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NOVA VERSÃO INTERNACIONAL

ATRAVÉS DA VIDA E DOS

TEM PO S BÍBLIC O S
I n t r o d u ç ã o a
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AUTOR, LUGAR E DATA DA R E D A Ç Ã O


A carta identifica seu autor como Paulo (e seus companheiros Silas e Timóteo; 1.1). Embora alguns críticos neguem a autoria paulina da
carta, a vasta maioria dos especialistas permanece convencida de que o apóstolo a escreveu.
Dois fatores sugerem uma data por volta de 51 -52 d.C.: 1) a carta encaixa-se no que sabemos do trabalho missionário de Paulo
a partir de Atos 17 e 18; 2) a inscrição de Gálio é evidência de que a visita de Timóteo a Corinto aconteceu naquele período (ver “ Gálio,
procônsul da Acaia” , em At 18).

DESTINATÁRIO
Paulo escreveu esta carta aos neófitos de Tessalônica, importante porto militar e comercial localizado ao longo da via Inaciana (importante
estrada romana que conectava a Ásia Menor ao mar Adriático). Tessalônica tinha uma população de cerca de 200 mil habitantes e era a
maior cidade da Macedônia (ver “Tessalônica” , em 1Ts 1).

FATOS CULTURAIS E DESTAQUES


Depois de ter implantado uma igreja em Tessalônica, Paulo foi forçado a sair da cidade (At 17.1 -10), deixando ali os novos cristãos apenas com
os ensinamentos básicos da doutrina cristã. Mais tarde, enviou Timóteo para verificar a situação dos cristãos tessalonicenses, enquanto
ele mesmo permanecia em Atenas (1Ts 3.1,2). Ao retornar, Timóteo encontrou o apóstolo em Corinto (At 18.1-5). Timóteo informou que
os tessalonicenses estavam firmes na fé, porém comunicou a necessidade de um ensinamento adicional a respeito da ética cristã e da
escatologia (questões concernentes ao final dos tempos). Paulo escreveu sua carta para assegurar aos cristãos tessalonicenses de que
sua partida abrupta não significara ausência de amor por eles (1Ts 2 e 3), para incentivá-los a evitar a imoralidade sexual (4.1-8) e para
esclarecer a confusão de alguns quanto à ressurreição e à segunda vinda de Cristo (4.13— 5.3).

LINHA DO T E M P O

10 A.C. D. .1 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Vida de Jesus (ca. 6/5 a.C.-30 d.C.)

Conversão de Paulo (ca. 35 d.C.)


í
Viagens missionárias de Paulo (ca. 46-67 d.C.)

Concilio de Jerusalém (ca. 50-51 d.C.)


1
Reinado de Nero (ca. 54-68 d.C.)
I
Primeira prisão de Paulo em Roma (ca. 59-62 d.C.)

Redação de 1Tessalonicenses (ca. 50-51 d.C.)

Prisão e morte de Paulo em Roma (ca. 67-68 d.C.)


i
Destruição do templo de Jerusalém (ca. 70 d.C.)
I

ENQUANTO V O C Ê LÊ
Observe as referências repetidas à fidelidade de Deus e anote as verdades concernentes ao fim dos tempos e à segunda vinda de Cristo.
Observe os conselhos práticos sobre viver a vida cristã no contexto de uma cultura imoral e hostil aos valores cristãos.
INTRODUÇÃO A 1TESSALON ICENSES 1943

VOCÊ S A B IA ?
• Os gregos desprezavam o trabalho braçal: viam-no como próprio de escravos (2.9).
• Uma ampla lista de valores e práticas sexuais existia no tempo de Paulo, tanto na sociedade grega quanto na romana. Os padrões
morais geralmente eram baixos, e a castidade era uma restrição sem sentido (4.3).
• Inscrições nas tumbas e referências na literatura demonstram que os pagãos do primeiro século viam a morte com horror (4.13).

TEMAS
A primeira carta aos Tessalonicenses contém os seguintes temas:
1. Perseguição. Paulo aplaude os tessalonicenses por seu progresso na fé e os incentiva a continuar no caminho (4.1,10; 5.11). Para ele,
as tributações sofridas pelos cristãos por causa da fé não são incidentais. Pelo contrário, sofrer pela fé é algo que se deve esperar (3.3).
2. A volta de Cristo. Paulo assegura aos tessalonicenses que os crentes que morreram ressuscitarão primeiro na volta de Cristo. Sobre as
circunstâncias e a data desse acontecimento, Paulo compara-o à vinda inesperada de um ladrão à noite (5.2) e à chegada certa, mas não
repentina, de um bebê (5.3).
3. Vida cristã. Enquanto aguardam a vinda do Senhor, os cristãos devem ser pacientes, respeitáveis e santos e ter uma vida produtiva
(4.1 -12). Devem também encorajar e ajudar uns aos outros e ser pacientes e gentis com todos (5.14). Se a vida moral não é precondição
para a aceitação de Deus, o estilo de vida imoral é incompatível com a fé cristã.

SUMÁRIO
I. Saudação e ação de graças (1)
A. Ação de graças pela fé dos tessalonicenses (1.1 -4)
B. Ação de graças pela fidelidade e testemunho dos tessalonicenses (1.5-10)
II. Paulo explica suas ações e sua ausência (2 e 3)
A. A integridade do ministério de Paulo (2.1-16)
B. A razão da ausência de Paulo (2.17— 3.10)
C. Oração (3.11-13)
III. Exortações (4.1— 5.22)
A. Viver para agradar a Deus (4.1-12)
B. Ter esperança na promessa da vinda de Cristo (4.13— 5.11)
C. Instruções finais (5.12-22)
IV. Oração final, saudação e bênção (5.23-28)
1TESSALONICENSES 1. 1

1
Paulo, Silvano0 e Timóteo,3 1.1 *At 16.1;
2Ts 1.1; bAt 17.1;
cVRm1.7
à igreja dos tessalonicenses,b em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo:

A vocês, graça e pazc da parte de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristob.

Ação de Graças pela Fé epelo Exemplo dos Tessalonicenses


2 Sempre damos graças a Deus por todos vocês,d mencionando-os em nossas orações.3 Lembra­1 . 2 dR m 1.8
1.3 82T s 1.11
mos continuamente, diante de nosso Deus e Pai, o que vocês têm demonstrado: o trabalho que resulta
da fé,e o esforço motivado pelo amor e a perseverança proveniente da esperança em nosso Senhor
Jesus Cristo.4 Sabemos, irmãos, amados de Deus, que ele os escolheu5 porque o nosso evangelho* não
chegou a vocês somente em palavra, mas também em poder, no Espírito Santo e em plena convicção.
Vocês sabem como procedemos entre vocês, em seu favor. 6 De fato, vocês se tornaram nossos imi- 1.6 91 Ck) 4.16;
"A t 1 7 .5 -1 0 ;
tadoress e do Senhor, pois, apesar de muito sofrimento,h receberam a palavra com alegria que vem A t 1 3 .5 2

do Espírito Santo.'7 Assim, tornaram-se modelo para todos os crentes que estão na Macedônia e na
Acaia. 8 Porque, partindo de vocês, propagou-se a mensagem do Senhor na Macedônia e na Acaia. 1.8 iR m 1.8; 1 0 .1 8

Não somente isso, mas também por toda parte tornou-se conhecida a fé que vocês têm em Deus j

0 1.1 Ou Silas, variante de Silvano.


b 1.1 Vários manuscritos não trazem da parte de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo.

1.1 Esse versículo forma uma unidade completa, identificando os reme­ 1.7,8 Na época do N T , Acaia era uma província romana que engJ
tentes e os destinatários e trazendo a saudaçáo de Paulo (ver “As cartas no o Peloponeso e a parte norte da Grécia, ao sul do Ilírico, Épiro e Tessália,
mundo greco-romano”, em 2Co 3). distritos da Macedônia. Corinto era a capital. Os nomes “Macedônia
Para mais informações sobre Paulo, ver nota em Fp 3.5; sobre Silas, ver e Acaia” juntos geralmente significavam toda a Grécia (ver At 19.21;
nota em At 15.22; sobre Timóteo, ver nota em At 16.1. Rm 15.26; ver também nota em 2C o 1.1).
Tessalônica era uma próspera metrópole de 200 mil habitantes (ver
“Tessalônica”, em lT s 1). A cidade ainda existe sob o nome Salônica,
com uma população de 7 50 mil habitantes.

SÍTIOS A R Q J J E O LÓ G I C O S

TESSALÔNICA
1TESSAL0NICENSES1 A cidade de Tessalô­ A primeira carta de Paulo aos Tessalo­ romano foi escavado, mas ele pode ser do
nica (mapa 13) foi fundada em 315 a.C, na nicenses dá a entender que os cristãos ali século II d.C. Os arqueólogos têm conhe- *
cabeceira do golfo Termaico, no mar Egeu. sofriam perseguição por parte dos próprios cimento, entretanto, de que um arco do
Tessalônica era um porto m ilitar e comercial conterrâneos (1Ts 2.14). Não há certeza século I d.C., chamado arco de Vandar, já
que se tornou a capita! da província mace­ se essa perseguição surgiu pelas mãos dos existiu em Salônica. Foi destruído em 1867,
dônia em 146 a.C. Paulo escreveu cartas às judeus ou dos gentios da região.2 Regis­ mas uma inscrição do monumento está hoje
igrejas de duas cidades macedônicas, pelo tros arqueológicos e históricos indicam a à mostra no Museu Britânico e menciona
menos: Tessalônica e Filipos.1 Tessalônica presença de templos dedicados aos deuses oficiais chamados politarches, palavra grega
tornou-se uma cidade livre em 42 a.C., como romanos e vários cultos orientais.3 Inscrições que Lucas utiliza para designar os oficiais. .
recompensa por ter auxiliado Marco Antonio e descobertas na cidade também evidenciam da cidade (At 17.6). Uma vez que nenhum
Otaviano (mais tarde chamado Augusto) assentamentos judaicos ali durante o perío­ uso anterior dessa palavra foi encontra­
num combate militar com Brutus e Cássio, do romano45 do na literatura grega, os especialistas já
os principais assassinos de Júlio César, na Pelo fato de existir no sítio arqueológi­ aventaram a possibilidade de Lucas ter co­
batalha de Filipos. Como cidade portuária co uma cidade ativa e moderna (Salônica), metido um erro. À luz dessa controvérsia,
localizada na via Inaciana, estrada que pouco permanece da antiga cidade (ou a localização dessa inscrição provou ser um
passava pelas maiores cidades da Macedô­ está disponível para escavação). 0 arco passo significativo para ilustrar a precisão da
nia, Tessalônica tornou-se um importante de Galério comemora uma vitória romana narrativa lucana:6 um bom número de ocor­
centro de comércio e de artes. Tinha uma sobre os persas, datando do final do sé­ rências do termo em inscrições de área geral
grande população romana e um considerá­ culo III d.C., porém apenas uma parte da já foi documentado.
vel contingente judaico. construção original permanece. Um fórum

'Ver "Filipos", em Fp 1. 2Ver “ A expansão geográfica da Igreja sob perseguição", At 8; "Nero, o perseguidor dos cristãos", em Fp 4; * Primeiras perseguições à Igreja",
em Ap 17. !Ver "Os deuses dos gregos e dos romanos", em Gl 4. 4Ver o Glossário na p. 2080 para as definições das palavras em negrito. 5Ver "A diáspora judaica
no século I d.C.", em At 2. 6Ver "0 valor histórico de Lucas— Atos", em Lc 14.
1TESSALONICENSES 3.4 1945

1.9 k1Co 12.2; O resultado é que não temos necessidade de dizer mais nada sobre isso,9 pois eles mesmos relatam de
Gl 4.8
que maneira vocês nos receberam e como se voltaram para Deus, deixando os ídolosk a fim de servir
1.10'At 2.24; ao Deus vivo e verdadeiro 10 e esperar dos céus seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos:1Jesus, que
mRm 5.9
nos livra da ira que há de vir.m

O Ministério de Paulo em Tessalônica


2.1 "1Ts 1.5,9 Irmãos, vocês mesmos sabem que a visita que fizemos a vocêsn não foi inútil. 2 Apesar de ter­
2.2 °At 16.22;
Fp 1.30 2 mos sido maltratados0 e insultados em Filipos, como vocês sabem, com a ajuda de nosso Deus
tivemos coragem de anunciar o evangelho de Deus a vocês em meio a muita luta. 3 Pois nossa
exortação não tem origem no erro nem em motivos impuros,p nem temos intenção de enganá-los;
2.4 pGI 2.7; 4 ao contrário, como homens aprovados por Deus para nos confiar o evangelho,9 não falamos para
rGM.10
2.5 sAt 20.33; agradar pessoas/ mas a Deus, que prova o nosso coração.5 Vocês bem sabem que a nossa palavra
Um 1.9
2.6 U1Co 9.1,2 nunca foi de bajulação nem de pretexto para ganância;s Deus é testemunha.16 Nem buscamos reco­
nhecimento humano, quer de vocês quer de outros.
7 Embora, como apóstolosu de Cristo, pudéssemos ter sido um peso, fomos bondosos quando
2.8w2Co 12.15; estávamos entre vocês, como uma mãefl que cuida dos próprios filhos.v8 Sentindo, assim, tanta afeição,
1Jo 3.16
decidimos dar a vocês não somente o evangelho de Deus, mas também a nossa própria vida,wporque
2.9 *At 18.3; vocês se tornaram muito amados por nós.9 Irmãos, certamente vocês se lembram do nosso trabalho
V2TS3.8
esgotante e da nossa fadiga; trabalhamosx noite e dia para não sermos pesados a ninguém,v enquanto
pregávamos o evangelho de Deus a vocês.
2.10 z1Ts 1.5; 10 Tanto vocês como Deus são testemunhas2 de como nos portamos de maneira santa,3 justa e
a2Co1.12
2.11 bV. 7; irrepreensível entre vocês, os que creem .11 Pois vocês sabem que tratamos cada um como um pai trata
1Co 4.14
2.12 ‘ Et 4.1 seus filhos,b 12 exortando, consolando e dando testemunho, para que vocês vivam de maneira dignac
de Deus, que os chamou para o seu Reino e glória.
2.13 «1Ts 1.2; 13 Também agradecemos a Deus sem cessai*1o fato de que, ao receberem de nossa parte a palavra
eHb 4.12
de Deus,e vocês a aceitaram, não como palavra de homens, mas conforme ela verdadeiramente é,
2.14'Gl 1.22; como palavra de Deus, que atua com eficácia em vocês, os que creem .14 Porque vocês, irmãos, torna­
sAt 17.5; 2Ts 1.4
ram-se imitadores das igrejas de Deus em Cristo Jesus que estão na Judeia.f Vocês sofreram da parte
dos seus próprios conterrâneosQ as mesmas coisas que aquelas igrejas sofreram da parte dos judeus,
2.15 hAt 2.23; 15 que mataram o Senhor Jesushe os profetas,' e também nos perseguiram. Eles desagradam a Deus e
'Mt5.12
2.16 iAt 13.45,50; são hostis a tod os,16 esforçando-se para nos impedir que falemos aos gentiosb,J e estes sejam salvos.
m . 23.32
Dessa forma, continuam acumulando seus pecados.k Sobre eles, finalmente0, veio a irad.

Paulo Deseja Rever os Tessalonicenses


2.1711 Co 5.3; 17 Nós, porém, irmãos, privados da companhia de vocês por breve tempo, em pessoa, mas não
Cl 2.5; m1Ts 3.10
no coração,1esforçamo-nos ainda mais para vê-los pessoalmente, pela saudade que temos de vocês.m
2.18 nMt 4.10; 18 Quisemos visitá-los. Eu mesmo, Paulo, o quis, e não apenas uma vez, mas duas; Satanás,0 porém,
°Rm 1.13; 15.22
2.19 PFp 4.1; nos impediu.0 19 Pois quem é a nossa esperança, alegria ou coroaP em que nos gloriamos^ perante
p2Co 1.14;
M t 16.27; o Senhor Jesus na sua vinda?r Não são vocês?20 De fato, vocês são a nossa glórias e a nossa alegria.
1TS3.13
Por isso, quando não pudemos mais suportar,1achamos por bem permanecer sozinhos em Ate-
2.20 s2Co 1.14
3.1 *v. 5; “At 17.15

3.3 vAt 9.16; 14.22


3 nasu 2 e, assim, enviamos Timóteo, nosso irmão e cooperador de Deuse no evangelho de Cristo,
para fortalecê-los e dar a vocês ânimo na fé ,3 para que ninguém seja abalado por essas tribulações.
3.4 «1Ts 2.14
Vocês sabem muito bem que fomos designados para isso.v 4 Quando estávamos com vocês,
0 2 .7 Grego: ama.
b 2 .1 6 Isto é, os que não são judeus.
c 2 .1 6 Ou plenamente.
d 2 .1 6 Alguns manuscritos acrescentam de Deus.
e 3 .2 Alguns manuscritos não trazem de Deus; outros manuscritos dizem ministro de Deus.

2 .3 A palavra grega para “enganar” era usada primeiro em referência às de Paulo não apenas expressam seus sentimentos pelos tessalonicenses,
iscas para apanhar peixes e passou a ser aplicada a qualquer tipo de astú­ mas também preparam o caminho para o restante da carta.
cia empregada para obter proveito. 2 .1 9 A “coroa” era uma grinalda usada em ocasiões festivas ou o prêmio
2 .4 Sobre o “coração”, ver nota em SI 4.7. nos jogos gregos.
2 .9 Os gregos desprezavam o trabalho braçal: viam-no como próprio de 3 .1 Ver “Atenas”, em At 17.
escravos. Paulo, porém, não sentia vergonha de nenhum tipo de trabalho 3 .2 N a literatura grega clássica, o verbo “fortalecer” era usado no sentido
que ajudasse a promover o evangelho. literal de escorar uma construção. No N T , é usado principalmente no
2 .1 4 Na ocasião da visita inicial de Paulo a Tessalônica, a perseguição sentido figurado, como aqui.
instigada pelos judeus, segundo parece, foi levada a efeito pelos gentios 3 .3 “Tribulações” é uma referência à oposição e à perseguição sofridas
(ver At 17.5-9; ver também “Antes da expansão entre os gentios: as igre­ pelos convertidos tessalonicenses (ver “Primeiras perseguições à Igreja”,
jas judaicas na Terra Santa”, em Hb 12). emAp 17).
2.1 7 — 3 .5 Na época de Paulo, um “superior” podia escrever uma cana a
um “subalterno” com a intenção de fazer um pedido. Assim, as palavras
46 1TESSALONICENSES 3.5

N O T A S H I S T Ó R I C A S E C U L T U R A I S

As viagens no mundo greco-romano


1TESSAL0NICENSES 3 Os viajantes no a qualidade de suas construções era tão boa -romano. Paulo e seus colaboradores viaja­
mundo greco-romano podiam escolher que muitas delas permanecem intactas até ram extensivamente, tanto a pé quanto por
entre viajar a pé ou pelo mar. Embora as os dias de hoje. mar, em seus esforços para difundir o evan­
oportunidades de viajar tivessem aumen­ A viagem pelo mar punha o viajante em gelho e para manter contato com as igrejas
tado grandemente sob o Império Romano, risco de naufrágio e de intervenção de pira­ que estabeleceram (1Ts 3.2,6). Refletindo
as viagens continuavam sendo traiçoeiras tas, mas a presença de frotas romanas nos sobre as próprias viagens, Paulo menciona
e lentas. A grande extensão do império le­ mares diminuía os temores da pirataria. três naufrágios e outros perigos que teve de
vava à necessidade de construção e melhoria À exceção do perigoso inverno, que vai de encarar (2Co 11.25,26). Os especialistas es­
de uma intrincada rede de estradas a fim de meados de novembro ao início de março, as timam das viagens registradas em Atos que
conectar as cidades do Oriente ao Ocidente. viagens eram bem mais baratas e rápidas que Paulo deve ter coberto uma área de pouco
Artérias importantes, como a via Inaciana as jornadas por terra. Os especialistas acredi­ mais de 16 mil quilômetros durante sua car­
(que passava por Tessalônica),1 suportavam tam que os navios dos períodos clássicos na­ reira missionária.4
uma enorme quantidade de tráfego, e as vegavam pela costa e nunca se aventuravam
cidades ao longo dessas rotas se tornaram em águas profundas, mas uma recente pes­
prósperas e cosmopolitas. As estradas bem quisa provou que essa teoria era equivocada.3
desenvolvidas e bem preservadas eram neces­ A mobilidade que o Império Romano
sárias tanto para as operações militares quan­ possibilitou contribuiu grandemente para a
to para fins comerciais.2Surpreendentemente, difusão do cristianismo no mundo greco-

'Ver 'Tessalônica", em ITs 1. 2Ver “0 exército romano e a ocupação da Terra Santa", em At 27; e "Comércio e mercantilismo no Império Romano", em Ap 18.
3Ver "Navegação no mundo antigo", em Jn 2. 4Ver "Viagens missionárias de Paulo", em At 14.

já dizíamos que seriamos perseguidos, o que realmente aconteceu, como vocês sabem.w 5 Por essa 3 .5 *v. 1; »Mt 4.3;
« 1 2 .2 ; Fp 2 .16
razão, não suportando mais,x enviei Timóteo para saber a respeito da fé que vocês têm, a fim de que
o tentadorV não os seduzisse, tornando inútil o nosso esforço.2

As Boas Notícias Trazidas por Timóteo


6 Agora, porém, Timóteo acaba de chegar da parte de vocês,3 dando-nos boas notícias a respeito 3 .6 «At 18.5;
»1Ts 1.3
da fé e do amoi* que vocês têm. Ele nos falou que vocês sempre guardam boas recordações de nós,
desejando ver-nos, assim como nós queremos vê-los.7 Por isso, irmãos, em toda a nossa necessidade
e tribulação ficamos animados quando soubemos da sua fé;8 pois agora vivemos, visto que vocês estão 3 .8 C1 Co 1 6 .1 3

firmes0 no Senhor.9 Como podemos ser suficientemente gratos a Deus por vocês,d por toda a alegria 3 .9 d1Ts 1.2

que temos diante dele por causa de vocês?10 Noite e dia insistimos em orai* para que possamos vê-los 3 .1 0 '2 T m 1 .3 ;
f 1Ts 2 .17
pessoalmentef e suprir o que falta à sua fé.
11 Que o próprio Deus, nosso Pai, e nosso Senhor Jesus preparem o nosso caminho até vocês.12 Que
o Senhor faça crescer e transbordar o amor que vocês têm uns para com os outrosa e para com todos, a
exemplo do nosso amor por vocês.13 Que ele fortaleça o coração de vocês para serem irrepreensíveishem 3 .1 3 h1 Co 1.8;
'1 T S 2 .1 9
santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus' com todos os seus santos.

Vivendo para Agradar a Deus


Quanto ao mais, irmãosj já os instruímos acerca de como viver a fim de agradar a Deusk e, de fato, 4.1Í2C013.11;

4 assim vocês estão procedendo. Agora pedimos e exortamos a vocês no Senhor Jesus que cresçam nisso
cada vez mais.2 Pois conhecem os mandamentos que demos a vocês pela autoridade do Senhor Jesus.
h2Co 5.9
1TESSALONICENSES 5.22 1947

4 3 '1 Co 6.18 3 A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se da imoralidade sexual.14 Cada
4.4 "1 Co 7.2,9
4 5 "Rm 1.26; um saiba controlar o seu próprio corpo0™de maneira santa e honrosa,5 não dominado pela paixão de
°Ef 4.17 desejos desenfreados,0 como os pagãos0 que desconhecem a Deus.6 Neste assunto, ninguém prejudi­
4.6 P1Co 6.8;
flHb 13.4 que seu irmão nem dele se aproveite.P O Senhor castigará todas essas práticas,9 como já dissemos e as­
4.7 I v 11.44; seguramos. 7 Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade/ 8 Portanto, aquele
1Pe 1.15
45®Rm5.5; Gl 4.6
que rejeita estas coisas não está rejeitando o homem, mas a Deus, que lhes dá o seu Espírito Santo.s
4.9 •Rml 2.10; 9 Quanto ao amor fraternal,1não precisamos escrever,upois vocês mesmos já foram ensinados por
u1Ts 5.1 ; ¥Jo 13.34
4.10 "ITs Deus a se amarem uns aos outros.v 10 E, de fato, vocês amam todos os irmãos em toda a Macedônia.w
1.7; x1Ts 3.12 Contudo, irmãos, insistimos com vocês que cada vez mais assim procedam/
4.11 vEf 4.28; 11 Esforcem-se para ter uma vida tranqüila, cuidar dos seus próprios negócios e trabalhar com as
2Ts 3.10-12
4.12 zMc 4.11 próprias mãos,v como nós os instruímos;12 a fim de que andem decentemente aos olhos dos que são
de foraz e não dependam de ninguém.

A Vinda do Senhor
4.13 í f 2.12 13 Irmãos, não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se
4.14 b1Co 15.18 entristeçam como os outros que não têm esperança.3 14 Se cremos que Jesus morreu e ressurgiu,
4.1 5 1 Co 15.52 cremos também que Deus trará, mediante Jesus e com ele, aqueles que nele dormiram.b 15 Dizemos
a vocês, pela palavra do Senhor, que nós, os que estivermos vivos, os que ficarmos até a vinda do Se­
4.16 «Mt 24.31; nhor, certamente não precederemos os que dormem.c 16 Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o
*1 Co 15.23;
2Ts 2.1 ressoar da trombeta de Deus,do próprio Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão
4.17 fICo 15.52; primeiro.e 17 Depois nós, os que estivermos vivos,f seremos arrebatados com eles nas nuvens,9 para o
9At 1.9; Ap 11.12;
hJo 12.26 encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhorhpara sempre.18 Consolem-se uns
aos outros com essas palavras.
Irmãos, quanto aos tempos e épocas,' não precisamos escreveri2 pois vocês mesmos sabem perfei­
5.1 'At 1.7;
)1Ts4.9
5.2klCo1.8;'2Pe
3.10
5 tamente que o dia do Senhor* virá como ladrão à noite.13 Quando disserem: “Paz e segurança”, a
destruição virá sobre eles de repente, como as dores de parto à mulher grávida; e de modo nenhum
escaparão.
5.4 mAt 26.18; 4 Mas vocês, irmãos, não estão nas trevas,mpara que esse dia os surpreenda como ladrão.5 Vocês
1J0 2.8
5.6 "Rm 13.11 todos são filhos da luz, filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas.6 Portanto, não durmamos
5.7 °At 2.15; como os demais,n mas estejamos atentos e sejamos sóbrios;7 pois os que dormem, dormem de noite,
2Pe2.13 e os que se embriagam, embriagam-se de noite.0 8 Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios,
5.8 pRm 8.24;
C f 6.14; t f 6.17 vestindo a couraça da féP e do amor e o capacete^ da esperança da salvação/ 9 Porque Deus não nos
5.9 ®2Ts 2.13,14
5.10*200 5.15 destinou para a ira, mas para recebermos a salvação por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.s 10 Ele
morreu por nós para que, quer estejamos acordados quer dormindo, vivamos unidos a e le /11 Por isso,
exortem-se e edifiquem-se uns aos outros, como de fato vocês estão fazendo.

Instruções Finais
5.12 u1Tm 5.17; 12 Agora pedimos a vocês, irmãos, que tenham consideração para com os que se esforçam no
Hb 13.17
5.13 «Mc 9.50 trabalho entre vocês, que os lideram no Senhorue os aconselham.13 Tenham-nos na mais alta estima,
5.14 *2Ts 3.6,7, com amor, por causa do trabalho deles. Vivam em paz uns com os outros.v 14 Exortamos vocês, irmãos,
11; A m 14.1 a que advirtam os ociososb,wconfortem os desanimados, auxiliem os fracos,x sejam pacientes para com
5.15 y1Pe 3.9; todos.15 Tenham cuidado para que ninguém retribua o mal com o mal,v mas sejam sempre bondosos
*GI 6.10; Ef 4.32
uns para com os outros2 e para com todos.
5.16 *Fp 4.4 16 Alegrem-se sempre.3 17 Orem continuamente. 18Deem graças em todas as circunstâncias, pois
esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus.
5.19 bEf 4.30 19 Não apaguem o Espírito.b 20 Não tratem com desprezo as profecias,0 21 mas ponham à prova
5.20 C1Co 14.1-40
5.2111Co 14.29; todas as coisasd e fiquem com o que é bom .22 Afastem-se de toda forma de mal.
1Jo 4.1
a 4 . 4 Grego: vaso. Ou aprenda como conseguir esposa; ou ainda aprenda a viver com sua própria mulher.
b 5 . 1 4 Ou insubordinados.

4 .3 Uma ampla lista de valores e práticas sexuais existia no tempo de ressurreição. Inscrições nas tumbas e referências na literatura demons­
Paulo, tanto na sociedade grega quanto na romana. Os padrões morais tram que os pagãos do primeiro século viam a morte com horror e a
geralmente eram baixos, e a castidade era uma restrição sem sentido. consideravam o fim de tudo.
Paulo ofereceu a pessoas de diferentes origens um padrão sexual baseado 4 .1 6 ,1 7 O único arcanjo que recebe nome na Bíblia é Miguel (Jd 9; veja
no que eles compartilhavam — um relacionamento com Deus. D n 10.13). Nas Escrituras, Gabriel é simplesmente chamado “anjo” (Lc
4.1 1 Os gregos em geral consideravam o trabalho braçal degradante, ca­ 1.19,26). Ver “Anjos e espíritos guardiões na Bíblia e no antigo Oriente
bível apenas aos escravos (ver nota em 2.9). Os cristãos levavam a sério Médio”, e m Z c l .
a necessidade de trabalhar para seu sustento, mas alguns dos tessaloni- 5 .8 Paulo não atribui sistematicamente uma virtude específica a cada
censes, talvez em conseqüência da crença na volta iminente de Cristo peça da armadura: a ideia geral de estar equipado para a batalha é sim­
(ver 2Ts 3.11), estavam negligenciando o trabalho e se sustentando à bólica.
custa dos outros. 5 .1 1 O verbo “edificar” aplica-se basicamente à construção de casas, mas
4 .1 3 Para o cristão, o sono é uma metáfora adequada da morte, porque Paulo o usava em referência à edificação dos cristãos.
o aspecto definitivo e horrendo da morte é eliminado pela certeza da 5 .1 4 Ver nota em 4.11.
1TESSALONICENSES 5.23

23 Que o próprio Deus da paze os santifique inteiramente. Que todo o espírito, a alma e o corpo 523 ■Rm 15.33
de vocês sejam preservados irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. 24 Aquele que os 5-241C01.9

chama é fielf e fará isso.


25 Irmãos, orem por nós.9 26 Saúdem todos os irmãos com beijo santo.h 27 Diante do Senhor, 5.25 «Ef 6.19
5.26 "Rm 16.16
encarrego vocês de lerem esta carta a todos os irmãos.1 5 27 d 4.16

28 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vocês j 5.28 iRm 16.20

5-26 Sobre o “beijo santo”, ver nota em lC o 16.20, e “O costume ju­


daico do beijo”, em Lc 7.

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