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Diligência: qualidade altamente valiosa

A negligência é uma falha que relaxa a vontade do ser e atenta continuamente contra os
bons propósitos que ele possa ter.

Indica instabilidade no pensar e no sentir e acusa ausência de consideração para com a


própria vida. Em outras palavras, dificulta em alto grau o cumprimento dos deveres que
pesam sobre o ser: os físicos, os morais e os do espírito.

A negligência implica atraso de vida e abandono. Psicologicamente, a pessoa apresenta um


aspecto similar ao de uma casa cujo jardim, por descuido do dono, está coberto de mato. As
plantas que requerem cultivo, privadas de atenções, contrastam, por seu escasso
desenvolvimento, com a exuberância da vegetação silvestre. Se a isso adicionarmos o
deteriorado estado da casa, teremos o quadro completo da negligência. Ninguém, ao vê-la,
deixará de pensar mal da pessoa que a habita.

Má conselheira é sem dúvida esta falha, que se apodera do ânimo e induz a fazer as coisas
fora de tempo, com demora, e sem pôr atenção nem cuidado naquilo que se faz.

Pareceria que os repetidos fracassos que o indivíduo deve suportar por sua causa nenhuma
impressão causam nele, porque sempre se vê com disposição de deixar tudo posposto ao
gozo que lhe produz sua atitude despreocupada e irresponsável.

A diligência é no homem a força psicodinâmica geradora


de sua atividade

A antideficiência que sugerimos usar contra esta falha, aplicada com inteligência, com
decisão e sem pressa, dando tempo à sua gradual erradicação, poderá impor-se em pouco
tempo à deficiência, com a consequente alegria de quem teve de suportar sua prejudicial
influência.

A diligência se mostrará então como qualidade altamente valiosa pelos benefícios que
proporciona, pois se comprovará com satisfação que, enquanto a deficiência obrigava a
viver com atraso, a diligência permite avantajar-se ao tempo, ampliar a vida, prolongá-la,
para desfrutá-la em toda a sua potencialidade, aquela potencialidade antes estática ou usada
só por necessidade, mas cujo uso verdadeiro se desconhecia.

A diligência é no homem a força psicodinâmica geradora de sua atividade. Essa atividade


pode ser plena e consciente, se os melhores empenhos são consagrados em prol da própria
evolução, já que por meio dela o homem pode transcender as limitações do saber comum e
conhecer os mistérios que sua própria pessoa encerra como ente físico, psicológico e
espiritual.

Texto extraído do livro Deficiências e Propensões do Ser Humano, pág. 153

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