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UNIVERSIDADE ESTUDAL DE SANTA CRUZ

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS


ENGENHARIA ELÉTRICA

ANDRÉ SILVA SANTOS


DIEGO RAFAEL ALMEIDA MELLO SOUZA

RESISTÊNCIA DE ISOLAÇÃO DE TRANSFORMADOR


Relatório da Prática

Ilhéus - Bahia
2017
ANDRÉ SILVA SANTOS
DIEGO RAFAEL ALMEIDA MELLO SOUZA

RESISTÊNCIA DE ISOLAÇÃO DE TRANSFORMADOR


Relatório da Prática

Relatório final, apresentado ao Prof. Me. Fabio


Cruz, como parte avaliativa da disciplina
Instalações Elétricas Industriais (CET 1227),
referente ao crédito prático.

Ilhéus, 05 de Julho de 2017.

Ilhéus - Bahia
2017
Sumário

1. Introdução.....................................................................................................................................4
2. Materiais usados............................................................................................................................5
3. Metodologia...................................................................................................................................5
3.1 Primeira Medição.....................................................................................................................5
3.2 Segunda Medição.....................................................................................................................5
3.3 Terceira Medição......................................................................................................................5
4. Resultados e discussões..................................................................................................................6
4.1 Análise da Primeira Medição....................................................................................................9
4.2 Análise da Segunda Medição...................................................................................................9
4.3 Análise da Terceira Medição..................................................................................................10
4.4 Análise da Resistência Lida e Calculada................................................................................10
5. Conclusão.....................................................................................................................................12
6. Referências...................................................................................................................................13
4

1. Introdução

A análise do sistema de isolação compreende uma das mais importantes formas


de determinação das condições de operação dos equipamentos elétricos. Assim, este
relatório visa analisar os aspectos conceituais referentes à medida da resistência do
isolamento de um transformador de distribuição, avaliar a qualidade dos
procedimentos utilizados no experimento, e avaliar os resultados obtidos.
A resistência de isolamento cabe ser definida como a medida da dificuldade
imposta à passagem de corrente pelos materiais isolantes. Seu valor pode ser alterado
com a umidade e com a sujeira, podendo provocar alterações da capacitância do
isolamento, da resistência total, das perdas superficiais e da temperatura do material. É
um bom índice indicativo da deterioração dos equipamentos elétricos provocada por
estas causas. O ensaio consiste em aplicar no isolamento uma tensão em corrente
contínua, com valores entre 500 V e 10.000 V. Isso provocará a circulação de um fluxo
pequeno de corrente.
Para a medição da resistência de isolamento utiliza-se um instrumento
denominado megôhmetro, que mensura valores de resistências elétricas na ordem de
mega ohms. Os megôhmetros atuais são analógicos ou digitais, e são indicados para
medição da resistência de isolamento, pois possuem uma tensão interna maior do que
a dos multímetros, o que provoca maior confiabilidade nas medidas, reduzindo os
erros.
Quando é feita a medição da resistência do isolamento, é averiguado o estado
do isolamento em um determinado momento, e pode ocorrer que no instante em que
foi efetuada a medição existia umidade nos enrolamentos e os resultados mostraram
essa situação.
Para determinar o estado real e efetivo estado em que se encontram osmateriais
isolantes, é necessário efetuar mais dois testes, que são eles: O índice de polarização
(IP) e o índice de absorção dielétrica (DAI).
O índice de polarização é realizado para determinar e detectar quais os níveis
de umidade, poeira e contaminação estão presentes nos enrolamentos do motor.
Quando realizados periodicamente, servem, também, para comparar a gradual
deterioração do material isolante, comparando-se os resultados das diversas medições
realizadas ao longo do tempo, devem ser anotados os valores após completar 30
segundos, 1 minuto e 10 minutos, O índice de polarização é dado pela equação 1.

Leitura a 10 min(megohm)
I . P=
Leitura a 1 min(megohm)
E.q.1

O índice de absorção dielétrica possui o objeto de determinar o grau em que


essa contaminação já se deu nos materiais isolantes do equipamento. Ao realizar a
medição da resistência do isolamento. Nota-se que nos primeiros minutos de
realização do ensaio com o megôhmetro, o valor da resistência pode se alterar, dessa
forma temos que o índice de absorção é dado pela equação 2.

Leitura a 10 min(megohm)
I . A=
Leitura a 1 min(megohm)
E.q. 2
5

2. Materiais Utilizados

- Transformador de distribuição
- Medidor de resistência de isolação Megabras MD 5050s
- Cabos elétricos de 6 mm²
- Equipamentos de proteção individual: luva de alta tensão e bota

3. Metodologia

Primeiramente foi constatado o uso de todos os equipamentos de proteção


individual necessários para segurança no experimento, em seguida foi assegurado que
o circuito elétrico do transformador estava desenergizado de acordo com a NBR-5356.
Antes de dar início as medidas foi necessário curto-circuitar os terminais dos
enrolamentos do primário e do secundário do transformador, e ao ligar o megôhmetro
confirmar se o nível da bateria estava adequado para o experimento, de forma que não
interferisse no resultado das medidas.

3.1 Primeira Medição

Para a primeira medição foi posicionada a garra do cabo vermelho no terminal


de alta tensão do transformador, a garra do cabo preto na parte inferior da carcaça do
transformador, e a garra do cabo verde (cabo Guard), no terminal de baixa tensão do
transformador, para que dessa forma fosse evitada interferência na medição, por conta
de resistências parasitas. No megôhmetro foi selecionada uma tensão de 1000 v.
Com essa configuração foi possível efetuar a medição da resistência de
isolação entre o enrolamento de alta tensão e a carcaça do transformador, onde foram
anotados os valores da medição a cada 1 minuto, num total de duração de 10 minutos,
para estudo do comportamento da mesma ao longo do tempo. Ao final do tempo
programado foram registrados os valores do I.P e do I.A.

3.2 Segunda Medição

Para a segunda medição foi posicionada a garra do cabo vermelho no terminal


de alta tensão do transformador, a garra do cabo preto no terminal de baixa tensão do
transformador, e a garra do cabo verde (cabo Guard), na parte inferior da carcaça do
transformador, para que dessa forma fosse evitada interferência na medição, por conta
de resistências parasitas. No megôhmetro foi selecionada uma tensão de 1000 v.
Com essa configuração foi possível efetuar a medição da resistência de
isolação entre o enrolamento de alta tensão e o enrolamento de baixa tensão, onde
foram anotados os valores da medição a cada 1 minuto, num total de duração de 10
minutos, para estudo do comportamento da mesma ao longo do tempo. Ao final do
tempo programado foram registrados os valores do I.P e do I.A.

3.3 Terceira Medição

Para a terceira medição foi posicionada a garra do cabo vermelho no terminal


de baixa tensão do transformador, a garra do cabo preto na parte inferior da carcaça do
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transformador, e a garra do cabo verde (cabo Guard), no terminal de alta tensão do


transformador, para que dessa forma fosse evitada interferência na medição, por conta
de resistências parasitas. No megôhmetro foi selecionada uma tensão de 500 v.
Com essa configuração foi possível efetuar a medição da resistência de
isolação entre o enrolamento de baixa tensão e a carcaça do transformador, onde foram
anotados os valores da medição a cada 1 minuto, num total de duração de 10 minutos,
para estudo do comportamento da mesma ao longo do tempo. Ao final do tempo
programado foram registrados os valores do I.P e do I.A.

4. Resultados e Discussões

Tabela 1 – Valores de resistência medidos da alta para massa

Tempo (minutos) Resistência (GΩ)


0,50 8,80
1,00 10,10
2,00 11,30
3,00 12,00
4,00 12,40
5,00 12,70
6,00 13,00
7,00 13,30
8,00 13,40
9,00 13,60
10,00 13,70

Tabela 2 – Valores de I.P e I.A medidos da alta para massa

Índice de Absorção Índice de Polarização


1,14 1,36
7

Resistência de Isolamento
14 13 13.3 13.4 13.6 13.7
12.4 12.7
12
12 11.3
10.1
10
Resistência (GΩ)

8.8
8 Medição da
Alta para
6 Massa

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Tempo (minutos)

Figura 1: Gráfico do comportamento da resistência da primeira medição

Tabela 3 – Valores de resistência medidos da alta para baixa


Tempo (minutos) Resistência (GΩ)
0,50 4,65
1,00 6,37
2,00 8,06
3,00 9,00
4,00 9,56
5,00 9,96
6,00 10,26
7,00 10,50
8,00 10,70
9,00 10,90
10,00 11,00

Tabela 4 – Valores de I.P e I.A medidos da alta para baixa

Índice de Absorção Índice de Polarização


1,36 1,73
8

Resistência de Isolamento
12
11 10.7 10.9 11
10.26 10.5
10 9.96
9.56
9 9
8.06
Resistência (GΩ)

8
7
6 6.37
5 4.65
4
3
2
1
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Tempo (minutos)

Medição da
Alta para
Baixa

Figura 2: Gráfico do comportamento da resistência da segunda medição

Tabela 5 – Valores de resistência medidos da baixa para massa

Tempo (minutos) Resistência (GΩ)


0,50 1,90
1,00 2,04
2,00 2,05
3,00 2,04
4,00 2,02
5,00 2,00
9

6,00 1,99
7,00 1,98
8,00 1,97
9,00 1,96
10,00 1,95

Tabela 6 – Valores de I.P e I.A medidos da baixa para massa

Índice de Absorção Índice de Polarização


1,07 0.96

Resistência de Isolamento
2.1

2.05 2.05
2.04 2.04
2.02
Resistência (GΩ)

2 2 1.99 Medição da
1.98 1.97 Baixa para
1.96
1.95 Massa1.95

1.9 1.9

1.85

1.8
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Tempo (minutos)

Figura 3: Gráfico do comportamento da resistência da terceira medição

A avaliação é realizada por três critérios: Comparação dos gráficos do comportamento


da resistência ao longo do tempo com a curva mostrada na Figura 4, a condição do Índice de
Polarização e Índice de Absorção, de acordo com a tabela 7. Assim, na curva da Figura 4, um
crescimento contínuo na resistência indica boa isolação, em contrapartida, uma curva
uniforme ou decrescente indica isolação degradada. A Tabela 7 mostra a orientação para o
diagnóstico com os índices.
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Figura 4: Comportamento típico de ensaio de Resistência do Isolamento

Tabela 7 – Tabela informativa para o diagnóstico com os índices IP e Ia

Condição de Isolamento Índice de absorção Índice de polarização


Ruim < 1,1 < 1.25
Duvidoso 1,1 a 1,25 1,25 a 2,0
Satisfatório 1,25 a 1,40 2,0 a 3,0
Bom 1,40 a 1,60 3,0 a 4,0
Ótimo > 1,60 > 4,0

4.1. Análise da Primeira medição

Comparando a Figura 1, com a Figura 4, temos que o comportamento


encontrado na medição da alta para massa (carcaça), possui um crescimento mínimo,
se comportando praticamente uniforme, indicando uma isolação degradada. De acordo
com a Tabela 2, o índice de absorção medido foi de 1,14, o que de acordo com a tabela
7 se encaixa na condição de duvidoso, já o índice de polarização medido foi de 1,36, o
que também se encaixa na condição de duvidoso.

4.2. Análise da Segunda medição

Comparando a Figura 2, com a Figura 4, temos que o comportamento


encontrado na medição da alta para baixa, possui um crescimento contínuo, sem
decaimento, indicando uma boa isolação. De acordo com a Tabela 4, o índice de
absorção medido foi de 1,36, o que de acordo com a tabela 7 se encaixa na condição
de satisfatório, já o índice de polarização medido foi de 1,73, o que se encaixa na
condição de duvidoso.
11

4.3. Análise da Terceira medição

Comparando a Figura 3, com a Figura 4, temos que o comportamento


encontrado na medição da baixa para massa (carcaça), possui um crescimento, seguido
de um decaimento, indicando uma indica isolação degradada. De acordo com a Tabela
6, o índice de absorção medido foi de 1,07, o que de acordo com a tabela 7 se encaixa
na condição de ruim, já o índice de polarização medido foi de 0.96, o que também se
encaixa na condição de ruim.

4.4. Análise do Ri(lido) e do Ri(calculado )

Além das análises realizadas anteriormente, é possível calcular um valor mínimo de


resistência de isolamento para que os transformadores possam ser empregados.
Para transformadores imersos em óleo, que é o caso do utilizado no experimento,
utiliza-se a E.q. 3 para calcular o valor mínimo da resistência de isolamento para cada fase do
transformador.

2,65. V i
Ri 75° C =


3
Sn
f
E.q.

Onde,

Ri 75° C : É a resistência mínima do isolamento a 75 °C, para cada fase (em


Mohms).
V i : É classe de tensão de isolamento nominal (em kV) do enrolamento
considerado. S n : É a potência nominal do enrolamento considerado em kVA.
f : É a frequência nominal em Hz.

O transformador utilizado na prática é um transformador trifásico e possui a seguintes


especificações: Tensão de isolamento nominal de 15kV, frequência nominal de 60 Hz, e
potência nominal de 150 kVA, para utilização da E.q. 3 essa potência nominal teve que ser
dividia por 3, visto que para transformador trifásico, a potência de cada enrolamento será 1/3
daquela dada na placa. Logo, fazendo uso da E.q. 3, foi encontrado o valor de Ri 75° C como
sendo 43,544 Mohms.
Entretanto, esse valor de resistência encontrado é recomendado para uma temperatura
de 75 °C, por conta disso se faz necessário o uso de um método de um método de correção da
resistência mínima para a temperatura ambiente de acordo com recomendação da ABNT.
Como a temperatura ambiente do experimento estava em torno de 25 graus, o fator de
correção escolhido, de acordo com a tabela 8, é de 32. Então o novo valor de Ri é
encontrado multiplicando o valor de Ri 75° C com o fator de correção, sendo encontrado o
resultado de 1393,406 Mohms.

Tabela 8 – Tabela informativa para o fator de correção em relação à temperatura ambiente

Temperatura (°C) Fator de Correção


0 181
1 169
12

2 158
3 147
4 137
18 52
19 48,5
20 45,3
21 42,2
22 38,4
23 36,8
24 34,3
25 32,0

Contudo, a equação utilizada fornece resistência mínima admissível para


resistências de isolamento por fase, como na prática foi curto-circuitada as três buchas de cada
enrolamento, foi lido o valor da associação em paralelo de três resistências de isolamento, por
conta disso é necessário dividir por 3 o valor de Ri calculado para que ele possa ser
comparado com Ri (lido), logo o valor de Ri que irá ser utilizado para comparação é de
464,469 Mohms.

Finalmente, comparando todos os valores medidos com o valor de Ri


calculado, percebe-se que nenhuma medida de resistência foi inferior à resistência mínima
admissível, o que é um indicativo que o transformador avaliado pode ser empregado
normalmente.
13

5. Conclusão

Analisando apenas o comparativo do gráfico, percebe-se que apenas a


resistência de isolamento do enrolamento de alta tensão para baixa tensão se
comportou dentro dos parâmetros aceitáveis para uma boa isolação, entretanto quando
se observa os índices de polarização e de absorção da mesma medida, nota-se que
apenas o índice de absorção (observado na tabela 4), se encaixa na categoria de
satisfatório, já o índice de polarização dessa mesma medida ficou na categoria de
duvidoso. Dessa forma, constata-se que o ensaio é útil para verificação de falhas de
isolamento mais grosseiras, como um curto-circuito, não sendo muito preciso, além
disso, foi compreendido que o ensaio com o megôhmetro é útil para verificar o
comportamento do isolante ao longo do tempo, sendo realizado em ocasiões diferentes
e comparando os resultados encontrados.
Ao término da análise ficou constatado que a resistência de isolamento do
enrolamento de alta tensão para massa está em condições impróprias para uso, bem
como a resistência de isolamento do enrolamento baixa tensão para a massa.
Pode-se concluir que para o experimento ter resultados mais satisfatórios, seria
interesse repetir as medições em ocasiões diferentes, e compara os resultados com o
obtido, os resultados obtidos no ensaio de resistência de isolamento não podem ser
considerados um critério exato de avaliação das condições do isolamento do
transformador e de sua capacidade operativa. Entretanto, os valores medidos podem
ser usados como uma orientação sobre o seu estado, baseando-se na avaliação do
histórico do equipamento.
Alguns fatores podem ter influenciado nas medições do equipamento, como a
influência da temperatura, da umidade, e por conta da sujeira no local da medição,
visto que, esses impactos podem provocar alterações da capacitância do isolamento, da
resistência total, e das perdas superficiais.
No caso da temperatura é necessário que ela esteja acima do ponto de
condensação do ar ambiente. Quando este não for o caso, uma camada de umidade se
formará na superfície de isolação e em alguns casos, será absorvida pelo material.
Além disso, o efeito de temperatura é considerado, já que a resistência de isolação é
inversamente proporcional a temperatura de isolação (a resistência decresce à medida
que a temperatura aumenta), as leituras registradas são alteradas por mudanças na
temperatura do material de isolação.
Em relação à sujeira do ambiente, é importante manter o local de medição
sempre limpo, pois a superfície do condutor contém carbono e outras matérias
estranhas que podem tornar-se condutivas em condições de umidade.
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6. Referências

[1] PAULINO, Marcelo “Ensaios de resistência de isolamento e de rigidez


dielétrica.” Disponível em: <http://www.osetoreletrico.com.br/wp-content/uploads/2014/08/ed-
102_Fasciculo_Cap-VII-Manutencao-de-transformadores.pdf >. Acesso em 03 de julho de 2017.

[2] VORTEX. “Teste de Resistência de Isolação.” Disponível em:


<http://www.vortex.com.br/notas/resistencia_%20isolamento.pdf>. Acesso em 03 de julho de
2017.

[3] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5356:


Transformador de Potência.

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