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TELHA-FÔRMA (STEEL DECK)

METFORM

Manual Técnico: Especificações para Projeto,


Manuseio e Montagem

Betim - MG
Revisão Geral - Fevereiro/2017
TELHA-FÔRMA (STEEL DECK) METFORM

MANUAL TÉCNICO: ESPECIFICAÇÕES PARA PROJETO, MANUSEIO E MONTAGEM

ÍNDICE
Pág.

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 01
2. RESUMO .............................................................................................................................. 02
3. DIMENSIONAMENTO EM TEMPERATURA AMBIENTE
3.1 TELHA-FÔRMA METFORM ........................................................................................... 03
3.2 VANTAGENS DA TELHA-FÔRMA METFORM............................................................... 04
3.3 MATERIAIS ADOTADOS E CRITÉRIOS DE CÁLCULO ................................................ 05
3.4 CARGAS CONCENTRADAS OU LINEARES ................................................................. 14
3.5 LAJES MISTAS COM ARMADURA DE REFORÇO........................................................ 28
3.6 DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS COM TELHA-FÔRMA ................................. 36
3.7 ABERTURAS EM LAJES COM TELHA-FÔRMA METFORM ......................................... 47
3.8 DETALHES CONSTRUTIVOS COM TELHA-FÔRMA METFORM ................................. 49
4. DIMENSIONAMENTO DE LAJES COM TELHA-FÔRMA METFORM EM SITUAÇÕES
DE INCÊNDIO ....................................................................................................................... 56
5. INSTRUÇÕES P/ TRANSPORTE/MANUSEIO/MONTAGEM DA TELHA-FÔRMA METFORM
5.1 TRANSPORTE, DESCARGA E ARMAZENAMENTO PROVISÓRIO ............................. 67
5.2 MONTAGEM DOS MATERIAIS ..................................................................................... 68
5.3 CONECTORES DE CISALHAMENTO ............................................................................ 70
5.4 ARMADURAS ADICIONAIS E CONCRETAGEM ........................................................... 71
6. PROCEDIMENTOS PARA MANUSEIO, INSTALAÇÃO E INSPEÇÃO DE
CONECTORES STUD BOLT
6.1 CONDIÇÕES ADEQUADAS PARA CONECTORES, CERÂMICAS E LOCAL
DE SOLDAGEM ............................................................................................................. 74
6.2 CONDIÇÕES PARA OPERAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE SOLDA .............................. 74
6.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS PARA SUPERFÍCIE DE SOLDAGEM: SOLDA
ATRAVÉS DA TELHA-FÔRMA....................................................................................... 74
6.4 INÍCIO DE OBRA: TESTE PARA QUALIFICAÇÃO DO EQUIPAMENTO
E DOS PROCEDIMENTOS DE SOLDAGEM ................................................................ 75
6.5 INÍCIO DE TURNO DE TRABALHO: TESTES PARA AFERIÇÃO E INSPEÇÃO
ANTES DO INÍCIO DA SOLDAGEM EM ESCALA ......................................................... 75
6.6 SOLDAGEM EM ESCALA: TESTES PARA CONTROLE E INSPEÇÃO ........................ 75
6.7 RECOMENDAÇÃO FINAL .............................................................................................. 76

7. REQUISITOS E ENSAIOS CONFORME NBR 16421


7.1 DIMENSÕES, TOLERÂNCIAS E REQUISITOS ESPECÍFICOS .................................... 77
7.2 DIMENSIONAMENTO..................................................................................................... 77
METFORM S.A. - Betim/MG - Brasil - fevereiro/2017
1. INTRODUÇÃO

Para atender a rígidos índices de produtividade e a necessidade de rapidez durante a execução de lajes,
vários métodos têm sido adotados para eliminar escoras e suportar o carregamento relativo ao concreto
fresco. Atualmente o sistema de lajes com Telha-fôrma prevalece como o método mais eficiente para
atender essas exigências. Além da eliminação completa de escoramentos durante a execução da obra, as
lajes com Telha-fôrma proporcionam um sistema construtivo (misto de aço e concreto) otimizado, que
permite redução relevante no peso (e, como consequência, no custo) dos componentes estruturais.

É muito comum o uso de lajes com Telha-fôrma tanto em edificações industriais quanto em urbanas, tais
como hotéis/flats, hospitais, escritórios, shopping centers, edifícios garagens, etc. Nos países mais
industrializados (USA, Canadá, Inglaterra, Japão, etc.) esse sistema é adotado como tecnologia padrão,
onde em mais de 90% dos edifícios estruturados em aço as lajes são executadas com Telha-fôrma.
Durante a década de 1990 e início dos anos 2000, somente nos USA, registrou-se consumo anual superior a
1.000.000 de toneladas de aço destinados apenas à produção de Telha-fôrma.

A principal característica do sistema de lajes com Telha-fôrma é a rapidez de execução da estrutura. Devido
à eliminação completa de escoras, o sistema torna possível a simultaneidade de tarefas durante a obra.
Quando a Telha-fôrma é utilizada sobre estruturas de aço, a velocidade de montagem das lajes é
praticamente igual ou superior à velocidade de montagem da estrutura. Isso permite ganhos de tempo e
eliminação de interferências entre as atividades envolvidas no caminho crítico para a construção do
empreendimento.

Os principais fatores responsáveis pelo desenvolvimento e crescimento da tecnologia de lajes com


Telha-fôrma são:
 Melhoria da geometria das fôrmas de aço, com seções cada vez mais resistentes e leves;
 Desenvolvimento de mossas eficientes, com melhoria na capacidade de resistência às tensões de
cisalhamento longitudinal na interface fôrma/concreto;
 Maior disponibilidade de insumos para projeto, execução e otimização de estruturas mistas aço-concreto
que permite concepções que reduzem o peso dos componentes estruturais;
 Possibilidade de consideração da Telha-fôrma como diafragma horizontal, mesmo antes da
concretagem das lajes;
 Acessibilidade a normas com aplicações de pesquisas recentes sobre o comportamento de lajes com
Telha-fôrma, em temperatura ambiente e em situação de incêndio;

No Brasil a METFORM foi pioneira e líder na implantação e divulgação da tecnologia para projeto e
execução de lajes com Telha-fôrma. Desde 1996, quando se iniciaram os primeiros testes e pesquisas da
METFORM em conjunto com a Universidade Federal de Minas Gerais, até o presente (Jun/2016), já
foram utilizados mais de 14.000.000 metros quadrados da Telha-fôrma METFORM para edificações
industriais/urbanas, pontes, viadutos e obras diversas no Brasil, América Latina e África.

A METFORM produz 02 modelos de Telha-fôrma: MF-75 e MF-50. Ambos são utilizados, principalmente,
para a execução de lajes sobre vigas de aço. Durante a concretagem, as Telhas-fôrma METFORM
suportam o concreto fresco e eliminam a necessidade de escoramentos. Após a cura do concreto, as
Telhas-fôrma METFORM são incorporados como elementos estruturais das lajes e substituem as
armaduras positivas usualmente utilizadas em lajes de concreto armado.

Os critérios adotados para a Telha-fôrma METFORM são baseados nas normas NBR8800, NBR 14762,
CSSBI – Canadian Sheet Steel Building Institute, EUROCODE 4 – ENV-1994 e nas especificações do
SDI – Steel Deck Institute. Todos os procedimentos adotados pela METFORM estão conforme norma NBR
14323/2013 (Anexo C) e 16421/2015.

1
2. RESUMO ____________________________________________________________

Este trabalho apresenta conceitos e critérios referentes ao comportamento/dimensionamento e


manuseio/montagem da Telha-fôrma METFORM. São fornecidas orientações sobre critérios de cálculo
para engenheiros estruturais, sobre detalhes construtivos para projetistas e sobre transporte, manuseio,
montagem e concretagem para equipe de montagem de lajes com Telha-fôrma MF-75 e MF-50.

São abordados os seguintes tópicos:


 Tabelas e critérios de cálculo para verificações de lajes com Telha-fôrma METFORM sob cargas
uniformes e/ou concentradas;
 Tabelas e orientações específicas para utilização de armaduras adicionais para controle de fissuração e
também para aumento da capacidade de carga das lajes com Telha-fôrma METFORM;
 Especificações e exemplo de dimensionamento de vigas aço, com comportamento misto, suportando
lajes com Telha-fôrma METFORM;
 Procedimentos recomendados para aberturas em lajes com Telha-fôrma METFORM;
 Detalhes construtivos, tipo de fixação recomendado e sugestão de peças de acabamentos/arremates
padronizados, pela METFORM, para lajes com Telha-fôrma;
 Tabelas de resistência e informações sobre o comportamento de lajes com Telha-fôrma METFORM em
situações de incêndio (tal como especificado pela NBR 14.432).

2
3. DIMENSIONAMENTO EM TEMPERATURA AMBIENTE __________________________

3.1 TELHA-FÔRMA METFORM

A Telha-fôrma METFORM é uma fôrma de aço estrutural formada a frio que tem como funções básicas:
 Atuar como fôrma autoportante para o concreto fresco, suportando todo o carregamento durante a etapa
de construção;
 Incorporar-se estruturalmente à laje, atuando como armadura positiva, para suportar as cargas impostas
à estrutura durante seu período de vida útil.

Todo modelo de Telha-fôrma produzido pela METFORM foi desenvolvido para classificação “wide rib”. As
seções transversais possuem nervuras largas o suficiente para possibilitar a solda de conectores de
cisalhamento, dentro das ondas e através da Telha-fôrma, na mesa superior das vigas (por exemplo:
conector tipo pino com cabeça - “stud bolt”). Desta forma a Telha-fôrma METFORM permite o
dimensionamento e posterior comportamento das vigas de aço como “vigas mistas”.

A Telha-fôrma METFORM é usualmente disponibilizado em aço galvanizado, tipo ZAR-280 (ASTM A-653
gr.40), com limite de resistência ao escoamento de 280MPa e galvanização tipo Z-275 (275 g/m2). O material
é fornecido em espessuras nominais (tF) de 0,80mm, 0,95mm e 1,25mm, com larguras úteis (Lu)
padronizadas (915mm para MF-50 e 820mm para MF-75) e comprimentos variados (L) (de acordo com
projetos específicos) limitados a 12m.

Seguem dimensões e propriedades físicas referentes à Telha-fôrma MF-50 e MF-75, METFORM:

TELHA-FÔRMA MF-50:



   



 

PROPRIEDADES FÍSICAS:

Esp. Esp. Altura Peso Reações Máximas de Módulo de Inércia p/ Área de Centro
Final Projeto Total (hF) Apoio Resistência Deformação Aço Gravi-
(tF)
Externo Interno dades
mm mm mm kg/m2 kN kN mm3 Mm4 mm2 mm
0,80 0,76 52,26 8,39 4,95 14,67 14.599 449.419 997 26,13
0,95 0,91 52,41 9,97 6,51 20,89 18.778 562.372 1.193 26,21
1,25 1,21 52,71 13,11 11,41 35,43 27.791 786.502 1.587 26,36
Propriedades para largura de 1.000 mm;
Material: aço ZAR-280 (ASTM A-653 gr.40), limite de resistência ao escoamento: 280MPa, galvanização Z-275.

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TELHA-FÔRMA MF-75



   


 

PROPRIEDADES FÍSICAS:
Esp. Esp. Altura Peso Reações Máximas de Módulo de Inércia p/ Área de Centro
Final (tF) Projeto Total (hF) Apoio Resistência Deformação Aço Gravi-
Externo Interno dades
mm mm mm kg/m2 kN kN mm3 Mm4 mm2 Mm
0,80 0,76 74,98 9,37 6,76 21,01 22.710 1.017.138 1.112 37,49
0,95 0,91 75,13 11,12 8,90 29,70 28.788 1.254.749 1.332 37,57
1,25 1,21 75,43 14,62 14,62 49,53 40.599 1.666.741 1.771 37,72
Propriedades para largura de 1.000 mm;
Material: aço ZAR-280 (ASTM A-653 gr.40), limite de resistência ao escoamento: 280MPa, galvanização Z-275.

3.2 VANTAGENS DA TELHA-FÔRMA METFORM

As vantagens da Telha-fôrma METFORM em relação aos sistemas alternativos consistem, principalmente,


dos seguintes aspectos:
 Permite a utilização de vigas mistas, com consequente economia por redução de peso dos perfis de
apoio;
 É leve (8,5kg/m2 a 14,5kg/m2) o que possibilita fácil manuseio e ágil instalação. Como resultado há
simplificação e redução dos trabalhos no canteiro de obras.
 Usualmente não necessita ser escorado durante a concretagem. Dessa forma são excluídos os prazos
gastos com montagem de escoramentos e desforma;
 Durante a montagem, transforma-se em plataforma de trabalho nos andares superiores e em proteção
aos operários em serviço nos andares inferiores.
 Ao ser fixado na estrutura, funciona como diafragma horizontal, travando a estrutura e acrescentando
mais segurança ao trabalho durante a construção do edifício.
 Funciona como armadura de tração para os momentos fletores positivos.
 Permite uma fácil execução dos sistemas elétrico, hidráulico e de ar condicionado, além de facilitar a
fixação de forros suspensos;
 Para lajes em situações de incêndio, não é necessário o uso de material para proteção térmica superficial
das lajes. As lajes podem ser especificadas com armaduras adicionais, dimensionadas de acordo com
tabelas disponibilizadas pela METFORM e calculadas de acordo com as exigências da NBR 14323 ou
reforçadas com fibra de aço tipo DRAMIX, conforme orientação do departamento técnico da
METFORM, dispensando todas as armaduras adicionais;
 Todas as vantagens descritas podem ser traduzidas em uma grande economia na construção, com uma
redução significativa no prazo de execução, nos desperdícios de materiais e no custo com mão-de-obra
no canteiro. Logo, o retorno financeiro do empreendimento é aumentado em grande escala.

4
3.3 MATERIAIS ADOTADOS E CRITÉRIOS DE CÁLCULO: LAJES COM TELHA-FÔRMA
METFORM

Os materiais utilizados como componentes de lajes mistas são a fôrma de aço incorporada, usualmente
designada Telha-fôrma, o concreto estrutural e uma armadura em tela soldada ou fibra de aço - DRAMIX,
utilizada para controle de fissuração, de retração e de temperatura.

 TELHA-FÔRMA METFORM:
MF-50 e/ou MF-75 formados a frio a partir de bobinas de aço especial ZAR-280 com galvanização
mínima Z-275 e limite de resistência ao escoamento maior ou igual a 280MPa. Durante a etapa de
construção a Telha-fôrma METFORM assume a função de fôrma (autoportante) para a concretagem.
Posteriormente, após a cura do concreto, substitui a armadura de tração para momentos fletores
positivos. Usualmente, são utilizadas espessuras nominais (tF) de 0,80mm, 0,95mm e 1,25mm.

 CONCRETO:
Deverá sempre ser adotado concreto estrutural convencional (densidade 24kN/m3), com resistência
característica à compressão, fck maior ou igual a 20MPa. Mediante aprovação do Departamento Técnico
da METFORM poderá ser utilizado concreto leve de densidade mínima 18kN/m3. Em qualquer caso,
aditivos à base de cloretos não devem ser utilizados por agredirem o revestimento (galvanização Z-275)
da Telha-fôrma METFORM.

 ARMADURA DE FISSURAÇÃO:
São utilizadas telas soldadas, ou malhas de barras trefiladas, em aço com limite de escoamento 500MPa
ou 600MPa. Essa armadura tem a função de evitar fissuras oriundas da retração e variação térmica do
concreto e deverá estar localizada sempre no topo da laje, com cobrimento mínimo 20mm.
De acordo com especificações da NBR 14323 a armadura de fissuração deverá possuir área de seção,
em ambas as direções, superior a 0,10% da área de capeamento de concreto acima da Telha-fôrma
METFORM (em situações em que a abertura das fissuras deva ter um controle mais rigoroso, em
função das características do ambiente em que as lajes estejam inseridas, a área de capeamento
citada acima deve ser aumentada).
Conforme tabelas e orientações deste Manual é permitido considerar a armadura de fissuração para:
- verificações de balanços, cargas concentradas e/ou aumento da capacidade de carga das lajes, em
temperatura ambiente, desde que a armadura adotada atenda às verificações e especificações da NBR
6118;
- suportar todo o carregamento de serviço em eventual situação de incêndio, desde que atendam aos
critérios da NBR 14.323.
Além da armadura de fissuração, deverão sempre ser adotadas “armaduras adicionais” em junção de
vigas e contorno de pilares para evitar possíveis fissuras por rotação das vigas de aço e tendência de
continuidade da laje sobre os apoios. No Item “Detalhes Construtivos” são definidas as “armaduras
adicionais” mínimas a serem adotadas para as lajes com Telha-fôrma METFORM.
As armaduras adicionais em telas soldadas e barras trefiladas podem ser substituídas por fibras
de aço – DRAMIX, para controle de fissuração e armadura adicional em situação de incêndio. Para
tal, o departamento técnico da METFORM deverá ser consultado.

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Armadura

Concreto Steel Deck


Mossas

 CRITÉRIOS E VERIFICAÇÕES: CARGAS DURANTE CONSTRUÇÃO E CARGAS DE SERVIÇO:

O dimensionamento da Telha-fôrma METFORM deverá ser sempre realizado em duas fases,


correspondentes às funções de fôrma para a concretagem (durante a construção) e de armadura positiva
das lajes (após a cura do concreto).

A primeira fase corresponde à verificação do vão máximo sem escoramento, que poderá ser adotado para a
Telha-fôrma METFORM durante a etapa de construção da laje (montagem e concretagem). A METFORM
disponibiliza Tabela de Cargas com “Vãos Máximos Sem Escoramentos” para Telha-fôrma MF-50 e MF-
75. Estas tabelas foram elaboradas conforme os seguintes critérios de carregamento de construção:
 Carregamento 1: Peso próprio da Telha-fôrma METFORM;
 Carregamento 2: Peso próprio do concreto fresco antes da cura, com densidade 2.400kg/m 3;
 Carregamento 3: Sobrecarga de construção, considerada como o mais nocivo dos seguintes casos:
- carga uniformemente distribuída de 1kN/m 2;
- somente para verificação do efeito de flexão, carga linear de 2,2kN/m
perpendicular às nervuras da Telha-fôrma, posicionada sempre na posição mais
desfavorável.

Os “Vãos Máximos Sem Escoramentos” para a Telha-fôrma MF-50 e MF-75 encontram-se listados nas
tabelas de cargas correspondentes. Estes valores foram obtidos considerando-se a atuação dos
carregamentos anteriormente descritos bem como a possibilidade de continuidade da Telha-fôrma
METFORM sobre as vigas de apoio (formando vãos duplos ou triplos), conforme figura anexa.

l l

l l l

6
A segunda fase envolve a verificação do sistema “Telha-fôrma / concreto após a cura” para suportar as
cargas da edificação. Nessa etapa, admite-se que o concreto já tenha atingido uma resistência à
compressão maior ou igual a 75% do fck de projeto (fck mínimo 20MPa). Devido à existência das “mossas”
(saliências) na superfície da Telha-fôrma METFORM, após a cura, o comportamento misto aço-concreto
passa a ocorrer e a fôrma de aço e o concreto formam um único elemento estrutural. As “mossas”
(saliências) na superfície da Telha-fôrma METFORM garantem a integridade do sistema e proporcionam
travamento mecânico entre a fôrma de aço e o concreto, sendo capaz de transmitir tensões de cisalhamento
entre um elemento e outro. Dessa forma, sob cargas de serviço, não há escorregamento por cisalhamento
longitudinal entre a Telha-fôrma e o concreto. O piso comporta-se como uma peça de estrutura mista, com
o aço da Telha-fôrma METFORM resistindo às tensões de tração e a parte superior do concreto resistindo
às tensões de compressão.

Para verificação das lajes às cargas de serviço, deverão ser comparados os valores de “Carga Sobreposta
Máxima” (indicados nas Tabelas de Cargas METFORM) com a soma das cargas sobrepostas a atuarem
após a cura do concreto. Para a soma das cargas sobrepostas (revestimentos e sobrecargas) deverão ser
consideradas todas as cargas, exceto o peso próprio das lajes. Não é necessária a utilização dos
coeficientes de majoração, devendo-se, portanto, trabalhar com valores de cargas nominais.

As Tabelas de Cargas elaboradas pela METFORM para MF-50 e MF-75 consideram, após a cura, lajes
mistas isostáticas, sem continuidade estrutural na região dos apoios. No entanto, existem casos em que é
necessário o dimensionamento das lajes mistas com continuidade estrutural sobre os apoios. Ocorrem
obrigatoriamente em balanços, para os quais deverão sempre ser previstas armaduras negativas, e nos
casos em que é necessário o aumento da capacidade de carga das lajes mistas. Este aumento poderá ser
considerado por meio de armaduras positivas (dentro das ondas baixas) ou armaduras negativas (no
capeamento de concreto), já que a armadura de controle de fissuração usada neste caso não possui área
suficiente para resistir às tensões oriundas da continuidade das lajes.

Para os casos de continuidade estrutural das lajes mistas são apresentadas Tabelas no Item 3.5
(elaboradas conforme NBR 6118) que indicam a resistência à flexão de seções transversais, armadas, sob a
geometria da Telha-fôrma MF-50 e MF-75. São indicadas armaduras de reforço positivas (dentro das
nervuras da Telha-fôrma METFORM) ou negativas (no capeamento de concreto).

No dimensionamento de lajes mistas com continuidade estrutural, a capacidade de cargas devido à


resistência a flexão das seções armadas (Tabelas do Item 3.5) poderá ser somada à ”Carga Sobreposta
Máxima” da Tabela de Cargas para lajes mistas dos modelos MF-50 e MF-75. Esse procedimento foi
aferido por ensaios e pesquisas realizados pela METFORM, em conjunto com a Universidade Federal de
Minas Gerais.

Em qualquer caso de aplicação, após a cura do concreto, toda Telha-fôrma disponibilizada pela METFORM
deverá ser dimensionado para trabalhar como armadura positiva e resistir apenas às tensões de tração nas
regiões de momentos positivos.

 LANÇAMENTO ESTRUTURAL: SUGESTÕES

De posse do carregamento atuante o engenheiro estrutural deverá posicionar as vigas de sustentação da


laje. Os vãos cobertos pela Telha-fôrma METFORM deverão proporcionar aproveitamento adequado dos
materiais utilizados.

Na definição da posição das vigas deverá ser priorizado o dimensionamento da Telha-fôrma METFORM
durante a fase de construção. As vigas de apoio da laje deverão ser locadas, preferencialmente, de forma a
evitar escoramentos durante a etapa de concretagem.

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No dimensionamento para as cargas que atuarão após a cura do concreto, caso a capacidade resistente da
laje mista (Tabelas de Cargas METFORM) seja inferior ao carregamento atuante, pode-se optar entre o
aumento da espessura (tF) da Telha-fôrma ou o uso de armaduras adicionais de reforço tal como indicado
nas Tabelas do Item 3.5.

Durante o detalhamento do material a ser fornecido é importante observar que o comprimento final (L) das
peças da Telha-fôrma METFORM deverá ser tal que o transporte e o manuseio não fiquem comprometidos.
Peças de até 8m poderão ser transportadas em caminhões convencionais. O transporte de peças de
comprimento (L) entre 8m e 12m deverá ser realizado por carretas. Peças acima de 12m deverão ser
evitadas devido a dificuldades no transporte (carretas especiais), na descarga e no manuseio no canteiro de
obras.

 CONSUMO ESTIMADO DE CONCRETO & ARMADURA DE FISSURAÇÃO EM TELA SOLDADA

As tabelas anexas indicam o consumo estimado teórico de concreto (em m3/m2 e sem considerar
acréscimos devido a perdas durante a concretagem e a deslocamentos verticais da estrutura de apoio) e o
tipo de armadura mínima de fissuração (em telas soldadas) que deverá ser especificada com Telha-fôrma
METFORM. As armaduras de controle de fissuração atendem ao critério de 0,10% da área de capeamento
de concreto, definida na NBR 14.323 (em situações em que o controle da abertura das fissuras seja
mais rigoroso, em função das características do ambiente em que as lajes estejam inseridas, a área
de capeamento citada acima deve ser aumentada). A denominação das telas soldadas segue a
padronização do Instituto Brasileiro de Telas Soldadas (IBTS), onde o prefixo “Q” indica que a tela é
simétrica nas duas direções e o número seguinte indica a área de aço da tela, em mm 2 para uma faixa de
1m de largura.

TELHA-FÔRMA MF-50
Consumo Estimado de Concreto - Tipo de Armadura de Fissuração em Tela Soldada
Altura Total da Laje Consumo de Concreto Tipo de Armadura em Tela Soldada
(mm) (m3/m2) Denominação Composição Peso (kg/m2)
100 0,0750 Q - 75 3,8x3,8 – 150x150 1,21
110 0,0850 Q - 75 3,8x3,8 – 150x150 1,21
120 0,0950 Q - 75 3,8x3,8 – 150x150 1,21
130 0,1050 Q - 92 4,2x4,2 – 150x150 1,48
140 0,1150 Q - 92 4,2x4,2 – 150x150 1,48
150 0,1250 Q - 113 3,8x3,8 – 100x100 1,80
160 0,1350 Q - 113 3,8x3,8 – 100x100 1,80
170 0,1450 Q - 138 4,2x4,2 – 100x100 2,20

8
TELHA-FÔRMA MF-75
Consumo Estimado de Concreto - Tipo de Armadura de Fissuração em Tela Soldada
Altura Total da Laje Consumo de Concreto Tipo de Armadura em Tela Soldada
(mm) (m3/m2) Denominação Composição Peso (kg/m2)
130 0,0925 Q - 75 3,8x3,8 – 150x150 1,21
140 0,1025 Q - 75 3,8x3,8 – 150x150 1,21
150 0,1125 Q - 75 3,8x3,8 – 150x150 1,21
160 0,1225 Q - 92 4,2x4,2 – 150x150 1,48
170 0,1325 Q - 113 3,8x3,8 – 100x100 1,80
180 0,1425 Q - 113 3,8x3,8 – 100x100 1,80
190 0,1525 Q - 138 4,2x4,2 – 100x100 2,20
200 0,1625 Q - 138 4,2x4,2 – 100x100 2,20

Conforme o Item 3.8 DETALHES CONSTRUTIVOS, além da Armadura de Controle de Fissuração


(indicada acima) é necessário que sempre seja utilizada armadura adicional, nas regiões de junção de
vigas de sustentação do piso e no contorno de pilares. Utilizada nestas situações particulares a armadura
adicional evita trincas e fissuras devido a tendência de continuidade da laje sobre os apoios e devido a
rotação e deslocamento vertical das vigas de aço.

Estas armaduras podem ser substituídas por fibras de aço – DRAMIX. Para tal, o departamento técnico da
METFORM deverá ser consultado.

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TELHA-FÔRMA MF-50
Tabela de Cargas Sobrepostas Máximas (kN/m2)
Aço ZAR-280 - fy = 280 MPa
Espes- Vãos Máximos Sem Escoramento Peso Momento Vãos da Laje Mista com Telha-fôrma MF-50 (mm)
Sura (tF) Simples Duplo Triplo Balanço Próprio Inércia 1.800 1.900 2.000 2.100 2.200 2.300 2.400 2.500 2.600 2.650 2.700 2.800 2.900 3.000 3.100 3.200
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (kN/m2) (106 mm4) Carga Sobreposta Máxima (kN / m 2)

100
0,80 2.050 2.800 2.900 900 1,85 5,25 9,31 8,14 7,14 6,28 5,54 4,89 4,32 3,82 3,38 3,18 2,99 2,63 2,32 2,03 1,78 1,54
0,95 2.550 3.150 3.250 1.100 1,86 5,61 11,68 10,24 9,01 7,96 7,04 6,25 5,55 4,94 4,40 4,15 3,92 3,49 3,10 2,75 2,44 2,16
1,25 3.200 3.800 3.800 1.450 1,89 6,26 16,43 14,45 12,76 11,31 10,06 8,97 8,02 7,18 6,44 6,10 5,78 5,19 4,67 4,19 3,77 3,38
110
0,80 1.800 2.700 2.800 900 2,08 6,89 10,56 9,23 8,10 7,13 6,29 5,55 4,91 4,34 3,84 3,61 3,39 3,00 2,64 2,32 2,02 1,76
0,95 2.400 3.050 3.150 1.050 2,10 7,35 13,25 11,62 10,23 9,03 8,00 7,10 6,31 5,61 5,00 4,72 4,45 3,96 3,53 3,13 2,78 2,46
1,25 3.050 3.650 3.650 1.400 2,13 8,19 18,64 16,39 14,48 12,84 11,42 10,18 9,10 8,15 7,31 6,93 6,57 5,90 5,31 4,77 4,29 3,85
120
0,80 1.650 2.600 2.700 850 2,32 8,85 11,81 10,33 9,06 7,98 7,03 6,21 5,50 4,86 4,30 4,05 3,80 3,36 2,96 2,60 2,27 1,98
0,95 2.250 2.900 3.000 1.050 2,33 9,43 14,82 13,00 11,44 10,10 8,95 7,94 7,06 6,28 5,60 5,28 4,99 4,44 3,95 3,51 3,12 2,76
1,25 2.950 3.550 3.550 1.350 2,36 10,49 20,00 18,33 16,20 14,36 12,77 11,40 10,19 9,13 8,19 7,76 7,36 6,61 5,95 5,35 4,81 4,32
130
0,80 1.490 2.500 2.600 850 2,55 11,16 13,06 11,42 10,02 8,82 7,78 6,88 6,08 5,38 4,76 4,48 4,21 3,72 3,28 2,88 2,52 2,19
0,95 2.050 2.800 2.900 1.000 2,57 11,87 16,39 14,37 12,65 11,18 9,90 8,79 7,81 6,96 6,20 5,85 5,52 4,92 4,38 3,89 3,46 3,06
1,25 2.800 3.400 3.400 1.350 2,60 13,19 20,00 20,00 17,91 15,89 14,13 12,61 11,28 10,10 9,06 8,59 8,14 7,32 6,59 5,92 5,33 4,79
140
0,80 1.350 2.450 2.500 800 2,79 13,85 14,31 12,52 10,99 9,67 8,53 7,54 6,67 5,90 5,23 4,91 4,62 4,08 3,60 3,16 2,77 2,41
0,95 1.850 2.750 2.800 1.000 2,80 14,72 17,96 15,75 13,87 12,25 10,85 9,63 8,57 7,63 6,80 6,42 6,06 5,40 4,81 4,27 3,79 3,36
1,25 2.700 3.300 3.300 1.300 2,83 16,32 20,00 20,00 19,63 17,41 15,49 13,82 12,36 11,08 9,94 9,42 8,93 8,03 7,23 6,50 5,85 5,26
150
0,80 1.250 2.300 2.450 800 3,02 16,93 15,57 13,61 11,95 10,52 9,28 8,20 7,26 6,42 5,69 5,35 5,03 4,44 3,92 3,44 3,02 2,63
0,95 1.700 2.650 2.750 950 3,04 17,98 19,54 17,13 15,08 13,33 11,80 10,48 9,32 8,30 7,40 6,98 6,59 5,88 5,23 4,66 4,13 3,66
1,25 2.600 3.200 3.250 1.250 3,07 19,90 20,00 20,00 20,00 18,94 16,85 15,04 13,45 12,05 10,82 10,25 9,72 8,74 7,86 7,08 6,37 5,72
160
0,80 1.150 2.200 2.300 800 3,26 20,45 16,82 14,71 12,91 11,37 10,03 8,87 7,84 6,95 6,15 5,78 5,44 4,81 4,24 3,73 3,26 2,84
0,95 1.600 2.550 2.650 950 3,27 21,69 20,00 18,51 16,30 14,40 12,76 11,33 10,07 8,97 8,00 7,55 7,13 6,35 5,66 5,04 4,47 3,96
1,25 2.550 3.100 3.150 1.250 3,30 23,97 20,00 20,00 20,00 20,00 18,21 16,25 14,53 13,03 11,69 11,08 10,51 9,45 8,50 7,65 6,89 6,19
170
0,80 1.050 2.050 2.150 750 3,49 24,43 18,07 15,81 13,88 12,22 10,78 9,53 8,43 7,47 6,61 6,22 5,85 5,17 4,56 4,01 3,51 3,06
0,95 1.500 2.500 2.600 900 3,51 25,87 20,00 19,89 17,51 15,47 13,71 12,17 10,83 9,64 8,60 8,12 7,66 6,83 6,09 5,42 4,81 4,26
1,25 2.450 3.050 3.050 1.200 3,54 28,55 20,00 20,00 20,00 20,00 19,57 17,46 15,62 14,00 12,57 11,91 11,29 10,16 9,14 8,23 7,41 6,66
TELHA-FÔRMA MF-75
Tabela de Cargas Sobrepostas Máximas (kN/m2)
Aço ZAR-280 - fy = 280 MPa
Espes- Vãos Máximos Sem Escoramento Peso Momento Vãos da Laje Mista com Telha-fôrma MF-75 (mm)
Sura (tF) Simples Duplo Triplo Balanço Próprio Inércia 2.000 2.100 2.300 2.400 2.500 2.600 2.700 2.800 2.900 3.000 3.150 3.300 3.500 3.750 4.000 4.250
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (kN/m2) (106 mm4) Carga Sobreposta Máxima (kN / m2)
130
0,80 2.350 3.200 3.300 1.150 2,27 10,66 11,87 10,56 8,43 7,56 6,79 6,11 5,51 4,96 4,47 4,03 3,45 2,94 2,37 1,77 1,29 0,88
0,95 3.000 3.650 3.750 1.350 2,28 11,34 14,19 12,69 10,25 9,25 8,36 7,58 6,88 6,25 5,69 5,18 4,51 3,92 3,26 2,56 2,00 1,53
1,25 3.650 4.300 4.400 1.650 2,32 12,74 18,83 16,94 13,88 12,62 11,50 10,51 9,63 8,84 8,13 7,48 6,63 5,88 5,03 4,15 3,42 2,82
140
0,80 2.200 3.100 3.200 1.150 2,50 13,17 13,16 11,71 9,35 8,39 7,54 6,78 6,11 5,51 4,97 4,48 3,83 3,27 2,63 1,98 1,44 0,99
0,95 2.850 3.500 3.600 1.350 2,52 13,99 15,74 14,07 11,37 10,26 9,28 8,41 7,64 6,94 6,32 5,76 5,01 4,36 3,62 2,85 2,23 1,70
1,25 3.500 4.150 4.250 1.600 2,55 15,68 20,00 18,79 15,39 14,00 12,76 11,67 10,69 9,81 9,02 8,31 7,36 6,53 5,59 4,61 3,81 3,14
150
0,80 2.000 3.000 3.100 1.100 2,74 16,06 14,46 12,86 10,28 9,22 8,28 7,45 6,72 6,06 5,46 4,93 4,22 3,60 2,90 2,18 1,59 1,09
0,95 2.650 3.400 3.500 1.300 2,75 17,04 17,28 15,45 12,49 11,27 10,20 9,24 8,39 7,63 6,95 6,33 5,51 4,80 3,98 3,14 2,45 1,88
1,25 3.400 4.000 4.100 1.550 2,79 19,05 20,00 20,00 16,91 15,38 14,02 12,82 11,75 10,78 9,91 9,13 8,09 7,18 6,15 5,07 4,19 3,46
160
0,80 1.850 2.900 3.000 1.100 2,97 19,35 15,75 14,02 11,20 10,04 9,03 8,12 7,32 6,60 5,95 5,37 4,60 3,93 3,17 2,38 1,73 1,20
0,95 2.500 3.300 3.400 1.250 2,99 20,51 18,83 16,84 13,61 12,28 11,11 10,07 9,15 8,32 7,57 6,90 6,01 5,23 4,35 3,43 2,68 2,06
1,25 3.250 3.900 4.000 1.500 3,02 22,90 20,00 20,00 18,42 16,76 15,28 13,97 12,80 11,75 10,81 9,95 8,82 7,83 6,71 5,54 4,58 3,78
170
0,80 1.700 2.800 2.900 1.050 3,21 23,07 17,04 15,17 12,12 10,87 9,77 8,80 7,93 7,15 6,45 5,82 4,98 4,26 3,43 2,58 1,88 1,30
0,95 2.350 3.200 3.300 1.250 3,23 24,44 20,00 18,22 14,72 13,29 12,03 10,91 9,90 9,01 8,20 7,47 6,51 5,67 4,71 3,72 2,91 2,23
1,25 3.150 3.800 3.900 1.450 3,26 27,24 20,00 20,00 19,94 18,14 16,54 15,12 13,86 12,72 11,70 10,78 9,55 8,49 7,27 6,00 4,96 4,09
180
0,80 1.550 2.750 2.850 1.050 3,44 27,25 18,34 16,32 13,04 11,70 10,52 9,47 8,53 7,69 6,94 6,26 5,37 4,59 3,70 2,78 2,03 1,41
0,95 2.200 3.100 3.200 1.200 3,46 28,84 20,00 19,61 15,84 14,30 12,94 11,74 10,66 9,69 8,83 8,04 7,00 6,10 5,07 4,01 3,14 2,41
1,25 3.050 3.700 3.800 1.450 3,50 32,10 20,00 20,00 20,00 19,51 17,80 16,28 14,92 13,70 12,60 11,60 10,28 9,14 7,83 6,47 5,35 4,41
190
0,80 1.450 2.650 2.750 1.000 3,68 31,92 19,63 17,47 13,96 12,53 11,26 10,14 9,14 8,24 7,44 6,71 5,75 4,91 3,96 2,98 2,18 1,52
0,95 2.100 3.050 3.150 1.200 3,70 33,75 20,00 20,00 16,96 15,32 13,86 12,57 11,41 10,38 9,45 8,62 7,50 6,54 5,44 4,30 3,36 2,59
1,25 3.000 3.600 3.700 1.400 3,73 37,52 20,00 20,00 20,00 20,00 19,06 17,43 15,97 14,67 13,49 12,43 11,02 9,79 8,39 6,93 5,73 4,73
200
0,80 1.400 2.600 2.650 1.000 3,91 37,10 20,00 18,62 14,88 13,35 12,00 10,81 9,74 8,79 7,93 7,16 6,13 5,24 4,23 3,19 2,33 1,62
0,95 1.950 2.950 3.050 1.150 3,93 39,19 20,00 20,00 18,08 16,33 14,78 13,40 12,17 11,07 10,08 9,19 8,00 6,97 5,80 4,59 3,59 2,77
1,25 2.900 3.500 3.650 1.400 3,97 43,51 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 18,58 17,03 15,64 14,38 13,25 11,75 10,44 8,94 7,39 6,12 5,05

11
 EXEMPLO DE UTILIZAÇÃO DA “TABELA DE CARGAS METFORM”

Suponha que seja necessário projetar uma laje com Telha-fôrma METFORM, modelo MF-75, para piso de
uma edificação, cuja modulação dos pilares seja de 9m  9m. A disposição das vigas do piso submete a
Telha-fôrma a vãos múltiplos de 3m, conforme representado na figura abaixo. A laje de piso terá um
revestimento cujo peso é de 1,5kN/m 2 e será submetida à uma sobrecarga de 4,0kN/m2.

 SOLUÇÃO:

Será adotada uma laje de espessura total de concreto de 140mm (75mm da Telha-fôrma + 65mm de
cobrimento acima da Telha-fôrma MF-75), com MF-75 de espessura (tF) de 0,95mm. O limite de resistência
ao escoamento do aço da Telha-fôrma MF-75 será fy = 280MPa. A resistência mínima à compressão do
concreto deve ser fck  20MPa.

Cargas de Construção:
De acordo com as tabelas de cálculo da Telha-fôrma MF-75, para a laje em análise o máximo vão triplo
admissível é de 3.600mm. Logo, o vão de 3.000mm utilizado suporta satisfatoriamente as cargas de
construção da estrutura, sem que se faça necessário o uso de escoramentos.

Cargas de Serviço:
As cargas nominais de serviço para a laje mista (após a cura do concreto) são:
 Peso própria Telha-fôrma MF-75 + concreto:........................... 2,52kN/m2
 Revestimento:...................... ...................................................... 1,50kN/m2
 Sobrecarga:................................................................................ 4,00kN/m2
A carga sobreposta nominal total (excluindo-se o peso próprio da laje) será:
wd = 1,50kN/m2 + 4,00kN/m2 = 5,50kN/m2
Para a laje mista em análise, em um vão de 3.000 mm a carga sobreposta máxima (já descontado o peso
próprio) fornecida pelas tabelas da Telha-fôrma MF-75 é: wn = 5,76 kN/m2. Como a resistência da laje
mista é superior às cargas atuantes ( wn > wd ), a escolha da Telha-fôrma a ser utilizado está correta.

12
Armadura:
Para o combate às fissuras de retração do concreto, será adotada uma malha de barras trefiladas soldadas.
A área de aço mínima, desta malha (nas duas direções) deve ser 0,1% da área do concreto acima do deck.
Logo, em uma faixa de um metro de largura, deve-se ter: As  01  
, %  6,5  100  0,65 cm2/m
Uma malha simétrica, constituída por barras de 3,8 mm de diâmetro e com espaçamento entre os fios de
150 mm possui uma área de 0,75 cm2/m. Conforme a especificação do catálogo do Instituto Brasileiro de
Telas Soldadas (IBTS), esta malha é designada por Tela Q-75. Possuindo uma área de aço maior que a
requerida, a Tela Q-75 está adequada à laje especificada.

13
3.4 CARGAS CONCENTRADAS OU LINEARES

As Tabelas de Cargas apresentadas para dimensionamento das lajes mistas com Telha-fôrma METFORM
são baseadas em cargas uniformemente distribuídas na área da laje. Porém, não é rara a ocorrência de
cargas concentradas ou lineares na superfície da laje mista. Essas cargas podem ser concentradas (bases
de equipamentos ou veículos e pilares cuja base é sustentada diretamente pelo piso) ou lineares
(representadas por paredes em alvenaria que não estão situadas acima do eixo das vigas de sustentação do
piso).

 LARGURA DE APLICAÇÃO:

As cargas concentradas ou lineares são aplicadas na laje mista através de uma largura de cálculo (bm),
conforme representado na figura abaixo. A distribuição das cargas concentradas ao longo da faixa bm é
garantida mediante a utilização de uma armadura de distribuição na região, colocada acima do topo da
Telha-fôrma METFORM.

A largura de aplicação das cargas concentradas ou lineares deverá ser tomada como:
bm  bp  2  tc  hr 
onde: bp = largura da carga concentrada perpendicular ao vão da laje;
hr = espessura da camada de revestimento da laje, caso a carga seja aplicada acima desta;
tc = espessura da camada de concreto acima do flange superior da Telha-fôrma METFORM.

Para cargas lineares perpendiculares às nervuras, bp deverá ser tomado como o comprimento da carga
linear. Em nenhum caso bm deverá ser superior à largura total (Lt) da laje.

 LARGURA EFETIVA:

No cálculo da resistência da laje mista às cargas concentradas ou lineares deverão ser consideradas
larguras efetivas correspondentes à solicitação de flexão e de cisalhamento vertical.

Para a verificação da flexão, a largura efetiva (bem) deve ser obtida da seguinte forma:
 Em lajes mistas bi-apoiadas ou tramos extremos de lajes mistas contínuas:
 L 
bem  bm  2 L p  1  p 
 LF 

14
 Em tramos internos de lajes mistas contínuas:
 Lp 
bem  bm  1,33L p  1  
 LF 
Para a verificação do cisalhamento vertical, a largura efetiva (bev) deverá ser dada por:
 Lp 
bev  bm  L p  1  
 LF 

Para cargas concentradas ou lineares paralelas às nervuras, a largura efetiva (bem ou bev) deverá ser no
máximo igual a 2700tc / (hF + tc) mm. Esse limite não se aplica para cargas lineares perpendiculares às
nervuras ou para qualquer situação quando a armadura de distribuição for igual ou superior a 0,2% da área
de concreto acima da fôrma de aço. Em nenhum caso a largura efetiva (bem ou bev) deverá ser superior à
largura total (Lt) da laje.

Para as situações em que atuam cargas lineares paralelas ao vão da laje, sendo que estas cargas se
prolongam em toda a extensão do vão, deverá ser adotado: Lp = LF /4.

Nas equações acima:


Lp = distância do centro da carga ao apoio mais próximo;
LF = vão teórico da laje na direção das nervuras;
hF = altura das nervuras do modelo adotado para a Telha-fôrma METFORM.

 ARMADURA DE DISTRIBUIÇÃO:

A armadura de distribuição, posicionada acima da Telha-fôrma METFORM, garante que a carga


concentrada ou linear seja aplicada ao longo da largura de cálculo bem ou bev. Conforme especificado na
NBR 8800, em qualquer caso de carregamento, esta armadura deverá ser superior a 0,1% da área de
concreto acima da Telha-fôrma METFORM.

Para cargas concentradas ou lineares paralelas às nervuras, esta armadura deverá prolongar-se além da
maior largura efetiva (bem ou bev), sendo ancorada conforme a NBR 6118. Esta armadura deverá ser
suficiente para resistir ao momento fletor de cálculo transversal dado por:
Fd  be
M d ,Rd   
15w
onde:  = coeficiente de majoração de cargas (conforme a NBR 6118  = 1,40);
Fd = é a carga concentrada de cálculo. Para carga linear paralela ao vão da laje, Fd corresponde ao
valor da carga nominal, ao longo do comprimento bl ou LF, o que for menor;
be = máximo valor entre bem ou bev ;
w = LF / 2 + b1  LF ;
LF = vão teórico da laje na direção das nervuras;
bl = largura da carga concentrada, paralelo ao vão da laje mista.

Para cargas lineares perpendiculares às nervuras poderá ser adotada a armadura nominal de 0,1% não
sendo necessárias verificações adicionais.

Na ausência da armadura de distribuição, a resistência da laje mista a cargas concentradas ou lineares


paralelas às nervuras deverá ser obtida considerando-se a largura efetiva (bem ou bev) igual a bm.

15
 RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO VERTICAL:

Conforme especificações da NBR 8800, a resistência de cálculo ao cisalhamento vertical Vv , Rd em kN


por metro de uma laje mista executada com Telha-fôrma METFORM, poderá ser obtida através da seguinte
equação:

Vv, Rd  Vv, F , Rd  Vv, c, Rd  V max

Vv, F , Rd é a força cortante vertical resistente de cálculo da fôrma, expressa em newton (N), relativa a
1000mm de largura, determinada conforme a ABNT NBR 8800. Os valores devem ser tomados conforme
tabelas abaixo:
TELHA-FÔRMA MF-50 TELHA-FÔRMA MF-75

Espessura (tF) Vv, F , Rd Espessura (tF) Vv, F , Rd


(mm) (kN/m) (mm) (kN/m)
0,80 35,4 0,80 40,2
0,95 42,3 0,95 58,9
1,25 55,9 1,25 94,1

Vv, c, Rd é a força cortante vertical resistente de cálculo do concreto, expressa em newton (N), relativa a
1000mm de largura. Os valores devem ser tomados conforme tabela abaixo:

TELHA-FÔRMA MF-50 TELHA-FÔRMA MF-75


Altura Total da Esp. (tF) Telha-fôrma Vv, c, Rd Altura Total da Esp. (tF) Telha-fôrma Vv, c, Rd
Laje Mista MF-50 Laje Mista MF-75
(mm) (mm) (kN/m) (mm) (mm) (kN/m)
0,80 0,80
100 0,95 19,02 130 0,95 23,63
1,25 1,25
0,80 0,80
110 0,95 21,46 140 0,95 25,85
1,25 1,25
0,80 0,80
120 0,95 24,00 150 0,95 28,13
1,25 1,25
0,80 0,80
130 0,95 26,64 160 0,95 30,47
1,25 1,25
0,80 0,80
32,87
140 0,95 29,37 170 0,95
1,25 1,25

16
TELHA-FÔRMA MF-50 TELHA-FÔRMA MF-75
Altura Total da Esp. (tF) Telha-fôrma Vv, c, Rd Altura Total Esp. (tF) Telha-fôrma Vv, c, Rd
Laje Mista MF-50 da Laje Mista MF-75
(mm) (mm) (kN/m) (mm) (mm) (kN/m)
0,80 0,80
150 0,95 32,21 180 0,95 35,33
1,25 1,25
0,80 0,80
160 0,95 35,13 190 0,95 37,84
1,25 1,25
0,80 0,80
170 0,95 38,16 200 0,95 40,42
1,25 1,25

Vv max é o limite da força cortante, expresso em newton (N), relativo a 1000mm de largura. Os valores
devem ser tomados conforme tabela abaixo:

TELHA-FÔRMA MF-50 TELHA-FÔRMA MF-75


Altura Total xamV Vvmax (kN) Altura Total da xamV Vvmax (kN)
da Laje Mista Laje Mista
(mm) (kN/m) (mm) (kN/m)
100 90,23 130 119,41
110 102,12 140 131,54
120 114,51 150 144,08
130 127,40 160 157,04
140 140,80 170 170,41
150 154,71 180 184,19
160 169,12 190 198,39
170 184,05 200 213,00

São apresentados a seguir os valores da resistência nominal ao cisalhamento vertical das lajes mistas com
a Telha-fôrma MF-50 e MF-75 da METFORM, Vv , Rd / . Na elaboração das tabelas, adotou-se fy =
280MPa, fck = 20MPa e  = 1,4 e kv = 1,0 (sem a existência de armadura longitudinal de tração). A
resistência ao cisalhamento vertical pode ser consideravelmente aumentada coma adição de
armadura longitudinal de tração devidamente ancortada.

17
 RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO VERTICAL (em kN/m):

TELHA-FÔRMA MF-50 TELHA-FÔRMA MF-75


Altura Total da Esp. (tF) Telha-fôrma Vv , Rd Altura Total da Esp. (tF) Telha-fôrma Vv , Rd
Laje Mista MF-50 Laje Mista MF-75
 
(mm) (mm) (kN/m) (mm) (mm) (kN/m)
0,80 38,87 0,80 45,59
100 0,95 43,80 130 0,95 58,95
1,25 53,51 1,25 84,09

df 0,80 40,61 0,80 47,18


110 0,95 45,54 140 0,95 60,54
1,25 55,26 1,25 85,68

0,80 42,43 0,80 48,81


120 0,95 47,36 150 0,95 62,16
1,25 57,07 1,25 87,31

0,80 44,31 0,80 50,48


130 0,95 49,24 160 0,95 63,84
1,25 58,96 1,25 88,98

0,80 46,26 0,80 52,19


140 0,95 51,19 170 0,95 65,55
1,25 60,91 1,25 90,69

0,80 48,29 0,80 53,95


150 0,95 53,22 180 0,95 67,31
1,25 62,94 1,25 92,45

0,80 50,38 0,80 55,74


160 0,95 55,31 190 0,95 69,10
1,25 65,02 1,25 94,24

0,80 52,54 0,80 57,59


170 0,95 57,47 200 0,95 70,94
1,25 67,19 1,25 96,09

 RESISTÊNCIA À PUNÇÃO:

De acordo com a NBR 8800 a resistência de cálculo à punção das lajes mistas com Telha-fôrma
METFORM (Vp,Rd) poderá ser obtida de maneira análoga à resistência ao cisalhamento vertical. A equação
seguinte fornece os valores de Vp,Rd em N: Vp, Rd  ucr  dl  Rd
sendo:

ucr = perímetro crítico da área de aplicação da carga concentrada, em (mm);


18

 
ucr  2bp  b1   2d p    2 tc 
 
onde os termos dp , bl e bp representados na figura seguinte indicam:
dp = distância do topo da camada de concreto ao centro da gravidade da Telha-fôrma, em mm;
bp = dimensão da base da carga concentrada perpendicular às nervuras da Telha-fôrma, em mm;
bl = dimensão da base da carga concentrada paralela às nervuras da Telha-fôrma, em mm.

d F  tc
dl = ;
2
Rd = 0,13Kp(100fck )1/ 3  0,30 f ctd (Rd e fck expressas em megapascal (MPa))

kp = 1 200
dl  2,0 ;

   F  S  0,02

Onde:
dF = é a distância da face superior da laje de concreto ao centro geométrico da seção efetiva da forma, em
(mm);
tc = representa a altura da laje de concreto acima do topo da forma da Telha-fôrma, em (mm);

F e S são as taxas de armadura nas direções longitudinal e transversal à forma, dadas por:

AF  Asl
F 
d f (b p  2hr  3d F )

Ast
s 
tc (bl  2hr  3d F )

AF é a área da seção da forma de aço, referente à largura (bp+2hr+3dF), em (mm2);

Asl é a área da armadura longitudinal, referente à largura (bp+2hr+3dF), em (mm2);

Ast é a área da armadura transversal, referente à largura (bl+2hr+3dF), em (mm2);

bl e bp são expressos em (mm);

hr é a altura do revestimento da laje, expressa em (mm), se houver.

19
A seguir são apresentados os valores de Vp,Rd/ para a Telha-fôrma MF-50 e MF-75 da METFORM,
considerando-se várias dimensões usuais para a base de aplicação da carga concentrada e  = 1,4. Na
determinação destes valores, ucr foi obtido a partir da equação anterior e Rd calculado para fck igual a
20MPa.

20
 RESISTÊNCIA À PUNÇÃO EM ( kN/m ) para Telha-fôrma MF-50

Altura Total Espessura Vp,Rd (kN)/g


(tF)
da Laje Telha-fôrma Dimensão da Base de Carga (mm)
(mm) (mm) 100x100 100x200 200x200 200x300 200x400 300x400 400x400 400x500 400x600
50x150 150x150 150x250 250x250 300x300 350x350 350x450 450x450 500x500
0,80 22,18 27,62 33,07 38,52 43,97 49,41 54,86 60,31 65,76
100 0,95 22,77 28,37 33,96 39,55 45,15 50,74 56,34 61,93 67,53
1,25 23,78 29,62 35,46 41,30 47,14 52,98 58,82 64,67 70,51
0,80 26,33 32,33 38,33 44,34 50,34 56,34 62,35 68,35 74,35
110 0,95 27,03 33,20 39,36 45,53 51,69 57,86 64,02 70,19 76,35
1,25 28,23 34,66 41,10 47,54 53,98 60,41 66,85 73,29 79,73
0,80 30,71 37,25 43,79 50,32 56,86 63,39 69,93 76,47 83,00
120 0,95 31,54 38,25 44,96 51,68 58,39 65,10 71,81 78,52 85,23
1,25 32,93 39,94 46,95 53,96 60,97 67,97 74,98 81,99 89,00
0,80 35,34 42,38 49,43 56,48 63,53 70,58 77,63 84,68 91,72
130 0,95 36,29 43,52 50,76 58,00 65,24 72,48 79,72 86,95 94,19
1,25 37,89 45,45 53,00 60,56 68,12 75,68 83,24 90,79 98,35
0,80 40,19 47,73 55,27 62,82 70,36 77,90 85,45 92,99 100,53
140 0,95 41,27 49,01 56,76 64,51 72,25 80,00 87,75 95,49 103,24
1,25 43,09 51,18 59,27 67,36 75,44 83,53 91,62 99,71 107,80
0,80 45,26 53,29 61,31 69,33 77,35 85,38 93,40 101,42 109,45
150 0,95 46,48 54,72 62,96 71,20 79,44 87,67 95,91 104,15 112,39
1,25 48,53 57,14 65,74 74,34 82,94 91,55 100,15 108,75 117,35
0,80 50,56 59,05 67,54 76,02 84,51 93,00 101,49 109,98 118,47
160 0,95 51,92 60,64 69,35 78,07 86,79 95,50 104,22 112,94 121,66
1,25 54,21 63,31 72,42 81,52 90,62 99,72 108,82 117,93 127,03
0,80 56,07 65,01 73,95 82,90 91,84 100,78 109,72 118,67 127,61
170 0,95 57,58 66,76 75,94 85,13 94,31 103,49 112,68 121,86 131,04
1,25 60,12 69,71 79,30 88,89 98,47 108,06 117,65 127,24 136,83

21
 RESISTÊNCIA À PUNÇÃO EM ( kN/m ) para Telha-fôrma MF-75

Altura Total Espessura Vp,Rd (kN)/g


(tF)
da Laje Telha-fôrma Dimensão da Base de Carga (mm)
(mm) (mm) 100x100 100x200 200x200 200x300 200x400 300x400 400x400 400x500 400x600
50x150 150x150 150x250 250x250 300x300 350x350 350x450 450x450 500x500
0,80 27,80 34,01 40,22 46,43 52,64 58,84 65,05 71,26 77,47
130 0,95 28,56 34,94 41,32 47,70 54,08 60,46 66,83 73,21 79,59
1,25 29,83 36,50 43,16 49,82 56,48 63,15 69,81 76,47 83,13
0,80 32,30 39,04 45,78 52,52 59,26 66,00 72,74 79,48 86,23
140 0,95 33,19 40,11 47,04 53,96 60,89 67,81 74,74 81,66 88,59
1,25 34,66 41,90 49,13 56,36 63,60 70,83 78,06 85,30 92,53
0,80 37,04 44,30 51,55 58,80 66,06 73,31 80,57 87,82 95,07
150 0,95 38,06 45,51 52,96 60,41 67,87 75,32 82,77 90,23 97,68
1,25 39,75 47,53 55,32 63,10 70,89 78,67 86,46 94,24 102,03
0,80 42,02 49,77 57,52 65,27 73,02 80,77 88,52 96,28 104,03
160 0,95 43,17 51,13 59,09 67,06 75,02 82,98 90,95 98,91 106,88
1,25 45,09 53,41 61,72 70,04 78,36 86,68 95,00 103,31 111,63
0,80 47,22 55,45 63,69 71,92 80,15 88,39 96,62 104,86 113,09
170 0,95 48,51 56,97 65,43 73,89 82,35 90,81 99,27 107,73 116,19
1,25 50,67 59,51 68,34 77,18 86,02 94,85 103,69 112,52 121,36
0,80 52,65 61,35 70,05 78,76 87,46 96,16 104,87 113,57 122,27
180 0,95 54,09 63,03 71,97 80,91 89,86 98,80 107,74 116,68 125,62
1,25 56,49 65,83 75,17 84,51 93,85 103,19 112,53 121,87 131,21
0,80 58,29 67,45 76,61 85,78 94,94 104,10 113,26 122,42 131,58
190 0,95 59,89 69,30 78,71 88,12 97,54 106,95 116,36 125,77 135,19
1,25 62,55 72,38 82,22 92,05 101,88 111,71 121,54 131,37 141,20
0,80 64,15 73,76 83,37 92,98 102,59 112,19 121,80 131,41 141,02
200 0,95 65,91 75,78 85,65 95,52 105,40 115,27 125,14 135,01 144,88
1,25 68,84 79,15 89,47 99,78 110,09 120,40 130,71 141,02 151,33

22
 EXEMPLO VERIFICAÇÃO DE CARGA CONCENTRADA SOBRE LAJE COM TELHA-FÔRMA
METFORM

Suponha que uma laje mista de altura total de 140mm, com Telha-fôrma MF-75 da METFORM, cobrindo
um vão de 2,7m seja adotada na execução do piso de uma garagem de automóveis. O peso de camada de
revestimento a ser utilizado é 0,50kN/m 2.

Será verificada a resistência da laje, utilizando-se uma Telha-fôrma MF-75 de espessura (tF) de 0,80mm,
em aço galvanizado ZAR-280, de limite de resistência ao escoamento igual a 280MPa. O concreto a ser
utilizado possui fck igual a 20MPa. Será dimensionada a armadura de distribuição a ser posicionada no
capeamento de concreto, acima das nervuras da Telha-fôrma METFORM.

 SOLUÇÃO:

Para a execução de piso de garagens, uma laje mista com Telha-fôrma MF-75 deverá ser verificada para o
caso mais crítico entre uma sobrecarga uniformemente distribuída e uma carga pontual (por eixo do
veículo).
Inicialmente, será realizada uma verificação das cargas de serviço atuantes, considerando-se uma
sobrecarga uniformemente distribuída de 3kN/m 2.
Posteriormente, será realizada uma segunda verificação, considerando-se a ação de uma carga de 9,0kN
concentrada em uma área de 150mm  150mm, atuando em qualquer região da laje.

A) VERIFICAÇÃO PARA SOBRECARGA UNIFORME:

As cargas distribuídas nominais atuantes na laje mista são:


 Peso própria Telha-fôrma MF-75 + concreto ....... 2,50 kN/m2
 Revestimento ......................................................... 0,50 kN/m2
 Sobrecarga uniforme ............................................. 3,00 kN/m2

A carga sobreposta nominal total (excluindo-se o peso próprio da laje) será:


w d  0,50  3,00  3,50 kN/m2
Para a laje mista em questão (d = 140 mm, esp. 0,80mm ZAR 280MPa), a resistência nominal fornecida
pela tabela de cargas da Telha-fôrma MF-75 é: wn = 6,11 kN/m2.
wn > wd  OK!

B) VERIFICAÇÃO PARA CARGA CONCENTRADA NOMINAL:

A verificação para a carga concentrada de 9,0kN será realizada em três etapas, correspondentes às
solicitações de flexão, cisalhamento e punção. Posteriormente será dimensionada a armadura de
distribuição.
 A carga distribuída nominal sobreposta será: ....... wdd  0,50 kN/m2 (excluindo-se o peso próprio)
 A carga concentrada nominal será: ....................... Fd = 9,0 kN.

Fd = 9,0kN tc = 65mm d = 140mm


bp = 150mm hF = 75mm LF = 2.700mm
dp = 102,5 mm Lp=1.350mm (p/ flexão) Lp = 140mm (p/ verificação ao cisalhamento vertical)

23
A largura de aplicação da carga concentrada é dada por:
bm  bp  2  hr  tc   150  2  0  65  280 mm

B.1) VERIFICAÇÃO AO MOMENTO FLETOR:


Na verificação ao momento fletor deve-se considerar a carga concentrada Fd aplicada no meio do vão,
por se tratar da situação mais desfavorável em termos do diagrama do momento fletor atuante e,
consequentemente, da carga distribuída equivalente. Vejamos a situação a seguir:
Fd ab
Para uma situação em que a carga concentrada esteja a uma distância a do apoio, tem-se M at  .
LF
8Fd ab
Igualando este momento ao de uma carga distribuída equivalente ( qL / 8 ) temos qeq 
2
.
LF
L 2 Fd L 3LF
Considerando-se a  b  F , temos qeq  . Agora considerando-se a  F e b  ,
2 LF 4 4
1,5Fd
qeq  , ou seja, aplicando-se a carga a ¼ do vão, tem-se uma redução de 33% na carga distribuída
LF
L 9 LF 0,72 Fd
equivalente. Considerando-se ainda a  F e b  , qeq  , uma redução de 64% na carga
10 10 LF
distribuída equivalente para uma carga aplicada a 1/10 do vão. Portanto deve-se considerar sempre a carga
concentrada aplicada no meio do vão. Neste caso, LF = Lp = 1.350 mm.

A parcela de carga distribuída equivalente relativa à carga concentrada nominal Fd é, portanto, dada por (a
carga Fd atua ao longo da largura efetiva bem):

24
Fd LF  1  qeq LF 2 Fd  1 
2

     qeq   
4  bem  8 LF  bem 

A largura efetiva para a resistência à flexão é dada por:

  Lp 
bm  2 L p  1    280  2  1.350  1  1.350 / 2.700  1.630mm
  LF 
bem  
 2.700  65 / 75  65  1.254mm
2.700  tc
 hF  tc 
bem = 1.254 mm

2  9,0  1 
logo: q eq     5,32 kN/m2
2,7  1,254 
A parcela de carga nominal de serviço relativa à carga distribuída atuante (revestimento) é:
wdd = 0,50 kN/m2.

Somando-se as parcelas de carga distribuída e carga concentrada, têm-se:


wd = 0,50 + 5,32 = 5,82 kN/m2

As resistências das lajes mistas são dadas pelas tabelas da pág. 12: wn = 6,11 kN/m2

wn > wd  OK!

B.2) VERIFICAÇÃO AO CISALHAMENTO VERTICAL:

Na verificação ao cisalhamento vertical, será admitido que a carga concentrada Fd encontra-se próxima a
um dos apoios, com um afastamento igual à altura total da laje. Logo o vão de cisalhamento será: Lp = 140
mm. Conforme comentários anteriores, a resistência da laje mista ao cisalhamento vertical deve ser dada
por Vv , Rd /  . O valor desta resistência deverá ser comparado com a soma das cargas nominais atuantes na
laje, incluindo-se o peso próprio da mesma.

Nos apoios, a força cortante oriunda das cargas nominais distribuídas (incluindo-se o peso próprio) é:

Vcd  2,50  0,50 


2,7
 4,05 kN/m
2
No apoio mais solicitado, a força cortante relativa à carga concentrada Fd, ao longo da largura efetiva bev, é
dada por:

Vcd  P 
LF  Lp 

1
LF bev
A largura efetiva para a resistência ao cisalhamento vertical é dada por:

  Lp 
bm  L p  1    280  140  1  140 / 2700  413mm
  LF 
bev  
 2.700  65 / 75  65  1.254mm
2.700  tc
 hF  tc 
bev = 413 mm

25
2,7  0,14 1
logo: Vcd  9,0    20,66 kN/m
2,7 0,413
Somando-se as parcelas de carga distribuída e carga concentrada, têm-se:

Vd = 4,05 + 20,66 = 24,71 kN/m.


A resistência tabelada da laje mista adotada é igual a: Vv , Rd /  = 56,36 kN/m
Vv , Rd /  > Vd  OK!

B.3) VERIFICAÇÃO À PUNÇÃO:

A carga nominal para verificação à punção é Fd = 9,0 kN; atuando em uma área de (150  150) mm2.

A resistência nominal da laje mista à punção é diretamente proporcional ao valor do perímetro da base de
aplicação da carga, e pode ser considerada como:

Vp, Rd  ucr  dl   Rd
Para a laje mista em questão (d = 140 mm, # 0,80 mm ZAR 280 MPa), as resistências nominais à punção
podem ser dadas por: Vp, Rd /  = 39,04 kN

Vp, Rd /  > Fd  OK!

C) ARMADURA DE DISTRIBUIÇÃO:

A armadura de distribuição posicionada transversalmente às nervuras da Telha-fôrma deve prolongar-se ao


longo da maior largura efetiva (na situação em questão bem = 1.254 mm). Esta armadura deve resistir ao
momento fletor de cálculo transversal dado por:
Fd  be
M d ,Rd   
15w
onde :  = 1,40 (coeficiente de majoração de cargas, conforme a NBR 6118);

Fd = 9,0 kN

be = máx.( bem , bev ) = 1.254 mm

w = LF / 2 + bl  LF  w = 2.700 / 2 + 150 = 1.500 mm < 2.700 mm

logo : Md,Rd = 0,75 kN.m / m

Este esforço deve ser analisado na seção retangular de altura tc = 65mm e largura correspondente à faixa de
1.000mm. Nesta seção, será verificado se a armadura nominal mínima (0,1% da área da seção), colocada a
25mm abaixo do topo do concreto é suficiente para resistir a Md,Rd.
A área da armadura mínima é dada por: Asmin  01
, %  100  6,5  0,65 cm2/m.
Conforme a especificação do catálogo do Instituto Brasileiro de Telas Soldadas (IBTS), a malha
imediatamente superior a Asmin é a designada por Tela Q-75 (As = 0,75 cm2/m). Esta malha é simétrica nas
duas direções e é constituída por barras de 3,8mm de diâmetro com espaçamento entre os fios de 150mm.
O aço das barras possui limite de resistência ao de escoamento fy = 600MPa.

A altura da camada de concreto que é comprimida durante a atuação de Md,Rd é :

26
As  f y 0,75  60
hr    0,27cm
0,85  fck  b 0,85  2  100

em que o coeficiente 0,85 refere-se ao efeito Rüsch no concreto ( fck = 20 MPa ) e b corresponde à largura
da seção ( b = 1 metro ).

O momento fletor resistente da seção é dado por:


 M n  0,85  As  f y  d 'hr / 2  0,85  0,75  60  2,5  0,27 / 2  90,4kNcm/m  0,904kNm/m
Mn > Md,Rd  OK!

obs: No exemplo acima, a tela deverá ser colocada 25mm abaixo do topo do concreto.

27
3.5 LAJES MISTAS COM ARMADURA DE REFORÇO

Conforme descrito no Item 3.3 a Tabela de Cargas para dimensionamento das lajes mistas com
Telha-fôrma METFORM apresenta valores de “Cargas Sobrepostas” admissíveis,
considerando lajes mistas isostáticas, sem continuidade estrutural após a cura do concreto. Em
regiões em que o carregamento atuante (distribuído ou concentrado) ultrapasse os valores
apresentados na Tabela de Cargas, a laje mista deverá ser dimensionada com continuidade
estrutural, com armaduras adicionais de reforço para garantir que a laje atinja a capacidade de
carga necessária.

As tabelas deste Item indicam valores de resistência a flexão (para momentos positivos e/ou
negativos) de seções armadas, com armaduras adicionais de reforço e geometria dos modelos
de Telha-fôrma METFORM. São indicadas seções com armaduras positivas, dentro das ondas
baixas (geralmente adotadas em TRAMOS EXTERNOS) e com de armaduras negativas, no
capeamento de concreto (adotada em TRAMOS INTERNOS).

Para as armaduras positivas foram consideradas barras trefiladas em aço CA-50 (limite de
resistência ao escoamento 500MPa), posicionadas no centro das nervuras da Telha-fôrma. Para
as armaduras negativas foram consideradas telas soldadas em aço CA-60 (limite de resistência
ao escoamento 600MPa), posicionadas a 20mm do topo de concreto. Em todas as tabelas foi
considerado concreto estrutural com resistência a compressão fck igual a 20MPa.

As tabelas indicam resistências a flexão em kN.m para faixas de um metro de largura de laje.
Todos os valores foram obtidos de acordo com as especificações da NBR 6118. Os valores
tabelados correspondem às resistências nominais Mn, já divididas pelo coeficiente de majoração
 (igual a 1,4), portanto poderão ser utilizadas cargas nominais para determinar os esforços
solicitantes que serão comparados com os valores de resistência tabelados.

Nas situações em que a armadura adicional de reforço for a única armadura da seção (por
exemplo armadura negativa sobre apoios em TRAMOS INTERNOS), recomenda-se que os
critérios de armadura mínima da NBR 6118 sejam atendidas.

Os critérios de armadura mínima não precisam ser verificados caso a armadura complementar
não seja a única armadura responsável pela seção. Esta situação é usual em TRAMOS
EXTERNOS, quando a capacidade total da seção para momentos positivos é obtida pela soma
entre a seção armada (tabelas anexas) com a Tabela de Cargas do Item 3.3. Caso a Tabela de
Cargas (Item 3.3) seja desprezada na capacidade da seção, os critérios de armadura mínima da
NBR-6118 necessitam serem atendidos.

Para determinação da resistência da laje mista recomenda-se utilizar 90% do vão livre para
TRAMOS EXTERNOS e 80% para TRAMOS INTERNOS.

28
TELHA-FÔRMA MF-50
Seção Armada: Resistência a Momento Fletor (positivo)
fck = 20 MPa fyb = 500 MPa
Altura total
da laje Armaduras de Barra @ onda baixa

(mm) 1 5,0 2 5,0 1 6,3 2 6,3 1 8,0 2 8,0 1 10,0 1 12,5


+
100 Mn (kN.m/m) 1,45 2,81 2,26 4,30 3,54 6,47 5,26 -
110 Mn + (kN.m/m) 1,65 3,21 2,58 4,93 4,05 7,49 6,06 -
120 Mn + (kN.m/m) 1,85 3,61 2,90 5,57 4,56 8,52 6,86 -
+
130 Mn (kN.m/m) 2,05 4,01 3,22 6,20 5,07 9,54 7,66 11,32
140 Mn + (kN.m/m) 2,25 4,41 3,53 6,84 5,58 10,56 8,46 12,57
150 Mn + (kN.m/m) 2,45 4,81 3,85 7,47 6,10 11,59 9,26 13,82
160 Mn + (kN.m/m) 2,65 5,21 4,17 8,11 6,61 12,61 10,06 15,07
+
170 Mn (kN.m/m) 2,85 5,61 4,49 8,74 7,12 13,63 10,86 16,32

TELHA-FÔRMA MF-75
Seção Armada: Resistência a Momento Fletor (positivo)
fck = 20 MPa fyb = 500 MPa
Altura total
da laje Armaduras de Barra @ onda baixa
(mm) 1 5,0 2 5,0 1 6,3 2 6,3 1 8,0 2 8,0 1 10,0 1 12,5
130 Mn + (kN.m/m) 2,00 3,89 3,12 5,96 4,90 9,04 7,32 10,64
140 Mn + (kN.m/m) 2,22 4,33 3,48 6,67 5,47 10,18 8,21 12,03
+
150 Mn (kN.m/m) 2,45 4,78 3,83 7,37 6,04 11,32 9,10 13,42
160 Mn + (kN.m/m) 2,67 5,22 4,18 8,08 6,60 12,46 9,99 14,81
170 Mn + (kN.m/m) 2,89 5,67 4,54 8,79 7,17 13,60 10,88 16,20
180 Mn + (kN.m/m) 3,11 6,11 4,89 9,49 7,74 14,74 11,77 17,59
190 Mn + (kN.m/m) 3,34 6,56 5,24 10,20 8,31 15,88 12,66 18,98
200 Mn + (kN.m/m) 3,56 7,00 5,60 10,91 8,88 17,02 13,55 20,37

29
TELHA-FÔRMA MF-50
Seções Armadas: Resistência ao Momento Fletor Negativo
fck = 20 MPa fyb = 600 MPa
Altura total
da laje Armaduras em telas soldadas

(mm) X 75 X 92 X 113 X 138 X 159 X 196 X 246 X 283


-
100 Mn (kN.m/m) 2,15 2,61 3,16 3,81 4,34 5,23 6,37 7,15
110 Mn - (kN.m/m) - 2,95 3,59 4,32 4,93 5,96 7,28 8,21
120 Mn - (kN.m/m) - - 4,01 4,84 5,52 6,69 8,20 9,26
130 Mn - (kN.m/m) - - - 5,35 6,11 7,42 9,12 10,32
-
140 Mn (kN.m/m) - - - 5,87 6,71 8,15 10,03 11,37
150 Mn - (kN.m/m) - - - - 7,30 8,88 10,95 12,43
160 Mn - (kN.m/m) - - - - - 9,61 11,87 13,48
170 Mn - (kN.m/m) - - - - - 10,34 12,78 14,54

TELHA-FÔRMA MF-75
Seções Armadas: Resistência ao Momento Fletor Negativo
fck = 20 MPa fyb = 600 MPa
Altura total
da laje Armaduras em telas soldadas

(mm) X 75 X 92 X 113 X 138 X 159 X 196 X 246 X 283


130 Mn - (kN.m/m) - 3,64 4,43 5,35 6,11 7,42 9,12 10,32
-
140 Mn (kN.m/m) - - 4,85 5,87 6,71 8,15 10,03 11,37
150 Mn - (kN.m/m) - - 5,27 6,38 7,30 8,88 10,95 12,43
160 Mn - (kN.m/m) - - - 6,90 7,89 9,61 11,87 13,48
170 Mn - (kN.m/m) - - - - 8,48 10,34 12,78 14,54
180 Mn - (kN.m/m) - - - - 9,08 11,07 13,70 15,59
190 Mn - (kN.m/m) - - - - - 11,80 14,62 16,65
200 Mn - (kN.m/m) - - - - - 12,53 15,53 17,70

A indicação “X” da tabela corresponde a armadura em tela soldada, não necessariamente


simétrica (tela tipo “Q”). No sentido das nervuras da Telha-fôrma a armadura deverá possuir a
área mínima indicada.

30
EXEMPLO DE DETERMINAÇÃO DE ARMADURAS DE REFORÇO

Suponha a mesma laje do item anterior, porém cobrindo agora vãos adjacentes iguais a 3,2m. A
laje será executada para utilização de garagem de automóveis. O peso de camada de
revestimento que será utilizado será 0,50kN/m 2.

Será verificada a resistência da laje mista com Telha-fôrma MF-75 de espessura (tF) de
0,80mm, fabricado em aço galvanizado cujo limite de resistência ao escoamento é igual a
280MPa. O concreto utilizado possui fck = 20MPa. Será dimensionada a armadura adicional
necessária para garantir que a laje suporte as considerações das cargas de serviço.

SOLUÇÃO:

Para a execução de piso de garagens, uma laje mista com Telha-fôrma deverá ser verificada
para o caso mais crítico entre uma sobrecarga uniformemente distribuída e uma carga pontual
(por eixo do veículo). Inicialmente, será realizada uma verificação das cargas de serviço
atuantes, considerando-se uma sobrecarga uniformemente distribuída de 3kN/m 2.
Posteriormente, será feita uma segunda verificação, considerando-se a ação de uma carga de
9,0kN concentrada em uma área de 150mm  150mm, atuando em qualquer região da laje.

A) VERIFICAÇÃO PARA SOBRECARGA UNIFORME:

As cargas distribuídas nominais atuantes na laje mista são:


 Peso próprio Telha-fôrma MF-75 + concreto: ........... 2,50 kN/m2
 Revestimento ............................................................ 0,50 kN/m2
 Sobrecarga uniforme ................................................. 3,00 kN/m2

A carga sobreposta nominal total (excluindo-se o peso próprio da laje) será:


wn = 0,50 + 3,00 = 3,50 kN/m2.
Para a laje mista em questão ( d = 140 mm , # 0,80 mm ZAR 280MPa ), a resistência nominal
fornecida pela tabela de cargas da Telha-fôrma MF-75 da METFORM é : wn = 3,64 kN/m2.
wn > wd  OK!

B) VERIFICAÇÃO PARA CARGA CONCENTRADA NOMINAL:


A verificação para a carga concentrada de 9,0 kN será realizada em três etapas,
correspondentes às solicitações de flexão, cisalhamento e punção. Posteriormente será
dimensionada a armadura adicional de reforço.
 A carga distribuída nominal sobreposta será : wd = 0,50 kN/m2 (excluindo-se o peso próprio)
 A carga concentrada nominal será : P = 12 kN.

P = 12 kN hc = 65 mm d = 140 mm

bp = 150 mm hp = 75 mm L = 3.200 mm

bl = 150 mm dp = 102,5 mm Lp = 1.600mm (verif. à flexão)

Lp = 140mm (verif. ao cisalhamento)

A largura de aplicação da carga concentrada é dada por:


bm  b p  2  hr  hc   150  2  0  65  280 mm

31
B.1) VERIFICAÇÃO AO MOMENTO FLETOR:
Na verificação ao momento fletor deve-se considerar a carga concentrada P aplicada no
meio do vão, por se tratar da situação mais desfavorável em termos do diagrama do momento
fletor atuante e, conseqüentemente, da carga distribuída equivalente. Vejamos a situação a
seguir:
Para uma situação em que a carga concentrada esteja a uma distância a do apoio, tem-se
Pab
M at  2
. Igualando este momento ao de uma carga distribuída equivalente ( qL / 8 ) temos
L
8Pab L 2P L
qeq  . Considerando-se a  b  , temos q eq  . Agora considerando-se a 
L 2 L 4
3L 1,5P
e b , q eq  , ou seja, aplicando-se a carga a ¼ do vão, tem-se uma redução de 33%
4 L
L 9L 0,72 P
na carga distribuída equivalente. Considerando-se ainda a  e b , q eq  , uma
10 10 L
redução de 64% na carga distribuída equivalente para uma carga aplicada a 1/10 do vão.
Portanto deve-se considerar sempre a carga concentrada aplicada no meio do vão. Neste caso,
L = Lp = 1.600 mm.

A parcela de carga distribuída equivalente relativa à carga concentrada nominal P é portanto


dada por (a carga P atua ao longo da largura efetiva bem ):
PL  1  qeq L 2P  1 
2

   qeq   
4  bem  8  L  bem 

A largura efetiva para a resistência à flexão é dada por:


  Lp 
bm  2 L p  1    280  2  1.600  1  1.600/3.200  1880mm
  L 
bem 

h p  hc   2.700  65/75  65  1.274 mm


2.700  hc


bem = 1.274 mm

2  12  1 
logo: qeq     5,89 kN/m2
3,2  1,274 
A parcela de carga nominal de serviço relativa à carga distribuída atuante (revestimento) é:
wdd = 0,50 kN/m2.

Somando-se as parcelas de carga distribuída e carga concentrada, têm-se:


wd = 0,50 + 5,89 = 6,39 kN/m2

Para a Telha-fôrma MF-75 especificado, a tabela de cargas da METFORM indica uma


resistência para a laje mista igual a: wn = 3,64 kN/m2

wn < wd  NÃO OK! A laje necessita de armadura

32
B.2) VERIFICAÇÃO AO CISALHAMENTO VERTICAL (em kN/m):

Na verificação ao cisalhamento vertical, será admitido que a carga concentrada P encontra-se


próxima a um dos apoios, com um afastamento igual à altura total da laje. Logo o vão de
cisalhamento será: Lp = 140mm. Conforme comentários anteriores, a resistência da laje mista ao
cisalhamento vertical deve ser dada por Vv , Rd / y. O valor desta resistência deve ser comparado
com a soma das cargas nominais atuantes na laje, incluindo-se o peso próprio da mesma.
Nos apoios, a força cortante oriunda das cargas nominais distribuídas (incluindo-se o peso

Vdd  2,50  0,50 


3,2
próprio)é:  4,80 kN/m
2
No apoio mais solicitado, a força cortante relativa à carga concentrada P, ao longo da largura
efetiva bev , é dada por:

Vcd  P 
L  L  
p 1
L bev

A largura efetiva para a resistência ao cisalhamento vertical é dada por:


  Lp 
bm  L p  1    280  140 1  140/3200   414mm
  L 
bev  
 2.700 65/ 75  65  1.254mm
2.700 hc

 h p  hc 
bev = 414 mm

logo: Vcd  12 
3,2  0,14  1
 27,72 kN/m
3,2 0,414
Somando-se as parcelas de carga distribuída e carga concentrada, têm-se:
Vd = 4,80 + 27,72 = 32,52 kN/m.

Para a Telha-fôrma MF-75 em questão, a tabela de resistência ao cisalhamento vertical indica


Vv , Rd / y = 56,36kN/m.
Vv , Rd / y > Vd  OK!

B.3) VERIFICAÇÃO À PUNÇÃO:


A carga nominal para verificação à punção é P =9,0 kN atuando em uma área de (150  150)
mm2. A resistência nominal da laje mista à punção é diretamente proporcional ao valor do
perímetro da base de aplicação da carga, e pode ser considerada como:
Vp, Rd / y  c  u cr  hc   Rd  k v  1,2  40    / 

Para a laje mista em questão ( d = 140 mm , # 0,80mm ZAR 280MPa ), a tabela de resistência
nominal a punção (Vp,Rd / y) da Telha-fôrma MF-75 da METFORM indica: Vp,Rd / y = 39,04kN
Vp,Rd / y > P  OK!

33
B.4) ARMADURAS ADICIONAIS
Para a determinação das armaduras adicionais serão consideradas 2 situações. Análise do
TRAMO EXTERNOS (primeiro e último vão, com momento resistente obtido considerando-se
90% do vão livre) e análise dos TRAMOS INTERNOS (segundo ao penúltimo vão, com momento
resistente obtido considerando-se 80% do vão livre).

TRAMOS EXTERNOS (primeiro e último vão):

Carga atuante: wd = 6,39 kN/m2

Capacidade resistente da laje:

Tabela de cargas Telha-fôrma MF-75 (pág. 10) para um vão igual a 90% do vão livre:

L = 0,9 x 3.200mm = 2.880mm ~ 2.900mm  wn = 4,97 kN/m2

Momento a ser resistido pela armadura adicional:

q  (0,9 L) 2 6,39  4,97   (0,9  3,20) 2


M ar    1,47 kN.m/m
8 8
De acordo com a tabela de resistências a momentos positivos para Telha-fôrma MF-75, para
uma laje com altura total igual a 140mm o momento nominal resistente da laje reforçada por uma
barra de diâmetro 5mm no interior da nervura da Telha-fôrma é Mn   2,22 kN.m/m. Portanto,
Mn   M ar e a laje será reforçada com 1 5mm/nervura.

TRAMOS INTERNOS:

Verificação de necessidade de Armadura positiva:

Carga atuante : wd = 6,39 kN/m2

Capacidade resistente da laje:

Tabela de cargas Telha-fôrma MF-75 (pág. 10) para um vão igual a 80% do vão livre:

L = 0,8 x 3.200mm = 2.560mm  wn = 7,24 kN/m2

wn > wd OK! NÃO HÁ NECESSIDADE DE ARMADURA POSITIVA NOS VÃOS INTERNOS

Verificação da Armadura negativa

Momento negativo atuante: M at  50% 


q  L2
 50% 
6,39  2,50  3,20 2  5,69 kN.m/m
8 8
Momento a ser resistido pela armadura adicional :
M ar  M at  5,69 kN.m/m

De acordo com a tabela de resistências a momentos negativos para Telha-fôrma MF-75 para
uma laje com altura total igual a 140mm o momento nominal resistente da laje reforçada por uma
tela soldada X 138 é Mn   5,87 kN.m/m. Portanto, Mn   M ar e a laje será reforçada por
uma tela com área mínima de 1,38 cm 2/m no sentido das nervuras. Para definição do tipo de tela
a ser usada basta verificar a área mínima de aço necessária no sentido paralelo às nervuras:

34
As min  0,15%  bw  hef  0,15%  100  10,25  1,52 cm2/m;
Para atender ao critério de armadura mínima deverá ser adotada a Tela M-159; (1,59cm2/m de
área de aço no sentido paralelo às nervuras e 0,75 cm 2/m no sentido perpendicular às nervuras).

C) ARMADURA DE DISTRIBUIÇÃO:
A armadura de distribuição posicionada transversalmente às nervuras da Telha-fôrma deve
prolongar-se ao longo da maior largura efetiva (na situação em questão bem = 1.254 mm). Esta
armadura deve resistir ao momento fletor de cálculo transversal dado por:

P  be
Md   
15w
onde :  = 1,40 (coeficiente de majoração de cargas, conforme a NBR 6118);
P = 12kN
be = máx.( bem , bev ) = 1.254 mm
w = L / 2 + bl  L  w = 3.200 / 2 + 140 = 1.740 mm < 3.000 mm
logo : Md = 0,81 kN.m/m

Este esforço deve ser analisado na seção retangular de altura hc = 105mm e largura
correspondente à faixa de 1.000 mm. Nesta seção, será verificada a armadura especificada no
Item anterior (Tela M-159), posicionada a 20mm abaixo do topo do concreto é suficiente para
resistir a Md.

Esta malha é simétrica nas duas direções e é constituída por barras de 3,8mm de diâmetro com
espaçamento entre os fios de 100mm. O aço das barras possui limite de resistência ao
escoamento fy = 600MPa.

A altura da camada de concreto que é comprimida durante a atuação de Md é:

As  f y 1,59  60
a   0,56cm
0,85  fck  b 0,85  2  100

onde o coeficiente 0,85 refere-se ao efeito Rüsch no concreto ( fck = 20MPa ) e b corresponde
à largura da seção (b = 1m).

O momento fletor resistente da seção é dado por:

M n  0,85  As  f y  d´ a 2  0,85  1,59  60  2,0  0,56 2  139,5kNcm / m  1,395kNm / m

Mn > Md  OK!

35
3.6 DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS COM TELHA-FÔRMA

O dimensionamento de vigas mistas cuja laje é executada com o sistema Telha-fôrma deve ser
realizado obedecendo-se todas as limitações e recomendações prescritas na NBR 8800 (2008).
Tais recomendações abordam as situações em que o eixo da viga é paralelo ou perpendicular às
nervuras da Telha-fôrma, conforme ilustrado na figura abaixo.

dcs = 19 mm
hcs > 4 dcs

LIMITAÇÕES CONSTRUTIVAS:

a) Para que as vigas de aço sejam consideradas no sistema misto, a altura máxima das
nervuras da Telha-fôrma ( hF ) deverá ser 75mm. A largura média das nervuras ( bf ) não
deve ser inferior a 50mm. Os modelos de Telha-fôrma MF-50 e MF-75 da METFORM
atendem a estas prescrições.

b) A ligação do concreto da laje com a viga de aço deve ser executada mediante conectores tipo
pino com cabeça (stud bolt), com diâmetro igual a 19mm ( 3/4” ). Após a instalação, os
conectores devem ter comprimento maior ou igual a 4 vezes o diâmetro dos mesmos. Caso o
conector seja soldado à viga através da Telha-fôrma, as seguintes observações devem ser
atendidas:
- A espessura da chapa da Telha-fôrma deve ser inferior a 1,5mm para chapa simples.
Para trespasse de duas chapas, a espessura máxima de cada chapa deve ser 1,2mm;
- A soma das camadas de galvanização da Telha-fôrma deve ser inferior a 385g/m 2.
Caso uma das condições acima não seja satisfeita, deve-se perfurar a Telha-fôrma, antes
da execução da solda do conector.

c) Após a instalação dos conectores, a projeção dos mesmos acima do flange superior da
Telha-fôrma não deverá ser inferior a 40mm.

d) A camada de cobrimento de concreto acima do flange superior da Telha-fôrma deve ter no


mínimo 50mm de espessura. Recomenda-se que o cobrimento de concreto acima dos
conectores seja de pelo menos 10mm. Lateralmente (exceto no interior das nervuras) o
cobrimento de concreto para os conectores deve ser 25mm.

36
e) A METFORM disponibiliza conectores de cisalhamento Stud Bolt com diâmetro nominal
19mm com 02 alternativas de comprimento nominal antes da fusão: 110mm para utilização
com Telha-fôrma MF-50 e 135mm para utilização com Telha-fôrma MF-75.

RESISTÊNCIA DOS CONECTORES AO CISALHAMENTO

A resistência nominal ao cisalhamento ( QRd ) de um conector stud bolt totalmente embutido em


uma laje de concreto é dada pelo menor dos valores representados na equação abaixo:

1 Acs  f ck  Ec
QRd 
2  cs

Rg  R p  Acs  f ucs
QRd 
 cs
Tais valores correspondem respectivamente aos estados limites de esmagamento do concreto
ou ruptura da seção dos conectores. Os termos componentes da equação anterior indicam:
fck = Resistência à compressão do concreto das lajes ( 20 MPa fck 50 MPa );
Acs = Área da seção transversal do conector;
fucs = Resistência à ruptura do aço do conector ( fucs = 415 MPa );

Ec = Módulo de elasticidade secante do concreto: Ec  4760 f ck (Ec e fck em

MPa);

 cs = Coeficiente de ponderação da resistência do conector, igual a 1,25 para

combinações últimas de ações normais, especiais ou de construção e igual a


1,10 para ações excepcionais;

Rg = Coeficiente para consideração do efeito de atuação de grupos de conectores:

R g = 1,00, para (a) conector soldado em uma nervura da Telha-fôrma


perpendicular ao perfil de aço; (b) qualquer número de conectores em uma linha
soldados diretamente no perfil de aço; (c) qualquer número de conectores em
uma linha soldados através da Telha-fôrma em uma nervura paralela ao perfil
de aço;

R g = 0,85, para (a) dois conectores soldados em uma nervura da Telha-fôrma


perpendicular ao perfil de aço; (b) um conector soldado através da Telha-fôrma
em uma nervura paralela ao perfil de aço;

R g = 0,70, para três ou mais conectores soldados em uma nervura de


Telha-fôrma perpendicular ao perfil de aço;

37
Rp = Coeficiente para consideração da posição do conector:

R p = 1,00, para conectores soldados diretamente no perfil de aço e, no caso de


haver uma nervura paralela a esse perfil, a mesma deve possuir base com
largura mínima de 50% da largura da mesa superior do perfil de aço;

R p = 0,75, para (a) conectores soldados em uma nervura da Telha-fôrma

perpendicular ao perfil de aço e emh igual ou superior a 50mm (ver figura


abaixo); (b) um conector soldado através da Telha-fôrma em uma nervura
paralela ao perfil de aço;

R p = 0,60, para conectores soldados em uma nervura da Telha-fôrma

perpendicular ao perfil de aço e emh inferior a 50mm (ver figura abaixo);

ESPAÇAMENTO ENTRE OS CONECTORES DE CISALHAMENTO:

No sentido longitudinal, a partir da seção de momento fletor máximo, os conectores de


cisalhamento deverão ser uniformemente espaçados entre essa seção e as seções adjacentes
de momento nulo, exceto que, nas regiões de momento fletor positivo, o número de conectores
necessários entre qualquer seção com carga concentrada e a seção adjacente de momento nulo
(ambas situadas do mesmo lado, relativamente à seção de momento máximo), não pode ser
inferior a n p , dado por:

 M  M aRd 
n p  n PSd  ,
 M Sd  M aRd 
Onde:

M PSd  Momento fletor solicitante de cálculo na seção da carga concentrada (inferior ao


momento resistente de cálculo máximo);

M aRd  Momento fletor resistente de cálculo da viga de aço isolada, baseada no estado limite
FLA;

M Sd  Momento fletor solicitante de cálculo máximo;


n  Número de conectores de cisalhamento a serem colocados entre a seção de momento fletor
positivo solicitante de cálculo máximo e a seção adjacente de momento nulo.
A expressão acima deve ser ajustada adequadamente quando a resistência dos conectores não
for constante.
Longitudinalmente à seção considerada, o espaçamento entre as linhas de centro dos
conectores deverá ser menor ou igual a 8 vezes a espessura total da laje. Para o caso em que a
nervura da Telha-fôrma é perpendicular ao eixo da viga este espaçamento também deverá ser
inferior a 915mm.

38
Ainda no sentido longitudinal, o espaçamento mínimo entre as linhas de centro dos conectores
deverá ser igual a 6 vezes o diâmetro dos mesmos, exceto no interior das nervuras da Telha-
fôrma, onde este limite poderá ser reduzido para 4 vezes o diâmetro dos conectores.
Caso o diâmetro dos conectores seja superior a 2,5 vezes a espessura da mesa à qual serão
instalados, estes devem ser soldados diretamente sobre a alma da viga de aço. Caso seja
possível a instalação de mais de um conector transversalmente à viga de aço, o espaçamento
entre suas linhas de centro neste sentido deverá ser maior ou igual a 4 vezes o diâmetro dos
mesmos.

EXEMPLO DE VERIFICAÇÃO DE VIGA MISTA COM TELHA-FÔRMA METFORM

Será verificado o dimensionamento da viga mista V2 representada na figura abaixo. As cargas


atuantes no piso, além do peso próprio, correspondem a 2kN/m 2 de revestimento
impermeabilizante e 5kN/m 2 de sobrecarga de utilização. A laje deverá ser executada com
Telha-fôrma MF-75 da METFORM, com altura total de concreto igual a 150mm. A chapa da
Telha-fôrma possui 0,80mm de espessura (tF) e limite de resistência fy =280MPa. O concreto
possui fck = 20MPa e o aço estrutural das vigas é o ASTM A36 “MULTIGRADE” (fy = 300 MPa e
fu = 410 MPa).

Ressalta-se que o procedimento de cálculo para vigas suportando lajes com Telha-fôrma MF-50
é análogo ao abordado neste exemplo.

Serão verificadas, também, a quantidade e a distribuição dos conectores de cisalhamento do tipo


stud bolt.

39
GEOMETRIA DO PISO:

SOLUÇÃO:

A viga V2 é do tipo paralela ao eixo das nervuras da Telha-fôrma. Será verificada a resistência
do perfil PS 500  52 , cujas dimensões e propriedades geométricas encontram-se
representadas abaixo:
PS 500x52
8

6,3
500

200,5
16

150
Ag = 65,99 cm2 Wxsup = 878 cm3 Zx = 1.181 cm3
Ix = 25.855 cm 4 Wxinf = 1.240 cm3

CARGAS ATUANTES NO PISO:


Cargas Permanentes: peso próprio da laje ....... : 2,74 kN/m 2
revestimento .................. : 2,00 kN/m2
4,74 kN/m2

Sobrecarga .......................................................... : 5,00 kN/m 2

40
CARGAS E ESFORÇOS ATUANTES NA VIGA MISTA:
As somas das reações verticais das vigas secundárias ( V5 ) que se apoiam em V2 são:

 devido ao peso próprio ... : P1 = 50,9 kN

 devido ao revestimento ... : P2 = 37,1 kN

 devido à sobrecarga ........ : P3 = 92,8 kN


As reações totais de cálculo atuando em V2 são:
Pd = 1,4  ( P1 + P2 ) + 1,5  P3 = 262,4 kN

Pd Pd Momentos Fletores

2500 2500 2500


7500 Md

O momento fletor de cálculo é: Md = Pd  2,5 = 656,0 kNm


O esforço cortante de cálculo é: Vd = Pd = 262,4 kN

DETERMINAÇÃO DA LARGURA EFETIVA bc


A largura efetiva de concreto acima da viga de aço é dada por:

L / 4  7.500 / 4  1.875mm
bc  
e1  e2  / 2  7.350  7.200 / 2  7.425mm
onde: e1 ou e2 = distância entre a linha de centro da viga V2 e a linha de centro da viga V1 ou
V3; L = Vão da viga entre linhas de centro dos apoios.
Logo : bc = 1.875 mm.

VERIFICAÇÃO DA ESBELTEZ DA ALMA DA VIGA DE AÇO:

h / t w  500  16  8 / 6,3  75,6


 p  3,76 E / f y  3,76 205.000 / 300  98,3
Como h / t w   p , a viga mista poderá ser calculada no limite plástico da seção.
Todas as verificações subseqüentes serão realizadas supondo interação total entre a viga de
aço e a laje.

41
POSIÇÃO DA LINHA NEUTRA PLÁSTICA (LNP):
O esforço de tração máximo admissível na viga de aço é:
A f  65,99  30
Tad    1.799,7 kN
g y a

 a1 1,1

O esforço de compressão máximo admissível na laje ( por simplificação ) desprezando-se o


concreto existente no interior das nervuras da Telha-fôrma pode ser considerado como:
0,85  fck  bc  hc  0,85  2  187,5  7,5
Ccd    1.707,6 kN
c 1,4

Sendo  a1 o coeficiente de ponderação da resistência do aço e  c o coeficiente de ponderação


da resistência do concreto. O termo 0,85 relaciona-se com a minoração da resistência do
concreto, devido ao efeito Rüsch.

O máximo esforço de tração que pode atuar na viga de aço é superior ao máximo esforço de
compressão que pode atuar na laje de concreto, logo a LNP da seção está localizada na viga de
aço. Ao realizar-se o equilíbrio das forças atuantes em relação à LNP, a parcela de esforço de
compressão resistida pela viga de aço ( Cad ) , deve ser dada por:

1  Ag f y a 0,85  fck  bc  hc 


C ad      46 kN
2   a1 c 

O esforço de compressão atuante na laje de concreto é dado por Ccd:

0,85  fck  bc  hc 


Ccd   1.707,6 kN
c

O esforço de tração atuante na viga de aço é dado por:

Tad  Ccd  Cad  1.707,6  46  1.753,6 kN

A f 
g y 360
  327,3 kN. Logo, a LNP da seção mista
flangesup erior
O esforço Cad é inferior a
 a1 1,1
está localizada no flange superior da viga de aço, distante y de sua fibra superior. A figura
seguinte exibe a distribuição de tensões bem como os esforços Tad , Cad e Ccd , atuantes na
seção mista.

O valor de y é dado por:


C ad 46
y  t fls   8  1,13 mm
Af y  flange_ superior 360
 a1
1,1

onde tfls representa a espessura do flange superior da viga.

42
O termo yc indica a distância do centro de gravidade da área de aço comprimida à fibra superior
do perfil: yc = y / 2 = 0,56 mm. O termo yt representa a distância do centro de gravidade da
área tracionada à fibra inferior da viga de aço. Para a viga em questão, yt = 199,4 mm.

RESISTÊNCIA AO MOMENTO FLETOR DA VIGA MISTA:


O momento fletor resistente da seção mista, deve ser dado por:
 h 
M Rd   vm Cad  d  yt  yc   Ccd   c  hF  d  yt 
 2 

Sendo d igual a altura total da viga de aço ( 500 mm ) e  vm = 1,00 para vigas mistas
biapoiadas: MRd = 719,3 kNm.
Md = 656,0 kNm.

MRd > Md  OK!

RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DA VIGA MISTA:


O cisalhamento atuante deve ser resistido apenas pela viga de aço:

  h / t w  476 / 6,3  75,6 V pl  0,6  h  t w   f y  539,8 kN

 p  1,1 K v E / f y  64,3 (Kv = 5)

r  1,37 K v E / f y  80,1

p V
pl
 p    r  VRd    417,4 kN
 
a1
Vd = 262,5 kN  Vn > Vd  OK!

43
VERIFICAÇÃO DOS DESLOCAMENTOS VERTICAIS:

O deslocamento vertical total (flecha) da viga mista é dividido em duas parcelas. A primeira
parcela corresponde ao deslocamento vertical da viga de aço isolada que ocorre antes da cura
do concreto, caso não existam escoramentos. Para esta parcela, o carregamento atuante na viga
de aço ( qG’ ) corresponde ao peso próprio da laje após a concretagem (2,74 kN/m 2 para MF-75
esp.= 0,80 mm, tc = 150 mm). A segunda parcela corresponde aos deslocamentos da viga mista
devidos a todas as cargas de serviço da estrutura, subtraídas as cargas consideradas em qG’ .
Para a verificação da segunda parcela, o carregamento utilizado é denominado qL . O valor
máximo admissível para o deslocamento vertical total é L / 250.
qtotal  q L  qG'  2,74  2  5  9,74 kN/m2
qG'  2,74 kN/m2  PG’ = 50,9 kN
q L  qtotal  qG'  7,00 kN/m2  PL = 129,9 kN

Para a determinação do momento de inércia da seção mista ( Im ) , deve-se determinar a posição


da linha neutra elástica da seção mista ( LNE ) , isto porque as deformações estão limitadas ao
regime elástico da peça.
Ag ya  A'c d  hF  hc / 2
ym 
Ag  A'c

Onde : A’c = 1/3  ( bc / n )  hc


n = Es / Ec Es = 205.000MPa
Ec  4760 fck

Utilizando-se fck = 20MPa : Ec = 21.287MPa . O coeficiente 1/3 foi utilizado na equação de A’c
para que a influência da retração e da deformação lenta do concreto sejam levadas em
consideração no cálculo da flecha da viga mista. Logo:
n = 205.000 / 21.287 = 9,63
A’c = 1/3  187,5 / 9,63  7,5 = 48,68 cm2
65,99  20,05  48,68  50  7,5  7,5 / 2
ym   37,54 cm
65,99  48,68

O momento de inércia da viga mista para a análise das deformações será:


I m  I x  Ag  ym  ya   bc / 2nhc3 /12  A'c d  hF  hc / 2  ym 
2 2

I m  25.855  65,99  37,54  20,05  187,5 / 2  9,63 7,53 / 12  48,68  50  7,5  7,5 / 2  37,54
2 2

I m  73.751 cm4

Para a viga em questão, a flecha total é dada por:


23PG '  L3 23PL  L3
 total    27,2 mm
648EI x 648EI m
L / 250  30 mm
 total < L / 250  OK!

44
Deve-se também verificar a flecha da viga mista devido às sobrecargas atuantes. Pela NBR
8800 (2007), o valor máximo admissível para o deslocamento vertical devido às sobrecargas é
L / 350 .
q sc  5 kN/m2  Psc = 92,8 kN

23Psc  L3
 sc   9,19 mm
648EI m
L / 350  21,4 mm
 sc < L / 350  OK!

LIMITAÇÃO DAS TENSÕES DE TRAÇÃO:

De acordo com a NBR 8800 (2007), a limitação da tensão de tração atuante na fibra inferior da
viga de aço é exigida apenas para o caso em que 3,76 E / f y  h / t w  5,7 E / f y , o que
não ocorre neste exemplo. No entanto, para fins didáticos, faremos a verificação a seguir:
A tensão total atuante, assim como total é dividida em duas parcelas. A primeira parcela
corresponde à tensão atuante na viga de aço isolada ( carregamento qG’ ) . A segunda parcela
corresponde à tensão atuante na viga mista ( carregamento qL ) . Para o cálculo desta parcela, o
momento de inércia da viga mista Im deve ser obtido considerando-se A’c = ( bc / n )  hc .
qG '  2,74 kN/m2  MG’ = 127,25 kNm

q L  7,00 kN/m2  ML = 324,75 kNm


Wxinf = 1.240 cm3
Im = 103.335 cm4 ym = 48,43 cm Wminf = 2.134 cm3

45
M G' ML f y 300
  255MPa    270MPa  ok!
Wx inf Wmin f  a1 1,1

QUANTIDADE E DISTRIBUIÇÃO DOS CONECTORES DE CISALHAMENTO:


Todas as verificações realizadas somente têm validade se o número e a distribuição dos
conectores (stud bolt), sejam tais que a interação total da laje com a viga de aço seja garantida.
Como a Linha Neutra Plástica (LNP) da seção mista situa-se na viga de aço, o esforço de
cisalhamento a ser resistido pelos conectores deve ser dado por:
Vn  0,85  fck  bc  hc   2.391 kN

Ao utilizar-se a Telha-fôrma MF-75 da METFORM para as vigas mistas paralelas ao vão da laje
há minoração de 24% da resistência nominal ao cisalhamento dos conectores stud bolt, assim
Cred = 0,76. Logo, a resistência de um conector stud bolt deve ser dada por:
0,76  0,5 Acs  fck  Ec
qn  
0,76  Acs  f u

Será utilizado um conector 3/4”  53/8” (Acs = 283 mm2 , fu = 415MPa). Conforme o cálculo
anterior, o módulo de elasticidade do concreto com fck = 20MPa é Ec = 22.085MPa . Assim,
têm-se:
qn = 0,76 x 94 = 71,4 kN

Logo, o número de conectores entre o ponto de momento fletor máximo e o apoio deve ser :
Vn 2.391
n   32 conectores
qn 71,4

A espessura do flange superior da viga de aço ( tfls = 8 mm ) é superior a dcs / 2,5 . Logo os
conectores podem ser soldados diretamente no flange superior da viga de aço, em uma fila
dupla. O espaçamento entre os conectores (2.500 / ( 32 / 2 )  156 mm), é superior ao
espaçamento mínimo admissível para conectores, que é 6dcs .

Pd Pd

32 studs 4 studs 32 studs

Na região de momento fletor constante devem ser colocados 4 conectores construtivos (em uma
fila única), de forma a satisfazer o espaçamento máximo admissível entre os mesmos, que é
800mm.

46
3.7 ABERTURAS EM LAJES COM TELHA-FÔRMA METFORM

Geralmente aberturas em lajes são executadas realizadas após a concretagem. Durante a concretagem,
deverão ser feitos nichos (utilizando-se madeira, chapas de aço de pequena espessura ou isopor) que
isolem o concreto da Telha-fôrma. A Telha-fôrma deverá ser cortado somente depois que a resistência à
compressão do concreto atinja 75% do fck de projeto.

Após a concretagem, deverão ser evitadas aberturas de furos cujo processo provoque uma vibração
excessiva que venha a prejudicar a superfície de contato concreto/Telha-fôrma.

ABERTURAS PEQUENAS:

São as aberturas cuja maior dimensão não ultrapasse 200 mm. Para estas aberturas não é necessário a
consideração de algum reforço para a laje mista. Estas aberturas podem ser realizadas após a concretagem
do piso, através de máquinas perfuradoras com coroas diamantadas. A distância mínima entre os centros
dos furos deverá ser de duas vezes o diâmetro perfurado. Nas regiões em que o concreto perfurado
participe da largura efetiva de vigas mistas, esta distância mínima deverá ser aumentada para cinco vezes o
diâmetro da abertura.

ABERTURAS GRANDES:

São as aberturas em que uma das dimensões ultrapasse o valor de 200mm. Nestes casos, armaduras de
reforço Longitudinais e Transversais deverão ser colocadas na região. Esta armadura, consiste em:

ARMADURA LONGITUDINAL:
Deve ser posicionada dentro dos canais da Telha-fôrma na região adjacente ao furo. A resistência desta
armadura deve corresponder à resistência de área de aço da chapa da Telha-fôrma que foi retirada na

47
execução da abertura. O comprimento de ancoragem desta armadura deve ser determinado conforme a
ABNT-NBR-6118. A área total da armadura longitudinal ( Asl ) poderá ser considerada como:

Asl = As  L  fy / ( fyl / s )


em que: As = Área por unidade de comprimento da Telha-fôrma recortada na abertura. Para os modelos de
Telha-fôrma MF-50 e MF-75 estas áreas devem ser consideradas como:
TELHA-FÔRMA MF-50 TELHA-FÔRMA MF-75

# Telha-fôrma As # Telha-fôrma As
(tF) (tF)
( mm ) ( cm2/m ) ( mm ) ( cm2/m )
0,80 9,97 0,80 11,12
0,95 11,93 0,95 13,32
1,25 15,87 1,25 17,71
L = Largura da abertura, perpendicular ao vão da laje;
 = Coeficiente de minoração da resistência do aço da Telha-fôrma (em analogia à ABNT-NBR-
8800 pode-se adotar  = 0,9);
fy = Limite de escoamento do aço da Telha-fôrma;
s = Coeficiente de segurança da armadura longitudinal (seguindo a ABNT-NBR-6118, s =
1,15);
fyl = Limite de escoamento do aço da armadura longitudinal.

ARMADURA TRANSVERSAL:

Corresponde à armadura de distribuição de lajes convencionais armadas em uma só direção. Deve ser
posicionada perpendicularmente aos canais da Telha-fôrma, podendo apoiar-se diretamente sobre o flange
superior do mesmo. Esta armadura deve prolongar-se por no mínimo dois canais da Telha-fôrma, além da
largura da abertura.

A armadura transversal pode ser considerada como no mínimo 20% da armadura longitudinal, distribuída
em no mínimo três barras, cujo espaçamento seja inferior a 300mm.

Armadura transversal Armadura de retração

Região da abertura
Armadura longitudinal

Opcionalmente a armadura de distribuição poderá ser substituída por perfis U, laminados ou formados a frio,
em chapas de pequena espessura. Embutidos no concreto, os perfis U trabalharão à flexão e deverão
absorver as cargas atuantes na região da abertura, transmitindo-as para as regiões adjacentes.

Deverão sempre serem previstas vigas no contorno de aberturas cuja dimensão perpendicular ao sentido
das nervuras da Telha-fôrma maior que 600mm.

48
3.8 DETALHES CONSTRUTIVOS COM TELHA-FÔRMA METFORM

Para a correta instalação da Telha-fôrma METFORM sobre a estrutura de aço deverão ser utilizados
acessórios tais como arremates de laje (AL), suportes de arremates (SD), complementos de Telha-fôrma
(CD) ou arremates de Telha-fôrma (AD). As peças da Telha-fôrma bem como todos os acessórios
requeridos na montagem da laje deverão ser detalhados em um desenho denominado “Diagrama de
Forma”. Cada cada pavimento tipo de uma edificação em projeto deve possuir o “Diagrama de Forma”
correspondente, o qual deverá retratar o posicionamento das peças da Telha-fôrma bem como as situações
particulares existentes. Algumas destas situações serão ilustradas a seguir:

ARREMATES DE LAJE ( AL )

>15mm

b
>25mm >50mm
AL

>15mm
AL

b
>50mm

Para a fabricação dos perfis dos arremates de laje é recomendável que sejam utilizadas chapas em aço
ASTM A570 grau C com espessura maior ou igual a 2mm. Os arremates de laje deverão ser soldados nas
vigas de aço, apoiando-se sobre um comprimento de no mínimo 50mm. As soldas deverão ser de filete com
comprimento de 25mm e espaçamento não superior a 300mm. A espessura da chapa de arremate é
determinada em função do balanço (b) ao qual a mesma fica submetida. As tabelas seguintes indicam as
espessuras mínimas dos arremates de laje, baseadas nas recomendações do Steel Deck Institute (SDI),
para os modelos de Telha-fôrma MF-50 e MF-75:

49
TELHA-FÔRMA MF-75 & MF-50
Espessura Mínima Para Arremates de Laje (mm)

Altura Total Espessura Mínima da Chapa ( mm )


da Laje Balanço do Arremate de Laje ( b) ( mm )
( mm ) 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275
100 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,65 2,65 2,65 3,35
110 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,65 2,65 2,65 3,35
120 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,65 2,65 2,65 3,35 3,35
130 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,65 2,65 2,65 3,35 3,35
140 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,65 2,65 2,65 3,35 3,35
150 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,65 2,65 2,65 3,35 3,35 3,35
160 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,65 2,65 2,65 2,65 3,35 3,35 -
170 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,65 2,65 2,65 3,35 3,35 3,35 -
180 2,00 2,00 2,00 2,00 2,65 2,65 2,65 3,35 3,35 3,35 - -
190 2,00 2,00 2,00 2,65 2,65 2,65 2,65 3,35 3,35 3,35 - -
200 2,00 2,00 2,65 2,65 2,65 2,65 3,35 3,35 3,35 - - -

Nas situações em que o balanço da Telha-fôrma em relação a extremidade do flange da viga de apoio for
muito grande, o arremate de laje deverá ser fabricado em de aço galvanizado, apresentando uma seção
transversal em U. A aba inferior do Perfil U deverá ser fixada com rebites nas ondas baixas da Telha-fôrma.
A aba superior do Perfil U deverá ser fixada (também por rebites) ao suporte de arremate (SD), o qual
deverá ser rebitado nas ondas altas da Telha-fôrma. Nas ondas altas ou baixas, o espaçamento entre os
pontos de rebites não deverá ser superior a 500mm.

SD
AL

50
COMPLEMENTOS DE TELHA-FÔRMA (CD)

Em situação de projeto, ao distribuir-se os painéis da Telha-fôrma para fôrma de uma laje, deverá ser levado
em conta a largura útil (Lu) de cada modelo (915mm para a Telha-fôrma MF-50 e 820mm para a Telha-
fôrma MF-75) e a largura total (Lt) disponível da laje a ser coberta. Para completar a largura total da laje (Lt),
na região próxima as vigas principais (comprimento l paralelo à Telha-fôrma), poderá ser utilizado um
complemento de Telha-fôrma ( CD ). A principal função desta peça é de evitar recortes e perdas na Telha-
fôrma. O Complemento de Telha-fôrma deverá ser executado em aço galvanizado, com limite de
escoamento igual ao da Telha-fôrma utilizado. Baseado nas prescrições do Steel Deck Institute ( SDI ),
recomenda-se a utilização de chapas galvanizadas com espessura nominal 1,55mm. A largura máxima
admissível para os Complementos de Telha-fôrma ( l ) deverá ser de até 250mm.

l
CD
>25mm

Da mesma forma que as peças da Telha-fôrma, os Complementos de Telha-fôrma ( CD ) deverão ser


fixados às vigas de aço da estrutura através de soldas tipo “bujão” (tampões) com 16mm de diâmetro. No
sentido longitudinal (paralelo as vigas) o espaçamento máximo entre as linhas de centro dos pontos de
soldas deverá ser inferior a 800mm. A largura mínima recomendada para apoio dos Complementos de
Telha-fôrma sobre o flange superior das vigas de aço é igual a 25mm.

ARREMATES DE TELHA-FÔRMA ( AD )
O Arremate de Telha-fôrma é utilizado para complementar a vedação da fôrma e evitar que o concreto
“molhado” passe por entre as ondas da Telha-fôrma. Este acessório poderá ser utilizado nas regiões de
mudança de direção do vão da laje, e nas extremidades das lajes (acima das vigas). O Arremate de Telha-
fôrma é fornecido em aço galvanizado (espessura nominal 0,95mm) e deverá serrebitado nas ondas altas
da Telha-fôrma.
Caso as vigas de sustentação da laje sejam analisadas como vigas mistas, deverão ser aplicados
conectores de cisalhamento (stud bolt) sobre o flange superior. Devido à presença do conector, o
comprimento (L) das peças da Telha-fôrma deverá ser tal que na região de posicionamento do Arremate de
Telha-fôrma não haja uma superposição entre os elementos envolvidos no detalhe (Arremates de Telha-
fôrma e conectores stud bolt).

AD

51
AL

AD

RECORTES NA TELHA-FÔRMA
Caso as vigas paralelas aos canais da Telha-fôrma sejam mistas, o posicionamento das peças da Telha-
fôrma deve ser tal que seja formada uma mísula de concreto na região imediatamente acima da viga de aço.
Desta forma, a Telha-fôrma deverá encontrar-se com o flange superior da viga em uma onda baixa, de
modo que, após a concretagem da laje, os conectores de cisalhamento fiquem completamente envolvidos
pelo concreto.
De acordo com a relação entre a largura total da laje (Lt) a ser coberta e a largura útil (Lu) da Telha-fôrma
(915mm para o MF-50 e 820mm para o MF-75), muitas vezes torna-se necessário a execução de recortes
longitudinais na fôrma, durante seu processo de instalação. Assim sendo, permite-se a formação da mísula
de concreto sobre a viga de aço.
Após a execução dos recortes, as peças da Telha-fôrma serão soldadas diretamente na viga de aço
(através de soldas tipo bujão -  = 16 mm). Os recortes permitirão a solda dos conectores de cisalhamento
diretamente stud bolt serão instalados diretamente sobre a viga de aço.

52
LARGURA MÍNIMA DE APOIO DA TELHA-FÔRMA

Os valores para “vãos máximos sem escoramento” anotados nas tabelas de cargas da Telha-fôrma MF-
75 foram obtidos adotando-se 75mm para largura de apoio externo e 150mm para largura de apoio interno
da Telha-fôrma (vide desenho anexo). Estas larguras mínimas de apoio determinam o valor da resistência
ao esmagamento da alma da fôrma (Telha-fôrma solicitado durante a fase de construção).
Para a Telha-fôrma MF-50 os valores de “vãos máximos sem escoramento” foram obtidos adotando-se
50mm para largura de apoios externos e 100mm para largura de apoios internos.
Ao se executar uma laje com a Telha-fôrma MF-50 ou MF-75 da METFORM, não deverão ser usadas
larguras de apoio inferiores aos valores adotados. Entretanto, caso o flange superior da viga de aço não
permita a utilização das larguras mínimas consideradas para apoio, o Departamento Técnico da METFORM
deverá ser consultado, para uma análise da situação.

> 75mm > 150mm > 75mm

l l

53
ARMADURAS ADICIONAIS SOBRE VIGAS PRINCIPAIS

Geralmente, as vigas da estrutura de sustentação da laje são calculadas como simplesmente apoiadas,
adotando-se condições de rótulas em suas extremidades. Porém, existe uma tendência de continuidade das
vigas secundárias nas regiões de ligação destas com as vigas principais. Este efeito pode provocar a
abertura de fissuras paralelas ao eixo das vigas principais.
Visando-se a evitar a ocorrência destas fissuras, deverá ser utilizada uma armadura adicional sobre as vigas
principais, além da armadura de retração. Esta armadura adicional deverá ser executada em barras
redondas, colocadas na região das ligações entre as vigas secundárias e principais, com cobrimento de
cerca de 20mm. O comprimento das barras redondas ( d ) bem como a área transversal desta armadura
adicional variam em função do tipo e do vão da viga ( Lp ou Lm ), conforme as equações abaixo:

 Lsm 
As1  0,5%    hc  (Vigas secundárias);
 8 
 Lpm 
As 2  0,6%    hc  (Vigas principais);
 8 
Sendo: Lsm = Vão médio da viga secundária – Lsm  ( Ls1  Ls2 ) / 2 ;
Lpm = Vão médio da viga principal – Lpm  ( Lp1  Lp2 ) / 2 ;
hc = Altura de concreto acima da Telha-fôrma (ver figura);

 




 













 




Recomenda-se o uso de barras com diâmetro de 12,5mm. Conforme visto na figura as barras deverão ter
comprimento para cada lado da viga igual a 1/8 do vão considerado, devendo ainda ser ancoradas no
concreto da laje segundo as prescrições da ABNT-NBR 6118 (2003).

Exemplo de determinação de armaduras sobre vigas


Suponha que na figura anterior a modulação entre pilares seja igual 8m x 8m (tanto o vão da viga principal
quanto o da viga secundária seriam igual a 8m). A altura total das lajes com Telha-fôrma MF-75 METFORM
seria igual a 150mm. Neste caso, as armaduras sobre as vigas seriam determinadas pelas equações
abaixo:

54
 800 
Vigas secundárias: As1  0,5%    7,5   3,75 cm2 (3  12,5mm);
 8 
 800 
Vigas principais: As 2  0,6%    7,5   4,5 cm2 (4  12,5mm);
 8 
Portanto, além da tela de combate à fissuração devida à retração, em cada encontro de viga secundária com
viga principal seriam posicionadas 3 barras com diâmetro de 12,5mm a 20mm do topo da laje.
Analogamente, em cada encontro da viga principal com a coluna seriam posicionadas 4 barras com
diâmetro de 12,5mm a 20mm do topo da laje.

55
4. DIMENSIONAMENTO DE LAJES COM TELHA-FÔRMA METFORM EM SITUAÇÃO DE
INCÊNDIO ______________________________________________________________
A verificação das lajes com Telha-fôrma METFORM em situação de incêndio segue as prescrições do Item
C.3 – Anexo C – da ABNT-NBR 14323.
Para TRRF (Tempo Mínimo de Resistência ao Fogo) de até 30 minutos, seguindo as especificações da
ABNT-NBR 14323, todas as lajes com Telha-fôrma METFORM atendem aos requisitos exigidos e não são
necessárias verificações adicionais.
Para TRRF superiores a 30 minutos (60, 90 ou 120 minutos) deverão ser realizadas verificações adicionais
em situação de incêndio. Nestas verificações todo o carregamento aplicado (durante o incêndio) deverá ser
suportado por armaduras adicionais (positivas e/ou negativas) com os elementos (concreto e aço de
armaduras) com resistência minorada devido ao efeito da temperatura.
A consideração de resistência da laje em incêndio garantida exclusivamente pelo concreto e armaduras
utilizadas é econômica pois dispensa o gasto com material para proteção e isolamento térmico da Telha-
fôrma.
Para possibilitar a verificação especial em situação de incêndio, conforme o TRRF necessário, será exigido
que as lajes com Telha-fôrma atendam aos critérios de isolamento térmico (lâmina média de concreto - hef)
tal com descrito na tabela abaixo.
TRRF hef
( min ) ( mm )
30 60
60 80
90 100
120 120

Para a verificação de lajes em situação de incêndio (sem aplicação de materiais para proteção passiva),
além do critério de isolamento térmico acima descrito, também deverão ser atendidos os critérios de
resistência da seção aos carregamentos. Deverá ser verificada a resistência das lajes com Telha-fôrma ao
momento positivo e/ou negativo de acordo com o modelo estático (simplesmente apoiado ou contínuo)
adotado no TRAMO analisado (de maneira similar a verificação realizada em temperatura ambiente para
lajes com armadura de reforço Item 3.5). Toda seção analisada (momentos positivos e/ou negativos) deverá
ter resistência garantida exclusivamente pelas armaduras adicionais e pelo concreto (com resistências
minoradas devido ao efeito de temperatura elevada).
De acordo com a ABNT-NBR14.232 as combinações para cargas de cálculo em situação de incêndio
deverão atender a seguinte formulação:
n
Qd    gi Fgi  FQ,exc   FQ
i 1

Onde:
Fgi é o valor nominal da ação permanente;
FQ,exc é o valor nominal das ações térmicas;
FQ é o valor nominal das ações variáveis devidas às cargas acidentais;
 g é o valor do coeficiente de ponderação para as ações permanentes, igual a:
1,1, para ação permanente desfavorável de pequena variabilidade;
1,2, para ação permanente desfavorável de grande variabilidade;
1,0, para ação permanente favorável de pequena variabilidade;
0,9, para ação permanente favorável de grande variabilidade;

56
A seguir são apresentadas tabelas com as resistências nominais da  é igual a:
0,2, para locais em que não há predominância de pesos de equipamentos que permaneçam fixos por
longos períodos de tempo, nem de elevadas concentrações de pessoas;
0,4, para locais em que há predominância de pesos de equipamentos que permaneçam fixos por
longos períodos de tempo, ou de elevadas concentrações de pessoas;
0,6, para bibliotecas, arquivos, depósitos, oficinas e garagens.

O momento fletor total atuante em um TRAMO poderá ser fornecido por:

Qd L2
Md , onde L é o vão da laje com Telha-fôrma.
8

s lajes com Telha-fôrma MF-50 e MF-75. A resistência momento fletor positivo deverá ser considerada em
TRAMOS EXTERNOS de lajes contínuas e, também, em lajes BIAPOIADAS. Para a elaboração das
Tabelas de Capacidade em Situação de Incêndio foram considerados aços com tensão de escoamento
igual a 500MPa e concreto com resistência característica a compressão igual a 20 MPa.

Telha-fôrma MF-50
Resistência Nominal ao Momento Fletor (positivo) TRRF = 60 min
fck = 20 MPa fyb = 500 MPa
Altura total
da laje Armaduras de Barra @ onda baixa
(mm) 1 2  5,0 1  6,3 2  6,3 1  8,0 2  8,0 1 10,0 1 12,5
 5,0
100 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
+
110 Mn (kN.m/m) 2,71 5,35 4,27 8,38 6,80 13,21 10,46 15,91
120 Mn + (kN.m/m) 3,03 5,99 4,78 9,40 7,63 14,86 11,74 17,92
+
130 Mn (kN.m/m) 3,35 6,64 5,29 10,42 8,45 16,51 13,03 19,93
+
140 Mn (kN.m/m) 3,67 7,28 5,80 11,45 9,28 18,15 14,32 21,95
+
150 Mn (kN.m/m) 3,99 7,93 6,31 12,47 10,10 19,80 15,61 23,96
160 Mn + (kN.m/m) 4,31 8,57 6,82 13,49 10,92 21,45 16,89 25,97
+
170 Mn (kN.m/m) 4,64 9,21 7,33 14,51 11,75 23,10 18,18 27,98

Telha-fôrma MF-75
Resistência Nominal ao Momento Fletor (positivo) TRRF = 60 min
fck = 20 MPa fyb = 500 MPa
Altura total
da laje Armaduras de Barra @ onda baixa
(mm) 1 5,0 2 5,0 1 6,3 2 6,3 1 8,0 2 8,0 1 10,0 1 12,5
+
130 Mn (kN.m/m) 3,28 6,48 5,17 10,14 8,24 15,98 12,65 19,24
140 Mn + (kN.m/m) 3,63 7,19 5,74 11,28 9,15 17,81 14,09 21,48
+
150 Mn (kN.m/m) 3,99 7,91 6,30 12,42 10,07 19,65 15,52 23,72
+
160 Mn (kN.m/m) 4,35 8,63 6,87 13,56 10,99 21,48 16,95 25,96
+
170 Mn (kN.m/m) 4,71 9,34 7,44 14,69 11,91 23,32 18,39 28,20
180 Mn + (kN.m/m) 5,07 10,06 8,01 15,83 12,82 25,15 19,82 30,44
+
190 Mn (kN.m/m) 5,43 10,78 8,58 16,97 13,74 26,99 21,25 32,68
+
200 Mn (kN.m/m) 5,78 11,49 9,15 18,11 14,66 28,82 22,69 34,92

57
Telha-fôrma MF-50
Resistência Nominal ao Momento Fletor (positivo) TRRF = 90 min
fck = 20 MPa fyb = 500 MPa
Altura total
da laje Armaduras de Barra @ onda baixa
(mm) 1 5,0 2 5,0 1 6,3 2 6,3 1 8,0 2 8,0 1 10,0 1 12,5
100 +
Mn (kN.m/m) - - - - - - - -
110 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
+ - - - - - - - -
120 Mn (kN.m/m)
+ 3,20 6,34 5,05 9,97 8,08 15,80 12,47 19,09
130 Mn (kN.m/m)
+ 3,51 6,96 5,54 10,94 8,87 17,37 13,70 21,01
140 Mn (kN.m/m)
+ 3,81 7,57 6,03 11,92 9,65 18,95 14,93 22,93
150 Mn (kN.m/m)
+ 4,12 8,19 6,52 12,90 10,44 20,52 16,15 24,85
160 Mn (kN.m/m)
+ 4,43 8,80 7,01 13,87 11,23 22,09 17,38 26,77
170 Mn (kN.m/m)

Telha-fôrma MF-75
Resistência Nominal ao Momento Fletor (positivo) TRRF = 90 min
Fck = 20 MPa fyb = 500 MPa
Altura total
da laje Armaduras de Barra @ onda baixa
(mm) 1 5,0 2 5,0 1 6,3 2 6,3 1 8,0 2 8,0 1 10,0 1 12,5
130 +
Mn (kN.m/m) - - - - - - - -
140 Mn + (kN.m/m) 3,47 6,88 5,48 10,79 8,75 17,05 13,48 20,58
150 Mn + (kN.m/m) 3,82 7,56 6,02 11,88 9,63 18,81 14,85 22,71
160 Mn + (kN.m/m) 4,16 8,25 6,57 12,96 10,51 20,56 16,22 24,85
170 Mn + (kN.m/m) 4,50 8,93 7,11 14,05 11,38 22,31 17,58 26,99
180 Mn + (kN.m/m) 4,84 9,61 7,65 15,14 12,26 24,06 18,95 29,13
190 Mn + (kN.m/m) 5,18 10,30 8,20 16,22 13,13 25,81 20,32 31,27
200 Mn + (kN.m/m) 5,53 10,98 8,74 17,31 14,01 27,57 21,69 33,41

Telha-fôrma MF-50
Resistência Nominal ao Momento Fletor (positivo) TRRF = 120 min
Fck = 20 MPa fyb = 500 MPa
Altura total
da laje Armaduras de Barra @ onda baixa
(mm) 1 5,0 2 5,0 1 6,3 2 6,3 1 8,0 2 8,0 1 10,0 1 12,5
100 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
110 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
120 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
130 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
+ - - - - - - - -
140 Mn (kN.m/m)
+ 3,05 6,07 4,83 9,57 7,74 15,25 12,00 18,49
150 Mn (kN.m/m)
+ 3,30 6,56 5,22 10,35 8,37 16,51 12,98 20,03
160 Mn (kN.m/m)
+ 3,54 7,05 5,61 11,13 9,00 17,77 13,96 21,56
170 Mn (kN.m/m)

58
Telha-fôrma MF-75
Resistência Nominal ao Momento Fletor (positivo) TRRF = 120 min
Fck = 20 MPa fyb = 500 MPa
Altura total
da laje Armaduras de Barra @ onda baixa
(mm) 1 5,0 2 5,0 1 6,3 2 6,3 1 8,0 2 8,0 1 10,0 1 12,5
130 +
Mn (kN.m/m) - - - - - - - -
140 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
+ - - - - - - - -
150 Mn (kN.m/m)
+ 3,33 6,61 5,26 10,41 8,43 16,57 13,04 20,07
160 Mn (kN.m/m)
+ 3,60 7,16 5,70 11,28 9,13 17,97 14,14 21,78
170 Mn (kN.m/m)
+ 3,87 7,70 6,13 12,15 9,83 19,37 15,23 23,49
180 Mn (kN.m/m)
+ 4,15 8,25 6,56 13,02 10,53 20,77 16,32 25,20
190 Mn (kN.m/m)
+ 4,42 8,80 7,00 13,88 11,23 22,17 17,42 26,91
200 Mn (kN.m/m)

A resistência a momentos negativos deverá ser considerada em TRAMOS INTERNOS, sobre os apoios.
Para o cálculo da resistência a momento nos TRAMOS INTERNOS de lajes contínuas, dois sistemas
estáticos podem ser considerados no dimensionamento. O primeiro sistema (mais econômico) considera a
participação de armadura positiva e negativa para a determinação do momento total resistente (por
exemplo, através do uso de tela soldada em forma de uma catenária – ver figura na página seguinte). O
segundo sistema admite a formação de rótulas no centro do vão e considera a participação apenas de
armadura negativa na resistência a flexão (por exemplo, através do uso de tela soldada posicionada a uma
espessura constante do topo da laje – ver figura abaixo). Nas duas situações, procura-se utilizar como
armadura em verificação de incêndio a tela soldada (com ou sem reforços) que foi adotada, em temperatura
ambiente, para controle da fissuração devida à retração do concreto.








Para o sistema estático sem armadura positiva a resistência a flexão é garantida apesas pelas
armaduras negativas sobre os apoios:

Mn2  Mn

59












Para o sistema estático que considera a participação de armadura positiva e negativa são determinados
dois valores de resistência ao momento fletor: um positivo Mn+ e um negativo Mn-. O momento final é
obtido a partir da soma dos dois valores:

Mn1  Mn  Mn

As resistências nominais ao momento fletor de lajes contínuas podem ser resumidas pelas tabelas abaixo
(para a elaboração das tabelas foram considerados concreto com resistência caracterísitca a compressão
igual a 20 MPa e tela soldada fabricada a partir de aço com tensão de escoamento igual a 600 MPa):

Telha-fôrma MF-50
Resistência Nominal ao Momento Fletor (positivo / negativo) TRRF = 60 min
fck = 20 MPa fyt = 600 MPa
Altura total
da laje Armaduras em tela soldada
(mm) X 75 X 92 X 113 X 138 X 159 X 196 X 246 X 283
+ - - - - - - - -
100 Mn (kN.m/m)
Mn - (kN.m/m) - - - - - - - -
110 Mn + (kN.m/m) 1,27 1,55 1,89 2,28 2,60 3,15 3,87 4,37
- 2,73 3,30 3,99 4,78 5,43 6,52 7,91 8,89
Mn (kN.m/m)
+ 1,65 2,01 2,45 2,97 3,40 4,14 5,10 5,79
120 Mn (kN.m/m)
- 3,18 3,86 4,67 5,61 6,38 7,70 9,39 10,58
Mn (kN.m/m)
+ 2,03 2,47 3,02 3,66 4,19 5,12 6,33 7,21
130 Mn (kN.m/m)
- 3,63 4,41 5,35 6,44 7,34 8,87 10,86 12,28
Mn (kN.m/m)
+ 2,40 2,93 3,59 4,35 4,99 6,10 7,56 8,62
140 Mn (kN.m/m)
- 4,08 4,96 6,03 7,27 8,29 10,05 12,34 13,98
Mn (kN.m/m)
+ 2,78 3,39 4,15 5,04 5,79 7,08 8,80 10,04
150 Mn (kN.m/m)
- 4,53 5,51 6,70 8,10 9,24 11,22 13,82 15,68
Mn (kN.m/m)
+ 3,15 3,86 4,72 5,74 6,58 8,06 10,03 11,46
160 Mn (kN.m/m)
- 4,98 6,06 7,38 8,92 10,20 12,40 15,29 17,38
Mn (kN.m/m)
+ 3,53 4,32 5,28 6,43 7,38 9,05 11,26 12,88
170 Mn (kN.m/m)
- 5,43 6,62 8,06 9,75 11,15 13,58 16,77 19,07
Mn (kN.m/m)

60
Telha-fôrma MF-75
Resistência Nominal ao Momento Fletor (positivo / negativo) TRRF = 60 min
fck = 20 MPa fyt = 600 MPa
Altura total
da laje Armaduras em tela soldada
(mm) X 75 X 92 X 113 X 138 X 159 X 196 X 246 X 283
+
130 Mn (kN.m/m) 1,09 1,32 1,60 1,93 2,20 2,66 3,25 3,66
Mn - (kN.m/m) 3,07 3,72 4,50 5,41 6,14 7,40 9,02 10,16
+ 1,46 1,78 2,17 2,62 3,00 3,64 4,48 5,08
140 Mn (kN.m/m)
- 3,52 4,27 5,18 6,23 7,10 8,58 10,50 11,86
Mn (kN.m/m)
+ 1,84 2,24 2,74 3,32 3,80 4,63 5,72 6,50
150 Mn (kN.m/m)
- 3,97 4,82 5,86 7,06 8,05 9,75 11,97 13,56
Mn (kN.m/m)
+ 2,21 2,70 3,30 4,01 4,59 5,61 6,95 7,92
160 Mn (kN.m/m)
- 4,42 5,37 6,53 7,89 9,01 10,93 13,45 15,25
Mn (kN.m/m)
+ 2,59 3,16 3,87 4,70 5,39 6,59 8,18 9,33
170 Mn (kN.m/m)
- 4,87 5,93 7,21 8,72 9,96 12,11 14,92 16,95
Mn (kN.m/m)
+ 2,96 3,62 4,43 5,39 6,19 7,57 9,41 10,75
180 Mn (kN.m/m)
- 5,32 6,48 7,89 9,55 10,91 13,28 16,40 18,65
Mn (kN.m/m)
190 Mn + (kN.m/m) 3,34 4,09 5,00 6,08 6,98 8,55 10,65 12,17
Mn - (kN.m/m) 5,77 7,03 8,57 10,37 11,87 14,46 17,88 20,35
200 Mn + (kN.m/m) 3,72 4,55 5,57 6,77 7,78 9,54 11,88 13,59
Mn - (kN.m/m) 6,22 7,58 9,25 11,20 12,82 15,63 19,35 22,05

Telha-fôrma MF-50
Resistência Nominal ao Momento Fletor (positivo / negativo) TRRF = 90 min
fck = 20 MPa fyt = 600 MPa
Altura total
da laje Armaduras em tela soldada
(mm) X 75 X 92 X 113 X 138 X 159 X 196 X 246 X 283
100 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
Mn - (kN.m/m) - - - - - - - -
+ - - - - - - - -
110 Mn (kN.m/m)
- - - - - - - - -
Mn (kN.m/m)
+ - - - - - - - -
120 Mn (kN.m/m)
- - - - - - - - -
Mn (kN.m/m)
+ 1,58 1,94 2,37 2,87 3,30 4,03 5,01 5,71
130 Mn (kN.m/m)
- 3,56 4,31 5,20 6,24 7,08 8,51 10,35 11,65
Mn (kN.m/m)
+ 1,88 2,29 2,81 3,41 3,92 4,80 5,97 6,82
140 Mn (kN.m/m)
- 4,01 4,86 5,88 7,06 8,03 9,69 11,83 13,35
Mn (kN.m/m)
+ 2,17 2,65 3,25 3,95 4,54 5,56 6,92 7,92
150 Mn (kN.m/m)
- 4,46 5,41 6,56 7,89 8,99 10,86 13,30 15,04
Mn (kN.m/m)
+ 2,46 3,01 3,69 4,49 5,16 6,33 7,88 9,02
160 Mn (kN.m/m)
- 4,91 5,96 7,24 8,72 9,94 12,04 14,78 16,74
Mn (kN.m/m)
+ 2,75 3,37 4,13 5,03 5,78 7,09 8,84 10,13
170 Mn (kN.m/m)
- 5,36 6,52 7,92 9,55 10,89 13,21 16,25 18,44
Mn (kN.m/m)

61
Telha-fôrma MF-75
Resistência Nominal ao Momento Fletor (positivo / negativo) TRRF = 90 min
fck = 20 MPa fyt = 600 MPa
Altura total
da laje Armaduras em tela soldada
(mm) X 75 X 92 X 113 X 138 X 159 X 196 X 246 X 283
+
130 Mn (kN.m/m) - - - - - - - -
-
Mn (kN.m/m) - - - - - - - -
+
140 Mn (kN.m/m) 1,14 1,40 1,71 2,07 2,37 2,89 3,57 4,06
-
Mn (kN.m/m) 3,45 4,17 5,03 6,03 6,84 8,22 9,98 11,22
+
150 Mn (kN.m/m) 1,44 1,76 2,15 2,61 2,99 3,65 4,53 5,16
-
Mn (kN.m/m) 3,90 4,72 5,71 6,86 7,79 9,39 11,46 12,92
+
160 Mn (kN.m/m) 1,73 2,11 2,59 3,14 3,61 4,41 5,49 6,26
-
Mn (kN.m/m) 4,35 5,27 6,39 7,68 8,75 10,57 12,93 14,62
+
170 Mn (kN.m/m) 2,02 2,47 3,03 3,68 4,23 5,18 6,45 7,37
-
Mn (kN.m/m) 4,80 5,83 7,07 8,51 9,70 11,74 14,41 16,32
180 Mn + (kN.m/m) 2,31 2,83 3,47 4,22 4,85 5,94 7,40 8,47
-
Mn (kN.m/m) 5,25 6,38 7,75 9,34 10,66 12,92 15,89 18,02
+
190 Mn (kN.m/m) 2,61 3,19 3,91 4,76 5,47 6,71 8,36 9,58
Mn - (kN.m/m) 5,70 6,93 8,42 10,17 11,61 14,10 17,36 19,71
+
200 Mn (kN.m/m) 2,90 3,55 4,35 5,30 6,09 7,47 9,32 10,68
-
Mn (kN.m/m) 6,15 7,48 9,10 11,00 12,56 15,27 18,84 21,41

Telha-fôrma MF-50
Resistência Nominal ao Momento Fletor (positivo / negativo) TRRF = 120 min
fck = 20 MPa fyt = 600 MPa
Altura total
da laje Armaduras em tela soldada
(mm) X 75 X 92 X 113 X 138 X 159 X 196 X 246 X 283
+ - - - - - - - -
100 Mn (kN.m/m)
Mn - (kN.m/m) - - - - - - - -
+ - - - - - - - -
110 Mn (kN.m/m)
- - - - - - - - -
Mn (kN.m/m)
+ - - - - - - - -
120 Mn (kN.m/m)
- - - - - - - - -
Mn (kN.m/m)
+ - - - - - - - -
130 Mn (kN.m/m)
- - - - - - - - -
Mn (kN.m/m)
+ - - - - - - - -
140 Mn (kN.m/m)
- - - - - - - - -
Mn (kN.m/m)
+ 1,74 2,12 2,60 3,17 3,64 4,47 5,57 6,38
150 Mn (kN.m/m)
- 4,45 5,39 6,51 7,80 8,86 10,66 12,99 14,65
Mn (kN.m/m)
+ 1,97 2,41 2,95 3,60 4,14 5,08 6,34 7,26
160 Mn (kN.m/m)
- 4,90 5,94 7,19 8,63 9,81 11,84 14,47 16,34
Mn (kN.m/m)
+ 2,20 2,70 3,31 4,03 4,63 5,69 7,10 8,14
170 Mn (kN.m/m)
- 5,35 6,49 7,86 9,46 10,77 13,01 15,94 18,04
Mn (kN.m/m)

62
Telha-fôrma MF-75
Resistência Nominal ao Momento Fletor (positivo / negativo) TRRF = 120 min
fck = 20 MPa fyt = 600 MPa
Altura total
da laje Armaduras em tela soldada
(mm) X 75 X 92 X 113 X 138 X 159 X 196 X 246 X 283
+
130 Mn (kN.m/m) - - - - - - - -
-
Mn (kN.m/m) - - - - - - - -
+
140 Mn (kN.m/m) - - - - - - - -
-
Mn (kN.m/m) - - - - - - - -
+
150 Mn (kN.m/m) - - - - - - - -
-
Mn (kN.m/m) - - - - - - - -
+
160 Mn (kN.m/m) 1,39 1,69 2,07 2,52 2,90 3,55 4,42 5,06
-
Mn (kN.m/m) 4,34 5,25 6,34 7,59 8,62 10,37 12,62 14,22
+
170 Mn (kN.m/m) 1,62 1,98 2,43 2,95 3,39 4,16 5,19 5,94
-
Mn (kN.m/m) 4,79 5,80 7,02 8,42 9,57 11,54 14,10 15,92
180 Mn + (kN.m/m) 1,85 2,27 2,78 3,38 3,89 4,77 5,96 6,82
-
Mn (kN.m/m) 5,24 6,35 7,69 9,25 10,53 12,72 15,58 17,62
+
190 Mn (kN.m/m) 2,09 2,55 3,13 3,81 4,38 5,38 6,72 7,70
Mn - (kN.m/m) 5,69 6,90 8,37 10,08 11,48 13,90 17,05 19,32
+
200 Mn (kN.m/m) 2,32 2,84 3,48 4,24 4,88 5,99 7,49 8,58
-
Mn (kN.m/m) 6,14 7,46 9,05 10,91 12,44 15,07 18,53 21,01

EXEMPLO DE VERIFICAÇÃO DE LAJE COM TELHA-FÔRMA EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO


Está sendo especificado a Telha-fôrma MF-75 para um edifício residencial de apartamentos, localizado em
Porto Alegre/RS. A proteção será definida para o módulo típico da estrutura mostrado na figura abaixo. Após
a análise pela ABNT-NBR 14432 das características da edificação, definiu-se um TRRF (Tempo Requerido
de Resistência ao Fogo) igual a 120 minutos para a superestrutura, incluindo as lajes.

63



     

 

A verificação das lajes mistas para situação de incêndio inicia-se pelo critério de isolamento térmico. De
acordo com a ABNT-NBR14.323, para o tempo de proteção definido, a altura efetiva (hef) da laje deverá ser
superior a 120mm. Assim, para que se atinja a altura efetiva requerida deverá ser utilizada uma laje com
Telha-fôrma MF-75 com altura total 160mm (lâmina média de concreto igual a 122,5mm).

A verificação pelo critério de resistência ao carregamento começa pela definição para os tramos externos do
carregamento atuante em situação de incêndio, onde as lajes são consideradas como isostáticas:

A) VERIFICAÇÃO DOS TRAMOS EXTERNOS (LAJES ISOSTÁTICAS):

As cargas distribuídas nominais atuantes na laje mista são:


 Peso próprio deck + concreto 2,97 kN/m 2
 Revestimento ....................... 1,00 kN/m 2
 Sobrecarga uniforme ............ 3,00 kN/m 2
O carregamento majorado é dado por:

Qd  1,2  2,97  1  0,2  3  5,4 kN/m2

O momento fletor atuante é dado por:

5,4  2,67 
2
Md   4,81 kN.m/m
8

Para a determinação da armadura recorre-se aos valores da tabela da página 41 (TRRF = 120 min.,
ht = 160 mm): Mn+ (2  5 mm) = 6,61 kN.m/m
Mn+ > Md  OK!

Portanto, deverão ser posicionadas 2 barras com diâmetro igual a 5mm no interior das nervuras da
Telha-fôrma, a cerca de 37mm da face inferior da fôrma.

64
B) VERIFICAÇÃO DOS TRAMOS INTERNOS (LAJES CONTÍNUAS):

No caso dos TRAMOS INTERNOS das lajes podem ser considerados dois sistemas estáticos: o
primeiro que considera a participação apenas de armadura negativa e uma segunda opção (mais
econômica) que admite, também, a contribuição de armadura positiva na resistência a flexão

No primeiro sistema o valor do momento negativo dado pela tabela da página 47 (TRRF = 120 min,
ht = 160mm) deverá ser superior ao momento de solicitação Md calculado anteriormente:

Mn- (x-92) = 5,25 kN.m/m

Mn- > Md  OK!

No segundo sistema, a soma dos valores de momento positivo e negativo dados pela tabela da
página 47 (TRRF = 120 min, ht = 160 mm) deverá ser superior ao momento de solicitação Md:

Mn+ (x-75) = 1,39 kN.m/m

Mn- (x-75) = 4,34 kN.m/m

Mn = Mn- + Mn+ = 5,73 kN.m/m

Mn > Md  OK!

Portanto, a simples opção pelo uso da tela em forma de uma catenária (sistema estático com
armadura positiva e negativa) poderia resultar em uma redução de 18% na taxa de armadura da laje
(substituição de uma tela Q-92, 0,92 cm2/m de aço, 1,48 kg/m2, por uma tela Q-75, 0,75 cm2/m, 1,21
kg/m2).

Entretanto, quando da escolha da armadura a ser adotada para as lajes com Telha-fôrma
METFORM, sempre deverá ser consultada a tabela de armadura para de controle de fissuração
(0,10%) requerida. Para lajes com MF-75 e altura total de concreto igual a 160mm, a armadura de
controle de fissuração recomendada é a tela tipo Q-92. Desta forma deverá ser adotada nos
TRAMOS INTERNOS uma armadura em tela soldada com pelo menos 0,92 cm 2/m de aço (Q-92).

65
O detalhamento final das armaduras das lajes poderá ser representado pelo engenheiro calculista
da tal como representado na figura a seguir.





mm 

 
mm







 

mm
 



mm






66
5. INSTRUÇÕES PARA TRANSPORTE, MANUSEIO, E MONTAGEM DA TELHA-FÔRMA
METFORM __________________________________________________________
Para um perfeito desempenho da Telha-fôrma, durante a instalação algumas precauções deverão ser
tomadas, dando atenção especial às etapas de transporte, descarga, conferência, armazenamento,
manuseio e montagem dos materiais na obra.

A Telha-fôrma e seus acessórios são produzidos em aço galvanizado. Portanto, todas as precauções a
serem tomadas pela obra deverão sempre evitar o aparecimento de um tipo de corrosão causada pela
penetração e retenção de água entre as peças galvanizadas. Este tipo de corrosão é popularmente
conhecido como “ferrugem branca”.

5.1 TRANSPORTE, DESCARGA E ARMAZENAMENTO PROVISÓRIO

Em geral, a Telha-fôrma é enviada para a obra em fardos, com os materiais firmemente cintados, de forma
a evitar que a vibração durante o transporte possa amassar as peças. Para painéis com comprimento (L) de
até 8,00m são utilizados caminhões; painéis com comprimento (L) entre 8,00m e 12,00m são transportados
em carretas.

Quando da chegada do material à obra, o responsável pela descarga deverá checar as etiquetas de
identificação dos fardos, conferindo o número de peças e a espessura (tF) da Telha-fôrma. Deverá ser
realizada uma inspeção visual, para certificar que nenhum painel esteja danificado. Somente após esta
verificação é que o material poderá ser recebido pela obra.

Usualmente a descarga dos fardos da Telha-fôrma é realizada por meio de grua ou guindaste, tomando-se
as precauções necessárias, de forma a evitar danos aos painéis:

- No içamento, para que os painéis não sejam amassados e para que as cintas não sejam rasgadas, é
recomendável o uso de uma proteção de madeira ou borracha, de forma que as cintas não fiquem
diretamente em contato com a Telha-fôrma.

- Fardos com painéis de comprimento (L) superior a 3,00m devem ser içados utilizando-se uma viga
balança, na qual deverão ser presas as cintas. Fardos mais curtos, de comprimento (L) inferior a 3,00m,
podem ser erguidos sem a viga balança, porém utilizando-se pelo menos duas cintas. Em qualquer caso, é
recomendável que a distância entre as cintas não seja superior a 3,50m.

< 3,50m < 3,50m < 3,50m

Na ausência de guindaste ou grua na obra, a descarga dos painéis poderá ser realizada manualmente, com
a retirada e o içamento individual das peças.

Após o içamento dos fardos, a Telha-fôrma deverá ser posicionada sobre as vigas de aço da estrutura.
Entretanto, caso a estrutura não esteja em condições de receber os painéis, estes deverão ser
provisoriamente armazenados em pilhas, tomando-se as devidas precauções para que se evite a ocorrência
da “ferrugem branca” no material galvanizado.

O armazenamento temporário deverá ocorrer em local seco, coberto, arejado, com pequenas variações de
temperatura e protegido de umidade. Conforme recomendações a seguir:

67
- As pilhas deverão ser posicionadas sobre “camas” de madeira ou aço, de forma a evitar o contato direto da
Telha-fôrma com o solo. Por precaução, as pilhas deverão ser inclinadas para, em caso de acidentes, fazer
o escoamento da água. É necessário ainda, deixar espaços entre os fardos da Telha-fôrma, possibilitando a
ventilação e evitando a possível condensação de água entre os painéis.

- Mesmo com o material estando embalado é indispensável que as pilhas sejam cobertas por uma lona
impermeável.

- Deve-se impedir, de qualquer maneira, que a Telha-fôrma seja molhada. Entretanto, caso isto venha a
ocorrer, as pilhas deverão ser provisoriamente desfeitas e todo o material deverá ser enxugado
manualmente.

O armazenamento temporário do material


galvanizado na obra, não deverá ocorrer por
períodos de tempo superiores a 30 dias. É
importante lembrar que, durante este período de
armazenamento, em hipótese alguma deve-se
colocar carga sobre as pilhas da Telha-fôrma.

“Armazenamento temporário em pilhas inclinadas,


calçadas e protegidas com lona impermeável”.

5.2 MONTAGEM DOS MATERIAIS

Todos os materiais a serem utilizados


na montagem da Telha-fôrma deverão
estar representados em um desenho
detalhado, representando a geometria,
a paginação e os detalhes de fixação
das peças.

“Exemplo de desenho de paginação da


Telha-fôrma e acessórios, com lista de
materiais e indicação de detalhes de
fixação”

Portanto, antes do início da instalação dos materiais a equipe de montagem deverá estar munida destes
desenhos e bem informada sobre os detalhes de fixação indicados. Durante a montagem, as informações
descritas nos desenhos de paginação deverão ser rigorosamente seguidas.

Após a conclusão da montagem das vigas da estrutura, a instalação da Telha-fôrma e de seus acessórios
poderá ser iniciada. Entretanto, é importante lembrar que o topo das vigas de aço deverá estar nivelado,
seco e livre de sujeiras ou ferrugem. Inclusive, caso as vigas venham a requerer a posterior solda de
conectores de cisalhamento do tipo Stud Bolt, é fundamental que a face superior destas esteja sem pintura,
para que o processo de solda não seja prejudicado. Após a conferência de que as vigas da estrutura
estejam atendendo às condições de nivelamento e de limpeza, os fardos da Telha-fôrma poderão ser
içados, dando início aos serviços de montagem.

Após o içamento dos fardos, os painéis individuais deverão ser retirados manualmente e posicionados sobre
o vigamento, seguindo as cotas e medidas indicadas no desenho de paginação. É importante estar atento
para o fato de que as peças não sejam montadas invertidas, “de cabeça para baixo”. Eventualmente, nos
cantos, ou no contorno dos pilares, podem ser necessários recortes nas extremidades dos painéis, para
possibilitar o ajuste final na geometria da estrutura da edificação. Caso necessário, estes recortes poderão
ser facilmente realizados mediante o uso de máquinas com discos para corte de metal.

68
“Montagem dos painéis” “Recortes para ajustes locais”

Após o ajuste e alinhamento, os painéis deverão ser fixados à estrutura. Recomenda-se que, inicialmente,
seja executada uma fixação preliminar com rebites. Posteriormente, para que seja garantido o travamento
das vigas de suporte, deverá ser executada a fixação definitiva dos painéis, através de solda elétrica.
- Para a fixação preliminar, na extremidade de cada painel deverão ser utilizados pelo menos dois rebites,
prendendo a Telha-fôrma no flange superior das vigas que a suportam. Esta fixação preliminar tem como
objetivo garantir que os painéis não saiam da posição correta até que a fixação definitiva seja concluída.
Com isto é evitado o desalinhamento e também que possam ocorrer acidentes, pela perda de apoio dos
painéis, devido à movimentação das peças ou devido ao vento.
- É importante lembrar que, ao final de um dia de trabalho, nenhuma Telha-fôrma deverá ser deixada sobre
a estrutura sem a fixação preliminar e que todos os fardos abertos deverão ser novamente amarrados.
- A fixação definitiva da Telha-fôrma à estrutura de aço deverá ser executada por meio de pontos de solda
bujão ou através de pinos balísticos. Primeiramente, para a execução de cada um destes pontos de solda,
deve-se fazer uma abertura com diâmetro de aproximadamente 16mm na chapa galvanizada da Telha-
fôrma, podendo-se utilizar para isto o próprio eletrodo de solda. Em seguida, o interior da abertura deverá
ser preenchido com a deposição do material de solda. Para a execução das soldas bujão é recomendável o
uso de eletrodos do tipo E70XX (limite de resistência igual a 70ksi), entretanto a especificação adequada
sobre o tipo de eletrodo a ser utilizado deverá estar registrada no desenho de paginação da Telha-fôrma.
- As vigas de suporte dos painéis são aquelas perpendiculares ao sentido das nervuras. Sobre estas vigas é
recomendável que se faça um ponto de solda bujão em todas as ondas baixas da Telha-fôrma.
- Para as vigas paralelas às nervuras é recomendável que os pontos de solda bujão sejam executados ao
longo do comprimento (L) dos painéis, com um espaçamento entre si de até 800mm.

Para proporcionar um bom acabamento à laje, além dos painéis da Telha-fôrma, são utilizados acessórios
em aço galvanizado, que também deverão estar previamente marcados e detalhados nos desenhos de Para < 800mm

Fixação preliminar com rebites Fixação definitiva com solda bujão 69


paginação. Geralmente estes acessórios são designados por Complementos da Telha-fôrma (CSD) e por
Arremates da Telha-fôrma (ASD).

- Os Complementos da Telha-fôrma (CSD) têm a função de completar a área de projeção horizontal da


fôrma da laje, eliminando a necessidade de recortes nos painéis da Telha-fôrma. Da mesma forma que a
Telha-fôrma, os Complementos da Telha-fôrma (CSD) deverão ser fixados nas vigas de aço através de
pontos de solda bujão com diâmetro igual a 16mm e espaçados entre si de até 800mm.

- Os Arremates da Telha-fôrma (ASD) ou “fechamentos de onda” têm a função de impedir que o concreto
molhado escorra pelas ondas altas da Telha-fôrma durante a concretagem. Este acessório deverá ser fixado
nas ondas altas da Telha-fôrma por meio de rebites.

“Telha-fôrma, acessórios e
arremates de laje:
- -Complementos da Telha-fôrma /
CSD;
-Arremates da Telha-fôrma /
ASD;

Após execução da fixação definitiva da Telha-fôrma e dos acessórios, a junção longitudinal dos painéis
deverá ser realizada através de rebites ou parafusos autobrocantes. Para as “junções longitudinais” é
recomendável que a fixação seja executada ao longo do comprimento (L) dos painéis, com um
espaçamento entre si de até 800mm. Geralmente, ao longo do perímetro externo das lajes e do contorno
das aberturas, são utilizadas cantoneiras em aço, denominadas Arremates de Laje (AL). Basicamente os
Arremates de Laje (AL) trabalham como uma contenção lateral para o concreto a ser moldado, além de
possibilitar um bom acabamento para as lajes. A fixação dos arremates às vigas da estrutura deverá ser
realizada por meio de soldas de filete, com comprimento igual a 25mm e espaçadas entre si de até 300mm.
Durante a montagem dos Arremates de Laje (AL), deve-se cuidar para que a aba horizontal das peças
permaneça apoiada sobre o flange superior das vigas, em uma largura de pelo menos 50mm.

Durante e após a montagem dos painéis, não é recomendável o


armazenamento de materiais sobre a plataforma. Equipamentos
necessários à montagem, como por exemplo máquinas de soda ou
tambores de eletrodos, deverão ser posicionados sobre a plataforma
acima do eixo das vigas suporte. Recomenda-se o uso de placas em
madeira para distribuir o peso dos equipamentos sobre a Telha-fôrma,
evitando danos localizados.

“Carga concentrada, apoiada na direção do eixo da viga suporte,


sobre uma proteção de madeira”.

5.3 CONECTORES DE CISALHAMENTO

Após o término da montagem da Telha-fôrma, dos acessórios e dos Arremates de Laje (AL) a obra tem
concluída uma plataforma de trabalho, o que poderia permitir ao construtor o início da instalação das
armaduras adicionais da laje. Entretanto, geralmente as vigas que sustentam a laje são projetadas no
sistema de vigas mistas, no qual o concreto, após o “endurecimento”, deverá estar conectado ao perfil de
aço. Esta conexão é realizada por meio de conectores de cisalhamento aplicados nas vigas. Portanto, caso
as vigas de suporte sejam mistas estes conectores deverão ser necessários e, somente após o término de
sua aplicação é que o construtor poderá iniciar instalação das armaduras adicionais da laje.

70
Conforme acertos contratuais já realizados, a aplicação dos conectores de cisalhamento deverá ser
executada ou pela equipe de montagem da estrutura metálica ou pela equipe de montagem da Telha-fôrma.
Estes conectores somente deverão ser aplicados após o término da montagem da Telha-fôrma, sendo
fixados às vigas através das ondas baixas dos painéis.

Para executar seu trabalho, o aplicador deverá estar munido de um diagrama de locação dos conectores,
com a correta indicação da quantidade e da distribuição destes ao longo do comprimento das vigas. Este
diagrama deverá ser fornecido ao aplicador pelo engenheiro calculista da estrutura metálica da edificação.

Em estruturas cujas lajes são executadas com Telha-fôrma, o conector de cisalhamento mais utilizado para
as vigas é o pino do tipo Stud Bolt. Estes conectores deverão ser soldados nas vigas, através da Telha-
fôrma, mediante uma solda por eletrofusão. Conforme já dito antes, para que esta solda seja executada
corretamente, é fundamental que as faces superiores das vigas estejam limpas e principalmente sem pintura
e secas. A umidade é um fator que exerce uma influência desfavorável na solda dos Stud Bolts. Portanto,
para que a qualidade da solda não seja comprometida é recomendável que a aplicação dos conectores
ocorra logo após a montagem da Telha-fôrma, impedindo a possibilidade de acúmulo de água entre os
painéis e a face superior das vigas de aço. Para evitar esta umidade é recomendável que, ao final de um dia
de trabalho, sejam aplicados todos os conectores correspondentes às regiões com Telha-fôrma já montado.

Chave trifá- É importante lembrar que, para instalação dos


sica, 220V ou conectores Stud Bolt, deverá ser providenciado:
( < 30,0m ) 440V, ligada
em gerador - Se necessário, um gerado ou transformador que
225kVA.
atenda as especificações do equipamento de
aplicação dos conectores Stud Bolt.

Pistola de - Para que não exista queda de tensão durante o


soldagem processo de solda, a distância do local de
aplicação dos conectores ao ponto de energia
elétrica deverá ser inferior à 100m. Ainda, o
Extensão para equipamento de solda deverá estar localizado a no
Máquina de solda ligação da pistola máximo 5,00m de seu aterramento.
por eletrofusão. ( < 70,0m)
“Esquema típico do aparato necessário para a
solda dos conectores de cisalhamento Stud Bolt.”

Cabo de aterramento
( < 5,0m)
Para as vigas perpendiculares às nervuras da Telha-fôrma, os conectores são instalados através dos
painéis. Após a soldagem dos conectores é formado um cordão de solda na base destes. Este cordão de
solda, indiretamente, faz a fixação da Telha-fôrma nas vigas. Portanto, nestes casos, nas ondas baixas onde
ocorrer a instalação de conectores através da Telha-fôrma, a solda bujão para a fixação dos painéis poderá
ser dispensada, podendo ser substituída pela solda dos conectores.

5.4 ARMADURAS ADICIONAIS E CONCRETAGEM

Após a conclusão da montagem da Telha-fôrma e da instalação dos conectores de cisalhamento, o


construtor poderá dar início às atividades relacionadas com o fornecimento e a instalação das armaduras
adicionais das lajes. Estas armaduras deverão estar representadas e detalhadas em um desenho de
armação, geralmente fornecido pelo calculista de concreto armado da obra. Somente após o recebimento
deste desenho de armação é que a equipe de trabalho do construtor deverá iniciar suas atividades sobre a
plataforma de trabalho.

Armadura
de reforço
As armaduras adicionais são constituídas em grande parte por
Futura abertura
telas soldadas, que deverão ser posicionadas próximo ao topo do
concreto, com cobrimentos da ordem de 2,00cm. Para que sejam
evitadas futuras fissuras na superfície do concreto, é muito

71

“Armadura de reforço em abertura


importante que seja obedecido o posicionamento correto das
armaduras em tela.

As regiões de balanço da Telha-fôrma e as regiões de aberturas


sem vigas de contorno, deverão estar previamente locadas no
desenho de armação, o qual deverá indicar as armaduras de
reforço adequadas.

Ao colocar as armaduras de reforço nas


aberturas sem vigas de contorno, o construtor
deverá também prever o uso de uma fôrma
lateral, em isopor ou madeira, para que o
concreto seja isolado da região do vazio. É
importante lembrar que a Telha-fôrma somente
deverá ser recortado após a cura do concreto.

“Fôrma de isopor ou madeira em aberturas pequenas”

A junção das peças da Telha-fôrma (na região das vigas de


suporte) é realizada de topo, geralmente sem trespasse entre
os painéis. Na junção entre os painéis, a critério da
fiscalização da obra, o construtor poderá utilizar uma fita
adesiva (tipo fita crepe), evitando possíveis vazamentos de
nata de cimento durante a concretagem e proporcionando um
melhor acabamento na parte inferior da laje.

“Fita para vedação dos painéis”

Antes de executar a concretagem das lajes, o construtor deverá realizar uma limpeza geral na superfície da
Telha-fôrma utilizando jato de água. Uma fina camada de óleo na superfície dos painéis é aceitável, porém
todas as sujeiras e impurezas que possam afetar a resistência do concreto deverão ser eliminadas.

A concretagem das lajes


deverá ser realizada com
cautela, de forma a evitar o
acúmulo de materiais e de
pessoal sobre a plataforma. Em
hipótese alguma deverá ser
permitida a formação de “bolos”
de concreto durante o
lançamento. Caso o
lançamento do concreto tenha
que ser interrompido sem que
toda a superfície da laje tenha
sido concretada, recomenda-se
que as interrupções sejam
executadas fora dos eixos das
vigas de suporte, da seguinte
forma:
“Concretagem de laje com Telha-fôrma”
- Na região sobre vigas perpendiculares às nervuras: deve-se executar a interrupção a uma distância
equivalente à 1/3 do vão dos painéis;

72
- Na região sobre vigas paralelas às nervuras: recomenda-se que a interrupção ocorra antes do eixo da viga,
a cerca de 1,00m de seu eixo.

É importante lembrar que o construtor deverá sempre consultar o calculista de concreto, para sejam
definidos os detalhes sobre as juntas de concretagem ao longo da superfície da laje.

Caso necessário, pode-se executar a concretagem e o polimento da superfície de concreto através de


equipamento automatizado. Entretanto, antes da operação, é recomendável que o construtor consulte
Departamento Técnico da METFORM, fornecendo aos técnicos dados referentes às características
geométricas e ao peso dos equipamentos utilizados.

Após o término da concretagem, deve-se executar a cura do concreto das lajes, de maneira similar ao
processo usual das lajes maciças em concreto armado. O calculista de concreto sempre deverá ser
consultado, para que seja especificado o tipo de cura a ser adotada bem como seu tempo de duração.

Após a cura do concreto, deve-se zelar para que sejam aplicadas sobre a laje apenas as sobrecargas
previstas nos projetos. Deve-se evitar o armazenamento, mesmo que provisório, de materiais sobre a
superfície das lajes. Caso sejam aplicadas cargas elevadas, estas deverão ser posicionadas próximo ou
sobre as vigas de suporte, distribuídas por meio de peças de madeira.

73
6. PROCEDIMENTOS PARA MANUSEIO, INSTALAÇÃO E INSPEÇÃO DE CONECTORES
STUD BOLT

6.1 CONDIÇÕES ADEQUADAS PARA CONECTORES, CERÂMICAS E LOCAL DE SOLDAGEM


6.1.1 No ato da soldagem, os conectores deverão estar isentos de ferrugem, carepa de laminação, óleo,
graxas, umidade ou de outro material que possa afetar adversamente a operação de soldagem.
6.1.2 Os conectores não deverão ser pintados, galvanizados ou cadmiados antes de serem soldados.
6.1.3 Os locais onde os conectores serão soldados deverão estar livres de ferrugem, carepa de laminação,
umidade, pintura, etc. Poderão ser limpos com escova de aço, descamador, lixadeira, etc.
6.1.4 As cerâmicas deverão ser mantidas secas, limpas e em embalagens à prova de umidade. Quaisquer
cerâmicas que mostrarem sinais de umidade na superfície deverão ser secas em estufa a 120ºC por
duas horas antes de serem usadas. Após a soldagem todas as cerâmicas deverão ser quebradas e o
local devidamente limpo.

6.2 CONDIÇÕES PARA OPERAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE SOLDA


6.2.1 Os conectores do tipo stud bolt deverão ser soldados com equipamento próprio. A voltagem, a
amperagem de trabalho, o tempo de operação e a regulagem da pistola deverão seguir as
orientações das tabelas fornecidas pelo fabricante do equipamento.
6.2.2 A regulagem da pistola, a voltagem, a amperagem de trabalho e o tempo de operação para a
soldagem através da Telha-fôrma são completamente diferentes daquelas de soldagem diretamente
sobre as vigas de aço. Em qualquer caso (soldagem através da Telha-fôrma ou diretamente sobre as
vigas de aço) as orientações do fabricante do equipamento deverão ser seguidas.
6.2.3 Para a ligação do equipamento de solda à fonte de energia elétrica recomenda-se o uso cabos de
diâmetro 4/0 AWG (no mínimo), com o menor comprimento possível, a fim de se evitar perdas de
potência no sistema. O comprimento máximo para o cabo de ligação não deverá ultrapassar 61m
(incluindo o cabo terra). Caso, em determinada circunstância, não se obtenha amperagem adequada
para a soldagem, recomenda-se a redução (encurtamento) do cabo de ligação e/ou a utilização de
dois cabos 4/0 AWG em paralelo.
6.2.4 Quando em operação, a pistola de soldagem deverá estar posicionada na posição adequada e
mantida imóvel até que a fusão e a solidificação dos materiais seja completada.
6.2.5 Se mais de uma pistola forem operadas através de um mesmo equipamento de solda deverão existir
dispositivos de bloqueio, de forma que somente uma pistola esteja funcionando de cada vez. A
segunda pistola somente deverá entrar em operação após o término da soldagem da primeira pistola
e assim sucessivamente.

6.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS PARA A SUPERFÍCIE DE SOLDAGEM: SOLDA ATRAVÉS DA TELHA-


FÔRMA
6.3.1 Cuidados extremos deverão ser tomados ao se fazer a soldagem dos conectores através da Telha-
fôrma:
- A Telha-fôrma deverá estar firmemente em contato com a viga de aço;
- A presença de pintura (no flange superior das vigas e/ou na Telha-fôrma), sujeiras, óleos, graxas,
ferrugem, umidade, e, principalmente, lâminas d’água é extremamente danosa à soldagem,
comprometendo a fusão dos materiais e causando porosidade nas soldas;
- Caso exista, toda a tinta existente na região de instalação dos conectores deverá ser retirada. Para o
caso da Telha-fôrma previamente pintada deverão ser realizadas aberturas com serra copo antes da
instalação dos conectores. Deverão ser utilizadas brocas com diâmetro igual a 24mm (para conectores
com diâmetro igual a 19mm). Os conectores deverão ser soldados diretamente nas vigas de aço,
dentro das aberturas previamente executadas;
- Toda umidade existente sobre a Telha-fôrma ou lâmina d’água existente entre a Telha-fôrma e as
vigas de aço deverá ser completamente eliminada antes da solda dos conectores (por exemplo,
utilizando-se equipamento de ar comprimido e/ou aquecendo-se).

74
6.3.2 Para evitar umidade (devido a condensação ou chuvas noturnas) a colocação da Telha-fôrma sobre
as vigas deverá ser realizada somente em tempo seco e deverá ser imediatamente seguida pela
colocação dos conectores. Ao final de um dia de trabalho todos os conectores stud bolt relativos aos
painéis da Telha-fôrma já montados deverão estar soldados. Nenhum painel da Telha-fôrma deverá
ser deixado sobre a estrutura sem a execução da solda dos conectores.
6.3.3 A soldagem não deverá ser executada através de duas espessuras de painéis da Telha-fôrma. Nas
emendas transversais (de topo) não deverá existir trespasses entre os painéis da Telha-fôrma.

6.4 INÍCIO DE OBRA: TESTES PARA QUALIFICAÇÃO DO EQUIPAMENTO E DOS PROCEDIMENTOS


DE SOLDAGEM
6.4.1 Devido a variações encontradas (voltagem, amperagem, condições climáticas, etc..) faz-se
necessário a aplicação de testes de qualificação no procedimento de soldagem. Os testes deverão
ser aplicados em todo o início de operação de soldagem de conectores (início de obra). Estes testes
de qualificação deverão ser executados no campo, utilizando-se materiais representativos das
condições normais de uso (conector, equipamento, etc..).
- Após estarem estabelecidas as regulagens do equipamento e os parâmetros de soldagem a
operação deverá ser iniciada, seguindo-se de uma inspeção visual do contorno da solda. Na região de
fusão deverá haver filete de solda em todo o perímetro da base dos conectores;
- Para o dobramento dos conectores deverá ser utilizado um tubo ou um martelo;
- Para o caso de conector soldado diretamente sobre a viga de aço os conectores deverão ser
dobrados em um ângulo de 30º com a vertical. O procedimento de soldagem diretamente sobre a viga
estará qualificado se pelo menos dois conectores consecutivamente instalados não apresentarem
sinais de fratura ou rompimento na solda.
- Para o caso de conector soldado sobre a Telha-fôrma os conectores deverão ser dobrados em um
ângulo de 90º com a vertical. O procedimento de soldagem através da Telha-fôrma estará qualificado
se pelo menos dez conectores consecutivamente instalados não apresentarem sinais de fratura ou
rompimento na solda.

6.5 INÍCIO DE TURNO DE TRABALHO: TESTES PARA AFERIÇÃO E INSPEÇÃO, ANTES DO INÍCIO DA
SOLDAGEM EM ESCALA
6.5.1 Tanto para soldas diretamente sobre a viga ou através da Telha-fôrma podem ser necessárias
alterações na regulagem do equipamento (diariamente). Neste caso, no início da operação (antes da
soldagem em escala), deverão ser testados pelo menos dois conectores, soldados consecutivamente.
Para este teste a seguinte seqüência deverá ser obedecida:
- Os cordões de solda dos conectores deverão ser examinados visualmente. Deverá haver filete de
solda em todo o contorno da região de fusão;
- O dobramento dos conectores deverá ser realizado utilizado-se um tubo ou um martelo;
- Os conectores deverão ser dobrados em um ângulo de 30º com a vertical e não deverão apresentar
sinais de fratura ou rompimento na solda. A operação em escala somente deverá ser iniciada após a
soldagem (e dobra) satisfatória de dois conectores consecutivos.
6.5.2 É considerada alteração de regulagem qualquer uma entre as seguintes situações:
- Troca de pistola e/ou mudanças no ajuste “lift” e “plunge”;
- Alteração no “timer” (tempo) de soldagem;
- Troca de fonte de energia;
- Mudança no comprimento total ou na bitola dos cabos de soldagem;
- Variações maiores que 5% no ajuste de amperagem (corrente elétrica).

6.6 SOLDAGEM EM ESCALA: TESTES PARA CONTROLE E INSPEÇÃO


6.6.1 Durante a durante a operação em escala, caso alguma solda não apresentar filete em todo o seu
contorno, o respectivo conector poderá ser testado. Este deverá ser dobrado a um ângulo de 15º com
a vertical, no sentido contrário à região com falta de filete. Se não houver sinais de fratura ou
rompimento na solda, a soldagem poderá ser considerada satisfatória. A critério da fiscalização da
obra, o conector poderá ou não ser retornado à posição original. O procedimento descrito neste item
deverá ser adotado sempre que for colocada em dúvida a fusão (soldagem) de algum conector.

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6.6.2 Após a realização do teste do Item 6.6.1, caso a soldagem não seja considerada satisfatória, o
conector deverá ser retirado e o local da soldagem deverá ser lixado. Caso o material base da viga
tenha sido arrancado juntamente com o conector a região de soldagem deverá ser preenchida com
solda manual de filete antes da aplicação do novo conector.
6.6.3 A critério do responsável técnico pela instalação dos conectores e com a aprovação da fiscalização
da obra, o conector com filete incompleto poderá ser recuperado utilizando-se solda manual com
eletrodo E-70XX em todo o seu contorno. Deverão ser utilizadas soldas manuais com dimensões
iguais a: 5mm para conector com diâmetro 10mm e 10mm para conector com diâmetro 19mm.
6.6.4 O conector cujo cordão foi recuperado com solda manual deverá ser testado conforme procedimento
do Item 6.6.1.
6.6.5 Durante a operação em escala, caso seja grande (maior que 7%) o número de conectores com
cordão com falta de filete em todo o contorno ou com a soldagem colocada em dúvida, a regulagem
do equipamento deverá ser refeita e os testes dos Itens 6.5.1 e 6.6.1 deverão ser refeitos. Caso
necessário os procedimentos dos Itens 6.6.2, 6.6.3 e 6.6.4 deverão ser repetidos.

6.7 RECOMENDAÇÃO FINAL


6.7.1 No caso de quaisquer dúvidas relativas à operação e/ou aos procedimentos indicados nesta
publicação, deverão ser consultados o responsável técnico pela instalação, o responsável técnico
pela fiscalização da obra e o responsável técnico pelo cálculo e projeto da estrutura de aço.

6.8 BIBLIOGRAFIA
AMERICAN WELDING SOCIETY - “Structural Welding Code – Steel – ANSI/AWS D1.1-92” -
American Welding Society, Miami, Florida - 1991.

76
7. REQUISITOS E ENSAIOS CONFORME NBR 16421

Em outubro de 2015 a ABNT publicou a norma “NBR 16421:2015 – Telha-fôrma de aço colaborante para
laje mista de aço e concreto – requisitos e Ensaios” elaborada pelo Comitê Brasileiro de Siderurgia
(ABNT/CB-028) e pela Comissão de Estudo de Produtos Planos (CE-028:000.003) estabelecendo requisitos
e ensaios aos quais devem atender a telha-fôrma para ser considerada como colaborante para laje mista
aço-concreto.

7.1 DIMENSÕES, TOLERÂNCIAS E REQUISITOS ESPECÍFICOS


7.1.1 Os aços aprovados para o uso na fabricação das Telhas-fôrmas são aqueles com qualificação
estrutural conforme as normas ABNT NBR 7008-3 e ABNT NBR 7013, desde que possuam relação
entre a resistência a ruptura e a resistência ao escoamento não inferior a 1,08 e resistência ao
escoamento mínima de 280Mpa.
7.1.2 O fabricante da Telha-fôrma deve garantir que a espessura mínima das chapas seja igual ou superior
a 95% da espessura nominal especificada de projeto, exceto nas regiões de dobra, que podem sofrer
redução de espessura em virtude do processo de conformação a frio.
7.1.3 A profundidade mínima das mossas deve ser de 90% da profundidade nominal especificada. A
profundidade nominal é a mesma do protótipo enviado para o laboratório para ensaio específico para
obtenção das tabelas de carga da telha-fôrma.
7.1.4 Tolerância em relação às dimensões nominais:

Dimensão nominal Símbolo Faixa de alutura Tolerância


mm mm
≤ 50 ±2
Altura hf 50 a 150 ±4
≥ 150 ±6
≤ 50 ±5
Largura útil LU 50 a 150 ± 10
≥ 150 ± 15

Comprimento L - ± 10

0,3%Lu
Alinhamento
longitudinal fa - <8

7.2 DIMENSIONAMENTO
A verificação da laje mista de aço e concreto, incluindo a Telha-fôrma colaborante de aço deve ser feita com
base na ABNT NBR 8800. Deve ser adotado os requisitos previstos no Eurocode 4 Part 1-1 ou o CSSBI S2
ou o ANSI/ASCE 3, para assegurar o nível de segurança previstos na ABNT NBR 8800

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