Sie sind auf Seite 1von 12

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO

ECOLANCHES: COMPROMETIMENTO DE MULHERES QUE TRABALHAM COM


ECONOMIA SOLIDARIA

CLÉCIO OLIVEIRA DA SILVA

JOÃO PESSOA-PB
NOVEMBRO 2017
ECOLANCHES: COMPROMETIMENTO DE MULHERES QUE TRABALHAM COM
ECONOMIA SOLIDARIA

CLÉCIO OLIVEIRA DA SILVA


SUMÁRIO

1. DELIMITAÇÃO DE TEMA E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA .......... 3


2. OBJETIVO .............................................................................................................................. 5
3. JUSTIFICATIVA .................................................................................................................... 5
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................................... 6
4.1. COMPREENSÃO DO CONCEITO ................................................................................. 6
4.2. COMPROMETIMENTO AFETIVO, INSTRUMENTAL E NORMATIVO ................. 7
5. METODOLOGIA .................................................................................................................... 8
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................... 10
3

1. DELIMITAÇÃO DE TEMA E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA

De acordo com Joseph A. Schumpeter popularizou o empreendedorismo quando escreveu


numa de suas obras que empreendedorismo surge quando a, “Inovação pelo empresário, leva a
vendavais de "destruição criativa" como inovações causam inventários antigos, ideias, tecnologias,
habilidades e equipamentos tornar-se obsoleto. A questão é que não "como capitalismo administra
as estruturas existentes, ...[mas] como cria e destrói-os."

Quando Joseph A. Schumpeter apresentou esta ideia, o empreendedorismo seria abordado


de maneira diferente, pois ao empreender o indivíduo teria que possuir habilidades diferenciadas,
habilidades essas:

 Como usar as invenções;


 Como introduzir novos meios de produção;
 Novos produtos e
 Nova forma de organização.

No Brasil este conceito de empreendedorismo se popularizou na década de 90, ganhando


força com a entrada em vigor da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa em 2007 e da Lei do
Microempreendedor Individual em 2008.

Numa pesquisa realizada pelo programa de pesquisa Global Entrepreneurship Monitor


(GEM) de abrangência mundial, em uma avaliação anual do nível nacional da atividade
empreendedora com dados divulgados sobre o empreendedorismo no Brasil em maio de 2016 que
mostram dados relacionados ao ano de 2015, mostram que houve um crescimento de 17,2% em
empreendedorismo inicial, onde 51% destes novos empreendimentos tem como administrador
mulheres no nível nacional. A região nordeste mostra uma taxa de desenvolvimento que é de 17,6%
semelhante a taxa nacional que é de 17,5%.

Com base nestes dados foi decidido por desenvolver essa pesquisa sobre empreendedorismo
feminino e como está a satisfação em uma lanchonete com o nome de Ecolanches que se localiza
no Campus I na Universidade Federal da Paraíba, onde um grupo de 10 mulheres da Comunidade
São Rafael que se localiza na cidade de João Pessoa-PB próximo ao Campus I da Universidade
Federal da Paraíba - UFPB grupo este que se reuniu com o apoio da Incubadora de
Empreendimentos Solidários – INCUBES/UFPB, onde começam a desenvolver um projeto de
abrir uma lanchonete na UFPB, com um cardápio natural fornecendo um habito alimentar mais
saudável para a comunidade universitária e trabalhando com um novo tipo de economia à
“Economia Solidaria – Ecosol”

“A Economia Solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é


preciso para viver. Enquanto na economia convencional existe a separação entre os donos
do negócio e os empregados, na economia solidária os próprios trabalhadores também são
donos. São eles quem tomam as decisões de como tocar o negócio, dividir o trabalho e
repartir os resultados.

Com os princípios que são de grande importância para o desenvolvimento da Economia


Solidaria:

 Cooperação: ao invés de competir, todos devem trabalhar de forma colaborativa,


buscando os interesses e objetivos em comum, a união dos esforços e capacidades, a
propriedade coletiva e a partilha dos resultados;
 Autogestão: as decisões nos empreendimentos são tomadas de forma coletiva,
privilegiando as contribuições do grupo ao invés de ficarem concentradas em um
indivíduo. Todos devem ter voz e voto. Os apoios externos não devem substituir nem
impedir o papel dos verdadeiros sujeitos da ação, aqueles que formam os
empreendimentos;
 Ação Econômica: sem abrir mão dos outros princípios, a economia solidária é
formada por iniciativas com motivação econômica, como a produção, a comercialização,
a prestação de serviços, as trocas, o crédito e o consumo;
 Solidariedade: a preocupação com o outro está presente de várias formas na
economia solidária, como na distribuição justa dos resultados alcançados, na preocupação
com o bem-estar de todos os envolvidos, nas relações com a comunidade, na atuação em
movimentos sociais e populares, na busca de um meio ambiente saudável e de um
desenvolvimento sustentável”. (Ministério do Trabalho 2015)
2. OBJETIVO

Analisando o histórico das mulheres que compõe o grupo de produção da Lanchonete


Ecolanches foi proposto uma pesquisa para:

 identificar o grau de comprometimento com a organização de acordo com as três


categorias mais abordada.
Outros objetivos podem ser abordados como:
 Identificar o nível de escolaridade de acordo com o padrão do grupo;
 Identificar a faixa etária dos integrantes;
 Identificar o conhecimento sobre economia solidaria.

Assim pode ser feito um levantamento de padrões de um grupo de produção que trabalham
com economia solidaria.

3. JUSTIFICATIVA

A relevância do tema abordado tem uma grande importância nos tempos atuais
principalmente quando é abordado num grupo de produção que trabalha com economia solidaria.
O comprometimento dos membros participantes é de grande seriedade para que o empreendimento
solidário possa se consolidar, é necessário que todos tenham um conhecimento básico sobre o
conceito de “economia solidaria”, sabendo que este tipo de economia venha necessitar de uma
autogestão, onde todos tem direitos iguais e decisões são tomadas em conjunto, cooperando com
todo o sistema operacional adotado pelo grupo.

A pesquisa tem como contribuições o entendimento do conceito comprometimento


organizacional em um grupo de produção, ajudando na compreensão do assunto abordado, como
o comprometimento afetivo, instrumental e normativo no empreendimento.
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nesta seção será feita a exposição dos referenciais teóricos, ou seja, quais as bases teóricas
que deram suporte ao presente trabalho (SEVERINO, 2007).

4.1. COMPREENSÃO DO CONCEITO

O termo comprometimento induz a uma série de interpretações, tanto do ponto de vista da


linguagem cotidiana, quanto científica, dizendo respeito tanto a envolvimento/engajamento, como
a falhas ao atingir algo desejado, como asseveram Bastos et al (1997).

Neste mesmo sentido, há certa complexidade em definir o que seja comprometimento


organizacional. Acerca disso, tem-se que:

“Embora o comprometimento organizacional seja um dos construtos mais investigados


dentro da área organizacional, a complexidade de sua definição e mensuração
desencadeou o desenvolvimento de um conjunto de abordagens e concepções teóricas que
buscam explicá-lo de distintas formas. As duas principais abordagens de investigação do
comprometimento são a atitudinal, que estuda o construto a partir de atitudes que
expressam crenças, afetos e comportamentos dirigidos à organização, sendo os
comportamentos uma conseqüência das atitudes; e a comportamental, que busca investigar
o comprometimento a partir de ações que representam tal fenômeno, sendo as atitudes
geradas pelos comportamentos, segundo Mowday, Porter e Steers (1982 apud MENEZES,
2009)”.

Diversos autores discorrem sobre as classificações dos componentes sobre o


comprometimento organizacional. No entanto, por ser a mais utilizada nos estudos sobre o tema,
neste trabalho utilizou-se a classificação dada por Meyer e Allen (1991 apud AYRES; ZAGO,
2010).
4.2. COMPROMETIMENTO AFETIVO, INSTRUMENTAL E NORMATIVO

O comprometimento afetivo pode ser entendido “como um apego, como um envolvimento,


onde ocorre identificação com a organização”. (ABREU et al, 2010, p. 3). Já o comprometimento
instrumental é o “comprometimento percebido como custos associados a deixar a organização, que
os autores chamam de continuance commitment e que a literatura trata como instrumental”.
(ABREU et al, 2010, p. 3). Por fim, o comprometimento normativo refere-se ao “comprometimento
como uma obrigação em permanecer na organização”. (ABREU et al, 2010, p. 3).

Sinteticamente, pode-se compreender as três categorias de comprometimento, conforme


Meyer e Allen (1991):

Quadro 01 – Categorias do comprometimento organizacional

ESTADO
CATEGORIAS CARACTERIZAÇÃO
PSICOLÓGICO
Grau em que o colaborador se sente
Afetiva emocionalmente ligado, identificado e Desejo
envolvido na organização.
Grau em que o colaborador possui um sentido
Normativa da obrigação (ou do dever moral) de Obrigação
permanecer na organização.
Grau em que o colaborador se mantém ligado à
organização devido ao reconhecimento dos
custos associados com sua saída da mesma.
Instrumental (ou
Este reconhecimento pode advir da ausência de Necessidade
calculista)
alternativas de emprego, ou do sentimento de
que os sacrifícios pessoais gerados pela saída
serão elevados.

Fonte: AYRES; ZAGO, 2010


Com apoio de material fornecido por diversos autores o trabalho que está sendo
desenvolvido vem trazer um entendimento do comprometimento do indivíduo com a organização
que trabalha com economia solidaria, onde o grau de comprometimento deve ser maior que
qualquer outra instituição, pois o seu desenvolvimento causa no melhor desempenho individual na
vida profissional e pessoal.

5. METODOLOGIA

Foi aplicado um questionário contendo 25 (vinte e cinco) perguntas, divididas em duas


partes, sendo a primeira atinente a dados relacionados a quantidade de integrantes, gênero, tempo
de serviço, escolaridade, faixa etária e se conhecia ou trabalhou com economia solidaria; e a
segunda parte relacionada às questões atinentes ao comprometimento propriamente dito.
Responderam ao questionário 10 (dez) colaboradores, sendo todos do gênero feminino. Nas
perguntas atinentes à segunda parte, foram apresentadas cinco alternativas, utilizando-se da escala
de Likert para as respostas. Ao final, foram elaborados gráficos para apresentar os resultados.

Para fins de melhor compreensão, as questões podem ser subdivididas de acordo com as
categorias do comprometimento, conforme o quadro a seguir, adaptado de Meyer, Allen e Smith
(1993, apud ABREU et al, 2010; FREITAS, 2010):

Categorias do
Questões e cada categoria
Comprometimento
Eu seria muito feliz em dedicar o resto da minha carreira a esta
empresa. (11)
Eu realmente sinto os problemas do Grupo de Produção como se
fossem meus. (9)
AFETIVO
Eu não sinto um forte senso de pertencer ao Grupo de Produção. (15)

Não me sinto “emocionalmente ligado” a este Grupo de Produção. (2)


Não me sinto como “fazendo parte da família” neste Grupo de
Produção. (7)
O Grupo de Produção tem um imenso significado pessoal para mim.
(6)

Na situação atual, ficar no Grupo de Produção é na realidade uma


necessidade material tanto quanto vontade pessoal. (14)

Mesmo se eu quisesse, seria muito difícil para eu deixar o Grupo de


Produção agora. (3)

Se eu decidisse deixar o Grupo de Produção agora, minha vida ficaria


bastante desestruturada. (17)

Acredito que teria poucas alternativas se deixasse a o Grupo de


Economia Solidaria. (1)
INSTRUMENTAL
Como eu já dei tanto de mim a este Grupo de Produção, não considero
a possibilidade de trabalhar em um outro grupo. (19)

Uma das consequências negativas de deixar o Grupo de Produção


seria a falta de alternativas disponíveis. (16)

Uma das principais razões para eu continuar a trabalhar neste Grupo


de Produção é que se eu saísse, precisaria de um enorme sacrifício
pessoal, porque uma outra empresa poderá não cobrir as vantagens
que tenho aqui. (13)

Eu não deixaria o Grupo de Produção agora porque eu tenho um senso


de obrigação com as pessoas daqui. (4)

Eu não sinto nenhuma obrigação em permanecer no Grupo de


Produção. (5)

Mesmo se fosse vantagem para mim, eu sinto que não seria certo
NORMATIVO deixar Grupo de Produção. (8)

Este Grupo de Produção merece minha lealdade. (10)

Eu me sentiria culpado se deixasse o Grupo de Produção agora. (12)

Eu devo muito o Grupo de Produção. (18)


BIBLIOGRAFIA

ABREU, M. C. S.; CUNHA, M. C.; SOARES, F. A. Componentes do Comprometimento


Organizacional: Uma Avaliação Empírica na Petrobras\Lubnor. In. VI EnEO. Florianópolis
(SC), 2010.

AYRES, K. V.; ZAGO, C. C. Novos olhares sobre a essência do comprometimento. In. XXX
ENEGEP. São Carlos (SP), 2010.

BASTOS, A. V. B; BRANDÃO, M. G.A, E; PINHO, A.P.M. Comprometimento


Organizacional: uma análise do conceito expresso por servidores universitários no cotidiano
de trabalho. Revista de Administração Contemporânea - RAC, v.1, n.2, Maio/Ago. 1997: 97-120.

Biblioteca da economia e da liberdade. "Joseph Alois Schumpeter." a enciclopédia concisa da


economia. 2008. Disponível em: <http://www.econlib.org/library/Enc/bios/Schumpeter.html>.
Acesso em 2 nov. 2017

BRASIL, Governo do. Brasil empreendedor em números. 2012. Atualizado em 07/11/2014.


Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2012/02/brasil-empreendedor-
em-numeros>. Acesso em: 02 nov. 2017.

FREITAS, M. J. S. Os Níveis de Comprometimento em contexto organizacional: Estudo de


uma Empresa Portuguesa. 2010. 141f. Dissertação (Mestrado em Ciências Empresariais).
Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Fernando Pessoa, Porto. 2010.

GEM. Global Entrepreneurship Monitor. Empreendedorismo no Brasil: Relatório Executivo


2016. Disponível em: <www.sebrae.com.br/pesquisa-gem-2012.pdf >. Acesso em: 01 nov. 2017.

INSTITUTO BRASILEIRO DA QUALIDADE E PRODUTIVIDADE - IBQP. Disponível em:


<http://www.ibqp.org.br/projetos/gem/>. Acesso em: 03 nov. 2017.

MENEZES, I. G. Comprometimento organizacional: construindo um conceito que integre


atitudes e intenções comportamentais. 2009. 203f. Tese (Doutorado em Psicologia). Faculdade
de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia, Salvador. 2009.
MINISTÉRIO DO TRABALHO. Economia Solidária. 2014. Atualizado em 31/08/2015.
Disponível em: <http://trabalho.gov.br/trabalhador-economia-solidaria>. Acesso em: 03
nov. 2017.

MOCELIN, Daniel G.. A "destruição criadora": Joseph Schumpeter e a dinâmica do


capitalismo. 2010. Disponível em:
<http://fatosociologico.blogspot.com.br/2010/05/destruicao-criadora-joseph-
schumpeter-e.html>. Acesso em: 02 nov. 2017.

NOVATO, Douglas. O que é empreendedorismo? 2014. Atualizado em 04/07/2016. Disponível


em: <https://www.oficinadanet.com.br/post/12535-empreendedorismo>. Acesso em: 02 nov.
2017.

RIEGO, Daniela P. Maimone. Corporativismo feminino é diferente. 2012. Disponível em:


<https://www.oficinadanet.com.br/post/9018-o-corporativismo-feminino-e-diferente>. Acesso
em: 02 nov. 2017.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. – 23. ed. rev. e atualizada –
São Paulo: Cortez, 2007.

Das könnte Ihnen auch gefallen