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Análise Psicológica (2002), 2 (XX): 219-223

Organizações borderline: Aspectos


psicodinâmicos

A. RITA MARANGA (*)

1. DA (IN)CONSTÂNCIA OBJECTAL À sequente dependência simbiontizante do mesmo,


(IM)POSSIBILIDADE DE ELABORAÇÃO e ausência/demissão do objecto paterno (Brusset,
PSÍQUICA 1988; A. C. Matos, 1994), colocariam entraves à
realização das esperadas tarefas desenvolvimen-
Como a própria designação indica, as orga- tistas, colocando em risco o desenvolvimento da
nizações borderline – «borderland insanity» capacidade de lidar com a ambivalência afectiva
(Hughes, 1884) – encontram-se no limite... entre face ao objecto, a constância objectal (Mahler et
a neurose e a psicose, a resolução ou a estagna- al., 1975; Fraiberg, 1969; Shapiro et al., 1975), a
ção no complexo de Édipo, posição depressiva, capacidade de regulação da distância emocional
formação simbólica, desejo de conhecer ou de face ao objecto, a diferenciação entre self e ob-
desconhecer, vida ou morte psíquica. jecto e o crescimento psíquico autónomo do in-
A análise da literatura psicodinâmica e a ob- divíduo.
servação clínica levam-nos a considerar que as Perante uma constância objectal frágil e sub-
organizações borderline encontram uma das suas sequente dificuldade de evocação dos objectos
principais âncoras numa perturbação precoce internos, dada a fraca qualidade afectiva e de in-
do desenvolvimento ao nível da estruturação da trojectibilidade do objecto (A. C. Matos, 2000),
constância objectal aquando da sub-fase de rea- estar só no caso do borderline poderia ser inter-
proximação da fase de separação-individuação pretado como uma verdadeira quasi solidão re-
(Mahler et al., 1975) e posteriores reaproxima- presentacional como no quadro de Picasso
ções (A. C. Matos, 1994). Deste modo, a insufi- (1929) intitulado «Grand nu au fauteuil rouge»
ciência ou perturbação da mesma, a par da per- (Musée Picasso, Paris) que representa uma mu-
sonalidade borderline do objecto materno e sub- lher gritando angustiada perante o espelho que
nada de si reflecte como que confirmando o seu
sentimento de vazio interior – e não tanto como
uma solidão de conteúdos psíquicos pese embora
a natureza essencialmente concreta (M. Ody,
(*) Psicóloga Clínica. Mestranda em Psicologia 1999; M. Matos, 2000) destes elementos predo-
Clínica na Faculdade de Psicologia e Ciências da
Educação da Universidade de Lisboa, encontra-se a
minantemente β (Bion, 1963) à espera de serem
preparar a sua dissertação na Temple University pensados.
(E.U.A.). A função de rêverie materna (Bion, 1963) ao

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atribuir significado às experièncias emocionais Matos, 2000). Deste modo, o pressentimento de
da criança e ao estabelecer uma continuidade separação relativamente ao mesmo é gerador de
entre a realidade interna e externa contribui para angústia de separação, dado o borderline ter esta-
a formação na mesma de uma barreira de con- belecido para si uma espécie de «equação simbó-
tacto «resultado da reintrojecção de algo do es- lica» (H. Segal, 1970) que coloca o objecto ex-
paço psíquico da mãe [que] funcionará progres- terno como algo equivalente ao objecto interno
sivamente como um continente relativamente insuficiente.
autónomo para as actividades psíquicas da crian- Estando no borderline a representação do self
ça» (F. S. Cabral, 1998, p. 129) o que dará lugar ligada à representação objectal, a perda do ob-
ao pensamento elaborado. A organização border- jecto de apoio fundamental tende a originar uma
line faz pressupôr a existência de uma certa inca- perda na continuidade do self (A. C. Matos,
pacidade materna para o exercício de uma fun- 1994), isto é, no sentimento de existir, por falta
ção contentora (Bion, 1963) o que comprome- de referências que, ainda que por tempo limita-
teria o acesso do indivíduo à dimensão simbólica do, desencadearia no indivíduo angústias desor-
e representacional da vida mental que conduz ao ganizadoras de aniquilamento e morte decorrente
crescimento psíquico. Encontramos no borderli- do confronto com o abismo do vazio sentido. Es-
ne uma função α insuficiente para transformar os tas dificuldades associam-se à sua dificuldade
referidos elementos β que povoam o seu mundo em aceder à capacidade de estar só (Winnicott,
interno em elementos α (ibidem), pensáveis, 1958) por falta de bons objectos internos gera-
encontrando-se, assim, «aquém da possibilidade dores de segurança.
de pensar os seus conteúdos psíquicos mais Desejando intensamente ser ouvido e compre-
complexos e sempre à beira da acção» (M. Ma- endido, o paciente borderline apresenta dificul-
tos, 2000), isto é, da externalização dos conflitos dades em lidar com o silêncio associativo e
psíquicos não mentalizáveis. As passagens ao compreensivo do psicanalista (Fédida, 2000), o
acto no borderline constituem como que um qual poderá ser evocador de uma angústia de
curto-circuito de uma elaboração psíquica que morte e fragmentação corporal insuportáveis.
não consegue levar a cabo (P. Fédida, 2000). Decorrente da sua falta de competências so-
Surge-nos, a este propósito, a analogia pro- ciais e perícias de autonomia (H. Kohut, 1965/
posta por Wright (1991) entre o mito das irmãs /1974) suficientemente boas o borderline tende a
Gorgon – que detinham o poder de transformar estabelecer relações predominantemente anaclí-
em pedra quem se atrevesse a olhá-las nos olhos ticas com os objectos, os quais são sobretudo
– e a coisificação que, por vezes, se verifica da sentidos enquanto de apoio e não tanto como de
intersubjectividade sujeito-objecto resultante do amor e dos quais espera obter, mais do que ori-
«olhar» do objecto impeditivo do fluxo espontâ- entações, decisões para a condução da sua pró-
neo dos afectos e acções do indivíduo. A natu- pria vida, as quais tem dificuldade em tomar.
reza essencialmente concreta dos seus conteúdos Constituindo o modelo de relação agressiva
psíquicos leva-nos a supor que a forma como o aquele com o qual cresceu e com o qual se sente
borderline teria sido olhado pelo outro primor- mais familiarizado, porque pouco amado desde
dial teria algo de comum com o olhar das irmãs sempre por quem mais importava sê-lo, conduz o
Gorgon. borderline a distanciar-se do ciclo relacional
amoroso (M. Matos, 2000). Deste modo, tal
como no caso dos indivíduos psicóticos, assiste-
2. A QUALIDADE DAS RELAÇÕES OU A se no borderline a um predomínio da agressivi-
DEPENDÊNCIA DO OUTRO dade sobre o amor e a uma dominância das for-
ças destrutivas sobre o poder construtivo e cria-
A tentativa de colmatar sentimentos de soli- tivo. Verifica-se ocasionalmente a ocorrência de
dão e vazio, tipicamente relatados pelo border- episódios psicóticos (Gunderson & Kolb, 1978)
line, decorrentes da inexistência de objectos in- aos quais estão frequentemente associadas fanta-
ternos suficientemente bons e estáveis, expressa- sias de abandono, destruição e necessidade im-
se através de uma forte dependência da presença periosa da presença do outro.
e funcionalidade do objecto externo actual (M. As escolhas objectais do borderline derivadas

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de projecções do Ideal do Eu arcaico ou do Eu fraquecendo-o, ficando novamente o indivíduo a
Ideal desembocam com facilidade em desilusões perder.
e, consequentemente, em rupturas (M. Matos, Encontramos no borderline uma fragilidade
2000). A oscilação separação-reaproximação ob- identitária podendo o seu self ser descrito como
jectal verificada na infância e nunca sossegada uma espécie de mosaico (A. C. Matos, 1994). O
mantém na idade adulta a mesma essência com perigo de difusão da identidade decorre dos pro-
expressão ao nível da alternância relacional típi- cessos defensivos de clivagem quer do objecto
ca do borderline. quer da relação que podem culminar numa cliva-
Caracteristicamente a relação de objecto do gem do self bem como do estilo intermitente do
borderline é descrita como baseando-se num borderline investir nas relações e nos projectos
vínculo de indiferença frequentemente encoberto de vida.
por uma aparente intimidade afectiva, na verda- No borderline predominam as identificações
de pouco profunda e empobrecedora da vida imagóico-imagéticas e xenomórficas e escas-
mental (A. C. Matos, 1994). seiam as identificações idiomórficas (A. C. Ma-
tos, 1994), ausência esta congruente com a no-
ção de falso self (Winnicott, 1960).
3. FRAGILIDADE NARCÍSICA E IDENTITÁRIA A falência no que respeita às identificações
primárias e à elaboração do Édipo e da posição
A insuficiência narcísica dos objectos primor- depressiva não permite ao borderline identificar-
diais a par da personalidade borderline dos mes- -se facilmente com os objectos do sexo oposto,
mos, nomeadamente do objecto materno (A. C. lidar com a competição com o rival nem viver
Matos, 1994), não teria permitido ao borderline uma sexualidade significativa, mas sobretudo
vivenciar a experiência fundamental de ser olha- agida com pouco suporte psíquico (M. Matos,
2000).
do como outro, mas sobretudo como um prolon-
Aprisionado numa «cadeia afectiva bloquea-
gamento narcísico do objecto, tendo o amor re-
dora a afirmação da identidade terá muitas vezes
cebido sido predominantemente captativo e con-
de passar pela expressão dramática da ruptura,
dicional ao preenchimento das suas lacunas nar-
do desvario ou do comportamento anti-social»
císicas e de dependência, o que contribuiria para
(C. Malpique, 1999, p. 59).
a sua escassez de reservas a esse nível.
A insuficiente reserva narcísica e fragilidade
da sua pele psíquica (E. Bick, 1968) tornam o 4. A DEFESA CONTRA A FRAGILIDADE
borderline pouco tolerante à frustração e difícil a
tarefa de fazer face a exigências de adaptação ao O sistema defensivo do borderline, predomi-
meio, sobretudo a acontecimentos de vida mais nantemente frágil e imaturo, coincide com a re-
stressantes bem como a organização de uma duzida integração psíquica (B. Brusset, 1988) do
certa capacidade de espera e de gestão dos im- indivíduo.
pulsos e afectos (M. Singer, 1975) através da A clivagem do objecto típica no borderline
contemplação, fantasia, reflexão e formação sim- (Kernberg, 1975; H. A. Rosenfelt, 1952), asso-
bólica, podendo mesmo vivenciar angústias de- ciando-se à denegação da parte má e à idealiza-
sorganizadoras em algumas situações. ção da parte boa do objecto – como refere Fair-
Evidenciando sinais de uma falha ao nível da bairn (1952) esta «bondade» do objecto é rela-
confirmação narcísica primária (H. Kohut, 1965/ tiva, porque sobretudo excitante e frustrante ao
/1974) que o torna dependente do olhar do outro, nível da satisfação das verdadeiras necessidades
utiliza nalguns casos defesas grandiosas que vi- do indivíduo – constitui uma defesa contra a am-
sam protegê-lo de um forte sentimento de desva- bivalência afectiva relativamente ao objecto,
lorização. Quando ferido no seu narcisismo pode ameaçadora de confusão mental e insuportável
desenvolver uma profunda raiva e ressentimento para o indivíduo, protegendo-o simultaneamente
narcísicos (ibidem) de cariz destrutivo, cujo alvo da depressão correspondente à consciência do
seria tanto o mundo externo e relacional como o desamor do objecto.
seu próprio mundo interior representacional en- A clivagem do objecto tende a dar lugar a

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uma clivagem da relação congruente com a natu- depressão vivenciando antes, conforme os auto-
reza qualitativa do sentir do indivíduo face ao res, uma depressão limite, depressão de desam-
objecto em determinado momento. Dependendo paro ou depressão de abandono, caracterizada,
se, em determinada circunstância, o indivíduo se essencialmente, por um sentimento de falta, de
identifica com o bom ou com o mau objecto vazio, de solidão, de desamparo e por uma an-
assim o borderline poderá vivenciar uma cliva- gústia de separação (A. C. Matos, 1994). Poder-
gem do self. -se-ia dizer que este tipo de depressão defende o
Perante a necessidade de preservação da re- borderline da experiência de verdadeiramente se
lação privilegiada o borderline tende a responder deprimir face à falta básica (M. Balint, 1968) de
ao (pre)sentimento de malignidade do objecto amor dos objectos primordiais no seu desenvol-
interno primitivo (A. C. Matos, 1994) através da
vimento.
projecção identificativa no objecto externo da
Encontrando-se o desenvolvimento psíquico
malignidade que permite o retomar daquela.
dos indivíduos intimamente ligado à capacidade
O borderline recorre à identificação projectiva
(W. Bion, 1956; Grinberg, 1962; H. A. Rosen- de transformação e mudança dos seus processos
felt, 1952) como forma de se libertar de aspectos psíquicos este é sentido pelo borderline como
da sua personalidade que não consegue tolerar. ameaçador dos limites atingidos (M. Matos,
Mas se estes movimentos projectivos lhe trazem 2000). Deste modo, o receio da mudança do que
algum alívio ao nível da tensão conflitual, pro- considera ser uma forma de viver acarreta em si
movem simultaneamente um enfraquecimento o perigo do início de uma forma de morrer.
do self por perda de energia (A. C. Matos,
1994). Segundo W. Bion (1963) a identificação
projectiva decorreria não apenas da necessidade REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
do indivíduo se desembaraçar de certas emoções,
mas igualmente da sua necessidade de que as Balint, M. (1968). The basic fault / therapeutic aspects
mesmas sejam contidas ou guardadas pelo psi- of regression. London: Tavistock.
Bick, E. (1968). The experience of the skin in early ob-
canalista. Podendo este conter e transformar tais
ject relations. International Journal of Psycho-
conteúdos profundos comunicados pelo border- Analysis, 49, 484-486.
line em elementos pensáveis e toleráveis para o Bion, W. (1956). Development of schizophrenic
mesmo estes poderão ser devolvidos e integrados thought. International Journal of Psycho-Analysis,
psiquicamente pelo borderline. 37, 344-346.
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lece rupturas com o outro, com consequente Brusset, B. (1988). Le père dans les états limites. In
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desinvestiam quando não correspondia às suas Dias, C. A. (1988). Para uma psicanálise da relação.
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narcísico também o borderline desinveste aque- Fairbairn, W. D. (1952). Psychoanalytic studies of the
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der de um sofrimento psíquico que tem dificul- Fédida, P. (2000). Psychanalyse d’adulte, psychanalyse
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desiste de investir no outro ou em novos pro- liste (pp. 193-218). Paris: Bayard Compact.
Fraiberg, S. (1969). Libidinal object constancy and
jectos, assiste-se no borderline a novos investi-
object representation. Psychoanalytic Study of the
mentos numa procura constante do que nunca te- Child, 24, 9-47.
ve e se recusa a aceitar que nunca terá, ou seja, Grinberg, L. (1962). On a specific aspect of counter-
um amor incondicional por parte dos objectos transference due to the patient’s projective identi-
primordiais. fication. International Journal of Psycho-Analysis,
O borderline encontra-se aquém da verdadeira 43, 436-440.

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RESUMO
Faculdade de Psicologia e C. Educação (Universi-
dade de Lisboa).
Matos, M. (1991). Factores de risco psicológico em jo- Neste trabalho discutem-se alguns aspectos psico-
vens condutores de motorizada e sua influência re- dinâmicos subjacentes às organizações borderline,
lativa no acontecer dos acidentes. Tese de Douto- entre os quais a fragilidade da constância objectal, re-
ramento, Universidade de Lisboa, Lisboa. lacional, narcísica e identitária, alguns dos mecanis-
Matos, M. (2000). No limite da adolescência – ou mos de defesa comummente utilizados pelo borderline
aquém e além da adolescência. Comunicação apre- e a insuficiência da função contentora, indispensável
sentada no XIII Simposium da Sociedade Portu- ao desenvolvimento do pensamento elaborado.
guesa de Psicanálise. Tema: Espaço e fronteiras – Palavras-chave: Borderline, constância objectal,
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bro de 2000.
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representation limite. Revue Française de Psycha- ABSTRACT
nalyse, 63 (5), 1633-1636.
Rosenfelt, H. A. (1952). Notes on the psycho-analysis
of the super-ego conflict of an acute schizophrenic The purpose of this study was to examine some
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33, 11-131. ders. More specifically, it focuses on the fragility of
Segal, H. (1970). Note sur la formation du symbole. Re- object constancy, relations, narcissism and identity of
vue Française de Psychanalyse, 34, 4. the borderline; defense mechanisms commonly used
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D.A. (1975). The influence of family experience on sary for elaborate thinking.
borderline personality development. International Key words: Borderline, object constancy, separation
Review of Psycho-Analysis, 2, 399-411. anxiety, defense mechanisms.

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