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Operações Unitárias
1) Misturador
1.1)Qual é a função do Misturador
Ao projetarmos um misturador, devemos levar em conta a finalidade que temos no processo,
assim poderemos ter as seguintes necessidades:
Promover a suspensão de sólidos
Homogeneização ou mistura de líquidos miscíveis
Desenvolver uma emulsão
Transferência de energia
Promover reações químicas entre sólidos, líquidos e gases
Muitas vezes, um sistema de agitação poderá desenvolver um ou mais destes itens, e não raro,
ser necessário todos eles em um único reator químico.
1.2)Porque se promove a Agitação da suspensão de sólidos
Neste tipo de mistura, é necessário que haja uma agitação intensa no meio, para que seja
conseguida uma eficiente dispersão das partículas no sistema. Neste tipo de operação,
podemos dizer como necessário para as seguintes aplicações:
Reações químicas entre sólidos e líquidos
Reações químicas com catalisadores sólidos
Dissolução de sólidos
Extrações liquido / líquido com suporte em fase sólida
Operações de absorção
1.3) Em que situações deve-se provocar agitação para provocar Homogeneização entre
líquidos miscíveis
O grau de agitação é necessário nestes processos, porém a agitação é é inferior ao anterior, em
virtude de os constituintes já apresentarem uma certa afinidade e por isso uma maior
facilidade de se difundir através das fases, porém há que se garantir um certo grau de
turbulência em todos os pontos do meio.
- redutor,
- eixo
- e rotor também chamado de impelidor ou ainda hélice.
1.5) Qual é a função de cada componente?
Motor – é a parte responsável pelo fornecimento de força motora ao sistema, podem ser de
origem elétrica, hidráulica, turbina a vapor, etc.
Redutor – é responsável pela redução da velocidade de rotação na saída do motor.
Eixo – é a parte que transfere a rotação do motor para o rotor.
Rotor – é a parte responsável para transmitir a energia cinética, rotacional, para o meio
reacional
1.6) Quais são os tipos de rotores disponíveis no mercado?
Existe uma variedade de tipos de rotores, mas basicamente todos derivam de três grupos
distintos de conformação, que seriam:
pás,
turbinas,
hélices
1.7) Quais são as características do agitador tipo Pás
São rotores de conformação simples onde apresenta uma facilidade construtiva, porém
limitações ao seu uso.
Possuem uma faixa de trabalho muito reduzida em função do pouco fluxo alcançado, já que
suas pás são construídas na vertical, sem direcionamento de fluxo, além do que é
recomendado para faixas de viscosidade na ordem de 1000 cP.
Agitador tipo Pás
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2) Centrifugação
2.1) Definição
Na sedimentação as partículas são separadas de um fluído por ação de forças gravitacionais.
A separação gravitacional pode ser muito lenta devido à proximidade entre as densidades das
partículas e do fluido, ou por causa de forças associativas que mantém componentes ligados,
como em emulsões
O uso de centrífugas aumenta muitas vezes a força que atua sobre o centro de gravidade das
partículas, facilitando e a separação e diminuindo o tempo de residência.
A centrifuga é um recipiente cilíndrico que gira a alta velocidade criando um campo de força
centrífuga que causa a sedimentação das partículas.
Os fluidos e sólidos exercem uma força alta contra à parede do recipiente que limita o tamanho
das centrífugas.
2.2) Equações de força centrífuga.
A aceleração pela força centrífuga é dada por
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A força centrífuga Fc ,
Força gravitacional
Assume-se que :
todo o líquido se move para cima à velocidade uniforme, transportando partículas sólidas com
ele.
as partículas movem-se radialmente na vt de sedimentação.
Se o tempo de residência for suficiente para que a partícula chegue até parede do tambor ela é
separada
2.3) Separação de líquidos em uma centrífuga
A separação de suspensões líquido-líquido compostas de líquidos imiscíveis que estão
finamente dispersos como uma emulsão são um problema comum na indústria alimentícia.
Um exemplo é a emulsão de leite que é separada em dois produtos: leite desnatado e creme
ou nata, usando centrífugas.
Nessas separações, a posição da barreira de transbordamento na saída da centrífuga é muito
importante, não só para o controle do volume na centrífuga, mas também na realização da
separação desejada.
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Utilizada apenas na clarificação de líquidos, como por exemplo, óleo isento de água.
O tambor é dotado de 2 a 8 elementos cilíndricos internos, uma série de câmaras anelares
unidas consecutivamente.
O produto a ser clarificado entra no tambor pelo centro, escoando consecutivamente por cada
câmara anelar a partir da câmara mais interna.
Em cada câmara o diâmetro é maior e aumenta a força centrífuga, fazendo o produto escoar
por zonas centrífugas cada vez maiores, até o final do processo.
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3) Destilação
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3.1) Definição
A destilação é uma técnica geralmente usada para remover um solvente, purificar um líquido
ou para separar os componentes de uma mistura de líquidos, ou ainda separar líquidos de
sólidos.
Na destilação, a mistura a ser destilada é colocada no balão de destilação (balão de
fundo redondo) e aquecida , fazendo com que o líquido de menor ponto de ebulição seja
vaporizado e então condensado, retornando à líquido (chamado de destilado ou condensado)
e coletado em um frasco separado. Numa situação ideal, o componente de menor ponto de
ebulição é coletado em um recipiente, e outros componentes de pontos de ebulição maiores
permanecem no balão original de destilação como resíduo.
O ponto de ebulição de um líquido pode ser definido como a temperatura na qual sua
pressão de vapor é igual a pressão externa, exercida em qualquer ponto, sobre sua superfície.
O líquido entra em ebulição e “ferve”, ou seja, é vaporizado por bolhas formadas no seio do
líquido.
Com líquidos de pontos de ebulição muito próximos, o destilado será uma mistura
destes líquidos com composição e ponto de ebulição variáveis, contendo um excesso do
componente mais volátil (menor ponto de ebulição) no final da separação.
Para evitar a ebulição tumultuosa de um líquido durante a destilação sob pressão
atmosférica, adiciona-se alguns fragmentos de “porcelana porosa”. Estes liberam pequenas
quantidades de ar e promovem uma ebulição mais regular.
Os tipos mais comuns de destilação são: destilação simples, destilação fracionada,
destilação à vácuo e destilação a vapor.
A destilação simples é uma técnica usada na separação de um líquido volátil de uma
substância não volátil. Não é uma forma muito eficiente para separar líquidos com diferença de
pontos de ebulição próximos. A Figura 1 mostra um esquema de um equipamento para
destilação simples. Um termômetro é usado para se conhecer a temperatura do que está
sendo destilado. O condensador consiste de um tubo, envolvido por uma capa de vidro oca
contendo água fria. Para se evitar o aquecimento da água que envolve o tubo, esta é trocada
continuamente, através de uma abertura ligada à torneira e outra ligada à pia.
Figura 1
A destilação fracionada é usada para a separação de dois ou mais líquidos de diferentes pontos
de ebulição. A Figura 2 mostra o esquema para uma destilação fracionada, o qual contém uma
coluna de fracionamento, que consiste essencialmente de um longo tubo vertical através do
qual o vapor sobe e é parcialmente condensado. O condensado escoa pela coluna e retorna ao
balão. Dentro da coluna, o líquido, que volta, entra em contato direto com o vapor ascendente
e ocorre um intercâmbio de calor, pelo qual o vapor é enriquecido com o componente mais
volátil. Então, na prática, é comum empregar uma coluna de fracionamento para reduzir o
número de destilações necessárias para uma separação razoavelmente completa dos dois
líquidos. Uma coluna de fracionamento é projetada para fornecer uma série contínua de
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6.Quando uma substância na forma de vapor atinge uma altura em que a temperatura da
coluna é igual ao ponto de ebulição da substância, ela condensa e forma um líquido. A
substância com o menor ponto de ebulição irá se condensar no ponto mais alto da coluna. Já
as substâncias com pontos de ebulição maiores condensarão em partes inferiores da coluna.
7.As placas recolhem as diferentes frações líquidas.
8.As frações líquidas recolhidas podem:
8.1passar por condensadores, onde serão resfriadas ainda mais, e depois ir para tanques de
armazenamento;
8.2 ir para outras áreas para passar por outros processos químicos, térmicos ou catalíticos.
A destilação fracionada é útil para separar uma mistura de substâncias com diferenças
pequenas em seus pontos de ebulição sendo uma etapa muito importante no processo de
refino.
4) Evaporação
4.1) Como ocorre
A evaporação ocorre quando um líquido é aquecido através da ação do Sol ou de outro
fator como, por exemplo, o aquecimento de água num fogão doméstico. Ao atingir
determinada temperatura, que varia de acordo com o líquido, ocorre a transformação
em vapor de água. Este vapor de água, que é invisível, mistura-se com o ar da
atmosfera.
Portanto, a umidade do ar nada mais é do que as partículas de água, em forma de
vapor, que respiramos em nosso cotidiano. Quando a umidade relativa do ar é baixa,
as condições para a saúde humana ficam prejudicadas.
4;3) Curiosidade:
- O álcool, em função de suas características químicas, evapora muito mais rápido do
que a água.
4.4) Definição
A evaporação é a passagem da fase líquida para a gasosa, que ocorre lentamente na superfície
dos líquidos; particularmente, denota o processo cíclico de ascensão das massas d'água sob a
forma de vapor. Constitui uma parte importante da mudança de energia dentro do sistema
Terra- atmosfera, responsável pelos movimentos atmosféricos e, consequentemente, pelas
variações climáticas.
As moléculas de um líquido não têm todas a mesma energia cinética. Algumas têm energia
cinética maior que a média, outras tem energia cinética menor. A maioria não tem energia
suficiente para mudar de fase. No entanto, algumas têm energia muito maior que a média.
Quando uma dessas moléculas atinge a superfície, ela pode sair do líquido e passar para a fase
gasosa. É assim que acontece o processo da evaporação.
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4.5)Pressão de vapor
Quando a água evapora de um recipiente aberto, algumas das moléculas do vapor se chocam
com moléculas do ar, recuam, e tornam a entrar no líquido. O ar se comporta, portanto, como
uma cobertura que se opõe à evaporação e a retarda. Se você tampa o recipiente, o vapor se
acumulará no espaço acima do líquido. O número de moléculas que voltam para o líquido ou
se condensam aumentará até que as moléculas se condensem na mesma proporção que se
evaporem. Assim a quantidade de vapor será constante; nós dizemos que o espaço está
saturado.
4.6) A pressão de vapor de ar saturado aumenta com a temperatura
Quando a temperatura de um líquido aumenta, suas moléculas se movem mais depressa. Elas
então evaporam mais rapidamente e o vapor no recipiente fica mais denso. As moléculas do
vapor se chocam mais, contra as paredes, em cada segundo; e elas se chocam com mais força.
A 10º C a pressão de vapor do ar saturado com água é de cerca de 2 centímetros de mercúrio.
A 80º C ela é de 35 centímetros de mercúrio e a 100º C é de 76 centímetros de mercúrio.
Quanto maior for a pressão, mais vapor haverá na camada de ar adjacente e mais rápida será a
evaporação. Compreende-se portanto porque é que a velocidade de evaporação aumenta com
o aquecimento.
Se quisermos contribuir para a evaporação, é preciso fazer de maneira que o vapor se escape
mais rapidamente, isto é, acentuar a movimentação do ar. Eis porque a evaporação se acelera
quando sopramos sobre o líquido. Ainda que a sua pressão de vapor seja relativamente baixa,
a água desaparece bastante depressa se a pusermos num prato, num local exposto ao vento.
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O sal de cozinha que consumimos é uma mistura de NaCl e compostos de iodo, que são
introduzidos com o intuito de prevenir os chamados os Distúrbios por Deficiência de Iodo -
problemas de saúde como o bócio, abortos prematuros, retardos mentais, etc.
Para consumo humano, é considerada adequada, para um adulto, a ingestão de 0,15 mg de
iodo por dia. O teor presente no sal de cozinha, por regulamentação do Ministério da Saúde, é
de 20 a 60 mg de iodo por quilo do produto final.
5) Filtração
5.1 )O que é Filtração?
Uma operação de filtração consiste essencialmente em fazer passar um fluido (líquido ou gás),
por um dispositivo (filtro) formado por uma ou mais camadas de materiais diversos,
conhecidos conjuntamente como o “meio filtrante”. Essa operação visa obter como produto, o
fluido introduzido em estado de maior “pureza”, ou seja mais livre de eventuais agentes
“poluentes” (físicos, químicos e biológicos).
5.4) Filtração
Um filtro atua basicamente como uma peneira ou um coador, cuja função é reter as impurezas
suspensas na água. A purificação da água, feita numa etapa posterior, é um processo mais
complexo pois se encarregar de retirar impurezas muito pequenas, normalmente abaixo de 1
mícron, como microorganismos, micro partículas em suspensão e substâncias químicas. Em
termos gerais, as diferenças entre os sistemas de filtração simples, ultrafiltração e purificação
são mostrados no gráfico a seguir, em função de suas capacidades de retenção de
contaminantes particulados ou de esterilização de microorganismos.
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b) Ozonizadores:
Produzem ozônio (O3) utilizando um pequeno gerador elétrico. A oxidação da água, nestas
condições, exerce uma poderosa ação bactericida. A aplicação deste oxidante, contudo, deve
ser feita preferencialmente na forma laminar, caso contrário seu efeito bactericida poderá ser
bastante reduzido.
c) Destilação:
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(Purilife da Nestlé, entre outras) e, com equipamentos especiais, para dessalinizar diretamente
a água salobra ou a água do mar.
Para que as moléculas de água passem através da membrana, separando-as das outras
substancias, o sistema deve trabalhar com uma pressão mínima de 21 metros de coluna de
água (2,1 bar). Esta situação pode ocorrer em prédios de apartamentos, quando houver mais
de oito andares acima do ponto de uso, ou quando o aparelho receber água diretamente da
rede pública. Caso a pressão seja inferior à mínima recomendada (residências térreas, por
exemplo, com alimentação hidráulica da caixa d´água), será necessário utilizar o purificador na
versão P, equipado com uma pequena bomba pressurizadora. A água contaminada, com o
concentrado sujo separado pela membrana, é descartada em um ralo ou sifão, ou destinada à
lavagem ou irrigação.
A água produzida por este sistema é de extrema pureza e isenta em até 98% das,
aproximadamente, 800 diferentes substâncias químicas que se estima estejam hoje dissolvidas
em algumas das águas potáveis que consumimos. Muitas dessas substâncias, resíduos de
pesticidas agrícolas, por exemplo, são comprovadamente cancerígenas.
Quanto à retirada dos “sais bons” encontrados na água (apesar de que hoje há mais
substâncias ruins do que boas), não se preocupe. Todos os sais contidos nos dois litros de água
que uma pessoa adulta deve ingerir diariamente, são equivalentes aos encontrados em um
pedacinho de bife, ou alimento equivalente, do tamanho de uma colherinha de chá.
Este processo é muito usado, por exemplo, em estações de dessalinização de água, operando
em navios ou regiões desérticas próximas ao mar.
Nessas aplicações, o equipamento, dotado de membranas apropriadas, recebe por um duto a
água do mar pressurizada, fornecendo água doce após sua passagem pela membrana. A água
"suja" (rejeitada), saturada de sal e demais poluentes, é jogada de volta ao mar.
Convém destacar que os equipamentos para dessalinização da água são construídos em aço
inoxidável e trabalham com pressões de 10 a 20 vezes superiores do que os sistemas
projetados para uso residencial.
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Filtros Centrais
6.) Peneiração
O tamanho das malhas das peneiras varia de 4 até 400 malhas, porém, peneiras mais finas de
100 ou 150 milhas, são, raramente usadas com partículas muito finas (outros tipos de
separação são geralmente mais econômicos).
6.6) Como era especificada uma peneira
Era costume no passado, especificar peneiras somente pelo número de malhas por polegadas
linear. Assim uma análise de peneira pode mostrar a porcentagem em peso do material que
passa através de 10 malhas e permanece em 20 malhas, através de 20 e sobre 30 através de 30
e sobre 40, etc. Tal informação é bastante sem sentido, e nunca deve ser empregada a não ser
que as peneiras sejam especificadas. A razão para isto é que as peneiras de arame com
qualquer número de malhas por polegadas, são feitas com arame de diâmetros diferentes,
variando assim a passagem livre das peneiras.
Isto pode ser observado na tabela a seguir, que mostra a variação da abertura livre frente a um
diâmetro de arame, com malha constante. Quanto maior o Ø do arame, menor a abertura livre
e o mesmo vale para o inverso.
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mais finas, normalmente usada é a de 200 malhas, porém existem até 400 mesh, porém
raramente usadas(mais para laboratório).
6.9) Escala U.S. Standard
Usa a peneira padrão Tyler de 200 malhas, como case, mas difere ligeiramente nos outros
tamanhos. A diferença é insignificativa e podem ser consideradas intermutáveis(mudam
entre si).
6.10) Equipamentos de Peneiração
Na maioria das peneiras as partículas caem através das aberturas da peneira por gravidade.
Em alguns casos elas são retiradas da peneira por uma escova ou força centrífuga. Partículas
irregulares caem rapidamente e facilmente através das grandes aberturas em uma superfície
estacionária; com partículas mais finas a superfície de peneiração deve ser agitada de algum
modo. Os meios mais comuns são a movimentação de uma peneira cilíndrica através de um
eixo horizontal; ou com peneiras planas, usando agitação, giro ou vibração mecânica ou
elétrica.
6.11) Escala Tyler
A análise granulométrica é realizada com peneiras padronizadas quanto à abertura das malhas
e à espessura dos fios de que são feitas.
A Série Tyler é a mais comumente utilizada no Brasil. É constituída de quatorze peneiras e tem
como base uma peneira de 200 malhas por polegada (200 mesh), feita com fios de 0,053 mm
de espessura, o que dá uma abertura livre de 0,074 mm.
As demais peneiras, apresentam 150, 100, 65, 48, 35, 28, 20, 14, 10, 8, 6, 4 e 3 mesh.
Quando se passa de uma peneira para a imediatamente superior (por exemplo da de 200 mesh
para a de 150 mesh), a área da abertura é multiplicada por dois e, portanto, o lado da malha é
multiplicado por √2.
6.12) Peneiras de Revolução
Um outro projeto de peneira para materiais irregulares é a peneira de revolução ou tambor. A
superfície de peneiragem é um cilindro metálico perfurado com uma série de vários tamanhos .
O cilindro gira em torno do eixo longitudinal ligeiramente inclinado . A alimentação entra no
cilindro pelo extremo superior; os sólidos maiores são retirados pelo extremo inferior .
Durante o seu trajeto através do equipamento os sólidos passam primeiro sobre o trecho de
orifícios menores com aproximadamente ¼ de in de diâmetro , e então sobre os trechos de
diâmetro progressivamente maiores . As primeiras partículas (menores) caem através da
primeira porção e assim sucessivamente as partículas de diversos tamanhos são separados em
várias frações. Estas peneiras são muito eficientes para partículas grossas.
6.13) Análise Granulométrica
A análise granulométrica é realizada com peneiras padronizadas quanto à abertura das malhas
e à espessura dos fios de que são feitas.
O ensaio consiste em colocar a amostra sobre a peneira mais grossa a ser utilizada e agitar em
ensaio padronizado o conjunto de peneiras colocadas umas sobre as outras na ordem
decrescente da abertura das malhas. Abaixo da última peneira há uma panela que recolhe a
fração contendo as partículas mais finas do material e que conseguem passar através de todas
as peneiras da série.
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7) Lixiviação e Extração
7.1) Generalidades
Ambas as operações tratam de métodos de remoção de um constituinte de um sólido ou
líquido, por meio de um solvente líquido. Estas técnicas recaem em duas categorias. A
primeira, chamada Lixiviação, é usada para dissolver uma matéria solúvel da sua mistura com
um sólido insolúvel. A Segunda, chamada extração líquida, é usada para separar dois líquidos
miscíveis por intermédio de um solvente que dissolve preferencialmente um deles. Embora os
dois processos tenham certos fundamentos comuns, as diferenças, em equipamentos e em
certa extensão na teoria, são suficientes para justificar o tratamento separado.
7.2) Lixiviação
Lixiviação difere muito pouco da lavagem de sólidos filtrados, e o equipamento de lixiviação
parece muito com a secção de lavagem de vários filtros. Na lixiviação, a quantidade de
material solúvel removida é freqüentemente, um tanto mais que na lavagem normal da
filtração, e as propriedades dos sólidos podem mudar, consideravelmente, durante a operação
de lixiviação.
Alimentação sólida, grossa, dura ou granular pode desintegrar-se na forma de papel quando
seu conteúdo do material solúvel é removido. Quando os sólidos formam uma massa
permeável através da operação de lixiviação, o solvente pode ser escoado através de uma
camada não agitada de sólidos. Com sólidos impermeáveis, ou materiais que se desintegram
durante a lixiviação, os sólidos são dispersos no solvente e serão mais tarde, separados deles.
Ambos os métodos podem ser por batelada ou contínuo.
7.2.1) Lixiviação por escoamento através de camadas sólidas
7.2.1.1 Camadas sólidas estacionárias
Lixiviação com camada de sólidos estacionária é feita num tanque com um fundo falso
perfurado, para suportar os sólidos e permitir a drenagem do solvente. O sólidos são
carregados no tanque, aspergidos (borrifados) com solventes, até que o conteúdo do soluto é
reduzido ao mínimo econômico, e, então retirado. Em alguns casos, a velocidade da solução é
tão rápida, que uma passagem do solvente através do material é suficiente, mas o fluxo em
contracorrente do solvente através de uma bateria de tanques é mais comum.
Neste método, o solvente novo é alimentado para o tanque contendo o sólido, que está quase
totalmente extraído; flui através dos vários tanques em série é , finalmente retirado do tanque
que foi carregado inicialmente. Tal série de tanques é chamada de bateria de extração. O
sólido, em qualquer dos tanques fica estacionário, até que é completamente extraído.
A tubulação é arrumada de tal maneira que o solvente novo possa ser introduzido em
qualquer tanque e que as solução forte seja descarregada de qualquer tanque, sendo possível
carregar ou descarregar um tanque a qualquer momento.
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Processos Químicos
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Processos Químicos
enriquecido no soluto, e à medida que o sólido flui de unidade para unidade, na direção
reversa, ele torna-se empobrecido de soluto.
O sólido descarregado na extremidade do sistema está bem extraído, e a solução, saindo na
outra extremidade, é concentrada de soluto. A eficácia da extração depende da quantidade de
solvente e de número de unidades. Em principio, o soluto não extraído pode ser reduzido
para qualquer quantidade desejada, se bastante solvente e um número suficiente de unidade
são usados. Qualquer misturador e sedimentador disponível pode ser escolhido para as
unidades individuais, num sistema contracorrente de lixiviação.
Outra maneira de lixiviação contracorrente, contínua é quando o contato no espessador é
inadequado; é obtida colocando-se um tanque agitador entre cada par de espessadores. Um
outro modo, usado quando os sólidos são bastante finos para sedimentar por gravidade, é
separar o resíduo da mistura de óleo e solvente em centrífugas especiais.
Muitos outros aparelhos de extração têm sido desenvolvidos para fins especiais, tais como a
extração dos vários óleos de sementes, com seus detalhes específicos de projetos governados
pelas propriedades do solvente e do sólido a ser lixiviado.
Na extração líquida, uma mistura de dois componentes é tratada por um solvente, que
dissolve, preferencialmente, um dos componentes da mistura. A mistura sob tratamento é
chamado de refinado e a fase rica em solvente é chamada de extrato. O componente
transferido do refinado para o extrato é o soluto, e o componente deixado no refinado é o
diluente.
A extração líquida é usada quando a destilação e retificação são difíceis ou ineficazes. Misturas
de substâncias com ponto de ebulição próximo ou substâncias que não podem resistir a
temperatura de vaporização, mesmo sob vácuo, podem freqüentemente, serem separadas por
extração. A extração utiliza diferenças da solubilidade dos componentes, ao invés de
diferenças nas suas volatilidade. Desde que a solubilidade depende das propriedades
químicas, a extração utiliza diferenças químicas, ao invés de diferenças de pressão de vapor.
Quando tanto a destilação como a extração podem ser usadas, a escolha recai, usualmente, na
destilação, apesar do fato de ser necessário calor e resfriamento. Na extração, o solvente deve
ser recuperado para o uso, o que é também um estágio de destilação e a operação combinada
é mais complicada e freqüentemente mais cara que a correspondente destilação.
Também na extração um terceiro componente, o solvente, deve ser processado, e suas perdas
recompletadas. Extração é uma operação relativamente nova e como a experiência com ela
está aumentando, está sendo usada cada vez mais em separação, onde a destilação era
escolhida. Em muitos problemas, a escolha entre estes métodos deveria ser baseada num
estudo comparativo entre ambos.
7.4.2 Equipamentos de extração
Na extração líquido – líquido, assim como na absorção de gás e destilação, duas fases devem
entrar em bom contato, para permitir a transferência de material e, então, serem separadas.
Na absorção e destilação, a misturação e separação são fáceis e rápidas. Na extração,
entretanto, as duas fases tem densidades comparadas, logo a energia disponível para a
misturação e separação (se usado fluxo por gravidade é pequena, muito menor que quando
uma fase é líquida e a outra é gasosa. As duas fases são freqüentemente difíceis de
misturarem e mais difíceis de separar. As viscosidades de ambas as fases também são
relativamente altas, e as velocidades lineares, através do equipamento de extração são baixas.
Em alguns tipos de extratores a energia de misturação e separação é fornecida
mecanicamente.
O equipamento de extração pode ser operado por batelada ou continuamente. Uma
quantidade de líquido de alimentação pode ser misturada com uma quantidade de solvente,
num recipiente agitado, depois de que as camadas são sedimentadas e separadas nas porções
de extrato e de refinado. Este contato é equivalente a somente um contato teórico, e
adequado para extrações simples. A operação pode ser repetida, certamente, e mais de um
contato é necessário, mas quando as quantidades envolvidas são grandes e vários contatos
são necessários, o fluxo contínuo torna-se mais econômico.
A maioria dos equipamentos de extração é contínuo, com sucessivos estágios de contato
diferenciais.
separador
Coluna de 50 – 250 10-20 - - Extração de
Spray amônia de sais
de soda
caustica
Coluna de 20 – 150 5 - 20 - - Recuperação
Enchimento de fenol
Colunas de 50 – 200 1 – 20 6 – 24 30 – 70 Processo de
pratos fabricação de
perfurador óleo
lubrificante
Coluna de 60 –105 4 –6 5 – 10 4–6 Recuperação
Chicana de ácido
acético
Coluna de York 50 –100 1 –2 80 – 100 12-24 Produtos
– Shiebel químicos
farmacêutico e
orgânico.
Extração da
Penicilina
Luwesta 3800 gal / h Aproximadamente 3 estágios Extração da
por unidade Penicilina
Podbelniah Até 20000 Baixa: 3 –5 estágios por Antibióticos
gal/h unidade
1000 – 5000 Alta 8-20 estágio por unidade
gal / h
8) Decantação
8.1 Fundamentos Teóricos.
- Dependência da concentração das partículas sólidas ( livre ou retardada ).
- Fatores que controlam a velocidade de decantação: r s, r , dp, forma das partículas e
viscosidade do meio m (T) ® Então é possível aumentar a velocidade de decantação,
aumentando a temperatura.
8.2 Tipos de Sedimentadores
Nas indústrias químicas, os processos de separação por sedimentação são feitos
continuamente ou descontinuamente em equipamentos denominados tanques de decantação
ou decantadores.
Descontínuos: tanques cilíndricos com a solução em repouso por um certo tempo tempo.
Contínuos: tanques rasos de grande diâmetro, em que operam grades com função de
remover a lama. A alimentação é feita pelo centro do tanque.
Os decantadores mais comuns são: de rastelos; helicoidal; ciclone e hidroseparadores.
Quanto a finalidade podem ser classificados:
Clarificadores: fase de interesse é o líquido limpo.
Espessadores: fase de interesse é a zona de lama.
2. Mecanismo de Decantação.
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Processos Químicos
A Þ Líquido limpo .
B Þ Região de concentração constante.
C Þ Região de concentração variável.
D Þ Região de compactação.
A sedimentação pode ser: natural (livre) ou forçada (quando se utiliza floculantes- substâncias
com propriedades de aglomeração de partículas).
O aumento do tamanho de partículas, aumenta a velocidade de sedimentação.
É possível aumentar o tamanho das partículas antes da decantação :
Digestão: No caso de precipitados Þ deixa-se a suspensão em repouso até que as partículas
finas sejam dissolvidas, enquanto que as grandes crescem à custa das partículas menores.
Floculação : Aglomerar partículas formando flocos.
Uso de floculantes : Eletrólitos;
Coagulantes- ex: Al(OH)3, Fe(OH)3;
Tensoativos : Amido, gelatina, cola;
Polieletrólitos.
3. Processo de Sedimentação.
Onde :
S = Área do decantador;
QA = Vazão volumétrica da suspensão alimentada;
u = Velocidade de sedimentação.
Deve ser usado um coeficiente de segurança (f= 100%) devido a :
- Escoamentos preferenciais,
- Diferenças locais de temperatura que causam turbulência,
- Variações bruscas nas condições de operação.
A variável u (velocidade de sedimentação) é obtida da curva de decantação.
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Processos Químicos
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