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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUI – UESPI

JADER MACENA BARRETO

RECICLAGEM & PAVIMENTAÇÃO


RCD – Resíduos de Construção e
Demolição

 Conforme a definição da Resolução do Conama n. 307


(BRASIL, 2002), os chamados resíduos da construção civil são:
[...] os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições
de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da
escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto
em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e
compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico,
vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica, etc., comumente
chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha.
 O intenso processo de modificação urbana atual implica em
novas construções, reformas e demolições, o que gera um
grande volume de entulhos de construção civil. Tais entulhos
podem ser dispostos em aterros sanitários ou, de forma
inadequada, em vias públicas e terrenos baldios.
 O crescimento da geração de resíduos sólidos resultantes de
construções, demolições e reformas na construção civil vem
exigindo soluções diversificadas que visam diminuir o excedente
de materiais inertes encaminhados para os aterros sanitários e
potencializar o uso de resíduos como matérias-primas
secundarias, mitigando os problemas de escassez dos recursos
naturais não-renováveis e contribuindo para as condições
ambientais dos espaços urbanos.
 Além da degradação ambiental, o descarte clandestino desses
resíduos vêm ocasionando a perda da qualidade ambiental dos
espaços urbanos e gerando altos custos às administrações
públicas.

Bota-fora do Setor Morada do Sol - Goiânia


Aterro Sanitário de Itatinga - SP
 A constatação de que as jazidas de agregados naturais para
pavimentação, concreto e outras finalidades, têm se tornado
escassas e cada vez mais distantes dos centros urbanos, o que
provoca um aumento considerável no custo final das obras em
função do aumento das distâncias de transporte desses
agregados, tem motivado o processo de exploração da
reciclagem de RCD para esse fim.
PRINCIPAIS NORMAS E LEGISLAÇÕES

 A resolução CONAMA nº 307 de 2002 classificou os resíduos sólidos da


construção civil passíveis de utilização na pavimentação, como tijolos, blocos
cerâmicos, concreto em geral, rocha, argamassas, telhas, pavimentos asfálticos,
entre outros;

 PMSP ETS-01/2003 – Camadas de reforço do subleito, sub-base e base mista de


pavimento com agregado reciclado de resíduos sólidos da construção civil;

 NBR 15.114/04 – Resíduos sólidos da construção civil. Áreas de reciclagem.


Diretrizes para projeto, implantação e operação;

 NBR 15.115/04 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil.


Execução de camadas de pavimentação. Procedimentos;

 NBR 15.116/04 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil –


Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural
 LEI Nº 14.015, DE 28 DE JUNHO DE 2005
Dispõe sobre o descarte e reciclagem de misturas asfálticas retiradas dos
pavimentos urbanos no Município de São Paulo e dá outras providências;

 DECRETO Nº 48.075, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2006


Dispõe sobre a obrigatoriedade da utilização de agregados reciclados,
oriundos de resíduos sólidos da constr. civil, em obras e serviços de pavimentação das
vias públicas do Município de São Paulo;

 LEI Nº 14.803, DE 26 DE JUNHO DE 2008


Dispõe sobre o Plano Integrado de Gerenciamento dos Resíduos da
Construção Civil e Resíduos Volumosos e seus componentes. O Programa Municipal
de Gerenciamento e Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil
conforme previstos na Resolução CONAMA nº 307/2002, disciplina a ação dos
geradores e transportadores destes resíduos no âmbito do Sistema de Limpeza Urbana
do Município de São Paulo e dá outras providências;

 PMSP ETS-02/2009 – Base de Material Fresado com Espuma de Asfalto;


APLICAÇÃO DOS RCD EM PAVIMENTAÇÃO
 Exige menor utilização de tecnologias, o que implica menor custo do
processo;
 Permite a utilização de todos os componentes minerais do entulho (tijolos,
argamassas, materiais cerâmicos, areia, pedras, etc.), sem a necessidade
de separação de nenhum deles;
 Economia de energia no processo de moagem do entulho (em relação à
sua utilização em argamassas ou concretos), pois usando-o em
pavimentação, pode ser utilizado com um número maior de faixas
granulométricas;
 A vantagem do uso do agregado reciclado em pavimentação é que se
tolera maior parcela de materiais não minerais e solo, o que simplifica e
barateia a reciclagem e aumenta a quantidade de resíduo apto a esta
aplicação;
 O agregado reciclado funciona muito bem em pavimentação e aplica-se
em camadas de reforço de subleito, sub-base e base de pavimentação.
RECICLAGEM DE RCD - ETAPAS
1. RECEPÇÃO DO MATERIAL E SEPARAÇÃO EM RESÍDUOS DE CONCRETO E
RESÍDUOS DE ALVENARIA
Considera-se que a areia e a pedra reciclada obtidas do resíduo de
concreto têm mais qualidade para uso em concretos e argamassas. A areia e a
pedra que vêm da alvenaria tem boa aplicação em pavimentação.

2. RETIRADA DE MATERIAIS NÃO MINERAIS E DE GESSO


Deve-se separar a os resíduos obtidos do concreto do gesso, pois tal
contato gera expansão no concreto com reciclado e destrói as peças a serem
produzidas. Materiais como papel, plástico e madeira também devem ser
separados dos resíduos obtidos do concreto.

3. HOMOGENEIZAÇÃO
Consiste em misturar as diversas descargas de resíduo a reciclar (de
concreto ou de alvenaria), garantindo que areia e a pedra fiquem mais
uniformes. A homogeneização deve ser feita em todas as etapas, como na
trituração, peneiramento e até na expedição.
4. RETIRADA DE CONTAMINANTES APÓS BRITAGEM
Utilização de um separador magnético para retirar fragmentos de metais
ferrosos. Deve-se, também, retirar pequenos fragmentos de madeira, papel,
plástico, etc.
5. PENEIRAMENTO DO RESÍDUO TRITURADO
Separação dos agregados por faixas de granulometria (areia, pedrisco, pedra
0, pedra 1, pedra 2, etc.)
Pilhas de agregados reciclados
Agregado graúdo reciclado
Agregado miúdo reciclado
USINA RECLICLADORA
DEFINIÇÃO:

 Uma usina de reciclagem de entulho da construção civil nada mais é do que


uma usina de britagem adaptada para triturar entulho. Possui, normalmente,
equipamentos como britadores, peneiras, transportadores de correia, etc.

AGREGADOS:

 Pode-se separar o entulho cinza do vermelho e separar os agregados por


granulometria. O entulho cinza é considerando um material nobre e,
conforme o caso, compensa vendê-lo separadamente ou usá-lo para
fabricar outros produtos. São subprodutos do agregado cinza areia, tijolos,
diversos modelos de calçamentos, meio fio para vias publicas, canos para
esgoto, etc.
 O entulho vermelho é excelente material para fazer bases e sub-bases,
por exemplo, uma estrada sem revestimento asfáltico ou de concreto
onde se tenha aplicado o agregado desse entulho oferecerá uma
excelente compactação e produzirá pouca poeira.
 ESQUEMA DE FUNCIONAMENTO

• O material a ser britado é colocado no alimentador vibratório (1) no alimentador existe uma grelha para retirada
de materiais finos que recolhe a terra para um transportador de correia (2) formando uma pilha ao lado (3). Esse
processo de retirada da terra evita o desgaste desnecessário das mandíbulas do britador.

O material a ser britado é colocado no alimentador vibratório (1) no alimentador


existe uma grelha para retirada de materiais finos que recolhe a terra para um
transportador de correia (2) formando uma pilha ao lado (3). Esse processo de retirada
da terra evita o desgaste desnecessário das mandíbulas do britador. Do britador (4) sai
um transportador de correia radial (5) que pode se posicionada hora em direção a
pilha de agregado vermelho (6) e hora em direção a peneira-vibratória (7). Da peneira
vibratória saem agregados de entulhos cinza de diversos tamanhos já separados e
cada um é levado por um transportador de correia (8) para sua pilha final (9).
Usina de Reciclagem
Usina de Reciclagem
Espalhamento de material reciclado
EXPERIÊNCIAS NO BRASIL

 Belo Horizonte

Programa de reciclagem de RCD: desde 1993; 04


estações de reciclagem;

Prefeitura (Superintendência de Limpeza Urbana –


SLU) recicla cerca 8.800t/mês de RCD, com produção
de 5.500 m3 de agregados reciclados;

 Aplicação: principal: execução de sub-bases de vias


públicas.
Ribeirão Preto

 Produz cerca 970t/dia de RCD;

 Usina com capacidade para reciclar 200t/dia;


opera desde 1996;

 Os agregados são produzidos sob a forma de bica


corrida e são utilizados na recuperação de vias
públicas sem pavimentação asfáltica.
Salvador

 Projeto de gestão diferenciada de RCD: 1997;

 Implantação de usina de reciclagem: 200t/dia de


agregado reciclado;

 Viabilidade técnica de uso em pavimentação


(PROJETO ENTULHO BOM);

 Viabilidade econômica: economia de 50-60% ao


utilizar agregado reciclado em substituição aos
materiais convencionais.
Recife

 Projeto Entulho Limpo;

 (POLI/UPE/SINDUSCON/SEBRAE) - Estudos laboratoriais:


 Beneficiamento: britador de mandíbulas
 Ensaios de granulometria: RCD triturado
 Ensaios CBR: RCD puro e com betonita
 Software: dimensionamento do pavimento
Estudos realizados através de monografias e dissertações de
mestrado em universidades do estado de Goiás utilizando
agregados reciclados provenientes de resíduos sólidos da
construção e demolição, coletados e transportados por
empresas desse estado, cujo gerenciamento, armazenamento e
britagem ficaram sob responsabilidade da Companhia de
Pavimentação da Prefeitura da Cidade de Goiânia, apresentaram
as seguintes conclusões:

 A reciclagem do entulho da construção civil e sua utilização em


obras de pavimentação é tecnicamente viável;
 O entulho pode ser utilizado para estabilizar solos componentes das
camadas do pavimento ou aplicado diretamente nessas camadas,
substituindo os materiais tradicionalmente utilizados em
pavimentação que já se encontram escassos junto aos grandes
centros urbanos;
 A reutilização do entulho gera redução da poluição e consequente
diminuição de impactos ambientais como enchentes e
assoreamento de córregos e rios , resolvendo o problema de
locação de áreas para a disposição desses resíduos;
 Trata-se de uma alternativa ambientalmente sustentável de
destinação final de entulhos consideravelmente presentes na
paisagem urbana.
RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

Uma boa, simples e abrangente definição de reciclagem foi


feita por Momm e Domingues (1995):

“Por reciclagem de pavimentos entende-se a reutilização total ou


parcial dos materiais existentes no revestimento e/ou da base e/ou da
sub-base, em que os materiais são remisturados no estado em que se
encontram após a desagregação ou tratados por energia térmica e/ou
aditivados com ligantes novos ou rejuvenescedores, com ou sem
recomposição granulométrica”.
 Ao longo da sua vida útil, os pavimentos rodoviários sofrem processos de
degradação sob ação do tráfego e das condições climáticas.

 A necessidade de reabilitar pavimentos surge como consequência da


ocorrência de degradações, que podem afetar a qualidade dos pavimentos
em diferentes níveis.

 A reciclagem dos materiais provenientes dos pavimentos degradados e a


sua aplicação nesses ou em outros pavimentos aparece, assim, como uma
solução alternativa de reabilitação. Esta técnica, além de permitir a
reabilitação das características estruturais de um pavimento, também
contribui para o desenvolvimento sustentável de uma nação,
considerando a disponibilidade de jazidas com esses materiais e as
distâncias de transporte que os trabalhos implicam.
De acordo com DNIT - Manual de restauração de
pavimentos asfálticos, (2006):

“A reutilização dos agregados do pavimento degradado para os


serviços de reconstrução, restauração e conservação propiciam
uma diminuição da demanda de novos materiais e das respectivas
distâncias de transporte, prolongando o tempo de exploração das
ocorrências existentes. Isso é particularmente benéfico devido às
restrições impostas pela legislação de proteção ao meio ambiente
e pela crescente valorização dos sítios de ocorrências de jazidas.”
FRESAGEM DE PAVIMENTOS

 Apesar de a fresagem não ser a reciclagem propriamente dita, esta é


considerada uma operação importantíssima, capaz de recuperar condições
funcionais aceitáveis de regularidade do perfil longitudinal e transversal
da superfície do pavimento remanescente.

 É definida como um processo de corte ou desbaste superficial, de forma


controlada, de parte da espessura do pavimento, que promove a correção
de natureza funcional, melhorando as condições de rolamento do tráfego.

 Normalmente, uma nova camada é colocada em substituição à antiga,


evitando-se a sobreposição de camadas. Visando aproveitar o material
que foi retirado da pista e, consequentemente, evitar a exploração de
novas reservas de produtos para construção rodoviária, o material
removido pode ser reciclado, denotando importância desse processo na
reciclagem de materiais para pavimentos.
 A fresagem dos pavimentos produz o “RAP – Reclaimed Asphalt
Pavement” – (Pavimento Asfáltico Recuperado) que pode ser utilizado “in-
situ” ou pode ser transportado e armazenado para ser reciclado ou
utilizado como está, na implantação ou restauração de pavimentos.

 As fresadoras são similares às recicladoras de pavimentos, pelo fato de


serem dotadas do mesmo tambor que contém ferramentas de corte,
porém, a disposição, a natureza e o número dessas ferramentas sobre o
tambor é muito diferente nas duas máquinas.

 O RAP produzido pela fresagem pode, também, ser reutilizado como


agregado para bases granulares ou revestimentos primários. Apesar disso,
sua melhor aplicação, em termos de valor agregado, seria com sua
destinação a uma usina, para ser misturado a outros materiais de
construção ou misturado a um CBUQ reciclado.
FRESADORA DE PAVIMENTOS
FRESADORA DE PAVIMENTOS
FRESADORA DE PAVIMENTOS
Vídeo de Fresagem
RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

 A reciclagem de pavimentos é uma técnica cujo objetivo


fundamental é transformar um pavimento degradado numa
estrutura homogênea e adaptada ao tráfego que deverá suportar.
 Consiste em reutilizar o pavimento desgastado na construção de
uma nova camada, mediante a desagregação do mesmo numa
certa profundidade, podendo ser incorporado à mistura: um
aglomerante (cimento ou emulsão), a água para a hidratação e
compactação, algum aditivo e, eventualmente, agregados para
correção granulométrica e/ou aumento da resistência.
 A mistura homogênea destes materiais, espalha-se, compacta-se e
deixa-se curar adequadamente, constituindo uma base ou uma
camada estruturalmente resistente de um novo pavimento
 A reciclagem dos materiais de construção de pavimentos atinge
todos os objetivos técnicos, sociais e econômicos ao prover
rodovias seguras e eficientes, ao mesmo tempo em que reduz o
impacto ambiental, apresentando menor consumo de energia
quando comparada com a restauração convencional dos
pavimentos.
 A vantagem técnica, só pelo aspecto da homogeneidade capaz de
ser conferida à mistura dos materiais pela ação das recicladoras, já
é razão suficiente para a sua aplicação. Existem, ainda, vantagens na
rapidez e maleabilidade da operação de reciclagem, que redundam
em economia de recursos e diminuição dos transtornos causados
aos usuários das rodovias, abreviando o tempo de intervenção.
 As restrições a sua aplicabilidade técnica e econômica são passíveis
de ser avaliadas objetivamente, através da gestão da manutenção
de pavimentos.
CATEGORIAS DE RECICLAGEM DE PAVIMENTOS

 A Associação de Reciclagem Asfáltica dos Estados Unidos


(The Asphalt Recycling and Reclaiming Association -
ARRA) e o Manual Básico de Reciclagem de Pavimentos
(FRESAR, 2009) definem alguns tipos de reciclagem nas
seguintes categorias, de acordo com o tipo de execução:
 Reciclagem a frio (Cold planning);
 Reciclagem a frio in-situ (Cold in-place recycling);
 Reciclagem a quente (Hot recycling);
 Reciclagem a quente “in situ” (Hot in-place recycling);
 Reciclagem Profunda
 Reciclagem a frio

O processo de reciclagem a frio envolve a remoção de toda a


estrutura do pavimento, ou parte dela, com redução do material a
dimensões apropriadas para ser misturada a frio na construção de
uma nova camada, onde poderão ser adicionados materiais
betuminosos (emulsão asfáltica), agregados, agentes
rejuvenescedores ou estabilizantes químicos. A mistura final
poderá ser utilizada como camada de base, porém esta camada
deverá ser revestida com um tratamento superficial ou uma
mistura asfáltica antes de ser submetida à ação direta do tráfego
(DNIT, 2006).
RECICLADORA A FRIO
 Reciclagem a frio in-situ

A reciclagem a frio in-situ reabilita o revestimento existente


utilizando normalmente asfalto emulsionado sem ser aquecido
para produzir uma nova camada asfáltica com características
semelhantes a uma mistura de pré-misturada a frio (PMF). O
processo consiste basicamente da extração de uma determinada
profundidade do revestimento, adicionando-se emulsão asfáltica,
aditivos, espalhando-a e compactando em seguida através de
equipamentos apropriados. A espessura máxima alcançada com
este tipo de reciclagem varia normalmente entre 75 e 100 mm.
 Reciclagem a quente

A reciclagem a quente de pavimentos é um processo em que parte


ou toda a estrutura do pavimento é removida e reduzida a
dimensões apropriadas para depois ser misturada a quente no
próprio local (in-situ) ou em usina estacionária. O processo pode
incluir a adição de novos agregados, cimento asfáltico e agente
rejuvenescedor. O produto final deve atender às especificações de
misturas asfálticas a quente destinadas às camadas de base, de
ligação ou de rolamento (DNIT, 2006).
RECICLADORA A QUENTE
 Reciclagem a quente “in situ”

Segundo DNIT (2006), este tipo de reciclagem é definido como um


processo para correção de defeitos de superfície com o corte e
fragmentação do antigo revestimento asfáltico, a mistura com
agente rejuvenescedor, agregado virgem, material ou mistura
asfáltica, e a posterior distribuição da mistura reciclada sobre o
pavimento, sem a remoção do material reciclado do local de
origem. A reciclagem pode ser realizada tanto como uma operação
de passagem única, que associa a mistura reciclada com o material
virgem, quanto como uma operação de passagem dupla, onde a
mistura reciclada é recompactada seguida da aplicação de uma
nova camada de mistura asfáltica.
ESQUEMA DE RECICLAGEM IN-SITU
Vídeo de Reciclagem à Quente
Vídeo de Reciclagem à Quente
 Reciclagem Profunda

A reciclagem profunda consiste em triturar e recuperar os materiais


existentes, de modo a homogeneizá-los, adicionar outros materiais (quando
isso se faz necessário), misturá-los, conformar, inicialmente, essa camada
reciclada, compactá-la, conformá-la e, finalmente, lançar uma camada de
desgaste ou revestimento betuminoso.
Trata-se do processo mais apropriado para se restaurar pavimentos que
necessitem de reabilitação funcional e estrutural, e que, considerando a
realidade mais comum do estado de conservação dos pavimentos da malha
rodoviária brasileira, oferece uma maior gama de alternativas que resultem
em desempenhos apropriados para as características técnicas, econômicas e
operacionais das vias a serem restauradas.
O desenvolvimento de grandes máquinas autopropelidas, recuperadoras de
materiais de pavimentação, com grande potência no motor, intensificou a
aplicação do método de reciclagem profunda, pela possibilidade de cortes
mais profundos, maior produtividade e sistemas de medição mais sofisticados
para uma adição mais controlada dos agentes estabilizadores.
PROCESSO DE RECICLAGEM PROFUNDA
RECICLADORA DE PAVIMENTOS DE GRANDE PORTE
Vídeo de Reciclagem Profunda
A reciclagem profunda não se caracteriza como uma solução padrão
para tratar deficiências estruturais do pavimento. Cada projeto possui
suas particularidades; a profundidade de corte e a modalidade de
reciclagem serão definidas a partir do tráfego estimado, pelas
propriedades dos materiais existentes no pavimento, pela capacidade
de suporte do sub leito e, se o pavimento for tratado com aditivos
estabilizantes, deverão ser avaliados o custo e a disponibilidade destes
materiais.
A modalidade de reciclagem será em função do mecanismo de
estabilização do material reciclado. O Manual Básico de Reciclagem da
ARRA - Asphalt Recycling And Reclaiming Association - indica quatro
mecanismos diferentes de estabilização:

• Estabilização Mecânica: Se dá através do entrosamento dos grãos


na camada reciclada; seja pela adição de materiais granulares ou de
RAP – Reclaimed Asphalt Pavement (capa asfáltica fresada);
• Estabilização Química: Ocorre pela adição de cal, cinza volante,
cimento Portland e de produtos a base de cloreto de cálcio, cloreto
de magnésio e de outros produtos químicos patenteados;
• Estabilização Betuminosa: A estabilização se dá pela incorporação
de emulsão asfáltica ou espuma de asfalto no material reciclado;
• Estabilização Combinada: O material reciclado é estabilizado por
mais de um dos mecanismos descritos.

Não há regras rígidas para seleção do tipo de mecanismo de


estabilização ou agentes estabilizantes, mas a escolha deverá ser
sempre precedida por estudos preliminares como prospecções de
campo, estudo do tráfego, caracterização de materiais, dosagens e
avaliações de desempenho da mistura.
ESTABILIZAÇÃO MECÂNICA

A estabilização mecânica ocorre pela incorporação da capa à base,


conhecida no jargão rodoviário por Reciclagem Simples, ou pela
adição de materiais granulares, também conhecida por Reciclagem
com Adição de Agregados.

A Reciclagem Simples é indicada para rodovias que tenham de baixo a


médio volume de tráfego, base granular e capa asfáltica delgada, como
por exemplo, tratamentos superficiais ou CBUQ com até 5 cm de
espessura. A profundidade de corte normalmente varia de 15 a 20 cm,
mas vai depender do tráfego previsto e das espessuras das camadas
existentes no pavimento.
RECICLAGEM SIMPLES
RECICLAGEM COM ADIÇÃO DE AGREGADOS
ESTABILIZAÇÃO QUÍMICA

A reciclagem por meio da estabilização química é um processo em que


são introduzidos na camada reciclada agentes aglomerantes, tais como
cimento Portland, cal, cinza volante (fly ash) e produtos químicos
usados na estabilização de solos. Atualmente, a Reciclagem com
Adição de Cimento é o mecanismo de estabilização química mais
comum no Brasil.

A camada reciclada com cimento resiste muito bem aos esforços


gerados pelo tráfego. Uma das suas principais características é alta
resistência, baixa deformabilidade, durabilidade na presença de água e
aos efeitos térmicos. Essa conjunção de fatores resulta numa camada
econômica e com resistência suficiente para minimizar as tensões no
subleito, caso esteja sujeito a sofrer deformações significativas. Na
reciclagem com cimento, a base reciclada se comporta como uma
camada rígida.
PROCESSO EXECUTIVO DA RECICLAGEM
DISTRIBUIÇÃO DOS SACOS DE CIMENTO
ESPALHAMENTO MANUAL DO CIMENTO
ESPALHAMENTO MECANIZADO DO CIMENTO
ESTABILIZAÇÃO BETUMINOSA

A reciclagem com estabilização betuminosa ocorre através da adição e


mistura de materiais betuminosos, como emulsão ou espuma de
asfalto no pavimento a ser recuperado. A Reciclagem com Espuma de
Asfalto é o mecanismo de estabilização betuminosa mais usado nas
obras de recuperação de pavimentos no país. A base estabilizada com
espuma de asfalto se comporta como uma camada flexível.
A espuma é sistema coloidal. Sua produção é conseguida quando uma
pequena quantidade de água (normalmente 2% em peso) é injetada
sob elevadas pressões no CAP aquecido (geralmente acima de 165 ºC).
Na condição de espuma, que é um estado temporário de baixa
viscosidade do asfalto, o CAP poderá ser adicionado e misturado aos
materiais na temperatura ambiente e na umidade “in situ” sem que
haja necessidade de incorporação de solventes ou agentes
emulsificantes.
ESTABILIZAÇÃO COM ESPUMA DE ASFALTO
RECICLAGEM COM INJEÇÃO DE COM ESPUMA DE ASFALTO
Vídeo de Reciclagem Profunda com
Espuma de Asfalto
ESTABILIZAÇÃO COMBINADA

A estabilização combinada consiste na combinação de mais de um


mecanismo de estabilização. Os projetos mais comuns de reciclagem
pela estabilização combinada são aqueles que fazem uso de cimento e
agregados, cimento com espuma de asfalto e cimento com agregados
e espuma de asfalto. As dosagens das misturas e forma de aplicação
do agente estabilizante seguem os mesmos procedimentos já
mencionados anteriormente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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LINKS DOS VÍDEOS

• http://www.youtube.com/watch?v=i6ECMqzGUXo
• http://www.youtube.com/watch?v=X9NGqX_74Gg
• http://www.youtube.com/watch?v=TLgn8Si81Zk
• http://www.youtube.com/watch?v=wCEbQPMxk0c
• http://www.youtube.com/watch?v=1ksOsklfOpg
• http://www.youtube.com/watch?v=pnAn8PYX2j8
• http://www.youtube.com/watch?v=y8hihlICCoQ
Muito Obrigado Pela Atenção!

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