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Porto Velho/RO
2016
ESTUDO DE CASO:
Justiça bloqueia bens do Banco Rural, aquele do mensalão, no valor de R$ 100 milhões.
O caso começou em 2005, em uma ação que tramitou na 14ª Vara da Justiça
Trabalhista em São Paulo, na qual o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Sindicato dos
Aeroviários no Estado pediam a execução de bens de Canhedo para o pagamento de dívidas
com os funcionários da Vasp, cuja falência foi decretada em 2008, tendo em vista a prioridade
no recebimento das verbas trabalhistas, ocorreu assim um acordo judicial para quitação dos
direitos trabalhista, a consequência é “que foi integralmente descumprido” pelo empresário,
segundo o relator do processo no TST, ministro Pedro Paulo Teixeira Manus. O Judiciário
constatou que houve “fraude de execução, no que tange a toda a alienação e oneração feita no
patrimônio da Vasp ou seu controlador”.
A juíza Soraya Galassi Lambert determinou então, entre outros, a penhora de bens
do Banco Rural no valor de R$ 43 milhões devido a duas vendas de 71,6 mil cabeças de gado
que Canhedo, por meio da Agropecuária Vale do Araguaia, fez à Rural Agroinvest S/A em
2004, quando já não podia se desfazer de seus bens devido à outra sentença judicial. Como
forma de dilapidar o patrimônio para evitar que fosse destinado aos trabalhadores, o mesmo
fez negociações que são proibidas a bens já penhorados.
A magistrada ainda considerou “ineficazes” as vendas de Canhedo à Securinvest
Holding S/A – pertencente ao grupo Rural – do imóvel do Hotel Nacional, em Brasília,
avaliado em R$ 70 milhões, e de um imóvel em Guarulhos (SP) avaliado em R$ 20 milhões.