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A Bioeletricidade
do Corpo Humano
"Os efeitos do prazer são absolutamente positivos. Do ponto de vista físico, ele
estimula a circulação sangüínea e aumenta a energia. Entre os efeitos
emocionais estão um aumento da auto-estima, da autoconfiança e da perspicácia
da mente. Do ponto de vista espiritual, propicia uma maior valorização de seus
dons e contribui para uma visão mais clara da vida."
A importância do toque...
O hiperorgasmo e a Supraconsciência...
Em nossas pesquisas sobre a bioeletricidade, descobrimos que o corpo humano
é um acumulador bioelétrico. Quando os estímulos se manifestam na pele, com
determinada intensidade e com uma certa freqüência, por um período de
tempo, o orgasmo se intensifica, pela produção de maiores quantidades
hormonais. Serotoninas, Endorfinas e Oxitocinas circulam livremente pelo
corpo, valorizando as conexões sinápticas, vinculações que ligam cada fibra
nervosa, culminando com uma grande repercussão orgástica, de grande
intensidade. A pessoa experimenta então novas sensações prazerosas, novos
níveis de orgasmo e aquilo que denominamos hiperorgasmo, atingindo novos
níveis de consciência e percepções. Nesse momento as pessoas experimentam
riso, choro, lágrimas, êxtase e muitas outras sensações integrativas e
concomitantes, difíceis de descrever, mas realmente muito intensas e
prazerosas.
Negatividade é o estado de descanso natural das nossas células. Ela está relacionado ao leve
desequilíbrio entre os íons de potássio e sódio dentro e fora das células, e esse desequilíbrio prepara o
palco para sua capacidade elétrica.
As membranas das suas células praticam um truque frequentemente chamado de portão sódio-potássio. É
um mecanismo extremamente complexo, mas a explicação simples desses portões, e como eles geram
cargas elétricas, é a seguinte:
Em repouso, nossas células têm mais íons de potássio dentro do que íons de sódio fora. Os íons de
potássio são negativos, por isso o interior de uma célula tem carga levemente negativa. Os íons de sódio
são positivos, por isso a área imediatamente fora da membrana celular é positiva. Mas não há diferença
de carga forte o suficiente para gerar eletricidade nesse estado de repouso.
Quando o corpo precisa enviar uma mensagem de um ponto a outro, ele abre o portão. Quando o portão
de membrana abre, os íons de sódio e potássio se movem livremente para dentro e para fora da célula.
Os íons de potássio negativamente carregados deixam a células, atraídos pela positividade fora da
membrana, e os íons de sódio positivamente carregados entram na célula, movendo-se em direção à
carga negativa. O resultado é uma troca nas concentrações dos dois tipos de íons - e a troca rápida de
cargas. É como a troca entre 1s e 0s - essa mudança entre positivo e negativo gera um impulso elétrico.
Esse impulso aciona a abertura do portão da próxima célula, criando outra carga, e assim por diante.
Dessa forma, um impulso elétrico se move de um nervo em seu dedão do pé que acaba de dar uma
topada para parte do seu cérebro que sente a dor.
É também como o nó sinoatrial diz aos músculos do seu coração para contrair, como seus olhos dizem ao
cérebro que o que ele acabou de ver é a palavra "cérebro", e como você está compreendendo este artigo.
Como tudo se baseia nesses sinais elétricos, qualquer colapso no sistema elétrico do seu corpo é um
problema real. Quando você leva um choque elétrico, ele interrompe a operação normal do sistema, como
uma falha de energia. Um choque do nível de um raio pode fazer seu corpo parar. O processo elétrico
não funciona mais - está frito. Há também problemas menos dramáticos, como o nó sinoatrial não atingir
o alvo e provocar uma palpitação do coração (uma batida extra), ou a falta de fluxo de sangue para o
coração que transtorna o marcapasso e leva outras partes do coração a começarem a disparar impulsos.
Isso é o que, às vezes, leva alguém à morte por doença da artéria coronária, ou estreitamento das
artérias. Se o coração receber constantemente a ordem para contrair, ele nunca conseguirá uma
contração total e pode não mandar sangue suficiente para o resto do corpo, levando à privação de
oxigênio e a um possível ataque cardíaco ou derrame.
Bateria de sangue
A Panasonic está estudando o uso de sangue humano para gerar energia para dispositivos elétricos. Ela está pesquisando
como o sangue poderia quebrar açúcares para gerar energia como ele gera energia para o corpo humano. Esse tipo de
"bateria humana" poderia, no final das contas, fornecer energia para nanodispositivos implantados no corpo.
Com tanta eletricidade dando sopa por aí, pode parecer que o corpo é realmente uma grande fonte de
energia. Mas os seres humanos poderiam mesmo alimentar a Matrix? Provavelmente, não. Um corpo
humano pode gerar apenas algo entre 10 e 100 milivolts. Um tubo de raio catódico requer cerca de 25 mil
volts para criar uma imagem na TV. Se as máquinas pudessem reunir milhões de enguias elétricas, por
outro lado, elas seriam bem mais energéticas. Uma única enguia pode produzir 600 volts [fonte: Physics
Factbook]
Para mais informações sobre o sistema elétrico do corpo e tópicos relacionados, inclusive a pesquisa da
bateria humana da Panasonic, consulte os links da próxima página.
Julia Layton
Sem eletricidade, você não estaria lendo este texto agora. E não é porque seu computador não funcionaria. É porque o
seu cérebro não funcionaria.
Tudo o que fazemos é controlado e possibilitado por sinais elétricos correndo por nossos corpos. Como aprendemos
em física básica, tudo é feito de átomos, e átomos são feitos de prótons, nêutrons e elétrons. Os prótons têm carga
positiva, os nêutrons têm carga neutra, e os elétrons, carga negativa. Quando essas cargas estão desequilibradas, um
átomo se torna positiva ou negativamente carregado. A troca entre um tipo de carga e outro permite aos elétrons fluir
de um átomo para outro. Esse fluxo de elétrons, ou uma carga negativa, é o que chamamos de eletricidade. Como
nossos corpos são grandes massas de átomos, podemos gerar eletricidade.
iStockphoto
A eletricidade produzida por nossos corpos é o que possibilita a ocorrência de sinapses, sinais e até batimentos
cardíacos
Quando falamos sobre o sistema nervoso enviar "sinais" para o cérebro (ou seja, descarregar sinapses), ou
o cérebrodizer às nossas mãos para contrair em torno da maçaneta de uma porta, o que estamos falando é da
eletricidade levando mensagens entre o ponto A e o ponto B. É como o cabo digital carregando os 1s e os 0s que
formam as imagens do seriado "Lei & Ordem". Exceto que em nossos corpos, os elétrons não estão fluindo ao longo
de um fio; em vez disso, uma carga elétrica está pulando de uma célula para a próxima até alcançar seu destino.
Eletricidade é a chave da sobrevivência. Os sinais elétricos são rápidos. Eles permitem a uma resposta quase
simultânea controlar mensagens. Se nossos corpos se baseassem inteiramente, vamos dizer, no movimento das
substâncias químicas para dizer ao nosso coração para acelerar quando algo nos está caçando, provavelmente
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Como funciona o cérebro
Um Estudo sobre a
Energética Humana
Sabemos que o corpo humano, como todos os seres vivos, é um sistema gerador e consumidor
de energia. Uma das características mais importantes e evidentes da vida é ser um sistema anti-
entrópico, ou seja, ela tende a lutar contra a tendência da matéria em atingir um estado de
estabilidade última, de repouso total e de total desestruturação. A vida, como elemento anti-
entrópico, tende a conferir níveis crescentes de complexidade aos sistemas sobre os quais atua
direta e indiretamente. Assim, contra a tendência natural da matéria em direção a uma
simplicidade cada vez maior, temos a vida se organizando em níveis e estruturas cada vez mais
complexos. Poderíamos dizer que a vida procura um processo de evolução de si mesma a partir
do mais simples em direção ao mais complexo.
Sabemos que existem quatro tipos básicos de energia, distribuídos no universo, a saber:
ENERGIAS MECÂNICAS: aquelas que são facilmente reconhecidas na maioria das máquinas
e mecanismos aos quais estamos habituados. Correspondem a forma mais primitiva de energia
que podemos encontrar de maneira estruturada na natureza: a ação dos mares erodindo as rochas
dos continentes, a ação dos ventos desgastando as montanhas, dos rios escavando os seus leitos,
etc. O homem utiliza a energia mecânica para produzir trabalho e para a sua transformação em
outras formas mais sutis de energia. Em termos do ser humano, reconhecemos a energia
mecânica dos movimentos musculares, a energia mecânica do coração em movimentação, a
energia dos vasos sangüíneos reagindo aos pulsos emitidos pelo coração, etc.
Desta maneira, podemos dizer que o homem apresenta as três formas de energia possíveis de
serem encontradas na natureza e, possivelmente também, a quarta forma, o plasma, na
manifestação do fenômeno da consciência.
Sabemos que existem sistemas que permitem a transformação de um nível de energia em outro.
Embora isto, em alguns casos, esteja ainda sendo pesquisado, como no caso do plasma, sabemos
que podemos transformar a energia mecânica em eletromagnética e vice-versa, a energia
química em mecânica ou vice-versa, embora, devido ao fato de que estes sistemas nem sempre
apresentam grande eficiência na sua transformação, sempre ocorrerão perdas de energia num
sistema que não apresenta um rendimento de 100%, (algo que é impossível na natureza), e isto
acaba por inviabilizar certos mecanismos de transformação de energias.
A energia básica dos processos químicos no corpo humano provêm da queima de alimentos, que
são fontes de energias externas que os seres vivos utilizam para a reposição dos seus dispêndios
energéticos. A partir desta queima de alimentos, surge uma cadeia de reações químicas que
produzem tipos de energias de sutilezas e categorias diferentes, até que o alimento queimado de
início, acaba por produzir, por exemplo, uma energia eletromagnética emitida pelo cérebro. Um
outro tipo de energia química que é introduzida como uma forma de alimento é o oxigênio
atmosférico que é absorvido pelos mecanismos da respiração. O produto da combustão que ele
produz ao atuar sobre os demais alimentos, permite com que o organismo possa dispor de uma
fonte de energia para as transformações mais sutis, de ordem elétrica, eletromagnética e, quiçá,
de plasma.
Os processos químicos usuais, pelos quais o organismo retira energia dos alimentos
para posterior transformação, apresentam uma eficiência bastante alta, para que o processo de
manutenção da vida possa se efetuar de forma mais ou menos automática e eficiente.
Os elementos energéticos que provêm da respiração, entretanto, não apresentam uma tal
eficiência visto que participam apenas dos processos de oxidação dos alimentos, raramente
ultrapassando este limite. Assim, a respiração se encontra numa situação de semi-eficiência e
semi-produtividade frente aquilo para o que poderia ser utilizada.
Os processos mecânicos do organismo são, por sua vez, extremamente pouco eficientes e, na
maioria das vezes, de baixa produtividade, isto por dois aspectos: uma tendência inata do ser
humano a exagerar os esforços desencadeados pelo cérebro e efetivamente realizados pelo
sistema muscular – a resposta tende a ser muito maior (raramente, menor) do que o necessário
para uma correta e econômica execução dos movimentos e; por outro lado, a presença de certos
elementos residuais do próprio sistema de “manutenção” dos músculos faz com que ocorra uma
“inércia” muito maior do que o necessário, acarretando o surgimento de tensões musculares
crônicas e dolorosas que tendem a afetar o bom desempenho do sistema muscular. Isto resulta
num processo de consumo crônico e pouco produtivo com relação ao seu consumo da energia
gerada pelo organismo.
Sabemos que a eletricidade produzida pela ação dos músculos, do coração e, principalmente,
pelo cérebro, a nível da medula espinhal, poderá interferir no grau de polarização elétrica do
corpo em geral e na distribuição das cargas elétricas na superfície do corpo. Isto leva a uma
perda do tônus muscular geral e da disposição, já que com o surgimento destas cargas elétricas
mal distribuídas, gera-se um desequilíbrio no sistema de neutralização destas cargas, que se
localiza principalmente na pele e, assim, uma maior quantidade de íons positivos passa a não
mais ser neutralizada, gerando desta forma, uma sensação de mal-estar e cansaço generalizado.
Pelo funcionamento do cérebro, também geramos ondas eletromagnéticas que poderão interferir
em sistemas que estão desprotegidos desta interferência através dos seus desequilíbrios próprios
e os desencadeados pela má distribuição de cargas como descrito acima. Isto poderá
desencadear um acúmulo de erros de funcionamento que podem fazer surgir doenças de
variados tipos.
Se, a isto tudo, somarmos todas as interferências energéticas do meio ambiente que podem ir
das ondas sísmicas de um terremoto ao aumento dos raios ultravioletas e de raios x e cósmicos,
pela interferência na camada de ozônio da Terra, podemos ver como é titânica a tarefa que o
organismo tem de realizar no sentido de apenas neutralizar os desequilíbrios energéticos
gerados, seja pelo seu funcionamento normal/anormal, seja pelas agressões do meio ambiente.
A isto podemos chamar de “poluição energética”.
Tal situação tende a se agravar ao longo do tempo à medida que o organismo vai mobilizando
os seus recursos no sentido de atenuar e equilibrar a situação. Isto implica que, quando surge
algum tipo de sinal ou sintoma compreensível de estafa ou de diminuição de energia biológica
(geralmente dentro da esfera sexual), tal processo já está se desenvolvendo por um tempo
consideravelmente longo.
O uso de substâncias como vitaminas e substâncias energéticas poderá ajudar a que o organismo
possa se recuperar com maior facilidade, mas por pouco tempo, já que os seus mecanismos
próprios de equilíbrio se encontram debilitados e funcionando no máximo de suas capacidades.
Cumpre, portanto, que seja introduzido algum método capaz de elevar a quantidade e qualidade
da energia produzida pelo organismo, de forma natural, procurando desenvolver as suas
potencialidades neste sentido e amplificando a sua capacidade de recuperação.
Entretanto, a mera elevação da quantidade e qualidade das energias geradas e consumidas pelo
organismo não é a resposta ao problema, já que estamos falando de tipos diferentes de energias,
que podem se anular em contato. A presença de determinados tipos de energias poluidoras (de
baixa qualidade) dentro do organismo pode ser causada por várias razões, sendo que
normalmente, isto surge por:
- Erros Alimentares: o organismo necessita de um conjunto de elementos vitais que não tem
condições de prover por conta própria, ou seja, necessita de uma fonte externa de suprimento
destes elementos. Isto acontece com alguns aminoácidos, vitaminas e elementos-traço que,
embora não parecem vitais numa primeira visão, desempenham funções importantíssimas
dentro dos processos energéticos e metabólicos do organismo.
Isto acontece, principalmente, com qualquer um dos grandes grupos de nutrientes: proteínas,
gorduras e, principalmente, com os hidratos de carbono que, ao invés de serem os fornecedores
de energias, no seu excesso, consomem a energia do corpo ao serem desviados para os
processos de armazenagem dentro do próprio organismo.
Os tipos de orientação dietética, tão em moda, podem também trazer problemas ao sistema de
energias do organismo. Já que muitos destes sistemas são de caráter Eminentemente regional,
ou seja, se baseiam num tipo de composição de alimentos característicos e nativos para uma
determinada região geográfica que dispõe de espécies de alimentos apropriados para as
necessidades fundamentais dos seres humanos residentes, num processo muitas vezes
desenvolvido ao longo de vários séculos de tentativa e erros, este processo acaba por gerar uma
espécie de “menu” que fornece todos os tipos de nutrientes apropriados às necessidades daquele
perfil genético de população.
Ora, sabe-se que, de uma região geográfica para outra, seja pela própria variação de tipos de
solo e de clima, mecanismos de competição e composição genética de plantas e animais, pode
ocorrer uma variação muito grande na composição nutricional dos alimentos, quando estes são
comparados com os de mesma natureza, mas oriundos de outras regiões geográficas. Desta
maneira, um grão de arroz produzido na Índia, com variedades adaptadas ao longo de séculos de
seleção às necessidades nutricionais dos hindus, poderá apresentar uma grande discrepância na
sua composição quando comparado com um grão de arroz produzido no Brasil.
A mesma coisa pode ser dita sobre os costumes de alimentação introduzidos pelos imigrantes
europeus no Brasil.
Uma outra complicação a mais é representada pelos elementos que contaminam a maioria dos
alimentos que são consumidos. As necessidades crescentes de produção de alimentos para suprir
as necessidades de uma população em explosão demográfica, levaram ao desenvolvimento de
tecnologias que procuram aumentar a produtividade das colheitas e a fertilidade dos rebanhos
através da inseminação artificial, assim como a uma maior taxa de desenvolvimento de carne
dos animais de corte com o uso de hormônios. Ao mesmo tempo, tornou-se necessário o
desenvolvimento de técnicas de adubação e fertilização do solo para prover esta demanda
crescente de alimentos.
Paralelamente, o uso de pesticidas tornou-se forma universal para o controle de pragas, o uso de
herbicidas para combater plantas indesejáveis e o uso de técnicas da engenharia genética
permitiu com que o homem pudesse vir a interferir intimamente no processo de seleção
genética, seja dos animais, seja das plantas. A resultante disto tudo é que existe uma
contaminação crescente dos alimentos por parte de todos estes produtos químicos que foram
utilizados para a sua melhoria, defesa e preservação, produtos estes que acabam por penetrarem
no organismo humano. Ainda não se conhece os efeitos desencadeados pela maioria destes
produtos no metabolismo humano, mas sabe-se que níveis muito elevados de inseticidas,
principalmente de organofosforados parecem produzir uma situação de perda de energia global
do organismo, associados com maior risco de lesões de fígado e rins. O uso de hormônios para
estimular o crescimento bovino tipo DES (dietilestilbestrol) que não é eliminado com a
preparação da carne bovina, faz com que o organismo humano passe a ficar sujeito a estímulos
hormonais que nem sempre são previsíveis ou controláveis. Tais hormônios no ser humano
tendem a produzir virilização e um aumento significante da taxa de consumo de energia
orgânica. Sabe-se igualmente que são utilizados hormônios na criação de aves para o abate,
gerando uma situação semelhante à dos bovinos. O uso de pesticidas e inseticidas na lavoura de
forma extensiva já foi mencionado, de tal forma que não se pode falar de uma agricultura
“plenamente orgânica” na atualidade. Porém o problema pode se agravar se pensarmos que
todos os resíduos que são aplicados na lavoura e criação de animais acabam, de uma forma ou
de outra, sendo carregados para os rios e mares, terminando por serem ingeridos pelos peixes e
crustáceos e pelo fitoplâncton, fechando o ciclo de contaminação no homem mais uma vez.
O tratamento das águas potáveis feito nas grandes cidades que visa eliminar, principalmente, os
produtos grosseiros e particulados, ainda não se dispõe de uma tecnologia para eliminar os
metais pesados que existem dissolvidos na água (chumbo, mercúrio principalmente, devido às
atividades industriais). A ingestão crônica destes metais (quem conseguiria obter uma
quantidade apreciável de água para consumo isenta destes metais contaminantes e outros, por
períodos prolongados de tempo?) parece estar também ligada ao progressivo envenenamento
dos sistemas enzimáticos produtores de energia situados dentro das células do corpo.
Ao mesmo tempo que a agricultura extensiva tende a aumentar o grau de contaminação dos
alimentos, as necessidades da industrialização parecem visar mais ao lucro do que a qualidade
nutricional dos alimentos que produz: os alimentos devem mais se enquadrarem nas normas
técnicas da indústria de alimentos em termos de graus de acidez, textura, níveis de sacarose, etc.
do que na manutenção de suas vitaminas e sistemas enzimáticos que são destruídos no primeiro
momento do tratamento destes balimentos, visando a sua preparação.
Uma outra complicação é gerada pela tendência crescente de consumo de alimentos semi-
preparados, sob a alegação de que isto economiza o tempo de preparo de alimentos a nível
doméstico. Acontece que, para que tais alimentos possam ser processados a nível das máquinas,
normalmente devem ser cozidos a altas temperaturas, triturados e texturizados de início, para
facilitar o seu manuseio por parte de maquinário industrial.
Isto pode alterar de tal forma as características básicas de um alimento que pode vir a afetar a
saúde do organismo de forma importante. Um exemplo disto é a tendência da eliminação das
fibras vegetais da dieta normal do ser humano, o que tem contribuído para um aumento brutal
dos casos de constipação intestinal e de câncer do intestino. Isto sem mencionar os aditivos que
são introduzidos durante o processo da industrialização, flavorizantes, espessantes, corantes,
cujo efeito sobre a saúde humana ainda é pouco conhecido, embora sabe-se que certos corantes,
principalmente os vermelhos e amarelos, são cancerígenos. De outro lado, alguns anti-oxidantes
de uso industrial parecem exercer algum efeito protetor sobre o metabolismo.
Tem havido uma tendência crescente de radiações nucleares no sentido de esterilização dos
alimentos. A desculpa aqui é de que com o uso de radiações esterilizantes, os alimentos ficariam
isentos de bactérias e, portanto, se conservariam por muito mais tempo que o normal. Já se
verificou que o uso desta radiação afeta os alimentos, produzindo uma quebra de cadeias
moleculares.
Uma outra informação vem completar o quadro aqui desenhado: o uso de sistemas de
congelamento. Sabe-se que o congelamento, embora preserve uma boa parte das características
nutricionais dos alimentos, ainda assim, pela produção de cristais de gelo dentro das células dos
alimentos, poderá modificar certas estruturas moleculares dos alimentos. Igualmente, sabe-se
que um período prolongado de congelamento tende a modificar lentamente a estrutura
molecular dos alimentos, que passarão a se comportar de forma ligeiramente diferente quando
forem aproveitados para a alimentação. No caso de carnes e lácteos, recomenda-se que estes não
sejam congelados por mais tempo do que uma semana, para que não ocorra o fenômeno acima
descrito. Este fenômeno de alteração dos valores nutricionais sutis dos alimentos, após longos
períodos de congelamento, é muito piorado no caso de alimentos ou refeições que foram
congelados após terem sido preparados para o consumo.
Um outro ponto que merece ser destacado é o problema do surgimento de bactérias capazes de
resistirem a longos períodos de congelamento dentro dos “freezers” domésticos, acarretando um
risco em potencial para os alimentos que não foram embalados de forma correta ou preparados
com um mínimo de higiene.
Os ovos de galinha tem se revelado um problema a parte: com o uso crescente de rações para
estimular a postura de ovos, associados ao uso de antibióticos e fungicidas para prevenir a
doença das aves, os ovos, principalmente as gemas, estão apresentando níveis alarmantes de
agentes poluentes, principalmente de antibióticos e antifúngicos que podem vir a afetar,
principalmente, o organismo de crianças (por imaturidade hepática) ou de velhos (por
insuficiência hepática e renal).
A solução para estes problemas seria a total eliminação dos produtos desnecessários, assim
como a vigilância de perto daqueles produtos que são permitidos, de forma a se evitarem os
abusos que se verificam tanto nos países desenvolvidos como nos subdesenvolvidos. A
conscientização da população frente a estes riscos deveria ser ampliada ao máximo possível.
Assim como o alimento é fundamental para a economia energética do nosso organismo, temos
de considerar um outro tipo de alimento, ao qual conferimos uma importância ainda menor do
que ao alimento sólido, que é o elemento gasoso, ou seja, o ar. O ar, além de desempenhar as
suas funções de fornecer os elementos para as trocas respiratórias, também fornece um tipo de
“alimento” sem o qual a ingestão de alimentos sólidos fica interrompida, a partir de um
determinado ponto: é o fornecimento de “oxigênio” para os processos de combustão interna do
alimento absorvido e a sua “queima” para a produção de energia que o organismo irá utilizar.
Vamos estudar este problema do ar mais adiante.
O uso de álcool e de fumo não precisa ser aqui muito discutido, pois existem evidências mais do
que suficientes para provar os seus efeitos maléficos frente aos sistemas de energia do corpo
humano. O álcool em excesso pode levar a uma desnutrição crônica onde o indivíduo passa a
recusar as oportunidades de receber o alimento sólido e passa a apresentar um quadro de
desnutrição proteico-calórica, com perda de vitaminas do complexo B, gerando o quadro
conhecido como “pelagra”. O fumo, comprovadamente, destrói grandes quantidades de
vitamina C, que possui as propriedades de facilitar os processos de produção de energia, ao
mesmo tempo funcionando como agente antioxidante, impedindo o acúmulo de substâncias
tóxicas ao metabolismo do organismo na sua forma ativa.
- A Homeostasia Energética: o organismo humano é um sistema extremamente complexo de
funções fisiológicas e energéticas, interagindo entre si, em busca de um equilíbrio entre a
demanda e a produção de energia. A lei fundamental que rege os mecanismos de produção de
energia do corpo é a lei da economia da energia, ou seja, o corpo humano procura produzir uma
quantidade de energia apropriada para a quantidade média de energia consumida. Em geral, este
valor médio de energia consumida diariamente é calculado pela média dos últimos 25 dias de
atividade. Este é período médio pelo qual os sistemas enzimáticos dos processos de produção de
energia pelo corpo demoram para se adaptarem a novas solicitações de demanda energética,
passando a funcionar de forma mais eficiente. Se considerarmos um indivíduo situado num
determinado patamar de “consumo médio diário de energia” e que bruscamente passa a realizar
algum tipo de dispêndio de energia (físico, emocional ou intelectual), observaremos que, de
início, haverá uma mobilização das reservas de glicogênio localizadas a nível do fígado,
principalmente, com a ativação dos sistemas de quebra do glicogênio em glicose para a sua
imediata disponibilidade para compensar este aumento não previsto do consumo. Se esta
solicitação extra de energia permanece neste novo nível, por até 25 dias, ocorre uma adaptação
do sistema para este novo nível de demanda e, agora, o organismo passa a produzir esta energia
de forma contínua, até que haja um novo aumento ou diminuição da demanda, o que requererá,
igualmente, 25 dias até que ocorra uma estabilização nos novos níveis. Isto explica porquê os
regimes, em sua maioria, apresentam efeitos reais, na redução da massa gordurosa ou no seu
aumento, após 1 ou 2 meses de realização contínua do regime, enquanto que as “perdas” prévias
e, geralmente, espetaculares, se devem, principalmente, a uma mobilização de água.
Desta forma, dispomos de duas ferramentas para atuarmos sobre os níveis de energia física. A
maioria das pessoas, quando se sentem estafadas, geralmente declaram que precisam
“descansar”. Podemos definir dois tipos fundamentais de “estafa”, que são a verdadeira e a
falsa. Uma estafa verdadeira, que corresponde a um aumento da demanda de energia produzida
pelo corpo, isto por um aumento de consumo, seja a nível físico (facilmente identificável), a
nível emocional (muito comum), ou a nível intelectual (extremamente comum). Esta situação é
considerada bastante natural e mesmo saudável, pois permite com que avaliemos o “status” do
sistema de produção de energia do organismo, e, isto se torna evidente pela sensação de cansaço
“útil”, ou seja, dirigido para a realização de alguma tarefa objetiva na nossa vida, definindo,
portanto, um período de aumento do consumo de energia e um período em que isto irá se
encerrar, permitindo com que o organismo possa vir a se recuperar de forma natural. É a estafa
de excesso de trabalho, seja do nível que for, mas que não gera uma sensação de angústia e
ansiedade, pois suas causas são reconhecidas e seu final previsível, com a existência de uma
perspectiva de recuperação.
O sistema de produção de energia, como vimos, elabora uma certa quantidade de energia
diariamente, baseado na média de consumo de energia dos últimos 25 dias anteriores. Se houver
uma “estafa falsa”, isto é, um consumo crônico de energia mal utilizada, seja em termos de
tensões musculares crônicas, excesso de emocionalidade ou por um excesso de intelectualismo
mal direcionado, esta “sensação” só poderá ser vencida através da introdução deliberada de
algum tipo de demanda de energia extra: pulo, saltitamentos, corridas, massagens vigorosas,
mas que não leve a exaustão. A realização de alguns minutos (não mais do que 10 minutos) de
algum tipo de exercício físico terá a função de mobilizar os sistemas de reserva de energia a
nível do fígado e, com isto, o indivíduo passará a dispor de mais energia e uma sensação de
revigoramento.
O mesmo processo pode ser feito com relação aos excessos de dispêndio de energia emocional:
situações estressantes contínuas podem fazer com que o indivíduo passe a gastar grande
quantidade de energia sem que possa existir uma grande facilidade na sua reposição. Aconselha-
se que as pessoas afetadas por desequilíbrios emocionais realizem algum tipo de terapia ou
desenvolvam algum tipo de “hobby” ou de processo de “autoconhecimento” visando permitir
um maior controle destas energias e um redirecionamento da sua aplicação.
Uma mudança de perspectivas neste comportamento costuma fazer com que o gasto de energia
pela esfera emocional cesse. A nível mental, o excesso de atividade intelectual (fenômeno
extremamente comum e até mesmo valorizado pela sociedade), costuma desencadear um
consumo muito grande da energia cerebral, que é a mais sutil de todas e isto, normalmente, se
reflete em termos de um excesso de sonhos, planos sem nenhuma perspectiva de realização,
fantasias, enfim, tudo aquilo que representa uma atividade mental inútil e mal controlada. A
sensação geral referida pelas pessoas é de uma queda na capacidade de memória e recuperação
de fatos (na realidade a memória não está sendo solicitada nestes processos delirantes e,
portanto, sofre um processo de atrofia nestas situações…). Existe uma perda de objetividade dos
mecanismos mentais, uma perda de “criatividade”, sendo que a pessoa fica numa situação de
incapacidade de produzir um raciocínio concreto, uma rotinização da vida da pessoa e um
retraimento com relação à capacidade da curiosidade, com uma tendência a enclausuramento. A
melhor forma de exercitar “o músculo que fica entre as orelhas” é se propor alguma tarefa
mental de aquisição de alguma habilidade mental que venha a obrigar com que o indivíduo seja
levado a exercitar as áreas cerebrais que estão inativas no momento: isto fará com que haja um
aumento gradativo da demanda cerebral que, associada a elevação do nível de neuro-
transmissores cerebrais, fará com que haja uma ampliação da capacidade cerebral e do
fornecimento de energia de boa qualidade.
Portanto, ao contrário do que se imaginaria, a “cura” para o desânimo ou a estafa não reside no
“descanso” pura e simplesmente, mas sim, numa estimulação seletiva e progressiva que faça
com que o sistema readquira um “status” funcional mais eficiente e produtivo.
Isto não quer dizer que as férias e folgas não devam ser utilizadas, mas sim, que tais períodos de
lazer devem representar mais oportunidades de estímulos dentro das esferas
física/emocional/intelectual do que apenas uma modificação do cenário para a mesma peça e
para o mesmo enredo. As férias devem ser tão ou mais estimulantes do que nossa vida
cotidiana, para que esta ativação dos sistemas orgânicos de produção de energia se beneficie das
modificações energéticas ambientais.
Um outro aspecto que precisa ser estudado, no que tange a energética humana, é o que se refere
aos metabolismos decorrentes da produção de energia do organismo. Sabe-se que não existe
nenhum processo “limpo” na natureza, ou seja, que não deixe algum tipo de resíduo. Estes
resíduos, normalmente, são neutralizados e eliminados por órgãos e sistemas específicos de
depuração. No ser humano reconhecemos vários sistemas de depuração e eliminação: sistema
biliar, rins, pulmões, pele, intestinos, mecanismos celulares de neutralização e excreção.
Todos os processos metabólicos do organismo produzem algum produto desejado e uma gama
de produtos que devem ser eliminados após correta neutralização. Um dos elementos
primordiais e fundamentais para que estes sistemas de depuração funcionem de maneira
eficiente é a presença de água, o suficiente para diluir e carregar os produtos. Isto implica que
sucos, refrigerantes, qualquer tipo de bebida, apesar de conterem água, não são recomendados,
pois introduzem novas substâncias no organismo, que por sua vez necessitariam de serem
neutralizadas e eliminadas. Um outra conseqüência do metabolismo do corpo humano é a
produção de grande quantidade de radicais livres (compostos químicos que apresentam grande
tendência a produzirem reações químicas descontroladas) e os processos de oxidação, que
ocorrem dentro da célula podem vir a afetar mesmo o material genético. Para se evitar isto, se
recomendam doses regulares de vitamina C e de vitamina E, consideradas como antioxidantes e
cito-protetoras, muito em voga dentro dos regimes de rejuvenescimento. Tal capítulo será
discutido mais extensamente a posteriori.
É evidente que o fumo, pelos seus efeitos irritativos sobre os pulmões, poderá interferir nas
trocas gasosas entre o corpo e a atmosfera. Além disso, os agentes poluentes, presentes no ar
que respiramos, parecem que não ajudam em muito a situação. Já que é bem mais difícil de se
controlar a poluição atmosférica a nível de grandes conglomerados industriais, uma redução ou
eliminação do hábito do fumo poderá ajudar em muito os processos de respiração, como
veremos adiante.
A higiene da pele permite com que certas toxinas sejam eliminadas para o ambiente, ao mesmo
tempo que permite com que certos tecidos mais superficiais sejam oxigenados.
O suor tem dupla função: refrigerar e eliminar resíduos. Uma higiene cuidadosa da pele é
fundamental para que este sistema de neutralização e eliminação de produtos tóxicos esteja
funcionando de forma conveniente.
Em países onde a função de refrigeração do suor é mais solicitada, como o caso do Brasil, o
banho diário é uma necessidade. Recomenda-se que o banho seja feito com algum sabonete a
base de enxofre, para melhorar, ainda mais, a capacidade de depuração da pele e, também, as
suas características energéticas, o que será discutido mais adiante.
Assim se busca uma espécie de neutralidade entre os três tipos de alimentos, tendo em vista a
intensidade com que cada uma das “forças” se expressam neles. Com o uso de tabelas especiais
é possível se determinar, em termos de qualidade de alimentos, a quantidade de um certo
alimento com certa intensidade de “força ativa” que deve ser colocado frente a uma outra
quantidade de alimento que apresenta uma certa intensidade de “energia passiva” e o quanto de
alimento dotado de certa intensidade de “força neutralizadora” deve ser considerado na
composição de um prato de alimentos, que então poderá prover o máximo de suprimento de
energia com o mínimo de produção de metabolitos tóxicos. Devido a sua importância e
complexidade, este assunto será tratado em assunto à parte. Desta maneira, apresentamos uma
ligeira introdução a energética dos alimentos e das principais soluções que podemos nos fazer
valer no sentido de aumentarmos a quantidade de energia produzida pelo organismo e as
precauções contra possíveis efeitos danosos produzidos por substâncias estranhas e produtos
tóxicos. Não se deve esquecer que, dentro do processo da energética humana, a nutrição
representa apenas um dos pés do tripé, representado por: alimentação, respiração e impressões.
Iremos estudar os dois alimentos restantes nos capítulos seguintes.
UM ESTUDO DE ENERGIAS
Podemos considerar a Terra como uma estrutura complexa que pode ser subdividida em várias
camadas, para facilitar o seu estudo. Assim podemos definir:
a) Atmosfera;
b) Crosta Terrestre;
c) Núcleo Terrestre;
Cada uma destas camadas apresenta uma distinção em termos de funções, composição e
interferências que podem desencadear sobre o ser humano. Vamos estudar cada uma destas
camadas procurando, sempre, identificar os elementos que podem ajudar o desenvolvimento do
ser humano.
ATMOSFERA
A atmosfera corresponde a camada de gases que envolvem o planeta e que contem os gases
vitais para o desenvolvimento da vida sobre o mesmo. Podemos dizer que a atmosfera se divide
em duas grandes porções:
1) Porção energética: composta pela magnetosfera ou camada de ondas magnéticas que nascem
pela composição do núcleo terrestre, que dá origem aos chamados “pólos magnéticos” e que
viabiliza a bússola; nela também encontramos os cinturões de Radiação de Van Hallen, que tem
a função de formar uma camada protetora ao redor do planeta e o proteger das radiações
cósmicas, e a Ionosfera, uma camada de moléculas que podem sofrer o processo de carga
energética e se “ionizarem”, funcionando como uma espécie de espelho ao redor da Terra, o que
possibilita e viabiliza as comunicações à distância. A função desta “porção energética” é a de
proteger o ambiente delicado do planeta contra as agressões que provêm de todo o Universo.
2) Porção gasosa: que funciona como reservatório dos gases que envolvem o planeta e é
fornecedora e distribuidora do O2 para os processos vitais, além de nela acontecerem os
fenômenos metereológicos. Esta atmosfera funciona como um fluído que está sujeito as
interferências do próprio planeta Terra (gravitação, por exemplo), como dos demais planetas do
sistema solar. As interferências que são produzidas pelo próprio planeta advêm da força da
gravidade do planeta que mantém a atmosfera presa a si, sem lhe permitir que se escoe para o
vácuo do espaço; além disso, ocorrem outras interferências em termos da sua composição de
gases (O2, CO2, Ozônio, agentes poluentes em geral, CO, e outros gases derivados das
atividades industriais, principalmente); particulados (poeiras, fumaças provenientes de grandes
erupções vulcânicas, incêndios florestais e queima de lixo em grandes cidades, etc.) e radiações
(rádio, televisão, ondas térmicas, ultrasom e radiações ionizantes em geral, ondas
eletromagnéticas, principalmente).
As influências que provêm dos outros planetas são causadas, principalmente, pelo Sol e pela
Lua. Ambos causam verdadeiras marés intensas na atmosfera gasosa enquanto que o Sol ainda
interfere na porção energética da atmosfera, causando a sua ionização e deformação, gerando
cargas elétricas. Sabemos que a Lua, pelo seu poder de atração gravitacional, causa uma espécie
de “maré” nas camadas superiores da atmosfera, atraindo-a em sua direção, o que produz uma
espécie de “onda” que tenta se aproximar da Lua, que acompanha o trajeto da Lua ao longo da
rotação diária da Terra. Isto implica que, no decorrer da Lua Cheia, teremos sobre as nossas
cabeças, uma coluna de ar mais espessa (cerca de 2.000 km a mais…), o que pode influenciar os
processos fisiológicos do tipo: pressão arterial, função pulmonar e cardíaca, etc. Quando
estamos na Lua Nova, a camada de ar por sobre nossas cabeças é mais delgada, pois a Lua
está atraindo o ar no lado oposto e, portanto, ficamos mais expostos às radiações que provêm de
todo o Universo.
O Sol, por sua vez, está continuamente emitindo energia ao seu redor. Esta energia compreende
as formas luminosas (visíveis) e não luminosas do espectro de energias que o Sol está emitindo
o tempo todo. Além disso, o Sol emite partículas altamente energéticas, gerando o chamado
“vento solar”, que se espalha por todo o Sistema solar.
Este “vento solar”, ao atingir as camadas energéticas da Terra, acabam por deformá-las e
produzem o efeito de uma “cabeleira” e, ao mesmo tempo, gerando descargas energéticas nos
cinturões de radiação Van Hallen e na Ionosfera, criando as Auroras Boreais, que podem
interferir nas comunicações de todo o planeta, transmissões de televisão e de satélites, ao
mesmo tempo gerando grande quantidade de íons na atmosfera superior. Tal fenômeno é mais
intenso nos períodos de grandes atividades das manchas solares, que se alternam a cada 11 anos
em média com períodos de acalmia desta atividade. O ano de 1.989 será o “pico de atividade
das manchas solares”, daí as grandes variações no clima ao redor do mundo. Tudo isto
demonstra que as radiações do sol atingem as camadas da atmosfera da Terra e, em certas
condições, podem afetar a vida na sua superfície.
Assim, a atmosfera funciona como a camada gasosa mais externa da Terra, que a protege em
parte das interferências energéticas dos planetas e do Sol, além das partículas dos raios
cósmicos e outros que provêm do restante do Universo. Porém, para as partículas mais
energéticas, ela não tem a capacidade de proteção, como por exemplo, certos raios cósmicos que
a atravessam como se ela não existisse e nos bombardeiam continuamente.
Além disso, podemos notar que a atmosfera ao ser aquecida pelo sol, gera uma série de
movimentos na forma de deslocamentos de massas de ar, seja de cima para baixo ou vice-versa,
ou para os lados, produzindo aquilo que, somado ao movimento de rotação da terra, chamamos
de clima. Este movimento de ar gera um mecanismo de reciclagem das moléculas de ar
próximas da superfície da Terra por outras moléculas que, vindo das camadas mais altas,
sofreram um intenso bombardeamento pelas radiações cósmicas e do Sol e, assim, estão mais
“carregadas” energeticamente do que as moléculas das camadas mais inferiores da atmosfera.
Em condições especiais, estas moléculas são capazes de “descarregarem” a sua energia de forma
controlada e benéfica, podendo, então, serrem utilizadas pelos seres vivos em geral. Isto porém
exige com que certas condições especiais existam, já que, por estarem carregadas de uma dose
“extra” de energia, estas moléculas descarregam com muita facilidade, seja transferindo a sua
energia para um organismo vivo ou no meio ambiente, através de processos de ionização com a
produção de íons positivos, principalmente. O fator preponderante que influencia esta troca em
termos de benefício ou não é a presença ou não de agentes poluentes.
Podemos definir que um “ar puro” é aquele que mais se aproxima da composição original dos
gases que existiam na atmosfera do planeta antes que se iniciasse o processo de industrialização
irresponsável crescente, que caracteriza nosso presente momento. Nesta “atmosfera original”, os
gases e as moléculas em suspensão estão em equilíbrio energético e, portanto, as moléculas
gasosas carregadas de energia não encontram facilidade em transferirem a sua energia em
excesso para qualquer elemento com que entrem em contato. Porém, num ambiente poluído,
contendo um conjunto de moléculas complexas e, provavelmente em desequilíbrio energético,
tais moléculas gasosas energetizadas são rapidamente consumidas e não chegam a atingir os
seres vivos, onde poderiam vir a ajudar em determinados processos energéticos.
- As trocas energéticas feitas a nível dos pulmões, ocorrem quando existe um contato amplo
entre a molécula energetizada (no caso, o O2, o CO2, o N2, o H2 e talvez alguns gases
“nobres”), com os glóbulos do sangue, mas isto depois da ocorrência do fenômeno de troca
gasosa a nível dos pulmões, quando então a molécula de hemoglobina, ao reagir com o O2, faz
com que o diferencial de energia seja o suficiente para que haja uma absorção da energia
presente nas moléculas do ar dentro dos pulmões. Isto implica que, de início, devemos ter uma
boa técnica respiratória e, também, ajuda a compreender o porquê da importância atribuída às
“pausas” entre um movimento respiratório e o outro (Khumbaka) e os exercícios de contagem
respiratória do “21″ dos Sufis Naqshaband, por exemplo, pois estes períodos em que as trocas
gasosas estão temporariamente suspensas, aumentariam a possibilidade das trocas energéticas
que ocorrem num nível mais sutil. Igualmente, isto explicaria a utilização universal dos incensos
e aromatizantes de ambiente, que ajudariam a “equilibrar” as moléculas do ar ambiente, além do
seu efeito psicológico.
- Que os exercícios de captação da energia “prânica” devem ser feitos longe de locais poluídos,
onde o esforço colocado valha a pena em termos da quantidade de energia captada. A melhor
forma de realizar estes exercícios é de fazê-los em ambientes naturais amplos, onde a presença
dos quatro elementos – Terra, Água, Ar e Fogo -, estejam presentes e em interação (por
exemplo: uma cachoeira, a beira mar, as margens de um rio, ou, então, após uma tempestade).
Dentro do conjunto das técnicas respiratórias, que tentam fazer com que o indivíduo passe a
absorver e a acumular este tipo de energia “prânica”, podemos notar que elas representam
algumas características em comum:
Sabe-se que, quando a função da atenção cerebral se concentra em alguma região do corpo,
ocorre um mecanismo reflexo involuntário de vasodilatação, ou seja, aumento do fluxo de
sangue na região onde a atenção está concentrada. Assim, ao ser solicitado a concentrar a sua
atenção na sensação de estar respirando, o indivíduo, automaticamente, aumenta a quantidade
de sangue que atravessa os pulmões e, assim, as trocas gasosasentre o ar respirado e o sangue,
podem ser tornadas mais eficientes. Se aliarmos a isto a melhoria da mecânica de absorção de ar
e de prana, pode-se, então, compreender o porquê da ênfase dada nestes aspectos.
Durante e após a ocorrência das trocas gasosas, pode ocorrer, também, a absorção do “prâna”.
Para que isto possa acontecer, devem existir algumas condições básicas para que esta absorção
possa ser efetuada em quantidade e qualidade suficientes, para que este “prâna” possa atuar no
nosso organismo de forma benéfica.
Sabemos que o “prâna” corresponde ao processo de energetização dos átomos dos gases da
atmosfera superior, por efeito das radiações que atingem o planeta Terra, radiações estas
provindas das mais variadas fontes.Esta energia pode ser acumulada de duas maneiras:
- Através de um processo de ionização, onde a molécula poderá ter a sua carga energética
amplificada a nível de uma interferência na sua camada quântica, quando esta se choca com
uma partícula altamente energetizada, ocorrendo uma transferência de energia. Isto pode
acontecer com os gases atmosféricos, embora numa pequena percentagem (ao redor de 20%),
sendo que a maior parte destas ionizações se descarrega espontaneamente nas camadas
superiores da atmosfera. O restante das moléculas ionizadas, que não foram descarregadas, são
carregadas pelas correntes e deslocamentos de ar da atmosfera até a superfície da Terra. No seu
trajeto, poderão colidir com outras moléculas e perderem total ou parcialmente a sua carga de
energia extra. Quanto mais “puro” estiver o ar, ou seja, isento de partículas poluentes carregadas
de energias de polaridade diferente, menor será a chance destas partículas ionizadas se
chocarem entre si, já que o fenômeno eletrostático da repulsão entre cargas elétricas de mesmo
sinal as afastariam deste contato, dificultando as colisões. Já em ambientes poluídos, onde
podemos encontrar diferentes tipos de moléculas carregadas de todas as maneiras possíveis, o ar
pode se tornar significativamente “pobre” deste tipo de moléculas ionizadas. Tal processo de
formação de moléculas ionizadas, ocorre com todos os gases com maior ou menor intensidade,
principalmente com o Nitrogênio Atmosférico e com o Oxigênio Atmosférico (N2 e O2).
- Uma outra forma em que pode ocorrer a energetização das moléculas do ar atmosférico é
através de deformações induzidas na molécula, quando esta colide com uma partícula
energeticamente carregada nas camadas superiores da atmosfera. Neste caso, a energia não irá
afetar as camadas quânticas dos átomos da molécula, mas sim o arranjo que mantém entre si, e a
energia extra fica armazenada ali, até que possa ser transferida para outra molécula, seja por
uma nova colisão, ou por contato de molécula a molécula, tal como uma espécie de “mola”
armada a espera de ser libertada. Isto acontece, principalmente, com o Hidrogênio e o Gás
Carbônico e, em menor proporção, com a Água (H2, CO2 e H2O). Assim, ao analisarmos o ar
que respiramos, podemos considerar que podemos encontrar:
- Um conjunto de gases em estado energético neutro, ou seja, que não apresentam cargas
energéticas a serem transferidas e que compõem cerca de 85% do ar que normalmente
respiramos em um ambiente saudável;
- O 1,0% restante é composto pelos gases nobres (Hélio, Neônio, Kriptônio, Argônio, Radônio,
etc), que parecem funcionar como elementos de estabilização nos processos de troca energética
dentro do organismo dos seres vivos.
- Que urge com que ocasionalmente venhamos a fugir destes ambientes deletérios para que
possamos, em contato com os ambientes naturais (praias, florestas, rios, lagos, cascatas, etc.),
reciclar nossas carências energéticas e revitalizarmos alguns processos extremamente sutis e
importantes dentro da nossa fisiologia energética, assunto de que trataremos adiante.
Podemos definir que a possível evolução do homem depende mais destes elementos prânicos e
de sua capacidade de corretamente transformá-los em energias de nível superior, para a ativação
de potencialidades latentes no seu organismo, tais como a intuição, criatividade, real
emocionalidade e real visão cósmica, todos estes, e outros elementos que são reconhecidamente
indicativos de um ser humano evoluído e em processo de “desenvolvimento espiritual”.
Para que tal “desenvolvimento” ocorra, devem existir condições básicas e indispensáveis para
que tais mecanismos se ativem de forma produtiva e benéfica para o ser humano. Uma das
condições fundamentais é a presença de um determinado tipo de energia de qualidade que é
produzida no corpo do ser humano a partir da energia prânica captada de forma eficiente
durante o processo de respiração.
A razão de que se deve procurar absorção de um ar rico em elementos prânicos é a de que estes
elementos se transmitem às moléculas orgânicas com maior facilidade e permanecem ligados a
estas moléculas por um período de tempo muito maior. Além disso, a complexidade das
moléculas orgânicas funciona como elemento estabilizador do processo de trocas energéticas
entre o prâna captado e aquele que será utilizado para a ativação energética de sistemas
orgânicos.
Desta forma, podemos dizer que ao respirarmos uma certa quantidade de ar contendo prâna,
estamos POTENCIALMENTE colocando à disposição do nosso corpo uma nova forma de
energia mais sutil que se acrescenta às energias que já são normalmente produzidas pelo nosso
corpo. Porém esta energia extra não foi prevista em termos evolutivos para ser ativamente
consumida pelo nosso organismo e nele vir a desempenhar funções de ativação de capacidades
superiores da consciência. Para que tais funções venham a ser ativadas e a funcionar de forma
produtiva, temos de nos dar ao trabalho de adquirir a energia prânica em qualidade e quantidade
suficientes e, geralmente, essa quantidade e qualidade devem ser substancialmente grandes, por
longos períodos de tempo, já que não temos sistemas capazes de armazená-la de forma eficiente
ou com a sensibilidade suficiente para se ativarem com pequenas porções desta (urge
desenvolvê-los). Caso venhamos a obter quantidades insuficientes desta energia e em qualidade
inferior, não estaremos realizando NADA, já que o princípio do “tudo ou nada” (*) funciona
também neste caso.
Iremos discutir a seguir como é que se efetuam as trocas energéticas prânicas no interior do
nosso corpo e de que maneira tais energias podem ser utilizadas para a produção de energias e
substâncias progressivamente mais sutis, destinadas a ativação e consumo de estruturas de
consciência e capacidades cerebrais de ordem superior.(**).
(*) O princípio do tudo ou nada é um dos elementos que define os mecanismos de troca de
forças ou energias. Ele implica que as trocas efetuadas entre sistemas sempre são feitas a partir
de níveis bem definidos, sem que ocorram um “continuum”, ou seja, uma sequência contínua de
trocas em todos os níveis. Na realidade, as trocas só poderiam ocorrer em determinados
patamares que definem oportunidades onde tais trocas podem acontecer. Entre um patamar e
outro não seria possível efetuar-se alguma troca. Além disso, esta “troca” teria, também, uma
quantidade mínima de energia para que ela viesse a acontecer, sendo que uma quantidade
menor, ou ligeiramente maior, impediria a troca num determinado nível. Portanto o princípio
nos define uma situação onde um fenômeno ocorre ou não ocorre, na dependência da existência
ou não da quantidade correta de energia e na qualidade correta. Um exemplo bastante típico
desta situação acontece dentro da física quântica e igualmente, nos mecanismos fisiológicos do
funcionamento do coração e de outros órgãos.
(**) Cumpre aqui notar que o termo “prâna” é usado no presente trabalho para definir aquela
segunda categoria de alimento que Gurdjieff associava ao ar respirado. A primeira categoria
seria o alimento e a terceira seriam as “impressões” captadas pela nossa consciência. Tais
elementos serão estudados de forma mais completa nos capítulos seguintes deste trabalho.
A MECÂNICA DA RESPIRAÇÃO
Para que possamos compreender o que acontece com as moléculas “energéticas” que
introduzimos dentro do nosso organismo, temos de verificar como é que o nosso organismo
delas se aproveita, de que modo ele as absorve e os processos pelos quais isto pode ser
simplificado ou melhorado. Em seguida poderemos analisar os efeitos que tais moléculas
poderão vir a desencadear no interior do organismo.
O método pelo qual podemos melhorar e aumentar a capacidade de absorção destas moléculas
energetizadas que existem em certa concentração no ar que respiramos não é algo novo, pelo
contrário, é milenarmente conhecido, mas sobre outras denominações, sendo que o nome de
“pranayama” é o mais conhecido.
Dentro das técnicas de “Pranayana” podemos encontrar um conjunto de termos técnicos que nos
permitem analisar o processo pelo qual as energias sutis ou prânicas são captadas e absorvidas
pelo organismo. Para podermos compreender melhor a sua importância e, ao mesmo tempo,
conferirmos um certo fundamento científico ao processo, iremos estudar com maior
detalhamento cada uma das fases do “Pranayana”, dentro da definição clássica hindu e os
elementos científicos modernos que parecem justificar a sua concepção.
Instituto Nokhooja
A Aire Concept pode ser utilizada em diversas situações. O usuário pode estar
correndo, dormindo, vendo televisão ou lendo um livro, por exemplo. A
máscara contribui para a preservação do planeta e ainda estimula a prática de
atividades físicas.
ENERGIA
DO
PENSAMEN
TO
Muitas pessoas
ainda acham que
não existe essa coisa
chamada de energia
do pensamento, ou
que isso possa
influenciar nossa
vida tanto assim.
Isso parece uma
coisa muito
mística para
alguns, uma
questão de fé e
não de razão
objetiva.
Pois vamos
então raciocinar
juntos a
respeito do que
seja energia.
No corpo humano, a
energia para seu
funcionamento e
movimento é obtida
basicamente através
da respiração
(oxigênio) e da
alimentação (comida
e água). Esses são os
combustíveis que
farão a oxigenação do
cérebro para que
ocorram as sinapses
(comunicação entre os neurônios) e que
movimentarão os músculos para que o corpo possa
se mover. Também é um tipo de energia que pode
sofrer transformações controladas, no caso, pelos
órgãos, músculos, etc.
Tudo em nosso mundo é energia!
E é a energia que não só movimenta, mas que dá
origem a própria formação da matéria, como os
elétrons, por exemplo.
Com carinho,
Vera Calvet
.
Chi-Kung
.
.
Chi-Kung, a Arte da Vitalidade.
1.
O termo Chi-Kung constitui-se de dois ideogramas. O
primeiro ideograma corresponde na linguagem ocidental
ao termo Chi, cujo significado é "energia"; Já o segundo
ideograma corresponde ao termo Kung, que é a
abreviação do termo composto Kon-Lek,
onde Konsignifica "habilidade" e Lek significa "fôrça",
sendo esta no sentido de "esfôrço".
2.
Assim, de forma corrente, o significado de Chi-Kung pode
ser compreendido como "Desenvolvimento da Própria
Energia Corporal Através do Esforço Pessoal".
3.
Por Energia, podemos compreender a força interior que dá
vida a todas as estruturas existentes. Quando ligamos um
interruptor de luz e acendemos uma lâmpada, por
exemplo, sabemos que a força causadora da iluminação da
lâmpada é a corrente elétrica, e não o sistema elétrico
físico formado pelo interruptor, fios, lâmpada, e etc. É a
corrente elétrica, ou seja, a energia elétrica que dá vida a
estrutura física elétrica.
4.
Da mesma forma, o que dá vida a um corpo humano não é
a estrutura física corporal e sim, a estrutura energética
corporal, ou seja, a energia humana.
5.
Sabemos que a energia humana existe em nossos corpos
desde nossa gestação, mas ela precisa ser trabalhada para
ser aperfeiçoada até seu mais alto grau de poder. Quando
isto acontece, a capacidade humana de gerar novas vida e
restaurar tecidos corporais torna-se grandiosa.
6.
Contudo, uma força tão poderosa como a energia humana
aperfeiçoada precisa ser bem controlada e corretamente
direcionada para poder tornar-se realmente grandiosa.
Assim, os chineses desenvolveram um sistema de
treinamento para aprendermos a desenvolver e controlar
nossa potência energética natural: este sistema é o Chi-
Kung.
7.
Só recentemento o Chi-Kung começou a ser divulgado
numa escala maior aqui no Ocidente, embora existam
textos que o documentam como uma prática regular do
povo chinês há mais de três mil anos.
8.
Para compreendermos como a prática correta do Chi-Kung
age sobre o organismo humano, é preciso que ingressemos
com mente aberta nos conceitos básicos deste universo
novo e desconcertante, porém lógico e maravilhoso.
.
.
A Natureza nos Dotou de Grande Capacidade Natural.
9.
Nossos ancestrais primitivos não dispunham de farmácias,
hospitais, médicos ou enfermeiros para auxiliá-los na cura
de suas enfermidades; aliás, nossos ancestrais
praticamente não tinham enfermidades. Seu modo de vida
natural constituía a prevenção e a cura das suas próprias
doenças.
9.1
Com suas defesas naturais em pleno funcionamento,
devido à forma natural de condução das suas vidas, seus
organismos se constituíam em castelos quase
inexpugnáveis contra os “agentes” das doenças; Assim,
nossos ancestrais, geralmente, mantinham-se sãos durante
toda a vida.
10.
Quando acontecia, eventual e raramente, de alguém ser
acometido por algum mal, os homens primitivos lançavam
mão dos meios naturais para a recuperação do corpo
físico.
Tais meios naturais, de conhecimento inato para eles, eram
utilizados desde a mais tenra idade, como ainda o fazem
hoje alguns animais. Um exemplo é o do cachorro que ao
se ferir, lambe o próprio ferimento para se curar usando a
saliva como agente curativo, ou ao se sentir incomodado
na região intestinal, come grama e evita qualquer outro
tipo de alimento até solucionar o problema, o que
caracteriza a terapia do mono-jejum.
10.1
Nossos ancestrais, inicialmente, conseguiam visualizar a
aura das pessoas, detectando o surgimento das
enfermidades; e, quando isso deixou de ser possível por
causa da perda gradativa dos poderes naturais do homem,
o diagnóstico ainda podia ser feito através da leitura da
pele, da leitura dos olhos, da leitura da língua, da leitura da
fisionomia, da leitura da pulsação e do toque nos pés, só
para dar alguns exemplos.
.
.
A Diminuição da Nossa Capacidade Natural.
11.
O ser humano contemporâneo, após séculos de vida
desequilibrada adoece muito facilmente. Há pessoas que
passam parte considerável da vida padecendo de males
como enxaqueca, tontura, falta de energia, falta de apetite,
estresse, depressão, obesidade, hemorróidas e muitos
outros, recorrendo à remédios que minimizam
temporariamente seus incômodos mas que não
possibilitam uma cura total.
12.
Ora, os remédios normalmente agem sobre os efeitos das
doenças (dor, inchaço, depressão, falta de energia, etc),
mas raramente conseguem agir sobre as causas dos efeitos
e por isto tem o nome de "remédios", já que servem,
usualmente, para "remediar" uma situação e não para
resolvê-la definitivamente.
13.
Contudo, o mais preocupante tende a ser a aceitação das
enfermidades como algo natural e inerente à natureza
humana; assim, as pessoas não se surpreendem quando
adoecem partindo para a busca de soluções paleativas,
esquecendo que a natureza nos dotou de uma fortaleza
corporal acrescida dos poderes de auto-diagnóstico e de
auto-cura. Devemos lembrar que andar, correr, carregar
pesos, manter relações sexuais, lutar, trabalhar duro são
atividades que uma pessoa saudável pode se incumbir
desde a adolescência até o último dia da sua vida neste
plano da existência, seja este dia aos cinquenta, setenta
ou cem anos.
13.1
Não nascemos para padecer de moléstias, e muito menos
para morrer prematuramente.Nascemos para viver muito e
saudavelmente, afim de podermos cumprir o propósito
maior da nossa vida terrena: o aprendizado espiritual.
.
.
A Redescoberta dos Poderes Perdidos.
14.
Há milhares de anos os chineses, os indianos e mais
recentemente os outros povos orientais redescobriram a
maneira para recuperar os poderes perdidos.
15.
Tais informações vieram através de práticas meditativas,
quando a capacidade de perceber e aprender fica
enormemente aguçada. Durante tais práticas foi
desvendado o mapa energético do corpo humano e o
funcionamento da corrente energética humana.
16.
Assim, pôde-se descobrir que quando o fluxo da energia
no corpo humano acontece harmoniosamente, nem muito
rápido e nem muito devagar, sem vazamentos e
sem interrupções, a saúde e o bem-estar aparecem como
regra e não como exceção.
17.
Tais informações só chegaram ao Ocidente no século
passado e foram encaradas pela comunidade médica
ocidental com muita desconfiança, para não usar um termo
mais forte.
18.
Isto não é de causar espanto, pois apesar de Hipócrates,
um médico reconhecidamente naturalista e que curava as
pessoas tratando o corpo por inteiro, ser considerado o
“pai” da Medicina ocidental, esta hoje está fortemente
baseada nas idéias de Galeno, o médico que criou as
técnicas de tratamento localizado, curando os efeitos e não
as causas.
19.
Contudo, como a força da verdade tende a aparecer com o
passar do tempo, os médicos ocidentais passaram a
respeitar e aprender técnicas como:
.
Fisiognomonia - Diagnóstico pela leitura do rosto;
Iridologia - Diagnóstico pela leitura da íris;
Acumpuntura - Aplicação de agulhas no corpo para re-estabelecimento
da energia (RE);
Do-in - Pressurização dos pontos energéticos para RE.
Shiatsu - Massagem nas áreas que compreendem os pontos energéticos
para RE;
Rei-Ki - Transmissão de energia de uma pessoa para outra para RE;
Reflexologia - Pressurização nas áreas energéticas dos pés para RE;
Auriculologia - Pressurização nas áreas energéticas dos ouvidos para RE;
Tai-Chi - Harmonização energética através de movimentos, práticas
respiratórias e intenção;
Yoga - Harmonização energética através de práticas posturais/respiratórias
e de intenção;
Chi-Kung - Harmonização energética através de movimentos, práticas
posturais, práticas respiratórias e intenção.
20.
Além destas técnicas acima citadas, muitas outras são hoje
objeto de estudo de muitos médicos ocidentais.
Atualmente, a medicina naturalista oriental é uma
realidade e só desperta suspeitas naqueles mais
desavisados.
.
.
O Legado Divino.
21.
Não é nossa intenção fazer apologia a auto-medicação ou
ao negligenciamento de exames médicos regulares e
tratamentos médicos convencionais no Ocidente, pois é
inegável o avanço e os benefícios que a Medicina
Ocidental nos trouxe, nos traz e ainda nos trará, mas é
preciso que nós façamos a nossa parte compreendendo que
a saúde é um legado divino e portanto um direito de toda a
humanidade e que coisas como doença e mal-estar não
deveriam fazer parte do nosso cotidiano, só o fazendo
porque nos afastamos da nossa maneira natural de viver.
Nossa mensagem maior aqui é: Retorne a um modo de
vida o mais natural possível e retome o caminho da sua
saúde!
22.
Portanto, obter a consciência deste desvio de conduta,
deste afastamento do caminho da saúde, é o primeiro
grande passo para recuperarmos nosso estado original de
força, vitalidade e longevidade; E, sem dúvida, um
segundo grande e definitivo passo, pode ser a prática
correta e regular deste que pode ser considerado um
poderoso recurso da Medicina Oriental: o Chi-Kung!
.
23.
Fazendo nossa parte, como responsáveis pela manutenção
da nossa saúde, através de práticas que harmonizem e
desenvolvam nossa energia, poderemos utilizar melhor e
com mais possibilidades de sucesso as formidáveis
técnicas científicas desenvolvidas pela nossa Medicina
Ocidental.
“O caldeirão deve ter uma base larga e estar colocado em posição vertical. Adiciona-se
mercúrio como ingrediente principal. A água que se coloca deve vir de uma fonte limpa. O fogo
que aquece os ingredientes deve estar na temperatura correta. O chumbo, produto do desprezo,
evapora-se. Os ingredientes ficam ao fogo durante 300 dias. Se tudo correr bem, os ingredientes
purificam-se convertendo-se num verdadeiro ouro brilhante é que armazenado na parte inferior
do caldeirão para uso posterior” (1).
Anônimo
O Chi Kung é um sistema de exercícios energéticos de origem chinesa. São inúmeras as versões
que se conhecem deste sistema que, ao final, pode ser traduzido como uma forma de manejo da
energia.
É difícil precisar sua origem por conta de sua grande variedade de estilos e usos, mas forma
parte da mentalidade chinesa. Suas idéias primordiais são: o Yin Yang, os cinco movimentos, o
Tao, os Três Tesouros, que serão abordados no decorrer desta matéria.
Percebe-se, sobretudo, a presença do Chi Kung na Medicina Chinesa, nas Artes Marciais, nas
escolas do Taoísmo, Confucionismo e Budismo. Essas cinco áreas são as principais fontes onde
se pode buscar suas características e origens.
Taoísmo
A escola taoísta adota o Chi Kung com o objetivo último de alcançar a imortalidade (Cheng-
Shein) através da alquimia interna dos Três Tesouros, a fim de regressar a fonte.
Para alcançar este objetivo, segundo os adeptos do taoísmo, deve-se cultivar a saúde e a
longevidade como fundamentos para práticas superiores. Para isso desenvolveram um sistema
coordenado chamado de Yang Sheng (cultivar a vida) que inclui dieta, ervas, exercícios,
massagem, assim como uma atenção cuidadosa e a harmonização das atividades humanas com
os ritmos da Natureza.
Lao Tsé escreveu: esvazie o coração e encha o abdômen. Pode-se entender isso como esvaziar a
mente e o coração e inspirar suave e profundamente para que se encha de energia o tan inferior.
Esta é uma instrução taoísta básica para Chi Kung.
O clássico do elixir e o clássico da paz são os dois textos sobre Chi Kung taoísta. Na seqüência
apresentaremos um resumo do clássico da paz: temos um corpo e este corpo é uma unidade, a
unidade, a união do físico e do espiritual. A forma em si mesma está morta; é o espírito que dá a
vida física. Quando há harmonia entre a parte física e a espiritual as condições são favoráveis;
se não há substância física o espírito parte; se há substância o espírito florescerá. A harmonia
constante une o físico e o espiritual. A enfermidade constante causa a separação do físico e do
espírito.
Confucionismo
A escola confucionista utiliza o Chi Kung como uma forma de purificar e controlar a mente e as
emoções, de tal forma que as pessoas se tornem pessoas melhores na sociedade.
Confúcio dizia: para cultivar o corpo, primeiro devemos purificar a mente, devemos antes
eliminar o desejo e cultivar a energia pura da Natureza.
Budismo
A escola budista viveu uma profunda transformação com a chegada do monge Tamo
(Bodhidharma) ao tempo de Shaolín, que logo se transformou no mais famoso centro de Artes
Marciais e de Meditação, dando origem ao budismo Shang e ao Kung Fu. Deste modo, o Chi
Kung se transformou na principal e mais importante prática de auto-desenvolvimento físico e
espiritual.
A Tamo foram atribuídos dois sucintos livros, que foram mantidos em segredo pelos mestres
das Artes Marciais. Estes dois livros se converteram nos pilares de todas as escolas seguidoras
do estilo interno (nei chia) de Artes Marciais e provavelmente são os textos de maior influência
em toda história do Chi Kung.
O primeiro livro chama-se Yi chin ching (Clássico da transformação dos tendões) e o segundo,
mais esotérico, chama-se Hsi sui ching (Clássico da limpeza da medula). Estes dois volumes
envolvem tudo que há de exercícios de alongamento e relaxamento básico que preparam o corpo
para: a Meditação, a prática das Artes Marciais e as práticas mais avançadas de alquimia
interna, que incluem técnicas para transformar a essência em vitalidade espiritual.
A escola budista não desanimava a prática de cuidar do poder pessoal através do trabalho da
energia interna, pelo risco que existia de desviar-se do caminho. Cultivava-se a respiração como
ponto de concentração no estilo de meditação samatha (quietude) e vipassan (penetração
espiritual).
Estas restrições só eram aplicadas aos monges; os leigos observavam uma mistura sincrética
com o Taoísmo.
Medicina
Os vestígios mostram que o Chi Kung evoluiu na China com uma forma preventiva e curativa
de cuidar da saúde e é na metade do século XX que há um interesse repentino quanto ao Chi
Kung nas aplicações médicas.
Esta escola destaca a importância do exercício físico como meio para manter o corpo
fortalecido, equilibrado e para estimular o livre fluxo de sangue e energia através de todo
sistema. Porém o tipo de exercício é muito diferente da máxima que diz: sem acelerar não há
prêmio. O Chin Kung enfatiza os movimentos suaves, lentos e rítmicos, sincronizados com uma
profunda respiração diafragmática.
A escola médica adotou numerosas formas de exercícios: o dao yin, o tai chi chuan, massagens
de acupressão, etc. Sua particularidade é o pouco uso da mente e a visualização da forma, como
fazem os taoistas nos exercícios, considerando a importância da tranqüilidade e do equilíbrio
emocional.
No ano de 610 d.C, o imperial professor de Medicina Chao Yuan Fang editou o primeiro livro
chinês especializado em patologia, em 50 volumes. Registra 1.270 diferentes tipos de
enfermidades, explicando os sintomas, as causas e os princípios terapêuticos de cada uma. A
característica extraordinária é que só prescreve como remédio a prática de 400 tipos de
exercícios Chi Kung conforme seja a enfermidade. Outro médico sábio foi Sun Si Miao, famoso
por ter exposto a terapia Chin Kung dos seis sons curativos.
Basicamente há dois tipos de medicina Chin Kung: preventiva e curativa. Nesta última também
existe a modalidade de transmitir energia curativa do mestre curador ao paciente, conhecida em
chinês como fa-shi. Atualmente esta técnica é estudada pelos cientistas chineses para tratar
doenças terminais, severas e degenerativas.
Arte Marcial
Depois que Tamo ensinou os monges chineses a integrar o exercício físico em suas práticas de
meditação, e aos artistas marciais como potencializar suas habilidades físicas pelo cuidado do
espírito, as escolas marciais e de meditação do Chin Kung construíram suas práticas sobre a
idéia do elixir interno (nei dan), da energia como pedra angular do poder físico e da lucidez
espiritual.
Desde os tempos de Tamo, as artes marciais têm seguido o caminho da prática da energia
interna, utilizando o espírito para manejar a energia e cuidar das habilidades marciais.
A Escola Marcial tomou emprestado, algumas técnicas da Escola Médica de Chin Kung, por
exemplo, os meridianos e os pontos vitais do sistema de energia humana foram cuidadosamente
estudados para se aprender como a energia se move pelo corpo. Assim, desenvolveram-se
técnicas especificas de luta para incapacitar um rival com o simples fato de atingir-lhe em um
ou mais pontos específicos, de forma que o corpo seja paralisado imediatamente.
O Kung Fu contava com 72 artes especializadas, entre elas: sino de ouro, palma de ferro, correr
sem pisar na grama, 18 monges, que incorporavam exercícios de Chi Kung em seus
treinamentos.
Formas de Chi Kung
Há diversas formas de classificar estes exercícios: uma é a que acabamos de mencionar; outra é
dividi-lo em: jing gung ou práticas estáticas, e dung gung ou práticas em movimentos, também
como a forma yin yang do Chi Kung.
As formas em movimento são definidas como aquelas que implicam movimentos externos do
corpo mediados por uma quietude interna da mente. Os princípios básicos são: rou, a
flexibilidade; mou, a lentidão e ho, a suavidade. Seu propósito é manter as partes do corpo
soltas, ativas e flexíveis com o propósito de estimular a circulação sanguínea e a energia através
do sistema. Tudo está resumido na máxima buscar a quietude dentro do movimento.
As formas estáticas estão definidas pela quietude externa do corpo, combinada com o
movimento interno da energia, ou com o buscar o movimento na quietude. O propósito é manter
a mente totalmente sincronizada com a respiração.
Desde que Tamo reuniu as tradições marciais e meditativas do Chi Kung, o movimento e a
quietude têm partilhado a mesma categoria de importância.
Os sistemas de Chi Kung também podem ser classificados de acordo com a parte do sistema
humano que contribui para o equilíbrio.
Neste Chi Kung o equilíbrio é alcançado mediante exercícios e relaxamento. À medida que o
corpo relaxa, o sistema nervoso autônomo ativa-se, equilibrando também o sistema endócrino e
estimulando os mecanismos curativos do corpo.
Considera controlar as funções cerebrais pós-natais da mente humana adquirida, de forma que
possam manifestar-se os poderes pré-natais do espírito primordial.
A chave para conduzir a tensão da mente é a faculdade do espírito primordial conhecida como
yi (vontade). Ela é o agente que nos permite exercitar o controle volitivo sobre nosso corpo,
respiração e mente.
Todas essas variedades de estilos, formas e escolas reduzem-se basicamente a três categorias de
práticas do Chi Kung: Medicina, Meditação e Artes Marciais. O denominador comum é chi, a
energia que, como diria Lao Tse, falta som, falta substância, não depende de nada, imutável,
onipresente, implacável. Podemos pensar nela como a mãe de todas as coisas abaixo do céu.
O Chi Kung está submerso nas concepções que convém à mentalidade chinesa. Uma dessas
concepções é o San Bao, os Três Tesouros, que são: shen, chi e jiang (espírito primordial,
energia e essência), como réplica microcósmica do universo macrocósmico formado pelos três
poderes: tien, rem e ti (Céu, Humanidade e Terra).
O clássico da medicina do Imperador Amarelo afirma que o céu foi criado pela acumulação do
yang.
A Terra relaciona-se ao mundo material, a fonte das forças naturais, as cinco energias
elementares e o local em que ocorrem as transformações cíclicas.
A Terra expressa o poder da vida humana através dos instintos básicos de sobrevivência e dos
impulsos primários de procriação e propagação das espécies conhecidas como jiang ou a
essência.
Para alcançar isso, o homem deve fazer em si mesmo o que fará na Natureza, ou seja,
harmonizar o Shen (espírito), correspondente ao céu, com o Jiang (essência), correspondente a
terra, e o que relaciona a ambos, que é o Chi (respiração, energia), correspondente ao Rem-
Humanidade quanto à função.
TIEN SHEN
REN CHI
TI JIANG
Assim chegamos aos Três Tesouros que são o laço triangular que conecta todos os seres
humanos com o poder e a sabedoria infinita do Universo e abrange os componentes básicos da
Escola do Chi Kung da alquimia interior, nei gung (trabalho interno).
No clássico de Wen Tse, de 2000 anos atrás ensina-se que o corpo é o templo da vida. A energia
é à força da vida. O espírito é o governante da vida. Se um deles se desequilibra, os três
conseqüentemente ficam danificados.
Antes do nascimento, os Três Tesouros estão agrupados em uma unidade sem fissuras,
conhecido com seu aspecto pré-natal. Esta espécie da semente começa a nascer no mesmo
instante da concepção diferenciando-se do resto do Universo como uma gota de água que se
desprende de uma onda do oceano. Ao nascer, os Três Tesouros separam-se em três
manifestações pós-natais, a essência do corpo, a energia da respiração e o espírito da mente,
enquanto as raízes pré-natais se conservam como essência em uma profunda reserva, jiang;
energia, chi e espírito primordial, Shen. Revisaremos a relação pré e pós-natal dos Três
Tesouros:
Jiang ou essência pré-natal é a força primordial criadora do Universo, da qual o homem recebe
uma porção a partir da fusão do esperma e do óvulo, que é armazenada nas glândulas sexuais e
supra-renais.
Sua condição pós-natal é o corpo; como essência nutritiva e material dos alimentos, a água.
Suas formas mais importantes são os fluídos corporais vitais, como: o sangue, os hormônios, os
neurotransmissores, o fluído cérebro-espinhal etc. O lugar que corresponde à essência pós-natal
é o tan tien inferior.
O chi em sua condição pré-natal é o poder primordial do Universo, sua natureza é a atividade
constante e a transformação perpetua, e está estritamente associada à essência pré-natal.
A energia pós-natal se atribuem as cinco energias elementares dos sistemas dos órgãos vitais: a
respiração, a fala, o movimento corporal e o metabolismo, além da energia emocional.
Esta energia está centrada no tan tien médio e pode-se controlar mediante métodos equilibrados
de respiração Chi Kung.
O shen ou o Espírito primordial, em sua condição pré-natal, é a mente do Tao, que está presente
em todo o Universo e dota todo ser sensível da luz original da consciência. Permanece
profundamente escondido como uma pedra preciosa na concha temporal da mente humana, sua
condição pós-natal.
É como um andarilho inquieto que vai de um lapso vital a outro, alojando-se neste corpo e
depois movendo-se a outro sem que jamais o reconheçam seus passageiros anfitriões, até que
um dia na vida do homem desperta a sutil presença do espírito primordial em sua mente terrena
e o liberta das ilusões. Este aspecto da mente humana é sua condição pré-natal e imortal, e
reconhecê-lo significa superar o medo da morte e encontrar a paz interior, último fim do Chi
Kung espiritual. O espírito pós-natal reside no tan tien superior.
O objetivo espiritual do Chi Kung ou Alquimia interna (nei gung) é cuidar dos Três Tesouros,
com os quais se obtêm saúde e longevidade, condições necessárias para alcançar a imortalidade.
O trabalho da energia
Aqui também nos acompanha a polaridade wai gung, nei gung (trabalho interno e externo).
O que não se vê, porém os participantes sentem, são os aspectos internos denominados com toda
a propriedade Alquimia interior.
O Mestre taoista Chao Pin-Chen, escreveu: no campo de elixir inferior (tan tien inferior), por
baixo do umbigo, é onde a força gerativa (essência) sublima-se em vitalidade (energia); o
campo médio do elixir (tan tien médio), no plexo solar é onde se sublima a vitalidade em
espírito; no campo superior do elixir (tan tien superior), no cérebro é onde o espírito sublima-se
para elevar-se em direção ao espaço.
A força gerativa (essência) transforma-se em vitalidade (energia) quando o corpo está quieto; a
vitalidade converte-se em espírito quando o coração está sereno, e o espírito volta ao vazio
devido a mente ou a pensamento imutável.
Este é o fundamento do Chi Kung. Por meio da respiração, seu exercício e domínio, iniciamos o
cuidado dos Três Tesouros, mas não podemos isolar ou excluir a totalidade. Além deste aspecto
trino e da dualidade, a Unidade, o Todo coerente é muito importante.
A prática do Chi Kung envolve toda a personalidade, a postura, o corpo, a respiração, o ritmo
energético; a atitude que se descreve com o sorriso interior, seu aspecto emocional e, com a
concentração e visualização, a parte mental.
Há dois ciclos que originam a prática e são conhecidos como o ciclo da nutrição e do controle.
O ciclo da nutrição é o ciclo yin (yin interior nutre o yang), e o ciclo do controle é o yang (yang
superior controla o yin).
É tudo ao mesmo tempo, pois os ciclos da nutrição e do controle são contínuos, e são
aumentados até atingir o requinte máximo, que é a condição para restabelecer a unidade
primordial dos Três Poderes e devolvê-los à fonte universal, a imortalidade, como uma gota de
água para um mar brilhante.
Estas anotações resumidas sobre o Chi Kung darão ao praticante os fundamentos da respiração e
o contexto e alcance desses exercícios, que vão desde o fortalecimento físico, até o
desenvolvimento dos níveis energéticos e sua relação com a meditação nas Artes Marciais.
Ficará para desenvolver em detalhes os aspectos fisiológicos, sobre os quais há muitos estudos,
a dinâmica do Chi através dos meridianos, baseada na teoria da acupuntura e a relação com a
concentração, visualização e meditação.
Caldeirão Adepto/seguidor
A prática da respiração faz circular pelos meridianos a energia num fluxo continuo chamado
circulação microcósmica e que se mantém durante 300 voltas.
A energia acumula-se no tan tien inferior e assim gerada, formará a pérola de ouro pronta para
usar na prática da santidade.
Bibliografía
Museu do Prado
Ovídio: o belo Adônis é amado por Perséfone e por Vênus; a deusa se vinga por seus desprezos,
fazendo-lhe morrer numa caçada devido a feridas que lhe inflige um javali. No quadro ele vai
partir a essa caçada, com seus cães, arrancando-se dos braços de Vênus.
Tecnicamente, o quadro se resume em uma diagonal formada pelos corpos dos protagonistas,
cuja cor dá o tom geral da paleta. À direita fica a matéria, os cães, que se desentendem com os
humanos porque o que representam, essa matéria, não vai por enquanto entrar em ação.
Na esquina da esquerda está Cupido. Mas, tal como a matéria, o amor tampouco tem algo a
fazer. Dorme tranqüilo entre os galhos da árvore, e deixou o carcaj das suas flechas pendurado
no alto, com o arco, porque não vai ter que usá-lo.
Felipe e Maria não têm que se apaixonar, como Apolo não se apaixonou por Vênus, porque não
havia amor. É apenas um interesse político que deve ser resolvido.
Aos pés de Vênus, uma cratera inclinada: não há vinho para brindar, não há nada pelo que
brindar. Não há ponto de fuga, a cena é de certo modo plana, não necessitamos ver a saída para
nenhum lugar.
Estamos nela, imersos no drama do amor e do ódio, eterno leito emotivo do universo.
A paleta, fria, sem mais concessão que o vermelho escuro aos tons ocres e neutros. Até o azul
do céu é apagado. Como apagado está o coração de Felipe, do Adônis que se encaminha à
morte.
Guiomar
Camisa emprestada, gravata de humita e um magnífico traje negro feito a medida. Luvas
brancas, chapéu de feltro, sapatos de verniz e um relógio de prata cuja corrente cruzava o peito
sobre o elegante chale. Ainda olhando-se ao espelho de cima para baixo, Lautaro Baldesani no
podia acreditar que aquele personagem com pinta de senhor da cabeça aos pés fosse o mesmo.
Acabava de se incorporar a uma das companhias
salitreiras mais importantes do norte pampino, e logo depois de chegar, a mesma empresa lhe
havia proporcionado aquele terno tão apropriado para a classe que deveria ocupar dentro da
comunidade.
Lautaro olhou ao seu redor contemplando todas as comodidades de sua pequena dependência de
empregado solteiro. Fechou a torneira de água corrente depois de umedecer com o pente o
fixador de cabelo pela última vez, iniciando una rotina que se repetiria todas as tardes durante a
maior parte de sua vida. Ao sair, girou o interruptor da luz elétrica e se sentiu contente ao
comprovar que todas aquelas maravilhas podiam se fazer realidades no meio de condições tão
duras.
No exterior, o sol começava a se esconder atrás do horizonte, banhando-o todo de uma cor
alaranjada que apenas se pode contemplar no deserto e, os trabalhadores voltavam às suas casas
depois de ter cumprido com a quota de caliche que tinham assinalado. Durante todo o dia
brandiram maças de aço de doze quilos sob um sol de justiça, e agora reporiam forças na cantina
onde lhes proporcionariam três pratos servidos até a borda, nos quais não faltariam guisado de
vacuno, os legumes e os assados, coroados por um jarro de ossos com milho e uma grande
xícara de café. O esforço daqueles homens construía a prosperidade da pátria, extraindo das
entranhas o salgado el caliche que “A Máquina” transformaria depois em valioso nitrato de
sódio. O nitrato era símbolo da riqueza e do poder do Chile, um patrimônio exclusivo que desde
quase um século era transportado diariamente até o porto de Iquique para ser exportado e
garantir assim os campos do mundo inteiro. Vendo-nos passar com suas carretas de mulas, suas
picaretas e suas maças, Lautaro pensou na dureza da vida desses homens que, como ele,
chegavam ao norte de todos os lados buscando riqueza, e se alegrou intimamente de ter
alcançado sua recém estreada posição social: empregado de escritório.
Na realidade não seria mais do que um simples funcionário num escritório da Administração,
mas esse por si só já era um posto invejável, e além do mais não tinha que ser sempre assim.
Talvez com os anos prosperasse ainda mais, e chegasse a ganhar o suficiente para aspirar casar
com uma moça de boa família. Enquanto desfrutava das vantagens que a sua situação lhe
proporcionava, uma delas: jantar todas as noites no salão do hotel na companhia do
administrador, um privilégio restrito aos chefes, autoridades medianas e empregados de
escritório como ele, mesmo que a sua condição de recém chegado o deixasse no canto mais
longe da mesa. Antes do jantar, conviveria com o melhor daquela próspera comunidade. Jogaria
bilhar com os rapazes, leria os jornais de Iquique no bar bebendo cerveja gelada, ou se sentaria
para conversar na borda da piscina fumando cigarros ingleses, enquanto desde la pérgola se
filtrariam os acordes da música do baile, enchendo de vida e diversão a vasta solidão daquele
deserto interminável.
Lautaro andou pela rua deixando para atrás os cômodos dos empregados solteiros e a escola,
enquanto sonhava com um futuro promissor. Seguro de seu porte elegante, passou diante da
igreja e do mercado de abastecimento, e cruzou altivo praça florida e iluminada de luminárias
elétricas daquela pequena cidade artificial tão ativa e agitada.
Enquanto seus filhos brincavam nos balanços e calesitas especialmente instalados para eles, os
habitantes de Humberstone passeavam pelos suportes da pulpería com curiosidade pelos postos
de informações de rotas, ostentando suas melhores roupas e desfrutando do ar fresco de cada
tarde. Ou se informavam no teatro sobre quais famosas estrelas chagariam de Santiago ou até
mesmo da Europa até aquele canto perdido do mundo para deleitá-los.
Ao entrar no salão do hotel, com a sua música e sua alegria, Lautaro não pode reprimir um gesto
de admiração diante do que parecia um milagre no meio daquela terra, a mais seca e árida do
planeta, e pensou que o engenho e a ciência do homem podem converter em realidade os sonhos
mais duvidosos.
Lautaro estava muito longe de imaginar que a quinze mil quilômetros de distância a Grande
Guerra da Europa e o engenho e a ciência dos físicos alemães destruíram para sempre o mundo
de ensoñaciones.
Quando começou a exploração do salitre em 1810, o imenso deserto de Atacama que abarca as
províncias de Arica, Iquique e Antofagasta, aind anão formava parte do norte do Chile como é
atualmente. Naqueles tempos, estas províncias praticamente desabitadas eram parte da Bolívia e
Peru, a extração de salitre não tinha outro destino do que a fabricação de pólvora.
Não passados nem vinte anos depois, foi realizado emIquique o primeiro embarque de nitrato de
sódio à Europa e Estados Unidos com finalidades agrícolas. Então começou um acelerado
processo de crescimento dessa indústria que a levaria desde as setenta e três mil toneladas
métricas de extração em 1840, a milhões de toneladas no começo do século, e à máxima
produção de três milhões em 1917, chegando a gerar cinqüenta e um por cento das exportações
do Chile.
Terrenos de salitre existem em todo o deserto de Atacama, desde Zapiga ao norte até Altamira
ao sul, findando com a III Região. Os salitrais se formam pela evaporação das águas
subterrâneas filtradas desde a cordilheira andina, que vão depositando sua salinidade na
superfície do terreno na forma de uma capa acinzentada, grossa e dura chamada caliche, que
contém grandes concentrações de nitrato de sódio. Os salitrales não são paños contínuos, mas
áreas específicas próximas aos serros, que durante a sua exploração se designaram com o nome
de cantões. Cada cantão tinhas várias oficinas salitreiras que combinavam, num mesmo espaço,
as instalações industriais para o processamento do caliche e as casas dos empregados, com todos
os recursos necessários para satisfazer suas necessidades e das suas famílias. Humberstone,
Santa Laura, Carmen Alto, Peña Chica, Baquedano, Keryma, Mapocho, Edwards, Anita,
Araucana, Curicó, Abra, Concepción, e um número muito grande de oficinas que seria
impossível enumerar, algumas das quais, as mais importantes, chegaram a derivar, com o
decorrer dos anos, em autênticas cidades. Cidades localizadas no meio do nada, e onde todos os
seus habitantes estavam direta ou indiretamente dedicados à exploração do caliche.
No início, caliche era moído a batidas para dissolver na água que esquentada por fogo direto e
que depois era exposta ao sol em bateas de ristalización. Este sistema rudimentar apenas servia
para processar o caliche de alta qualidade com um cinqüenta ou sessenta por cento de
concentração de nitrato. E quando o caliche dessa qualidade acabava, a oficina e os caldeirões
se trasladavam para outra parada para iniciar novamente o processo. As oficinas estáveis
surgiram apartir de 1853, quando o sistema de exploração evoluiu consideravelmente graças a
Pedro Gamboni, um engenhoso trabalhador nascido en Valparaíso que nesta data patenteou um
sistema de dissolução do salitre a fogo indireto en bateas esquentadas por vapor. A oficina
Sebastopol é a primeira em aplicar este invento que permite usar caliches com qualidade de até
trinta por cento de salitre. A instalação de moinhos e de feitorias complexas para o
processamento facilitou a criação de oficinas estáveis em torno das quais começaram a se
instalar os operários com as suas famílias. Também deu origem a uma das características mais
emblemáticas de una oficina salitreira: as tortas de ripio, ou seja, os gigantescos escombros nos
quais se acumularam durante anos os resíduos da produção de nitrato. Chegou-se a dizer que, de
fato, uma oficina era tão importante quanto o tamanho de sua torta.
Essa não foi a única criação de Pedro Gamboni. Após dez anos de ensaios, patenteou em 1866 o
sistema de extração de iodo de das águas mães do caliche e, obteve dos governos do Peru e da
Bolívia uma concessão exclusiva por dez anos de extração que o converteram em um
multimilionário, tornando realidade o sonho de fama e fortuna que encorajava os que se
aventuravam nas terras do ouro branco.
Em 1875 chega em Pisagua outro dos grandes personagens do caliche: Santiago Humberstone.
Nascido em Dover em 1850, engenheiro químico formado na Inglaterra, desenvolve as bases de
um novo processo de dissolução do salitre denominado Sistema Shanks, que instala na oficina
de Água Santa em 1878. Através deste procedimento, consegue aproveitar caliches com
quantidade de ouro ou prata de até treze por cento, evitando enormes perdas em ripios. O
Sistema Shanks e suas sucessivas melhoras foi logo muito utilizado por todos os industriais do
salitre, e esteve em plena vigência até o desmantelamento das oficinas em 1945. Considerado
por todos “o pai do salitre”, Santiago Humberstone morreu em junho de 1939 com oitenta e
nove anos, dos quais sessenta e quatro foram dedicados à produção de nitrato de sódio. Em
1934 a Companhia Salitreira de Tarapacá rebatizou com o seu nome uma de suas oficinas mais
importantes, a até então conhecida oficina La Palma, que desde este momento passaria a se
chamar em sua homenagem de oficina Humberstone.
Em 1879, o Chile declara guerra ao Peru. Pouco antes, tropas chilenas haviam recuperado todo
o território até o rio Loa, ocupado cinqüenta anos atrás pela Bolívia. Havia iniciado a guerra do
Pacífico. Na ocasião a indústria calichera já era um gigantesco empório que mantinha milhares
de trabalhadores, com toda uma infra-estrutura de oficinas, feitorias e redes de ferrovias
privadas que substituíram as carretas no transporte do nitrato até os portos de Iquique e Piságua,
convertidas já em duas importantes cidades costeiras.
Então, aparece em cena o conhecido como “o rei do nitrato”. Trata-se de John T. North, um
inglês muito esperto que chegou ao Chile em 1866 contratado como técnico mecânico para
preparar uma equipe ferroviária em Carrizal Bajo e logo depois em Caldera. Alguns anos mais
tarde enriqueceu nos negócios, fundando em Iquique a Companhia de Água, com barcos
cisterna que atraiam a água desde Arica um condensador de água do mar. Porém foi durante a
guerra do Pacífico que se aproveitou para enriquecer ainda mais. Em 1875 o governo do Peru
expropriou as salitreiras de Tarapacá pagando com Certificados Salitreiros. Em plena guerra,
esses Certificados caem a dez por cento do seu valor, e John T. North aproveita essa chance
para adquiri-los por um baixo preço e com dinheiro emprestado pelo Banco de Valparaíso,
contribuindo ativamente com as sociedades formadas em Londres. Chile saiu vitorioso na
guerra que terminou em 1880, e anexa as ricas províncias salitreiras até a cidade de Arica,
última a ser tomada pelo exército. Após discussão, o governo chileno devolve as salitreiras
expropriadas aos proprietários de Certificados, mas para North isso se fez com as oficinas
Primitiva, Peruana, Ramírez, Bom Retiro, Jazpampa e Virginia. Em 1882 volta à Londres, onde
cria um império econômico gigantesco que controla direta ou indiretamente quinze companhias
salitreiras, quatro empresas ferroviárias, a Companhia de Água de Iquique que fornece água de
Iquique até Pica, o Banco de Tarapacá e a empresa de distribuição de alimentos e importações
de Tarapacá e Antofagasta. No final do século, as companhias inglesas controlam sessenta por
cento da indústria de salitre no Chile.
Deslocada pelo êxito da investigação européia, a produção chilena, que em 1910 representava
sessenta e cinco por cento do consumo de abonos nitrogenados no mundo, caiu
precipitadamente até chegar a representar apenas dez por cento em 1930 e tão só três por cento
em 1950.
As oficinas salitreiras foram fechando uma a uma, devolvendo ao deserto sua vasta solidão de
milhares de anos. As cidades foram abandonadas, apesar dos esforços por evitar que a indústria
desaparecesse. Algumas, como Humberstone, agüentaram até o seu fechamento definitivo em
1960, e na atualidade apenas uma, a oficina Maria Elena, continua a sua atividade. Através da
aplicação de uma tecnologia de grande mineração desenvolvida em 1924 e conhecida como
Sistema Guggenheim, a oficina Maria Elena move um gigantesco volume de caliche que lhe
permite funcionar de forma rentável. O alto perco alcançado pelo iodo e a revalorização dos
fertilizantes de origem natural, prevêem um novo auge na indústria salitreira chilena, mesmo
que jamais se iguale à daqueles anos. Os anos de esplendor do ouro branco.
Caminhamos pelas ruas desertas que ainda conservam as placas com os nomes, na sua maioria
dedicados a personagens e feitos heróicos da Guerra do Pacífico: Manuel Blanco Encalada,
Eleuterio Ramírez, Manuel Baquedano, Corbeta Esmeralda, Arturo Prat, Tarapacá,
Independencia… Deixamos para trás o hospital e a escola pública, e chegamos até a praça
principal em torno da qual se concentram os edifícios mais importantes da cidade. À entrada
está a igreja, construída em madeira com autêntico pinheiro de Oregón, e a guardería infantil
San Mauricio, que foi a primeira a se instalar na província de Iquique. Continuando, encontra-se
o magnífico mercado de abastecimento com seu ponto de venda de carne, verduras e peixe,
além de muitas lojas pequenas que ofereciam artigos dos mais variados.
O hotel continua dominando o principal lugar da praça com a sua fachada branca. Ainda se pode
observar os restos do esplendor do antigo clube social da elite umberstoniana. Entramos no
edifício e cruzamos o antigo salão de bilhar e os grandes refeitórios, até chegar às dependências
da cozinha, presididas ainda por um enorme mole de ferro fundido com seus grandes fogos, seus
fornos e sua chaminé. Dentro está a pérgola com sua pista de baile na qual tocava uma orquestra
todos os fins de semana e nos dias de festa. Os restos do teto de talo de cana equatoriana ainda
se penduram desvencilhados da sua estrutura de arame.
Já fora do hotel se pode ver, fechando a praça, a biblioteca, a pulpería e o magnífico edifício do
teatro, construído na década de trinta, que ainda conserva o cenário, a platéia, o fozo da
orquestra e a sala repleta de poltronas, como se o tempo não tivesse passado. Por aqui
desfilaram os principais artistas nacionais e estrangeiros. Da Europa chegavam as companhias
de óperas e opereta, e não faltaram as pampinas, que colocavam em cena as obras de Salvador
Rojas, relatos costumeiros sobre a vida do trabalhador calichero. As projeções cinematográficas
também foram freqüentes desde as mesmas épocas do cinema mudo.
Caminhando por fora pudemos visitar primeiro a quadra de basquete, e depois cruzar pelas
diversas casas dos trabalhadores, agrupadas por categorias e diferenciadas entre empregados,
solteiros e casados, para chegar até o campo de futebol, diante do qual se encontra o quiosque
da orquestra, que amenizava as tardes de competição entre as equipes das diferentes oficinas.
Um pouco além se encontram a Caixa Nacional Econômica e a administração, um edifício de
cor branca rodeado de um longo corredor com balaustrada, onde residia o dono da oficina e seu
representante, era daí onde se dirigia a produção e toda a vida da comunidade.
Dali pode ver de longe a grande torta de ripio, e à sua esquerda as ruínas do que foi “A
Máquina”, ou seja, a processadora de onde o caliche era transformado em nitrato de sódio.
FICHAS DE SALÁRIOS
Nos primeiros tempos, as empresas calicheras utilizavan um abusivo sistema de remuneração
que consistia em pagar não com dinheiro, mas com fichas da mesma empresa, que eram o
circulante obrigatório. Cada oficina editava suas próprias fichas que apenas podiam ser trocadas
por comida, roupa e outros utensílios dentro da própria oficina e, careciam de poder aquisitivo
fora de seus limites. Assim, a empresa se beneficiava por ambas as frentes, controlando a venda
do abastecimento, já que os trabalhadores estavam obrigados a comprar deles os artigos de uso
diário e às vezes a preços realmente abusivos.
Esse sistema impiedoso de exploração derivou nos primeiros conflitos sociais, que por sua vez
desencadearam atrozes medidas de repressão, como as matanças de trabalhadores nas oficinas
Ramírez e La Coruña, ou a tristemente famosa matança na escola de Santa María de Iquique, na
qual duas mil pessoas, homens, mulheres e crianças, foram mortos pelo exército em 21 de
dezembro de 1907.
O número de fichas que se produziram é incalculável, e na atualidade são peças raras que
originaram no Chile um grande interesse por colecionar. Uma das melhores e mais completas
coleções, formada por duas mil peças, encontra-se no Museu de Salitre da cidade de Iquique.
O MERCADO DE ABASTECIMENTO
O mercado de abastecimento oferecia aos humbertonianos todo o tipo de artigos e utensílios.
Entre suas lojas se encontravam a oficina de fotografia de Paulo, que posteriormente se
converteu em farmácia, a sapataria do Sr. Humberto Diomedi, a loja de quinquilharias de Dona
Victoria Bustamante, conhecida por todos como Dona Toya, a sorveteria Saavedra, a loja da
Sra. Blanca Varas, a livraria de Armando Duarte, a oficina de costura, a chapelaria, e o salão de
beleza japonês de Manuel Etisidaki.
No interior do edifício está o pátio onde se encontravam os departamentos de alimentação: as
verduras, a peixaria, o açougue, ou o posto de carvão. Dentre todos eles destacava-se o armazém
de Juan Chang, apelidado de Chino Chalupa, a quem todos conheciam pela sua modalidade de
venda “por peso”, na qual usava as suas mãos como balança e nunca se enganava.
No centro do pátio existe uma pia que servia para lavar as frutas e verduras, e duas grandes
prateleiras utilizadas pelos clientes para apoiar a bolsa da compra. O edifício tem no seu topo
uma torre de madeira que há tempos alojou um relógio e um equipamento de alto-falantes que
entretinha com música as pessoas que passeavam na praça.
Juan Adrada
SOBRE O ÊXITO
Continuaremos tratando da Vocação, este tema já comentado nos artigos dos números anteriores
da nossa revista Esfinge. Do ponto de vista da vocação, o êxito não é uma questão aleatória, o
que pode ser demonstrado através de algumas premissas básicas:
1ª.) O êxito não depende de que tenhamos recebido inteligência ou dons especiais, também não
depende de uma educação esmerada ou de uma posição social, de ter trabalhado duro, e menos
ainda da sorte.
2ª.) A diferença entre êxito e fracasso não é tão grande quanto parece.
Uma vida de êxito é a soma de muitos anos de êxito, os anos de êxito são a soma de meses de
êxito, de semanas, de dias, de horas, enfim, de momentos de êxito. O que vale não é uma vitória
ocasional, mas os pequenos triunfos consecutivos, o que em definitivo nos levará a desfrutar de
uma vida de êxito.
Existem dez hábitos, muito fáceis, mas importantes, que necessariamente se devem adquirir e
cultivar para alcançar êxito na vida:
1. O hábito da realidade: devemos aprender nos posicionar de acordo com aquilo que é e com
aquilo somos, não com o que gostaríamos que fosse nem com o que gostaríamos ser.
2. O hábito da atitude mental positiva: devemos saber o que queremos e ter uma fé
inquebrantável na vitória final. Para isso, devemos saber que existem quatro realidades básicas:
¨ Os problemas são parte da vida. Eles correspondem aos passos que devemos dar para
desenvolver o nosso cominho, que nos permite triunfar.
¨ Lei de equilíbrio. Cada fracasso espalha as sementes de um triunfo equivalente. Tudo leva
consigo seu contrário, que o equilibra e harmoniza.
¨ Lei das porcentagens. Para que apareça a compensação é só questão de tempo. Na acumulação
de intentos está o segredo para finalmente chegar ao triunfo. Portanto, deve-se saber esperar,
pois mais cedo ou mais tarde chegará o percentual de possibilidades que nos pertencem para
conseguir o que procuramos.
¨ O poder da mente. Para triunfar, temos que nos imaginar triunfantes. Triunfante não é quem
sempre vence, mas quem tem sempre mentalidade positiva. A mente é um paradigma expansivo,
e quando a usamos de forma correta ela nos traz todas as ferramentas que colaboraram sem
dúvida para encontrar as soluções dos problemas.
¨ reconhecer o problema;
¨ aceitá-lo;
5. O hábito de viver o que cremos: ser morais, coerentes entre o nosso comportamento e aquilo
em que acreditamos. Ser capazes de sonhar e lutar para conquistar nossos sonhos.
6. O hábito de nos relacionar com os demais: o importante neste ponto é conseguir a cooperação
de todos, e para isso existem regras:
8. O hábito de procurar pessoas adequadas: é fundamental selecionar bem as pessoas com quem
trabalhamos e não aceitar trabalhar com pessoas que tiram tempo, energia, paz ou dinheiro.
10. O hábito da ação: deixei este hábito por último porque é o mais importante de todos. O
conhecimento é inútil sem ação. Isso parece óbvio, porém estamos limitados por uma série de
barreiras que dificultam agir e que nos freiam. Essas barreiras são basicamente:
¨ resistência a mudanças;
¨ tendência de esperar que aconteça alguma coisa que nos resolva o problema;
¨ sentirmo-nos abalados;
¨ a dúvida;
Finalmente, para alcançar o êxito, é importante nos convencermos de que deixar de agir
constitui o maior de todos os perigos. Se não tomarmos a iniciativa, os acontecimentos
controlar-nos-ão. Devemos escolher nossa forma de vida. Não podemos esquecer que a lei
natural de equilíbrio diz que quanto mais tempo se trabalha para conseguir algo, maior
significado representa a sua conquista, e que cada fracasso, num processo de eliminação, nos
aproxima mais um passo do êxito.
Em muitas culturas encontramos inscrições em pedra com símbolos ou sinais que expressam
uma linguagem, no entanto também se procuraram sistemas que permitissem uma difusão mais
rápida e eficiente da linguagem escrita.
Na Mesopotâmia se escrevia com símbolos em forma de cunhas, logo foi chamada de escrita
cuneiforme, eles a escreviam principalmente em placas de barro que uma vez cozidas num forno
se transformavam em documentos perduráveis, as vezes gravando um cilindro com a escritura
que podia ser reproduzida em muitas placas.
A fabricação de papel começou muito cedo na China e foi feito com diversos materiais.
Famosas são essas formas especiais de material para escrever que os egípcios possuíam a partir
da polpa do papiro da qual tomaram esse nome. O couro de ovelha, terneiros e cabras sem
curtir, era utilizado desde 1.500 a.C. no mundo greco-romano, onde a cidade de Pérgamo
fabricava um de excepcional qualidade, dando origem ao nome pergaminho.
Na América Central era utilizado um papel feito de fibras vegetais como o amate e o maguey,
também em lenços de algodão e em peles curtidas de cervo e jaguar.
Em 1714 o engenheiro inglês Henry Mill patenteou a primeira máquina de escrever com a
descrição: “método artificial destinado a impressão ou transcrição de letras, de maneira
individual ou progressiva, uma depois da outra, como a escrita manual…tão nítida e exata que
não se diferencia da letra de uma impressora”. A primeira máquina produzida industrialmente
foi fabricada em 1873 por Remington & Sons em Llion, Nova York.
O salto tecnológico do Século XX
O grande salto aconteceu no Século XX, onde desde 1925 começaram a se utilizar as máquinas
de escrever elétricas. Ao mesmo tempo iniciou-se o desenvolvimento de outra tecnologia, a
eletrônica, que mudou completamente o panorama do armazenamento e difusão da informação.
Em 1959 um engenheiro da Texas Instruments, Jack St. Clair Kilby desenvolveu o primeiro
circuito integrado ao juntar 6 transistores em uma mesma base semicondutora. No ano 2000, ele
recebeu o prêmio Nobel de Física devido à sua grande contribuição à tecnologia da informação.
Destes SSI (Small Scale Integration) chegamos até os ULSI (Ultra Large Scale Integration) que
contém mais de 100.000 componentes.
Um problema nesse excesso de informação é que contar com uma quantidade imensa de
informação não garante que essa informação seja confiável.
A tecnologia tem caminhado com passos acelerados e seu impacto tem sido tremendo na
sociedade, no entanto as pessoas não modificaram sua mentalidade com a mesma velocidade
como para se adaptar a essa nova realidade.
Vejamos alguns exemplos que servem como amostras deste problema.
Hoje se considera um dos grandes avanços sociais viver numa sociedade livre e democrática
onde a voz e opinião dos cidadãos têm peso, na medida em que é canalizada através de sistemas
de participação cidadã. No entanto, no que se baseia a opinião desses cidadãos? Principalmente
na informação que tem recebido, que é o que vai compondo sua visão do mundo. Antes a
principal fonte de informação era aquela recebida em escolas, colégios e em casa. Hoje a maior
parte da informação chega através dos meios de comunicação. Portanto a chave está em
controlar os meios de informação e isso também tem sido compreendido por aqueles que
manipulam a sociedade.
A fonte de informação política e social mais utilizada na atualidade são os telejornais onde
supõe-se que em uns poucos minutos, o telespectador ficará informado daquilo que acontece no
mundo. São difundidas em grande velocidade imagens selecionadas, acompanhadas por leituras
feitas por apresentadores que recém chegaram à redação.
Esta é uma técnica de manipulação conhecida há muitas décadas, a maior velocidade no áudio e
no vídeo impede que o espectador possa pensar e assim torna-se mais facilmente manipulado.
Muitas imagens, muitos temas tratados superficial e desordenadamente, conseguem que o
espectador fique farto de informações, emocionalmente chocado e, no entanto, na melhor das
hipóteses, com uma compreensão muito básica do que está acontecendo de fato.
A infoxicação é o que uma pessoa tem quando a informação que a rodeia – ou aquilo que
deveria saber, supera sua capacidade de assimilação.
Ainda que nem todos tenham acesso a todos os meios disponíveis, todos têm experimentado um
crescimento em forma geométrica da quantidade de dados em relação ao que possuíam há
alguns anos. Mas a pergunta fundamental diante dessa avalanche é se com todo esse
crescimento de dados tem crescido também o nosso conhecimento?
O fato de contar com mais dados, ter informação diária, estar conectado em forma permanente,
não significa necessariamente que se conhece mais ou que se compreende mais aquilo que
acontece.
É preciso assinalar que os dados são a matéria prima da informação, são as cifras, a quantidade,
a anedota, o acontecido. Mas em nome de uma busca pela objetividade temos nos abarrotado de
dados, o que hoje se escuta como notícias são geralmente dados, aconteceu isto ou aquilo, e se
supõe que, se nos são mostradas imagens, fotografias ou filmes, estamos vendo a realidade E
nos esquecemos de que a câmera não capta tudo, mas sim apenas aquilo que quem a usa quer
captar (e ainda por cima essas breves tomadas são editadas). Dados são datas, lugares, nomes. O
que temos na realidade não é um excesso de informação, mas sim um excesso de dados.
Os dados são a matéria-prima para que em base a um processo pensante consigamos obter
informação e saber o que está acontecendo, mas é a inteligência que produz conhecimento.
O oceano de dados que recebemos diariamente, e que temos acesso, só pode ser útil na medida
em que possamos processar como informação. Não basta saber que algo aconteceu, é necessário
saber por que aconteceu, em que ambiente e contexto aconteceu, só então estaremos
informados, antes disso estaremos apenas chocados e às vezes saturados de tantos impactos.
Para que a informação seja algo útil, é necessário transformá-la em conhecimento, aplicar o
discernimento, avaliar de acordo a um bom critério, contrastá-la com princípios fundamentais
para saber sua validade.
O excesso de dados se transforma em uma intoxicação quando não pode ser digerido. Para
lograr esta assimilação é preciso pensar sobre esses dados, compreender os processos e não
ficarmos a mercê apenas do impacto causado.
É importante compreender o que acontece, mas isso só não basta. É preciso saber como atuar,
compreender não apenas o que está acontecendo, mas também em que direção se dirigem esses
processos e encontrar a criatividade necessária para resolver os desafios ao final. O
conhecimento verdadeiramente estratégico é um produto da inteligência,
Utilizar os dados para obter deles informação é responder às naturais perguntas; obter um
conhecimento de prospecção que permita adiantar-se aos fatos; compreender o sentido das
coisas; desenvolver a criatividade; tudo isso é questionar-se, é fazer filosofia.
Fazer filosofia é descobrir o filósofo que todos temos no nosso interior, é desenvolver nossas
potencialidades latentes, é nos surpreender diante da vida e do mundo, é procurar a sabedoria
sem sectarismos. Isto é filosofia à maneira clássica, que é o melhor remédio para sair da
intoxicação pelo excesso de dados e evita cair nas garras da manipulação.
Os Três Tesouros da Vida e os Dantians
30/03/2011 por Aoi Kuwan
Conhecidos simplesmente como “os três tesouros”, eles se referem a três conceitos de
energia da medicina tradicional chinesa que são essenciais para o desenvolvimento da vida:
Jing, escrito com mesmo kanji “sei” de Yousei, é a essência, a energia primordial única de
cada pessoa, com a qual ela nasce, e que é passada pelos pais através da concepção. É a
energia vital essencial no sistema reprodutor que permite a procriação da espécie humana.
e de desenvolvimento do corpo.
Qi, também conhecido como chi ou ki, é a energia vital do corpo. Ela resulta da interação
das energias yin e yang no corpo humano e seu fluxo constante proporciona um corpo
saudável. Bloqueios no fluxo de qi geram doenças, que podem ser curadas atráves da
Shen, escrito com o mesmo kanji de “kami”, significa “mente” ou “espírito”, e relaciona-se
com os processos mentais que ocorrem nos planos superiores. Não se restringe apenas ao
crônica. Quando muito fraca, é um indício de problemas psicológicos. A energia Shen pode
ser fortalecida através da meditação e de exercícios físicos como o Tai Chi e o Chi Kung.
Cada uma dessas energias está relacionada a três centros de energia
do corpo humano chamados de Dantian: Jing está localizado do Dantian Inferior; Qi,
O Chi Kung Chinês vem sendo praticado a milhares de anos. O que é Chi? Essa
pergunta é fundamental e para respondê-la é necessário compreender, em primeiro
lugar, o significado do ideograma antigo da palavra Chi. Mas o que vem a ser o Chi,
ou Ká para os Egípcios, ou Prana para os Hindus.
A palavra Chi na China moderna era a combinação de dois ideogramas Wu e dian.
O ideograma Wu significa vazio, nada. O ideograma dian tem o mesmo significado
que xiu.
O ideograma dian significa “a partícula que deu origem à matéria”. Em outras
palavras, “Chi” significa que a origem das coisas é o nada.
A matéria pode ser dividida em duas partes, que são Xing e Chi. “Xing” é a matéria
que nossos sentidos podem perceber.“Chi” é o que nossos sentidos não podem
perceber, mas que realmente existe, fato comprovado e estudando pela ciência, os
íons livres que percorrem nos cinco elementos da natureza. A fusão de “Xing” e
“Chi” causa uma transformação sem limites. Quando isso acontece forma-se uma
substância ou uma forma. Quando eles se dividem resta apenas o “Chi”.
O nosso corpo não pode evitar a influência que o universo exerce sobre
nós. Ele é formado por muitas substâncias bioquímicas resultando em um
alto nível de vida, que produz e transmite constantemente energia. Essa
energia e potência de transmissão são iguais às do universo e, por causa
dessa harmonia e equilíbrio, o ser humano ganha saúde e se desenvolve.
A teoria do Chi Kung nos ensina que o nosso corpo é o microcosmo que se une com
o macrocosmo; o processo de treinamento enfatiza o sentimento e a purificação,
unindo pensamento e corpo.
Podemos dizer que Chi Kung pode reunir ou influenciar a reprodução do humano, a
cultura, a ciência, a religião, a arte, etc., desde o princípio até o fim. Se não
compreendermos o que é Chi Kung não poderemos nos conhecer nem encontrar o
equilíbrio entre o ser humano e a natureza.
O Chi Kung é a arte da vida. Por isto, não podemos pensar que só se deva treiná-lo
uma hora por semana. O universo nos dá 24 horas por dia. O ideal é usar todo o
tempo disponível enquanto andamos, sentamos, dormimos, tomamos água,
comemos, criamos os filhos, trabalhamos, estudamos, convivemos com as pessoas
e em todos os outros momentos na vida. Chi Kung é sentir; viver é sentir.
Para treinar Chi Kung é necessário manter sempre em mente sete regras básicas
que são conhecidas, porém difíceis de serem executadas. Elas servem, no entanto,
para facilitar nossa vida e mostrar a direção a ser tomada.
3. Perdoar: na vida existe sempre algum tipo de frustração, que gera ódio,
sentimentos de vingança, raiva, tensão, tristeza, inveja, resumindo, emoções
aflitivas que nos enfraquecem. A melhor maneira de eliminar esses sentimentos é
perdoar o outro, pois só o perdão pode reequilibrar a vida.
4. Respeito filial: precisamos ter muito respeito para com os nossos antepassados
(os vivos e os que já se foram). É preciso meditar para reconhecer erros que
cometemos para com eles e procurar transformá-los. Utilizando esse sistema,
desenvolvemos a nossa inteligência. Todas as informações da vida nos foram
transmitidas, de geração em geração, pelos nossos antepassados. As informações
das vidas de nossos antepassados estão presentes em todo o universo em forma de
energia que nos ajuda em nossas vidas. Consequentemente respeitando nossos
antepassados, purificamos os nossos corações.
Não se pode identificar a origem histórica do Chi Kung.Ela se perde nas brumas do
passado da milenar história da China. Ele é o resultado de alguns milhares de anos
de experiência do homem no desenvolvimento do uso da energia cósmica para
inúmeros propósitos definidos. Os antigos mestres e sábios do passado
desenvolveram as artes da energia para curar doenças, promover a saúde e a
longevidade, melhorar as habilidades de luta, expandir a mente e aumentar a
capacidade intelectual, alcançar níveis diferenciados de consciência e atingir a
espiritualidade.
Essas artes que se utilizam da energia cósmica se desenvolveram separadamente
apesar de muitas vezes terem influenciado umas as outras e serem conhecidas por
nomes diferentes: Arte de desenvolver o Elixir, Arte do fortalecimento interno,
Alquimia interna, Kung Fu interno, Arte da longevidade. Porém, todas elas tinham
um fator em comum - Todas envolviam o Chi ou energia. Somente em meados da
década de 50 é que essas artes ficaram conhecidas como Chi Kung, isto é, "arte da
energia ou trabalho interno".
O Chi Kung começou quando o homem pré-histórico descobriu que podia manipular
sua energia através da respiração, de diferentes maneiras, para propósitos
específicos. Descobriu, por exemplo, que soprando delicadamente "shsss..." sobre
uma ferida podia-se reduzir a dor, que gritando "heit" ou "hum..." poderia reunir
mais força, talvez para mover ou levantar objetos mais pesados e que respirando
leve e profundamente podia-se relaxar e descansar.
A Arte Da Longevidade
Atingir a longevidade é possível e uma vida que ultrapassa os cem anos não é
ficção. A história chinesa nos mostra isso através de inúmeros chineses centenários
ancestrais e seus folclores, lendas, documentos, livros históricos e tradições
passadas boca a boca.
Entre eles esta Huang Di (o Imperador Amarelo), chefe do clã dominante do vale do
Rio Amarelo há aproximadamente cinco mil anos atrás, o qual é conhecido hoje
como fundador da nação chinesa.
Kung Fu Imortal
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Uma praticante de Falun Dafa meditando. Descobriu-se que muitas pessoas que praticam meditação são capazes de
emanar grandes quantidades de vários tipos de energia que podem ser medidas, também são capazes de controlar o
metabolismo e outros processos corporais (Jeff Nenarella/Epoch Times)
Muitos estudos demonstraram que as energias emitidas por pessoas que chegaram a um
nível avançado na prática de meditação excedem os níveis humanos normais por
centenas ou milhares de vezes.
Davidson testou os melhores monges do Dalai Lama, todos com 15 a 40 anos de prática
de meditação. Com um eletroencéfalograma (EEG), mediu as ondas gama emitidas
pelos cérebros. Paralelamente, um grupo de 10 estudantes sem nenhuma experiência
com meditação também foram testados após uma semana de treinamento.
As ondas gama são conhecidas como uma das ondas cerebrais elétricas mais
importantes e com mais alta frequência. A produção de ondas gama requer que milhares
de células nervosas atuem ao mesmo tempo em velocidade extremamente elevada.
Davidson verificou que alguns monges produziam ondas gama mais potentes e de maior
amplitude que qualquer outro caso documentado na história. O movimento das ondas
era muito melhor organizado que o dos voluntários sem experiência.
O qigong é uma prática chinesa antiga que cultiva a energia, não apenas por praticarem
exercícios de meditação, mas também pelo aprimoramento da natureza da mente e do
coração, já que acreditam que a mente e o corpo são uma unidade integrada. Seus
efeitos curativos são conhecidos.
O estudo verificou que os mestres de qigong são capazes de emitir poderosas rajadas de
ondas infrassônicas, de cem a mil vezes mais fortes que os indivíduos comuns. Inclusive
os novos praticantes, com somente umas poucas semanas de treinamento, tinham cinco
vezes mais energia infrassônica quando comparada com o período anterior ao
treinamento.
3. Monges que emitem calor em situações onde outros poderiam congelar até a
morte
O jornal da Universidade de Harvard, publicou um artigo sobre uma experiência
produzida com monges tibetanos no norte da Índia.
Herbert Benson, quem estudou as técnicas de meditação por mais de 20 anos disse ao
jornal: “Os budistas sentem que a realidade em que vivemos não é a realidade final, há
outra realidade que podemos aproveitar que não é afetada por nossas emoções ou por
nossa vida diária. Os budistas crêem que esse estado mental pode ser atingido fazendo o
bem aos demais e através da meditação”.
Ele disse que o calor emanado de seus corpos era somente um produto secundário da
meditação.
Lara C. Pullen, escritora médica, entrevistou alguns praticantes de Falun Dafa no ano
2000 para um artigo publicado na CBS Health Watch.
Sen Yang, de Chicago, com 39 anos de idade foi diagnosticado com hepatite crônica.
“Um doutor me disse que não havia maneira de curar a enfermidade, que sofreria pelo
resto de minha vida”, segundo indicou a Sra. Sen.
Os praticantes de Falun Dafa explicaram que a prática não é dirigida para curar
enfermidades, mas que isso é um efeito natural de melhorar a mente e fazer os
exercícios de meditação, que fortalecem a energia do corpo.
Zhi Ping Koulouch, praticante de Falun Dafa, de 43 anos de idade, disse à Sra. Pullen:
“Se uma pessoa é miserável dentro de seu coração, então adoecerá”.
KI
1º) Yuan Chi - Chi original, verdadeiro. É o mais importante para o corpo, pois é
formado pelo Chi essencial, inato, produzido a partir dos alimentos pelo Estômago e
pelo Baço/Pâncreas, e também pela inalação do ar límpido (ver Prana). É a força
motriz para as atividades vitais do corpo.
2º) Zhong Chi - Chi principal. Constitui a força motora que promove a respiração
do Pulmão e circulação do sangue e do coração. A voz e a respiração, a
temperatura e a capacidade de movimento do corpo estão relacionadas com esse
Chi, que se obtém principalmente do ar.
3º) Yong Chi - Chi da nutrição. Produzido a partir da água e dos alimentos, está
distribuído nos vasos sanguíneos, realizando o papel de nutrição.
4º) Wei Chi - Chi defensivo ou protetor. Produzido principalmente pelo estômago e
pelo baço/pâncreas, esse Chi é a parte mais forte convertida a partir de alimentos,
e possui a característica de ser ágil e rápido nos movimentos. Ele está livre do
controle da corrente sanguínea, circulando livremente por todo o corpo, até mesmo
exteriormente pela pele. As funções de Wei Chi são defender a superfície corpórea
contra fatores patogênicos exógenos, controlar o abrir e fechar dos poros cutâneos,
regular a temperatura, umedecer e dar brilho à pele e aos pêlos. A insuficiência de
Chi no estômago, baço e pâncreas pode levar o paciente a sentir frio e facilidade
em apresentar secreção pulmonar.
A origem etimológica do ideograma (Kanji) Ki (気) é o Chi tradicional chinês (氣),
que representa o arroz (米) emanando de si o vapor (气) enquanto cozinha. É
interessante, porque a energia vital da pessoa pode ser vista por um sensitivo
como a aura (em diferentes cores) que rodeia seu corpo, como aquela fumacinha
que sai dos Cavaleiros do Zodíaco quando eles "queimam o Cosmo" (só não
devemos confundir com o (de)efeito óptico que todos nós temos de ver um
contorno difuso em torno das pessoas).
Também é interessante notar que no dicionário há 31 significados associados ao
ideograma, os mais comumente usados sendo ar, sopro, essência, espírito,
coração, éter, atmosfera, temperamento, sabor, etc, enquanto "energia", tão
comumente associado a Ki no ocidente, tem outro ideograma e nome: "Seiryoku".
A atuação do Ki e seu efeito na atividade imunológica recentemente começou a ser
estudado em laboratório, quando o Dr. Tsuyoshi Ohnishi, do Philadelphia
Biomedical Research Institute, procurou obter evidências científicas objetivas da
existência ou não do "efeitos Ki" inibindo o crescimento de células cancerígenas.
Foram usadas células cultivadas de fígado humano com câncer, HepG2, separada
em três grupos com a mesma contagem de células. Um especialista japonês em Ki
emitiu sua energia através dos dedos sobre as vasilhas de um grupo por 5 minutos
e 10 minutos em outro, deixando um grupo sem exposição alguma. Após 24 horas,
foram feitas novas contagem de células e estudo de proteínas. Foi percebido que o
número de células cancerígenas nos grupos expostos ao Ki era muito menor do que
o do grupo não-exposto, na faixa de 30.3% e 40.6% (com 5 a 10 minutos de
exposição ao Ki, rexpectivamente). E a quantidade de proteína por célula era muito
maior nos grupos expostos ao Ki, na faixa de 38.8% e 62.9% (5 e 10 min,
respectivamente).
HARA
Com a prática dessa técnica de retenção do Ki, pode-se fazer uma brincadeira que
é usada em demonstrações de artes marciais, quando uma pessoa normalmente
magra é levantada facilmente por outra mais forte, mas quando essa mesma
pessoa se concentra e direciona seu Ki para baixo, "enraíza" no chão e
aparentemente dobra de peso, só sendo levantada novamente com grande esforço
físico. Na verdade o que ocorre o seguinte: quando alguém tenta nos levantar e
concentramos no Tantien, nós dirigimos - mentalmente - o nosso Ki para baixo,
para os pés e para a terra. Assim, a força do nosso adversário é direcionada para
baixo pela força do nosso fluxo - da nossa energia indo para baixo - então o nosso
adversário está nos "empurrando" para baixo e não para cima, como ele pensa que
está. Para ele superar este fluxo terá que desprender bem mais energia do que o
necessário para nos levantar do solo. É um redirecionamento da força do oponente
(a base do Aikidô).
Comece fazendo isso por 5 minutos ao dia, por 15 dias. Depois passe para 10 min.
ao dia por mais 15 dias, e depois 20 min. por mais 15 dias (ufa!). Depois disso
você já pode sair por aí soltando Hadouken, Leigan, etc.
O Tan t'ien está no centro do corpo. Os taoístas acreditavam que no útero o feto
humano recebe um tipo especial de Ki pelo cordão umbilical. Era o chamado "Ki
pré-natal", que circulava livremente em sua órbita bem como em todos os 32
meridianos de energia. Depois do nascimento e com o passar do tempo este Ki
perde seu controle sobre o corpo, não circula mais livremente, os meridianos ficam
bloqueados e resultam em desequilíbrios emocionais, doenças físicas e fragilidade,
na velhice.
Por outro lado, Tan t'ien é o nome dado aos três principais centros de energia
localizados no eixo interno de nosso corpo:
1º) Tan t'ien Superior - Localizado atrás do ponto médio entre as sobrancelhas -
Hipófise.
2º) Tan t'ien Médio - Localizado na região do Plexo - Coração.
3º) Tan t'ien Inferior - Localizado três dedos abaixo do umbigo.
É esse último ao qual nos referimos aqui, também chamado "Mar de Energia".
Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, estando cheio o reservatório, ele
transborda para os oito vasos energéticos ("vasos maravilhosos") e posteriormente
flui para os doze canais (meridianos), cada um dos quais associados a órgãos
específicos. Dessa forma o Ki circula por todo o corpo ao longo de canais (muitas
vezes seguindo um percurso paralelo ao sistema cardiovascular), animando toda a
matéria viva de nosso ser.
NO HINDUÍSMO
Na índia, o Hara é conhecido como o Swadhistana (Morada do Prazer), em
sânscrito, ou Chakra sexual (sacro), no Brasil. Na verdade, a função
desse chakra ultrapassa em muito a função genital. Ele também controla as vias
urinárias e as gônadas (glândulas endócrinas: testículos no homem; ovários na
mulher) e é responsável pela vitalização do feto em formação (função essa que
divide com o chacra básico). Aliás, a ligação desse dois chakras é estreita demais.
Isso se deve ao fato de que parte da energia Kundalini é veiculada do básico para
dentro do chakra sacro. É por esse fator que alguns tibetanos consideram esses
dois chakras como um único centro.
Osho nos fala, no livro The Golden Future, sobre a prática de reter o Ki ao "fechar
o Hara":
O Hara está muito próximo do centro sexual. Se você não se elevar em direção aos
centros mais altos, em direção ao sétimo centro que está na sua cabeça, se você
permanecer por toda sua vida no centro sexual, bem ao lado do centro do sexo
está o Hara, e quando sua vida acabar, o Hara será o centro por onde sua energia
da vida sairá do corpo.
Você seguiu isso, e você se tornou uma pessoa totalmente diferente. Agora quando
lhe vejo, não posso acreditar na expressividade que tinha visto antes. Agora você
está centrado e sua energia está se movendo na direção correta para os centros
mais elevados. Está quase no quarto centro, que é o centro do amor e que é um
centro muito equilibrado. Três centros estão abaixo e três centros estão acima dele.
Por causa desses sete centros, a Índia nunca deu importância ao Hara. O Hara não
está na linha; está apenas ao lado do centro do sexo. O centro sexual é o centro da
vida e o Hara é o centro da morte. Excitação demais, muito descentramento, lançar
demasiada energia por todo o lugar é perigoso porque isso leva sua energia em
direção ao Hara. E uma vez que a rota é criada, fica mais difícil mover-se para
cima. O Hara situa-se paralelo ao centro sexual, assim a energia pode se mover
muito facilmente. O Hara deve ser mantido fechado. Eis porque eu lhe disse para
ficar mais centrado, para segurar seus sentimentos dentro, e para trazer a energia
para seu Hara. Se você puder manter seu Hara controlando conscientemente suas
energias, este não as permite sair. Você começa a sentir uma tremenda gravidade,
uma estabilidade, um centramento, o que é uma necessidade básica para que a
energia se eleve.
Seu centro do Hara tem tanta energia que, se ela for corretamente direcionada, a
iluminação não é um lugar distante.
Portanto, essas são minhas duas sugestões: mantenha-se tão centrado quanto
possível. Não se perturbe com coisas pequenas: alguém está zangado, alguém lhe
insulta e você fica pensando nisso por horas. Toda sua noite fica perturbada porque
alguém disse alguma coisa... Se o Hara puder segurar mais energia, assim,
naturalmente essa imensa energia começa a subir. Há somente uma certa
capacidade no Hara, e toda energia que se move para cima move-se através do
Hara; mas o Hara deve estar bem fechado.
A segunda coisa é que você deve trabalhar sempre pelos centros mais elevados.
Por exemplo, se você fica zangado com muita freqüência você deve meditar mais
sobre a raiva, para que essa raiva desapareça e essa energia se transforme em
compaixão. Se você é um homem que a tudo odeia, então você deve se concentrar
no ódio; medite sobre o ódio, e essa mesma energia se transforma em amor.
Prossiga movendo-se para cima, pense sempre nos degraus mais altos, para que
você possa alcançar o ponto mais elevado de seu ser. E não deve haver nenhum
vazamento no centro do Hara.
Não deve ser permitido que a energia se mova através do Hara. Uma pessoa cuja
energia começa através do Hara, você pode detectar muito facilmente. Por
exemplo, existem pessoas com quem você irá se sentir sufocado, com quem você
irá sentir como se elas estivessem sugando sua energia. Você descobrirá isso,
depois que elas vão embora, você relaxa e fica à vontade, embora essas pessoas
não estivessem fazendo nada de errado a você.
Você também encontrará o tipo oposto de pessoas, cujo encontro lhe torna alegre,
mais saudável. Se você estiver triste, sua tristeza desaparece; se você estiver
zangado, sua raiva desaparece. Essas são as pessoas cujas energias está se
movendo para os centros mais elevados. A energia delas afeta a sua energia.
Estamos continuamente afetando uns aos outros. E o homem cônscio, escolhe
amigos e companhias que elevam sua energia.
Um ponto está bem claro. Existem pessoas que lhe sugam, evite-as! É melhor ser
claro quanto a isso, diga adeus a elas. Não há necessidade de sofrer, porque são
perigosas; elas também podem abrir o seu Hara. O Hara delas está aberto, eis a
razão de criarem tal sentimento de sugação em você.
A psicologia ainda não percebeu isso, mas é muito importante que pessoas
psicologicamente doentes não deviam ficar juntas. E isso é o que está ocorrendo
por todo o mundo. Pessoas psicologicamente doentes são colocadas juntas em
instituições psiquiátricas. Elas já são psicologicamente doentes e vocês as estão
colocando numa companhia que irá arrastar a energia delas mais para baixo ainda.
Existem métodos, técnicas para fechar o Hara, assim como há métodos para a
meditação, para mover a energia para cima. O melhor e mais simples método é:
tente permanecer tão centrado em sua vida quanto possível. As pessoas não
podem sequer sentar em silêncio, elas ficam mudando de posição. Elas não podem
deitar silenciosamente, por toda à noite elas ficam agitadas e revirando-se.
Você fez bem. Basta continuar o que você está fazendo, acumulando sua energia
dentro de você mesmo. A acumulação de energia automaticamente a faz subir. E
quando ela ficar mais elevada você irá se sentir em paz, mais amoroso, mais
alegre, compartilhando, mais compas
Ki
Traduzindo Ki
Anexo: Definições
Reiki: Ki Universal
Touki: Ki de Luta
Análise Científica
Aura e Magia
Kundalini
(Kundalini , em sânscrito : , tailandês : ณ ฑ ) significa
Descrição
Kundalini é descrita como uma força adormecida, latente e potencial no organismo
humano. [ 6 ] É um dos componentes de uma descrição esotérica do “corpo sutil”, que consiste
de nadis (canais de energia), chakras (centros psíquicos), prana (energia sutil), e bindu (gotas de
essência).
Kundalini é descrita como sendo enrolada na base da coluna, geralmente dentro
de muladhara chakra . A imagem dada é a de uma serpente enroscada três vezes e meia em
torno de uma cinza de cigarro lingam . Cada bobina é dito para representar um dos três gunas ,
com a transcendência da bobina meia significante.
Através da meditação, e várias práticas esotéricas, como kundalini yoga , laya-yoga , [ 7 ] e kriya
yoga, a Kundalini é despertada, e pode levantar-se através da central de nadi ,
chamada sushumna , que surge dentro ou ao lado da coluna vertebral. O progresso da kundalini
através dos diferentes chakras leva a diferentes níveis de despertar e de experiência mística, até
que a kundalini, finalmente, alcança o topo da cabeça,Sahasrara chakra, produzindo uma
experiência extremamente profunda mística.
Significado
Uma série de descrições existentes que tentam descrever exatamente o que a experiência é
kundalini.
Sri Ramana Maharshi mencionou que a energia kundalini não é senão a energia natural do Self,
onde Auto é a consciência universal (Paramatma ) presente em cada ser, e que a mente de
pensamentos individuais capas desta energia natural de expressão não
adulterado. Advaita ensina que auto-realização , iluminação , a consciência de Deus, nirvana e
despertar kundalini são tudo a mesma coisa, e auto-investigação a meditação é considerada um
meio muito natural e simples de alcançar este objetivo. [ 8 ]
Swami Vivekananda kundalini descrito brevemente em Londres, durante suas palestras
sobre Raja Yoga da seguinte forma: [ 9 ]
De acordo com o Yogis , há duas correntes nervosas na coluna vertebral, chamado de ida e
pingala, e um canal oco chamadosushumna correndo através da medula espinhal. Na
extremidade inferior do canal oco é o que os iogues chamam de “Lótus da Kundalini”. Eles o
descrevem como em forma triangular em que, na linguagem simbólica dos iogues, há um poder
chamado de Kundalini, enroscada. Ao que desperta Kundalini, ele tenta forçar uma passagem
por este canal oco, e à medida que sobe degrau por degrau, como se fosse camada, após
camada da mente torna-se aberto e todas as visões diferentes e poderes maravilhosos vêm à
Yogi. Quando ela atinge o cérebro, o Yogi é perfeitamente separada do corpo e da mente, a
alma encontra-se livre. Sabemos que a medula espinhal é composta de uma maneira
peculiar. Se tomarmos a figura do oito horizontalmente (∞), existem duas partes que estão
conectadas no meio. Suponha que você adicionar oito após oito, empilhados um em cima do
outro, que representará a medula espinhal. A esquerda é o Ida, Pingala à direita, e canal oco
que corre através do centro da medula espinhal é a Sushumna. Quando a medula espinhal
termina em algumas das vértebras lombares , uma fibra fina questões para baixo, eo canal
corre até mesmo dentro dessa fibra, só que muito mais fino. O canal é fechado na extremidade
inferior, que está situado perto do que é chamado o plexo sacral, que, segundo a fisiologia
moderna, está em forma triangular. Plexos diferentes que têm seus centros no canal espinhal
pode muito bem estar para os diferentes “lótus” da Yogi.
Etimologia
De acordo com a conhecida professora e tradutora Eknath Easwaran , kundalini significa “o
poder enrolada,” uma força que normalmente fica na base da coluna, descritos como sendo
enrolada há como uma serpente. [ 10 ]
Awakening
O kundalini sobe de muladhara chakra uma sutil canal na base da coluna (chamado Sushumna ),
e de lá para o topo da cabeça fusão com o sahasrara , ou chakra coronário. Quando
kundalini Shakti é concebida como uma deusa, então, quando ele sobe para a cabeça, une-se
com o Ser Supremo ( Senhor Shiva ). Em seguida, o aspirante torna-se absorto em profunda
meditação e bem-aventurança infinita. [ 11 ] [ 12 ]
O despertar da kundalini é dito por alguns como o único caminho de alcançar a Sabedoria
Divina. Self-Realization é dito ser equivalente a Sabedoria Divina ou Gnosis ou o que equivale
à mesma coisa: o auto-conhecimento . [ 13 ] O despertar da kundalini mostra-se como “o
despertar do conhecimento interior” e traz consigo “pura alegria conhecimento, puro e puro
amor.”
Diferentes abordagens
Surge a pergunta: como é este despertar acionado? Existem duas abordagens gerais para o
despertar da kundalini: ativa e passiva. A abordagem activa sistemática envolve exercícios
físicos e técnicas de concentração, visualização, pranayama e meditação sob a orientação de um
professor competente. Estas técnicas vêm de qualquer um dos quatro principais ramos do yoga,
mas para essa finalidade poderia ser chamado de kundalini yoga . A abordagem passiva é um
caminho em vez de rendição em que se deixa de ir todos os impedimentos para o despertar ao
invés de tentar ativamente despertar a kundalini. A parte principal da abordagem passiva
é shaktipat kundalini onde uma pessoa é despertada por um outro que já tem a
experiência. Shaktipat apenas levanta a kundalini temporariamente, mas dá ao estudante uma
experiência de usar como base. [ 14 ]
O mestre espiritual Meher Baba enfatizou a necessidade de um mestre quando ativamente
tentando despertar a kundalini:.. “Kundalini é um poder latente no organismo superior Quando
despertou penetra através de seis chakras ou centros funcionais e ativa-los sem um mestre, o
despertar de a kundalini não pode tomar qualquer um muito longe no caminho; e indiscriminado
tal ou o despertar prematuro é repleto de perigos do auto-engano, bem como desvio de poder A
kundalini capacita o homem consciente de atravessar a planos inferiores e finalmente se funde o
universal. poder cósmico do qual ele faz parte, e que também é às vezes descrito como kundalini
…. O ponto importante é que o kundalini desperta é útil apenas até um certo ponto, após o que
não pode assegurar maiores progressos. não pode prescindir com a necessidade de a graça de
um Mestre Perfeito “. [ 15 ]
A experiência do despertar kundalini pode acontecer quando alguém é ou preparadas ou
não. [ 16 ]
Preparação
Segundo a tradição hindu, a fim de ser capaz de integrar essa energia espiritual, um período de
purificação cuidado e fortalecimento do corpo e do sistema nervoso é geralmente necessária
antecedência. [ 17 ] Yoga e Tantra propor que kundalini energia pode ser “despertado” por
um guru (professor), corpo e espírito, mas deve ser preparado por austeridades yogic
como pranayama , ou controle da respiração, exercícios físicos, visualização e
cantar. Patañjali enfatizou um firme alicerce ético e moral para assegurar o aspirante é
confortável com um grau razoável de disciplina e tem uma intenção séria para despertar o seu
potencial. O aluno é aconselhado a seguir o caminho de uma forma de coração aberto. [ 16 ]
Despreparo
A kundalini pode também despertar espontaneamente, sem nenhum motivo aparente ou
desencadeadas por intensas experiências pessoais, tais como acidentes, experiências de quase
morte, o parto, trauma emocional, estresse mental extremo, e assim por diante. Algumas fontes
atribuem despertares espontâneos para a “graça de Deus”, ou, possivelmente, a prática espiritual
em vidas passadas. [ 16 ]
Um despertar espontâneo em alguém que não está preparado ou sem a assistência de um bom
professor pode resultar em uma experiência que tem sido denominado como “crise kundalini”,
“emergência espiritual” ou “ síndrome de kundalini ”. Os sintomas são ditos assemelham aos de
despertar kundalini, mas são experientes como controle desagradáveis, ou fora do
esmagadora. Efeitos colaterais desagradáveis são ditos ocorrer quando o praticante não se
aproximou de kundalini com o devido respeito e de forma estreita egoísta. Kundalini tem sido
descrito como uma inteligência altamente criativa que supera a nossa. Despertar da Kundalini,
portanto, impõe a devolução, mas não é uma energia que pode ser manipulado pelo ego. [ 16 ]
Efeitos físicos
Os efeitos físicos são acreditados para ser um sinal de despertar kundalini por alguns, [ 18 ] , mas
descrito como efeitos colaterais indesejados apontando para um problema em vez de progresso
por outros. [ 17 ] A seguir são ou sinais comuns de uma kundalini despertada ou sintomas de uma
problema associado com um despertar da kundalini:
Empurrões involuntários, tremores, sensações de agitação, prurido, formigamento e
rastejando, especialmente nos braços e pernas
Corre energia ou sentimentos de eletricidade circulando o corpo
Calor intenso (sudorese) ou a frio, especialmente porque energia é experimentada passando
pelo chakras
Espontânea pranayama , asanas , mudras e bandhas
Visões ou sons, por vezes, associada a um chakra especial
Desejo sexual diminuído ou um estado de orgasmo constante
Expurgos emocional em que as emoções se tornam dominantes em particular por curtos
períodos de tempo. [ 19 ]
Pressão dentro do crânio e dor de cabeça
Bliss, sentimentos de amor infinito e conectividade universal, a consciência transcendental
Uma experiência pessoal foi descrito por Brian Van de Horst: ele sentiu uma atividade na base
da sua espinha começando a fluir para ele relaxou e permitiu que isso acontecesse. Uma
sensação de crescente de energia começou a viajar até suas costas, em cada chakra, ele sentiu
uma sensação orgásmica elétrica como cada tronco nervoso em seu início coluna de fogo. DR
Butler descreve uma experiência semelhante acompanhada por uma onda de euforia e felicidade
suavemente permeando seu ser. Ele descreveu a energia subindo como sendo como a
eletricidade, mas quente, viajando a partir da base de sua espinha até o topo de sua cabeça. Ele
também relatou que, quanto mais ele analisou a experiência, a menos que ocorreu. [ 20 ]
Budismo Vajrayana
Os tantras de Vajrayana gerenciar um sistema que é muito semelhante aos sistemas indianos de
kundalini yoga, em que eles também gerenciar uma série de canais sutis, os ventos sutis, rodas e
gotas sutis, e se referem a uma força conhecida como kandali que deve ser levantou o canal
central. No entanto, há uma série de diferenças. Em primeiro lugar, as descrições são
principalmente sobre „red bodhicitta ”, que reside nos chakras inferiores, e „white bodhicitta ”,
que reside na coroa. O “fogo interior” é inflamada, através de práticas comoTummo , o que faz
com que todos os ventos no corpo para entrar e subir o canal central. Quando o fogo atinge o
topo da cabeça, o bodhicitta branco derrete e escorre para os chacras inferiores, produzindo
profundas experiências espirituais de êxtase e vacuidade. [ 22 ]
Esta prática de “fogo interior” é visto como um yoga preliminar para um novo conjunto de
práticas, a obtenção do “corpo ilusório”, e obter o „Clara Luz‟, bem como práticas como a yoga
sonho e projeção da consciência .
interpretação ocidental
Kundalini é considerada uma interação do corpo sutil juntamente com chakra centros de energia
e nadis canais. Cada chakra é que se diz conter características especiais [ 23 ] e com formação
adequada, movendo energia kundalini „a‟ esses chakras pode ajudar a expressar ou abrir essas
características.
Sir John Woodroffe (pseudônimo de Arthur Avalon) foi um dos primeiros a trazer a noção de
kundalini para o Ocidente. Como Juiz da Alta Corte, em Calcutá , tornou-se interessado
emShaktismo e Hindu Tantra . Sua tradução de e comentários sobre dois textos-chave foi
publicada como O Poder da Serpente . Woodroffe prestados kundalini como “Poder da
Serpente”, por falta de um termo melhor no idioma Inglês, mas “kundala” em sânscrito significa
“espiral”. [ 24 ]
Consciência ocidental da idéia de kundalini foi reforçada com a Sociedade Teosófica eo
interesse do psicanalista Carl Jung (1875-1961) [2] . “Seminário de Jung sobre kundalini yoga,
apresentado ao Clube Psicológico de Zurique em 1932, tem sido amplamente considerado como
um marco na compreensão psicológica do pensamento oriental. Kundalini yoga apresentou Jung
com um modelo para o desenvolvimento de uma consciência mais elevada, e ele interpretou
seus símbolos em termos do processo de individuação “. [ 25 ]
Sri Aurobindo foi o estudioso outra autoridade grande em Kundalini paralelo ao Sir John
Woodroffe, com um ponto de vista um pouco diferente, de acordo com Mary Scott (que é ela
mesma um estudioso mais tarde naquele dia em Kundalini e sua base física) e foi membro da
Sociedade Teosófica. [ 26 ]
Outro popularizador do conceito de kundalini entre os leitores ocidentais foi Gopi Krishna . Sua
autobiografia é intitulada Kundalini: The Evolutionary Energia no Homem . [ 27 ] De acordo com
um escritor seus escritos influenciaram interesse ocidental em kundalini yoga . [ 28 ]
Em 1930 dois estudiosos italianos, Tommaso Palamidessi e Julius Evola , publicou vários livros
com a intenção de re-interpretar a alquimia com referência ao yoga. [ 29 ] Essas obras tiveram um
impacto sobre interpretações modernas da alquimia como uma ciência mística. Nestas obras,
kundalini é chamada de Poder Ígneo ou Fogo Serpentino .
Outros bem conhecidos mestres espirituais que fizeram uso da idéia de incluir kundalini Swami
Rudrananda (Rudi) , Yogi Bhajan , Osho , George Gurdjieff , Paramahansa Yogananda ,Swami
Sivananda Radha , que produziu um guia de idioma Inglês de Yoga Kundalini métodos, Swami
Muktananda , Bhagawan Nityananda , Nirmala Srivastava (Shri Mataji Nirmala Devi), e Samael
Aun Weor .
Nova Era
Kundalini referências podem ser comumente encontrados em uma ampla variedade de derivados
“ New Age ”apresentações, como Shirley MacLaine s „, e é um lema que tem sido adotado por
muitos novos movimentos religiosos . No entanto, alguns comentaristas, como o psicólogo
transpessoal Stuart Sovatsky , [ 30 ] desaprovam autores da Nova Era e grupos que se
apropriaram de certos termos sânscritos do Yoga, tais como chakra, kundalini, e mantra, e
afirma que eles definiram-los de maneiras que se relacionam apenas superficialmente, se em
tudo, o sentido tradicional da palavra. [ 31 ]
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lla_Vittoria_-_2.jpg
A kundaliní é um assunto pelo qual os estudantes ocidentais de Yoga são fascinados, mas acho
difícil que alguém realmente compreenda. Eu tenho lido muitos livros sobre isso e, geralmente,
fico mais confusa após terminar o livro do que estava antes de começar! Há grande quantidade
de seminários sobre essa questão, mas nem sempre fico impressionada com as credenciais dos
oradores. Tenho a ousadia de esperar que finalmente irei receber algum esclarecimento sobre
esse assunto difícil de entender. Um amigo meu, que passou a sua juventude reunindo iniciações
de vários mestres, afirma que a transmissão shaktipat que recebeu de Anandi Ma foi, de longe,
a mais potente e tangível iniciação que já tinha recebido. Se ela realmente é uma mestra dessas
energias sutis, talvez Anandi Ma possa explicá-las em termos que eu possa compreender.
- O que é realmente a kundaliní? – arrisco-me, perguntando-lhe.
Acrescento que, às vezes, as pessoas têm experiências estranhas ou poderosas que acreditam
significar que a sua kundaliní se manifestou, mas eu não estou convencida de que isso seja
verdade.
Anandi Ma sorri, os seus olhos escuros brilham, mas depois fica muito séria:
- A kundaliní é a parte da alma que surge primeiro e prepara o corpo antes que a alma possa
realmente entrar nele. Depois que a criação do corpo físico está completa, ela fica adormecida
na base da espinha. Os yogis utilizam essa mesma energia para alcançar novamente a alma e,
depois, Deus. É descrita como serpentina devido à sua motilidade, a maneira como a energia se
move. Baseia-se em três espirais e meia, que têm diversas interpretações diferentes. Por
exemplo, diz-se que representam os três aspectos da criação: criação, preservação e destruição;
também as três qualidades, sattva, rajas etamas (pureza, atividade e inércia). Refere-se também
aos três estados da consciência em diferentes níveis que conhecemos como estado de vigília, de
sono e de sonho. E, acima de tudo, é sat, chit e ananda, que chamamos de confiança,
consciência e alegria. A meia espiral é o estado que todos nós devemos alcançar, conhecido
como turiya, totalmente além desse nível comum de consciência.
“A kundaliní é a energia matriz, a adi shakti que, lenta e gradualmente, conduz a pessoa ao
objetivo mais elevado. Como parte desse despertar, ela ocasiona, por assim dizer, alguma
negatividade como parte do processo de limpeza. É isso que tem causado alguns equívocos,
porque as pessoas não sabem como lidar com ela. Também há muitas interpretações incorretas,
devido às quais as pessoas podem pensar erroneamente que tiveram um despertar da kundaliní.
Nós vemos muitas daquelas pessoas. Fica claro como o dia e a noite quando a kundaliní foi
despertada ou quando é alguma outra coisa. Na América, infelizmente, há confusão devido à
formação cultural, e, muitas vezes, a mente não está disposta a aceitar (a experiência
dakundaliní). Nessa cultura, não tomam conhecimento da kundaliní e, por isso, as pessoas
acreditam que há algo de errado com elas. Esse é o problema.
“Você deve conhecer os movimentos físicos (involuntários) chamados kriyas, que são
possibilitados pela kundaliní e que fazem parte da limpeza. Às vezes, você irá ouvir que há
ferimentos e que surgem efeitos emocionais. Freqüentemente, depois que a kundaliní desperta,
aparecem coisas como raiva e medo, mas são fenômenos muito efêmeros. É apenas um processo
temporário de limpeza; os seus samskáras (tendências e desejos inconscientes) precisam ser
liberados, para que a mente fique clara, de modo que a pessoa evolua.
“Cada indivíduo terá experiências diferentes, porque o passado é diferente de pessoa para
pessoa. Apesar de tudo isso, bem no início, em algum lugar, há uma sensação de paz e de
felicidade. Se a pessoa conseguir se relacionar com ela e trabalhar para aumentá-la, a felicidade
irá se tornar cada vez maior, até que a pessoa atinja o estágio final e, depois, será uma parte
permanente do seu ser. Esse estado interior de paz e de felicidade é idêntico para todas as
pessoas.
Extraído do livro Filhas da Deusa – As mulheres santas na Índia de hoje, Editora Nova Era,
…………….
FOHAT
Fohat é uma palavra tibetana que designa um dos conceitos mais importantes da Cosmogénese
Esotérica. Tem o seu correlato no Eros da Mitologia Esotérica, no Apãm-Napât (”Filho das
Águas”) dos Vedas e do Ahura-Mazda, no Daiviprakriti das Escolas Filosóficas Hindus,
particularmente da Samkhya, e em Toom e Khepera do antigo Egipto.
“Fohat é uma coisa no Universo ainda não-manifestado e outra coisa no mundo fenomenal e
cósmico” 1.
No Imanifestado
No Imanifestado, ou seja, antes da formação de Cosmos objectivos, Fohat é latente e coeterno
com Parabrahman e Mulaprakriti. Parabrahman (Para: além de; Brahman: o Ser Cósmico) é a
Consciência Absoluta (ou a Inconsciência Absoluta de qualquer coisa em particular).
Mulaprakriti (Mula: raiz; Prakriti: natureza, substância) é a raiz pré-cósmica da substância
universal, a natureza caótica antes da organização do Cosmos. Movimento Absoluto, Força
Absoluta de União (entre) Consciência e Substância, Fohat mantém absolutamente unidos
Parabrahman e o seu véu Mulaprakriti. Movimento Absoluto no (Não-)Ser Absoluto, une sem
unir (pois nada existe separado), tal como se move sem se mover. Mas, sendo Fohat o
“incessante poder destruidor e formador” 2, que simultaneamente une e separa, liga ou des-liga;
sendo Fohat o desejo criador (que no domínio cósmico é Kama-Eros) que impele para a
manifestação, do seio do Todo Ilimitado (em si mesmo, Imanifestado), ciclicamente 3 ele aparta
os protótipos do Pai e da Mãe, do Pensamento e da Matéria, da Subjectividade e da
Objectividade (Intra)Cósmicas, Parabrahman e Mulaprakriti – que, como tais, são
(simultaneamente) Pai-Mãe 4, Pensamento-resultado do Pensamento, Sujeito-Objecto.
No Manifestado
Então Fohat torna-se o Raio Divino de inesgotável potência criadora que incute o Pensamento
Divino Absoluto (ParaBrahman) no seio da proto-Mãe (Mulaprakriti). Ele volve-se de Filho em
Esposo (processo que encontramos nas mais diversas Mitologias). O processo que dará lugar à
construção do Cosmos, iniciou-se, com o despertar do até então latente Primeiro Logos. “A
princípio, dormindo no seio de Mulaprakriti é então seu Filho. Assim que desperta, torna-se seu
Esposo e o �Pai-Oculto�, jorrando a energia universal chamada Shekinah na Cabala e
Daiviprakriti no Bhagavad Gita” 5. O Primeiro Logos serve somente como um centro
transmissor de força, a Luz do Logos, cuja fonte é Parabrahman. E este último, “tendo aparecido
por um lado como o Ego [sujeito activo consciente] e por outro como Mulaprakriti, actua como
a energia una através do Logos” 5. Esta energia, a Luz do Logos (ou Verbo de Parabrahman) é
Fohat-Daiviprakriti.
Daí resulta que o contraste desses dois aspectos do Absoluto é essencial para a existência do
Universo manifestado. Isolada da Substância Cósmica, a Ideação Cósmica não poderia
manifestar-se como consciência individual; pois só por meio de um veículo (upâdhi) de matéria
é que a consciência emerge como â��Eu sou Euâ�™, sendo necessária uma base física para
concentrar um Raio da Mente Universal a certo grau de complexidade. E por sua vez, separada
da Ideação Cósmica, a Substância Cósmica não passaria de uma abstracção vazia, e nenhuma
manifestação de consciência poderia surgir.
O Universo Manifestado acha-se, portanto, informado pela dualidade, que vem a ser a essência
mesma da sua Ex-istência como manifestação. Mas, assim como os pólos opostos de Sujeito e
Objecto, de Espírito e Matéria, não são mais do que aspectos da Unidade Una, que é a sua
síntese, assim também no Universo Manifestado existe â��algoâ�™ que une o Espírito à
Matéria, o Sujeito ao Objecto”.
Sendo o Terceiro Logos identificado com a Mente Cósmica (Mahat ou Maha-Buddhi) cabe
explicitar que a substância ontológica da Mente Divina são todas as Inteligências Divinas
Espirituais. A Mente Divina são essas Inteligências Espirituais ou Deuses (incluindo as
Mónadas Humanas) e não a Mente de um Ser (um Deus…) em particular. Do mesmo modo, o
Logos ou Demiurgo não é um Ser Individual, excepto se tomado na acepção de o mais elevado
Hierarca de um Sistema ou Cosmos, i.e., o vértice superior de uma Hierarquia, de uma Legião,
de um vasto conjunto de Inteligências Criadoras ou Deuses; mais rigorosamente, expressa uma
colectividade abstracta de Construtores, de Dhyani Chohans 7, de Hierarquias Septenárias de
Poderes Criadores 8.
Deste modo, Fohat é o dinamismo da Mente Divina e, sendo a substância desta o conjunto das
Inteligências Espirituais, ou Centelhas Divinas ou Dhyani-Chohans, é através destes – e
mobilizando estes – que Fohat faz imprimir o desenho divino, os arquétipos divinos na
substância Universal. Fohat é, pois, “o Construtor dos Construtores”.
1. Os Sete Primordiais, os Sete Primeiros Sopros do Dragão de Sabedoria 9, produzem por sua
vez o Torvelinho de Fogo 10 com os seus Sagrados Sopros de Circulação giratória.
2. Dele fazem o Mensageiro de sua Vontade. O Dzyu 11 converte-se em Fohat; o Filho veloz
dos Filhos Divinos 12, cujos Filhos são os Lipika, leva mensagens circulares. Fohat é o Corcel,
e o Pensamento, o Cavaleiro 13. Ele passa como um raio através de nuvens de fogo; dá Três,
Cinco e Sete Passos através das Sete Regiões Superiores e das Sete Inferiores. Ergue a sua Voz
para chamar as Centelhas inumeráveis e reúne-as 14.
3. Ele é o seu condutor, o espírito que as guia. Ao iniciar a sua obra, separa as Centelhas do
Reino Inferior, que se agitam e vibram de alegria nas suas radiantes moradas, e com elas forma
os Germes das Rodas. Colocando-as nas Seis Direcções do Espaço, deixa uma no Centro: a
Roda Central.
4. Fohat traça linhas espirais para unir a Sexta à Sétima – a Coroa. Um Exército dos Filhos da
Luz situa-se em cada um dos ângulos; os Lipika ficam na Roda Central. Dizem eles: “Isto é
bom.” O primeiro Mundo Divino está pronto; o Primeiro, o Segundo. Então o “Divino
ArÃL;�pa” se reflecte no Chhâyâ Loka 15, a Primeira Veste de Anupapâdaka 16.
5. Fohat dá cinco passos; e constrói uma roda alada em cada um dos ângulos do quadrado para
os Quatro Santos… e seus Exércitos.
Fohat, vivificando e combinando os átomos, em agregados ou formas cada vez mais complexas,
conduz ao desdobramento dos Planos e sub-planos da Substância Universal que, da Adi-Prakriti
ou Substância Cósmica Primordial, por degraus sucessivos de densificação ou materialização,
vai chegar até à pesada e comparativamente lenta matéria física. Como escreveu, novamente,
Helena Blavatsky: “Fohat, correndo ao longo dos sete princípios do ÃL;�kâsha, actua sobre a
substância manifestada, ou o Elemento ÃL;�nico e, diferenciando-se em vários centros de
energia, põe em movimento a lei de Evolução Cósmica, que, em obediência à Ideação da Mente
Universal, produz todos os diversos estados do Ser, no Sistema Solar manifestado”.
A Ciência Esotérica considera que Fohat é a grande Força Universal, com os seus “filhos-
irmãos” (filhos e irmãos, porque Fohat é a síntese de todos), a saber: Movimento, Som, Calor,
Luz, Coesão, Electricidade e Magnetismo. É Fohat que incita a matéria à actividade e à
evolução. É ele o portador da Vida.
Fohat não é apenas o poder electro-vital construtor de grandes Cosmos, onde imprime o
Pensamento Divino (da colectividade de Inteligências Divinas Espirituais). Na verdade, afirma
o Ensinamento Ocultista que existem tantos Fohats quantos são os mundos, e cada um deles
varia em poder e em grau de manifestação. Os Fohats individuais perfazem um Fohat universal
e colectivo – o aspecto-entidade da Não-Entidade una e absoluta, que é a Asseidade absoluta,
Sat. Há Fohat em cada Ser individual, nomeadamente num ser humano. Neste, temos Fohat a
unir o “Espírito puro, o Raio inseparável do Absoluto, com a Alma, constituindo ambos a
Mónada humana” 2, tal como, na Natureza, Fohat é o primeiro elo entre o Incondicionado e o
manifestado – ou antes, é o próprio detonador da Manifestação. É Fohat que, na substância
akáshica, delimita o Ovo Áureo 17 de cada Ser Humano. É, ainda, de energia fohática que é
constituído o Sutratman, o fio da Vida que percorre os diferentes níveis de manifestação
humana. É fohática toda a energia eléctrica e nervosa que decorre do nosso desejo motivador da
acção. O Ocultismo correlaciona, no Universo manifestado, Fohat com o 4o Princípio, Kama, o
Desejo, a Alma Animal.
Mais a Ocidente
Também na “Doutrina Secreta” podemos ler: “Na cosmogonia grega arcaica, que difere muito
da que veio depois, Eros é a terceira pessoa da trindade primitiva, Caos – Gaea – Eros – a qual
corresponde à trindade cabalística: Ain Soph, o Todo sem limites (pois Caos é o Espaço),
Shekinah, e o Ancião dos Dias (ou Espírito Santo). Neste último, ele é aquele poder oculto,
eléctrico e vital que, sob a Vontade do Logos Criador, une e relaciona todas as formas, dando-
lhes o primeiro impulso, que com o tempo se converte em lei. Mas no Universo Não
Manifestado Fohat não é isso, como Eros não é o brilhante Cupido alado posterior, ou o Amor.
Fohat ainda nada tem a ver com o Cosmos, porque o Cosmos não é nascido e os Deuses
dormem ainda no seio do Pai-Mãe. É, sim, uma ideia filosófica abstracta; não produziu ainda
nada por si mesmo, é simplesmente o poder criador potencial, em virtude de cuja acção o
Númeno de todos os fenómenos futuros se divide, por assim dizer, para reintegrar-se num acto
místico supra-sensível e emitir o Raio criador.
Quando o â��Filho Divinoâ�™ exsurge, Fohat passa então a ser a força propulsora, o Poder
activo, que é a causa de o Um se converter em Dois e em Três (no plano cósmico da
manifestação.) O tríplice Um diferencia-se nos Muitos, e Fohat transforma-se na força que
reúne os átomos elementais e faz com que se aglutinem e se combinem entre si. Vemos um eco
destes antiquíssimos ensinamentos na mitologia grega primitiva. Erebos e Nux nascem de Caos,
e, sob a acção de Eros, dão, por sua vez, nascimento a Aether e a Hemera, a luz da região
superior e a da região inferior ou terrestre. As Trevas engendram a Luz. Compare-se isto com a
Vontade ou o â��Desejoâ�™ de criar de Brahmâ, nos Puranas; e, na cosmogonia fenícia de
Sanchniathon, com a doutrina de que o desejo é o princípio da criação”.
A brilhante sugestão de HPB, leva-nos a fazer uma pequena digressão pela mitologia grega,
aproximando-nos assim de uma tradição mais ocidental.
A mitologia grega passou por várias mutações ao longo dos séculos mas sempre se manteve a
ideia do Caos antes de todas as coisas. Na feliz expressão de Ovídio, o “Caos é a personificação
do vazio primordial, anterior à criação, quando a ordem ainda não havia sido imposta aos
elementos do mundo”. Na cosmogonia egípcia e grega, o Caos é uma energia poderosa do
mundo informe e não ordenado, que cinge a criação ou cosmos. Existia antes da construção do
Universo e coexiste com o mundo formal, envolvendo-o como uma imensa e inexaurível reserva
de energias, nas quais se dissolverão as formas nos fins dos tempos.
Como já vimos, numa das apresentações da mitologia grega, Gaea ou Gaia, e Eros, eram (com
Caos) os outros elementos da Trindade primitiva. Depois, Ouranos, como Primeiro Logos,
sucede a Caos (o correspondente a Parabrahman, como Gaia corresponde a Mulaprakriti, e Eros
a Fohat).
Gaia, Géia ou Gê é, na mitologia grega, a personificação da Terra (daí que se use como prefixo
para designar ciências relacionadas com o estudo do planeta). Mas esta deusa era também tida
como a propiciadora dos sonhos e a protectora da fecundidade. O sentido é profundo: tal como
Prakriti é “a que tem atributos femininos” 6 e, portanto, da sua unidade primordial, pode dar
origem à reprodução multiplicadora, assim Gaia é a proto-Mãe do Cosmos. Tinha, deste modo,
o epíteto de Magna Mater. Por outro lado, o Cosmos, o Universo manifestado, é, em última
instância, uma ilusão, Maya, um sonho…
Sem intervenção masculina, Gaia gerou sozinha Urano (o Céu). Formou com Urano o primeiro
casal divino – o 1o Logos (Urano), de que Gaia é simultaneamente Mãe e Esposa (à semelhança
de tantas Cosmogonias arcaicas), passa a ser um vórtice, um centro transmissor de força na
substância pré-cósmica.
Quanto a Eros, em termos de formulação escrita, aparece pela 1a vez na Teogonia de Hesíodo.
Eros nasceu do Caos, ao mesmo tempo que Géia. Numa variante da cosmogonia órfica, o Caos
e Nix ou Nux (a Noite) estão na origem do mundo: Nix põe um ovo (correspondente a
Hiranyagarbha, o Ovo do Mundo), de que nasce Eros, enquanto Urano e Gaia se formam das
duas metades da casca partida. Nesta acepção, Nix corresponderia a Mulaprakriti, e Gaia a
Pradhana, a substância cósmica primordial do Primeiro Logos. Eros é geralmente conhecido
como deus do amor e do desejo – o que corresponde a Fohat, pois este é o desejo da acção
criadora e, na sua qualidade de Amor divino, o poder eléctrico de afinidade e simpatia. Ao
apresentá-lo como filho do Caos, a tradição mais antiga apresentava-o como a força ordenadora
e unificadora – assim aparece na versão de Hesíodo e em Empédocles, o eminente filósofo pré-
socrático. O seu poder unia os elementos para fazê-los passar do caos ao cosmos, ao mundo
organizado. Deste modo, ele desponta o Cosmos do Caos, como incessante poder formador. Nas
cosmogonias órficas, Eros tudo une, e destas uniões nasce a raça dos deuses imortais (os Dhyani
Chohans, que ele mobiliza e através dos quais se transmite, como já vimos). Em Hesíodo, está
entre os primeiros a emergirem do Caos (na verdade, Daiviprakriti-Fohat é a própria força de
emersão do Cosmos das águas primordiais) e, com ele, “arranca” tudo o mais (do Caos).
Afirmava o neoplatónico Proclo (de que falaremos adiante) que, segundo Ferecides (o mestre do
grande Pitágoras), quando Zeus deseja criar (demiourgein, ser Demiurgo) transforma-se em
Eros. Fohat é a Luz do Logos (ou Demiurgo), diz a Doutrina Secreta. Eros é, pois, uma força
motriz, uma espécie de primeiro motor nas antigas cosmogonias e como tal, aliás, reconhecido
por Aristóteles. Eros traduz a união dos opostos e essa é a função de Fohat, que, desde logo, une
os dois pólos radicais do Universo: Espírito e Matéria, Purusha e Prakriti.
Vemos, por conseguinte, a equivalência entre os orientais Fohat e Daiviprakriti e o grego Eros.
E a propósito de Grécia, passamos a mencionar um dos mais brilhantes filósofos gregos e
pensadores da civilização ocidental, o grande Proclo (além de filósofo, foi igualmente cientista).
Viveu no Século V, não só numa época em que a luz da grande Grécia se apagara já, em grande
medida, mas, sobretudo, num tempo em que a Igreja Católica, volvida Igreja oficial do Império
Romano, tiranizava tudo e todos os que pensassem de forma diferente da sua. Ela havia
destruído milhares e milhares de obras, literárias e artísticas, que eram os produtos gloriosos da
cultura antiga. Ela havia perseguido e martirizado milhares de sábios pagãos e de cristãos ditos
hereges. Ela impedia a liberdade de culto e pensamento. Pouco depois da morte de Proclo, a
escola neoplatónica de Atenas foi compulsivamente encerrada. Os seus dirigentes e estudantes
foram obrigados a deixar o Império, excepto se preferissem enfrentar a morte. O ensino livre de
filosofia e até de jurisprudência (!!!) foi proibido. Discutir qualquer assunto religioso fora da
ortodoxia cristã era severamente punido.
Foi no meio deste crescente de obscurantismo que a luz de Proclo brilhou intensamente.
2. Ovo ou Envoltório Áureo, o substrato da Aura que circunda o homem, que é de Akasha puro
e primordial, a primeira película formada na expansão ilimitada de Jiva, a Raiz de tudo;
1. Prana, o Sopro de vida, o mesmo que Nephesh (da Cabala e da Bíblia). Com a morte do ser
vivo, Prana volta a ser Jiva.
Como é bom de ver, existe uma correlação entre os Princípios e Aspectos antecedidos do
mesmo número.
Escreveu Helena Blavatsky: “O Ovo Áureo contém simultaneamente o homem divino e o
homem físico, e está directamente relacionado com ambos. (…) Na sua essência, o Ovo Áureo é
eterno; e nas suas constantes correlações e transformações, durante o progresso das
reencarnações do Ego na Terra, é como uma máquina de movimento perpétuo . (…) O Ovo
Áureo, que reflecte todos os pensamentos, palavras e actos do homem, é:
1o O conservador dos anais kármicos;
2o O repositório dos poderes bons e maus do homem que, pela sua vontade, ou antes, com o seu
pensamento, admite ou rechaça essas potencialidades, que, uma vez acolhidas, logo se
convertem em poderes activos (…);
3o [O que] provê o homem com a Forma Astral [o Linga-Sharira], sobre a qual se modela o
corpo físico, primeiro como feto e depois como menino e homem; de modo que a Forma Astral
vai crescendo paralelamente com a forma física”.
No fundo, o Ovo Áureo é o Sutratman ou Cordão Prateado.
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Prana
Prana ( , prana ) é o sânscrito palavra para “vital” (a partir da
raiz pra ”encher”, cognato para a América plenus ”full”). É um dos cinco órgãos de vitalidade
ou sensação, viz. prana“sopro”, vac ”fala”, chakshus ”vista”, shrotra ”ouvir”,
e manas ”pensamento” (nariz, boca, olhos, ouvidos e mente; Chup . 2.7.1).
Em Vedanta a filosofia, prana é a noção de um vital, a vida -força de sustentação dos seres vivos
e de energia vital , comparável à noção chinesa de Qi . Prana é um conceito central
na Ayurveda e Yoga , onde acredita-se que o fluxo através de uma rede de multa canais sutis
chamados nadis . Sua forma material mais sutil é a respiração, mas também é para ser
encontrado no sangue, e sua forma mais concentrada é sêmen nos homens e fluido vaginal em
mulheres. [ 1 ] O Pranamaya-kosha é um dos cinco Koshas ou ” bainhas “do Atman .
Prana foi pela primeira vez exposta no Upanishads , onde faz parte do reino, do mundo físico,
sustentando o corpo ea mãe de pensamento e, portanto, também da mente . Prana permeia todas
as formas vivas, mas não é em si o Atman ou alma individual. No Ayurveda, o dom eo sol são
consideradas uma fonte de prana.
Na filosofia hindu da Caxemira Shaivism , prana é considerada como um aspecto
da Shakti ( energia cósmica ).
Nadis
Mais informações: Nadi (yoga e ayurveda)
Na Yoga e no Ayurveda, os três principais canais de prana são a Ida, o Pingala e Sushumna. Ida
se relaciona com o lado direito do cérebro, eo lado esquerdo do corpo, que terminam no narina
esquerda e pingala para o lado esquerdo do cérebro e do lado direito do corpo, que terminam no
narina direita. Em algumas práticas, a respiração alternada equilibra o prana que flui dentro do
corpo. Na maioria dos textos antigos, o número total de nadis no corpo humano é indicado para
ser 72.000. Quando o prana entra num período de atividade elevado, se intensificou,
o Yoga tradição refere-se a ele como Pranotthana . [ 2 ]
Os cinco Pranas
No Ayurveda , o prana é ainda classificados em subcategorias, referido como prana vayus . De
acordo com a filosofia hindu estes são os princípios vitais da básica de energia e faculdades
sutis de um indivíduo que sustentam os processos fisiológicos. Há cinco pranas ou correntes
vitais no sistema hindu: [ 3 ]
1. Prana : Responsável pelo batimento do coração ea respiração. Prana entra no corpo
através da respiração e é enviado para todas as células através do sistema circulatório .
2. Apana : Responsável pela eliminação de resíduos do corpo através dos pulmões e
sistemas excretores.
3. Udana : Responsável pela produção de sons através do aparelho vocal, como na fala,
cantando, rindo e chorando. Também representa a energia consciente necessária para
produzir o vocal sons correspondentes à intenção de o ser. Daí Samyama sobre udana dá os
centros superiores de controle total sobre o corpo.
4. Samana : Responsável pela digestão de alimentos e células metabolismo (ou seja, a
reparação e fabricação de novas células e crescimento). Samana também inclui a regulação
dos processos de calor do corpo. Auras são projeções desta corrente. Por práticas de
meditação pode-se ver auras de luz em torno de cada ser. Iogues que praticam especial na
samana pode produzir uma aura flamejante à vontade .]]).
5. Vyana : Responsável pelos processos de expansão e contração do corpo, por exemplo, o
sistema voluntário muscular.
Como o nadis ficam cheias de prana, o corpo se torna rejuvenescida de dentro. Torna-se forte e
firme, com toda a flexibilidade de uma criança.” P.28, ~ Swami Muktananda, Kundalini, O
Segredo da Vida
Prana é uma palavra sânscrita que significa literalmente “força vital” a energia invisível bio-
energia ou vital que mantém o corpo vivo e mantém um estado de boa saúde. Prana é
semelhante se não idêntico à energia orgone de Wilhelm Reich, que ele acreditava ser em
constante movimento, nonentropic e responsável pela criação da matéria, e serve como um meio
de fenômenos eletromagnéticos e gravitacional. Existem muitos termos para a energia sutil,
incluindo Od, orgone, ondas escalares, prana e tachyon e energia etérica. Em vários lugares ao
redor do mundo a força vital tem sido chamado: Japão – Ki, China – Chi, Grécia – Pneuma,
polinésia – Mana, hebraico – Ruah – Sopro de Vida, Egipto – Ka.
No hinduísmo, Prana é o assunto infinito de energia que nasce. Também interpretada como a
vital, a força de sustentação da vida tanto do corpo do indivíduo e do universo. A palavra surgiu
pela primeira vez no Upanishads, onde faz parte do reino, do mundo físico, sustentando o corpo
e é a mãe de pensamento e, portanto, também da mente. Prana, como o combustível para toda a
energia e movimento, é dito ser o que distingue um corpo vivo de um morto. Na tradição do
Yoga um período de aumento Prana é conhecido como Pranotthana, isto é, sem dúvida,
referindo-se a um despertar da kundalini.Prana permeia todas as formas de vida, mas não é em
si o Atma ou alma individual. De acordo com a cosmovisão oriental, prana é entendido como o
fluxo através de uma rede de canais ou meridianos, os chamados nadis. Os três canais principais
são: a ida, pingala e sushumna. A ida e pingala canais são ditas para correlacionar com a
respiração uninostril esquerda e direita. O controle do Prana é alcançada (inicialmente) a partir
do controle da própria respiração (Pranayama). Na ioga, técnicas de pranayama são usados para
controlar o movimento destas energias vitais dentro do corpo, o que é dito para levar ao
aumento da vitalidade do praticante.
Prana constitui a bainha segundo (kosa) de um ser humano (o Atman ou o Eu). Kundalini é a
energia, mas tem um impacto e é gerada por (causa e efeito) todos os koshas:
Obviamente aqui os hindus e os budistas não estão dizendo que a energia (prana) é absorvido de
volta para o vácuo (Void), mas que a consciência entra Unidade Ser Absoluto, também
conhecido por Samadhi. Átomos em um estado de spin alto mudam a sua relação com o espaço-
tempo e energia ponto zero, então provavelmente há algumas mudanças profundas neste
quantum mais extrema de todas as condições bio-. Outros significados para o Samadhi são:
união, totalidade, o Ser Absoluto Unitiva absorção meditativa ou enstasis e conjunção; sujeito e
objeto se tornar um. Há um excelente artigo de Michael comanos em Samadhi
aqui: http://sped2work.tripod.com/samadhi.html
A uma coisa que tem que ser elaborada é a diferença entre o Vazio físico e Emptiness subjetiva
… enquanto eles estão metaforicamente semelhante não são a mesma coisa. E ainda os mais
elevados estados de consciência pode de fato ser desenho sobre energia ponto zero. Quando em
Samadhi não é um “contato” o vazio de energia ponto zero tanto como transcender o
pensamento, porque um cérebro tão iluminado com a energia não é capaz de pensar … com a
mente pensante foi, então, a Testemunha vem à tona, e um percebe que não há consciência sem
pensamento. Esta consciência, claro, é ilimitado, infinitamente spaceous, completamente sem
identificação e abrange a liberdade total, e por isso é falado como o Vazio.
Kundalini não se move necessárias “para cima” do corpo, por isso tudo está acontecendo no
cérebro … e “sentida” no corpo como uma conseqüência. A idéia de bloqueios ao fluxo da
kundalini pode em vez disso ser interpretado como tecido insuficiente, imaturo e
nascente. Metamorfose é um processo de reconstrução da morte e atualização para maior
eficiência na transmissão de energia e consciência. Uma vez que você pode ter a carga total de
10.000 orgs até a coluna vertebral com pouca preparação … como poderia haver
“bloqueios”. Na realidade não há maturação, frutos ea resistência a isso! Se os nervos estão
prontos e recursos e pessoa entregue o suficiente, então a conjunção interior irá ocorrer. A
centelha de iniciação será acesa eo fogo interior começará seu trabalho de transformação.
O significado em grego do êxtase é estar fora de si mesmo. Ficar fora de si mesmo e, portanto,
por sua vez sujeito em objeto é Samadhi.
http://biologyofkundalini.com/article.php?story=Prana