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Minas Gerais
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1-(Valor: 2,0 pontos). (UNIV. CAXIAS DO SUL) Escolha a alternativa que completa de forma correta a
frase abaixo: A linguagem ______, o paradoxo, ________ e o registro das impressões sensoriais são
recursos lingüísticos presentes na poesia ________.
2-(Valor: 2,0 pontos). (SANTA CASA) A preocupação com a brevidade da vida induz o poeta barroco a
assumir uma atitude que:
3-(Valor: 2,0 pontos). (FATEC) Quando jovem, Antônio Vieira acreditava nas palavras, especialmente nas
que eram ditas com fé. No entanto, todas as palavras que ele dissera, nos púlpitos, na salas de aula, nas
reuniões, nas catequeses, nos corredores, nos ouvidos dos reis, clérigos, inquisidores, duques,
marqueses, ouvidores, governadores, ministros, presidentes, rainhas, príncipes, indígenas, desses
milhões de palavras ditas com esforço de pensamento, poucas - ou nenhuma delas - havia surtido
efeito. O mundo continuava exatamente o de sempre. O homem, igual a si mesmo. Ana Miranda, BOCA
DO INFERNO
Essa passagem do texto faz referência a um traço da linguagem barroca presente na obra de Vieira;
trata-se do:
a) Em seus sermões, de estilo conceptista, o Padre Antônio Vieira segue os moldes da parenética
medieval.
b) Caracteriza o Barroco a tentativa de unir os valores medievais aos renascentistas.
c) O poema épico Prosopopeia foi escrito em versos decassílabos e oitava-rima e é considerado o marco
inicial do Barroco no Brasil.
d) Apesar de conhecido como poeta satírico, Gregório de Matos também escreveu poesia lírica e
religiosa.
e) O cultismo caracteriza-se como uma seqüência de raciocínios lógicos, usando uma retórica
aprimorada, que despreza a linguagem rebuscada.
5-(Valor: 2,0 pontos). Das alternativas abaixo, apenas uma não apresenta características da obra do
poeta barroco Gregório de Matos. Assinale-a:
a) Alguns de seus sonetos sacros e líricos transpõem, com brilho, esquemas de Gôngora e de Quevedo.
b) Alma maligna, caráter rancoroso,relaxado por temperamento e costumes, verte fel em todas as suas
sátiras.
c) Na poesia sacra, o homem não busca o perdão de Deus; não existe o sentimento de culpa, ignorando-
se a busca do perdão divino.
d) As suas farpas dirigiam-se de preferência contra os fidalgos caramurus.
e) A melhor produção literária do autor é constituída de poesias líricas, em que desenvolve temas
constantes da estática barroca, como a transitoriedade da vida e das coisas.
Aos vícios
Eu sou aquele que os passados anos
Cantei na minha lira maldizente
Torpezas do Brasil, vícios e enganos.
E bem que os descantei bastantemente,
Canto segunda vez na mesma lira
O mesmo assunto em pletro diferente.
Já sinto que me inflama e que me inspira
Talia, que anjo é da minha guarda
Dês que Apolo mandou que me assistira.
[…]
Qual homem pode haver tão paciente,
Que, vendo o triste estado da Bahia,
Não chore, não suspire e não lamente?
Isto faz a discreta fantasia:
Discorre em um e outro desconcerto,
Condena o roubo, increpa a hipocrisia.
O néscio, o ignorante, o inexperto,
Que não elege o bom, nem mau reprova,
Por tudo passa deslumbrado e incerto.
E quando vê talvez na doce trova
Louvado o bem, e o mal vituperado,
A tudo faz focinho, e nada aprova.
Diz logo prudentaço e repousado:
Fulano é um satírico, é um louco,
De língua má, de coração danado.
Néscio, se disso entendes nada ou pouco,
Como mofas com riso e algazarras
Musas, que estimo ter, quando as invoco?
Se souberas falar, também falaras,
Também satirizaras, se souberas,
E se foras poeta, poetizaras.
A ignorância dos homens destas eras
Sisudos faz ser uns, outros prudentes,
Que a mudez canoniza bestas feras.
Há bons, por não poder ser insolentes,
Outros há comedidos de medrosos,
Não mordem outros não, por não ter dentes.
Quantos há que os telhados têm vidrosos,
E deixam de atirar sua pedrada,
De sua mesma telha receosos?
Uma só natureza nos foi dada;
Não criou Deus os naturais diversos;
Um só Adão criou, e esse de nada.
Todos somos ruins, todos perversos,
Só nos distingue o vício e a virtude,
De que uns são comensais, outros adversos.
Quem maior a tiver, do que eu ter pude,
Esse só me censure, esse me note,
Calem se os mais, chiton, e haja saúde.
MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos. 13. ed. São Paulo: Cultrix, 1997. (Fragmento).
O poema transcrito pertence a Gregório de Matos. A própria temática do texto encarrega-se de explicar
a alcunha que o poeta teria recebido de “Boca do inferno”. Qual o motivo do apelido? Justifique com
versos do poema.
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