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TERESINA
2015
ALDIANA CARRIAS DE OLIVEIRA
FRAMARA SILVA CARVALHO
__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Examinador 1
____________________________________________________________________
Examinador 2
TERESINA
2015
RESUMO
INTRODUCTION: There are oral contraceptives in combination and pure progestin, with with its
use risks like venous thrombosis, cervical cancer and breast cancer, and benefits such as acne
treatment, polycystic ovary, ovarian cysts and ovarian cancer . To assess self-medication with
ACOs for pharmacy students at a college in Teresina - PI. METHODS: - A field research, with 40
students in a private college in the city of Teresina PI. The participants are students of the course of
Pharmacy and enrolled the 6th to the 10th periods, the students who agreed to participate signed the
Term of Free and Informed according to the resolution 196/96 of the National Ethics Committee -
CONEP, where the collection Data were by completing, by the subjects of the research, a
questionnaire where the results were tabulated in text block Microsoft Word® and then graphs and
tables were built from Microsoft Excel®. The analysis was done using descriptive statistics.
RESULTS: - that the predominant age of the respondents was 19-24 years (70%), most singles
(75%), while 97% of students make use of contraceptives, where oral contraceptives were elected as
the method of greater choice among students (85%), followed by injectables and condoms.
Regarding self-medication analyzed - if 79% sought professional guidance and that 21% of students
did not seek medical advice in choosing the appropriate contraceptive being that among those
students 63% say they have used of their own knowledge to the selection method and found It was
found that 38% of respondents say they have adverse effects, and migraine (23%), weight gain
(10%) and breakthrough bleeding (7%) were the most cited. CONCLUSION: The analysis of these
factors is important to report the reasons for the realization of self-medication, where the most cited
were prompt to friends or family and own knowledge. This information can be used to create
strategies for the rational use of OCs.
CO – Contraceptivos orais
EE – Etinilestradiol
EP - Embolia pulmonar
3. METODOLOGIA ........................................................................................................................ 15
3.1 Tipo de Estudo ........................................................................................................................ 15
4. RESULTADOS............................................................................................................................. 17
5. DISCUSSÃO ................................................................................................................................. 21
6. CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 23
CRONOGRAMA ............................................................................................................................. 24
ORÇAMENTO ................................................................................................................................. 25
ANEXO I ........................................................................................................................................... 26
APÊNDICE II ................................................................................................................................... 27
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 30
6
1. INTRODUÇÃO
Este estudo tem como objetivo avaliar a automedicação com ACOs por estudantes de
farmácia em uma faculdade de Teresina – PI. Verificar a prevalência da automedicação em
estudantes do curso de farmácia. Averiguar se os conhecimentos adquiridos pelas alunas
durante a graduação de farmácia influenciam no uso racional dos ACOs.
Quanto a justificativa para a realização do presente trabalho, analisamos que são
inúmeros os malefícios que podem ser causados pela automedicação dos ACOs, haja vista que
estes podem desenvolver ou agravar casos de diabetes, hipertensão arterial, dislipidemias,
doenças tromboembólicas e câncer de mama, por exemplo. Dessa forma surge a necessidade
de um compromisso maior do governo com relação à saúde da mulher, promovendo serviços
de saúde. Diante disso, por motivos acadêmico e profissional fomos levadas a realizar uma
análise mais aprofundada sobre este uso indiscriminado.
O estudo sobre o uso dos ACOs se faz necessário e importante para sociedade, pois
seu uso indiscriminado é um problema de saúde pública. Para que as usuárias exerçam o livre
direito de escolha do método, devem ser oferecidas condições mínimas para isso, tal como,
acesso a serviços de saúde de boa qualidade, informações sobre os métodos anticoncepcionais
existentes, suas indicações, contra indicações e efeitos adversos.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
(SHAHNAZI et al – 2015)
Imagem 1: Estrutura química do Norgestrel: 8R,9S,10R,13S,14S,17S-13-ethyl-17-
ethynyl-17-hydroxy- 1, 2, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 14, 15, 16-
dodecahydrocyclopenta[a]phenanthren-3-one.
durante 28 dias do mês sem um intervalo sem pílula. Esta forma de contracepção é
tradicionalmente mais frequentemente usado em mulheres que estão amamentando ou em
mulheres que têm contra-indicações ao estrogênio, no entanto, a maioria das mulheres são
candidatas a este método (SONALKAR et al., 2000).
“Sua eficácia depende do uso correto, o que compete à própria mulher controlar, ao
fazer o uso diário, em horário regular e iniciando as cartelas em dias apropriados. Estima-se
taxa de falha de oito gravidezes para 100 usuárias a cada ano, quando se considera o uso
típico. Todavia, se não houver erros no uso, menos de uma gravidez poderá ocorrer para 100
mulheres/ano.” (AMERICO et al., 2013:289).
Wiegratz (2011) destaca que a eficácia do COC pode ser comprometida por distúrbio
gastrointestinal ou o uso de antibióticos. Embora um estudo recentemente publicado relata
que não foi encontrado nenhuma influência de antibióticos, a recomendação ainda é a
utilização de métodos adicionais, alternativas de contracepção (métodos de barreira) durante o
uso de antibióticos e por mais sete dias. Intercorrente uso de enzima hepática podem
induzindo medicamentos, tais como rifampicina e rifabutina pode reduzir a eficácia dos
contraceptivos hormonais. Em contraste, os contraceptivos orais também podem influenciar a
eficácia de outros medicamentos. Daí administração COC pode reduzir os níveis séricos da
lamotrigina resultando em aumento do risco de apreensão, com um aumento subsequente no
intervalo sem pílula. Ciclo estendido ou uso contínuo do COC pode evitar estas flutuações.
2.5.1. Acne
Acne é geralmente associado com o início da puberdade e aumento da produção de
sebo dos folículos pilosos no rosto, peito e costas. Propionibacterium acnes pode proliferar
11
dentro das unidades pilos sebáceo bloqueado e causar comedões e pústulas inflamadas. A
gravidade da acne varia, assim como a tolerância para a condição demonstrada pelas pessoas
afetadas (SEAMANM et al., 2003).
Os estrogênios são conhecidos por diminuir a produção de sebo. Eles são usados
hipoteticamente para realizar isso de várias maneiras, tanto localmente ao nível da glândula
sebácea, e sistemicamente. Primeiro, eles podem opor-se diretamente nos andrógenos a nível
local e regular genes envolvidos na produção de sebo e crescimento da glândula sebácea. Em
segundo lugar, eles fornecem feedback negativo sobre a hipófise/hipotálamo. Isto é, eles
inibem a produção da pituitária anterior de hormônio luteinizante (LH) e do hormônio
folículo-estimulante (FSH), diminuindo assim a produção ovariana de androgénio,
testosterona. Em terceiro lugar, a administração de estrogênio aumenta a globulina de ligação
de hormônios sexuais, que se liga de testosterona, diminuindo a quantidade de testosterona
livre disponível para se ligar com o receptor de androgénio (SALVAGGIO et al., 2010).
câncer de ovário não são totalmente claras. Uma hipótese de longa data (" a teoria da
ovulação incessante ") é que ovulações repetitivas na vida reprodutiva resulta em ciclos de
danos e reparação epiteliais que, posteriormente, podem aumentar o risco de desenvolver
câncer de ovário. Fatores que diminuem o número de ovulações, tais como gravidez,
amamentação e uso de anticoncepcionais orais, portanto, espera-se que possa reduzir o risco
de câncer de ovário (HAVRILESKY et al., 2013).
No Brasil, pelo menos 35% dos medicamentos são adquiridos por automedicação. A
propaganda massiva e a facilidade de acesso a medicamentos em farmácias e supermercados
dão a impressão de que são produtos livres de riscos. Além disso, estimulam o uso
indiscriminado, o que nem sempre resulta nos efeitos prometidos, e expõe os consumidores a
reações indesejadas, às reações adversas, sempre crescentes devido ao consumo elevado de
medicamentos que se observa na atualidade. A crença de que a pílula seja capaz de eliminar
14
ou, pelo menos, amenizar estes problemas é fator complementar e primordial para o consumo.
(AQUINO et al., 2010)
O uso desses contraceptivos por mulheres pode provocar diferentes reações adversas,
tais como: alterações imunológicas, metabólicas, nutricionais, psiquiátricas, vasculares,
oculares, gastrintestinais, hepatobilares, cutâ-neo-subcutâneas, renais/urinárias, auditivas;
distúrbios do Sistema Nervoso Central (SNC), e do Sistema Reprodutor. Além disso, o
organismo pode desencadear vertigens na síndrome pré-menstrual ou no uso desses
hormônios, devido a concentrações de estrógeno e progesterona (MITRE et al., 2006).
3. METODOLOGIA
3.3. População
Foram convidadas a participar da pesquisa alunas matriculadas no curso de farmácia
de uma faculdade do município de Teresina- PI, do sexto ao décimo período. As alunas que
aceitaram participar assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido conforme a
resolução 196/96 da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa - CONEP.
Segundo Giannotti (2013) o questionário é a forma mais usada para coletar dados, pois
possibilita medir com melhor exatidão o que se deseja por meio das respostas às questões que
o próprio informante preenche, devendo ter natureza impessoal, ser limitada em sua extensão
e finalidade.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Características N %
Idade (anos)
Até 19 1 2
20 – 24 28 70
25-29 9 23
≥30 2 5
Total 40
Solteira 30 75
Casada 7 17
Viuva 0 0
Outros 3 8
Total 40
3%
Utilizam
contraceptivos
Não utilizam
97%
0% 0%
5%
10%
Anticoncepcional oral
Injetavel
Intradermico
preservativo
Outro
85%
encontrada na PNDS de 1996, quando a porcentagem de uso do método entre mulheres unidas
foi de 20,7%. (AMERICO et al – 2013)
2 anos
3 anos 23%
7%
Não
21%
Sim
79%
0% 0%
Metodo indicado por
alguma amiga ou
familia
Conhecimento proprios
37%
sobre os metodos
Indicação de
Farmaceutico
63%
Outro. Qual?
São Vários fatores quem tem contribuído para o aumento o uso inadequado de
medicamentos: o poder de influencia das indústrias sobre as autoridades, os médicos, os
pesquisadores e os usuários de medicamentos, as propagandas enganosas, a apresentação de
pesquisas científicas duvidosas, o alto custo dos medicamentos, o número excessivo de
farmácias, a pouca atuação do farmacêutico nas farmácias comerciais, a indicação de
medicamentos pelo balconista das farmácias, a possibilidade de compra de muitos
medicamentos sem receita médica, a defasagem de alguns médicos sobre os medicamentos
(muitos se atualizam com os propagandistas das indústrias), a precariedade do sistema público
de saúde e as prescrições indevidas. (CORREA et al, 2013)
Gráfico 6: Percentual de alunas que relataram sentir algum efeito adverso com o uso
de contraceptivo.
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Sim Não
38%
62%
Sangramento Amenorreia
de escape 0% Ganho de peso
7%
10%
Enxaqueca
Nenhum 23%
60%
O uso desses contraceptivos por mulheres pode provocar diferentes reações adversas,
tais como: alterações imunológicas, metabólicas, nutricionais, psiquiátricas, vasculares,
oculares, gastrintestinais, hepatobilares, cutâ- neo-subcutâneas, renais/urinárias, auditivas;
distúrbios do Sistema Nervoso Central (SNC), e do Sistema Reprodutor. Além disso, o
organismo pode desencadear vertigens na síndrome pré-menstrual ou no uso desses
hormônios, devido a concentrações de estrógeno e progesterona (MITRE et al.,2006).
Considerando assim o gráfico 6, verificou-se que 38% das entrevistadas dizem apresentar
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efeitos adversos, sendo a enxaqueca (23%), ganho de peso (10%) e sangramento de escape
(7%) os mais citados (Graf 7).
As informações a cerca do uso dos ACOs entre as mulheres deve se dá de forma que
proporcione uma maior efetividade. Para isso, salienta-se que as atividades de orientação
individual ou coletiva, não devem ser pontuais, limitada à entrega de cartelas de ACOs, mas
sim serem ampliadas e aplicadas nas diversas oportunidades de atenção à saúde como área
prioritária do cuidado com a saúde e qualidade de vida dessas usuárias de ACOs.
23
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Infere-se com esse trabalho que é significativo o número de estudantes que fazem o
uso de ACOs, sendo ainda citados embora em menor quantidade os contraceptivos injetáveis
e preservativos. Observou-se também que o tempo de uso predominante é de dois anos e um
ano respectivamente, tempo relativamente curto, mas “apropriado” para a idade das
participantes da pesquisa.
Com relação aos efeitos adversos, mesmo que o resultado tenha apontado para um
valor menor de estudantes que os sintam, não podemos ignorar que são inúmeros os efeitos
causados, e que depende muito do organismo de cada mulher, por isso se faz importante a
cautela no uso dos ACOs.
CRONOGRAMA
ATIVIDADES
MAR
AGO
NOV
OUT
ABR
DEZ
MAI
FEV
JAN
JUN
SET
JUL
Elaboração do projeto X X X X
Revisão bibliográfica X X X
Apresentação do seminário de X
pesquisa
Coleta de dados X X
Processamento de dados X X X
Discussão e conclusão X X X
Formatação da monografia X X X X
Defesa da monografia X
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ORÇAMENTO
Papel A4 (Resma) 3 15 45
Encadernações 7 3 21
ANEXO I
____________________________________________________________________________________
________________________________________________________
Local e data
__________________________________________________________________________
Assinatura do Participante / Nº Identidade.
Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato: Comitê de Ética em Pesquisa –
FSA - Av. Valter Alencar 665 - São Pedro Teresina - PI. Cep: 64.019-625. Fone: (86) 3215-8700 / Fax: (86) 3215-8706.
Email: fsa@fsanet.com.br.
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APÊNDICE II
QUESTIONÁRIO
CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA
Nº do entrevistado:_____________
1- Gênero:
( )masculino
( )feminino
2- Idade:________________
3- Município onde reside:
Teresina ( ) Outro município:_______________________
4- Estado civil:
( )solteiro(a) ( ) Viúvo(a)
( )casado(a) ( ) outro, especificar: _______________________
5- Escolaridade: _____________________
6- Ocupação (profissão): _____________________
7- Faz uso de algum contraceptivo?
( ) Sim
( ) Não
*Caso tenha respondido sim prossiga com as questões
8- Que método contraceptivo você utiliza?
( ) Anticoncepcional oral
( ) Preservativo
( ) Injetável
( ) Intradérmico
( ) Outro. Qual? _____________
9- Hà quanto tempo utiliza?
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( ) Menos de um ano
( ) 1 ano
( ) 2 anos
( ) Não lembra
( ) Outro. Qual? _______________
10- Antes de optar por algum método contraceptivo, procurou orientação médica?
( )Sim
( )Não
*Caso sua resposta tenha sido não na questão anterior prossiga com as questões
REFERÊNCIAS
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da. A automedicação e os acadêmicos da área de saúde. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2010,
vol.15, n.5, pp. 2533-2538.
BAERWALD AR, PIERSON RA. Ovarian Follicular Development During the Use of Oral
Contraception: A Review. Journal of obstetrics and gynaecology Canada : JOGC =
Journal d’obstetrique et gynecologie du Canada : JOGC. 2004, vol. 26 n .1 pp,19-24.
BRITO, Milena Bastos; NOBRE, Fernando; VIEIRA, Carolina Sales. Contracepção hormonal
e sistema cardiovascular. Arq. Bras. Cardiol.[online]. 2011, vol.96, n.4, pp. e81-e89.
EDLOW AG, BARTZ D. Hormonal Contraceptive Options for Women With Headache: A
Review of the Evidence. Reviews in Obstetrics and Gynecology. 2010;3(2):55-65.
31
CORREA, Anderson Domingues; CAMINHA, Juliana dos Reis; SOUZA, Cristina Alves
Magalhães de and ALVES, Luiz Anastacio. Uma abordagem sobre o uso de medicamentos
nos livros didáticos de biologia como estratégia de promoção de saúde. Ciênc. saúde
coletiva [online]. vol.18, n.10, pp. 3071- 3081,2013.
OLIVEIRA, S. L.; Tratado de metodologia científica. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 2000.
RANG, H.P.; DALE, M.M.; RITTER, J.M.; GARDNER, P. Farmacologia. Elsevier, 6ª ed.
2007.
SALVAGGIO HL, ZAENGLEIN AL. Examining the use of oral contraceptives in the
management of acne. International Journal of Women’s Health. Vol. 2, pp. 69-
76,2010.