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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PÓS GRADUAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO E DIREITO


PREVIDENCIÁRIO

Fichamento de Estudo de Caso


JOSÉ DANTAS AGEU

Trabalho da disciplina Processo de


Execução Trabalhista
Tutor: Prof. Carla Sendon Ameijeiras
Veloso.

Porto Velho/RO
2016
ESTUDO DE CASO:

Justiça bloqueia bens do Banco Rural, aquele do mensalão, no valor de R$ 100 milhões.

Referência: Justiça bloqueia bens do Banco Rural, aquele do mensalão, no valor de R$


100 milhões. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/justica-bloqueia-
bens-do-banco-rural-aquele-do-mensalao-no-valor-de-r-100-milhoes/ e em anexo.> Acesso
em 30 de mai. 2016.

Com os principais diretores e ex-dirigentes na lista dos réus do processo do


mensalão, que deve começar a ser julgado na próxima semana pelo Supremo Tribunal Federal
(STF), o Banco Rural S/A levou mais um golpe da Justiça. O Tribunal Superior do Trabalho
(TST) autorizou o bloqueio e execução de bens da instituição no valor de mais de R$ 100
milhões para o pagamento de dívidas trabalhistas do empresário Wagner Canhedo, ex-
proprietário da extinta Vasp. Para o Judiciário, o Rural auxiliou Canhedo em “cristalina
fraude” para tentar ocultar patrimônio e evitar a penhora de bens.

O caso começou em 2005, em uma ação que tramitou na 14ª Vara da Justiça
Trabalhista em São Paulo, na qual o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Sindicato dos
Aeroviários no Estado pediam a execução de bens de Canhedo para o pagamento de dívidas
com os funcionários da Vasp, cuja falência foi decretada em 2008, tendo em vista a prioridade
no recebimento das verbas trabalhistas, ocorreu assim um acordo judicial para quitação dos
direitos trabalhista, a consequência é “que foi integralmente descumprido” pelo empresário,
segundo o relator do processo no TST, ministro Pedro Paulo Teixeira Manus. O Judiciário
constatou que houve “fraude de execução, no que tange a toda a alienação e oneração feita no
patrimônio da Vasp ou seu controlador”.

A juíza Soraya Galassi Lambert determinou então, entre outros, a penhora de bens
do Banco Rural no valor de R$ 43 milhões devido a duas vendas de 71,6 mil cabeças de gado
que Canhedo, por meio da Agropecuária Vale do Araguaia, fez à Rural Agroinvest S/A em
2004, quando já não podia se desfazer de seus bens devido à outra sentença judicial. Como
forma de dilapidar o patrimônio para evitar que fosse destinado aos trabalhadores, o mesmo
fez negociações que são proibidas a bens já penhorados.
A magistrada ainda considerou “ineficazes” as vendas de Canhedo à Securinvest
Holding S/A – pertencente ao grupo Rural – do imóvel do Hotel Nacional, em Brasília,
avaliado em R$ 70 milhões, e de um imóvel em Guarulhos (SP) avaliado em R$ 20 milhões.

O banco recorreu e, em janeiro de 2012, o presidente do TST, ministro João


Oreste Dalazen, concedeu liminar suspendendo a execução dos bens. No entanto, a Subseção
II da corte, especializada em dissídios individuais, seguiu o entendimento do ministro Pedro
Paulo Manus, cassou a decisão e determinou novamente a penhora de bens, que, em valores
atualizados, ultrapassam R$ 100 milhões. O acórdão é de 5 de junho e foi divulgado pelo
jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte.

Por meio de nota, o presidente do Conselho de Administração do Rural, Plauto


Gouvêa, informou que quando o banco fez o “negócio regular” com a Agropecuária Vale do
Araguaia, a empresa de Canhedo não estava entre os réus do processo contra o empresário.

Na justiça do trabalho o patrimônio do empresário responde pelas dividas


existentes, não prosperando a tese do banco, pois há o verdadeiro grupo econômico
empresarial, assim a penhora recai sobre o patrimônio empresarial.

A direção do Banco Rural à época do escândalo do mensalão, incluindo a


presidente Kátia Rabello, vão ter que se sentar no banco dos réus no STF a partir da semana
para serem julgados pelo envolvimento no caso. Segundo a denúncia do então procurador-
geral da República, Antônio Fernando de Souza, para que o esquema funcionasse “teria sido
necessário contar com os réus Kátia Rabello, José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e
Ayanna Tenório, os quais, no comando das atividades do Banco Rural, teriam criado as
condições necessárias para a circulação clandestina de recursos financeiros, através de
mecanismos de lavagem de dinheiro, que permitiriam o pagamento de propina”.

Ainda de acordo com a denúncia, os acusados, com o objetivo de “aumentar os


lucros do banco e obterem vantagens do governo federal, especialmente com a redução ou
ausência de fiscalização do Banco Central”, usaram o banco para “praticar inúmeras fraudes
caracterizadoras de crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira”.

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