Sie sind auf Seite 1von 47

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7

Cadernos PDE

II
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
OFICINA TANGRAM- CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTOS GEOMÉTRICOS EM UM AMBIENTE
COLABORATIVO DE APRENDIZAGEM

Autor Bássima Ali Youssef

Disciplina/Área (ingresso no PDE) Matemática

Escola de Implementação do
Colégio Estadual Aline Picheth
Projeto e sua localização
Município da escola Curitiba

Núcleo Regional de Educação Curitiba

Professor Orientador Neila Tonin Agranionih

Instituição de Ensino Superior Universidade Federal do Paraná

Resumo
A presente produção didático-pedagógica visa
proporcionar aos alunos do 7ª ano da Escola Estadual
Aline Picheth, localizado no Bairro Ahú em Curitiba – PR,
a construção de conhecimentos geométricos por meio
de um ambiente colaborativo. Através da aplicação de
uma oficina de Matemática, busca novas propostas para
tornar a aula de matemática mais estimulante e o estudo
da Geometria mais acessível, bem como a criação
coletiva de um ambiente colaborativo de aprendizagem.

Palavras-chave: Geometria, Ambiente Colaborativo, Tangram

Formato do Material Didático Unidade Didática

Público Alvo Alunos do 7º ano


SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

BÁSSIMA ALI YOUSSEF

UNIDADE DIDÁTICA
OFICINA TANGRAM - CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTOS
GEOMÉTRICOS EM UM AMBIENTE COLABORATIVO DE
APRENDIZAGEM

CURITIBA – PARANÁ
2014
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIDADE DIDÁTICA
OFICINA TANGRAM - CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTOS
GEOMÉTRICOS EM UM AMBIENTE COLABORATIVO DE
APRENDIZAGEM

Material didático-pedagógico desenvolvido


como um dos requisitos do Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE) da
Secretaria de Estado da Educação em
parceria com a Universidade Federal do
Paraná (UFPR).

Orientadora:Profa. Neila Tonin Agranionih

CURITIBA - PARANÁ

2014
APRESENTAÇÃO

Esta Unidade Didática propõe a realização de uma Oficina de


Matemática para o trabalho com conteúdos de Geometria no 7° ano do Ensino
Fundamental, tendo como recurso didático o Tangram.

Será desenvolvida por meio da construção coletiva de um ambiente


colaborativo de aprendizagem e aborda conteúdos relacionados aos conceitos
matemáticos da geometria trabalhados nos 6º e 7º anos do Ensino
Fundamental.

Busca novas propostas para tornar a aula de matemática mais


estimulante e o estudo da Matemática mais acessível, envolvendo conteúdos
de Geometria e materiais concretos com os alunos do 7º ano do Ensino
Fundamental na Escola Aline Picheth- Curitiba- PR.

Também tem como objetivos:

- proporcionar uma atividade diferenciada de Matemática com o uso de


materiais concretos especificamente o Tangram;

- estimular a participação do aluno em atividades conjuntas para


desenvolver a capacidade de ouvir, compartilhar ideias e respeitar colegas;

- promover o intercâmbio de ideias como fonte de aprendizagem;

- desenvolver habilidades de construção, identificação, comparação e


reflexão para a construção do conhecimento matemático;

- propiciar a oportunidade de construir conceitos de modo autônomo,


sendo o professor mediador do processo ensino aprendizagem.

- estimular a criatividade, desenvolver o raciocínio lógico e geométrico,


como habilidades de visualização, reflexão e análise de figuras.

A oficina Tangram será realizada no contraturno das aulas, mediante


inscrição. Envolverá 15 alunos, com duração média de uma hora e meia a cada
encontro.
Os conteúdos a serem abordados nessa Unidade Didática são o cálculo
de perímetro, de área e as propriedades dos polígonos. Como estratégia, será
utilizado um material didático manipulável, o quebra-cabeça Tangram
oportunizando a apropriação dos conceitos geométricos por meio da
visualização, do manuseio, da construção e da reflexão sobre as ações
desenvolvidas com material manipulável. O meio utilizado para coletivizar as
informações será um “mural” a ser organizado pelos grupos participantes e
pelo professor.
Inicialmente teremos o período para a inscrição, onde os participantes
receberão todas as informações necessárias de como irá ocorrer a Oficina,
material necessário, formas de pesquisa etc.
A oficina será desenvolvida em seis encontros, sendo:

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

1º ENCONTRO ATIVIVIDADE I: HISTÓRIA DO TANGRAM

ATIVIDADE II: CONTEÚDOS GEOMÉTRICOS PARA A


CONSTRUÇÃO DO TANGRAM

2º ENCONTRO ATIVIDADE III: CONSTRUÇÃO DO TANGRAM

ATIVIDADE IV: ESTUDO DAS FIGURAS GEOMÉTRICAS


DO TANGRAM

3º ENCONTRO ATIVIDADE V: ÁREA E PERÍMETRO

ATIVIDADE VI: CONSTRUÇÃO DE FIGURAS UTILIZANDO


AS PEÇAS DO TANGRAM

4º ENCONTRO ATIVIDADE VII: CONSTRUÇÃO DOS TANGRANS: OVAL E


CORAÇÃO PARTIDO

5º ENCONTRO ATIVIDADE VIII: CONSTRUÇÃO DE FIGURAS


UTILIZANDO OS TANGRANS: OVAL E CORAÇÃO
PARTIDO

6º ENCONTRO ATIVIDAE VII: TANGRAM ONLINE

ATIVIDADE VIII: AVALIAÇÃO


Para a realização da Oficina, os alunos serão orientados e estimulados
no momento da inscrição a pesquisarem no Google e nos livros didáticos sobre
a História do Tangram e sobre os conteúdos geométricos e algébricos que
estão envolvidos neste recurso. Será apresentada aos alunos a figura do
Tangram, para que não ocorram equívocos no momento da pesquisa. As
informações obtidas, bem como, livros didáticos, paradidáticos, trazidos pelos
alunos e pelo professor constituir-se-ão em fontes de pesquisa a cada etapa da
Oficina. Assim, todo o material para pesquisa será disponibilizado no início das
atividades e servirá como fonte de informações, de acordo com as orientações
dadas a cada etapa da Oficina.

A Oficina será formada por grupos, sendo preferencialmente de 3


integrantes.

A cada atividade proposta os grupos da Oficina irão compor, por meio


de uma cartolina, o seu próprio “mural” para expor e coletivizar sua pesquisa,
ideias e conceitos. A partir das informações trazidas pelos alunos, o professor,
que tem papel de mediar e direcionar as informações expostas, a cada
atividade proposta também construirá um “mural” coletivizando as informações
construídas pelos grupos na perspectiva da construção de um ambiente
colaborativo de aprendizagem.

Ao término de cada atividade os alunos serão orientados quanto ao


material de pesquisa para o próximo encontro.
UNIDADE TEMÁTICA

OFICINA TANGRAM - CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTOS


GEOMÉTRICOS EM UM AMBIENTE COLABORATIVO DE
APRENDIZAGEM
PRINCÍPIOS NORTEADORES DA OFICINA

As atividades propostas visam possibilitar uma alternativa de ensino


significativa e diferenciada com vistas à construção de conhecimentos
matemáticos em um ambiente colaborativo de aprendizagem. Tais atividades
terão como pano de fundo, alguns princípios norteadores. São eles:

- colaboração

Uma característica do ambiente colaborativo é a de que o sujeito


participante resolve as atividades propostas, cria alternativas e procura
alcançar metas compartilhadas, ou seja, a colaboração em equipe permite
analisar coletivamente as atividades propostas.

O grupo assume o comprometimento com a autoria valorizando o


processo e não o produto. Passa a valorizar a liberdade com responsabilidade,
cada aluno se torna responsável pela sua aprendizagem e pela aprendizagem
de todos.

O que caracteriza um ambiente colaborativo não é a imposição e sim a


construção coletiva, a investigação, onde os sujeitos compartilham suas ideias,
conceitos, trabalhando juntos, tomando decisões compartilhadas, respeitando
estabelecendo metas mútuas, conduzindo e avaliando conhecimentos
conjuntamente.

Nesse processo, face às informações de cada grupo, as colaborações


devem ser analisadas com cuidado, pois cada uma delas deve ser discutida
pelos sujeitos envolvidos na Oficina.

- investigação

O grupo, com seu material de pesquisa, diferentemente da sala de aula


tradicional onde os conteúdos são transmitidos pelo professor, realizará
pesquisas no sentido de buscar conhecimentos necessários à construção dos
conceitos geométricos envolvidos na oficina.

- autonomia

Na aprendizagem autônoma o aluno é o responsável pela sua


aprendizagem. Assim considera-se o aluno capaz de determinar como deve ser
organizar frente ao processo de aprendizagem, quais são as suas dificuldades
e como deve proceder parar superá-las.

Com a Oficina o aluno dará início a uma atividade autônoma onde terá
participação ativa no processo de aprendizagem, pois em nenhum momento o
professor trará os conceitos acabados. Todos os conteúdos geométricos
trabalhados, todos os conceitos, as deduções e observações partirão dos
alunos oportunizando a eles a identificação de erros, acertos e comparações.

- ação do aluno

A participação dos alunos nas atividades se dará de forma ativa e


crítica. Considera-se que a construção de conhecimentos se dá a partir de das
ações dos sujeitos e reflexões sobre essas ações.

As ações dos alunos decorrem das orientações do professor,


valorizando a liberdade com responsabilidade, o comprometimento com a
autoria, interagindo e realmente colaborando uns com os outros, com o objetivo
de produzir conhecimentos, através das diferentes atividades.

O professor conduzirá todo o processo de construção como mediador,


direcionando o foco, mas jamais trazendo o resultado pronto e acabado,
estimulando sempre o desenvolvimento da autonomia.

- socialização de conhecimentos

As trocas de ideias e discussões dos sujeitos contribuem muito para o


crescimento de todos. A socialização de conhecimentos se dará a partir do
compartilhamento das percepções, informações e conclusões. Cada grupo
socializará aos demais colegas por meio do mural, toda a produção. A partir
delas serão definidos os resultados de cada atividade posta no mural,
respeitando sempre a criatividade de cada colega.

- mediação

Quando a abordagem pedagógica é utilizada na forma colaborativa, o


professor é tido como elemento central e articulador deste processo, o qual fará
a mediação e articulação das ações, envolvendo e motivando todos os alunos
a participarem ativamente da construção coletiva do conhecimento.

Nesta oficina o professor conduzirá as orientações do quê serão


pesquisados, quais os conteúdos, mas o aluno será responsável pela busca do
conhecimento em seu material de pesquisa. Essas orientações dar-se-ão por
meio de perguntas norteadoras feitas pelo professor onde os grupos
colaborativos darão a respectivas respostas resposta.

Ao professor cabe apoiar os grupos no enfrentamento de suas


dificuldades e de seus erros, possibilitando assim, o desenvolvimento e o
exercício da autonomia por parte dos alunos.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O ENSINO DE GEOMETRIA

O ensino da geometria no Brasil teve seus momentos de altos e baixos.


Hoje o estudo da geometria voltou a ser visto como parte integrante da
matemática sendo inserido em muitos livros didáticos paralelamente ao estudo
da álgebra e aritmética.
Dentro dos Parâmetros Curriculares Nacionais de matemática temos
que:

A Aritmética e a Geometria formaram-se a partir de conceitos que se


interligavam. Talvez, em consequência disso, tenha se generalizado a
ideia de que a Matemática é a ciência da quantidade e do espaço,
uma vez que se originou da necessidade de contar, calcular, medir,
organizar o espaço e as formas ( BRASIL, 1997, p. 20).

Para OLIVEIRA e VELASCO (2007) a geometria é parte intrínseca do


nosso universo físico e seu ensino faz parte do currículo das escolas de todos
os países do mundo. O ensino da Geometria, além de possuir um vasto campo
de aplicação prática, permite igualmente ao educando construir conhecimentos
teóricos. Estes conhecimentos, compostos por definições, temas, postulados e
teoremas, possibilitam um amplo desenvolvimento intelectual, ou seja, um
grande desenvolvimento de interpretação e do raciocínio teórico e prático.
Entendem que o ensino de geometria é um dos processos didáticos que requer
maior sensibilidade do professor, pois trabalha a união das formas visuais com
os conceitos e propriedades.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais salientam a importância dos
conceitos geométricos no currículo:

Os conceitos geométricos constituem parte importante do currículo de


Matemática no ensino fundamental, porque, por meio deles, o aluno
desenvolve um tipo especial de pensamento que lhe permite
compreender, descrever e representar, de forma organizada, o
mundo em que vive. ( BRASIL, 1997, p. 35).

O referido documento considera a Geometria um campo que possibilita


várias aprendizagens:
A Geometria é um campo fértil para se trabalhar com situações-
problema e é um tema pelo qual os alunos costumam se interessar
naturalmente. O trabalho com noções geométricas contribui para a
aprendizagem de números e medidas, pois estimula a criança a
observar, perceber semelhanças e diferenças, identificar
regularidades e vice-versa.( BRASIL, 1997, p. 35).

Outro problema relacionado ao ensino da geometria, apontado por


Almouloud (2010, p.125), se refere ao fato de que as demonstrações dos
objetos matemáticos são muitas vezes desvinculadas dos registros de
representação. Somando-se a esse fator, diz o autor, está a grande dificuldade
do aluno em interpretar textos matemáticos, não sendo capaz de selecionar as
principais informações contidas nas situações-problemas e relacioná-las a fim
de encontrar a sua solução. Talvez, diz o autor, esses problemas decorram da
utilização apenas do livro didático para explorar a geometria, pois a maioria não
apresentam questões de interpretação desses textos, ou seja, as definições,
teoremas, situações problemas entre outros.
Barderas (2000, p.101), nos diz que hoje em dia há um enorme esforço
em se dedicar a “inventar” e a “descobrir” recursos que permitam a certo tipo
de alunos intuir e aprender o conhecimento fora do contexto formal. Desses
esforços encontra-se alguns caminhos a seguir. No entanto, conforme os PCN -
Matemática:

É consensual a ideia de que não existe um caminho que possa ser


identificado como único e melhor para o ensino de qualquer
disciplina, em particular, da Matemática. No entanto, conhecer
diversas possibilidades de trabalho em sala de aula é fundamental
para que o professor construa sua prática (BRASIL, 1997, p.28).

Pais (1999) alerta para a necessidade de não transformar o uso de


materiais num processo de mera manipulação:

Nas atividades de ensino da geometria, envolvendo o uso de


materiais, é preciso estar duplamente vigilante para que toda
informação proveniente de uma manipulação esteja em sintonia com
algum pressuposto racional e, ao mesmo tempo, que todo argumento
dedutivo esteja associado a alguma dimensão experimental.
Acreditamos que este é o primeiro passo para valorizar uma
interpretação dialética para o uso dos materiais didáticos.

Na Educação Básica, a Educação Matemática valoriza os


conhecimentos geométricos, que não devem ser rigidamente separados da
aritmética e da álgebra. Interliga-se com a aritmética e com a álgebra “porque
os objetos e relações dela correspondem aos das outras; assim sendo,
conceitos, propriedades e questões aritméticas ou algébricas podem ser
clarificados pela geometria, que realiza a tradução para o aprendiz”
(LORENZATO, 1995, p. 07).

O USO DE MATERIAIS DIDÁTICOS NO ENSINO DE GEOMETRIA

O uso de recursos didáticos se dá como apoio ao processo de


aprendizagem quando o professor observa que existe uma maior
dificuldade na compreensão dos conceitos matemáticos buscando um
facilitador neste processo de ensino. Criar estratégias diversificadas para
que o aluno goste de conhecer, construir e estudar a geometria pode ser
um desses facilitadores. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais
de Matemática:

A atividade matemática escolar não é “olhar para as coisas prontas e


definidas”, mas a construção e a apropriação de um conhecimento
pelo aluno, que se servirá dele para compreender e transformar sua
realidade (BRASIL, 1997, p.15).

E, nesse sentido:

Recursos didáticos como jogos, livros, vídeos, calculadoras,


computadores e outros materiais têm um papel importante no
processo de ensino e aprendizagem. Contudo, eles precisam estar
integrados a situações que levem ao exercício da análise e da
reflexão, em última instância, a base da atividade matemática (
BRASIL, 1997, p.15)

A utilização de materiais concretos auxilia nas aulas de Geometria, pois


através da materialidade as dificuldades tendem a serem amenizadas. A
construção de materiais faz com que o “aprender fazendo” seja um facilitador
entre o professor, o aluno e o conhecimento auxiliando no processo da
aquisição do conhecimento. Ainda de acordo com os Parâmetros Curriculares
Nacionais,

Uma das possibilidades mais fascinantes do ensino de Geometria


consiste em levar o aluno a perceber e valorizar sua presença em
elementos da natureza e em criações do homem. Isso pode ocorrer
por meio de atividades em que ele possa explorar formas como as de
flores, elementos marinhos, casa de abelha, teia de aranha, ou
formas em obras de arte, esculturas, pinturas, arquitetura,ou ainda
em desenhos feitos em tecidos, vasos, papéis decorativos, mosaicos,
pisos, etc ( BRASIL, 1997, p.78- 79).

Nacarato (2005) diz que não há como desconsiderar que o incentivo à


utilização de materiais manipuláveis se faz presente na maioria dos atuais
livros didáticos e, talvez, em decorrência disso, o professor venha incorporando
um discurso sobre a sua importância. O uso de materiais manipuláveis no
ensino foi destacado pela primeira vez por Pestalozzi, no século XIX, ao
defender que a educação deveria começar pela percepção de objetos
concretos, com a realização de ações concretas e experimentações. No Brasil
o discurso em defesa da utilização de recursos didáticos nas aulas de
Matemática surgiu na década de 1920. A autora também refere que esse
período foi marcado pelo surgimento de uma tendência no ensino de
Matemática que ficou conhecida como empírico-ativista decorrente dos ideais
escolanovistas que se contrapunham ao modelo tradicional de ensino no qual o
professor era tido como elemento central do processo de ensino.
Fiorentini (1995) revisa as tendências pedagógicas na Educação
Matemática e também se refere à concepção empírico-ativista, em que o aluno
passa a ser considerado o centro do processo e os métodos de ensino se
pautavam em atividades, valorizando a ação, a manipulação e a
experimentação, tendo como pressupostos a descoberta e o princípio de que
'aprende-se a fazer fazendo'. O ensino seria baseado em atividades
desencadeadas pelo uso de jogos, materiais manipuláveis e situações lúdicas
e experimentais.
Nacarato (2005) afirma que não é o simples uso de materiais que
possibilitará a elaboração conceitual por parte do aluno, mas a forma como
esses materiais são utilizados e os significados que podem ser negociados e
construídos a partir deles. Reforça a importância da utilização de materiais,
principalmente para o ensino da Geometria. Destaca que há certa resistência
do professor- que atua de 6º a 9º ano e Ensino Médio- na utilização até mesmo
dos materiais que são sugeridos pelos livros didáticos adotados. Essa
resistência, diz a autora, talvez seja decorrente de uma não vivência - quer
como estudantes, quer como licenciados de propostas didático-pedagógicas
que incluam o uso de materiais didáticos.
Materias manipuláveis podem facilitar o processo de ensino da
matemática para Nacaratto (2005). No caso da Geometria, há vários materiais
sugeridos e utilizados pelos professores, como: conjunto de sólidos
geométricos, Tangram, Geoplano e Poliminós. Em momento algum, a autora
questiona a utilização desses materiais, pelo contrário, considera-os
fundamentais em todas as séries e níveis de ensino, uma vez que podem
contribuir para o desenvolvimento da visualização. A visualização é entendida
como

[...] habilidade de pensar, em termos de imagens mentais


(representação mental de um objeto ou de uma expressão), naquilo
que não está ante os olhos, no momento da ação do sujeito sobre o
objeto. O significado léxico atribuído à visualização é o de transformar
conceitos abstratos em imagens reais ou mentalmente visíveis. (
NACARATO e PASSOS, 2003, p.78)

Chama a atenção também para o fato de que estudos na área da


geometria apontam a importância dos processos de visualização.

AMBIENTES COLABORATIVOS DE APRENDIZAGEM

A aprendizagem em matemática é vista, em geral, como uma atividade


individual. Alunos acompanham aulas expositivas e, em seguida devem
estabelecer uma rotina de estudos isolados uns dos outros. A aprendizagem
colaborativa representa uma alternativa didática às aulas expositivas e à
aprendizagem individual.
Paulo Freire (1996, p.165) afirma que “ensinar não é transferir, é
construir conhecimento junto com o outro”. Entendemos que a proposta de
ensino colaborativo possibilita até mesmo a inclusão, pois muitas vezes aquele
aluno que se sente excluído estando em uma atividade de construção coletiva,
faz com que ele se motive, pois o objetivo a ser atingido dependerá também da
sua participação, ou seja, sua participação é fundamental.
Compartilham dessa linha de pensamento as colocações de Perez
(1999, p. 274) quando destaca que:

Na cultura do profissional do magistério está muito presente o


individualismo. Todavia, o trabalho solitário tem sido concebido como
um entrave não só ao desenvolvimento do professor, mas também à
constituição de um corpo de conhecimento próprios à profissão

A prática do professor de Matemática também é marcada por uma


postura individualista e tradicional, o que dificulta ainda mais o processo ensino
e aprendizagem, tendo em vista que essa postura favorece um ambiente
propício à falta de comunicação e diálogo entre professores e alunos, os
agentes desse processo. Segundo Ponte (2003), na colaboração os diversos
participantes trabalham em conjunto em prol de um objetivo comum, em uma
estrutura baseada na igualdade e na ajuda mútua.
Pais (2001. p. 134) define ambiente colaborativo como sendo:

Um ambiente social, cultural, intelectual e psicológico que promove e


sustenta a aprendizagem enquanto processo social, baseado na
partilha de recursos e construção solidária de saberes, formado por
um conjunto de pessoas em interação animadas de um conhecimento
mútuo, de um sentimento de pertence e identidade.

O ambiente colaborativo desenvolveu-se, sobretudo após a década dos


anos 60. No entanto, esse movimento de aprendizagem colaborativa deve ser
visto mais como uma redescoberta e não como uma descoberta.
Fazem parte dos ambientes colaborativos de aprendizagem os grupos
colaborativos. Segundo Parrilla (2004) grupos colaborativos são aqueles em
que todos os componentes compartilham as decisões tomadas e são
responsáveis pela qualidade do que é produzido em conjunto, conforme suas
possibilidades e interesses. Assim atividades realizadas em grupo, isto é,
colaborativamente, de forma conjunta, permite a socialização, adaptação às
normas, troca de experiência e de aprendizagem.
Tais ambientes também envolvem processos e estratégias
colaborativas. A respeito disso Paulo Dias (2001) nos diz que:

Os processos e estratégias colaborativas integram uma abordagem


educacional na qual os alunos são encorajados a trabalhar em
conjunto na construção das aprendizagens e desenvolvimento do
conhecimento. A aprendizagem colaborativa é baseada num modelo
orientado para o aluno e o grupo, promovendo a sua participação
dinâmica nas atividades e na definição dos objetivos comuns do
grupo.

Vigotsky (1989, apud Damiani, 2008, p.214 ) é um dos autores que


vem embasando um grande número de estudos voltados para o trabalho
colaborativo. Segundo ele, a colaboração entre alunos ajuda a desenvolver
estratégias e habilidades gerais de soluções de problema pelo processo
cognitivo implícito na interação e comunicação.
Vygotsky (1991, p.65 ) afirma que:

[...] que um aspecto essencial do aprendizado é o fato de ele criar


uma zona de desenvolvimento proximal; ou seja, o aprendizado
desperta vários processos internos de desenvolvimento, que são
capazes de operar somente quando a criança interage com pessoas
em seu ambiente e quando em cooperação com seus companheiros.
Uma vez internalizados, esses processos tornam-se parte das
aquisições do desenvolvimento independente da criança.

Dessa forma, entende-se como um o esforço conjunto dos alunos, que


desejam estudar juntos, trocar ideias, fortalecer a aprendizagem e levar a um
conhecimento mais duradouro.
O ambiente colaborativo permite ao aluno opinar na construção do
conhecimento, fazendo do erro uma ferramenta para a construção dos
conceitos envolvidos. Este ambiente seria conhecido como ambiente de
aprendizagem.
O ambiente colaborativo representa uma alternativa às aulas expositivas
e à aprendizagem individual e segundo Davidson (1990) tem como
características:
- estabelecer um mecanismo social de apoio aos seus membros- os
alunos perderiam sua inibição em realizar perguntas muito elementares ao
fazê-las aos seus colegas de grupo;
- esse mecanismo social de apoio possibilita uma discussão que facilita
a fixação e reforço de conceitos;
- a aprendizagem no ambiente colaborativo possibilita a verificação de
mais de uma forma de solução de problemas pelos alunos ( caso exista)
- os alunos podem ser apresentados a problemas mais sofisticados,
que muitas vezes não seriam adequados às restrições de sala de aula o de
aprendizagem individual.
No ambiente colaborativo, o professor é tido como elemento central e
articulador deste processo, o qual fará a mediação e articulação das ações,
envolvendo e motivando todos os alunos a participarem ativamente da
construção coletiva do conhecimento.
INSCRIÇÕES

Objetivo:

Divulgar o ambiente colaborativo e promover a participação dos alunos.

Metodologia:

A oficina Tangram será divulgada a todos os alunos do 6º ano


matriculados no estabelecimento, pelo professor aplicador do projeto, que
esclarecerá aspectos de sua realização, tais como horário, tema, objetivo,
material para pesquisa e a importância da participação dos alunos. Os alunos
interessados preencherão uma ficha de inscrição com os dados abaixo:

OFICINA TANGRAM: CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO GEOMÉTRICO


EM UM AMBIENTE COLABORATIVO DE APRENDIZAGEM

INSCRIÇÃO
Nome: ______________________________
Série:________________________________ Turma:_____________
Horário: _________________________________________________
Datas dos Encontros: _______________________________________________
Autorização do responsável:__________________________________

( ) Ambiente Colaborativo

Na inscrição serão orientados quanto a realização da Atividade I, ou


seja, em relação ao material de apoio que deve ser trazido a cada encontro.
Neste momento, a Origem/Lenda do Tangram.
ATIVIDADE I: HISTÓRIA DO TANGRAM

Objetivo:

Incentivar a pesquisa e promover a contextualização da Origem/Lenda


do Tangram.

Metodologia

Com o material trazido e sob a orientação do professor, cada grupo irá


expor em seu “mural” a Origem/Lenda do Tangram e como é possível formar
figuras a partir dele, coletivizando suas pesquisas com os demais colegas.
Paralelamente à apresentação dos participantes, e com as informações
apresentadas por cada grupo, o professor irá construir um “mural” com todas
as informações construídas coletivamente.

Algumas sugestões de perguntas norteadoras e informações que


podem compor o mural:

VOCÊ SABE O QUE É O TANGRAM?

O Tangram é um antigo quebra-cabeça chinês de origem milenar. O


nome significa “sete tábuas de sabedoria”. Sendo composto por sete peças
chamadas “tans”, que podem ser posicionadas de maneira a formar um 1
quadrado, 1 paralelogramo e 5 triângulos de vários tamanhos (dois grandes
triângulos, dois pequenos triângulos e um triângulo médio).

Estas sete “tans” colocadas em conjunto podem adquirir formas de


inúmeras figuras como gatos, pássaros, cangurus, barcos, etc. Além da figura
do quadrado, diversas outras formas podem ser obtidas, sempre atento a duas
regras:

- Todas as peças devem ser usadas;

- Não é permitido sobrepor peças.

O Tangram é um excelente instrumento pedagógico para trabalhar


diversas definições e conceitos geométricos.
COMO FUNCIONA O TANGRAM?
O Tangram além de funcionar como um quebra cabeça
geométrico é também um importante instrumento pedagógico para
o ensino da geometria, onde vários conteúdos podem ser
explorados através deste material didático pedagógico, como por
exemplo, figuras geométricas planas, área, perímetro, ângulos, etc.

COMO SURGIU O TANGRAM?

Ninguém sabe ao certo quando ou como o Tangram foi inventado.


Diz a lenda que o Tangram foi inventado por um jovem Chinês que ao
despedir –se de seu mestre para uma viagem ao mundo, recebeu um
espelho de forma quadrada. Seu mestre pediu para que registrasse tudo
o que visse nesse espelho para mostrar-lhe na volta da viagem..

O discípulo indagou seu mestre questionando de que forma


poderia registrar a viagem apenas com um simples espelho?

No mesmo momento da indagação o espelho caiu de suas mãos


quebrando-o em 7 peças e então seu mestre disse:

“Agora, com essas sete peças, você poderá construir figuras para
ilustrar o que verá durante a viagem”.

E assim o jovem foi ilustrando as figuras que foi vendo, através


das peças do espelho. Após essa descoberta os chineses batizaram o
espelho quebrado em 7 peças, sendo de TANGRAM sendo difundido para
todo o mundo .

Ao término desta atividade, os alunos serão orientados a pesquisarem


e trazerem em seu material de apoio, na próxima atividade ou encontro, os
conteúdos geométricos envolvidos para a construção do Tangram.
ATIVIDADE II: CONTEÚDOS GEOMÉTRICOS
PARA A CONSTRUÇÃO DO TANGRAM

Nesta atividade, os alunos em grupos serão orientados a investigar


quais conteúdos e conceitos geométricos estão envolvidos na construção do
Tangram.

Objetivo:

Definir os conteúdos e conceitos geométricos necessários para a


construção do Tangram sendo eles: diagonal, equidistância, ponto médio,
segmento de reta, vértices, paralelismo e figuras geométricas (quadrado,
triângulo e o paralelogramo).

Metodologia

Cabe ao professor lançar as perguntas necessárias para orientar as


atividades a serem desenvolvidas pelos grupos na oficina. Algumas perguntas
norteadoras poderão ser:

1. Vocês sabem como construir um Tangram? Pesquisem em seu material


como construir um Tangram.

2. Vocês conseguem observar se existem conteúdos matemáticos na


construção do Tangram?

3. Quais os conteúdos envolvidos para a construção do Tangram?


Procurem definir cada um deles, isto é, definir diagonal, ponto médio,
equidistância, vértice, segmento de retas, retas paralelas, congruência,
retas perpendiculares.

4. Existem figuras geométricas nesta construção? Quais são?

5. Definam cada uma delas, ou seja, defina quadrado, triângulo e


paralelogramo.
Cada grupo deverá apresentar aos colegas as respectivas definições e
conceitos, coletivizando em seu mural. O professor será o mediador,
organizando as ideias e orientando sempre que necessário. Paralelamente o
professor afixará em seu mural as informações construídas coletivamente pelos
grupos.

Ao término desta atividade, os alunos serão orientados a pesquisarem e


trazerem para seu material de apoio, na próxima atividade ou encontro, outros
métodos para a construção do Tangram.
ATIVIDADE III: CONSTRUÇÃO DO TANGRAM
Após definidos e discutidos os conceitos referentes à Atividade II, os
integrantes farão a construção das sete peças do Tangram.

Objetivo:

Aplicar os conceitos geométricos estudados na ATIVIDADE II e vivenciar


a prática da Geometria através da construção do Tangram.

Metodologia:

Iniciaremos esta atividade com as perguntas norteadoras a serem


propostas aos grupos:

1. Vocês sabem construir um Tangram? Conversem sobre os métodos


pesquisados e optem por uma maneira de construção.

2. Coletivizem a construção escolhida pelo grupo através do seu mural.

Será solicitado aos grupos que construam o Tangram optando por um


dos processos apresentados e socializem com os colegas procurando
evidenciar os conteúdos matemáticos presentes no processo.

Após o professor solicita que todos construam o Tangran seguindo o


processo abaixo, pois esta opção de construção permite a reflexão sobre
muitos conceitos matemáticos, e o façam identificando-os.

Cada integrante do grupo receberá uma Espuma Vinílica Acetinada,


E.V.A. para confeccionar o Tangram seguindo o passo-a-passo disponibilizado
pelo professor.

Passo 1: em uma Espuma Vinílica Acetinada, E.V.A. recortar um


quadrado com medidas 20cm x 20 cm. Identificar os vértices com letras
maiúsculas A, B, J e H

Passo 2: Traçar um segmento de reta que vai do vértice B ao vértice


H, dividindo o quadrado em dois triângulos iguais.

Passo 3: para encontrar o ponto médio do segmento de reta BH,


pegue o vértice A e dobre até o segmento BH que será o ponto médio BH
representado pelo ponto D.

Agora trace um segmento de reta que vai do vértice A ao ponto D,


formando 3 triângulos.

Passo 4: Dobre o vértice J até o ponto D formando assim dois pontos


E e I, respectivamente um no segmento BJ e outro no segmento HJ.

Passo 5: Agora trace um segmento de reta do ponto E ao ponto I.

Passo 6: trace uma reta perpendicular do ponto D ao segmento EI

Passo 7: A partir do ponto I trace um segmento de reta paralelo ao


segmento DG e a partir do ponto G trace outro segmento de reta paralelo ao
lado AH.
Assim está pronto o Tangram, composto por: 1 quadrado (Q), 1
paralelogramo ( P) e 5 triângulos de tamanhos diferentes, sendo dois grandes (
Tg), dois pequenos ( Tp) e um médio ( Tm).

Recorte todas essas figuras geométricas e obterá as sete peças do


Tangram.

Ao término desta atividade os alunos serão orientados a pesquisarem e


trazerem para a próxima atividade ou encontro no material de apoio,
propriedades das figuras geométricas que compõem o Tangram.
ATIVIDADE IV : ESTUDO DAS FIGURAS
GEOMÉTRICAS DO TANGRAM
Com o material de apoio, os alunos serão orientados a identificarem as
propriedades de cada figura que compõem o Tangram.

Objetivo:

Identificar características e propriedades dos polígonos: quadrado,


triângulo e paralelogramo.

Metodologia:

Por meio de perguntas norteadoras os grupos serão estimulados a iniciarem


seus trabalhos. As perguntas serão feitas em blocos, para que os alunos
possam refletir sobre elas, pesquisar, discutir as respostas e respondê-las, e
coletivizá-las antes de partir para a discussão do próximo bloco de perguntas.

Bloco 1

1. Quantas peças compõem o Tangram?

2. Vocês conhecem essas peças? Essas peças são figuras geométricas

3. Como são chamadas essas figuras geométricas?

4. Quais são as propriedades que classificam cada uma dessas figuras?


Isto é, qual o número de lados, número de ângulos, valor de cada
ângulo, ângulos opostos, retas paralelas, diagonais, vértice?

5. Essas propriedades podem mudar de acordo com o tamanho das


figuras? Vamos construir e verificar?

Bloco 2

6. Pesquisem em seus materiais como se classificam os triângulos quantos


aos lados? E quanto aos ângulos?
7. Podemos dizer que os triângulos que formam o Tangram são
Equiláteros, Isósceles ou Escalenos? Justifiquem.

8. Podemos dizer que os triângulos que formam o Tangram são retângulos,


acutângulos ou obtusângulos? Justifique

Bloco 3

9. Quais são as medidas dos ângulos internos de cada triângulo? E do


quadrado? E do paralelogramo?

10. O que são ângulos agudos? Quantos ângulos agudos existem nas
peças do Tangram?

11. Quais os polígonos do Tangram que possuem ângulos retos?

12. Alguns dos polígonos que formam o Tangram possuem ângulo obtuso?
Qual é o polígono?

13. Quais os polígonos do Tangram que possuem ângulos de 45 graus?

14. Qual a soma dos ângulos internos do paralelogramo? E do quadrado?


E do triângulo?

Bloco 4

15. Vocês sabem o que são figuras semelhantes? Pesquisem em seus


materiais de apoio e responda se existem figuras semelhantes nas
peças que compõem o Tangram?

A cada pergunta cada grupo afixará em seu “mural” a construção


pesquisada, coletivizando as informações através da exposição dos resultados
de suas pesquisas. Ao término desta atividade os alunos serão orientados a
pesquisarem e trazerem para a próxima atividade ou encontro material de
apoio, referente ao cálculo de área e perímetro desses polígonos.
ATIVIDADE V: PERÍMETRO E ÁREA

Objetivo:

Construir conceitos relativos ao perímetro e área das figuras geométricas.

Metodologia:

Por meio das seguintes perguntas, feitas em blocos para que os alunos
possam refletir sobre elas, pesquisar, discutir as respostas e respondê-las, e
coletivizá-las os grupos darão início à atividade:

Bloco 1
1. Vocês sabem o que é Perímetro? Pesquisem em seu material a
definição de Perímetro.

2. Vocês sabem o que é Área? Pesquisem em seu material a definição de


Área.

Bloco 2

3. Tomando o triângulo menor como unidade de área, ou seja, a área do


triângulo menor é 1, qual a área do triângulo médio?

4. Tomando o quadrado como unidade de área, qual a área do triângulo


menor? Expliquem como vocês chegaram a essa resposta

5. Compare as áreas do triângulo pequeno, do triângulo médio e do


triângulo grande. Escreva no mural as suas observações e conclusões.

6. Compare as áreas do triângulo pequeno, do quadrado e do


paralelogramo. Escreva no mural as suas observações e conclusões.

7. Quais peças tem a mesma área? Quais peças possuem maior e menor
área?

8. Quais as peças do Tangram têma mesma área do quadrado?

9. Tomando o triângulo maior como unidade de área, qual a área do


paralelogramos? Como vocês obteveram essa resposta?

Bloco 3

10. Quais peças possuem maior e menor perímetro?

11. Existem peças do Tangram com o mesmo perímetro?

Com essa atividade buscamos trabalhar o conceito de área e


perímetro, proporcionando aos alunos perceberem que a unidade de área é
uma superfície que é comparada com outras, contando quantas vezes a
unidade cabe na superfície que se quer saber a área. Neste caso, a unidade de
área pode ser qualquer peça do Tangram, já que todas elas são proporcionais
entre si. Discutir a ideia de que podemos trabalhar com unidades de área
diferentes do quadrado, como por exemplo, o triângulo, possibilitando aos
grupos a percepção de que a unidade de área é uma mera convenção,
podendo variar de acordo com a situação. No início não será permitido o uso
de régua para medir os lados das peças, evitando que os alunos determinem
as áreas pelo uso das fórmulas, possibilitando com que os grupos busquem
outras estratégias e conhecimento para a resolução. Para o cálculo do
perímetro a régua poderá ser utilizada.

A cada pergunta cada grupo afixará em seu “mural” a construção


pesquisada, coletivizando as informações através da exposição dos resultados
de suas pesquisas.

Ao término desta atividade os alunos serão orientados a pesquisarem e


trazerem para o próximo encontro ou atividade, no material de apoio, figuras
construídas a partir das sete peças do Tangram.
ATIVIDADE VI: CONSTRUÇÃO DE FIGURAS
UTILIZANDO AS PEÇAS DO TANGRAM

Objetivo:

Identificar a invariância da área nas diferentes figuras formadas com as


sete peças do Tangram.

Metodologia:

1. Com as peças embaralhadas, reconstruir o quadrado original do


Tangram.

2. Buscar no material de apoio quaisquer figuras construídas com as sete


peças do Tangram.

3. Cada grupo terá que reconstruir pelo menos três figuras escolhidas pelo
outro grupo.

4. Determinar o perímetro e área desta figura, justificando.

5. Construir um retângulo, usando 2 peças, 3 peças, 4 peças, 5 peças e 7


peças.
6. Construir paralelogramos usando: duas peças, três peças, quatro peças
e com sete peças.

7. Construir dois paralelogramos diferentes, usando 3 e 4 peças.

8. Cada grupo desafiará outro grupo a construírem figuras de acordo com a


área, tomando como unidade de área do triângulo pequeno.

Exemplo: Um triângulo de área 8, um paralelogramo de área 6, um


retângulo de área 3, um quadrado de área 4.

Para familiarizar os alunos com as figuras serão desafiados a


construírem as mais variadas figuras utilizando as peças geométricas do
Tangram, por meio da justaposição. As figuras serão expostas através do slide
para os grupos da Oficina. Alguns modelos de construção são:

A área de diferentes figuras formadas pelas sete peças é constante já


que estas figuras são formadas pelas mesmas peças, apenas posicionadas de
forma diferente.

A composição e decomposição de figuras é uma forma simples e


intuitiva de comparar a área de figuras poligonais. Desta forma, se duas ou
mais figuras planas são formadas com as mesmas peças, sem sobreposição,
elas têm a mesma área, qualquer que seja a figura formada.

A cada pergunta cada grupo afixará em seu “mural” a construção


pesquisada, coletivizando as informações através da exposição dos resultados
de suas pesquisas.

CURIOSIDADE: FIGURA CONVEXA


Questionar os grupos:

1. Você sabe o que são figuras convexas?

2. Dentro do material de pesquisa existe alguma referência sobre


figuras convexas?

3. Defina o que são figuras convexas.

4. Com as sete peças do Tangram é possível a construção de figuras


convexas?

5. Buscar em seu material de apoio pelo menos uma figura convexa e


justificar.

FIGURA CONVEXA: se você escolher dois pontos quaisquer dentro da


figura, toda a linha entre os pontos também devem estar dentro da figura.
Existem apenas 13 figuras convexas, você pode construir a partir das peças do
Tangram. São elas:
Novamente, a cada pergunta cada grupo afixará em seu “mural” a
construção pesquisada, coletivizando as informações através da exposição dos
resultados de suas pesquisas.

Ao término desta atividade, os alunos serão orientados a pesquisarem e


trazerem em seu material de apoio, para o próximo encontro ou atividade, os
conteúdos geométricos envolvidos para a construção de diferentes Tangrans
como: Oval e Coração Partido e os modos de construção desses Tangrans.
ATIVIDADE VII: CONSTRUÇÃO DOS
TANGRANS: OVAL E CORAÇÃO PARTIDO

Objetivo:

Definir os conteúdos e conceitos geométricos necessários para a construção


do Tangram Oval e do Tangram Coração Partido que ainda não foram
estudados nas atividades anteriores como: diâmetro, raio, setor circular,
ângulos, circunferência e arco de circunferência.

Metodologia

Iniciaremos esta atividade com as perguntas norteadoras a serem


propostas aos grupos:

1. Existem outros tipos de Tangrans? Quais são?

2. Vocês sabem como construir o Tangram Oval? Pesquisem em seu


material pelo menos uma maneira de construção.

3. Vocês sabem como construir o Tangram Coração Partido? Pesquisem


em seu material pelo menos uma maneira de construção.

4. Vocês conseguem observar se existem conteúdos matemáticos na


construção desses Tangrans?.

5. Quais os conteúdos matemáticos envolvidos na construção que ainda


não foram definidos durante nossas atividades? Procurem definir cada
um deles, isto é, definir circunferência, arco de circunferência, setor
circular, diâmetro e raio.

6. Quantas peças compõem cada Tangram?

7. Vocês conhecem essas peças? Essas peças são figuras geométricas?


Quais são essas figuras?

8. Quantos graus tem uma circunferência inteira? E a semi circunferência?


9. Coletivizar pelo menos uma construção de cada Tangram escolhido pelo
grupo através do seu mural.

Será solicitado aos grupos que construam o Tangram Oval e o Tangram


Coração Partido, optando por um dos processos apresentados e socializem
com os colegas procurando evidenciar os conteúdos matemáticos presentes no
processo.

Após o professor solicita que todos construam o Tangram Oval e o


Tangram Coração Partido seguindo os processos abaixo, pois as opções de
construção envolvem um maior número de conceitos matemáticos, e o façam
identificando os conceitos matemáticos envolvidos no processo.

Cada integrante do grupo receberá uma Espuma Vinílica Acetinada,


E.V.A para confeccionar o Tangram Oval seguindo o passo-a-passo
disponibilizado pelo professor.

TANGRAM OVAL

Desenhar o quebra-cabeça Tangram Oval conforme as instruções:

Passo 1. Traçar uma circunferência de centro O e raio 16 cm.

Passo 2: Dividir a circunferência com duas retas passando nos pontos


AB e CD.

Passo 3:Traçar retas AC e BC.

Passo 4:Com centro em A, traçar um arco BF a partir de B.

Passo 5:Com centro em B, traçar um arco AE a partir de A.


Passo 6: Com centro em C, traçar um arco EF a partir de E.

Passo 7: Traçar retas EH e FK, perpendiculares a reta AB.

Passo 8: Traçar retas KM paralela a AF e HM paralela a BE

Passo 9: Recortar o ovo conforme figura 4


TANGRAM CORAÇÃO PARTIDO

Esse Tangram pode ser facilmente construído com o auxílio de um compasso e


de uma folha de papel quadriculado, conforme o esquema abaixo:

1. Pegue uma folha de papel faça um quadrado de 21 cm e divida


ele em nove partes iguais.

2. Vire o papel, dado ao quadrado aparência de um losango, e


construa duas circunferências, observando a figura 2.

3. Observando a figura abaixo 3, trace três diagonais nos


quadrinhos internos.

4. Recorte o seu Tangram de Coração, conforme figura 4..

1 2
3 4

Ao término desta atividade os alunos serão orientados a pesquisarem e


trazerem para o próximo encontro ou atividade, no material de apoio, figuras
construídas a partir das sete peças do Tangram Oval e tangram Coração
partido.
ATIVIDADE VIII: CONSTRUÇÃO DE FIGURAS
UTILIZANDO OS TANGRANS: OVAL E
CORAÇÃO PARTIDO

Objetivo:

Desenvolver a habilidade de formar figuras compondo diferentes formas


geométricas, bem como a percepção espacial e a criatividade.

Metodologia:

1. Com as peças embaralhadas, reconstrua os Tangram Oval e o Tangram


Coração Partido.

2. Buscar em seu material de apoio quaisquer figuras construídas com as


sete peças do Tangram.

3. Cada grupo terá que reconstruir pelo menos duas figuras escolhidas
pelo outro grupo.

Para familiarizar os alunos com as figuras serão desafiados a


construírem as mais variadas figuras utilizando as peças geométricas do
Tangram, por meio da justaposição. As figuras serão expostas para os grupos
da Oficina. Alguns modelos de construção são:
ATIVIDADE IX: TANGRAM ONLINE
Esta atividade será realizada no laboratório de Informática, onde os
alunos irão construir diversas figuras online utilizando as peças do Tangram.

Objetivo:

Desenvolver a habilidade de formar figuras compondo diferentes formas


geométricas, bem como a percepção espacial e a criatividade.

Metodologia:

Cada aluno terá acesso ao computador onde o professor


disponibilizará o site para desenvolver a atividade. Os alunos farão a
composição de figuras geométricas a partir das sete peças do Tangram.

Sugestões de sites:

http://rachacuca.com.br/jogos/tangram/

http://www.matematica.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteu
do=74

http://rachacuca.com.br/jogos/tangram-32/
ATIVIDADE X: AVALIAÇÃO

A avaliação da oficina será realizada por um questionário a ser


respondido coletivamente pelos grupos participantes da oficina com vistas a
investigar se o projeto atingiu seus objetivos, em blocos, para que os alunos
possam refletir sobre elas, pesquisar, discutir as respostas e respondê-las, e
coletivizá-las antes de partir para a discussão do próximo bloco de perguntas.
As perguntas servirão como norte para as discussões a serem realizadas nos
grupos.
Após respondê-las e/ou discutir as temáticas envolvidas nas respostas,
cada grupo deverá apresentar a síntese de cada bloco, aos demais
participantes numa roda de conversa.

Bloco 1 - Quanto à participação do grupo na oficina

1. Você conseguiu participar das atividades sentindo-se a vontade?

2. Precisou de ajuda?

3. Realizou as tarefas proposta?


4. Encontrou dificuldades em realizar as atividades?
5. Ajudou a um colega que teve dúvidas?
6. Você cooperou com o grupo na realização das tarefas?
7. O que você mais gostou de aprender e fazer?
8. Suas expectativas iniciais foram atingidas positivamente?

Bloco 2 - Quanto a aprendizagem dos conteúdos

1. A metodologia utilizada motivou o interesse pela Geometria?


2. Em sua opinião os conteúdos abordados foram de encontro ao seu
interesse?
3. As atividades aplicadas foram importantes para auxiliar na compreensão
do conteúdo?
4. A aplicação do jogo pedagógico Tangram para a compreensão do
conteúdo abordado foi suficiente para a aprendizagem?
5. O recurso didático utilizado Tangram motivou o interesse pela
aprendizagem?
6. Procurou refazer as tarefas nas quais teve dúvidas?
7. Você procurou compreender o pensamento dos colegas?
8. Qual a sua maior dificuldade com relação ao ensino de Geometria?
9. Depois da aplicação das atividades houve alguma mudança na sua
concepção a respeito da geometria?

Bloco 3 – Quanto à oficina desenvolvida

10. Você gostaria que na sua escola fosse adotado o ambiente colaborativo
em outros conteúdos ou disciplinas para auxiliar no processo de ensino-
aprendizagem?
11. Você acha que através do método aplicado houve uma melhor
aprendizagem dos conteúdos propostos?
12. Com a metodologia utilizada houve uma melhor compreensão dos
conteúdos propostos?

Bloco 4 - Quanto ao modo como a oficina foi desenvolvida – o ambiente


colaborativo

1. Suas expectativas iniciais foram atingidas positivamente?

2. O que você achou das regras do ambiente colaborativo aplicados?


3. Você já havia construído materiais manipuláveis?
4. Você acredita que a dinâmica aplicada foi pertinente e válida?
5. As atividades propostas foram interessantes?
6. Esta metodologia de ensino fez diferença em termos de aprendizagem?
7. As atividades aplicadas proporcionaram a competição de forma atrativa
e dinâmica?
8. As atividades geraram maior aproximação entre os colegas envolvidos
na prática?
9. O que você achou da nova forma de ensinar a Geometria através de
uma aprendizagem colaborativa?
10. Em sua opinião, a construção coletiva é uma forma motivadora e
prazerosa de se aprender conceitos de geometria?
11. O que mais chamou a sua atenção durante as atividades?
12. Com a construção coletiva é possível uma melhor compreensão e
aprendizagem de conceitos no ensino da geometria, onde eram
considerados de difícil entendimento?

Bloco 4 – Quanto às dificuldades encontradas

13. Quais as dificuldades encontradas ao realizar as atividades?

Bloco 5 – Sugestões e encaminhamentos

14. Que sugestões você daria para a melhoria das atividades didáticas que
foram aplicadas?
REFERÊNCIAS

EDUCAIPO: Cultura, lazer e Educação. Disponível em:


http://educaipo.blogspot.com.br/2012/07/2012tangramorigem.html#.U-
38JvldV2E, acesso em: 10agos.2014

PORTAL SÓ MATEMÁTICA. Disponível em:


http://www.somatematica.com.br/dicionarioMatematico.Acesso em: 23set.
2014.

Canal do Educador. Disponível em :


http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/como-construir-
tangram.htm, acesso em: 17agos.2014

ESCOLOVAR: Qualidade na Educação. Disponível em:


http://www.escolovar.org/mat_tangram_actividades_fraccoes.htm, acesso em:
17 out. 2014.

Baú das dobraduras - Blog de Ivanise Meyer. Disponível em:


http://baudasdobraduras.blogspot.com.br/2008/01/tangram-7-cachorros.html,
acesso em: 02 nov.2014

ESCOLOVAR: Qualidade na Educação. Disponível em:


http://www.escolovar.org/mat_tangram_actividades.htm, acesso em: 27agos.
2014.

UNIFRA, Mestrado profissionalizante em Ensino de Física e de


Matemática: TANGRAM, NORO, ANA PAULA. Disponível em:
www.sites.unifra.br/Portals/13/CD_Recursos/Ana%20Paula%20Mouro.ppt,
acesso em: 29set2014

ESPAÇO PSICOPEDAGÓGICO RECREATIVO. Disponível em:


http://atividadespedagogicasprofgracilene.blogspot.com.br/2012/04/tangram.ht
ml, acesso em: 03 de Nov.2014.

EBAH: Investigações em geometria via ambiente logo. Disponível em:


http://www.ebah.com.br/content/ABAAABNawAC/investigacoes-geometria-via-
ambiente-logo?part=3, acesso em: 17nov.2014.

JOGOS E ATIVIDADES. Disponível em:


http://www.bento.ifrs.edu.br/site/midias/arquivos/20140262250257505.4_oficina
_tangram_a.pdf, acesso em 14set.2014.
CUCAFLEX. Disponível em: http://cucaflex.pro.br/atividade/tangram- oval/,
acesso 19nov.2014.

LABORATÓRIO VIRTUAL DE MATEMÁTICA, Unijuí. Disponível em:


http://www.projetos.unijui.edu.br/matematica/principal/fundamental/tangr an/,
acesso: em 28nov.2014.

GUTA ROCHA, blog. Disponível em:


http://gutarocha.blogspot.com.br/2012/04/tangram-o-tangram-surgiu-na-china-
e-seu.html, acesso em: 21out.2014.

MATHEUSMA, O LADO CURIOSO E INTERESSANTE DA MATEMÁTICA.


Disponível em: http://matheusmathica.blogspot.com.br/2009/12/tangram-
oval.html, acesso em 15jul.2014.

Das könnte Ihnen auch gefallen