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15/03/2018 Ideologia de Gênero: estudo do American College of Pediatricians | Especiais Gazeta do Povo

Ideologia de Gênero: estudo do American


College of Pediatricians
A Gazeta do Povo publica com exclusividade, pela primeira vez em português, a íntegra
do mais importante estudo sobre ideologia de gênero na medicina: disforia de gênero,
condições médicas e protocolos de tratamento.

Autor: Michelle Cretella, MD (autor principal) Publicado em: 17 nov, 2017 Atualizado em: 14 mar, 2018

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15/03/2018 Ideologia de Gênero: estudo do American College of Pediatricians | Especiais Gazeta do Povo

Ilustração: Osvalter Urbinati/Infografia/Gazeta do Povo

Em agosto de 2016, o American College of Pediatricians (ACPeds)


(https://www.acpeds.org/) publicou um estudo, assinado pela presidente da associação, a
doutora Michelle Cretella, analisando a literatura médica sobre disforia de gênero e as
bases cientí cas dos atuais protocolos para o tratamento dessa condição,
principalmente em relação a crianças e adolescentes. A partir de uma extensa análise
dos dados, o relatório conclui pela falta de evidências cientí cas sólidas para
recomendar tratamentos invasivos, como os bloqueios hormonais em crianças e
adolescentes, cujos efeitos ainda são em grande parte desconhecidos ou, em muitos
casos, prejudiciais.

Fundado em 2002 por dissidentes da American Academy of Pediatrics (AAP)


descontentes com os rumos ideológicos da tradicional associação, o College aponta e
detalha a existência de uma verdadeira ideologia de gênero
(http://www.gazetadopovo.com.br/obsessoes/ideologia-de-genero/) por trás das mudanças
na compreensão médica sobre o fenômeno da disforia de gênero e aponta para os
perigos de mudanças bruscas sem pesquisas sólidas que as recomendem.

A Gazeta do Povo publica com exclusividade, pela primeira vez em português, a íntegra
do documento:

Resumo

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15/03/2018 Ideologia de Gênero: estudo do American College of Pediatricians | Especiais Gazeta do Povo

A disforia de gênero (DG) na infância é uma condição psicológica em que as crianças


sentem uma incongruência nítida entre o gênero que sentem ter e o gênero associado a
seu sexo biológico. Na imensa maioria dos casos em que isso ocorre na criança pré-
adolescente, a DG se resolve até o nal da adolescência. Existe hoje uma discussão
intensa, embora suprimida, entre médicos, terapeutas e acadêmicos em torno do que
está rapidamente se tornando o novo tratamento padronizado da DG em crianças. Esse
novo paradigma se baseia na premissa de que a DG é algo inato; ele envolve a supressão
da puberdade com agonistas do hormônio liberador de gonadotro na (GnRH), seguida
pelo uso de hormônios do sexo oposto – uma combinação que resulta na esterilidade de
menores. Uma revisão da literatura atual sugere que esse protocolo se baseia em uma
ideologia de gênero não cientí ca, que ele carece de uma base de evidências e que viola
o princípio ético duradouro de “em primeiro lugar, nunca causar dano ou mal”.

Neste relatório você encontra:

A disforia de gênero em crianças: esta discussão transcende a ciência

A disforia de gênero como fruto de uma identidade interna sexuada inata

Fatores pós-natais predominam no desenvolvimento e persistência da DG

A disforia de gênero como um transtorno mental objetivo

O protocolo que afirma a transgeneridade: qual é a base de evidências

Clínicas de gênero se multiplicam nos Estados Unidos, a despeito da falta de evidências médicas

O risco dos agonistas do GnRH

Agonistas do GnRH, hormônios do sexo oposto e infertilidade

Riscos adicionais ligados aos hormônios do sexo oposto

O adolescente pós-púbere com disforia de gênero

Impacto da redesignação sexual em adultos, relacionado ao risco em crianças

Recomendações para pesquisa

Conclusão

Referências

A disforia de gênero em crianças: esta discussão


transcende a ciência 
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“Gênero” é um termo que alude às características psicológicas e culturais associadas ao


sexo biológico.[1] É um conceito psicológico e um termo sociológico, não biológico. A
identidade de gênero diz respeito à consciência que um indivíduo tem de ser homem ou
mulher e às vezes é descrito como o “gênero vivido” do indivíduo. A disforia de gênero
(DG) na infância é um termo que descreve uma condição psicológica na qual a criança
sente uma incongruência nítida entre o gênero que ela sente ter e o gênero associado a
seu sexo biológico. Essas crianças frequentemente manifestam a crença de que são do
sexo oposto.[2] O índice de prevalência de DG entre crianças é estimado em menos de
1%.[3] Os índices de meninos e meninas encaminhados a clínicas especializadas variam
segundo a idade. Nas crianças pré-adolescentes, a razão entre meninos e meninas varia
entre 2:1 e 4,5:1. Entre adolescentes, a razão entre pessoas de ambos os sexos é quase
igual; entre adultos, a razão entre homens e mulheres varia entre 1:1 e 6,1:1.[3].

A discussão sobre o tratamento a dar a crianças com DG é sobretudo de natureza ética:


ela diz respeito tanto à visão de mundo do médico quanto à ciência. A medicina não
ocorre em um vácuo moral; toda ação ou inação terapêutica é fruto de um julgamento
moral de alguma espécie que nasce da visão de mundo losó ca do médico. A medicina
tampouco ocorre em um vácuo político, e estar do lado errado da política sexual pode
Especiais (http://especiais.gazetadopovo.com.br)
encerrar consequências graves para indivíduos que defendem a posição politicamente
incorreta.

A título de exemplo, o Dr. Kenneth Zucker, reconhecido há muito tempo como a maior
autoridade em questões de gênero em crianças, também é e sempre foi defensor dos
direitos dos gays e transgêneros. Contudo, para a grande consternação dos ativistas
adultos em favor dos transgêneros, Zucker acredita que as crianças pré-adolescentes
com disforia de gênero são mais bene ciadas quando as ajudamos a alinhar sua
identidade de gênero com seu sexo anatômico. Essa posição acabou lhe custando o
cargo de diretor, que ele ocupava havia 30 anos, da Clínica Infantil, Juvenil e Familiar de
Identidade de Gênero (GIC) do Centro de Adição e Saúde Mental, em Toronto.[4],[5]

Muitos críticos da supressão da puberdade defendem uma visão de mundo teleológica


moderna. Para eles, é autoevidente que existe uma intenção proposital na natureza
humana e que a cooperação com essa intenção leva ao desabrochamento humano.
Outros, contudo, se identi cam como pós-modernistas que rejeitam a teleologia. O que
une os dois grupos é uma interpretação tradicional da máxima de “em primeiro lugar,

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nunca causar dano ou mal”. Por exemplo, existe uma comunidade online crescente de
médicos, pro ssionais de saúde mental e acadêmicos que defendem os gays e possuem
uma página na internet intitulada “First, do no harm: youth gender professionals
(https://youthtranscriticalprofessionals.org/)”. Eles escrevem:

Estamos preocupados com a tendência atual a rapidamente diagnosticar e a rmar


crianças e adolescentes como transgêneros, frequentemente direcionando-os para a
transição médica. […] Consideramos que cirurgias e/ou tratamentos hormonais
desnecessários, cuja segurança de longo prazo ainda não foi comprovada, representam
riscos importantes para crianças e adolescentes. Políticas públicas que incentivam –
direta ou indiretamente – esse tratamento médico para crianças ou adolescentes que
podem não ser capazes de avaliar seus riscos e benefícios são altamente suspeitos, em
nossa opinião.[6]

Contrastando com isso, os proponentes do paradigma intervencionista médico também


são pós-modernistas, mas têm uma visão subjetiva do “em primeiro lugar, nunca causar
dano ou mal”. A Dra. Johanna Olson Kennedy, hebiatra do Hospital Infantil Los Angeles
e líder das transições de gênero pediátricas, já a rmou que “[em primeiro lugar, nunca
causar dano ou mal] é realmente subjetivo. Historicamente, estamos vindo de uma
perspectiva altamente paternalista […] em que os médicos realmente recebem o
privilégio de decidir o que fará ou não fará o mal. E, no mundo do gênero, isso é
realmente problemático.”[7] Não apenas ela a rma que “em primeiro lugar, nunca
causar dano ou mal” é subjetivo, como mais adiante ela também a rma que deve ser
deixado a cargo da criança decidir o que constitui dano ou mal, com base em seus
próprios pensamentos e sentimentos subjetivos.[7] Dada a imaturidade cognitiva e de
experiência da criança e do adolescente, o American College of Pediatricians (o College)
considera essa posição altamente problemática e antiética.

 A disforia de gênero como fruto de uma identidade


interna sexuada inata 
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O professor de assistência social Dr. William Brennan escreveu que “o poder que a
linguagem possui de colorir nossa visão da realidade é profundo”.[8] É por essa razão
que a engenharia linguística sempre precede a engenharia social, mesmo na medicina.
Muitos têm a visão equivocada de que o gênero, no passado, signi cava sexo biológico.
Embora os termos frequentemente sejam usados de modo intercambiável, eles nunca
foram verdadeiros sinônimos. [9],[10]. As feministas do nal dos anos 1960 e da década
de 1970 usavam o termo “gênero” para se referir a um “sexo social” da pessoa, que
poderia diferir de seu “sexo biológico”, para superar a discriminação injusta das
mulheres, que tinha raízes em estereótipos sexuais. Essas feministas são as grandes
responsáveis por terem generalizado o uso da palavra “gênero” em lugar de “sexo”. Mais
recentemente, em um esforço para eliminar a heteronormatividade, os teóricos queer
ampliaram o gênero de modo a abranger mais de 50 categorias, fundindo o conceito de
um sexo social com as atrações sexuais.[9] Mas nenhum dos usos re ete o sentido
original do termo.

Antes da década de 1950, o gênero


se aplicava apenas à gramática, não
às pessoas.[9],[10] As línguas de
origem latina classi cam os
substantivos e seus quali cadores
como masculinos ou femininos, e
por essa razão essas palavras ainda
são descritas como tendo um
gênero. Isso mudou nas décadas de
1950 e 1960, quando os sexólogos
perceberam que sua agenda de
redesignação sexual não poderia
ser defendida su cientemente
A maioria das crianças aceita seu sexo biológico até o final usando os termos “sexo” e
da adolescência
“transexual”. Do ponto de vista
puramente cientí co, os seres humanos possuem um sexo biologicamente determinado
e diferenças sexuais inatas. Nenhum sexólogo pode mudar os genes de uma pessoa
através de hormônios e cirurgia. A troca de sexo é objetivamente impossível.

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A solução encontrada pelos sexólogos foi apropriar-se da palavra “gênero” e atribuir a


ela um novo sentido que se aplicava às pessoas. John Money, PhD, foi um dos mais
destacados desses sexólogos que rede niram o gênero para que signi casse “a atuação
sexual indicativa de uma identidade interna sexuada’.[10] Essencialmente, esses
sexólogos inventaram a fundamentação ideológica necessária para justi car seu
tratamento do transexualismo com cirurgias de redesignação sexual e chamaram a isso
de gênero. É essa ideologia fabricada pelo homem de uma “identidade interna sexuada”
que hoje domina a medicina, a psiquiatria e o mundo acadêmico. Esta história
linguística deixa claro que o gênero não é e nunca foi uma realidade biológica ou
cientí ca. Em vez disso, o gênero é um conceito social e politicamente construído.

Em seu estudo “Overview of Gender Development and Gender Nonconformity in


Children and Adolescents” (Panorama geral do desenvolvimento de gênero e da
inconformidade de gênero em crianças e adolescentes), Forcier e Olson-Kennedy
rejeitam o modelo binário da sexualidade humana, descrevendo-a como uma
“ideologia”, e apresentam uma “visão alternativa” da “identidade de gênero inata”, que
se apresenta ao longo de um ”contínuo de gênero”. Eles recomendam que os pediatras
digam aos pais que o “gênero verdadeiro” da criança é aquele que a criança sente que é,
porque “o cérebro e o corpo da criança podem não estar em sintonia”.[11]

A alegação feita por Forcier e Olson-Kennedy de uma discordância inata entre o cérebro
e o corpo de uma criança vem de imagens de difusão por ressonância magnética que
demonstram que o aumento da testosterona em meninos na puberdade aumenta o
volume de substância branca, além de estudos dos cérebros de adultos que se
identi cam como transgêneros. Um estudo de Rametti e colegas constatou que a
microestrutura de substância branca dos cérebros de adultos transexuais de mulher a
homem (MaH) que ainda não haviam iniciado tratamento com testosterona era mais
semelhante à de homens que à de mulheres.[12] Outros estudos com imagens de
difusão por ressonância magnética concluíram que a microestrutura de substância
branca nos transexuais MaH e homem a mulher (HaM) está a meio caminho entre os de
mulheres e homens genéticos.[13]

Mas esses estudos têm signi cado clínico questionável, devido ao número pequeno de
sujeitos e à existência de neuroplasticidade. Este é um fenômeno fartamente
constatado em que comportamentos de longo prazo modi cam a microestrutura

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cerebral. Não há evidências de que


as pessoas nasçam com
microestruturas cerebrais que são
imutáveis para sempre, mas há
evidências importantes de que a
experiência modi ca a
microestrutura cerebral.[14]
Portanto, se e quando forem
identi cadas diferenças válidas nos
cérebros de transgêneros, é
provável que elas serão um fruto do
comportamento transgênero, não
sua causa. O que é mais
importante, contudo, é o fato de Seres humanos possuem um sexo biologicamente
determinado e diferenças sexuais inatas
que os cérebros de todos os bebês
do sexo masculino são masculinizados antes do nascimento por sua própria
testosterona endógena, que é liberada por seus testículos a partir de aproximadamente
oito semanas de gestação. As bebês meninas não possuem testículos, é claro, logo não
têm seus cérebros masculinizados por testosterona endógena. [15],[16],[17] Por essa
razão, tirando a hipótese de uma das raras desordens de desenvolvimento sexual
(DDSs), os meninos não nascem com cérebro feminizado e as meninas não nascem com
cérebro masculinizado.

Os geneticistas comportamentais sabem há décadas que, enquanto genes e hormônios


in uenciam o comportamento, eles não predeterminam que uma pessoa tenha que
pensar, sentir-se ou se comportar de determinada maneira. A ciência da epigenética
constatou que os genes não são análogos a “modelos” rígidos de comportamento. Na
realidade, os humanos “desenvolvem características através do processo dinâmico de
interação entre genes e ambiente (…) [os genes por si sós] não determinam quem
somos.”[18] Com relação à etiologia do transgenerismo, estudos de gêmeos feitos com
transexuais adultos provam de nitivamente que a in uência genética e hormonal pré-
natal é mínima.

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Estudos de gêmeos são instrumentais para elucidar o grau em que uma característica é
biologicamente determinada antes do nascimento. Como os gêmeos monozigóticos são
concebidos com exatamente o mesmo DNA e são expostos ao mesmo ambiente pré-
natal, as características que são determinadas unicamente pelos genes e/ou o ambiente
pré-natal se manifestam 100% do tempo em ambos os gêmeos idênticos. A raça é um
exemplo de uma característica que gêmeos idênticos compartilham 100% do tempo
porque é determinada exclusivamente pelos genes.

O maior estudo de transexuais realizado com gêmeos até agora examina 110 pares de
gêmeos e foi publicado pelo Dr. Milton Diamond na edição de maio de 2013 do
International Journal of Transgenderism. [19] A Tabela 5 documenta que o número de
pares de gêmeos monozigóticos concordantes para o transexualismo é maior que o de
pares de gêmeos dizigóticos. Isso sugere uma possível predisposição biológica à disforia
de gênero. Mas o dado mais signi cativo do estudo é o número pequeno de pares de
gêmeos monozigóticos concordantes (ou seja, em que ambos sejam transexuais).
Apenas 21 pares de gêmeos monozigóticos de um total de 74 pares monozigóticos (ou
seja, 28%) foram concordantes em transexualismo; os 72% restantes dos gêmeos
idênticos foram discordantes em transexualismo. Isso signi ca que pelo menos 72%
dos fatores responsáveis pelo transexualismo em um gêmeo e não no outro ocorrem
após nascimento e não são biológicos.

Um índice tão alto de discordância entre gêmeos idênticos prova que ninguém nasce
predeterminado a apresentar disforia de gênero e muito menos a identi car-se como
transgênero ou transexual. Isso condiz com o índice muito alto de resolução da disforia
de gênero documentado entre crianças e adolescentes quando não foram incentivadas a
fazer-se passar por pessoas do sexo oposto. O baixo índice de concordância também
respalda a teoria de que a DG persistente se deve principalmente ao impacto de
in uências ambientais não compartilhadas sobre certas crianças biologicamente
vulneráveis. Para que que claro, bastam os estudos com gêmeos para esclarecer que a
“perspectiva alternativa” de uma “identidade de gênero inata” que teria origem em
cérebros “feminilizados” ou “masculinizados” presos no corpo errado é, de fato, uma
crença ideológica que não tem base na ciência rigorosa.

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Já uma visão teleológica binária da sexualidade humana é compatível com a


realidade biológica. A regra é que o organismo humano seja concebido como
masculino ou feminino. Os pares de cromossomos sexuais “XY” e “XX” são
determinantes genéticos do sexo, respectivamente masculino e feminino. Não são
marcadores genéticos de um corpo desordenado ou um defeito de nascimento. A
sexualidade binária é binária por sua própria concepção, sendo a nalidade a
reprodução de nossa espécie. Esse princípio é autoevidente. Tirando uma das raras
desordens do desenvolvimento sexual (DDSs), nenhum bebê tem um sexo ou gênero
“atribuído” a ele ao nascer; pelo contrário, o sexo visto no nascimento se declara “in
utero” e é claramente evidente e reconhecido no nascimento.

As raríssimas DDSs, que incluem mas não se limitam à síndrome da insensibilidade


androgênica e hiperplasia adrenal congênita, são todas desvios medicamente
identi cáveis da normalidade sexual binária humana. Diferentemente dos indivíduos
com genótipo e eixo hormonal normais que se identi cam como “transgêneros”, as
pessoas com DDS possuem uma condição biológica inata. A designação sexual de
indivíduos com DDS é complexa e depende de uma variedade de fatores genéticos,
hormonais e físicos. Mesmo assim, a declaração consensual de 2006 da Intersex Society
of North America não endossou a DSD como um terceiro sexo.[20]

Fatores pós-natais predominam no desenvolvimento


e persistência da DG 
Estudos realizados com gêmeos idênticos demonstram que eventos pós-natais não
compartilhados (ou seja, fatores ambientais) predominam no desenvolvimento e
persistência da disforia de gênero. Isso não surpreende, já que é amplamente aceito que
o desenvolvimento emocional e psicológico da criança é in uenciado por experiências
positivas e negativas da primeira infância em diante. Os relacionamentos familiares e
com pares, a escola e o bairro, a experiência de qualquer tipo de abuso, a exposição à
mídia, doenças crônicas, guerra e desastres naturais, todos esses são exemplos de

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fatores ambientais que impactam o desenvolvimento emocional, social e psicológico do


indivíduo. Não existe uma dinâmica familiar única, situação social, acontecimento
adverso ou combinação dos fatores anteriores que se tenha descoberto que destine
qualquer criança a desenvolver DG. Esse fato, somado aos estudos com gêmeos, sugere
que existem muitos caminhos que podem levar à DG em certas crianças biologicamente
vulneráveis.

A literatura especializada sobre a


etiologia e o tratamento
psicoterapêutico de DG infantil é
fundamentada fortemente em
estudos de casos clínicos. Esses
estudos sugerem que o reforço
social, a psicopatologia parental, a
dinâmica familiar e o contágio
social facilitado pela mídia
convencional e as redes sociais,
tudo isso contribui para o
desenvolvimento e/ou persistência
de DG entre algumas crianças e
Crença ideológica que não tem base na ciência rigorosa adolescentes vulneráveis. É
possível que existam outros fatores
ainda não reconhecidos que contribuam para isso, também.

A maioria dos pais de crianças com DG se recorda que sua reação inicial ao ver seu lho
vestir roupas do sexo oposto e apresentar outros comportamentos do sexo oposto foi de
tolerância e/ou incentivo. Às vezes, a psicopatologia parental está à raiz do reforço
social. Por exemplo, um pequeno subgrupo das mães de meninos com DG que tinham
desejado ter lhas meninas sofreu algo que foi descrito como “tristeza patológica de
gênero”. Dentro desse subgrupo, o desejo da mãe de ter tido uma lha foi exteriorizado
com a mãe vestindo seu lho como menina. Essas mães geralmente sofriam de
depressão grave que era aliviada quando seus lhos se vestiam e agiam de maneira
feminina.[21]

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Um grande conjunto de literatura clínica documenta que pais de meninos femininos


relatam passar menos tempo com seus lhos de 2 a 5 anos, comparados aos pais de
meninos do grupo de controle. Isso condiz com dados que revelam que meninos
femininos sentem mais proximidade com sua mãe que com seu pai. Em seus estudos
clínicos de meninos com DG, Stoller observou que a maioria tem um relacionamento
muito íntimo com sua mãe e um relacionamento distante e periférico com seu pai. Ele
postulou que a DG em meninos é “uma suspensão do desenvolvimento (…) em que uma
simbiose mãe- lho pequeno excessivamente estreita e grati cante, não perturbada pela
presença do pai, impede o menino de separar-se adequadamente do corpo e
comportamento feminino de sua mãe.”[21]

Já foi constatado também que, entre crianças com DG, o índice de psicopatologia
materna, especialmente de depressão e transtorno bipolar, é “alto segundo qualquer
padrão”. Além disso, a maioria dos pais de meninos com DG sente-se ameaçada
facilmente, manifesta di culdade com a regulação de seus afetos e possui um senso
interno de inadequação. Esses pais geralmente lidam com seus con itos dedicando-se
excessivamente ao trabalho ou distanciando-se de sua família de outra maneira.
Frequentemente os pais não se dão apoio mútuo e têm di culdade em resolver seus
con itos conjugais. Isso produz um ambiente intensi cado de con ito e hostilidade.
Nessa situação, o menino ca cada vez mais inseguro em relação a seu próprio valor,
devido à raiva ou à apatia da mãe e ao fato de seu pai não interceder. A ansiedade e
insegurança do menino se intensi cam, assim como sua raiva, e tudo isso pode resultar
em sua incapacidade de identi car-se com seu próprio sexo biológico.[22]

Não há estudos sistemáticos sobre meninas com DG e o relacionamento entre pais e


lha. Contudo, observações clínicas sugerem que o relacionamento entre mãe e lha
mais frequentemente é distante e marcado por con itos, algo que pode levar a lha a
desidenti car-se com a mãe. Em outros casos, a masculinidade é elogiada por seus pais,
enquanto a feminilidade é desvalorizada. Já houve casos, também, em que lhas têm
medo do pai, que pode manifestar raiva explosiva em relação à mãe, chegando à
violência física. Uma menina pode apreender o fato de ser mulher como algo que não
lhe garante segurança e defender-se contra isso sentindo que na realidade ela é menino,
acreditando subconscientemente que, se fosse menino, seria amada por seu pai e não
seria alvo de sua raiva.[21]

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Há evidências de que psicopatologias e/ou diversidades de desenvolvimento podem


precipitar a DG entre adolescentes, especialmente entre mulheres jovens. Pesquisas
recentes documentaram um número crescente de adolescentes que comparecem a
clínicas de identidade de gênero de adolescentes e pedem redesignação sexual (RS).
Kaltiala-Heino e colegas procuraram descrever os candidatos adolescentes à
redesignação sexual legal e médica durante os dois primeiros anos de funcionamento
de uma clínica de identidade de gênero de adolescentes na Finlândia, em termos de
fatores sociodemográ cos, psiquiátricos e de identidade de gênero e de
desenvolvimento adolescente. Eles realizaram uma revisão retrospectiva quantitativa
estruturada e uma análise qualitativa dos estudos de caso de todos os candidatos
adolescentes à RS que entraram para avaliação até o nal de 2013. Constataram que o
número de encaminhamentos superou as expectativas, à luz do conhecimento
epidemiológico. Entre os candidatos à redesignação sexual se veri cou um predomínio
marcante de adolescentes nascidas meninas. Eram comuns os casos de psicopatologias
graves que antecederam a manifestação da DG. Muitos dos jovens estavam no espectro
do autismo. Essas descobertas não correspondem à imagem comumente aceita de um
adolescente ou criança com disforia de gênero. Os pesquisadores concluíram que as
diretrizes de tratamento precisam avaliar a DG em menores de idade no contexto de
di culdades psicopatológicas e de desenvolvimento graves.[23]

Segundo evidências anedóticas, existe também uma tendência crescente entre


adolescentes de se autodiagnosticarem como transgênero depois de passar períodos
prolongados em sites de mídia social como Tumblr, Reddit e YouTube. Isso sugere que o
contágio social também pode ser um fator em jogo. Em muitas escolas e comunidades,
grupos inteiros de pares estão “saindo do armário” como transgêneros ao mesmo
tempo.[6] Finalmente, merece ser investigada uma ligação causal entre acontecimentos
adversos na infância, incluindo abuso sexual, e o transgenerismo. É reconhecido há
muito tempo que existe uma coincidência entre discordância de gênero na infância e
orientação homossexual na idade adulta.[24] Existe também um grande conjunto de
artigos da literatura especializada que documenta uma prevalência maior de eventos
adversos na infância e abuso sexual entre adultos homossexuais, em comparação com
adultos heterossexuais. Andrea Roberts e colegas publicaram em 2013 um estudo que
constatou que “entre metade e todo o risco elevado de abuso infantil entre pessoas com
sexualidade homossexual, comparadas a heterossexuais, se deve aos efeitos do abuso
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sobre a sexualidade”.[25] É possível, portanto, que alguns indivíduos desenvolvam DG e


mais tarde reivindiquem identidade transgênero em consequência de maus-tratos e/ou
abuso sexual sofridos na infância. Esta é uma área que precisa ser estudada.

A disforia de gênero como um transtorno mental


objetivo 
A psicologia vem rejeitando cada vez mais o conceito de normas para a saúde mental,
focalizando, em vez disso, o sofrimento emocional. A American Psychiatric Association
(APA), por exemplo, explica, na quinta edição do Diagnostic and Statistical Manual of
Mental Disorders (DSM-5 – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais),
que a DG consta do manual não devido à discrepância entre os pensamentos do
indivíduo e a realidade física, mas devido à presença de sofrimento emocional que
di culta seu funcionamento social. O DSM-5 também observa que é preciso um
diagnóstico para que os planos de saúde paguem por hormônios do sexo oposto e
cirurgia de redesignação sexual (CRS) para aliviar o sofrimento emocional causado pela
DG. Uma vez aliviado o sofrimento, a DG deixa de ser considerada um transtorno.[2]

Esse raciocínio é problemático. Considere os seguintes exemplos: uma garota com


anorexia nervosa acredita de maneira xa e equivocada que é obesa; uma pessoa com
transtorno dismór co corporal (TDC) tem a convicção errônea de que é feia; uma
pessoa com transtorno de identidade de integridade corporal (TIIC) se identi ca como
de ciente física e sente-se presa em um corpo plenamente funcional. Indivíduos com
TIIC frequentemente se sentem tão a itos com seu corpo plenamente funcional que
procuram amputar cirurgicamente seus braços ou pernas saudáveis ou cortar sua
medula espinhal.[26] A Dra. Anne Lawrence, que é transgênero, já argumentou que o
TIIC possui muitos paralelos com a DG.[27] Assim como a DG, as crenças falsas acima
citadas não apenas geram sofrimento emocional para o indivíduo como põem sua vida
em risco. Em cada caso, uma cirurgia para “a rmar” a premissa falsa (liposucção para a
anorexia, cirurgia plástica para o TDC, amputação ou paraplegia cirurgicamente

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15/03/2018 Ideologia de Gênero: estudo do American College of Pediatricians | Especiais Gazeta do Povo

induzida para o TIIC) pode muito bem aliviar o sofrimento emocional da pessoa, mas
não ajudará em nada a resolver o problema psicológico subjacente e pode ter como
consequência a morte do paciente. Se for completamente desligada da realidade física,
a arte da psicoterapia vai perder espaço, à medida que o campo da psicologia se
converterá cada vez mais em uma especialidade médica intervencionista, com
resultados devastadores para os pacientes.

A alternativa seria buscar de nir


um padrão mínimo. A normalidade
já foi de nida como “aquilo que
funciona conforme seu desígnio”.
[28] Uma das principais funções do
cérebro é apreender a realidade. Os
pensamentos que estão em
conformidade com a realidade
física são normais. Os
pensamentos que se desviam da
realidade física são anormais –
além de potencialmente serem
nocivos ao indivíduo ou a outros.
Isso é fato quer ou não o indivíduo Adolescentes se autodiagnosticam transgênero após
passarem muito tempo em sites de mídia social
que possui os pensamentos
anormais sinta sofrimento. Quando uma pessoa acredita que é algo ou alguém que não
é, trata-se, na melhor das hipóteses, de pensamento confuso, e, na pior, de uma ilusão,
algo irreal. O simples fato de uma pessoa pensar ou sentir alguma coisa não faz com
que essa coisa seja realidade. Isso seria fato mesmo que os pensamentos anormais
fossem biologicamente “predeterminados”.

O normal no desenvolvimento humano é que os pensamentos do indivíduo se alinhem


com a realidade física; que a identidade de gênero do indivíduo corresponda a seu sexo
biológico. As pessoas que dizem “sentir-se como se fossem do sexo oposto” ou “sentir-se
em algum ponto intermediário” ou alguma outra categoria não formam um terceiro
sexo. Elas continuam a ser homens ou mulheres, em termos biológicos. A disforia de
gênero é um problema que está na mente, não no corpo. Crianças e adolescentes com

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DG não possuem um corpo desordenado, mesmo que seja isso o que sentem. Do
mesmo modo, a a ição de uma criança diante do desenvolvimento das características
sexuais secundárias não signi ca que a puberdade deva ser vista como uma doença a
ser interrompida, porque a puberdade não é, na realidade, uma doença. Do mesmo
modo, embora muitos homens com DG expressem a ideia de que são “uma essência
feminina” presa em um corpo de homem, essa crença não possui base cientí ca.

Até pouco tempo atrás, a visão de mundo prevalecente com relação à DG infantil era
que ela re etia um pensamento anormal ou confusão por parte da criança, algo que
pode ou não ser transitório. Consequentemente, a abordagem padrão consistia ou em
observar e aguardar ou em procurar psicoterapia familiar e individual.[1],[2] Os
objetivos da terapia eram tratar a patologia familiar, se estivesse presente, tratar
quaisquer morbidezes psicossociais na criança e ajudar a criança a alinhar sua
identidade de gênero com seu sexo biológico.[21],[11] Especialistas de ambos os lados
do debate sobre a supressão da puberdade concordam que, nesse contexto, entre 80% e
95% das crianças e dos adolescentes com DG aceitam seu sexo biológico até o nal da
adolescência.[29] Essa visão de mundo começou a mudar, contudo, quando os ativistas
transgêneros adultos passaram cada vez mais a promover a narrativa da “essência
feminina”, visando conquistar aceitação social.[10] Em 2007, no mesmo ano em que o
Boston Children’s Hospital abriu a primeira clínica pediátrica de gênero, o Dr. J.
Michael Bailey escreveu:

A visão cultural predominante hoje do transexualismo de homem a mulher é que todos


os transexuais homens a mulher (HaM) são, em essência, mulheres presas dentro de um
corpo de homem. Essa visão tem pouca base cientí ca, porém, e não condiz com as
observações clínicas. Ray Blanchard demonstrou que existem dois subtipos distintos de
transexuais HaM. Os membros de um dos subtipos, os transexuais homossexuais,
podem ser entendidos melhor como um tipo de homem homossexual. Os membros do
outro subtipo, o dos transexuais autoginefílicos, são motivados pelo desejo erótico de
tornar-se mulheres. Embora seja explicável, a persistência da visão cultural
predominante é prejudicial à ciência e a muitos transexuais.[30]

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Com a persistência da visão da chamada “essência feminina”, o sofrimento de adultos


transgêneros foi evocado para defender que as crianças fossem resgatadas com
urgência do mesmo destino, através da identi cação precoce, a rmação e supressão
da puberdade. Hoje se alega que a discriminação, violência, psicopatologia e suicídio
são consequências diretas e inevitáveis de se negar a a rmação social a uma criança
com disforia de gênero e impedir seu acesso a bloqueadores de puberdade ou
hormônios do sexo oposto.[31] No entanto, o fato de que de 80% a 95% dos adolescentes
com disforia de gênero emergem física e psicologicamente intactos depois de passarem
pela puberdade sem a rmação social refuta essa visão.[29] Ademais, mais de 90% das
pessoas que morrem de suicídio têm uma doença mental diagnosticada.[32] Não há
evidências de que crianças e adolescentes com disforia de gênero que cometem suicídio
sejam diferentes. Por essa razão, a base para a prevenção do suicídio deve ser a mesma
para eles quanto é para todas as crianças e os adolescentes: identi cação e tratamento
precoce de co-morbidezes psicológicas.

Apesar disso, existem hoje nos Estados Unidos 40 clínicas de gênero que promovem a
supressão da puberdade e tratam crianças e adolescentes com hormônios do sexo
oposto. A lógica da supressão da puberdade é dar à criança com disforia de gênero
tempo para explorar sua identidade de gênero sem o sofrimento emocional
desencadeado pelo surgimento das características sexuais secundárias. Os padrões
seguidos nessas clínicas se baseiam em “opiniões especializadas”. Não existe um único
estudo controlado grande e randomizado que documente os alegados benefícios e
potenciais danos da supressão da puberdade e de décadas de tratamento hormonal
dados a crianças e adolescentes com disforia de gênero. Tampouco existe um único
estudo grande, randomizado, controlado e de longo prazo que compare os resultados de
diversas intervenções psicoterapêuticas em casos de DG infantil com os resultados da
supressão da puberdade seguida por décadas de ingestão de esteroides sintéticos
tóxicos. Em nossa era atual de “medicina baseada em evidências”, esse fato deveria
fazer todos pararem para re etir. Um fato mais preocupante é que a supressão da
puberdade no estágio 2 da escala de Tanner (geralmente aos 11 anos de idade), seguida
pelo uso de hormônios do sexo oposto, deixará essas crianças estéreis e sem tecido
gonadal ou gametas disponíveis para crio-preservação.[33],[34],[35]

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A neurociência documenta
claramente que o cérebro
adolescente é cognitivamente
imaturo e, antes de a pessoa chegar
a entre o início e meados da casa
dos 20 anos, não possui a
capacidade adulta necessária para
fazer uma avaliação de riscos.[36]
Existe um problema ético sério em
permitir que sejam realizados
procedimentos irreversíveis e que
transformam a vida em menores
de idade que são jovens demais
Passar pelo sexo posto vai alterar de alguma maneira a para poderem dar um
estrutura e função do cérebro da criança
consentimento válido eles
próprios. Essa exigência ética do consentimento informado é fundamental para a
prática da medicina, conforme enfatiza o site do Departamento de Saúde e Serviços
Humanos dos EUA: “O consentimento voluntário do sujeito humano é absolutamente
essencial”.[37] Ademais, quando um indivíduo é esterilizado, mesmo quando isso ocorre
como consequência secundária de uma terapia, sem ter dado seu consentimento pleno,
livre e informado, ocorre uma violação da lei internacional.[38]

O protocolo que afirma a transgeneridade: qual é a


base de evidências 
Nas duas últimas décadas, a Hayes Inc. tornou-se uma rma de pesquisas e consultoria
internacionalmente reconhecida que avalia uma ampla gama de tecnologias médicas
para determinar seu impacto sobre a segurança dos pacientes, seus resultados sobre a
saúde dos pacientes e a utilização de recursos. A empresa realizou uma revisão e
avaliação abrangente da literatura cientí ca sobre o tratamento da DG em adultos e
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crianças em 2014. Ela concluiu que “embora evidências sugiram benefícios positivos”
das cirurgias de redesignação sexual em adultos com disforia de gênero, “limitações
sérias [inerentes à pesquisa] permitem apenas conclusões fracas”.[39] A Hayes Inc.
considerou o uso de hormônios do sexo oposto em adultos com disforia de gênero como
sendo baseado em evidências de qualidade “muito baixa”:

Estudos múltiplos não demonstraram melhorias estatisticamente signi cativas para a


maioria dos resultados. As evidências sobre qualidade de vida e função em adultos
homem a mulher (HaM) foram muito esparsas. As evidências em favor de medidas
menos abrangentes de bem-estar em adultos que receberam terapia hormonal do sexo
oposto foram diretamente aplicáveis a pacientes com DG, mas muito esparsas e/ou
con itantes. Os estudos não permitem conclusões de causalidade e, em sua maioria,
tiveram fraquezas em sua execução. Há riscos de saúde potencialmente de longo prazo
associados à terapia hormonal, mas nenhum deles foi comprovado ou excluído
conclusivamente.[40]

Com relação ao tratamento de crianças com DG usando agonistas do hormônio


liberador da gonadotro na (GnRH) e hormônios do sexo oposto, a Hayes, Inc. atribuiu
sua nota mais baixa, indicando que a literatura especializada “é escassa demais e os
estudos existentes são demasiado limitados para sugerir conclusões.”[40]

Clínicas de gênero se multiplicam nos Estados


Unidos, a despeito da falta de evidências médicas 
Em 2007, o Dr. Norman Spack, endocrinologista pediátrico e fundador da primeira
clínica de gênero do país, no hospital Boston Children’s, lançou o paradigma da
supressão da puberdade nos Estados Unidos.[41] Ela consiste em primeiramente
a rmar o autoconceito falso da criança, instituindo mudanças de nome e pronome e
ajudando a criança a fazer-se passar por uma pessoa do sexo oposto, dentro e fora de
sua casa. Em seguida, a puberdade em crianças com apenas 11 anos é suprimida com

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agonistas do GnRH, e nalmente, aos 16 anos, os pacientes podem começar a tomar


hormônios do sexo oposto, preparando-se para a cirurgia de redesignação sexual
quando chegarem à idade adolescente mais velha ou à idade adulta.[42] As diretrizes da
Sociedade de Endocrinologia hoje proíbem o uso de hormônios do sexo oposto antes
dos 16 anos de idade, mas essa proibição está sendo revista.[43] Alguns especialistas de
gênero já estão passando ao largo da supressão da puberdade e, em vez disso,
encaminhando crianças com apenas 11 anos diretamente ao tratamento com
hormônios do sexo oposto.[44] A explicação apresentada é que a criança passará pelo
desenvolvimento púbere do sexo desejado e, com isso, poderá evitar o sofrimento
emocional iatrogênico decorrente de manter uma aparência pré-púbere enquanto seus
pares seguem sua trajetória natural de puberdade.

Em 2014, existiam 24 clínicas de gênero concentradas principalmente na costa leste dos


EUA e na Califórnia; um ano mais tarde havia 40 distribuídas pelo país. A Dra. Ximena
Lopez, endocrinologista pediátrica no Children’s Medical Center Dallas e membro do
programa Genecis (Educação e Assistência de Gênero, Apoio Interdisciplinar) desse
centro, declarou: “[O uso deste protocolo] vem aumentando rapidamente. E a razão
principal disso é que pais o estão exigindo e levando pacientes aos endocrinologistas
pediátricos, porque sabem que esse serviço está disponível.”[45] Vale notar que a razão
principal do uso aumentado do protocolo é a demanda por parte dos pais, e não a
medicina baseada em evidências.

O risco dos agonistas do GnRH 


Os agonistas do GnRH usados para suprimir a puberdade em crianças com disforia de
gênero incluem dois que são aprovados para o tratamento da puberdade precoce: a
leuprolida por injeção intramuscular em doses mensais ou trimestrais, e a histrelina,
um implante subcutâneo com dosagem anual.[34] Além de prevenir o desenvolvimento
das características sexuais secundárias, os agonistas do GnRH sustam o crescimento
ósseo, reduzem a acreção óssea, previnem a organização dependente de esteroides

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sexuais e a maturação do cérebro adolescente e inibem a fertilidade, ao impedir o


desenvolvimento de tecido gonadal e de gametas maduros, pela duração do tratamento.
Se a criança interromper o uso de agonistas do GnRH, ocorrerá a puberdade. [34],[42]
Consequentemente, a Sociedade de Endocrinologia a rma que os agonistas do GnRH,
além de o paciente viver socialmente como pessoa do sexo oposto, são intervenções
plenamente reversíveis que não encerram risco de causar dano permanente a crianças.
[42] Mas a teoria da aprendizagem social, a neurociência e o único estudo de
acompanhamento de longo prazo de adolescentes que passaram pela supressão de
puberdade, visto abaixo, contestam essa a rmação.

Em um estudo de
acompanhamento de seus
primeiros candidatos pré-púberes
a receber tratamento de supressão
da puberdade, De Vries e colegas
documentaram que todos os
sujeitos acabaram por adotar
identidade transgênero e a pedir
hormônios do sexo oposto.[46] É
preocupante. Normalmente 80% a
95% das crianças pré-púberes com
DG não continuam a apresentar
DG. O fato de que 100% das
crianças pré-púberes tenham Não existe estudo que documente benefícios e danos da
supressão da puberdade
escolhido tomar hormônios do
sexo oposto sugere que o próprio protocolo conduz o indivíduo inevitavelmente a
identi car-se como transgênero.

Existe algo evidentemente autorrealizado quando incentivamos uma criança com DG a


fazer-se passar socialmente por uma pessoa do sexo oposto e depois instituímos a
supressão de sua puberdade. Em vista do fenômeno amplamente constatado da
neuroplasticidade, o comportamento reiterado de fazer-se passar pelo sexo oposto vai
alterar de alguma maneira a estrutura e função do cérebro da criança, potencialmente
de uma maneira que reduza a probabilidade de sua identidade alinhar-se com seu sexo

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biológico. Isso, somado à supressão da puberdade, que impede a masculinização ou


feminilização endógena adicional do cérebro, leva a criança a permanecer ou como
menino pré-púbere de gênero inconforme disfarçado de menina pré-púbere, ou o
inverso. Como seus pares vão se desenvolver normalmente, convertendo-se em homens
ou mulheres jovens, essas crianças cam psicossocialmente isoladas. Elas serão menos
capazes de identi car-se como sendo a pessoa biologicamente masculina ou feminina
que são na realidade. Um protocolo de fazer-se passar pelo sexo oposto e de supressão
da puberdade, que desencadeia um único resultado inevitável (a identi cação
transgênero) que exige o uso vitalício de hormônios sintéticos tóxicos, que produzem
infertilidade, não é nem plenamente reversível nem isento de danos.

Agonistas do GnRH, hormônios do sexo oposto e


infertilidade 
Como os agonistas do GnRH impedem a maturação do tecido gonadal e dos gametas em
ambos os sexos, os jovens que, depois de passar pela supressão da puberdade no estágio
2 da escala de Tanner, são submetidos a tratamento com hormônios do sexo oposto
serão convertidos em inférteis, sem qualquer possibilidade de terem lhos genéticos
no futuro, porque não vão possuir os tecidos gonadais e gametas que possam ser
criogenicamente preservados. O mesmo resultado ocorrerá se crianças pré-púberes
receberem hormônios diretamente, sem a anterior supressão da puberdade.
Adolescentes mais velhos que tenham rejeitado a supressão da puberdade são
aconselhados a cogitar a possibilidade de conservação criogênica de seus gametas antes
de iniciarem o tratamento com hormônios do sexo oposto. Isso lhes permitirá conceber
lhos genéticos no futuro, por meio de tecnologia reprodutiva arti cial. Embora
existam casos documentados de adultos transgêneros que interromperam o tratamento
com hormônios do sexo oposto para que seu corpo pudesse produzir gametas, conceber
e ter um lho, não existe garantia absoluta de que essa seja uma opção viável no longo

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prazo. Ademais, os indivíduos transgênero que passam por cirurgia de redesignação


sexual e têm seus órgãos reprodutivos extirpados tornam-se permanentemente
inférteis.[34],[35],[36]

Riscos adicionais ligados aos hormônios do sexo


oposto 
Os riscos potenciais de se tratar crianças com DG com hormônios do sexo oposto se
baseiam na literatura especializada relativa a adultos. Vale lembrar que, nessa literatura
relativa a adultos, o estudo Hayes a rma: “Existem riscos de segurança
potencialmente de longo prazo ligados à terapia hormonal, mas nenhum deles foi
comprovado ou excluído conclusivamente”.[40] Por exemplo, a maioria dos
especialistas concorda que o risco de doença arterial coronariana entre adultos HaM é
mais alto quando tomam etinil estradiol via oral; por esse motivo, são recomendadas
formulação estrogênicas alternativas. Mas um estudo de adultos HaM que utilizaram
produtos alternativos constatou um risco aumentado semelhante. Portanto, esse risco
não foi nem comprovado nem excluído.[47],[48],[49] As crianças que fazem a transição
para o sexo oposto vão precisar tomar esses hormônios por um tempo muito maior que
os adultos. Consequentemente, a probabilidade de elas sofrerem morbidezes
siologicamente teóricas, embora raramente observadas, é maior que a dos adultos.
Levando em conta essas reservas, é mais exato dizer que a ingestão de estrogênio por
via oral por meninos pode deixá-los em risco de sofrer: trombose/tromboembolismo;
doença cardiovascular; ganho de peso; hipertrigliceridemia; hipertensão; redução na
tolerância à glicose; doenças vesiculares, prolactinoma e câncer de mama.[47],[48],[49]
Do mesmo modo, meninas que recebem testosterona podem sofrer um risco elevado
de: HDL baixo e triglicérides elevados; níveis aumentados de homocisteína;
hepatotoxicidade; policitemia; risco aumentado de apneia do sono; resistência à
insulina, e efeitos desconhecidos sobre os tecidos mamários, endométricos e ovarianos.

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[47],[48],[49] Além disso, meninas podem legalmente submeter-se à mastectomia com


apenas 16 anos, depois de fazerem tratamento com testosterona por um ano, e essa
cirurgia carrega seu conjunto próprio de riscos irreversíveis.[34]

O adolescente pós-púbere com disforia de gênero 


Como foi destacado anteriormente, de 80% a 95% das crianças pré-púberes com DG
verão sua condição se resolver até o nal da adolescência, se não forem expostas à
a rmação social e intervenção médica. Isso signi ca que entre 5% e 20% persistirão
com a DG até o início da idade adulta. Não existe, no momento, nenhum exame médico
ou psicológico para determinar quais crianças vão persistir com a DG na idade adulta
jovem. As crianças pré-púberes com DG que persistem com a DG além da puberdade
também apresentam probabilidade maior de persistir até a idade adulta. Por essa razão,
a Sociedade de Endocrinologia e outras, incluindo o Dr. Zucker, consideram razoável
a rmar a transgeneridade dos adolescentes que persistem com a DG após a puberdade,
além dos que começam a apresentar a DG após a puberdade, e iniciar com eles o
tratamento com hormônios do sexo oposto aos 16 anos de idade.[42]

O College discorda pelas seguintes razões. Primeiro, nem todos os adolescentes com DG
vão inevitavelmente se identi car com transgênero no futuro, mas a ingestão de
hormônios do sexo oposto vai inevitavelmente gerar mudanças irreversíveis em todos
os pacientes. Em segundo lugar, o adolescente jovem simplesmente não possui
maturidade su ciente para tomar decisões médicas importantes. O cérebro adolescente
não alcança a capacidade de fazer uma avaliação de riscos plena antes de chegar ao
início a meados da casa dos 20 anos. Há um problema ético importante em permitir que
menores de idade recebam intervenções médicas que mudarão sua vida de modo
irreversível, incluindo o tratamento com hormônios do sexo oposto e, no caso de
meninas no nascimento, a mastectomia bilateral, quando ainda não são capazes de dar
o consentimento informado sozinhos.

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Como foi dito anteriormente, o College também vê com preocupação a tendência


crescente entre adolescentes de se autodiagnosticarem como transgêneros após
passarem períodos longos em sites de mídia social. Muitos desses adolescentes vão
procurar um terapeuta depois de se autoidenti carem, mas muitos Estados foram
obrigados, devido a pressões políticas não cientí cas, a proibir a chamada “terapia de
conversão”. Essa proibição impede os terapeutas de se aprofundar não apenas nas
atrações e identidade sexual do jovem, mas também em sua identidade de gênero. Os
terapeutas não são autorizados a perguntar por que o adolescente se acredita
transgênero; eles não podem explorar as questões de saúde mental subjacentes; não
podem levar em conta a natureza simbólica da disforia de gênero e não podem levar em
conta possíveis questões que estejam confundindo o problema, como o uso de mídias
sociais ou o contágio social.[6]

Impacto da redesignação sexual em adultos,


relacionado ao risco em crianças 
Pesquisas sugerem que adultos transgêneros manifestam um sentimento de alívio e
satisfação após o uso de hormônios e cirurgia de redesignação sexual (CRD). Contudo, a
CRD não resulta em um nível de saúde equivalente ao da população geral.[50]

Por exemplo, um estudo de 2001 com 392 transgêneros homem a mulher (HaM) e 123
transgêneros mulher a homem (MaH) constatou que 62% dos transgêneros HaM e 55%
dos MaH sofriam de depressão. Quase um terço (32%) de cada grupo tinha tentado o
suicídio.[51] Do mesmo modo, em 2009, Kuhn e colegas encontraram saúde geral e
satisfação geral com a vida consideravelmente inferiores entre 52 transexuais HaM e
três MaH, 15 anos depois de passarem por CRD, comparados aos controles.[52]
Finalmente, um estudo de acompanhamento feito ao longo de 30 anos de pacientes
transgêneros pós-cirúrgicos na Suécia constatou que o índice de suicídio entre adultos
transgêneros operados era quase 20 vezes maior que o da população geral. Para que
que claro, isso não prova que a redesignação sexual provoca risco aumentado de

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suicídio ou outras morbidezes psicológicas. O que indica é que a cirurgia de


redesignação sexual, por si só, não oferece ao indivíduo um nível de saúde mental
comparável ao da população geral. Os autores resumiram suas descobertas como
segue:

As pessoas com transexualismo, após passarem pela redesignação sexual, apresentam


riscos de mortalidade, comportamento suicida e morbidez psiquiátrica
consideravelmente mais elevados que a população geral. Nossas descobertas sugerem
que a redesignação sexual, embora alivie a disforia de gênero, talvez não seja o bastante
como tratamento do transexualismo e deve inspirar atendimento psiquiátrico e
somático melhor para esse grupo de pacientes após passarem pela redesignação sexual.
[50]

Vale notar que essas disparidades de saúde mental são observadas em um dos países
mais abertos do mundo a lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT). Isso sugere
que essas diferenças de saúde não sejam devidas principalmente ao preconceito social,
mas à condição ou ao estilo de vida dos adultos transgêneros. Essa ideia também condiz
com um estudo americano publicado no Journal of LGBT Health em 2008, que
constatou que a discriminação não explica as discrepâncias de saúde mental entre
indivíduos que se identi cam como LGBT e a população heterossexual.[53]

Na ausência de intervenção
hormonal e cirúrgica, apenas
5%-20% das crianças pré-púberes
com DG enfrentarão uma idade
adulta transgênera que parece
predispô-las a certas morbidezes e
a um risco aumentado de morte
precoce. Contrastando com isso, o
único estudo conduzido com
crianças pré-púberes com DG que
passaram por supressão da
puberdade deixa claro que 100%
dessas crianças serão transgênero

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Pessoas com transexualismo têm riscos de mortalidade, na idade adulta. Portanto, as atuais
suicídio e morbidez psiquiátrica
intervenções de a rmação
transgênero em clínicas de gênero pediátricas irão estatisticamente gerar esse resultado
para as restantes 80% a 95% das crianças pré-púberes com DG que, de outro modo,
teriam identi cado seu sexo biológico antes de chegar a idade adulta.

Recomendações para pesquisa 


Estudos com gêmeos idênticos mostram que fatores ambientais pós-natais exercem
in uência considerável sobre o desenvolvimento da disforia de gênero e do
transgenerismo. Dados também re etem um índice de resolução superior a 80% entre
crianças pré-púberes com DG. Por essa razão, um alvo de pesquisas deve ser a
identi cação dos diversos fatores ambientais e caminhos que desencadeiam a DG em
crianças biologicamente vulneráveis. Atenção especial precisa ser dada ao impacto de
acontecimentos adversos na infância e ao contágio social. Outra área em que mais
pesquisas são muito necessárias é na psicoterapia. São urgentemente necessários e já
deveriam ter sido iniciados há muito tempo estudos longitudinais grandes e de longo
prazo em que crianças com DG e suas famílias são encaminhadas de maneira
randomizada a tratamento com diversas modalidades terapêuticas e avaliadas segundo
múltiplos critérios de saúde física e emocional. Além disso, os estudos de
acompanhamento de longo prazo que avaliam critérios objetivos de saúde física e
mental de adultos transexuais operados precisam incluir um grupo de controle
correspondente composto de indivíduos transgênero não submetidos à CRD. Essa será a
única maneira de testar a hipótese de que a própria CRD pode causar mais danos aos
indivíduos do que eles sofreriam apenas com psicoterapia.

Conclusão 
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A disforia de gênero (DG) infantil é um termo usado para descrever uma condição
psicológica em que uma criança sente uma incongruência marcante entre o gênero que
sente ter e o gênero associado a seu sexo biológico. Estudos com gêmeos demonstram
que a DG não é uma característica inata. E, sem a a rmação de sua transexualidade
antes da adolescência e sem intervenção hormonal, antes de chegarem ao nal da
adolescência, entre 80% e 95% das crianças com DG vão aceitar a realidade de seu sexo
biológico.

O tratamento da DG infantil com hormônios equivale, na prática, à realização de


experimentos em massa e esterilização de crianças e adolescentes que são
cognitivamente incapazes de dar seu consentimento informado. Existe um problema
ético grave em permitir que procedimentos irreversíveis e transformadores de vida
sejam realizados em menores que não têm idade su ciente para darem o
consentimento válido, eles próprios; os adolescentes não são capazes de compreender a
magnitude de tais decisões.

A ética, por si só, exige o m da supressão da puberdade com agonistas do GnRH,


hormônios do sexo oposto e cirurgias de redesignação sexual em crianças e
adolescentes. O College recomenda a cessação imediata dessas intervenções e o m da
promoção da ideologia de gênero por meio de currículos escolares e políticas
legislativas. A saúde, os currículos escolares e a legislação precisam permanecer
ancorados à realidade física. Pesquisas cientí cas precisam buscar uma compreensão
melhor das bases psicológicas desse transtorno, a identi cação das terapias familiares e
individuais mais indicadas e um esforço para delinear as diferenças entre crianças cuja
condição se resolve com acompanhamento e espera, versus aquelas cuja condição se
resolve com terapia e as cuja condição persiste não obstante a terapia.

Tradução: Clara Allain

Original em inglês: Gender Dysphoria in Children (https://www.acpeds.org/the-college-


speaks/position-statements/gender-dysphoria-in-children)

Referências
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