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OLIVEIRA, I.M.S.; QUEIROZ, R.F.; ALMEIDA, E.I.B.; CAJAZEIRA, J.P.; CORRÊA, M.C.M.

Crescimento inicial de dois gêneros de


pitaia sob diferentes doses de fósforo. In: II Simpósio da Rede de Recursos Genéticos Vegetais do Nordeste, 2015, Fortaleza. Anais do
II Simpósio da RGV Nordeste. Fortaleza, Embrapa Agroindústria Tropical, 2015 (R 161).
Crescimento vegetativo de duas espécies de pitaia em resposta a adubação
fosfatada

Iana Maria de Souza Oliveira¹; Ronialison Fernandes Queiroz²; Edmilson Igor Bernardo Almeida3;
João Paulo Cajazeira4; Márcio Cleber de Medeiros Corrêa5

¹ Graduanda de Agronomia. Universidade Federal do Ceará (UFC). Centro de Ciências Agrárias (CCA), Av. Mister Hull,
2977, Bloco 805, Campus do Pici, CEP: 60451-970, Fortaleza, CE. Ianamaria_oliveira@hotmail.com; ² Pós-doutorando
PNPD/CAPES. Universidade Federal do Ceará (UFC). ronialison@hotmail.com; ³ Docente. Universidade Federal do
Maranhão (UFMA), Campus Universitário de Chapadinha, s/n, Br 222, Km 04, CEP: 65500-00, Chapadinha, MA.
4 5
edmilson_i@hotmail.com; Doutorando CAPES. Universidade Federal do Ceará (UFC). jp_caja@yahoo.com.br;
Docente. Universidade Federal do Ceará (UFC). mcleber@gmail.com.

Palavras chave: Selenicereus setaceus, Hylocereus sp., Cactaceae, cactos, pitaya.

Introdução

No Brasil, há algumas espécies de pitaias vegetando naturalmente sobre rochas, troncos de


árvores, solos arenosos, em áreas de cerrado e de restinga e uma dessas espécies com maior potencial
para aproveitamento na fruticultura é a Selenicereus setaceus (pitaia do cerrado ou saborosa), cujos frutos
têm casca vermelho-rubi e polpa branca, de aparência considerada atrativa e sabor agradável para o
consumidor (Junqueira et al., 2002). Contudo, esta é uma espécie pouco estudada, assim como as espécies
de Hylocereus, que, mesmo já sendo exploradas comercialmente em pequenas áreas no Brasil, ainda
carecem de informações que subsidiem um sistema de produção adequado às diferentes regiões
produtoras no País. O objetivo com este trabalho foi avaliar o desenvolvimento e formação de mudas de S.
setaceus e Hylocereus sp., em resposta a adubação fosfatada.

Material e métodos

O experimento foi conduzido em condições de casa de vegetação, localizada no Setor de


Horticultura do Departamento de Fitotecnia, Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará
(UFC), situado na cidade de Fortaleza, CE (03°44’17,3’’ S, 38°34’29’’ W e 21m de altitude).
Usou-se um DBC em esquema fatorial 2x5, com 4 repetições. O primeiro foi representado pelas
espécies de pitaia Hylocereus sp. e Selenicereus setaceus. O segundo por doses de P (0; 85; 170; 255; 340
-3
mg dm ) na forma de superfosfato triplo. Cada parcela experimental foi constituída por uma planta,
3
cultivada em saco plástico preenchido por 2 dm de substrato (arisco + pó de coco na proporção 2:1),
propagadas por estaquia, conforme Pontes Filho et al. (2014).
Aos 90 dias, realizou-se a análise dos caracteres vegetativos: número de cladódios (NC), somatório
do comprimento dos cladódios (SCC), diâmetro do cladódio principal (DCP), espessura do cladódio (ESC),
número de aréolas (NA), comprimento do cladódio principal (CCP), comprimento da raiz (CR), largura da
raiz (LR), massa seca (MSPA) e massa fresca (MFPA) da parte aérea e massa seca da raiz (MSR).

Resultados e discussão

Nenhuma das variáveis avaliadas foi afetada pela adubação com fósforo. Em contrapartida, todas,
exceto SCC, foram afetadas pela espécie. Também não houve interação significativa (Tabelas 1 e 2).

Tabela 1. Resumo da análise de variância para número de cladódios (NC), somatório do comprimento dos
cladódios (SCC), diâmetro do cladódio principal (DCP), espessura do cladódio (ESC), número de aréolas
(NA), comprimento do cladódio principal (CCP) de pitaia vermelha (Hylocereus sp.) e do cerrado
(Selenicereus setaceus), aos 90 dias após o plantio das estacas.

-----------------------------------Quadrados médios-----------------------------------
Fonte de Variação GL
NC SCC DCP ESC NA CCP
ns ns ns ns ns ns
Dose 4 0,2125 265,0000 14,4184 1,0999 2081,1 3,412
** ns ** * ** **
Espécie 1 9,0250 1677,0250 2416,4702 2,2278 55056 326,6
ns ns ns ns ns ns
Dose x Espécie 4 0,8375 246,1500 5,9911 1,1825 3371,0 2,577
ns ns ns ns ns ns
Blocos 3 1,7583 383,8916 63,1759 0,6108 1991,5 247,3
Resíduo 27 1,6574 415,8546 13,3593 0,52729 1846,08 14,764
*, **
= significativo ao nível de 5% e 1% de probabilidade, respectivamente; ns = Não significativo.

II Simpósio da Rede de Recursos Genéticos Vegetais do Nordeste


Fortaleza, 10-13 de novembro de 2015
Valorização e Uso das Plantas da Caatinga

Tabela 2. Resumo da análise de variância para comprimento da raiz (CR), largura da raiz (LR), massa seca
(MSPA) e massa fresca da parte aérea (MFPA), massa seca da raiz (MSR) de pitaia vermelha (Hylocereus
sp.) e do cerrado (Selenicereus setaceus), aos 90 dias após o plantio das estacas.

---------------------------------Quadrados médios-----------------------------------
Fonte de Variação GL
CR LR MFPA MSPA MSR
ns ns ns ns ns
Dose 4 48,012 2,660 431,72 10,752 3,946
Espécie 1 414,092** 231,84** 19492,2** 866,76** 91,809**
ns ns ns ns ns
Dose x Espécie 4 39,257 3,764 830,35 6,7466 10,113
ns ns ns ns ns
Blocos 3 39,502 2,282 1508,89 4,7660 2,746
ns ns ns ns ns
Resíduo 27 18,992 2,298 438,98 5,8311 4,021
** ns
= significativo ao nível de 1% de probabilidade; = Não significativo.

Pelo teste de Tukey, constatou-se que para Hylocereus sp. as variáveis DCP, CR, LR, MFPA,
MSPA MSR apresentaram valores superiores aos de Selenicereus setaceus, a qual apresentou maior NC,
ESC, NA e CCP. Isso se deve ao fato da diferença morfológica entre as espécies (Tabela 3).

Tabela 3. Número de cladódios (NC), diâmetro do cladódio principal (DCP), espessura do cladódio (ESC),
número de aréolas (NA), comprimento do cladódio principal (CCP), comprimento da raiz (CR), largura da
raiz (LR), massa seca da parte aérea (MSPA), massa fresca da parte aérea (MFPA) e massa seca da raiz
(MSR), aos 90 dias após o plantio das estacas. UFC - Fortaleza-CE, 2015.

Espécie NC DCP ESC NA CCP CR LR MFPA MSPA MSR


S. setaceus 4,8 19,3 3,8 212,8 44,6 26,1 10,0 150,1 13,0 7,3
Hylocereus sp 3,8 34,9 3,3 138,6 38,9 32,6 14,9 194,3 22,3 10,3
C.V. (%) 25,3 13,5 20,5 24,5 9,21 14,9 12,2 12,7 13,7 22,9
Dms 0,7 2,4 0,5 27,9 2,5 2,8 1,0 13,6 1,6 1,3
Fonte: Elaborado pelo autor.

A ausência de efeito da adubação fosfatada pode estar relacionada ao uso exclusivo ou


predominante do P já existente nos propágulos utilizados (pedaços de cladódios (caule) com cerca de 20
cm de comprimento) durante o período inicial de enraizamento e desenvolvimento vegetativo das plantas, já
que, aos 180 dias após o plantio das estacas, Corrêa et al. (2014) e Almeida et al. (2014) relatam o efeito
das adubações com N, K, Zn e P em plantas de Hylocereus undatus.

Conclusão

A adubação com P não afetou o crescimento das duas espécies de pitaia após 90 dias do plantio.

Agradecimentos

Agradecemos a CAPES, pelo auxílio financeiro PNPD Institucional.

Referencias

ALMEIDA, E.I. B.; CORRÊA, M.C.M.; CRISOSTOMO, L.A.; ARAÚJO, N.A.; SILVA, J.C.V. Nitrogênio e
potássio no crescimento de mudas de pitaia [Hylocereus undatus (Haw.) Britton & Rose]. Revista Brasileira
de Fruticultura, v. 36, n. 4, p. 1018-1027, dez. 2014.

CORRÊA, M.C.M.; ALMEIDA, E.I. B.; MARQUES, V.B.; SILVA, J.C.V.; AQUINO, B.F. Crescimento inicial de
pitaia em função de combinações de doses de fósforo-zinco. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 36, n. 1,
p. 261-270, mar. 2014.

JUNQUEIRA, K.P.; JUNQUEIRA, N.T.V.; RAMOS, J.D.; PEREIRA, A.V. Informações preliminares sobre
uma espécie de pitaya do cerrado. Planaltina, DF, Embrapa Cerrados, 2002. 18p (Documentos / Embrapa
Cerrados, ISSN 1517-5111; 62).

PONTES FILHO, F.S.T.; ALMEIDA, E.I.B.; BARROSO, M.M.A.; CAJAZEIRA, J.P.; CORRÊA, M.C.M.
Comprimento de estacas e concentrações de ácido indolbutírico (AIB) na propagação vegetativa de pitaia.
Revista Ciência Agronômica (UFC. Online), v. 45, p. 788-793, 2014.

II Simpósio da Rede de Recursos Genéticos Vegetais do Nordeste


Fortaleza, 10-13 de novembro de 2015

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