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2.

Trabalho Prático
Medidas e Erros
2.1. Introdução

O processo científico é iniciado com observações, embora estas sejam algumas


vezes acidentais, são normalmente realizadas sob condições rigorosamente controladas no
laboratório. As observações podem ser qualitativas (pode-se observar, por exemplo, que a
cor da oxidação do ferro é simplesmente marrom avermelhada) ou quantitativas (pode-se
observar qual a massa obtida de um produto numa reação).
Nenhuma ciência pode progredir muito sem se valer de observações quantitativas;
isto significa que devemos fazer medidas. Um processo de medida envolve, geralmente, a
leitura de números em algum instrumento; em conseqüência, tem-se quase sempre alguma
limitação no número de dígitos que expressam um determinado valor experimentalmente.
Cada medida, não importando o grau de cuidado com qual ela é feita, está sujeita a
erro experimental. A magnitude desse erro pode ser expressa, de um modo simples, usando-
se algarismos significativos.

2.2 Grandeza química


Uma grandeza sempre pode ser considerada um produto de um valor numérico com
uma unidade:
Grandeza química = número x unidade
Exemplos: A massa m de um corpo é m=25,3 g, o volume de um balão volumétrico
é 50 mL. Em química as principais grandezas são:

Tabela 1 – Grandezas básicas em Química


Grandeza básica Unidade (SI)
Comprimento m
Massa kg
Volume L
Quantidade de substância Mol
2.3 Algarismos significativos e suas incertezas
Cada medida que realizamos envolve um certo grau de incerteza ou erro. A
dimensão desse erro dependerá da natureza e da grandeza da medida, do tipo de
instrumento de medida e da nossa habilidade para usá-lo.
Para cada medida efetuada devemos indicar o grau de incerteza associado. Esta
informação é vital para quem queira repetir um experimento ou julgar sua precisão.
O método pelo qual é indicado a precisão de uma medida, é descrito em termos de
algarismos significativos. Necessitamos conhecer quantos algarismos foram utilizados em
uma determinada medida, para isto são considerados os seguintes itens:

▪ Zeros entre dígitos diferentes de zero são significativos;


▪ Zeros além do ponto decimal no final de um número são significativos;
▪ Zeros que precedem o 1° dígito diferente de zero não são significativos
Valor medido Algarismos significativos
8,80 3
8,08 3
8,008 4
800,80 5
0,008 1
0,00808 3
0,00800 3
8 x 10-3 1
8,12 x 10-2 3
8,00008 x 105 6
.
OBS 1.: Quando quantidades experimentais são adicionadas ou subtraídas, o
número de dígitos após a vírgula decimal no resultado é igual ao da quantidade com o
menor número de dígitos após a mesma.
23,0+13,3=36,3
23,0+13=36
15,07-3,21=11,9
OBS 2.: Quando grandezas experimentais são multiplicadas ou divididas, o total
de algarismos significativos no resultado é igual ao da grandeza com o menor número de
algarismos significativos.
2,00x3,00=6,00
2,00x3,0=6,0
6,000/2,00=3,00
Os números podem ser exatos ou aproximados. Números exatos são aqueles com
nenhuma incerteza(são as constantes físicas ou químicas), já os números aproximados são
mais comuns, resultam de medidas diretas ou indiretas e apresentam algum grau de
incerteza. Dois são os termos que descrevem a confiança de uma medida numérica: a
exatidão e a precisão. A exatidão é relativa ao verdadeiro valor da quantidade medida; e a
precisão é relativa à reprodutibilidade do número medido, isto é tem um desvio médio
absoluto pequeno.
2.4 Formas de Medição
Os instrumentos comuns de medida de volume de líquido são de dois tipos: os que
medem volume variáveis(e para tanto possuem uma escala graduada) e os que medem
volumes definidos(e para tanto possuem apenas um risco ou marca).
Tabela 2 – Exemplos de instrumentos
Instrumento Capacidade (mL) Carga máxima (g) Precisão Desvio
avaliado
Bureta 50mL Não definida 1/10 0,05
Pipeta graduada 5mL Não definida 1/10 0,05
Proveta graduada(1) 10mL Não definida 1/10 0,05
Proveta graduada(2) 50mL Não definida 1/2 0,25
Proveta graduada(3) 100mL Não definida 1/1 0,5
Balão volumétrico 50mL Não definida Definida Definida
Pipeta volumétrico 5mL Não definida Definida Definida
Béquer 100mL Não definida - -
Balança (MARTE) - 1610g 1/10 0,05
Tabela 3- Exemplos de instrumentos
Balões Volumétricos Pipetas Volumétricas
Capacidade (ml) Limite de Erro Capacidade(ml) Limite de Erro
25 0,05 2 0,006
50 0,10 5 0,01
100 0,15 10 0,02
200 0,20 25 0,03
300 0,25 50 0,05
500 0,30 100 0,08
1000 0,50 200 0,10
2000 1,00

A medida de volumes de líquidos, em qualquer um dos instrumentos mencionados,


implica numa comparação da altura do líquido com uma divisão da escala graduada ou com
a marca.
A altura do líquido é definida por um menisco, que geralmente é côncavo, a parte
inferior do menisco deve ser usada como referência nas medidas de volume.
O regime de escoamento para qualquer dos instrumentos mencionados para
volume não é total, sobrando sempre líquido na ponta ou em suas laterais. Para obter
medições mais precisas, o que fica do volume nos instrumentos, não deve ser transferido,
pois essa quantidade já é levada em conta pelo fabricante.
No caso de pipetas, existem dois tipos disponíveis no mercado : pipeta de um traço
: é necessário soprar o volume residual; pipeta de dois traços : não é necessário soprar o
volume residual. É de responsabilidade do técnico conferir o tipo de pipeta que está sendo
utilizado.
Quando medimos a massa, medimos a quantidade de matéria que a amostra
contém. Uma vez que a aceleração da gravidade é constante para um ponto determinado da
superfície terrestre, o peso é proporcional à massa.
Figura 1 – Instrumentos de medida de volume. Da esquerda para direita, temos; pipeta volumétrica,
pipeta graduada, balão volumétrico, bureta e proveta ou cilindro graduado

Figura 2 – Balança do laboratório

2.5 Erros
Erro é a diferença entre o valor encontrado em uma medida e o valor real
desta medida. O valor verdadeiro, entretanto nem sempre é conhecido. Existem alguns tipos
de erros:
Erro grosseiro:
É aquele cometido por um engano grosseiro, como, por exemplo, ler 154 e registrar
145.
Erro sistemático:
É o tipo de erro devido a uma causa sistemática, como erro da calibração do
equipamento, ou erro do operador. Este erro é repetitivo e difícil de ser detectado. Uma
forma de encontrá-lo é medir uma amostra de valor conhecido e certificado, denominada:
material de referência ou padrão.
Erro aleatório:
São os erros que interferem na precisão de um experimento e fazem com que o
resultado flutue em torno da média.
As principais fontes de erro são: instrumento, operador, materiais e procedimento.
A expressão erro é comumente empregada como desvio, mas rigorosamente,
considera-se como erro a diferença entre o valor verdadeiro da medida de uma grandeza e a
medida obtida por medições. Para expressar os erros ou desvios, usamos de algumas
ferramentas estatísticas para determiná-los.
• Média Aritmética ou valor mais provável da medida de uma grandeza(M) – Chamando
de m1, m2, m3, . . . , mn, as n medidas de uma grandeza, dignas de mesma confiança.

m1  m2  m3  ....  mn
M
n

• Desvio Absoluto(DA) – Em relação a média, cada uma das medidas possui um desvio,
(positivo, negativo ou nulo) chamado desvio absoluto(DA). O DA de cada medida é
dado por:
DA  medida  M
• Desvio Relativo(DR) – O desvio relativo de cada medida é o seu desvio absoluto
dividido pela média:
DA
DR 
M
• Desvio Percentual(DP) – A medida mais precisa é aquela que possui menor desvio
percentual
DP  DR  100 %

• Desvio Médio Absoluto(DMA) – A média aritmética dos valores dos desvios absolutos
é chamado desvio médio absoluto(DMA). Deve-se considerar todos os desvios,
inclusive os nulos, e dividir pelo número de medições realizadas.
DA 1  DA 2    DA n
DMA 
DA
• Desvio padrão(DP) – É uma medida da dispersão dos “n” resultados em relação ao
valor médio.

n  mi2   mi 
2

DP 
n (n  1)

• Expressão Correta(EC) – A maneira correta de expressarmos a medida é dada por:


EC  M  k DP
• onde k é um parâmetro relacionado à confiabilidade do resultado.

Anotações:
2.6 Parte Experimental

“...Assim, uma moeda de prata, uma taça de prata e um eletrodo de prata diferem
somente em tamanho, forma, utilidade e sobre aspecto estético, mas sob o ponto de vista da
química são essencialmente o mesmo, pos serem feitos do mesmo metal, a prata.”
(Química General Moderna- Una Introduccion..., 1964)
Materiais:
Provetas de 100 ml, 50 ml e 10 ml
Pipeta volumétrica de 5ml
Pipeta graduada de 5ml
Béquer de 100ml
Balão volumétrico de 50ml
Bureta de 50ml
Balança MARTE/ modelo 1001

1ª EXPERIÊNCIA: Comparação de volumes medidos com a proveta e com o balão


volumétrico
Meça cinquenta mililitros de água destilada em uma proveta adequada e transfira para um
balão volumétrico de cinquenta mililitros de capacidade. Ver figura abaixo:

Técnica de leitura de volume


Anotar as medidas e analisar a equivalência de volumes entre os dois instrumentos.
Justificar se houve ou não coincidência nas medidas:
Volumes(ml) Justificativa

Proveta:

Balão Volumétrico:

2ª EXPERIÊNCIA:Comparação de volumes medidos com a proveta e com a bureta


Recolha cinqüenta mililitros de água de uma bureta adequada, transporte para uma
proveta de 100 ml de capacidade. Anote corretamente os valores medidos, justificando se
houve ou não coincidência entre eles.Ver figura abaixo:

Volumes(mL) Justificativa

Bureta:

Proveta:
3ª EXPERIÊNCIA: Adição de volumes medidos em instrumentos diferentes
Em uma proveta de cinquenta mililitros de capacidade, adicione :
• cinco mililitros de água medidos em uma pipeta volumétrica,
• cinco mililitros de água medidos em uma pipeta graduada,
• cinco mililitros de água medidos em uma bureta,
• dez mililitros de água medidos em uma proveta.
Anotar corretamente o volume de água existente na proveta onde foram coletados os
líquidos.

Instrumento Medida (mL)


Pipeta volumétrica
Pipeta graduada
Bureta
Proveta
Total

Calcular e expressar o valor resultante da soma dos valores adicionados, considerando a


precisão de cada instrumento. Comparar o valor calculado com o valor observado.

4ª EXPERIÊNCIA: Treino de pesagem


Pese um béquer de cem mililitros de capacidade e determine a sua massa em gramas.
Adicione a este béquer cinquenta mililitros de água medidos em uma proveta e determine a
massa deste conjunto.

Peso do béquer
Peso do béquer com água
Peso de água
Volume estimado de água

Comparar o valor do volume de água medido com o valor calculado. Justificar se houve
coincidência destes valores e as possíveis causas de erro(considerar  H 2O  1000kg / m 3 )
Questionário

1) Complete a tabela
Número (m) Número de Notação científica Arredondamento
significativos (2 significativos)
26,31
20,000
0,206
0,00206
0,00000007320
1,34 mil
606
393,68
0,0000000007

2) Faça as operações aritméticas indicadas considerando que cada número é resultado de


uma medida experimental:

a) 351+2,982
b) 25,128-0,0042
c) 13,51+1,00754+0,214
d) 4,6254-10,1
e) 14,021+14
f) 126 x 2,51
g) 3,658 x 9,2
h) 68,1/38
i) (3,8 x 108) x (2,65 x 105)
j) (8,1 x 10-4)/(2,4587 x 10-5)
3) Converter as seguintes massas para gramas:
a) 3,89 x 10-6 kg
b) 1,8 x 104 mg
c) 6 g
d) 12 ng
e) 8 pg
f) 3,24 t

4) Converter 0,005 g/cm3 em:


a) g/mL
b) g/L
c) kg/mL
d) kg/L
e) kg/m3
f) g/m3
g) considerando que é a concentração de uma substância diluída em água converter em
%.

5) De que depende a variabilidade dos resultados de uma medida?

6) O que é sensibilidade de um aparelho? Que é desvio avaliado?

b)Qual é a sensibilidade e o desvio avaliado de uma régua cuja menor divisão é 0,1 cm?
7) Dentre as seguintes medidas, qual é a mais precisa e a mais imprecisa?
a) ( 1,0 + ou – 0,1) ml
b) (2,00 + ou – 0,01) ml
c) (9,8 + ou – 0,5 ) ml
8) Quais aparelhos que você conheceu nesta prática que poderiam servir para medir:
a) 25,0 ml
b) 50,0 ml
c) 10,00 ml
d) 8,50 ml

9) Qual a diferença entre precisão e exatidão de uma medida?


Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Departamento de Física e Química

Laboratório de Química Experimental

• Engenharia Mecânica – Contagem

Prof. Aírton Rímulo


Prof. Claudia V. Schayer Sabino
Prof. Heloísa Helena Vieira Machado
Índice

Prática 1: Informações Gerais 03

Prática 2: Medidas e Erros 17

Prática 3: Propriedades Físicas do Materiais 31

Prática 4: Pilhas Galvânicas ou Voltaicas 40

Pratica 5: Células Eletrolíticas (Eletrólise) 55

Prática 11: Corrosão química e atmosférica 68

Prática 12: Corrosão II - Corrosão galvânica e Aeração 76


Diferencial

Prática 13: Corrosão III - Corrosão Seletiva e do 85


Alumínio

Prática 15: Proteção Catódica 90

Bibliografia 101
1.Trabalho Experimental
Informações Gerais

1.1 Introdução
As atividades propostas para a parte experimental da disciplina Química Experimental
visam proporcionar ao aluno a oportunidade para trabalhar com autonomia e segurança em um
laboratório. Procurar-se-á, para isto, não apenas desenvolver a habilidade no manuseio de
reagentes e aparelhagens, mas também criar condições para uma avaliação crítica dos
experimentos realizados.

1.2 Dinâmica das aulas práticas


➢ Leitura com antecedência, pelos alunos, do assunto a ser abordado na aula;
➢ Discussão inicial, com o professor, de aspectos teóricos e práticos
relevantes;
➢ Execução pelos alunos dos experimentos utilizando a apostila;
➢ Interpretação e discussão dos resultados juntamente com o professor;
➢ Apresentação dos resultados de cada experimento.

O aproveitamento de uma aula prática depende de maneira geral do cumprimento destas


etapas. Como trabalho complementar, os alunos são estimulados a responder aos questionários
referentes a cada um dos assuntos estudados, visando uma revisão dos conhecimentos adquiridos
e preparação para os testes programados para o curso.

1.3 Recomendações aos alunos


➢ O uso da apostila é imprescindível a partir da primeira aula.
➢ O aluno deverá tomar conhecimento, a partir da primeira aula, das instalações do
laboratório, bem como de suas normas de funcionamento.
➢ É recomendável, por razões de segurança, o uso de avental durante as aulas. Não é
permitido o uso de short, mini-saia, mini-blusa, camiseta tipo regata e sandálias tipo havaiana.
➢ O material do laboratório deve ser usado sempre de maneira adequada e somente
aqueles reagentes e soluções especificados.
➢ Não é permitido fumar, comer ou beber nos laboratórios.
➢ Todo material usado deve ser lavado ao final de cada aula e organizado no local
apropriado (mesas, bancadas).
➢ A bancada de trabalho deve ser limpa.
➢ Após o uso, deixar os reagentes nos devidos lugares.
➢ O laboratório não é local para brincadeiras e conversas em voz alta,
principalmente sobre assuntos alheios à aula.
➢ As normas de segurança relacionadas no texto “SEGURANÇA NO
LABORATÓRIO” devem ser lidas atentamente.

1.4 Segurança no laboratório

É muito importante que todas as pessoas que lidam num laboratório tenham uma noção
bastante clara dos riscos existentes e de como diminuí-los. Nunca é demais repetir que o melhor
combate aos acidentes é a sua prevenção. O descuido de uma única pessoa pode por em risco
todos os demais no laboratório.
Por esta razão, as normas de segurança descritas abaixo terão seu cumprimento exigido.
Acima disto, porém, espera-se que todos tomem consciência de se trabalhar em segurança, do que
só resultarão benefícios para todos.
Será recomendado a todos os estudantes e professores o uso de avental ou guarda-pó no
laboratório. A falta do guarda-pó pode gerar roupas furadas por agentes corrosivos, queimaduras,
etc.
Os alunos não devem tentar nenhuma reação não especificada pelo professor. Reações
desconhecidas podem causar resultados desagradáveis.
É terminantemente proibido fumar em qualquer laboratório.
É proibido trazer comida ou bebida para o laboratório, por razões óbvias. Da mesma
forma, não se deve provar qualquer substância do laboratório, mesmo que inofensiva.
Não se deve cheirar um reagente diretamente. Os vapores devem ser abanados em direção
ao nariz, enquanto se segura o frasco com a outra mão, conforme Figura 1 .
Figura 1 – Técnica de laboratório
Evitar o uso de sandálias no laboratório. Usar sempre algum tipo de calçado que cubra
todo o pé.
Nunca acender um bico de gás quando alguém no laboratório estiver usando algum
solvente orgânico. Os vapores de solventes voláteis, como éter etílico, podem se deslocar através
de longas distâncias e se inflamar facilmente.
Não deixar livros, blusas, etc., jogadas. Ao contrário, colocá-los longe de onde se
executam as operações.
Nunca despejar água num ácido, mas sim o ácido sobre a água. Além disso, o ácido deve
ser despejado lentamente, com agitação constante. Discutir a razão desta norma com o professor.
Não leve as mãos à boca ou aos olhos quando estiver trabalhando com produtos químicos.
Fechar cuidadosamente as torneiras dos bicos de gás depois de seu uso.
Não deixar vidros, metais ou qualquer outro material, em temperatura elevada, em lugares
em que possam ser tocados inadvertidamente.
Não aquecer tubos de ensaios com a boca virada para o seu lado, nem para o lado de outra
pessoa.
Não aquecer reagentes em sistemas fechados.
Planeje o trabalho a ser realizado.
Finalmente, lembrar que a atenção adequada ao trabalho evita a grande maioria dos
acidentes. É muito importante ter a certeza de que se sabe perfeitamente bem o que se está
fazendo.
1.5 Química experimental

A disciplina química experimental tem como efeito, objetivos imediatos. Dentre estes, o
primeiro coincide com um dos objetivos do ciclo básico, presentemente introduzido no quadro da
reforma universitária. Visa colocar o aluno, oriundo da escola secundária, em condições de seguir
um curso de nível superior. De imediato, pretende-se igualmente melhorar a apresentação dos
trabalhos escolares e, sobretudo, elevar o nível de aperfeiçoamento dos estudos, despertando no
aluno um senso crítico suscetível de colocá-lo em condições de reagir, de ser ativo ou de
participar das atividades universitárias. Esse senso crítico deverá evoluir, tornando-se o espírito
científico fecundo e criador.
A longa evolução da Química
A diferença fundamental entre a revolução ocorrida no campo da Física e a revolução da
Química está no fato de esta última ter requerido um tempo muito maior para se completar. Mas
essa longa duração teria sido absolutamente necessária porque o processo implicou uma aliança
da química com a medicina, seguida de sua gradual independência em direção ao caráter de
ciência física, que prevalecia ao tempo da revolução de Lavoisier. Nenhum fenômeno análogo
ocorreu no campo da física ou da astronomia.
Em oposição à historiografia predominante, que considera a revolução química de
Antoine Lavoisier(1743-1794) o fenômeno marcante e decisivo na constituição da química
moderna foi, com efeito, a terceira etapa de um processo denominado revolução química de
longo termo, que se desenrolou no decorrer de aproximadamente 250 anos.
A primeira fase da revolução química teria resultado da união entre a química e a
medicina(iatroquímica), ocorrida a partir do suíço alemão Paracelso(1493-1541) e seus
seguidores, no século XVI. Esse fenômeno incluiu uma combinação de química, medicina e
misticismo e se opunha às teorias galênicas dos humores, que consideravam as doenças uma
perturbação do organismo como um todo, sem etiologia definida. Esse novo ponto de vista
atribuía causas específicas para cada doença, que poderiam ser combatidas por agentes
específicos, como preparados químicos. No século XVII, Paracelso foi ‘modernizado’ pelo
flamengo Jan van Helmont(1577-1644), que procurava dar explicações químicas para processos
fisiológicos. Desse modo, a química médica, anteriormente banida das universidades, foi-se
tornando respeitável em círculos acadêmicos, especialmente à medida que se despia do
misticismo. Durante a segunda fase da longa revolução, na virada do século XVII para o século
XVIII, a química tornou-se independente da medicina. Nesta etapa, em que se destacaram o
holandês Hermann Boerhaave(1668-1738) e o alemão Gerg Stahl(1660-1738), a influencia do
mecanicismo sobre a química e a medicina ainda era marcante. Em nítida oposição à iatroquímica
de Paracelso, essa química foi perdendo gradualmente sua estreita ligação com a medicina e
firmando-se como um a ciência autônoma. Se esse divórcio não tivesse ocorrido, Lavoisier –
fulcro da terceira fase da revolução química, nas décadas de 1770 e 1780 – possivelmente teria
tido que lidar com uma química de natureza muito mais farmacêutica do que a aquela com
características de ciência física.
Os trabalhos de Lavoisier contra o Flogíston que sistematizou a Química, e de Dalton, que
(re)criou a teoria atômica, baseado em suas experiências reprodutíveis, marcaram o fim da era
alquímica. A partir do Século XIX, as Ciências, física, química, biologia, etc., estariam todas
baseadas no empirismo (experimentalismo reprodutível), com o total abandono das filosofias
gregas de Aristóteles e de Platão, o que marginalizou a alquimia, considerada irrelevante frente à
emergente atitude científica.

1.6 Riscos químicos em um laboratório

Um laboratório químico apresenta vários riscos aos seus usuários, tais como: máquinas,
manuseio de material de vidro, uso da eletricidade, incêndio, explosão e exposição a substâncias
químicas nocivas ao organismo humano.
Todo laboratório deve possuir uma capela, para operações que liberem vapores
prejudiciais à saúde, bem como chuveiro de emergência e lava-olhos para o caso de um acidente.
O laboratório deve ser mantido em perfeita ordem, tendo todos seus frascos rotulados. Outro
aspecto que deve ser de conhecimento dos usuários são os efeitos das substâncias sobre o
organismo, a forma correta de manuseio, e inclusive as medidas de primeiro socorro.
A seguir, como exemplo, estão apresentados os riscos associados a alguns produtos
químicos regularmente utilizados em laboratórios. Outros exemplos são encontrados em literatura
especializada.

Ácido acético(CH3COOH)
O ácido acético é classificado como uma substância cáustica e irritante, podendo causar
queimaduras, lacrimação e conjuntivites. Ele ataca facilmente a pele, podendo causar dermatites e
úlceras. Por inalação, causa irritação das mucosas. Em presença do ar, ataca a uma grande
quantidade de metais.
Os vapores do ácido acético podem formar misturas explosivas com o ar, constituindo um
risco de incêndio.
As pessoas que trabalham com o ácido acético puro devem usar roupas protetoras, além
de elementos de proteção para o rosto, olhos, braços e mãos. É particularmente perigoso quando
em contato com ácido crômico, peróxido de sódio e ácido nítrico.
Deve ser armazenado longe de fontes de ignição e de substâncias oxidantes. As zonas de
armazenagem devem ser bem ventiladas para evitar a formação de concentrações perigosas.

Ácido clorídrico(HCl)
O risco especial do ácido clorídrico é a sua alta ação corrosiva sobre a pele e mucosa,
podendo produzir queimaduras cuja gravidade dependerá da concentração da solução.
O contato do ácido com os olhos, pode provocar redução ou perda total da visão, se o
ácido não for removido imediatamente, através de irrigação de água. Os vapores do ácido
produzem efeito irritante sobre as vias respiratórias.
O ácido clorídrico, em si, não é um produto inflamável, mas quando em contato com
certos metais libera hidrogênio, formando uma mistura inflamável com o ar.
Este ácido não deve ser armazenado próximo de substâncias inflamáveis ou oxidantes,
como por exemplo, ácido nítrico ou cloretos, e nem próximo de metais.
As pessoas que lidam com o HCl devem lavar-se antes das refeições. Quando houver
contaminação ocular, deve-se irrigar os olhos com grande quantidade de água. Nos casos de
contaminação cutânea, deve-se lavar a área afetada com um pedaço de pano e água abundante,
tratando-se posteriormente com solução de trietanolamina a 5%.

Ácido fosfórico(H3PO4)
É um ácido corrosivo que pode causar queimaduras, quando em contato com qualquer
parte do corpo. Pode causar danos se ingerido, sendo, neste aspecto, menos perigoso que outros
ácidos minerais. Quando aquecido, decompõe-se, liberando fumos tóxicos de óxidos de fósforo.
Ácido nítrico(HNO3)
As soluções de ácido nítrico são fortemente corrosivas e produzem lesões cutâneas,
oculares e das mucosas, cuja gravidade dependerá da duração de contato e da concentração do
ácido.
Os fumos ou vapores de ácido nítrico podem-se constituir de uma mistura de vários
óxidos de nitrogênio e de vapor de ácido nítrico, dependendo de fatores como umidade,
temperatura, contato com outros materiais, sendo que o vapor de ácido nítrico é altamente
corrosivo e é irritante das mucosas dos olhos, das vias respiratórias e da pele.
Entre os óxidos nitrosos, o mais importante, do ponto de vista toxicológico, é o NO2, que
é um irritante das vias respiratórias superiores e produz uma reação intensa no pulmão, de
conseqüências geralmente fatais.
Conforme a quantidade e a sua concentração, o ácido nítrico deve ser armazenado em
recipientes de aço inoxidável, alumínio ou vidro, que deverão ser mantidos hermeticamente
fechados.

Ácido oxálico
A intoxicação aguda ocorre por ingestão de uma solução do ácido. Há então uma
marcante corrosão da boca, esôfago e estômago, com sintomas de vômito, queimadura
abdominal, colapso e algumas vezes convulsões. O pó de ácido oxálico irrita o sistema
respiratório e os olhos. Tem uma ação corrosiva sobre a pele e mucosa, podendo produzir
ulcerações. Os efeitos sistêmicos do ácido oxálico são devidos ao fato de ele retirar cálcio do
sangue. Os canais renais ficam obstruídos pelo oxalato de cálcio insolúvel, originando uma
profunda perturbação dos rins.

Ácido sulfúrico(H2SO4)
O ácido sulfúrico é classificado como um irritante primário. Tem ação corrosiva sobre a
pele, produz severa inflamação das mucosas dos olhos e das vias respiratórias superiores e causa
danos aos dentes. Produz também rápida destruição dos tecidos e severas queimaduras, quando
em contato com a pele. Repetidos contatos com soluçõe diluídas podem ocasionar dermatites. O
ácido em si não é inflamável, mas quando em altas concentrações, pode causar ignição por
contato com sólidos ou líquidos combustíveis. Quando aquecido, emite fumos altamente tóxicos.
Álcool etílico absoluto(CH3CH2OH)
O álcool etílico, se comparado com o álcool metílico, é uma substância não tóxica. É
rapidamente oxidado no corpo para CO2 e H2O, e ao contrário do álcool metílico, não produz
efeitos cumulativos.
Exposição a concentrações acima de 1000ppm pode causar irritação dos olhos e mucosas
das vias respiratórias superiores e, se as exposições forem repetidas, ocasionarão lassidão, perda
de apetite e falta de concentração. Concentrações ao redor de 1000ppm, normalmente, não
produzem sinais de intoxicação.
O álcool etílico tem risco de incêndio, quando em contato com calor ou faísca, podendo
reagir violentamente com materiais oxidantes.

Amoníaco
O contato com o amoníaco líquido anidro ou com suas soluções aquosas é intensamente
irritante para as membranas mucosas dos olhos e da pele. Os sintomas oculares vão desde a
lacrimação, edema da pálpebra, até à ulceração da córnea e cegueira. Pode haver queimaduras
corrosivas da pele ou formação de bolhas. O amoníaco gasoso é também irritante para os olhos e
para a pele úmida.
Quando há uma exposição intensa, pode ocorrer bronquite, pneumonia ou até morte.
Quando aquecido, emite fumos tóxicos.
Prevenção e controle: ventilação adequada, protetores faciais, respiradores com filtro
químico, quando não se consegue manter a concentração abaixo do limite de tolerância.
Roupas protetoras de borracha, incluindo luvas, avental e botas.
Chuveiros de emergência e banho para os olhos nas proximidades da área de exposição.
Excluir da exposição habitual pessoas com enfermidades dos olhos e pulmões.

Bicromato de potássio, amônia e de sódio


Estas substâncias químicas podem causar irritação local das mucosas e pele e podem
produzir efeito prejudicial, se ingeridas ou inaladas em quantidade excessiva. Não são absorvidas
pela pele intacta, mas podem causar ulceração em peles machucadas. Ingestão de grande
quantidade pode ser fatal.
O bicromato de potássio tem alto poder de oxidação e o bicromato de amônia reage com
agentes redutores.
Carbonatos de potássio e de sódio(K2CO3) – (Na2CO3)
São altamente cáusticos, podendo causar lesões profundas na pele e mucosas.
Quando ingeridos, produzem dor intensa e sensação de queimadura nas mucosas da boca,
faringe e estômago. Há impossibilidade para a deglutição e imediatamente sobrevêm vômitos
sanguinolentos. Pode haver colapso e conseqüente morte por choque.
Quando age sobre a pele, pode produzir queimaduras que serão tanto mais graves, quanto
maior a concentração do álcali.
Nos olhos é possível a destruição da córnea e conseqüente cegueira.

Chumbo e seus compostos


O chumbo ocasiona uma das doenças profissionais mais comuns. Ele pode penetrar no
corpo: por inalação de poeiras, fumos neblinas; por ingestão traiçoeira pela via respiratória
superior ou introduzido na boca através de comida, cigarro, dedos ou outros objetos; através da
pele(compostos inorgânicos praticamente não têm esta penetração).
Quando o chumbo é ingerido, a parte não absorvida é eliminada pelas fezes. Grande
porção de chumbo absorvido é eliminado pela bílis. Por isso, são necessárias grandes quantidades
para causar intoxicação e um grande período é necessário, para que os sintomas apareçam. Tem
ação cumulativa.
O chumbo produz uma fragilidade das células vermelhas do sangue, e devido a isso estas
células são destruídas mais rapidamente do que o normal, produzindo uma suave anemia.
O chumbo metálico é menos tóxico que o carbonato, monóxido e sulfeto de chumbo.
Todos têm moderado risco de incêndio e explosão, na forma de poeiras, quando expostos
ao calor ou faísca.
Quando aquecido, o chumbo emite fumos altamente tóxicos. Pode reagir violentamente
com materiais oxidantes.

Cianetos de potássio e de sódio(KCN e NaCN)


Os cianetos de potássio e sódio são os sais tóxicos de uso mais difundido. Uma
quantidade de 0,15 a 0,20g é capaz de provocar a morte de um adulto. Estes sais perdem
espontaneamente seu poder letal no decorrer do tempo, pois se auto transformam em carbonatos
de potássio e sódio.
São solúveis em água e reagem com ácidos para produzir HCN, sendo que ambos, solução
de cianeto e HCN podem ser absorvidos pela pele intacta.
Todos os cianetos, suas soluções e o HCN são extremamente tóxicos.
Os primeiros sintomas de intoxicação são: peso e fraqueza nos braços, dificuldade na
respiração, náuseas, vômitos, podendo ser seguidos rapidamente por inconsciência, cessação da
respiração e morte.
Prevenção e controle: Deve-se manter um asseio rigoroso do local de trabalho. A limpeza
freqüente e completa do chão, paredes, janelas, bancadas e de todo lugar que tenha possibilidade
de acumular partículas, deve ser efetuada por pessoal próprio. A limpeza deve ser feita fora do
expediente normal. Os utensílios manuais usados durante o serviço devem ser lavados
diariamente, e a água utilizada, tratada, antes de ser posta fora.
Recomenda-se extrema cautela no sentido de evitar o contato de ácidos ou soluções ácidas
com os cianetos, pois nessas reações há produção de ácido cianídrico; também deve-se estender
este cuidado aos locais de armazenamento e almoxarifados.

Cloreto de alumínio
O cloreto de alumínio tem ação corrosiva. Inalação da poeira de cloreto de alumínio
produz irritação ou queimadura das membranas mucosas.
O AlCl3 poderá causar, também, queimaduras dolorosas nos olhos. Quando esta
substância está sobre a pele, a área de contato é aquecida, resultando numa queimadura térmica e
ácida. Se ingerido, a reação local causa queimaduras graves instantaneamente.

Cloreto de zinco
Inalação de altas concentrações de cloreto de zinco pode causar danos aos pulmões. A
exposição aos fumos de cloreto de zinco pode causar danos às mucosas, membranas da faringe e
vias respiratórias e dar surgimento a uma cianose cinza pálido.
Devido à sua ação cáustica, ele pode também causar ulceração dos dedos, mãos e
antebraços daqueles que o usam como um fluxo em soldagem.
É muito irritante para os olhos, nariz e garganta, podendo ocorrer perfuração do septo
nasal.
Cobre metálico e sais de cobre
Poeiras finas de cobre metálico ou sais de cobre inflamam espontaneamente. A inalação
do fumo, poeira ou neblina contendo sais de cobre, causa irritação da via respiratória superior,
náusea e possível pigmentação da pele e cabelo. Febre pode advir da exposição ao fumo.
Inalação prolongada dos sais de cobre pode causar perfuração do septo nasal. Sulfato de
cobre e o cloreto de cobre são classificados como irritantes da pele e conjuntiva e podem ser
alergênicos. O óxido de cobre é irritante para os lhos e vias respiratórias.
A ingestão de 27 gamas de sulfato de cobre pode ser fatal ao indivíduo. Quando ingeridos,
os sais agem como irritantes, produzindo salivação, náusea, vômito, diarréia e gastrite
hemorrágica.
Prevenção e controle: ventilação adequada. Quando a concentração for superior ao limite
de tolerância, é necessário o uso de respirador com filtro mecânico.

Cristais de enxofre
Tem baixa toxidez. Oferecem pequeno risco de incêndio, quando expostos ao calor ou
faísca ou quando ocorrem reações químicas com agentes oxidantes. Quando aquecidos, queimam
emitindo fumos tóxicos de óxidos de enxofre.

Ferricianeto de potássio(K3Fe(CN)6)
Não é uma substância tóxica poderosa, como são os cianetos simples. Quando aquecido
ou em contato com ácidos ou fumos ácidos, emite fumos de cianeto, que são altamente tóxicos. A
toxicidade do cianeto está descrita nos cianetos de potássio e sódio.

Gasolina
A gasolina é irritante para a pele, olhos e membranas mucosas das vias respiratórias
superiores. A gasolina tem alto risco de incêndio, quando exposta ao calor ou à chama. Tem risco
moderado de explosão, nas mesmas condições.

Manganês e seus compostos (permanganato de potássio, sulfato de manganês e dióxido


de manganês) A inalação de fumos ou poeiras contendo manganês pode causar enfermidades
profissionais, sendo o sistema nervoso central o local mais afetado.
Os sintomas iniciais da intoxicação crônica por Mn são languidez e sonolência, seguidos
de fraqueza nas pernas, voz lenta e ocasionalmente câimbra noturna nas pernas.
O KMnO4 é um irritante muito forte, devido às suas propriedades oxidantes.
Prevenção e controle: ventilação adequada para conter a poeira, emprego de processos
úmidos sempre que possível, respirador filtro mecânico, quando a concentração ambiental for
elevada, ao final da exposição, deve-se tomar banho completo, exame médico semestral do
pessoal exposto continuamente com atenção especial para as alterações neurológicas, excluir da
exposição repetida indivíduos com alterações neurológicas e psicológicas.

Mercúrio e seus compostos inorgânicos


O mercúrio é um tóxico protoplásmico geral. Depois de absorvido, ele circula no sangue e
é fixado no fígado, rins, baço e espinha.
A intoxicação industrial é normalmente crônica, sendo que o principal efeito é sobre o
sistema nervoso central e sobre a boca e gengivas. É comum ocasionar colites. Os primeiros
sintomas são excessiva salivação e esforço para mastigação; nos casos graves pode aparecer uma
gengivite com perdas dos dentes.
Os músculos da face, mãos e braços são principalmente afetados. Nos casos graves, a
escrita se torna ininteligível. Os distúrbios psíquicos incluem, entre outros, perda da memória,
insônia, irritabilidade e depressão. O contato direto com a pele pode causar dermatites.
Prevenção e controle: a medida mais importante de controle é a de se prover o local de
uma ventilação adequada. Rigorosa limpeza do local.

Cloreto Férrico
A inalação de cristais finamente divididos, produz irritação ou queimaduras das mucosas.
Por contato, pode causar queimadura nos olhos. Deve-se evitar o contato com a pele e olhos.
Quando aquecido se decompõe, emitindo fumos altamente tóxicos de ácido clorídrico. Pode
reagir com água, produzindo fumos tóxicos e corrosivos.

Querosene
As manifestações tóxicas incluem depressão do sistema nervoso central e pneumonia. A
ingestão acidental do líquido causa irritações no estômago e intestino. Se é seguida de uma
aspiração, originara problemas pulmonares.
Soda cáustica(NaOH)
Este material, tanto no estado sólido como em solução, tem uma ação corrosiva marcante
sobre todos os tecidos do corpo. Esta ação corrosiva pode causar queimaduras e ulcerações
profundas. Contatos prolongados com soluções diluídas têm efeito destrutivo sobre os tecidos.
A ingestão da soda cáustica em solução ou em forma sólida causa danos graves às
mucosas e a outros tecidos com os quais o produto esteja em contato, podendo até perfurá-los.
A inalação de poeira ou névoa concentrada pode lesar as vias respiratórias superiores e os
tecidos dos pulmões.
Dependendo da severidade da exposição, os efeitos podem variar desde pequena irritação
até graves pneumonias. Pode causar, também, dermatite irritante.

Cloreto de mercúrico (sublimado corrosivo, HgCl2)


O mercúrio é classificado como um tóxico protoplasmático geral; após a absorção, ele
circula no sangue e é armazenado no fígado, rins, baço e espinha. O seu principal efeito ocorre no
sistema nervoso central, boca e gengiva. Quando aquecido, decompõe-se produzindo fumos de
mercúrio altamente tóxicos.

Sulfato de cobre
O sulfato de cobre tem ação local, como irritante da pele e conjuntiva. A ingestão de
grande quantidade de sulfato de cobre pode causar vômitos, vertigens, exaustão, anemia,
convulsões, choque, coma e morte. São-lhe atribuídos também danos no sistema nervoso.

Sulfato ferroso
É usado como suplemento dietético alimentar. Quando ingerido ou inalado, tem efeito
tóxico local leve. É também um irritante local leve.

Sulfitos (bissulfito de sódio, hipossulfito de sódio, metabissulfito de sódio e potássio e


sulfito de sódio)
Grandes doses de sulfitos podem ser toleradas, já que eles são rapidamente oxidados em
sulfatos, mas irritações no estômago podem ser causadas pela liberação do ácido sulfuroso. Deve-
se evitar contato do sulfito de sódio com os olhos e pele, pois quando em estado sólido ou em
solução pode causar severas queimaduras nos olhos, irritação e queimaduras na pele. Se ingerido,
é irritante e tóxico.
Quando aquecidos os sulfitos se decompõem, emitindo fumos de dióxidos de enxofre
altamente tóxicos.
Este gás, SO2, é perigoso para os olhos, podendo ocasionar irritação e inflamação da
conjuntiva. Ele tem um odor sufocante e é um material corrosivo. Concentrações de 6 a 12 ppm
causam imediatamente irritação do nariz e garganta. Concentrações de 3 ppm já têm um odor
facilmente notável.
Ele afeta principalmente as vias respiratórias superiores e os brônquios. Pode causar
edema nos pulmões ou glote e pode produzir paralisação respiratória.
1.7 Modelo de Relatório
Os relatórios devem ser redigidos pelos alunos considerando que outras pessoas, além do
professor, estão interessados em obter informações sobre os fatos observados. Estes leitores não
conhecem a priori o resultado previsto de cada experiência e precisam ser convencidos da
validade das conclusões tiradas. Desta forma, é importante que todas as etapas do experimento
sejam descritas e discutidas de modo claro e conciso.
As anotações feitas no caderno de laboratório devem ser completas, claras e exatas. Você
deve se habituar a relatar todo procedimento técnico e nunca confiar na memória. Escrever
exatamente o que ocorreu e não o que deveria ocorrer. As anotações devem ser feitas diretamente
no caderno. Todos os cálculos devem ser indicados no relatório.
Um bom relatório deve ser curto, de linguagem correta e não prolixo ou ambíguo. As
idéias devem ser expressas de maneira clara, concisa e em bom estilo de linguagem.
O relatório deve conter os seguintes itens:
IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO - Nome, turma, nome do professor e data.
TÍTULO DA EXPERIÊNCIA
INTRODUÇÃO - Apresentação do assunto, procurando demonstrar sua importância e
interesse.
OBJETIVOS - Descrição sucinta dos objetivos da experiência.
PARTE EXPERIMENTAL - Reagentes e materiais - Procedimentos
MODIFICAÇÕES DA PARTE EXPERIMENTAL - Quando pertinentes, indicar as
alterações de volume, massa, concentração, equipamentos, substâncias, etc.
RESULTADOS - Tratamento dos dados obtidos, construindo-se tabelas ou gráficos,
quando necessário. Os cálculos feitos devem ser incluídos. No caso de sínteses de compostos, por
exemplo, é preciso colocar sempre dados referentes aos rendimentos teóricos e práticos. As
mudanças macroscópicas observadas (mudança de cor, evolução de gás e/ou formação de
precipitado) devem ser relatadas. As reações químicas devem ser descritas na forma de equações
químicas balanceadas, onde figurem os estados físicos dos reagentes e dos produtos.
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS - Os resultados quantitativos devem ser analisados
tanto em relação à precisão quanto à exatidão (peculiaridades do sistema estudado, limitações do
método empregado, erros operacionais, qualidade dos aparelhos de medida, concordância com os
valores teóricos ou esperados, etc.). Os resultados qualitativos devem ser explicados baseando-se
nos conhecimentos teóricos (leis, propriedades físicas e químicas, equações químicas, etc.).
CONCLUSÕES - A conclusão deve ser uma apreciação global dos experimentos,
avaliando se os objetivos propostos foram alcançados.
BIBLIOGRAFIA
QUESTIONÁRIO - Resoluções dos problemas propostos na Apostila ou formulados
pelo Professor.
OBSERVAÇÕES: Este modelo de relatório é apenas uma sugestão, que deve ser adaptada às
necessidades de cada aula prática. Assim, quando o roteiro da aula descreve detalhadamente o
procedimento e relaciona os materiais e os reagentes usados, não é necessário transcrever todos
estes dados para o relatório, bastando mencionar a página da Apostila onde eles podem ser
encontrados.
Consultar o site www.pucminas.br/biblioteca para obter as normas técnicas aplicáveis.

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