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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL DE SÃO PAULO- NOME DA


AGÊNCIA - Código: 00000000
OBS: O INSS deve conceder o melhor benefício a que o segurado fizer jus, cabendo ao
servidor orientar nesse sentido. (Art. 621 DA IN 45 e Enunciado 05 do CRPS).

MARIA DA SILVA, brasileira, casada, do lar, nascida em 09/8/1940,


natural de São Paulo - SP, filha de Iracema Silva, portadora do R.G. n°
0.000.000, devidamente inscrita no C.P.F./MF sob o n° 000.000.000-00
e no P.I.S. sob o nº 000000000-00, residente e domiciliada na Rua das
Acácias, nº 000, s/complemento - Vila Mariana, CEP 00.000-000 - São
Paulo - SP, por seu patrono, Dr. , regularmente inscrito nos quadros da
OAB/SP sob o número 000.000, com escritório localizado na Rua, nº
000, Bairro – CEP 00.000-000, nesta cidade, local este para onde
deverão ser postadas todas as notificações/informações decorrentes
deste Processo Administrativo, vem respeitosamente, requerer a

CONCESSÃO DE BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA POR


IDADE (ESPÉCIE: B41)

à AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL DE SÃO PAULO –


AGÊNCIA XXX - código: 00000000.

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PRELIMINARMENTE

DO DIREITO DE PETIÇÃO E DA DESNECESSIDADE DE PRÉVIO


AGENDAMENTO

1- O direito de petição é assegurado pela Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso

XXXIV, e Leis infraconstitucionais correlatas, garantindo ao cidadão o direito de

requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo, sobre atos

da Administração Pública.

2- Assim, inicialmente cabe salientar que, ao analisar os atos normativos da própria

Autarquia Previdenciária, especialmente o §4º da Portaria nº 6.480 de 2000

enquanto vigente narravam (VIGEU ATÉ JANEIRO DE 2011) que o Segurado ou

seu procurador não estavam obrigados à submeterem-se ao atendimento com hora

marcada, ou seja, àquele precedido de prévio agendamento, pois claramente trata-se

de forma de atendimento, senão vejamos:

Portaria n. 6.480/2000
[...]
§ 4º Nas Agências da Previdência Social e Unidades Avançadas de
Atendimento, transformadas pelo Programa de Melhoria do
Atendimento na Previdência-Social – PMA, é obrigatória a oferta aos
segurados, para sua maior comodidade, da modalidade de atendimento
com hora marcada.

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3- Neste sentido, importante se faz observar ainda, os dizeres do artigo 573 da

Instrução Normativa Nº 45 INSS/PRES datada de 06 de agosto de 2010 (atualmente

vigente), os quais são explícitos ao dizerem que: Todo pedido de benefício ou serviço,

CTC, pedido de revisão, validação e acerto de dados do CNIS, deverá ser protocolado

no sistema informatizado da previdência social, na data da apresentação do

requerimento ou comparecimento do interessado.

OBS: O requerimento do benefício ou serviço poderá ser apresentado em qualquer

Unidade de Atendimento da Previdência Social, independentemente do local de seu

domicílio, exceto APS de Atendimento a Demandas Judiciais – APSADJ e Equipes

de Atendimento a Demandas Judiciais – EADJ (Art. 575 da IN 45/10)

4- Desta forma, conclui-se que cabe ao segurado ou seu procurador optar pela

utilização ou não do prévio agendamento para fins de protocolização de pedido

administrativo, não restando qualquer iniciativa assim, para o servidor público

negar-se à realizar a protocolização do pedido administrativo quando este não for

pré-agendado, sob as penas da lei.

DOS PRINCÍPIOS A SEREM OBSERVADOS NO PROCESSO

ADMINISTRATIVO

5- Antes de adentrar ao mérito do presente pedido, é importante salientar que o

processo administrativo federal, hodiernamente regulamentado pela lei 9.784/99,

deve pautar-se nos princípios elencados em tal norma infraconstitucional, bem

como no artigo 37 da Constituição Federal, quais sejam: princípios da legalidade,

finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,

contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

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DO LIVRE EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO ADVOGADO

6- Assegurar o direito do advogado de não enfrentar filas e não realizar o denominado

“agendamento” quando da protocolização de Requerimentos Administrativos em

defesa de seus clientes, é garantir os direitos dos cidadãos de constituir um

advogado para a defesa de seus interesses, assegurando também a garantia de ampla

defesa prevista na Constituição.

7- Não se trata de dar privilégios à classe dos advogados, mas de conceder garantias

aos cidadãos idosos, deficientes físicos e doentes, hipossuficientes economicamente,

que, invariavelmente, amanhecem nas filas à espera da distribuição de senhas e de

atendimento.

8- É preciso compreender que seria humanamente impossível ao advogado exercer

corretamente suas obrigações no momento que lhe fosse negado o acesso imediato

ao processo administrativo, inclusive, se necessário com vistas fora da repartição

pública.

9- Some-se a isso a fila que tem de enfrentar para ser atendido e o número limitado de

“senhas” para atendimento que são concedidas diariamente, o que torna ainda mais

inviável ao advogado a defesa dos interesses de seus constituintes.

10- Neste sentido é o entendimento de Nossos Tribunais Pátrios, senão vejamos:

“ADMINISTRATIVO. ADVOGADO. EXERCÍCIO


PROFISSIONAL. ATENDIMENTO NO BALCÃO DA
PREVIDÊNCIA. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA
ISONOMIA.Ofende ao princípio da isonomia o ato administrativo

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que impõe ao advogado, inviabilizando seu exercício profissional, a


necessidade de enfrentar uma fila para cada procedimento
administrativo que pretende examinar na repartição do INSS.” (TRF
4, TERCEIRA TURMA, REO - REMESSA EX OFFICIO – 11133,
Processo: 199904010115154, PR, DJU 20/09/2000 pg. 237 Relator
Des. JUIZ PAULO AFONSO BRUM VAZ)
“PROCESSUAL CIVIL - MANDADO DE SEGURANÇA -
TRATO SUCESSIVO - DECADÊNCIA - ADVOGADO -
FUNÇÃO - TRATAMENTO ADEQUADO.
Tratando-se de ato de efeito sucessivo, não há que se falar em
decadência. Suspensa a liminar, fica prejudicada a argüição de
nulidade fundada na ausência de observância do artigo 2º da Lei nº
8.437/92. Ao advogado deve ser dispensado tratamento
compatível com a importante função que exerce, não estando
sujeito à triagem, ao recebimeto de fichas ou filas, devendo, em
repartições públicas, ser recebido e atendido em local próprio e
de maneira cordial. Recurso improvido.” (STJ, PRIMEIRA
TURMA, RESP - RECURSO ESPECIAL – 227778 Processo:
199900756126, RS DJ 29/11/1999 pg. 139 Relator Des. GARCIA
VIEIRA)
“PROCESSUAL CIVIL. FUNCIONAMENTO DO POSTO DE
BENEFÍCIO DA PREVIDÊNCIA. LIMITAÇÃO DE DIAS E
DE HORÁRIOS. VIOLAÇÃO DE DIREITO LÍQUIDO E
CERTO. LIVRE EXERCÍCIO DE ATIVIDADE
PROFISSIONAL. DESRESPEITO.
1. Não merece reparos a r. sentença que concedeu a ordem para que
o impetrante, advogado, seja atendido no Posto de Benefícios do
INSS de Taquari sem limitação de dias e horários, pois isso viola
direito líquido e certo ao livre exercício profissional. Ademais,
torna ainda mais morosa e desacreditada essa instituição pública.

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2. Mantida a sentença também no que tange ao respeito à ordem de


chegada das pessoas na referida repartição, para que o atendimento
seja organizado.
3. Remessa oficial improvida.”(TRF 4, Terceira Turma, REO -
REMESSA EX OFFICIO, Processo: 9504014410, RS, DJ
05/11/1997 pg. 93781, Relatora JUIZA MARGA INGE BARTH
TESSLER)
“PROCESSUAL CIVIL – ADVOGADO – PROCESSO
ADMINISTRATIVO – VISTA DOS AUTOS FORA DA
REPARTIÇÃO – POSSIBILIDADE – 1 – É direito do advogado
do contribuinte ter vista de processo administrativo fora da
repartição pública. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça e
desta Corte. 2 – Remessa oficial improvida. (TRF-1. Região –
REO-89.01.01.584-6, DJU de 01-10-98, pág. 098).

11- Da Procuração, carga e vistas dos autos junto ao INSS, nos termos da IN 45/2010,
in verbis:

INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES Nº 45:

Seção I – Da Procuração

Art. 652. Poderá ser permitida a retirada dos autos das dependências do
INSS com a finalidade de reproduzir os documentos do interesse do
requerente, desde que acompanhado por servidor, a quem caberá a
responsabilidade pela integralidade do processo até seu retorno.

§ 1º O acompanhamento do servidor de que trata o caput poderá ser


dispensado caso o procurador seja advogado, exigindo-se a retenção
da carteira da OAB na unidade do INSS, até a devolução dos autos,
observado o art. 657, ou seja, quando existirem nos autos documentos
originais de difícil restauração (Certidões, Carteiras Profissionais,
Carteiras de Trabalho e Previdência Social, cadernetas de contribuição do
ex-Instituto de Aposentadorias e Pensões, entre outros), documentos
antigos de difícil restauração, processo com suspeita de irregularidades,
processo em fase de recurso e contrarrazões do INSS, ou ocorrer
circunstância relevante que justifique a permanência dos autos na
repartição, reconhecida a permanência pela autoridade em despacho
motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a requerimento

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da parte interessada; ou quando o advogado, ao descumprir prazo de


entrega de autos, devolveu-lhes somente depois de intimado.

Art. 653. Ao advogado regularmente inscrito na OAB, que comprove


essa condição, poderá ter vista, para exame na repartição do INSS, de
qualquer processo administrativo, observado o disposto no parágrafo
único do art. 650 (Art. 650. É assegurado ao beneficiário ou ao seu
representante legalmente constituído, mediante requerimento protocolado,
o direito de vistas ao processo, no INSS, na presença de servidor.).

Art. 654. Quando o advogado apresentar ou se já constante dos autos,


procuração outorgada por interessado no processo, poderá ser lhe dada
vista e carga dos autos, observado o disposto no art. 657, pelo prazo de
cinco dias, mediante requerimento e termo de responsabilidade onde
conste o compromisso de devolução tempestiva. (Parágrafo único. O
requerimento de carga será decidido no prazo máximo improrrogável de
quarenta e oito horas úteis, observando que: I - se deferido o pedido, a
carga ao advogado será feita imediatamente; ou II - se indeferido, a
autoridade administrativa deverá justificar o indeferimento.

NO ENTANTO, TAL PROCEDIMENTO NÃO SE APLICARÁ


QUANDO tratar-se de notificação para interposição de recurso ou
para oferecimento de contrarrazões, poderá ser dada vista e carga
dos autos, observado o disposto no art. 657, ao advogado habilitado
com procuração outorgada por interessado no processo, pelo
respectivo prazo previsto para o recurso ou as contrarrazões,
mediante termo de responsabilidade onde conste o compromisso de
devolução tempestiva).

OBS: O TEXTO DEVE SER RETIRADO E ADAPTADO PARA O


CASO CONCRETO OS COMENTÁRIOS SÃO PARA ELUCIDAÇÃO
DO REQUERIMENTO.

Art. 656. Será permitida carga do processo, mesmo na hipótese de


processo encerrado e arquivado, ao advogado que se apresente munido
de:

I - nova procuração, com a outorga de poderes pelo interessado


(outorgante) para o mesmo objeto da procuração anterior, no caso de
mudança de procurador, entendendo-se, nesse caso, que o mandato
posterior revogou o anterior, prevalecendo a nova procuração; e

II - substabelecimento da procuração já existente nos autos, observado o


disposto no art. 396.

OBS: (DO PROCEDIMENTO INTERNO DA CARGA: Artigo 656, § 1º


Quando da retirada do processo pelo advogado, também denominada

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carga, a unidade de atendimento da Previdência social deverá proceder da


seguinte forma: I - verificar se todas as folhas estão numeradas e
rubricadas, anotando a existência de eventual emenda ou rasura; II -
anotar no termo de responsabilidade o número total de páginas constantes
no original; III - anotar, no livro de cargas, o número do benefício, o
nome do segurado, a data de devolução do processo e a data da entrega
com a aposição da assinatura do advogado; e IV - apor, na última folha do
processo, o carimbo de carga descrito no modelo constante do Anexo VII,
com o respectivo preenchimento dos campos previstos nele.

DO PROCEDIMENTO PARA DESCARGA PELO ADVOGADO: § 2º


Quando da devolução do processo pelo advogado, adotar-se-á o seguinte
procedimento: I - registrar, no livro de carga, a data da devolução; II -
conferir todas as peças do original, para verificar: a) a integral
constituição dos autos, conforme a entrega, e se houve substituição ou
extravio de peça processual; e b) existência de emendas ou rasuras não
constantes no ato da entrega, que, se verificadas, deverão constar do
termo de ocorrência a ser incorporado ao processo; e III - apor, na última
folha do processo, o carimbo de devolução conforme o modelo constante
do Anexo VII. –

CONSEQUENCIAS NA NÃO DEVOLUÇÃO: § 3º Não sendo o


processo devolvido pelo advogado no prazo estabelecido, deverá o fato
ser comunicado à PFE junto ao INSS, para providências quanto à
devolução, inclusive pedido judicial de busca e apreensão, se necessário,
e comunicação, por ofício, à Seccional da OAB, para as medidas a seu
cargo.

12- Ademais, vale dizer que esse também é o entendimento da Comissão de

Prerrogativas da OAB - Secção de São Paulo, por meio de parecer exarado em

24.11.1998.(doc. anexo)

13- No mais, quanto a todo o exposto, a obstar o desempenho da atividade profissional

do advogado, a autoridade administrativa ou servidor, negam, outrossim, vigência à

Constituição Federal e à Lei 8.906/94, ou seja, ao Estatuto da Ordem dos

Advogados do Brasil.

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14- Assim sendo, conclui-se que é direito do advogado não enfrentar filas, não realizar

agendamento e retirar autos do processo administrativo de qualquer repartição

pública sempre que precisar, sob pena de violação da norma constitucional e legal.

15- In fine, se o órgão alegar não ter condições de cumprir a ordem, cabe então à

Administração Pública se aparelhar adequadamente. O que não pode é protelar o

direito do cidadão!

DA MOTIVAÇÃO E PUBLICIDADE DAS DECISÕES ADMINISTRATIVAS

16- A Constituição Federal, em seu artigo 37, “caput”, traz em seu bojo o denominado

Princípio da Publicidade, o qual deve ser obrigatoriamente seguido pela

Administração Pública.

17- No mais, na mesma forma dos atos processuais judiciais, todas as decisões

administrativas devem ser motivadas.

18- Não bastando a diretriz Constitucional, a Lei 9784/99, expressa cabalmente a

reiteração dos Princípios Constitucionais da publicidade e motivação. Senão

vejamos:

Art. 2º.
[...]
V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as
hipóteses de sigilo previstas na Constituição;
[...]
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que
determinarem a decisão.

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19- Desta forma, a decisão a se proferida pela Autarquia Previdenciária, sendo ela

concessiva ou não, deverá respeitar os princípios supra-descritos, sendo portanto

motivada e pública, sob pena de ser eivada de vícios de nulidade.

DO CRIME DE PREVARICAÇÃO

20- Desta sorte diante de todo o exposto, o descumprimento de dispositivo legal de

forma a RETARDAR OU DEIXAR DE PRATICAR, NO CASO DO SERVIDOR

PÚBLICO, ATO DE OFÍCIO OU MESMO PRATICÁ-LO CONTRA A

DISPOSIÇÃO LEGAL, DENTRE ELES, A PROTOCOLIZAÇÃO DO

PEDIDO ADMINISTRATIVO, configura crime previsto no artigo 319 do Código

Penal, abaixo transcrito:

Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de


ofício, ou praticá-lo contra expressa disposição de lei, para
satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
PENA - DETENÇÃO, DE SEIS MESES A DOIS ANOS. (Grifo
nosso)

DOS DEVERES E OBRIGAÇÕES FUNCIONAIS DO SERVIDOR PÚBLICO

21- Ademais a própria Lei do Servidor Público Federal trata do tema senão vejamos:

Prevaricação: A Lei no. 8.112/90, dispõe os deveres e proibições


do servidor, senão vejamos:
Art. 116. – São deveres do servidor:
I – exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
(...)
III – observar as normas legais e regulamentares;

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IV – cumprir as ordens superiores, exceto quando


manifestamente ilegais;
V – atender com presteza:ao público em geral, prestando as
informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; à
expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou
esclarecimento de situações de interesse pessoal;
(...)
IX – manter conduta compatível com a moralidade
administrativa;
(...)
XI – tratar com urbanidade as pessoas;
(...)

Art. 117. - Ao servidor é proibido: (Vide MP no. 2.225-45/01)


(..)
IV – opor resistência injustificada ao andamento de documento e
processo ou execução de serviço;
(...)
XV – proceder de forma desidiosa;

DO PRAZO LEGAL PARA RESPOSTA DO REQUERIMENTO

ADMINISTRATIVO

22- Nos termos dos artigos 48, 49 e 59 §1º da já mencionada Lei 9.784/99, a
administração pública federal deverá emitir decisão no processo administrativo no
prazo máximo de 30 (trinta) dias, salvo prorrogação por igual período
expressamente motivada.

DA AUTENTICAÇÃO DOS DOCUMENTOS REPROGRÁFICOS ATRAVÉS DA


CONFERÊNCIA COM O ORIGINAL

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23- Os documentos utilizados são fotocópias as quais devem ser autenticadas pelo
servidor público federal que receba à petição, após a conferência destas com
os respectivos originais, vejamos o teor da IN 45:

Art. 579. Na formalização do processo será suficiente a apresentação dos


documentos originais ou cópias autenticadas em cartório ou por servidor
do INSS, podendo ser solicitada a apresentação do documento original
para verificação de contemporaneidade ou outras situações em que este
procedimento se fizer necessário.

1º O servidor, após conferir a autenticidade dos documentos


apresentados, deverá devolver os originais ao requerente, mediante
recibo, e providenciar, quando necessário, a juntada das cópias por ele
autenticadas no processo, observado o disposto no parágrafo único do
art. 577.

§ 2º A reprografia dos documentos, para fins de juntada ao processo,


ficará a cargo do INSS.

24- Sem contar que a Lei 9.784/99em seu artigo Artigo 22, § 3º também
assim determina.

25- No entanto, caso seja necessário a retenção dos originais, para subsidiar a

análise e conclusão deste, que tal procedimento seja motividado e justo –

inclusive com o devido preechimento dos termos de retenção e de restituição.

Ademais, convém narrar que os documentos originais devem ser restabelecidos

ao segurado no prazo máximo de 05 ( cinco) dias nos termos legais

MERITORIAMENTE

DOS FATOS

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26- A Requerente durante toda sua vida laboral, foi segurada obrigatória da Previdência

Social, na modalidade “empregada”, contando, hodiernamente, com 180

contribuições vertidas ao Sistema Previdenciário.

27- Vale observar ainda que, hoje, possui 67 anos de idade, conforme facilmente pode

ser constatado ao analisar os documentos pessoais anexos.

28- Neste sentido, o que se verá a seguir é que as afirmativas supramencionadas dão

conta que, a Requerente, já preencheu todos os pressupostos legais para aposentar-

se por idade, benefício previdenciário este, que vem solicitar, a através desta Petição

Administrativa.

DO DIREITO

29- A Carta Cidadã de 1988, em seu artigo 201, parágrafo 7º, incisos I e II, prevê o

benefício previdenciário da Aposentadoria por Idade.

30- Não somente no texto Constitucional, mas também na norma infraconstitucional

encontra-se amplamente garantido o direito de aposentação por idade, como se vê

nos artigos 48 a 51 da Lei 8213/91.

31- Segundo tais disposições legais, os requisitos para se contrair a prestação

previdenciária requerida são: Idade de 60 anos para mulher e cumprimento da

respectiva carência (180 contribuições ou art. 142 da Lei 8.213/91).

32- Vale salientar que na forma do disposto no art. 3º, §1º da Lei 10.666/2003, não

deverá ser considerada a perda da qualidade de segurado como requisito para

obtenção do benefício de aposentadoria por idade, vez que o segurado possui a

carência exigida por lei, o que certamente deve ser aplicado ao caso em tela.

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33- Quanto ao requisito idade, como já dito, a Requerente possui 67 anos, e portanto, há

mais de 07 anos já preencheu tal pressuposto ensejador da concessão da prestação

previdenciária.

34- Já no que condiz ao número mínimo de contribuições vertidas à Seguridade Social

para a aquisição do benefício, nota-se que a Requerente já possui 180 contribuições,

tendo assim incontestavelmente, cumprido o requisito carência.

35- Diante de tais assertivas, ficou claramente demonstrado que a Requerente cumpriu

todos os requisitos necessários para a concessão da Aposentação por Idade, quais

sejam: idade e carência, o que se restará comprovado ao analisar os documentos

acostados ao presente Requerimento Administrativo.

36- Ademais, cabe ressaltar que todos os documentos trazidos pela Postulante são

contemporâneos à época do exercício laboral, podendo as anotações em Carteira

Profissional e/ou Carteira de Trabalho e Previdência Social relativas a férias,

alterações de salários e outras que demonstrem a seqüência do exercício da

atividade podem suprir possível falha de registro de admissão ou dispensa.

37- Por fim, vale ainda correlacionar os documentos juntados ao presente

Requerimento, os quais comprovam o preenchimento dos pressupostos legais para a

aquisição da prestação previdenciária pleiteada:

a- Cópia reprográfica da Carteira de Identidade;

b- Cópia reprográfica Cadastro de Pessoa Física – CPF;

c- Cópia reprográfica Certidão de Nascimento e Casamento;

d- Número de Identificação do Trabalhador – NIT (PIS/PASEP);

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e- Cópia reprográfica Carteira de Trabalho e Previdência Social; e

f- Cópia reprográfica do CNIS fornecido por esta Autarquia.

DO PEDIDO

38- Diante de todo o acima esposado, a Requerente vem a presença de V.Sa., requerer:

a-) A concessão da prestação previdenciária de Aposentadoria por Idade nos

moldes do artigo 201, parágrafo 7º; incisos I e II da Constituição Federal c/c

os artigo 47 da Lei 8.213/91;

b-) A certificação de conferência com o original de todos os documentos ora

acostados ao presente Requerimento;

c-) Que em caso de descumprimento do prazo para resposta de tal

Requerimento Administrativo pela Autarquia-Previdenciária, seja procedida

a abertura de Sindicância para a apuração da responsabilidade pela mora

administrativa; e

d-) Que em caso de negativa de protocolização, seja tal decisão motivada

expressamente, contendo a identificação da autoridade administrativa ou

servidor responsável, para que assim seja efetivada eventual

responsabilização na esfera administrativa/judiciária.

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Termos em que,

Pede Deferimento.

São Paulo, XX de __________ de 2011.

_____________________________________
NOME DO ADVOGADO E
NÚMERO DA OAB

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