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NATAL/RN
2016
JOSÉ FIRMINO DANTAS NETO
NATAL/RN
2016
JOSÉ FIRMINO DANTAS NETO
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Professor
_______________________________________________________________
Professor
ABSTRACT: The purpose of this text is to understand how different management policies
can affect the quality of teaching and educational process present in public schools. It assumes
that management is the basis for an effective policy in educational institutions, since it is
responsible for organizing the processes that involve the whole community. And it is from
this idea that has been deployed democratization of school management process, ensuring
greater participation of all stakeholders and decreasing responsibility for their own
management team. Improving the quality in the process of teaching and learning and ensuring
the right to education for all.
*
Artigo apresentado ao Instituto de Educação Superior Presidente Kennedy, como parte de requisito para
obtenção do título de Especialista em Gestão de Processos Educacionais.
**
Graduado em Matemática Licenciatura Plena, Professor da Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do Norte,
e Pós-Graduando em Especialização de Processos Educacionais pelo Instituto de Formação Presidente Kennedy.
***
Orientador Dr. Sc. Nednaldo Dantas dos Santos, formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
nednaldod@hotmail.com
2
INTRODUÇÃO
implementar programas sociais extraescolares, como forma de motivar esses alunos e até
mesmo capacitá-los cada vez mais. É importante lembrar que a participação da União nas
escolas públicas estaduais e municipais, é de extrema importância, para tentar equacionar de
forma mínima os níveis de qualidade do ensino de todo país, mesmo ainda sendo algo
distante, é necessário que o governo federal faça intervenções nos parâmetros e currículos de
forma nacional, dando igualdade de direitos à uma boa educação como rege a constituição
federal (DOURADO et al, 2007).
Os novos métodos educacionais que estão surgindo, trazem a gestão escolar como uma
união de diversos setores, perpassando a estrutura organizacional, qualidade de ensino e visão
dos participantes, até uma redefinição do papel sociopolítico da educação escolar, bem como
da responsabilização dos pais no desempenho escolar dos filhos. E paralelo a isso, surge a
democratização, que traz como medidas, o processo de eleição dos gestores e a participação
de todos no funcionamento burocrático da escola por meio do conselho escolar que atua
diretamente na administração da unidade escolar (GOHN, 2006).
Essa democratização por sua vez, não vem demonstrando os resultados esperados, fato
esse relacionado o ponto de não se encontrar sendo efetivamente implantada como previsto
teoricamente. A relação de qualidade do ensino com a democracia, apresenta generalizado
descontentamento com o ensino oferecido pelas escolas públicas em todas as instancias
avaliadoras. E talvez essa insatisfação denuncie na prática a ausência desse processo
democrático por parte dos seus participantes (FREITAS, 2000).
A qualidade de ensino não pode ser medida apenas de forma quantitativa. Não será a
quantidade de informação ou a quantidade de conteúdos repassados aos sujeitos que
qualificará o nível dos discentes. A qualidade da educação vai muito além de números, pois
para a satisfação e plenitude individual e convivência social se faz necessária a apropriação de
cultura, que humaniza o homem e atualiza-o como ser histórico, adquirindo assim valores,
gostos, gestos, comportamentos, hábitos e posturas que facilitam esse convívio social e por
sua vez não podem ser avaliados por testes ou provas de conhecimento (PARO, 2007).
Nessa perspectiva o estudo avaliou como diferentes formas de gestão de instituições
públicas de ensino podem interferir na qualidade do processo de aprendizagem e a
importância de um planejamento estratégico. Com base nisso a pesquisa buscou fazer um
comparativo entre a gestão de uma escola estadual e outra municipal do RN, que possui uma
clientela semelhante, e realidade de gestão totalmente diferentes, para tentar compreender
como ocorre o processo de ensino-aprendizagem e os problemas enfrentados nessas
instituições.
5
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
6.0
5.5
5.0
4.5 EE PROF PAULO NOBRE ENS
Média do IDEB
2007
2009
2011
2013
2015
2017
2019
2021
Ideb Observado Metas Projetadas
42 42
39 39
36 36
33 33
30 30
27 27
24 24
21 21
18 18
15 15
Anos 6° ano 7° ano 8° ano 9° ano Anos 6° ano 7° ano 8° ano 9° ano
Finais Finais
Figura 2. Média de Alunos por Turma do Figura 3. Média de Alunos por Turma da
Centro de Educação Municipal Vereador Pedro Escola Estadual Professor Paulo Nobre
Gomes de Souza
100 100
90 90
80 80
Percentual (%)
Percentual (%)
70 70
60 60
50 50
40 40
30 30
20 20
6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano 6º ao 9º 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano 6º ao 9º
Ano Ano
Percentual (%)
35
30 40
25
20 30
15 20
10
10
5
0 0
6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano 6º ao 9º 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano 6º ao 9º
Ano Ano
2011 2012 2013 2014 2011 2012 2013 2014
25 25
20 20
Percentual (%)
Percentual (%)
15 15
10 10
5 5
0 0
6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano 6º ao 9º 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano 6º ao 9º
Ano Ano
Professor Professor
23% 19%
Aluno
47%
Aluno
48%
Pai/Resp
Pai/Resp onsável
onsável 27%
23%
Figura 10. Função dos Colaboradores dos Figura 11. Função dos Colaboradores dos
Entrevistados do C. E. M. Ver. Pedro Gomes Entrevistados da Escola Estadual Professor
de Souza Paulo Nobre
Essa amostragem nas duas escolas representa um quantitativo suficiente para que seja
possível analisar o entendimento de toda comunidade escolar a respeito da gestão democrática
implantada nas escolas e a aplicação do processo de democratização por parte da gestão.
O processo de ensino-aprendizagem é composto de quatro elementos, onde o aluno é o
mais importante, e as principais variáveis de influência são a capacidade intelectual,
experiências anteriores, disposição e boa vontade, interesse, estrutura socioeconômica e saúde
(SANTOS, 2001).
A maior parte dos colaboradores sendo alunos possibilita uma visão real de todo o
processo educacional que está acontecendo, uma vez que esses são a base para o sucesso ou
não dos objetivos das escolas, assim como também os professores e os pais ou responsáveis
tem grande influência no desenvolvimento do processo.
Na escola municipal mais de 50% dos entrevistados tem nível fundamental de
escolaridade, menos de 20% têm nível médio, 10% têm nível superior e 20% têm pós-
graduação, e na escola estadual mais de 50% dos entrevistados tem nível fundamental de
escolaridade, mais de 20% têm nível médio, mais que 10% têm nível superior e menos de
10% têm pós-graduação (figura 12).
11
60
50
Percentual (%) 40
30 Pedro Gomes
20 Paulo Nobre
10
0
Ens. Ens. Médio Ens. Superior Pós Graduado
Fundamental
O nível de escolaridade vai revelar a equidade da educação atual, onde a procura por
níveis mais altos de ensino está cada vez maior e que a comunidade escolar está buscando
novos conhecimentos, colaborando de forma mais eficiente para o desenvolvimento do
processo democrático das escolas, e tornando-se cidadãos mais conscientes e participativos.
O nível de escolarização dos agentes passivos da comunidade escolar reflete
diretamente no processo educacional da instituição. O sucesso escolar dos alunos, por
exemplo, depende do apoio direto e sistemático da família, onde pais com mais instrução
conseguem acompanhar o ritmo escolar dos filhos, enquanto que aqueles que têm pouca
escolaridade não conseguem dar o apoio necessário aos discentes (CARVALHO, 2000).
A renda familiar na escola municipal e estadual respectivamente mostrou que do total
de entrevistados de cada escola mais que 30% tem renda de até 1 salário mínimo contra
menos que 30%, mais que 40% está entre 1 e 3 salários mínimos contra mais que 50%, e que
menos que 30% tem renda acima de 3 salários mínimos contra menos que 20% (figura 13).
60
50
Percentual (%)
40
30
20 Pedro Gomes
10 Paulo Nobre
0
Até R$ 788,00 R$ 788,00 a R$ Acima de R$ 2367,00
2367,00
Renda Familiar
Esse é mais um fator que mostra que uma grande parte da comunidade escolar está
numa faixa de renda salarial satisfatória, ou seja, estão trabalhando e de acordo com os níveis
de escolaridade estão alcançando maiores salários.
12
Isso vem só mostrar que as instituições de ensino, estão cada vez mais participando da
formação dos envolvidos no processo educacional de cada instituição, e que assim como estão
buscando novos conhecimentos, estão se qualificando mais, para conseguirem melhores
empregos e salários.
O desejo de aspirações e ascensão escolar e social por parte dos pais para com seus
filhos vem auxiliando no aumento pela procura por níveis mais elevados de escolarização e
consequentemente elevando a renda familiar, fazendo com que mais pessoas migrem para a
classe-média (CARVALHO, 2000).
A quantidade de colaboradores que residem em casa própria em ambas às escolas é
superior a 30%, igual ou superior a 50% moram em casa própria dos pais e menos de 20%
moram em casas alugadas (figura 14).
80
Percentual (%)
60
40
Paulo Nobre
20 Pedro Gomes
0
Própria Própria dos Pais Alugada
Casa
O acesso à casa própria está cada vez maior, e deve ser reflexo do crescimento de
níveis de escolaridades e consequentemente de maiores salários.
É possível notar que uma pequena parcela mora em casa alugada, o que reforça a ideia
de que a educação melhora a qualidade de vida de todos, e isso é fruto de todo um trabalho
desenvolvido nas instituições de ensino.
Quando pesquisados sobre quantas pessoas moram na sua casa incluindo você, a
pesquisa apresentou os seguintes resultados: na escola municipal menos de 5% moram só,
menos de 10% moram com mais uma pessoa, menos que 30% moram com mais duas pessoas,
mais que 25% moram com mais três pessoas, menos de 20% moram com mais quatro
pessoas, 5% moram com mais cinco pessoas e mais de 10% moram com seis ou mais pessoas,
na escola estadual menos de 5% moram só, menos de 10% moram com mais uma pessoa,
20% moram com mais duas pessoas, 40% moram com mais três pessoas, menos de 20%
moram com mais quatro pessoas, menos que 5% moram com mais cinco pessoas e menos de
5% moram com seis ou mais pessoas (figura 15).
13
50
Percentual (%) 40
30
20
Pedro Gomes
10
Paulo Nobre
0
1 2 3 4 5 6 Acima de
6
Número de moradores
Figura 15. Quantidade de pessoas que moram na sua casa (Incluindo você)
A quantidade de pessoas que moram numa mesma casa vem apenas reforçar a ideia de
que as famílias não são mais tão numerosas como no século passado, e que o nível de
conhecimento vem influenciar diretamente nesse fator, pois é perceptível que pessoas mais
instruídas tendem a formar uma família com menos indivíduos e consequentemente a renda
per capta familiar se torna cada vez mais elevada, sendo possível uma melhoria significativa
na qualidade de vida de todos.
Foi na segunda metade do século XX que as condições de moradias urbanas
melhoraram significativamente, pois cresceu o número de moradias próprias, diminuiu a
quantidade de moradores por domicílio e aumentou a quantidade de cômodos por habitantes,
apresentando melhores perspectivas no que chamamos de Brasil urbano (ALVES, 2008).
Ainda com relação à moradia a pesquisa mostra que na escola municipal menos que
5% das casas tem apenas dois cômodos, 5% tem três cômodos, mais de 5% tem quatro
cômodos, 15% tem cinco cômodos, mais que 20% tem seis cômodos e mais de 45% tem
acima de seis cômodos, na escola do estado menos que 5% das casas tem dois cômodos, a
mesma taxa se mantem em três cômodos, mais que 10% tem quatro cômodos, 30% tem cinco
cômodos, 20% seis cômodos e mais de 35% acima de 6 cômodos (figura 16).
50
45
40
Percentual (%)
35
30
25 Pedro Gomes
20
Paulo Nobre
15
10
5
0
2 3 4 5 6 Acima de
Quantidade de Cômodos 6
60
50 Pedro Gomes
40 Paulo Nobre
30
20
10
0
Somente Diretor Diretor e Vice-Diretor Diretor, Vice-Diretor e
Coordenadores
A participação dos coordenadores nas ações que envolvem o andamento das unidades
escolares é importante para que a comunidade escolar os enxerguem como parte integrante da
equipe gestora da escola. Isso só vem mostrar que muitas vezes o diretor e seu vice, tomam a
frente de todo o processo e os coordenadores, ficam ocultos, assumindo por muitas vezes um
papel irrelevante no desenvolvimento das ações educativas.
Os coordenadores são tão responsáveis quanto os diretores, pois eles têm a função de
fazer as ligações diretas e indiretas dos processos que envolvem professor-aluno, e a própria
direção, ou seja, é uma ponte norteadora do processo de ensino-aprendizagem.
O coordenador além de toda função de organizar, planejar, é a pessoa mais capacitada
para centralizar as conquistas do grupo e assegurar que as boas ideias tenham continuidade.
Só assim será possível uma formação contínua dos professores (AUGUSTO, 2006).
Entre os colaboradores da escola municipal 41% consideram a equipe gestora sempre
assídua e pontual, 33% acham que isso acontece frequentemente, 25% disseram que isso
15
acontece às vezes e 1% disse nunca ter acontecido (figura 18), enquanto que na escola do
estado 43% consideram a equipe gestora sempre assídua e pontual, 31% acham que isso
acontece frequentemente e 26% disseram que isso acontece às vezes (figura 19).
Nunca Nunca
1%
As vezes As vezes 0%
25% Sempre 26% Sempre
41% 43%
Frequent
Frequent
emente
emente
31%
33%
Figura 18. Consideram a equipe gestora do C. Figura 19. Consideram a equipe gestora da
E. M. Ver. Pedro Gomes de Souza assídua e Escola Estadual Professor Paulo Nobre assídua
pontual e pontual
A assiduidade e pontualidade da equipe gestora deve ser algo muito importante, pois é
essa equipe que primeiro deve mostrar exemplo, por serem os líderes da escola, são sempre
observados e serão espelhos de todos os outros integrantes da comunidade escolar.
Alunos, professores e funcionários se baseiam no comportamento diário dos gestores,
e é nesse momento onde eles devem mostrar bons exemplos, para que seja possível cobrar dos
demais o cumprimento da frequência e do horário.
O trabalho do educador deve se pautar não somente com palavras e sim com o
exemplo. O gestor precisa ter condições de fazer com que a comunidade perceba a
importância e a necessidade da sua presença na escola, pois todos são igualmente importantes
e necessários para o bom funcionamento da mesma, assim como a questão da pontualidade,
pois são "pequenas" situações cotidianas interferem na qualidade da educação (BRAGA,
2014).
Quando questionados sobre a participação da equipe gestora no processo pedagógico a
pesquisa nos mostrou os seguintes resultados: na escola municipal 22% considera que a
gestão sempre participa do processo pedagógico, 39% considera a participação
frequentemente, 31% diz que isso acontece às vezes e 8% acha que nunca participa (figura
20); na escola estadual 40% diz que a gestão sempre participa do processo pedagógico, 30%
16
considera a participação frequentemente, 25% diz que isso acontece às vezes e 5% acha que
nunca participa, na escola estadual (figura 21).
8% 5%
22%
25%
40%
31%
39%
30%
Figura 20. A participação da equipe gestora do Figura 21. A participação da equipe gestora da
C. E. M. Ver. Pedro Gomes de Souza no Escola Estadual Professor Paulo Nobre no
processo pedagógico. processo pedagógico.
A participação efetiva de toda a equipe gestora no processo pedagógico deve ser algo
comum e perceptível por toda a comunidade escolar, pois são tão responsáveis quanto à
equipe de professores, e devem assumir a função de liderança para que seja possível uma
interação de todos, pois é essa equipe que deve nortear os processos educacionais que serão
desenvolvidos.
Para que a gestão alcance os objetivos educacionais, em seu sentido amplo, é
necessário o desempenho adequado e dinâmico nas relações interpessoais que ocorrem no
contexto da organização escolar, entendidos e assumidos por seus membros, com empenho de
todos quanto a sua realização (LUCK, 1998).
A equipe gestora deve deixar claro sua preocupação no âmbito pedagógico e ser
participante ativo de todo seu desenvolvimento.
Em relação a prestação de contas dos recursos financeiros da escola, 20% dos
entrevistados da escola municipal diz que isso sempre acontece, 19% diz acontecer
frequentemente, 27% acha que acontece às vezes e 34% diz isso nunca acontecer (figura 22);
enquanto que na escola estadual 45% diz acontecer sempre, 20% acha que acontece com
frequência, 20% também diz que acontece as vezes e 15% diz nunca acontecer (figura 23).
17
15%
20%
34%
45%
20%
19%
27% 20%
Figura 22. A equipe gestora do C. E. M. Ver. Figura 23. A equipe gestora da Escola
Pedro Gomes de Souza presta conta dos Estadual Professor Paulo Nobre presta conta
recursos financeiros da escola. dos recursos financeiros da escola.
Prestar contas dos recursos financeiros recebidos pela instituição pública de ensino
não deve ser apenas algo comum, e sim é uma obrigação da gestão em fazer.
Todo e qualquer recurso público deve ser prestado contas com todos os cidadãos e
principalmente com a comunidade escolar. A documentação deve ser afixada em local de
acesso a todos, e deve ser disponibilizado para a comunidade.
Foi possível observar que na pesquisa, mesmo que as gestões façam essa prestação de
contas regularmente com a população, não está deixando claro para todos que isso acontece,
portanto, a equipe gestora tem o dever de está sempre comunicando que a documentação está
sempre acessível a todos que desejarem ver, e frequentemente, está lembrando a importância
da participação de todos no processo da administração de tais recursos.
A concepção da escola como comunidade educativa implica não só no incentivo da
participação dos pais e outros agentes locais, e sim na prestação de contas, que será entendida
como avaliação integrada de todos os programas desenvolvidos na escola (FORMOSINHO,
2000).
Em relação ao conhecimento sobre a existência do conselho escolar na escola, 69%
dos pesquisados da escola municipal dizem saber de sua existência, 5% dizem não saber se
existe e 27% disseram nunca ter ouvido falar; já na escola estadual 56% disse que sabem da
existência do conselho, 9 % acham que não existe e 35% nunca ouviu falar (figura 24).
18
35
Paulo Nobre 9
56 Nunca ouvi falar
27 Não
Pedro Gomes 5
Sim
69
0 20 40 60 80
Percentual (%)
58
Percentual (%)
60
36 33 Sim
30 31
40
13 Não
20
Mais ou Menos
0
Pedro Gomes Paulo Nobre
O conselho escolar é tão responsável quanto à própria gestão, e este deveria assumir
tais responsabilidades principalmente na tomada de decisões pedagógicas e administrativas.
É dever dos conselheiros se mostrar participantes e deixar claro para toda a sociedade
quem são e quais as funções assumidas nesse conselho, além de convocar assembleias e
registar tudo em atas no livro do conselho escolar, além de promover eleições abertas para a
composição do conselho, sempre que o prazo esteja próximo ao fim, obedecendo sempre a
legislação vigente.
A ideia da gestão democrática é que a escola é parte da sociedade e, portanto, deve ser
o espaço de aprendizado de práticas democráticas e igualitárias que poderão contribuir para
melhorar as relações sociais. A comunidade por meio do conselho escolar deverá ser
coordenada pelo diretor que no conselho assume a função de membro nato, e ajudará a
organizar todo o processo democrático (LUIZ et al., 2010).
O conselho escolar se reuniu mais que três vezes esse ano segundo 9% dos
colaboradores da pesquisa da escola do município, de uma a três vezes disse 47% e nenhuma
vez acha 44%; na escola estadual 12% dizem ter se reunido mais que três vezes, 32% acha
que foi reunido de uma a três vezes e 56% diz que o conselho escolar nunca se reuniu (figura
26).
12%
Paulo Nobre 32%
Mais que 3 vezes
56%
de 1 a 3 vezes
9% Nenhuma
Pedro Gomes 47%
44%
Figura 26. Quantas vezes o conselho escolar se reuniu no ano letivo de 2015?
38%
36%
27%
26%
23%
23%
15%
Pedro Gomes FR
13%
Paulo Nobre FR
A atuação do conselho não deve ser apenas assinando documentos, e sim colaborando,
juntamente com a equipe gestora no planejamento e execuções de ações que envolvam o
processo pedagógico e administrativo da instituição escolar, para que seja feito sempre da
melhor maneira, e que aconteça de forma coerente com a realidade de todos os envolvidos
respeitando sempre as legislações vigentes.
Nas decisões do colegiado 19% da escola municipal diz que o conselho escolar sempre
acata, 28% acha que são acatadas frequentemente, 31% diz acontecer as vezes e 22% diz
nunca serem acatadas as decisões; enquanto isso na escola estadual 18% diz que o conselho
escolar sempre acata as decisões do colegiado, 17% diz acontecer frequentemente, 18% acha
que acontece as vezes e 47% diz nunca ter acontecido (figura 28).
50
45 47
40
Percentual (%)
35
30 31
28
25
20 22
19
18 17 18
15 Pedro Gomes FR
10
5 Paulo Nobre FR
0
Acatar as decisões do colegiado é algo obrigatório por lei, pois uma vez levado a
discussão em assembleia e deliberado alguma ação, todos devem aceitar ou entrar com algum
recurso para ser revertido ou não a decisão.
O conselho escolar se tornou o órgão mais importante da escola, sendo possível até
passar por cima de uma decisão das secretarias municipais e estaduais desde que não esta não
seja contraria as legislações vigentes, e que tenha acontecido nas formas previstas em lei.
Nas assembleias convocadas pelo conselho escolar para deliberações, deve ser dado
tempo de fala e discussão igualitária para todos os membros, para que as decisões tomadas
sejam mais fortes e coerentes (GOMES & ANDRADE, 2009).
Quando indagados se a gestão escuta e aceita propostas da comunidade escolar 25%
dos entrevistados da escola municipal disse acontecer sempre, 27% acha que acontece
frequentemente, 23% diz acontecer às vezes e 25% disse nunca ter acontecido; na escola
estadual 27% dos entrevistados disse acontecer sempre, 23% acha que acontece
frequentemente, 35% diz acontecer às vezes e 15% disse nunca ter acontecido (figura 29).
40
Percentual (%)
30
20
10 Pedro Gomes FR
0
Paulo Nobre FR
40
Percentual (%)
30
47
20
28 31
10 19 22 18 18
17
0
Pedro FR
Gomes PauloFR
Nobre
Figura 30. A Gestão pergunta a comunidade escolar como deve ser gasto os recursos financeiros da
Escola?
35
Gomes
Pedro
9
56
27
Nobre
Paulo
5
69
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Percentual (%)
Sim
Nenhuma Não
De 1 a 3 vezes Mais ou Menos
Mais que 3 vezes
58%
36% 33%
30% 31%
13%
PedroFR
Gomes PauloFR
Nobre
É importante manter a família dos alunos sempre próximas da escola, pois somente
com um trabalho conjunto entre pais e escola que serão possíveis bons resultados, e para que
isso ocorra é necessário que a gestão reúna pais e responsáveis pelo menos uma vez a cada
24
bimestre, para que seja levada a discussão todos os assuntos relevantes ao bom desempenho
dos discentes e a concretização do trabalho pedagógico desenvolvido pela escola.
Sobre os Indicadores Educacionais da Escola, 23% dos entrevistados da escola
municipal falaram que a gestão apresenta esses resultados as vezes, 17% disseram nunca ter
acontecido, 39% que acontece frequentemente e 20% disseram acontecer sempre; na escola
estadual 30% falaram acontecer as vezes, 9% nunca ter acontecido, 30% disseram acontecer
frequentemente e 31% disseram acontecer sempre (figura 33).
30
9
Paulo Nobre
30
31
23
17
Pedro Gomes
39
20
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Percentual (%)
60
Percentual (%)
47
28
23
22
10
2
Concordo Fortemente Concordo Discordo Discordo Fortemente
Figura 34. A Gestão tem papel fundamental no crescimento ou decrescimento desses Indicadores?
A gestão como organizadora dos processos desenvolvidos na escola tem seu papel
fundamental no crescimento ou decrescimento dos indicadores educacionais, muito embora
são os professores que desenvolvem suas praticas em sala de aula com os alunos, mas é a
função da gestão subsidiar os professores em suas atuações e portanto acabam sendo
corresponsáveis nos resultados obtidos pela escola.
Por último a pesquisa questionou os entrevistados sobre a atuação da gestão na
proposição de atividades educacionais voltadas para a melhoria dos indicadores e 25% da
escola municipal disseram acontecer sempre, 11% acham que acontece frequentemente, 53%
disseram acontecer as vezes e 11% nunca ter acontecido; na escola estadual 24% da escola
municipal disseram acontecer sempre, 33% acham que acontece frequentemente, 30%
disseram acontecer as vezes e 13% nunca ter acontecido (figura 35).
53
Percentual (%)
33 30
25 24
11 11 13
Figura 35. A Gestão propõe atividades educacionais voltadas para melhoria dos Indicadores?
A formação continuada dos professores deve ser uma prática, pois é a partir dela que
se pode constatar deficiências e apontar metodologias para a elevação do desempenho dos
alunos. A Gestão deve discutir e desenvolver coletivamente ações que envolvam todos no
processo de ensino-aprendizagem, para que se alcancem sempre os melhores resultados
(VIDAL & VIEIRA, 2011).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para que a gestão consiga realizar seu trabalho da melhor forma possível e obter os
melhores resultados é fundamental a colaboração de toda a comunidade escolar, pois cada um
é tão responsável pelo bom funcionamento das escolas públicas quanto à própria equipe
gestora.
O que difere as duas instituições públicas analisadas é a forma como a gestão é
escolhida, na rede municipal ocorre por escolha da secretaria de educação, enquanto na rede
estadual a escolha é feita democraticamente através de eleição, porém em ambas as escolas o
gestor ou a equipe gestora deverá ter a mesma função e terá que cumprir o papel de gerir a
unidade de ensino da mesma maneira.
Cada gestão tem uma ferramenta poderosa em suas mãos que é o conselho escolar, que
deverá auxiliar no gerenciamento da escola e dividir as responsabilidades nas tomadas de
decisões, o que não acontece com tanta frequência segundo a pesquisa.
Cabe ao gestor ou a equipe gestora reunir sempre o conselho ou até mesmo pais e
professores para mantê-los sempre a par de tudo que está acontecendo, bem como sobre os
recursos financeiros recebidos pela escola.
Portanto, a democratização na gestão escolar surgiu para ajudar a equipe gestora a
enfrentar todos os problemas que existem nas escolas públicas e que devem ser solucionados
para que seja cumprido de forma eficaz o direito a educação dado pela constituição federal, e
que seja como for a forma de gestão aplicada, a união de todos deve ser a fundamentação
necessária para que se alcance os objetivos pretendidos.
27
REFERÊNCIAS
AFFONSO, Rui. de B.A. Os Municípios e os Desafios da Federação no Brasil. São Paulo:
São Paulo em Perspectiva, 1996.
CARVALHO, Maria Eulina Pessoa de. Relações entre família e escola e suas implicações
de gênero. Cadernos de Pesquisa nº 110, 2000.
DANTAS, Ana Raquel Matias; FIGUEIREDO, Erik Alencar de. Retorno da Educação nos
Estados Nordestinos: Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia. Recife (PE): Economia e
Desenvolvimento, 2010.
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419-434, set./dez. 2011
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APÊNDICE A
Instituto de Educação Superior Presidente Kennedy – IFESP
Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extenção em Educação – NEPE
Curso de Especialização em Gestão de Processos Educacionais
Pós-Graduação Lato Sensu
Prezado Colaborador:
Solicitamos a sua colaboração para que seja possível investigar a atuação da Gestão da sua escola e
tentar relacionar com o desenvolvimento pedagógico na última década, através de cinco eixos (Colaborador,
Equipe Gestora, Gestão e o Conselho Escolar, Gestão Participativa, Gestão e os Indicadores Educacionais).
Este questionário visa analisar os possíveis problemas enfrentados pela gestão escolar e comparar a
gestão de uma escola da rede estadual e da rede municipal de ensino.
Questionário
1. Colaborador:
1.1 Função: Aluno Pai/Responsável Professor Funcionário Gestor Coordenador
1.2 Nível de Escolaridade: Ens. Fundamental Ens. Médio Ens. Superior Pós Graduado
1.3 Renda Familiar: Até R$ 788,00 R$ 789,00 a R$ R$ 2367,00 Acima de R$ 2368,00
1.4 Você mora em uma casa: Própria Própria dos Pais Alugada
1.5 Quantas pessoas moram na sua casa (Incluindo você)? 2 3 4 5 6 Acima de 6
1.6 Quantos cômodos tem sua casa? 2 3 4 5 6 Acima de 6
2. Equipe Gestora:
2.1 A Equipe Gestora é composta de: Somente Diretor Diretor e vice-diretor Diretor, Vice-Diretor e
Coordenadores
2.2 A Equipe Gestora é assídua e pontual? Sempre Frequentemente As vezes Nunca
2.3 A Equipe Gestora participa do processo pedagógico?
Sempre Frequentemente As vezes Nunca
2.4 A Equipe Gestora faz a prestação de contas dos recursos públicos da Escola?
Sempre Frequentemente As vezes Nunca
3. Gestão e o Conselho Escolar
3.1 Existe Conselho Escolar em sua Escola? Sim Não Nunca ouvi falar
3.2 Você sabe qual a função do Conselho Escolar? Sim Não Mais ou Menos
3.3 O Conselho Escolar é atuante (Fiscaliza e participa das decisões da escola)? Sempre Frequentemente As
vezes Nunca
3.4 Quantas vezes o Conselho Escolar reuniu o colegiado esse ano? Nenhuma de 1 a 3 vezes Mais que 3
vezes
3.5 Em suas Assembleias, o Conselho Escolar acata a decisão do colegiado? Sempre Frequentemente As
vezes Nunca
4. Gestão Participativa
4.1 A Gestão escuta e aceita propostas da Comunidade Escolar (Pais, Professores, Funcionários e Alunos)? Sempre
Frequentemente As vezes Nunca
4.2 A Gestão pergunta a comunidade escolar como deve ser gasto os recursos financeiros da Escola? Sempre
Frequentemente As vezes Nunca
4.3 Quantas vezes a Gestão reuniu Professores esse ano? Nenhuma de 1 a 3 vezes Mais que 3 vezes
4.4 Quantas vezes a Gestão reuniu Pais esse ano? Nenhuma de 1 a 3 vezes Mais que 3 vezes
5. Gestão e os Indicadores Educacionais
5.1 A Gestão apresenta e discute os Indicadores Educacionais da Escola (IDEB, Taxas de Aprovação, Reprovação e
Abandono, etc.)? Sempre Frequentemente As vezes Nunca
5.2 A Gestão tem papel fundamental no crescimento ou decrescimento desses Indicadores?
Concordo Fortemente Concordo Discordo Discordo Fortemente
5.3 A Gestão propõe atividades educacionais voltadas para melhoria dos Indicadores?
Sempre Frequentemente As vezes Nunca