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ENERGIA EM ANGOLA
Outubro de 2010
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC-UCAN
Outubro 2010
2
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC-UCAN
Investigadores do CEIC
Alves da Rocha
Amália Quintão
Emílio Londa
Francisco Paulo
Miguel Manuel
Milton Reis
Nelson Pestana
Pedro Vaz Pinto
Regina Santos
Salim Valimamade
Sendi Baptista
Eliana Mateus
Paxote Gunza
Precioso Domingos
Administrativos
Margarida Teixeira
Evadia Kuyota
Lúcia Martins
Paginação – Offset.
Capa – Offset, Lda.
Edição – Universidade Católica de Angola
C.P. 2064
Impressão –Offset, Lda.
1
Dada a desactualização de alguns dados e informações presentes nos textos originais, alguns dos artigos presentes neste
relatório foram actualizados pela equipa do CEIC pelo que, qualquer responsabilização que advenha dos mesmos, deve ser
imputada a estes e não aos seus colaboradores.
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RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC-UCAN
Índice
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RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC-UCAN
PALAVRAS DO DIRECTOR
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RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC-UCAN
Alves da Rocha
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PARTE 1
ENERGIA E MACROECONOMIA
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RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC-UCAN
Capítulo 1
Alves da ROCHA
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Introdução
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crude atingido o seu valor mínimo, da ordem dos 35,6 dólares. Uma quebra
de 72,7% em 5 meses (equivalente a uma média mensal de 2,3%). Receou-se
o pior, a despeito de certas opiniões terem sustentado que a crise financeira
internacional passaria ao largo da
Ev o lu ç ão c o m p ar ad a d o s p r e ç o s d o b ar r il d e p e tr ó le o (u s d )
140,0
120,0 Janeiro
Fevereiro
100,0 M arço
A bril
80,0 M aio
Junho
60,0 Julho
A go sto
40,0 Setembro
Outubro
20,0
No vembro
Dezembro
0,0
2007 2008 2009
Petróleo e macroeconomia
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25.000,00
20.000,00
15.000,00
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5.000,00
0,00
fevereiro
fevereiro
novembro
novembro
abril
abril
maio
maio
março
junho
julho
março
junho
julho
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agos to
s etembro
outubro
janeiro
agos to
s etembro
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dez embro
dez embro
2008 2009
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100,000
80,000
txcâmbioref
60,000
txcamparale
40,000
20,000
0,000
maio
maio
março
março
setembro
novembro
dezembro
setembro
novembro
dezembro
abril
abril
junho
julho
junho
julho
janeiro
agosto
outubro
janeiro
agosto
outubro
fevereiro
fevereiro
2008 2009
FONTE: Relatório Económico de Angola 2009. Universidade Católica de Angola. Centro de Estudos e Investigação
Científica. Junho de 2010.
FONTE: Relatório Económico de Angola 2009. Universidade Católica de Angola. Centro de Estudos e
Investigação Científica. Junho de 2010.
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60
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Varia Exp p
20 vari,PIB
vari. Ppdol
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
-20
-40
3
A inclusão de mais anos na regressão econométrica ensaiada no relatório de 2007 veio confirmar os
resultados do ajustamento e, mesmo o ano de 2009, embora atípico na sequência de crescimentos
positivos, não representou qualquer infirmação dos resultados gerais.
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P IB np P IB p
26,0 25,9
20,6 21,5
20,2
15,2
12,8 13,1 13,6 13,1 12,3
9,3
7,486
4,3
-2,2
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
-5,09
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Capítulo 2
Gurcan GULEN
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O petróleo bruto
A procura e a oferta mundiais de petróleo sempre apresentaram um
interessante desequilíbrio, em especial depois da primeira metade do séc.
XX. Habitualmente, os países industrializados têm sofrido da escassez de
recursos necessários para satisfazerem as suas necessidades em petróleo e os
países com recursos e capacidade de produção abundantes não têm
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A região recebe os seus produtos de uma vasta gama de fontes, onde se destaca a
América Latina, África e o Médio Oriente.
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Refinação e biocombustíveis
Historicamente, o investimento no sector de refinação tem sido um
negócio de margens baixas. Na década 70, um repentino surto na construção
conduziu a 20 milhões b/d de capacidade em excesso. Isto deveu-se
parcialmente a políticas erradas, a subsidiação nos Estados Unidos, através
do programa “Small Refiner Bias” (Preconceito do Pequeno Refinador), de
pequenas refinarias ineficientes. De igual forma, muitos outros países
importadores de petróleo pensaram que possuir capacidade de refinação
interna garantia alguma segurança na oferta de produtos. Contudo, os
elevados preços de petróleo da década 70 baixaram a procura e encorajaram
alternativas, como os biocombustíveis. Por exemplo, o Brasil promoveu a
indústria do álcool, fazendo com que o Etanol representa hoje 40% do
mercado brasileiro de gasolina. De facto, o excesso de capacidade baixou o
preço dos refinados e comprimiu ainda mais as margens de lucro. Por outro
lado, os regulamentos ambientais cada vez mais rigorosos, em particular nos
Estados Unidos e na Europa, dificultaram a construção de novas refinarias.
Como resultado das baixas margens e da regulação apertada, as companhias
começaram a fechar as suas refinarias. Entre 1980 e 1985, a capacidade de
refinação decresceu em cerca de 7 milhões b/d. Quando a procura de
petróleo começou a se restabelecer, entrou em produção uma nova
capacidade de refinação, principalmente na Ásia e no Médio Oriente.
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00
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muitas fusões e
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19
19
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20
aquisições,
diminuindo portanto o número de companhias no negócio de refinação,
especialmente nos Estados Unidos. Algumas refinarias conseguiram
aumentar as suas margens de lucro, investindo em unidades de “coking” e
de “cracking”, o que pode aumentar a produção de produtos de alto valor,
como a gasolina, recorrendo a ramas mais pesadas e ácidas (alto teor em
enxofre), ainda que não se deixe de cumprir com os regulamentos
ambientais rigorosos respeitantes ao funcionamento das refinarias e às
especificações dos combustíveis.
A produção de ramas pesadas e ácidas tem estado a crescer no
mundo. Este tipo de ramas é vendido com desconto em relação às ramas
leves e doces (baixo teor em enxofre). Como os preços dos produtos
continuam a permanecer
altos, não obstante o Changes in consumption and refining capacity
69
72
75
81
84
90
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05
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93
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0
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20
aumentando as suas
capacidades de tratar ramas mais pesadas, a procura destas pode, na
sequência, ocasionar a subida do seu preço.
A rigidez da capacidade de refinação é uma das causas da
persistência de preços altos do petróleo bruto nos últimos anos. O elevado
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preço, por sua vez, incitou o apoio aos biocombustíveis, como o Etanol e o
Biodiesel. A União Europeia fixou a meta de 20% para os combustíveis a
utilizar nos transportes que deverão ser de origem biológica até 2020.
Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), estima-se um
aumento de 50%, entre 2007 e 2009, da oferta mundial de biocombustíveis,
sendo que, esse aumento foi protagonizado pela região do Norte da
América.
Os produtores de Etanol à base de milho nos Estados Unidos
recebem vários incentivos fiscais (cerca de 50 cêntimos por galão) e subsídios
agrícolas. Os consumidores que compram automóveis adaptáveis a
diferentes combustíveis, capazes de utilizar E85 (85% etanol), beneficiam de
uma redução de imposto. Com estes incentivos, não constitui surpresa que
haja mais de 70 novas refinarias de etanol e várias modernizações em curso.
Em 2007, estimava-se que quando estes projectos estiverem concluídos, em
2009, a capacidade de produção duplicaria para 12,5 mil milhões de galões.
5
Esta semente, obtida de uma planta da família Brassicaceae, é usada na produção do Oléo ou Azeite
de Colza. No seu estado natural serve também como matéria prima na produção de Biodiesel.
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milhões de galões, mas tem estado a aumentar a taxas muito altas desde
2000.
O Brasil e os Estados Unidos são os dois maiores produtores de
etanol do mundo (vide tabela acima). A produção de etanol já ultrapassou 6
mil milhões de galões, quase um aumento de 50% da cifra de 2005 indicada
na tabela.
O biodiesel tem sido mais popular na Europa. Todavia, algumas
consequências não intencionais da indústria de etanol estão a suscitar
críticas. A crescente utilização de milho e de para a produção de etanol está
a conduzir a altas nos respectivos preços, o que aumenta o custo da ração
para as indústrias de criação de gado e de aves domésticas. Os preços de
muitos produtos agrícolas estão a subir devido à reatribuição das terras de
cultivo ao milho, a fim de satisfazer a crescente procura de milho pela
indústria de etanol. As indústrias de criação de gado e de aves domésticas
estão, igualmente, a transferir parte do aumento dos seus custos de ração
para os clientes. A inflação global dos preços de alimentação poderá ser 1-2
porcento mais alta nos próximos 5-10 anos no quadro de um cenário de
produção de 15-20 mil milhões de galões de etanol.
Em países como a China e a Índia, esta troca entre comida e
combustível está a suscitar uma séria preocupação para os políticos.
Há igualmente preocupações ambientais. Um aumento da produção
de milho requer uma crescente utilização de fertilizantes e pesticidas. O
recurso a nutrientes provenientes do nitrogénio pode provocar vários efeitos
negativos ao ambiente. A crescente utilização de água para práticas agrícolas
pode provocar a depleção dos lençóis freáticos e conflitos comuns pelas
reservas de água de superfície. As emissões de gases com efeito de estufa
(GHG) pelas biorefinarias podem também estar sujeitas a uma
regulamentação no futuro. Segundo o que revelam alguns estudos, a
utilização de E85 nas zonas urbanas, a exemplo de Los Angeles, pode
agravar o problema da poluição atmosférica, formando a mistura de
nevoeiro e de fumo designada por «smog».
Nos grandes mercados como os Estados Unidos, a China e a Índia, as
infra-estruturas para transportar e distribuir etanol (vagões, camiões-
cisternas e barcaças) não se estão a expandir tão rápido quanto a capacidade
de produção. A capacidade de mistura nas refinarias pode também estar
aquém da capacidade de expansão. Nos Estados Unidos, apenas menos de
um porcento dos postos de venda vendem E85. Estes constrangimentos
elevam o custo do uso de etanol. A expansão destas infra-estruturas exige,
para além de outros recursos, um capital de investimento considerável.
A experiência brasileira revela algumas das condições que podem
levar ao estabelecimento de uma indústria de etanol bem sucedida com um
mínimo de factores externos. O Brasil possui uma grande vantagem natural
dado que a sua cana-se açúcar (a matéria-prima com maior intensidade na
produção de etanol-duas vezes a do milho) é a de produção mais barata no
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Gás Natural
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Electricidade
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20% África
10%
Ásia
0%
1990 1995 2000 2005 2009
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PARTE 2
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PETRÓLEO E GÁS
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Reservas e Recursos
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Pesquisa
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SONANGOL
PETROLEO - A QUALIDADE DAS RAMAS ANGOLANAS
P&P, tendo o API
Bloco Sul de 50,00
Cabinda, 45,00
NB
40,00
operado pela 35,00 GR XK
PL
PLUSPETROL 30,00 CB
KS HG
efectuado já uma 25,00
boa descoberta. 20,00 KT
Em 2009 a 15,00
SONANGOL 10,00
5,00
assinou
0,00
Contratos de 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00
Risco com a Teor de Enxofre (%)
Fonte:-REVISTA ENERGIA
COBALTO Oil
para a pesquisa nos blocos 9 e 21 onde se vai explorar as formações do pré-
sal.
Ressalte-se que a suspensão «sine-die» em 2008 do Concurso
Internacional para colocar em pesquisa cerca de uma dezena de blocos
marítimos angolanos originou uma baixa da actividade de pesquisa no país
o que não é saudável para quem quer manter um nível de producão à volta
dos dois milhões de barris/dia por alguns anos. Aliás o MINPET e a
SONANGOL estão conscientes deste problema e por isso é bem provável
que em 2011 haja um concurso internacional para colocar blocos em
pesquisa.
Recorde-se que o Ministério dos Petróleos dividiu em 2006 a parte
terrestre da Bacia do Kwanza em 23 blocos de cerca de 1000 km2 cada e
criou 5 novos blocos nas águas ultra profundas – numerados de 46 a 50 – e
situados a oeste dos blocos 31 a 33 na Bacia do Congo. Algumas destas áreas
serão postas a concurso internacional nos próximos anos para manter a
actividade de pesquisa necessária à manutenção do nível das reservas.
Os blocos em terra da Bacia do Kwanza serão em parte destinados às
novas empresas privadas nacionais que se queiram dedicar à pesquisa
petrolífera mas que não têm experiência e/ou capital suficiente para se
aventurarem no mar.
As descobertas que vêm sendo feitas ao longo destes últimos anos e
as que se sucederão vão dar origem ao petróleo que se irá produzir na
próxima década.
Investimentos de Desenvolvimento
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Fonte:Minpet, 2010
(a)- Inclui Braspetro, Petrogal, Naftalin, Naftagas, Ajoco, Ajex, Svenska e Ranger oil (CNR); (b)– Com a
produção do GIRASSOL após Dezembro 2001 inclui também BP,STATOIL e HYDRO
Produção
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Comércio Internacional
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Fonte: MinPet
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Notas Finais
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Capítulo 4
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Emílio LONDA
Introdução
Não obstante
todas as actividades de midstream e downstream estarem abertas a
participação do sector privado desde 2000, nos termos do Decreto nº 37/00,
com excepção da actividade de refinação que só deixou de ser uma
actividade restrita ao Estado em 2009 com o Decreto nº 36/09, poucos
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Refinação
6 A Refinaria de Luanda foi construída em 1956 pela companhia belga Fina, tendo sido inaugurada em 1958, então com
capacidade para tratar 2 000 barris de petróleo por dia (bppd).
7 Esta percentagem resultou da soma dos 36% que já pertenciam a Sonangol e dos 61% comprados a petrolífera francesa
Total, em Maio de 2007.
8 Uma refinaria hydroskimming é caracterizada por estar equipada com um processo de destilação atmosférica, reforma de
naptha e um necessário uso de processos de tratamento. É mais complexa que uma topping Plant que simplesmente separa
o petróleo bruto nos seus constituintes por destilação, produzindo naptha, mas não gasolina.
9
Está programado para os próximos anos o aumento da capacidade da Refinaria de Luanda para 100 000 barris por dia e a
construção de uma refinaria em Lobito (província de Benguela) com a capacidade de processar 240 000 barris por dia. Esta
refinaria que será construída sob projecto e direcção da empresa americana Kellogg Brown & Root (KBR) está orçada em 6,4
mil milhões de dólares.
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10 Malongo é uma base de apoio logístico às actividades dos Blocos 0 e 14 (Ver, Anexo 3) que se situa na província de
Cabinda.
11 A Galp Energia participa neste bloco com 9%, enquanto a ENI e a Total detêm, cada, 20%.
12
Devido a necessidade de manutenção da refinaria de Luanda, efectuou-se, no mês de Maio de 2010, um shot down geral.
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Logística e Distribuição
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Exportações
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Importações
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Comercialização
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A liberalização do sector
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Os subsídios estimados não incluem a parte correspondente aos custos com impostos, ou seja, na verdade, os subsídios
pagos pelo Governo à Sonangol Distribuidora para compensar as vendas a desconto que realiza são maiores que os aqui
apresentados.
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Resumo
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Capítulo 5
Gurcan GULEN
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Introdução
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A oposição local aos grandes projectos de infra-estruturas não está limitada à indústria de
petróleo e gás a montante. As estradas, minas, centrais eléctricas, oleodutos, refinarias e
instalações semelhantes devem, todos, lidar com esta nova realidade.
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As estimativas variam significativamente, mas diz-se que a Nigéria dispõe de 180 triliões de pés
cúbicos (Tcf) de reservas de gás natural.
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O Petróleo bruto
Africa desempenha um importante papel no mercado petrolífero
global. O continente representa nove porcento das reservas, 12 porcento da
produção e 15 porcento das exportações. Em contraste, os países africanos
consomem um pouco acima de três porcento do petróleo mundial.
Comparativamente à sua produção de petróleo, o continente possui uma
capacidade de refinação relativamente pequena, representando apenas cerca
de quatro porcento da capacidade de refinação total do mundo. Os débitos
das refinarias são ainda muito inferiores, tornando a utilização das refinarias
africanas uma das mais baixas do mundo, porque elas operam um pouco
acima de 70 porcento, enquanto a média mundial está acima de 86 porcento.
As ineficiências operacionais e as incompatibilidades entre a lista de
produtos das refinarias e a procura nos mercados que servem constituem as
principais razões da baixa utilização de capacidade.
Uma das principais causas do desequilíbrio entre a capacidade de
produção do continente e sua baixa capacidade de refinação é o baixo nível
de desenvolvimento económico e de industrialização em África. A procura
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Figure 2 - Oil Reserves in Africa Libya Nigeria Algeria
(billion barrels) Angola Other
80
Other includes: Sudan, Egypt,
60 Gabon, Congo (Brazzaville),
Chad, Equatorial Guinea,
40 Cam eroon, Tunisia, Congo
(Kinshasa), Cote D'Ivoire,
Mauritania, Ghana, South
20 Africa, Benin, Morocco and
Ethiopia.
0
80
82
84
86
88
90
92
94
96
98
00
02
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06
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Source: EIA based on Oil & Gas Journal
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10.000
Figure 3 - Oil production (1,000 b/d) Nigeria Algeria Libya
9.000
8.000 Angola Egypt Other
7.000
Other includes: Sudan,
6.000 Equatorial Guinea, Congo
5.000 (Brazzaville), Gabon, Chad,
Tunisia, Cam eroon and
4.000
several other sm all
3.000
2.000
1.000
0
65
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73
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85
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93
97
01
05
19
19
19
19
19
19
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Source: BP Statitical Review of World Energy 2007
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O Gás Natural
A África tem desempenhado um papel cada vez mais importante
no mercado mundial de gás natural. O continente alberga somente cerca de
oito porcento das reservas mundiais comprovadas de gás natural e a sua
produção representa uma pequena parte (5,9 porcento). Apesar disso, as
exportações de África são significativas. As exportações por gasodutos da
Argélia, da Líbia e do Egipto representam mais de oito porcento desse sector
do comércio global. Realmente, no domínio de GNL, as exportações de
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25%
20%
15%
10%
5%
0%
Reserves Production
Consumption Pipeline Exports
LNG Exports
Source: BP based on Cedigaz
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Capítulo 6
Gurcan GULEN
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Introdução
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Exportações Africanas
Africa tem estado a aumentar as suas exportações de petróleo nos
últimos anos, especialmente a Africa Ocidental. No fim dos anos 80 e início
dos anos 90, as exportações de petróleo africano incidiram em 16-17 por
cento do total das exportações. Aquela percentagem caiu para 13 por cento
em 2002 mas agora está de novo próxima dos 16 por cento (Figura 1).
Historicamente o Norte de África tem sido o líder e o relativamente estável
fornecedor de petróleo bruto do continente. Desde o início dos anos 90,
contudo, as quotas de exportação da Africa do Norte no mercado
internacional de petróleo têm vindo regularmente a sofrer um declínio. As
exportações da África Ocidental alcançaram as da Africa do Norte em 1994
atingindo 2,6 milhões de barris/dia. As exportações da Africa Ocidental
saltaram de 3,2 milhões de barris/dia em 2000-2002 para 4,4 milhões de
barris/dia em 2005, atingindo a quota da região no mercado global do
petróleo cerca de 9 por cento. O desenvolvimento de perfurações em águas
profundas no Golfo da Guiné e adicionalmente no sul em Angola elevaram o
perfil da região no mercado mundial do petróleo.
82
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
5% 7%
Share in Trade
0% 6%
-5% 5%
-10% NA yr-yr 4%
WA yr-yr
-15% 3%
WA share
-20% 2%
NA share
-25% 1%
-30% 0%
80
82
84
86
88
90
92
94
96
98
00
02
04
06
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
20
20
20
20
Source: BP Statistical Review of World Energy 2006
83
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
Para
Outra Resto
S. & C.
Ásia do
EUA Canada México América Europa Africa Australasia China Japão Pacifico Mundo Total
A partir de
S. & C.
2868 109 44 - 309 21 - 107 2 68 - 3528
América
Médio Oriente 2345 143 10 157 3144 752 113 1360 4269 7466 63 19821
Africa
1943 40 - 169 696 88 4 574 60 765 18 4358
Ocidental
14 - - - - - - 25 65 117 - 222
Japão - - - - 8 - 8 69 - 21 - 107
Outros Ásia
170 4 2 6 128 15 545 626 511 301 10 2318
Pacifico
Não
214 111 - 6 706 - 39 6 44 44 - 1169
Identificados*
Total
13525 1210 328 1056 13261 1258 722 3384 5225 9507 431 49906
Importações
84
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
Investimento Chinês
U U
D
U D
Em 2000 as companhias
chinesas investiram somente no U U D
U
Sudão. Elas eram activas U U
principalmente na pesquisa e D DU
U
produção, mas tinham também um
pé na refinação. Hoje, as U UU U
companhias chinesas estão
envolvidas nas actividades de U
pesquisa e produção em cerca de 20 D
U
países em Africa, cobrindo todo o U
continente (ver Mapa). Eles têm
também interesses na refinação em 6
países; apenas no Egipto, a
conveniência na actividade de
refinação não está ligada ao investimento em pesquisa e produção. As
negociações continuam em muitos outros países incluindo o Senegal e o
Uganda.
O interesse da China em África não está limitado à indústria do
petróleo e do gás; é, em vez disso, uma abordagem integrada de acesso a
outros recursos minerais e ao estabelecimento de oportunidades económicas
de investimento noutros segmentos das economias africanas. O apoio do
governo chinês é forte e demonstrado através de visitas oficiais de alto nível
e o Fórum de Cooperação China – África (FOCAC) realizou-se em Pequim
em Novembro de 2006. O presidente chinês prometeu duplicar a ajuda, de
2006 até 2009, e adicionalmente providenciar US$3 biliões de empréstimos
preferenciais e US$2 biliões em créditos à exportação, e ainda o
estabelecimento de um fundo de US$5 biliões, com o fim de incentivar o
investimento em África pelas empresas chinesas. A China, prometeu
também treinar centenas de profissionais africanos e transferir as práticas e
as tecnologias agrícolas. O presidente Hu Jintao, mais tarde, fez uma tournée
por 8 países, incluindo Angola, em Fevereiro de 2007. Estima-se que, mais
do que 800 companhias provenientes da China estão activas em África,
tendo investido entre US$12 a US$13 biliões desde 1999, e que o comércio
entre Africa e a China representa US$55 biliões.
Contudo, há já reacções na forma como os chineses estão a investir em
África. Muitos países estão preocupados pelo uso de mão-de-obra chinesa
nos projectos de construção de infra-estruturas, em vez da criação local de
emprego. O uso de equipamento e de suprimentos chineses também foi alvo
de preocupação; algumas vezes os componentes chineses são incompatíveis
com o sistema existente (por exemplo, transformadores e outros para a
85
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
Estratégias Futuras
No seu World Energy Outlook 2006 (WEO), a Agência Internacional
de Energia (AIE) prevê que a maior parte do incremento na procura será
atingido através do aumento da produção pelos países da OPEP,
especialmente aqueles do Médio Oriente. Baseia-se isto na assumpção do
facto de que estes países e a OPEP estarão com vontade de expandir a sua
produção, e também eles mesmos investir em novas explorações e projectos
de desenvolvimento ou convidar novas companhias. Desde que estes países
deram largamente prova das suas reservas e de alguns dos mais baixos
custos de produção, é natural que os investidores persigam estas
oportunidades em mercados competitivos sem riscos políticos. Mas, o
mercado do petróleo não é nem competitivo nem sem riscos políticos. Em
anos recentes o Médio Oriente tornou-se ainda mais arriscado com a guerra
86
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
5
As previsões incluem líquidos tais como gás natural liquido, líquidos a partir do gás e/ou do carvão.
Os produtos petrolíferos contam numa percentagem muito grande.
17
Diferentemente da EIA, a AIE trata os países em transição (Rússia e outras antigas economias
soviéticas) e países em desenvolvimento juntos como não – OCDE. Quando somados os dados do
IEA para os países em desenvolvimento e em transição dão o mesmo resultado que os da EIA.
87
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
Os fornecimentos
africanos aumentarão de 8,8 Figura 2- Investimentos por Sector
milhões de barris/dia em 2005
para 11,6 milhões de barris/dia
em 2030, sobretudo a partir da
14%
África subsariana. Mas em 16%
4% 7%
termos de quotas de África no 15% 12%
fornecimento global, estes
números traduzem-se num
65% 67%
decréscimo de 10,5 por cento
para um pouco menos do que
10%.A produção dos países
2001-05 2006-10
africanos não-OPEP aumenta
de 3,5 milhões de barris/dia E&D Outros Fonte: WEO 2006, IEA
LNG Refinação
em 2005 para 5 milhões de
barris/dia; Os membros da
OPEP (Argélia, Líbia e Nigéria) aumentaram a sua produção de 5,3 milhões
de barris/dia para 6,6 milhões de barris/dia (actualmente espera-se que a
produção da Argélia diminua). Na estimativa da IEA, Angola e o Congo são
os únicos países com uma expansão significativa da produção nos países
não-OPEP. Agora que Angola se tornou um país membro da OPEP, a maior
parte do incremento no fornecimento de petróleo em África virá dos
membros da OPEP.
Tabela 2 – Produção dos Países A Agência Internacional de Energia é
mais agressiva nos países africanos membros
Africanos da OPEP
da OPEP esperando que a sua produção
(milhões barris/dia)
atinja os 14 milhões de barris/dia até 2030
IEA AIE (Tabela 2). A diferença é especialmente
Argélia 0.7 3.1 notável para a Argélia e a Nigéria. O IEA
Líbia
não fornece uma estimativa para Angola no
2.7 1.9
WEO 2006 mas estima que o resto da África
Nigéria 3.2 5.2
Subsariana contribua com 4,3 milhões de
Angola 2.0-4.0 4.0 barris de petróleo/dia em 2030; dado que o
TOTAL 8.6-10.6 14.2 Congo, o Chade e o Sudão parecem também
aumentar a sua produção, a Agência
Internacional de Energia talvez não assuma que Angola produza 4 milhões
de barris/dia. Considerando um intervalo de produção entre 2 a 4 milhões
de barris/dia para Angola na Tabela 2, podemos verificar que a AIE espera
mais 3,6 a 5,6 milhões barris/dia de produção dos países membros da OPEP
em 2030 do que a IEA.A discrepância de expectativas entre o IEA e a AIE, no
respeitante à capacidade de produção para os países africanos,
provavelmente reflecte diferenças na avaliação das incertezas associadas à
imaturidade dos recursos de base ou das condições politicas (incluindo os
88
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
Desafios de Investimento
18
Estas incertezas são capturadas em vários cenários desenvolvidos por ambos AIE e IEA.
89
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
Baseado numa
pesquisa aos projectos de Figura 3 - Investimentos em Novos
Campos de Petróleo e de Gás 2006-
investimento de curto prazo
2010
das companhias (em curso e
planeados), o IEA calcula
US$2.1 triliões a serem
pa na co sia te ca ca ão
ro ati cifi A rien eri Afri siç
investidos entre 2006 e 2010
n
ra
comparados com os US$1,4
.T
Ec
triliões que foram investidos
O m
o A
entre 2001 e 2005 (Figura 2).
di N.
M DE
O mais alto valor futuro
C
é
O
reflecte incrementos em
Eu L a
E ca P
D ri E
custos de material,
C e D
O Am OC
0 10 20 30 40 50 60 70
equipamento e pessoal e
possivelmente atrasos
associados com a diminuição
destes factores de produção. Fonte: WEO 2006, IEA
Estes números cobrem as Aprovado Planeado
90
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
91
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
92
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
Capítulo 7
Salvatore CAROLLO
93
Introdução
95
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
96
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
160
BILHÕES de $
150
140
$/bbl
100 120
100
50
80
0 60
Jan/08 Feb/08 Mar/08 Apr/08 May/08 Jun/08 Jul/08 Aug/08 Sep/08
A transacção diária em $ é dada pelos preços diários dos futures multiplicados pelo
número de transacções de cada título efectuadas naquele dia.
97
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
0
Jan/08 Feb/08 Mar/08 Apr/08 May/08 Jun/08 Jul/08 Aug/08 Sep/08
A transacção diária em $ é dada pelos preços diários dos futures multiplicados pelo
número de transacções de cada título efectuadas naquele dia
98
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
18.000
140
16.000
120
MILHÕES de BARRIS
14.000
100
12.000
$/bbl
10.000 80
8.000
60
6.000
40
4.000
20
2.000
0 0
Jan/08 Feb/08 Mar/08 Apr/08 May/08 Jun/08 Jul/08 Aug/08
Transacções ICE + Nymex (bbl) Produção mundial de petróleo bruto
Vendas físicas de petróleo bruto Brent ICE future (eixo direita)
99
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
100
A evolução do preço do petróleo
140
120
100
80
$/bbl
60
40
20
0
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
00
01
02
03
04
05
06
07
08
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
20
20
20
20
20
20
20
20
20
O objectivo deste artigo é analisar esta alta, estudar quais foram os factores
de mercado no passado e avaliar se eles são suficientes para explicar o
andamento do preço do petróleo hoje, ou se foram originados fenómenos de
mercado inéditos que resultaram nestas evoluções.
Outro factor que será considerado atentamente, por acompanhar em
paralelo o forte incremento do preço, é o significativo aumento da sua
inconstância. Até o final dos anos ’90 o preço do Brent não variava, de um mês
para o sucessivo, mais que 3-4 dólares o barril, enquanto agora observamos
diferenças superiores a 20 dólares o barril durante o mesmo mês.
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
80
$/bbl
10
60 8
6
40
4
20
2
0 0
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
00
01
02
03
04
05
06
07
08
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
20
20
20
20
20
20
20
20
20
[Fonte: Platt’s]
A procura e a oferta
102
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
103
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
Fonte: IEA
104
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
105
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
106
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
os leves sweet até os pesados sour), e havia sempre à disposição uma production
spare capacity – capacidade de produção disponível), para enfrentar os eventuais
piques sazonais da procura.
Ao mesmo tempo, o sistema das refinarias também permitia cobrir todos
os níveis da procura de produtos durante o ano, com uma boa flexibilidade e
com uma capacidade inutilizada substancial, que permitia de enfrentar as
situações de emergência (nos Estado Unidos, por exemplo, nos anos ’80
utilizava-se apenas 70% da capacidade de refinaria).
Actualmente a situação é bem diferente. Em particular, a spare capacity das
refinarias reduziu-se progressivamente, a ponto que hoje os refinery runs
(percentagens de utilização da capacidade de refinação) se estabilizaram por
volta de 90%, com pouquíssima flexibilidade. É hoje, portanto, bastante
problemático enfrentar um inesperado pico de procura ou uma redução da oferta
(shut down), e a utilização extrema das instalações explica o número crescente de
acidentes que estão a ocorrer nas refinarias de meio mundo.
107
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
No que se refere à oferta de petróleo bruto, ela pode ser reputada ainda
superior à procura só em termos absolutos. De facto, se considerarmos algumas
qualidades de petróleo bruto singularmente, perceberemos que a spare capacity
residual está vinculada quase exclusivamente a petróleos brutos de baixa
qualidade, enquanto a oferta de ramas leves e sweet – óptimos na produção de
gasolinas, o produto mais procurado no mercado actual – não é suficiente.
Consoante o modelo tradicional da procura e oferta, um excesso de oferta
de petróleo bruto deveria ter levado a uma diminuição do seu preço, enquanto –
ao contrário – uma procura maior que a oferta deveria ter levado a um
incremento do preço.
Esta relação foi geralmente confirmada até 1999, mas desde então – desde
que o preço do Brent iniciou sua subida – preço e procura/oferta resultam
desvinculados.
Torna-se portanto necessário elaborar outro modelo de análise do
mercado petrolífero que, considerando não apenas os volumes totais de procura
e oferta, mas também a evolução da qualidade da oferta, diferencie, por exemplo,
os petróleos brutos leves e os pesados, os com pouco ou muito súlfur e a
qualidade da procura, levando em conta os novos standard (padrões) qualitativos
dos produtos nos diferentes Países.
O modelo quantitativo
108
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
109
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
[Fonte: DOE]
Gasoline
PROCURA DEDemand
GASOLINA
Das 324 refinarias activas em 1981
restavam 204 em 1989, com uma perda
USA, de capacidade de 3 milhões de barris
42.4%
por dia (dos 18,6 aos 15,7) e o
Resto
Rest do
of the
Mundo
World,
afastamento parcial do sector das major,
57.6%
57.6% que conservaram apenas as refinarias
mais proveitosas, vendendo as outras e,
em todo caso, reduzindo fortemente os
investimentos.
E ainda, nos últimos anos, uma série de investimentos adjuntos em
instalações “limpas”, necessários para reduzir o impacto ambiental, obrigaram
outras refinarias a fecharem, prevendo a impossibilidade de permanecerem
concorrenciais a longo prazo.
Em 2007 contavam-se apenas 145 refinarias activas, mas o dado mais
significativo é que desde 1976 não foi construída nenhuma nova refinaria nos
Estados Unidos.
100 250
Number of refineries
1000 bbl/day
80 200
60 150
40 100
20 50
0 0
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
00
01
02
03
04
05
06
07
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
20
20
20
20
20
20
20
20
110
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
111
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
GASOLINE SURPLUS(+)/DEFICIT(-)
2008
+7
+2 +40
-52
+3
(Million Tons) -7
Balance
+65 -5
-69 +13 -5
-4
Fonte: DOE
112
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
-45
2
-38 12
(Million Tons) 40
Balance -7
+98 -8
-98 8
0
Nos anos ’60 e ’70 podia-se observar um fluxo do petróleo bruto muito
claro, com as produções do Golfo que chegavam na Europa, onde era feita a
refinação, e de lá as gasolinas seguiam rumo aos Estados Unidos, enquanto o
gasóleo e o fuel oil permaneciam na Europa. Este ciclo permitia uma optimização
global e uma forte eficiência, com um abatimento dos custos de transporte, que
na época representavam cerca de 50% do custo final do petróleo bruto.
Nos anos ’90, ao contrário, a disponibilidade das petroleiras tornou-se
crítica, quer devido a um forte aumento da procura do Far East (e as maiores
distâncias a percorrer ocupando os navios por mais tempo), quer pelas novas
113
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
1
7
4 1
1.from Gulf to West
3
2.from N Sea to USA 6
3.from gulf to F.East
4.from W.Africa to USA
5.from W,Africa to F.East
5
6.from Caspian to F. East
7.from Caspian to USA
114
Perspectivas futuras
-2
-4
-6
$/bbl
-8
-10
-12
ARABIAN HEAVY Vs Brent DTD
-14
-16
Jul-97
Jul-98
Jul-99
Jul-00
Jul-01
Jul-02
Jul-03
Jul-04
Jul-05
Jul-06
Jan-97
Jan-98
Jan-99
Jan-00
Jan-01
Jan-02
Jan-03
Jan-04
Jan-05
Jan-06
Jan-07
116
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
milhões de barris por dia até 2011; agora a previsão desceu a um milhão e
nenhum projecto concreto foi realmente activado.
Considerando que nos próximos três/cinco anos a capacidade de
refinação não crescerá de forma substancial, pode-se prever que os preços do
petróleo bruto não irão descer abaixo dos valores actuais.
Conclusões
117
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
PARTE 3
ELECTRICIDADE E REGULAÇÃO
118
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
Capítulo 8
Euclídes de BRITO
119
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
Introdução
19
É importante referir que, este crescimento é ainda reprimido e caso haja disponibilidade de
potência, a procura aumentará substancialmente. Por exemplo, devido à reduzida fiabilidade no fornecimento
de energia eléctrica, em 2007 estimava-se que, quase 90% das empresas que operam no país, têm geradores
próprios que utilizam em caso de perturbações no sistema.
120
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
Legislação
121
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
122
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
localidade de Noqui, a
Norte do país. A Autoridades Endiama
Caracterização do Sector
123
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
10
A produção
124
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
125
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
20
Em 2008, o ENE era proprietária de cerca de 25 MW das centrais a diesel de pequena dimensão dispersa pelos
sistemas isolados.
126
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
O transporte
Existem três sistemas principais de transpote em Angola. O Norte,
que se prolonga do Porto de Luanda em direcção ao Leste, o Centro, que se
prolonga do Porto do Lobito em direcção ao Leste e o Sul, que se prolonga
do Porto do Namibe na mesma direcção.
A ENE e o GAMEK são os gestores da maior parte das linhas de
transporte. Nas províncias não cobertas por estes sistemas o transporte é
gerido por empresas ou pelos governos locais, no entanto, estes não
funcionam como operadoras do sistema de transporte.
O grau de comunicação entre os diversos centros produtores e
consumidores, através destas linhas de transporte é que define e delimita os
sistemas energéticos do país. A interligação destes sistemas é um dos
maiores (senão o maior) desafios da Indústria de Fornecimento de
Electricidade de Angola, visto que permitiria aumentar significativamente a
eficiência de funcionamento do sistema, ao permitir
compensações.
127
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
128
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
A distribuição e comercialização
O segmento da distribuição é gerido pela EDEL e pela ENE. A EDEL
E.P., é a principal responsável pela distribuição de electricidade de Luanda,
uma província com uma extensão que representa 0,18% do território
nacional, mas que concentra 65% do consumo de electricidade.
A ENE é a responsável pela distribuição no resto das províncias
cobertas pelos principais sistemas. Em Luanda, regra geral, a distribuição
está segmentada da seguinte forma: a ENE abastece os grandes
consumidores (alta e média tensão), enquanto a EDEL abastece os pequenos
consumidores (baixa tensão).
Esta empresa pública opera 57 kms de linhas de alta tensão (60 kv),
365 kms de linhas de baixa tensão (15 kv), 1.850 km de linhas de baixa tensão
(0,4 kv), 11 substações, 814 PT’s (públicos) e 1.488 armários de distribuição.
Segundo dados da EDEL divulgados em Agosto de 2010, a sua
carteira de clientes cresceu em mais de 82%, entre 2006 e 2009. Se
considerarmos que, entre 2004 e 2007, a carteira de clientes da ENE
(constituída em 99% por clientes de baixa tensão) cresceu apenas em 48%,
podemos concluir que, em termos gerais, o consumo de electricidade tem
129
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
130
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
131
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
numa média de 12.500 clientes por ano e instalar mais de 33.000 sistemas de
contagem por ano.
A empresa pretende também desenvolver uma estratégia de
aproximação ao cliente e por isso, está a implementar uma cultura de
atendimento personalizado ao cliente, maior foco no cliente, de modo a
melhorar a prestação do serviço.
132
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA/2010 CEIC/UCAN
Conclusões
133
RELATÓRIO ENERGIA EM ANGOLA 2010 CEIC/UCAN
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Capítulo 9
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Introdução
21
IRSE - Instituto Regulador do Sector Eléctrico
22
UIR - Unidade de Implementação da Reforma
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Pressupostos da Reforma
Para desenvolver e implementar o actual programa de reforma do
sector eléctrico há elementos importantes a ter em conta, entre os quais se
destacam os seguintes:
Compromisso do governo e liderança;
Licenças e concessões;
Desintegração vertical ou desverticalização;
Disputa e duplicação de funções; e
Constrangimentos em termos de recursos humanos
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LEGAL LEGISLATIVO
1. Lei Geral da Electricidade Lei 14-A/96 da Assembleia Lei fundamental para a Introdução do processo de reforma; Identificação de alguns poderes do
Nacional, de 31 de Maio - governação do sector de GOVERNO; Regime de concessões; Tarifas reguladas.
(actualmente em processo de electricidade.
revisão).
2. Lei Geral do Ambiente Decreto-lei 5/98. Quadro geral para a Gestão ambiental; Fundamento para legislação ambiental específica;
protecção do ambiente. Ausência de regulação para o sector de electricidade.
3. Empresas Públicas de Electricidade Decretos do Conselho de Instituição da ENE e da ENE –EP como empresa nacional de electricidade para geração,
Ministros de 1998 e 1999. EDEL como empresas transmissão e distribuição e EDEL –EP para distribuição.
públicas
4. MINEA Decreto-Lei 3/00 do Conselho Estabelece o Ministério da Expõe autoridade, funções e estrutura orgânica do MINEA.
de Ministros de 17 de Março. Energia e Águas
5. Regulamentos suplementares do Decretos do Conselho de Regulamentos para a Regula parâmetros técnicos, concessões e licenças para a distribuição;
Sector Ministros 45/01 de 13 de Julho, distribuição e produção de regula a produção no sistema nacional de electricidade; Outorga ao
e Decreto 47/01 de 20 de Julho electricidade Conselho de Ministros poderes para emitir concessões aos produtores
respectivamente. respectivamente. públicos e privados.
6. DNE e GEPE Decretos Executivos do Cria regulamentos internos Cria a DNE dentro do MINEA; Define as áreas funcionais de
MINEA, 72/01 de 11 de de funções e responsabilidade de planeamento dentro do MINEA.
Dezembro e 10/02 de 1 de responsabilidades.
Março.
7. Órgão regulador do Sector Eléctrico Decreto 4/02 do Conselho de Cria o órgão autónomo de Supervisão do Sector de Electricidade através da aplicação da Lei Geral de
Ministros de 12 de Março. regulação “Instituto Electricidade, funções e estrutura orgânica do IRSE.
Regulador do Sector Eléctrico”
(IRSE).
8. Estratégia de Desenvolvimento do Esboço publicado no Diário da Apresenta as posições Assuntos estratégicos chave e pontos de vista.
Sector de Energia de Angola República, Série #78, em 1 de estratégicas para o Sector.
Outubro de 2002.
9. Estabelecimento do IRSE Despacho Ministerial no. Aprova a Comissão Define as responsabilidades para o processo do estabelecimento do IRSE,
8/GAB.MINEA/04); Termos de Instaladora do IRSE. funções em detalhe, as tarefas, organização e provisões orçamentais.
Referência para o IRSE.
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20
18
16
14
US Cent per kWh
75 kWh/m
12
10 900 kWh/m
8 900 kWh/m
6
2500 kWh-
4 80%
2
0
M LA
A a
bi ia
M Na da
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fr
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al
G
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ba
ot
h
A
m
Zi
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7,00
6,00
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
2003 2004 2005
Required tariff rate to preserve real value Tariff rate nominal Tariff rate real
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18,00
16,00
12,00
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
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11,00 825
Com uma tarifa fixada a 61% da tarifa para consumidores acima dos
75 kWh por mês, o ónus dos clientes de baixo consumo é reduzido em cerca
de Kz 264.00 mensais, enquanto para as residências de consumo superior a
500 kWh mensais terão uma factura de mais Kz 1 740.00 considerando que
cada uma dessas residências tenha de pagar a tarifa total a partir do
primeiro kWh consumido.
O Governo faz efectivamente face a três grandes opções para o
desenvolvimento desse sector que é basicamente financiado pelos proventos
da extracção do petróleo e parcialmente pelos consumidores.
O impacto dos subsídios com base nos cenários que são apresentados
é ilustrado na figura abaixo.
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ANGOLA – Nível agregado dos subsídios nos cenários entre 2003 a 2010
120
Aggregate subsidies inflation adjusted bn Kwz
100
80
60
40
20
0
Subsidies reform real Subsidies steady real Subsidies expander real
2003-5 2005-10
5,0 %
4,0 %
3,0 %
2,0 %
1,0 %
0,0 %
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
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4000
3500
3000
GWH Demanded
2500
2000
1500
1000
500
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010
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700
30,0 %
600
25,0 %
Percent of Households
500
USD Millions
20,0 %
400
15,0 %
300
10,0 %
200
5,0 %
100
0 0,0 %
2005 2006 2007 2008 2009 2010
Steady Scenario Expander Scenario Population Electrified (Steady) Population Electrified (Expander)
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Factores críticos para investir com sucesso (de acordo com investidores)
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Em sectores sensíveis tais como o social e o Isso pode ser visto como um
político, como no caso do sector da energia, sério risco, especialmente se um
os investidores devem estar confiantes em contrato tem de ser assinado pelo
assegurar obrigações contratuais. Em Angola governo (exemplo: contrato de
5. Obrigações contratuais são necessários 47 procedimentos e mil dias concessão)
para o fazer. Investidores internacionais
serão provavelmente forçados em acreditar
em acordos internacionais, usualmente não
testados.
Angola é cotada como um dos países mais Isso representa um sério risco
corruptos do mundo pela Transparência para potenciais investidores que
7. Índice de Corrupção
Internacional. poderiam ser sérios parceiros no
desenvolvimento do país.
24
Análise baseada no documento do Banco Mundial intitulado “World Bank’s Doing Business 2006”.
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Bacia do Kwanza
Regulação do caudal no Médio Kwanza ate 500 m3/s, viabiliza a
construção de mais 7 aproveitamentos hidroeléctricos a jusante,
incluindo o aumento da capacidade em Cambambe de 180 para 780
MW. Neste momento foram explorados 700 MW, sendo 520 MW em
Bacia do Cunene
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Capítulo 10
Lawrence MUSABA
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Introdução
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Estrutura da SAPP
SADC
Comité Executivo
Comité de Gestão
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que podem ser levantadas, aos Ministros de Energia da SADC. Um país que
possua mais de uma empresa de electricidade terá de designar qual a
empresa que representará esse país no Comité Executivo.
O Comité de Gestão fiscaliza e delibera sobre as recomendações dos
Sub-comités e do Conselho de Administração do Centro de Coordenação.
O Sub-comité de Operações é constituído por representantes de
empresas de electricidade já interligadas e que efectuam a venda de energia
em grande escala. São os chamados Membros operativos, representando
presentemente 9 países – Botswana, África do Sul, Zâmbia, Zimbabué,
República Democrática do Congo, Lesoto, Moçambique, Namíbia e
Suazilândia. As funções dos Comités incluem, a criação e actualização de
métodos e padrões que visam avaliar o desempenho técnico, procedimentos
de funcionamento, incluindo o funcionamento das obrigações de reserva.
O Sub-Comité de Planeamento estabelece e actualiza os padrões
planeamento e fiabilidade, revê planos de geração e transmissão, avalia os
softwares e outros instrumentos de planeamento, determina a capacidade de
transferência entre os sistemas, etc.
O Sub-Comité Ambiental é constituído de representantes nomeados por
cada Membro operador. O Comité desenvolve Directrizes Ambientais a
favor da SAPP, estabelece a ligação com os Governos para mantê-los
informados sobre questões mundiais e regionais relacionadas com a
qualidade de ar, água, utilização de terras e matérias ambientais. Nos casos
em que os Governos já tenham Organizações Ambientais, o Comité tem de
estabelecer contactos com tais organizações de modo a auxilia-los em
questões específicas.
O Comité de Mercados é responsável pela concepção e desenvolvimento
contínuo do Mercado de electricidade dentro da região e determina os
critérios para autorizar este comércio.
Os Sub-Comités são constituídos de dois representantes, no máximo
por cada Membro, com posições sénior a fim de terem capacidade para a
tomada de decisões pertinentes.
O Centro de Coordenação reporta ao Conselho de Administração do
Centro de Coordenação que é constituído de um máximo de dois
representantes de cada Empresa Nacional de Electricidade, signatárias do
IUMOU.
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Missão
Estratégia
Valores
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Membros da SAPP
OP = Membro operativo
NP = Membro não operativo
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Realizações da SAPP
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Comércio de Electricidade
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O desenvolvimento do mercado
Supply Demand
Energy Traded competitivo de electricidade arrancou
4 000 em Janeiro de 2004 quando um Acordo
entre o Governo da Noruega e a SAPP,
3 000 deu origem a uma doação à associação
2 000 num total de 35 milhões de Coroas
1 000 Oferta
Norueguesas para esse fim. O mercado
competitivo vai substituir o STEM. O
-
GWh
Principais Desafios
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Capacidade
Capacidade Disponível
No. País Empresa
Instalada [MW]
[MW]
1 Angola ENE 742 590
2 Botswana BPC 132 120
3 DRC SNEL 2,442 1,170
4 Lesotho LEC 72 70
5 Malawi ESCOM 305 253
6 Mozambique EDM 233 137
HCB 2,250 2,075
7 Namibia NamPower 393 390
8 South Africa Eskom 42,011 36,398*
9 Swaziland SEB 51 50
10 Tanzania TANESCO 591 480
11 Zambia ZESCO 1,632 1,630
12 Zimbabwe ZESA 1,990 1,825
SAPP Interligada 51,206 43,865
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60.000
50.000
40.000
[MW]
30.000
20.000
10.000
1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
Year
174
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Reserve Capacity
15.000
10.000
5.000
[MW]
-
1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
(5.000)
(10.000)
Year
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Conclusão
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Capítulo 11
REFORMA E
REGULAÇÃO “Vertically integrated, state-owned
utilities are characterized by poor
NA INDÚSTRIA performance due to several weaknesses,
DE among them: low revenues, high
management costs, low availability of
ELECTRICIDAD plant and equipment, high network losses
E and adverse effects of exchange losses in
the purchases of fuel and equipment.
Government may wish to increase
economic efficiency by opening the sector
to private participation”
Jorry MWENECHANYA
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Introdução
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maioria dos países da América Latina e da Ásia os índices são inferiores a 30;
Na maioria dos países da OCDE o índice é inferior a 10.
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Rendimentos
Fonte: IMF
Uso de Energia
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Se alguma tendência
pudesse ser visualizada, seria a
de um grande declínio. Há
seguramente uma grande
discrepância entre as
necessidades de investimento
estimadas e o interesse mostrado
pelo sector privado. É difícil
visualizar como os países
Africanos somente a partir dos
impostos poderão fazer face à
essa situação se tivermos ainda
em conta que na maioria dos países os empréstimos do sector público ou não
são viáveis ou não são aceitáveis.
Como contraste, tem havido menos investimento na África
Subsaariana do que na Ásia Austral, uma região com índices comparáveis
de desenvolvimento. Isso pode ser evidenciado na figura abaixo.
Durante o período de 10 anos que antecedem 2005, o sector privado investiu
300 biliões de dólares americanos em todo o mundo; desse montante, apenas
7 biliões foram utilizados na África Subsariana.
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Os Estágios de Reforma
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A Desverticalização
A Regulação Independente
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Orçamento e Finanças
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Mandato do Regulador
Inexperiência
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Politicas e Gestores
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Conclusão
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