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VoIP e QoS: Análise de Parâmetros de QoS para Chamadas Intercontinentais

Esta Série Especial de Tutoriais apresenta os trabalhos premiados no III Concurso Teleco de Trabalhos
de Conclusão de Curso (TCC) 2007.

O conteúdo deste tutorial foi obtido do artigo classificado em quarto lugar no concurso, de autoria do
Bruno Lima Wanderley e do William David Mercado Echenique.

O objetivo do tutorial é apresentar a avaliação e comparação das chamadas telefônicas através de métodos
analisadores de parâmetros relevantes à qualidade conversacional das chamadas de voz sobre o protocolo IP,
mostrando possíveis pontos críticos durante uma experiência de chamadas Voz Sobre IP e sugerindo alguns
procedimentos para uma melhor experiência conversacional.

Bruno Lima Wanderley

É Engenheiro de Telecomunicações pelo Instituto de Estudos Superiores da Amazônia (IESAM, 2007), e


Mestrando em Engenharia de Telecomunicações na Universidade Federal Fluminense, atuando na sub-linha
de pesquisa Comunicação de Dados Multimídia.

É também integrante do Grupo de Pesquisas em Redes Mesh da Universidade Federal Fluminense, e


Administrador do Laboratório de Comunicação de Dados Multimídia – MidiaCom.

Atuou como Monitor de Laboratório de Informática da Organização Paraense Educacional, executando as


atividades de suporte ao usuário em plataforma Linux e seus aplicativos.

Atualmente é Estagiário de Tecnologia da Entelc Engenharia Ltda, atuando em sistemas de Voz Sobre IP,
Redes de Computadores e Sistemas de Telefonia Privada (PABX).

Email: bruwand@midiacom.uff.br

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William David Mercado Echenique

É Engenheiro de Sistemas e Mestrando em Engenharia de Telecomunicações na Universidade Federal


Fluminense, atuando na sub-linha de pesquisa Comunicação de Dados Multimídia.

É também integrante do Grupo de Pesquisas em Redes Mesh da Universidade Federal Fluminense, e


Administrador do Laboratório de Comunicação de Dados Multimídia – MidiaCom.

Email: wildame@midiacom.uff.br

Categoria: VoIP
Nível: Introdutório Enfoque: Técnico
Duração: 15 minutos Publicado em: 07/01/2008

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VoIP e Qos: Introdução

As redes Voz sobre IP podem ser consideradas hoje como tendência mundial pelo baixo custo, além da
flexibilidade de recursos disponíveis ao usuário como, por exemplo, o uso de um mesmo tipo de identificação
de usuário em todo mundo, permitindo grande mobilidade. Com a difusão da internet de alta velocidade, o
uso dos serviços de voz em tempo real cresce vertiginosamente assim como a quantidade de soluções
possíveis para sua utilização.

É possível obter chamadas para qualquer lugar do globo com razoável qualidade e com custo inferior à rede
pública de telefonia comutada com um software ligado a um PC ou hardwares que permitam a interconexão
entre outros sistemas, entre uma rede corporativa privada (PABX) e o sistema IP, por exemplo. Dado esses
fatores é de extrema importância à validação de sistemas multimídia baseados em protocolo IP pela internet.

Há milhares de operadoras de serviços voz sobe IP no mundo como o Skype e o Gizmo, utilizando
exclusivamente computadores pessoais ligados a internet, e operadoras com a Peoplecall [8] oferecendo
soluções de maior porte para ambientes corporativos, implementando hardware e software. Atualmente, a
Europa lidera as novas adições de usuários VoIP, com 40% dos clientes incorporados no ano passado,
enquanto os Estados Unidos geram 12% [2].

Um total de 34 milhões de pessoas passaram a utilizar serviços de voz sobre o protocolo internet (VoIP) em
2006 [2], fazendo o número de usuários desse tipo de telefonia saltar de 16 milhões para 50 milhões, de
acordo com pesquisa da In-Stat [2].

Diante do potencial de crescimento baseado no número de novos assinantes de banda larga em todo o
mundo, acredita-se que a receita mundial com serviços de VoIP passe dos 15 bilhões de dólares para 44
bilhões de dólares nos próximos cinco anos [2].

A desagregação de redes entre as operadoras, o lançamento de telefonia através das redes de cabo, assim
como a oferta de pacotes triple play (dados, voz e tv a cabo) e a consolidação entre as operadoras são as
causas do “boom” de voz sobre IP na Europa.

Com a expansão do uso do serviço, faz-se necessário, pelo menos, monitorar a qualidade dos serviços
prestados e analisar os possíveis problemas durante a chamada com a finalidade de identificar as possíveis
causas de perda de qualidade em meio não confiável, como a internet.

Apesar de não ser possível oferecer um fluxo de dados dedicado, existe a alternativa de mapear as
complexas rotas em que os pacotes de voz estão sujeitos a trafegar e identificar possíveis pontos críticos.

É importante enfatizar que tais serviços de chamadas de voz quando realizadas em meio confiável como, em
links dedicados, não tendem a ter a mesma quantidade de problemas, porém, além do alto investimento
requerido, grande parte das pesquisas hoje são voltadas para utilização de VoIP pela internet.

A qualidade de serviço em redes IP tem sido alvo de pesquisas há mais de uma década com um grande
número de arquiteturas, mecanismos e tecnologias possíveis com a finalidade de oferecer serviços além do
best-effort [10].

O interesse em pesquisas em QoS está crescendo gradualmente devido à proliferação de aplicações missão-
crítica como voz sobre IP (VoIP), videoconferência e redes privadas virtuais (VPNs), que necessitam de
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garantias de qualidade em relação a latência e jitter. A mais promissora dessas aplicações é o VoIP, pois as
grandes corporações avistam um grande potencial para redução de custos [10].

O Mean Opinion Score avalia a qualidade de chamadas VoIP de acordo com os limites impostos pelas
recomendações ITU-T em relação ao atraso e perda de pacotes, monitorando chamadas num determinado
período e avaliando a qualidade de acordo com a opinião média de um banco de informações de usuários [5].

Uma nota derivada dos atrasos e outros fatores degradantes causadas por equipamentos na rede são dados
para cada chamada. O tipo de codificação de voz utilizada será predominantemente o padrão G.711 do
ITU-T, conhecido como Pulse Code Modulation (PCM), baseado na codificação em forma de onda para a
digitalização da voz, com uma taxa de saída 64 kbit/s e o padrão G.729, considerando o codec CS-ACELP,
com taxa 8 kbit/s [3].

Este tutorial apresenta um método capaz de testar e avaliar a qualidade conversacional além de sugerir
propostas para melhora no desempenho.

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VoIP e Qos: Cenários e Problemas

Cenários da Comunicação Voz sobre IP na Atualidade

A tecnologia aplicada à serviços VoIP requer diversos tipos de recomendações com arquiteturas distintas de
sinalização responsáveis pelo provimento de serviço de forma aceitável. Protocolos de sinalização como o
H.323 da ITU-T (International Telecommunication Union – Telecom Standardization Sector) ou o Session
Initiation Protocol do IETF (Internet Engineering Task Force) são fundamentais para o provimento de
chamadas, sendo o primeiro citado utilizado predominantemente em backbones corporativos.

Já o segundo amplamente utilizado em redes não confiáveis como a internet. O protocolo H.323 permite a
operabilidade de vários produtos e serviços VoIP como gateways, hardwares que possibilitam
teleconferência e videoconferência, interconexão com PABX, dispositivos ATA (Adaptadores de Telefone
Analógico) permitindo que telefones analógicos comuniquem-se com redes IP com gatekeepers responsáveis
por gerenciar todos os equipamentos de uma rede de telefonia IP [1]. Há funções adicionais como controle
de largura de banda e agenda telefônica.

O protocolo SIP foi desenvolvido visando o uso na internet. Responsável por iniciar, modificar e terminar as
chamadas, ele fornece meios para o endereçamento e localização de usuários, não oferecendo nenhum tipo
de reserva de recursos na rede [3]. Como característica importante pode citar o fato do usuário poder
permanecer com a mesma identificação independente do local do mundo. A identificação pode ser feita pela
operadora de telefonia IP que oferece o serviço.

Figura 1: Procedimento de uma chamada SIP.

Há diversas soluções multimídia para o protocolo SIP. O uso de softphones em computadores pessoais
permite chamadas entre outro usuário SIP e, dependendo da disponibilidade da operadora, para telefones
analógicos de vários países no mundo. Soluções com dispositivos do tipo ATA permitem que telefones
analógicos se interconectem em sistemas voz sobre IP, possibilitando chamadas a partir da internet para
qualquer lugar do mundo.

Na figura 1 temos um exemplo de chamada SIP, com o usuário renato@local.br convidando (INVITE) o
usuário remoto bruno@outralocalidade.br para uma chamada de voz. Primeiramente o convite de Renato é

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roteado via internet até o servidor de localização da operadora VoIP, identificado o usuário e convidando
para a chamada a ser realizada, podendo ser aceito (OK) ou recusado (CANCEL). Após a sinalização, a
chamada é inicializada.

O Real Time Protocol atua em conjunto com o SIP para o transporte de dados em tempo real, permitindo
detecção de perda de dados, e identificação do conteúdo. O protocolo RTP é constituído de uma parte de
controle de dados chamada RTP Control Protocol (RTCP), constituído de ferramentas capazes de avaliar a
qualidade do serviço dos receptores. Vale lembrar que toda comunicação multimídia em tempo real utiliza o
protocolo de transmissão dos dados User Datagram Protocol (UDP).

Problemas Encontrados na Transmissão da Voz

Com a popularização da internet, aplicações em tempo real estão sendo mais difundidas, mas, devido
escassez de banda, são utilizados algoritmos responsáveis pela economia considerável de banda, como os
utilizados para compressão do sinal de voz.

O seu uso tem sido possível graças ao desenvolvimento dos processadores de sinais digitais (DSP’s), cuja
capacidade de processamento tem crescido vertiginosamente. Para uma boa qualidade de voz, mecanismos
de controle de qualidade são necessários para que sejam observados problemas críticos para transmissão em
VoIP [4].

O atraso fim-a-fim corresponde a um desses problemas, consistindo na diferença de tempo entre os instantes
em que é transmitido o primeiro bit do pacote e que esse mesmo bit é recebido, não devendo ultrapassar 300
ms de acordo com a recomendação G.114 da ITU-T [6]. Caso existam atrasos acima desse patamar haverá
sobreposição das falas nas chamadas e a sensação dos usuários é a de estarem usando um sistema
half-duplex.

Tal atraso pode estar relacionado com o tempo de propagação do sinal no meio de transmissão, sendo este,
função da velocidade da luz no meio. Há também atraso de empacotamento, caracterizado pelo tempo
necessário para gerar um número suficiente de quadros de voz para preencher o payload do pacote IP.

Por se tratarem de redes não confiáveis, é possível haver atrasos em nós da rede, onde o atraso de
enfileiramento é o principal atraso que os pacotes sofrem dentro da rede, responsável pela aleatoriedade do
atraso total ao qual o pacote é exposto, assumindo valores inaceitáveis quando a rede estiver congestionada
[7].

É praticamente inevitável algum grau de perda ou erro em pacotes nesses hosts por estouro de buffer em
roteadores e switches, implicando diretamente na qualidade do serviço. Valendo lembrar que, por se tratar e
aplicações que utilizando o protocolo UDP/RTP não há retransmissão dos pacotes. Perdas acima de 5% do
total dos dados influenciam negativamente na qualidade conversacional [5].

Outro fator de fundamental importância para obter aceitável serviço é a largura de banda disponível na rede.
Além da transmissão da voz as redes são usadas também com outras finalidades, por isso, dados multimídia
em tempo real deveriam possuir uma prioridade em relação a outros dados menos sensíveis a atrasos. Há
varias soluções de QoS na internet como os Serviços Diferenciados (Diffserv) e o Multiprotocol Label
Swiching, tais soluções não serão abordadas neste artigo.

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A latência do pacote não é um fator determinante para ocorrer degradação da voz, o que pode ocorrer é uma
perda de sincronização. Devem-se tomar medidas para a latência assumir valores abaixo do patamar de 150
ms [5].

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VoIP e Qos: Método e Procedimento

Método para Avaliação do Desempenho

O Mean Opinion Score (MOS) caracteriza-se pela sua avaliação subjetiva de qualidade de diferentes
vocoders, ou seja, os resultados são sempre comparados com uma referência bem estabelecida. Muitos
fatores contribuem para a pontuação MOS da qualidade de voz, requerendo otimização individual para se
obter a melhor pontuação possível [8].

O método recomendado para testes do tipo “apenas ouvir” é o ACR: Absolute Category Rating. As
recomendações P.800 (1996) e P.830 (1996) do ITU-T fornecem as orientações para avaliação dos codecs
de voz.

Existem várias escalas para avaliação da voz, entretanto a escala a seguir é a mais utilizada pela ITU-T.

Tabela 1: Escala de valores do MOS [5].


Pontuação Entendimento
Distorção
(MOS) da Voz
5 Excelente Imperceptível
4 Boa Apenas perceptível, sem incomodar
3 Regular Perceptível, leve perturbação
2 Pobre Perturbando, mas audível
1 Ruim Perturbando muito, inaudível

Tabela 2: Valores médios MOS de cada vocoders [5].


Taxa de bits Atraso
Codec MOS
(kbit/s) (ms)
G.711 PCM 64,0 4,3 0,125
G.726 ADPCM 16-40 2,0-4,3 0,125
G.723.1 5,3; 6,3 3,7; 3,8 70
G.728 LD-CELP 16,0 4,1 2
G.729 CS-ACELP 8,0 4,0 20
G.729A CS-ACELP 8,0 3,4 20

Procedimento dos Testes

As simulações através do software TestYouVoIP, ilustrado na figura 2, consistem em testes de qualidade das
ligações saindo de uma cidade no Brasil, especificamente com o IP 201.9.136.110.

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Situações tráfego foram emuladas por rotas semelhantes, sendo necessário atravessar diversos nós (hops) até
chegar ao suposto host na cidade de Londres, na Inglaterra, simulando tanto o envio quanto na recepção dos
pacotes de voz.

O aplicativo Java do PC efetua a simulação da chamada utilizando o protocolo SIP/RTP. Tais simulações
permitem avaliar a qualidade conversacional obtendo os parâmetros necessários para a obtenção do MOS.

É extremamente importante lembrar que pelo fato da conexão com a internet do testes ser assimétrica
(ADSL) os dados podem ser transmitidos mais rapidamente em uma direção do que na outra, resultando em
parâmetros significativamente diferentes em ambos os casos.

Os codecs usados nos testes foram o G.711, priorizando a qualidade da voz, e o G.729, objetivando a
conservação da largura de banda.

Figura 2: Software TestYourVoIP.

As simulações objetivaram avaliar a qualidade do sinal em ligações saindo de uma cidade do Brasil,
verificando a qualidade da entrega dos dados. Sendo possível estipular uma nota para cada chamada.

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VoIP e Qos: Resultados Obtidos

Os testes foram realizados em uma rede ADSL com velocidade nominal para upstream de 126.4 kbit/s e
108.2 kbit/s para downstream com o endereço IP 201.9.136.110 situada dentro do backbone Telemar S/A.

São enviadas e recebidas rajadas de bits durante quinze segundos, correspondentes às taxas de transmissão
efetivas de cada codec citado, incluindo overhead (IP/RTP/UDP).

Gráfico 1: Jitter (ms).

No gráfico 1 verificamos os valores de jitter para as chamadas realizadas entre 10 e 16 horas seguindo o fuso
horário GMT-03:00, que é o horário oficial de Brasília. Segundo a recomendação G.114 [7], valores acima
de 150 ms tornam a experiência conversacional desconfortável para o usuário.

Obtivemos valores além do patamar permitido em três ocasiões. Possíveis tráfegos na rede, buffers de
roteadores sobrecarregados e a menor velocidade de upstream podem ter comprometido a transmissão.

Gráfico 2: Round Trip Time (ms).

Os valores de RTT, do gráfico 2, os valores de RTT ficaram próximos ou acima de 500 ms. Segundo a
recomendação ITU G.114, valores acima de 300 ms influenciam negativamente na inteligibilidade da
conversação.

Por se tratar de uma comunicação onde possivelmente há passagens por satélites ou cabos submarinos

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ópticos que são causadores naturais de atraso, este resultado se mostra extremamente prejudicial para a
qualidade conversacional.

Gráfico 3: Atraso fim a fim (ms).

Os atrasos fim-a-fim chegam a patamares praticamente inaceitáveis, segundo o gráfico 3, em muita


situações, chegado a casa dos 700 ms. A recomendação ITU G.114 permite no máximo menos da metade
desse valor (300 ms). Esses atrasos podem ser justificados com a rota percorrida pelos pacotes no gráfico 4 a
seguir:

Gráfico 4: Rota percorrida pelos pacotes VoIP.

Na coluna vertical encontram-se os nós de redes pelo qual os pacotes passaram. É importante enfatizar o
grande aumento do atraso fim-a-fim a partir do host onze, que saltou de aproximadamente 70 ms para
valores em torno de 200 ms.

Tal aumento pode ser justificado pelo momento que o pacote muda de um continente para o outro, pois o
host 200.223.254.254 pertence ao domínio de endereços do Brasil segundo a regulamentadora de endereços
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IP do Brasil.

Essa passagem de continente para outro por meio de cabos submarinos ou via satélite comprometeu ainda
mais a qualidade da chamada. Tal fenômeno ocorreu em todas as chamadas.

Gráfico 5: Perda e descarte de pacotes (%).

No gráfico 5 verifica-se que a perda de pacotes ficou dentro dos padrões preestabelecidos pelo G.114 (5%),
com exceção de uma única chamada com perdas de 7%.

Tais perdas podem ter maior ou menor impacto no MOS dependendo da natureza da perda. Se esse fluxo foi
perdido ou descartado em “rajada” (vários quadros vê voz seguidos) o usuário sentirá um momento de ruído
na conversação, senão, tal perda será imperceptível. As degradações de sinal citadas nos gráficos anteriores
refletem de forma negativa nos valores de MOS.

O gráfico 6 exibe claramente uma redução na nos valores MOS onde a degradação da qualidade nos
momentos onde os valores de RTT, perda de pacotes e jitter foram acima dos limites recomendados pela
ITU-T com valores próximos de 2 (regular). Os valores de atraso fim-a-fim não são considerados na
avaliação, entretanto, eles contribuem também para uma chamada VoIP desconfortável.

Gráfico 6: Mean Opinion Score das chamadas.

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VoIP e Qos: Considerações Finais

Observaram-se sérios problemas com atraso, tanto fim-a-fim quanto RTT (Round Trip Time, eco), obtendo
valores muito acima dos permitidos pela ITU, mesmo com tratamento dado pelo protocolo RTP/UDP e SIP,
ocasionando conversações desconfortáveis.

O codec G.729 não foi suficiente para atenuar de forma significativa os problemas citados, já o G.711 teve
seu diferencial no momento de maior congestionamento de dados, entre 15 e 16 horas, possuindo maior
imunidade a perdas de pacote do tipo “rajada” e não havendo degradação completa da voz, diferentemente
do G.729. Mesmo em situações onde há carência de largura de banda e ausência prioridade de pacotes
multimídia em redes não confiáveis, o G.711 pode ser usado.

Apesar dos problemas apresentados, soluções em VoIP têm crescimento considerável ano após ano de
número de usuários, tendo em vista a grande redução de custos e a possibilidade futura de mecanismos de
QoS com a implantação do protocolo IPv6 que facilitaria a implantação de um serviço não-best effort,
oferecendo algum tipo de prioridade via protocolo Diffserv ou Multiprotocol Label Switching (MPLS),
garantindo um nível de qualidade equivalente ao Rede Pública de Telefonia Comutada.

Referências

[1] B. FILHO, Huber. Telefonia IP. Disponível em:


http://www.teleco.com.br/tutoriais.asp
Acesso em: 20.MAR.2005.

[2] COMPUTERWORLD, Disponível em:


http://computerworld.uol.com.br/comunicacoes/2007/07/11/idgnoticia.2007-07-11.2295469217/
Acesso em: 19.SET.2007.

[3] GRUPO MULTIMÍDIA – METROPOA/PUCRS. Sistemas de Voz Sobre IP.


Acesso em: 20.MAR.2005.

[4] GRUPO MULTIMÍDIA – METROPOA/PUCRS. Tutorial de QoS.


Acesso em 20.MAR.2005.

[5] HERSENT, Oliver; GUIDE, David; PETIT, Jean-Pierre. Telefonia IP: Comunicação Multimídia Baseada
em Pacotes. Makron Books, 2002.

[6] ITU-T G.114, Telecommunication Standartization Sector of ITU Series G: Transmission Systems and
Media, Digital Systems and Networks, 2003.

[7] Lakaniemi, A. Rosti, J. Raisanen, V.I.,Subjective VoIP speech quality evaluation based on network
measurements, IEEE International Conference on, 2001.

[8] Stone, T. Alena, R. Johnson, M. IP telephony for interplanetary exploration, IEEE Aerospace
Conference, 2004.

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[9] Soldatos, J.; Vayias, E.; Kormentzas, G., On the Building Blocks of Quality of Service in Heterogeneous
IP Networks, Communications Surveys & Tutorials, IEEE, 2005.

[10] Xiao, X., & Ni, M. N, Internet QoS: A Big Picture, IEEE Network, Março/Abril 1999

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VoIP e Qos: Teste seu Entendimento

1. Qual das alternativas abaixo representa um dos problemas encontrados na transmissão de Voz nas
aplicações VoIP?
O atraso fim-a-fim, que não deve ultrapassar 300 ms.
O atraso em nós da rede, provocado pelo enfileiramento de pacotes, quando a rede fica congestionada.
O compartilhamento da largura de banda por vários tipos de aplicação, sem a devida priorização dos
dados multimídia em tempo real.
Todas as alternativas anteriores.

2. Qual foi o tipo de avaliação de desempenho utilizada no contexto deste tutorial?


A avaliação de Codecs de Voz usando o método Mean Opinion Score (MOS).
A avaliação de rotas usando o método de menor custo.
A avaliação de rotas usando o método de menor números de Saltos (Hops).
Avaliação de Codecs de Voz usando o método Absolute Category Rating (ACR).

3. Dentre os codecs avaliados, qual o que teve melhor desempenho?


Nenhum deles, sendo necessário avaliar outros codecs.
O codec G.729, que com banda de 8 kbit/s não ocasionou problemas de desconforto de conversação.
O codec G.711, que teve seu diferencial no momento de maior congestionamento de dados, possuindo
maior imunidade a perdas de pacote do tipo “rajada” e não havendo degradação completa da voz.
Tanto o codec G.711 como o G.729 tiveram bom desempenho.

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