SIQUEIRA, 2006).
• O ZigBee: este padrão foi desenvolvido para se tornar uma alternativa de
comunicação em redes que não necessitem de soluções mais complexas para seu controle,
barateando assim os custos com a aquisição, instalação de equipamentos, manutenção e mão de
obra. Trata-se de uma tecnologia relativamente simples, que utiliza um protocolo de pacotes de
dados com características específicas, sendo projetado para oferecer flexibilidade quanto aos
tipos de dispositivos que pode controlar (PINHEIRO, 2004).
• O LoRa: é uma tecnologia de rádio frequência que permite comunicação a longas
distâncias com consumo mínimo de energia. Baseia-se em uma rede com topologia estrela,
similar a uma rede de telefonia celular. Os módulos enviam e recebem dados de Gateways
específicos (similar as redes WiFi, mas com alcance muito maior), que os encaminham via
conexão IP para servidores locais ou remotos (NUNES, 2017).
O objetivo deste trabalho em particular é apresentar uma proposta de
desenvolvimento de redes de sensores para monitoramento de parâmetros necessários para uma
irrigação ótima.
2. JUSTIFICATIVA

Segundo a Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (2010),


irrigação é uma técnica muito antiga utilizada na agricultura e tem por objetivo disponibilizar
água às plantas para que estas possam produzir de forma adequada. O uso da irrigação é
necessário para propiciar ao solo um teor de umidade suficiente para suprir as necessidades
hídricas da plantação que, juntamente com uma adubação equilibrada, reúne todas as condições
para que as plantas possam apresentar todo o seu potencial genético de produção.
Segundo Lacerda (2007), a irrigação só é rentável e sustentável, se realizada de
forma adequada, através de técnicas que maximizem a eficiência do uso da terra e da água,
promovendo assim, a redução de custos operacionais e impactos ambientais.
Para que a irrigação seja feita de uma maneira ótima, algumas considerações devem
ser levadas em conta, por exemplo:
• A hora certa de irrigar;
• Quantas vezes por dia deve ser irrigado ou se é necessário;
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• Se o sistema for ligado, quanto tempo deve permanecer funcionando;


• A quantidade de água que deve ser aplicada a cada irrigação.
Estas considerações se aplicam de maneira especifica para cada tipo de plantação,
sabendo disso é interessante que se tenha um sistema que recebam e envie informações acerca
dos parâmetros físicos de análise necessários para uma irrigação ótima. Os principais
parâmetros a serem levados em consideração são: a umidade do solo, umidade do ar e a
temperatura.
Sabendo que a irrigação deficiente prejudica o desenvolvimento das plantas, pode
se afirmar que a irrigação em excesso pode trazer efeitos ainda piores. Podemos citar alguns
deles:
• Desperdício de água: como sabemos a água é um recurso natural escasso em
muitas regiões, isso tem gerado até conflitos pelo seu uso. Talvez em um futuro não muito
distante, o agricultor terá de pagar pela água que utilizar para irrigar.
• Desperdício de energia: a maioria dos agricultores utiliza bombas hidráulicas
elétricas para irrigar. Assim, ao economizar água também vai economizar energia.
• Perda de produtividade: Água em excesso pode prejudicar a produtividade das
plantações e, até mesmo, a qualidade das mesmas. Isso acontece em razão do excesso de água
favorecer maior quantidade de doenças, perda de nutrientes e prejudicar a respiração das raízes.
• Desperdício de nutrientes: muitos nutrientes são “lavados” pela irrigação
excessiva e vão parar na água do subsolo e nos rios; provocando problemas de poluição das
águas.
• Problemas com doenças: doenças provocadas por fungos e bactérias são um dos
maiores problemas enfrentados pelos produtores agricultores.
A irrigação em excesso ou mal planejada está diretamente relacionada com a causa
da maioria dessas doenças. Ou seja, elas poderiam ser evitadas ou os danos reduzidos, com um
bom manejo da água de irrigação. Sendo assim, pode-se dizer que uma irrigação feita sem os
devidos cuidados é o mesmo que jogar dinheiro fora e ainda comprometer os recursos naturais
dos quais dependemos para continuar produzindo e vivendo.
Tentando resolver grande parte desses problemas, o presente trabalho traz a
proposta de uma rede de sensores utilizados para monitorar parâmetros que podem influenciar
uma irrigação otimizada em plantações de grande porte, pastos ou plantações pequenas.
Essa proposta visa a utilização sustentável da água na irrigação, além de aumentar
a produção nas plantações.
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3. PROPOSTA DO PRODUTO

O produto proposto consiste em um sistema de monitoramento de condições


ambientais que favorecem a aplicabilidade e desenvolvimento da irrigação de precisão.
Inicialmente o sistema está configurado para fornecer somente informações destinadas ao
controle da irrigação, tais como umidade do solo, umidade relativa do ar e temperatura. Essas
informações serão enviadas a cada 15 minutos, para uma central de armazenamento e
gerenciamento de dados.
O mesmo sistema poderá ser adaptado para que outros parâmetros que influenciam
a produtividade da plantação possam ser analisados, bastando para isso a inserção de novos
sensores ao sistema. Na Figura 02 pode ser visto um desenho conceitual do produto proposto.

Figura 02: Rede de sensores

4. ASPECTOS TÉCNICOS

O sistema é constituído por três conjuntos básicos de dispositivos: sensores,


transmissores e receptor. Dispositivos adicionais se tornam necessários para fazer a
comunicação entre esses três conjuntos de dispositivos, bem como para armazenar e exibir os
dados para o usuário do sistema.
A comunicação entre os sensores e o dispositivo central de armazenamento de
dados é um aspecto importante deste sistema, e a tecnologia a ser utilizada nesta comunicação
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deve ser cuidadosamente escolhida, pois é essa tecnologia que dita a velocidade de
comunicação entre os sensores e o dispositivo de armazenamento, e também a máxima
distancia possível que poderá existir entre o receptor e o transmissor.
A seguir será especificado cada um dos dispositivos que compõem o sistema
proposto, bem como a comunicação entre eles.
4.1. COMUNICAÇÃO ENTRE OS MÓDULOS:

Para transmitir os dados dos sensores para a central, no sistema aqui proposto, será
utilizado a tecnologia de rádio frequência LoRa® (Low-Power Long Rang), esta tecnologia
permite a comunicação a longas distancias com consumo mínimo de energia (SILVA, 2016).
Os detalhes de funcionamento da tecnologia LoRa® é implementado através do protocolo
LoRaWAN™. Na Tabela 01 encontram-se resumido as principais características deste
sistema.

Tabela 1: Características do sistema LoRaWAN™[1]

4.2. TRANSMISSOR

O transmissor do sistema proposto é constituído por um modulo MicroChip


RN2903 (Figura 03), este módulo é responsável por receber os dados analógicos dos sensores,
realizar a conversão para digital, aplicar a modulação e enviar os dados para o sistema. As
principais características deste módulo podem ser observadas na Tabela 02:
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Figura 03: MicroChip RN2903

Tabela 02: Característica do MicroChip

Além das características apresentadas na Tabela 02, vale ressaltar que este módulo
possui 13 pinos GPIO com capacidade de operar como entrada para dispositivos analógicos,
desta forma o próprio modulo poderá coletar as informações do sensor e prepara-lo para a
transmissão, com um baixo consumo de energia e com capacidade de transmissão à longo
alcance.
O consumo de energia deste módulo também é um fator importante, pois
geralmente o módulo ficará localizado em áreas distantes sem possibilidade de receber
alimentação da rede elétrica, desta forma a alimentação do módulo deverá ser feita através de
baterias, cuja autonomia dependerá da quantidade de sensores conectados ao modulo e da
frequência de envio das informações para a central.
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Uma transmissão típica, de maneira simplificada, ocorre de acordo com o mostrado


na Figura 03.
Figura 04: Esquema simplificado de uma transmissão digital

Para o nosso sistema, a fonte de informação será os sensores. A conversão analógica


digital será feita pelo módulo MicroChip RN2903, que possui integrado um conversor
Analógico Digital de 10 bits. Na etapa de modulação, os bits gerados pelo conversor A/D são
mapeados para uma forma de onda, afim de que o mesmo possa ser enviado pelo canal. A
modulação é uma etapa importante do processo de transmissão, existem várias técnicas
disponíveis para realizar tal operação, no sistema aqui proposto esta operação será feita no
MicroChip RN2903, e afim de que seja possível alcançar a máxima distancia que a tecnologia
de transmissão LoRa® possibilita e com o mínimo de consumo de energia pelos transmissores,
o tipo de modulação a ser aplicado no sinal será uma modulação especifica da tecnologia, ao
qual é baseada na modulação CSS (Chirp Spread Spectrum modulation). Este tipo de
modulação permite que o sistema alcance uma taxa de dados de 12500 bps com um alcance de
até 15 km em áreas suburbanas. Apesar da taxa de dados baixa, esta modulação atende
perfeitamente o sistema, visto que os sensores enviarão apenas 10 bits de informações a cada
15 minutos, de maneira não simultânea.

4.3. RECEPTOR

O receptor será responsável por receber o sinal e aplicar o processo de demodulação


sobre o sinal. A demodulação é o processo inverso à modulação que tem como finalidade
separar do sinal modulado o sinal de interesse. O receptor a ser utilizado, deverá compatível
com a tecnologia LoRa®, e o mesmo será especificado de acordo com a distância e com a
quantidade de sensores a serem utilizados. Existem vários receptores disponíveis no mercado,
com preço, e características técnicas variados como por exemplo o receptor LoraWAN™
desenvolvido pela empresa TTN, este receptor prover uma área de cobertura de até 10 km, e
pode receber dados de milhares de módulos de sensores, sendo capaz de retransmitir estes dados
para um dispositivo de armazenamento e gerenciamento de dados através da tecnologia
Bluetooth, WiFi ou Ethernet.
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Figura 05: Exemplo de um receptor LoRa®

5. RESULTADOS ESPERADOS

• Boa produtividade;
• Produtos de melhor qualidade;
• Economia de água e de energia;
• Conservação ambiental;
• Maior lucratividade.

6. CONCLUSÃO
A irrigação é um importante fator para alcançar uma boa produção, porém se não
for feita da maneira correta, pode acarretar danos à plantação. A rede de sensores para
monitoramento dos parâmetros necessários para o alcance de uma irrigação otimizada tem o
potencial de resolver esse tipo de problema, pois fazendo uma análise de dados obtidos a partir
dos sensores, poderá ser feito ou não a irrigação em determinado local.
Ao otimizar esse processo, poderá ser alcançado uma melhor produção, maior
lucratividade, e uma economia de água e de energia, sendo que dessa forma, além de melhorar
a produção, há a preocupação com a sustentabilidade, que nos dias atuais é algo que necessita
bastante atenção.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LACERDA, N, B; OLIVEIRA, T.S. Agricultura irrigada e a qualidade de vida


dos agricultores em perímetros do estado do Ceará. Revista Ciência Agronômica,
Fortaleza, v. 38, n. 2, p. 216 – 223, 2007.
IRRIGAÇÃO. Disponível em:<https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br>.
Acesso em: 05 mar. 2018.
IMPORTÂNCIA da irrigação. Disponível em: <http://nordesterural.com.br/a-
importancia-da-irrigacao-para-a-agricultura-brasileira>. Acesso em: 04 mar.
2018
ÁGUA e agricultura. Disponível em:
<http://www.ebc.com.br/noticias/internacional/2013/03/agricultura-e-uem-mais-
gasta-agua-no-brasil-e-no-mundo>. Acesso em: 04 mar. 2018
BARBOSA, JOSÉ WILIAN. SISTEMA DE IRRIGAÇÃO AUTOMATIZADO
UTILIZANDO PLATAFORMA ARDUINO. Disponível em:
<https://cepein.femanet.com.br/BDigital/arqTccs/1011330043.pdf>. Acesso em:
05 mar. 2018.
PINHEIRO, José Mauricio S. As redes com ZigBee. Disponível em:
<http://www.projetoderedes.com.br/artigos/artigo_zigbee.php>. Acesso em: 05
mar. 2018.
NUNES, Bruno. Introdução a LoRa, NB-IoT e Sigfox. Disponível em:
<https://www.embarcados.com.br/lora-nb-iot-e-sigfox/>. Acesso em: 05 mar.
2018.
SIQUEIRA, Thiago Senador de. Bluetooth – Características, protocolos e
funcionamento. Disponível em:
<http://www.ic.unicamp.br/~ducatte/mo401/1s2006/T2/057642-T.pdf>. Acesso
em: 05 mar. 2018.
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SILVA; Sistemas Embarcados. Disponível em:


<https://www.embarcados.com.br/conheca-tecnologia-lora-e-o-rotocolo-
lorawan/#2-Gateways>. Acesso em 06 mar. 2018.
WIXSTATIC, Disponível em:
<https://docs.wixstatic.com/ugd/eccc1a_ed71ea1cd969417493c74e4a13c55685.pdf>. Acesso
em 06 mar. 2018.

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