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HEAD COACH BRASIL – FUTEBOL AMERICANO INTELIGENTE 23 de janeiro de 2018

“Construindo um Programa
Vencedor”

Bo Schembechler
Meus anos como treinador têm sido inacreditavelmente bons para mim, minha família, minha comissão
técnica e para os caras que jogaram pra mim. Eu tenho sido muito, muito sortudo.

Eu fui um assistente por 10 anos antes de me tornar head coach. Eu tive o privilegio de ser treinador para
três dos grandes treinadores que já viveram: Doyt Perry em Bowling Green, Ara Parseghian em Northwestern e
Woody Hayes em Ohio St.

Em 1969, Don Canham, o diretor atlético de Michigan, me ofereceu um trabalho em Ann Arbor. Eu estava
animado. Eu nunca irei me esquecer quando me disseram que estávamos indo para Ann Arbor. A maioria de nós
(comissão técnica) nunca estivera lá.

IMPLEMENTANDO O PLANO

O plano era simples. E era importante comunicar nossa abordagem àqueles que estivessem envolvidos no
programa de Michigan. Minha comissão técnica veio com o slogan que daríamos aos jogadores: Aqueles que
ficarem serão campeões.

Nós entramos na temporada com a idéia de que queríamos simular e vencer o programa mais dominante
e efetivo da liga. Esse programa era Ohio St, comandado pelo coach Woody Hayes. Nós sentimos que o programa
dele era tão dominante que ninguém na liga estava apto a evitar que o time dele corresse com a bola. No sentido
de nos colocar aptos a competir com eles, nós sentíamos que precisávamos conseguir parar corridas. Para isso,
precisávamos estar aptos a correr com a bola tão bem quanto eles, porque nossa defesa iria jogar contra nosso
ataque mais do que contra qualquer outro oponente nos treinos.

Eu acredito em priorizar defesa. Eu não acho que você pode ganhar campeonatos ou ser bem sucedido, a
menos que você tenha uma grande defesa. Eu também acredito muito fortemente que você precisa estar apto a
bloquear – quero dizer, mano a mano, básico, bloqueio fundamental no futebol – e que você precisa estar apto a
correr com a bola. Eu não sou contra lançar a bola. Eu tenho sido acusado disso em uma porção de ocasiões. Eu
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apenas não quero chegar a situações de jardagem curta, goal line e não conseguir bloquear ou correr a com a
bola eficientemente.

Então, nós trazemos um ataque onde usaríamos o bloqueio base e correríamos com a bola. Nós
simularíamos Ohio State porque nós queríamos para o ataque de Ohio State. Nós construímos uma defesa
baseada em velocidade e agilidade, de modo que estaríamos aptos a perseguir e tacklear. Nós usamos uma
defesa ágil porque nós não éramos um grande (fisicamente) time defensivo. E nós queríamos vencer no kicking
game em cada jogada. Isso pode soar estranho para você, mas nós zeramos (vencedor de zero) o melhor time da
liga, Ohio State.

EVITANDO LAPSOS

Nós usamos a frase “Você fica melhor ou pior; nunca permanece o mesmo”. Nós a usamos
constantemente e falamos com os jogadores sobre isso: “Cada vez que você entra em campo no treino ou jogo,
independente do adversário ou do que nós fazemos, quando nós sairmos de campo estaremos melhores ou
piores. Nem a pau que vocês serão os mesmos”.

Em 1970, nós ganhamos uma porcentagem de campeonatos e nosso programa foi bastante bem
sucedido. Nós estávamos correndo com a bola, nossa defesa estava bem, nós tínhamos grandes confrontos
contra Ohio State no último jogo do ano.

Quase todo ano nós jogávamos a final do campeonato no último jogo. Esses jogos são algo de especial.
Nós estávamos jogando contra o maior treinador de futebol americano e uma das maiores escolas – frise-se aqui
o maior treinador que já existiu – na conferencia Big Ten.

Nós fomos bem sucedidos e felizes. E então, eu aprendi rapidamente que você não pode se tornar
egocêntrico. Você não pode se tornar presunçoso e imaginar que os problemas dos times que você venceu ao
longo dos anos não vão acontecer com você e com seu time. Eu aprendi essa grande lição em 1979, quando nós
tivemos provavelmente o pior kicking game da historia do college football.

Nós sempre colocamos ênfase no kicking game. Nós gastamos 15 minutos diários com ele. Nós treinamos
nossos punt da mesma maneira por 20 anos, mas naquela temporada tivemos chutes bloqueados, retornados
para touchdown e média de 36 jardas por chute. Não conseguíamos cobrir, chutar, não conseguíamos fazer nada.

Por que isso aconteceu? Porque todos nós treinadores ficávamos de pé parados naqueles 15 minutos.
Nós cruzamos nossos braços. Não treinamos com o mesmo entusiasmo e com o mesmo jeito que deveríamos,
nunca jogada que não muda de ano para ano. Eu prometi nunca, jamais deixar isso acontecer novamente.

Na temporada de 1980, eu dei a cada treinador uma responsabilidade posicional nos punts. Eu os disse
que se houvesse uma quebra em determinada posição que ele estava treinando, ele seria o responsável direto – e

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que não haveriam mais contratos de trabalho longos em Michigan. De repente, todos nós começamos a treinar
com muito mais entusiasmo.

Eu peguei a responsabilidade de treinar o retorno de punts. Eu peguei aquela responsabilidade e não a


renunciaria. O homem responsável pelo kicking game em Michigan sou eu! E se eu sou responsável por isso,
todos aqueles jogadores olhariam para isso e diriam “Hey, isso é algo especial. Esse velho está usando todo o
tempo de treino para conduzir os drills e fazer correções no kicking game, para garantir que isso seja feito
corretamente”.

Em 1980, por causa do que aconteceu em 1979, nós lideramos a nação em net punting. Nós éramos o
time de punt mais completo dos Estados Unidos da America.

Você precisa ensinar todo santo dia. Uma vez que você se ilude porque tem um grande time e grande
talento e você vê tudo desmoronar – porque o fator mais importante é a atitude. E a única maneira de ter grande
atitude é treinar isso a cada dia dentro e fora do campo!

CHAVES PARA PROGRAMAS VENCEDORES

 Organização
 Dominar o básico
 Ética de trabalho
 Coragem
 Lealdade
 Integridade

ORGANIZAÇÃO

Se eu fosse lhe dizer hoje como vencer, isso é o que eu diria a você: seja um cara organizado. Eu teria os
treinos bem organizados e uma comissão técnica bem organizada e todo mundo sabendo que vai fazer.

Se você não tem organização e não está preparado, seu time nunca vai ser competente. Eles só são
competentes quando eles sabem que você fez um grande trabalho de simular o que pode acontecer a
eles num jogo. E você não pode fazer isso a menos que esteja organizado.

Eu tive Bill Walsh na minha clinica no último verão. Walsh é um grande treinador. Ele provou isso. Ele
estava dizendo àqueles treinadores no auditório como ganhar um jogo. Ele sentia que podia ganhar por
conta da organização, porque ele fechou cada treino ofensivo com uma jogada que ele iria chamar numa
situação de 4th and 25 da sua própria linha de 30 jardas, com 30 segundos no relógio.

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Quantos de vocês treinadores trabalham esse tipo de situação? Isso não é uma situação muito boa se
você estiver atrás do placar. Mas, ele trabalha nisso. É uma jogada especial onde ele coloca três wide
receivers em um lado, coloca um tal de Jerry Rice do outro lado, isolado.

Se eles cobrirem esses três recebedores de um lado, o QB deve lançar a bola para Rice. Walsh trabalhou
nisso. Eles chegaram a uma partida onde tiveram de enfrentar uma situação muito similar e ele disse aos
jogadores que rodassem aquela jogada.

E todos os caras disseram: “Caramba, nós treinamos isso. Nós temos uma chance. É possível que essa
jogada funcione, porque treinamo-la”. E adivinha? Jerry correu uma rota streak, anotou o touchdown e
ganhou a partida.

Agora, isso não vai acontecer todo o tempo, mas certamente nunca teria acontecido se ele não tivesse
treinado aquela situação. Você precisa antecipar e organizar e treinar cada coisa que pode acontecer em
uma partida.

DOMINANDO O BÁSICO

A segunda coisa a se fazer é dominar o básico, os fundamentos de bloqueio e tackle e ensiná-los com
grande entusiasmo. O maior professor que eu já tive no college football – de longe – foi Woody Hayes.

Woody Hayes era advogado da antiga jogada Fullback Off-tackle. Todos os treinadores mais velhos sabiam
que Woody ia rodar a corrida 26. Ele tinha todos os tipos de ajustes de bloqueio para isso. Eu treinei para
ele por 6 anos. Em cada uma das temporadas, no primeiro dia de treino para o ataque, o velhote iria para
a lousa e, como se fosse a mais nova invenção do futebol americano, descrevia a comissão técnica como
funcionava a jogada 26.

Pelo fato de ele ensinar com tanto entusiasmo, você sentava e assistia a cada movimento e sempre
aprendia algo diferente – toda vez. Talvez, fosse apenas uma pequena passada lateral do fullback, ou
talvez você realmente fosse mudar a jogada e ter um novo ajuste de bloqueio.

Quando ele levava essa jogada aos jogadores, ele a ensinava com grande entusiasmo. Quando os
jogadores estavam no huddle e jogada 26 era chamada, não havia um sequer – e você pode perguntar a
qualquer jogador que jogou para Ohio State – que não sentisse que eles iriam ganhar jardas, por que ele
vendeu a esses homens que ninguém era capaz de parar a jogada 26.

Para mim, isso é importante se quiser vencer – se a jogada for sólida e você a ensinar dessa maneira.
Seria fácil para ele dizer “ok, nós vamos rodar a 26. Todos vocês sabem como executá-la”. Não! Essa não
era a maneira que Woody queria. Ele colocava de uma maneira que todo mundo pensaria “Essa é a coisa
mais grandiosa que nós podemos fazer”.

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MOTIVAÇÃO E CORAGEM

A próxima coisa que você precisa fazer para ser bem sucedido é estar disposto a trabalhar. Não há
substituto para trabalho duro. Não há substituto para planejamento cuidadoso.

Motivação! Você precisa ter seu coração no seu trabalho, de modo que consiga motivar os outros – seus
colegas treinadores e jogadores no seu time. Você precisa colocar objetivos. Qualquer time que não é
orientado por seus objetivos, não vai ter muita chance de sucesso.

Não há substituto para trabalho duro. Eu admiro treinadores que estão dispostos a fazer isso. Não é um
trabalho de meio período. Mesmo se você tiver outras responsabilidades profissionais, como eu tenho as
minhas, ser treinador de futebol americano é um trabalho de tempo integral.

Para vencer, todo mundo da comissão técnica precisa entender que o trabalho deles é importante. Uma
das coisas que mais me irrita é o treinador assistente que sempre está procurando por uma brecha ou
pelo próximo emprego como head coach em outro lugar.

Qualquer um que queira ser bem sucedido no futebol americano deve se tornar o melhor treinador, em
qualquer responsabilidade que tiver, e deve ser feliz fazendo isso! Eu posso lhes dizer com toda
sinceridade, eu nunca tive um emprego ruim. Eu nunca tive um emprego que não gostasse, seja quando
eu era assistente graduado, treinador de guards, centers ou tackles ou qualquer outra coisa.

Eu falei sobre disciplina e a importância disso. Eu quero times com grande coragem, times que estão
aptos a jogar sob grande pressão. Isso é importante. Há pressão em Michigan. Há pressão no seu local.

Isso é pressão. Isso demanda coragem. Futebol americano ensina isso. E quando é feito corretamente, é
são grandes ensinamentos para esses jovens, porque mais tarde na vida eles vão ter que tomar algumas
decisões ainda mais importantes que bloquear ou tacklear alguém.

LEALDADE

Eu acredito em lealdade, a si mesmo e àqueles que dependem de você. O maior exemplo disso que já vi
foi muitos anos atrás quando Texas A&M estava tentando me contratar. Eu estava indo ajudar Bear
Bryant no East-West Shrine Game (jogo amistoso comemorativo entre alguns dos melhores jogadores
universitários).

Coach Bryant seria o head coach. Ele havia acabado de se tornar o treinador mais vitorioso da historia da
Divisão 1 do College; ele foi o maior de todos os tempos. Ele e eu treinamos em alguns jogos de all-star
antes e quando eles pediram a ele para ser o head coach, ele disse que só faria isso se eu também viesse
– porque ele me conhecia e sabia que eu faria todo o trabalho.

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Eu fui para San Francisco e o encontrei no Hospital Shrine onde estávamos visitando. Eu disse “Preciso
falar com você, coach”. Ele disse “Sim, eu andei lendo artigos sobre você. É melhor sentarmos para
conversar sobre algumas coisas”. Eu disse “Ótimo, assim que chegarmos ao hotel”. Ele disse “Eu te ligo”.

Ele ligou e veio a minha suíte, sentou-se e começou a falar. Ele olhou e disse “Você não vai me oferecer
uma bebida”. Eu tinha uma garrafa de Bourbon. Ele se serviu e disse “Então, quer dizer que Texas A&M
quer contratar você hein? Eu nunca vou esquecer quando eu estive por lá.”

E ele começou a falar. Contou historias do passado sobre sua carreira. Finalmente, depois de uma hora e
meia, ele me olhou e disse: “Bom, nós conversamos sobre você o suficiente. Agora, vamos falar sobre os
meus problemas”.

Eu perguntei quais problemas ele tinha. Eu pensei que ele iria dizer algo sobre a sua saúde. Mas, ele disse
“Bo, eu não quero voltar ao escritório. Eu não quero mais fazer uma ligação sequer. Eu não quero recrutar
mais nenhum jogador. Eu quero desistir”.

Eu disse “Bear, todo mundo no planeta espera que você se aposente na idade que você está. Você acabou
de quebrar um Record. Você fez tudo que era possível. É a hora de se aposentar. Porque você não vai em
frente e se aposenta?” Então, eu peguei o telefone e disse: “Aqui, vamos ligar pro presidente agora
mesmo”.

Ele disse “Ah, não. Não é tão fácil. Você vai descobrir isso um dia. Eu tenho 47 pessoas lá que eu contratei
na Universidade de Alabama. O que vai acontecer com elas se eu me aposentar?”

Você já sabe o final dessa história. Ele voltou e treinou o time por mais um ano. Ele não queria. Ele estava
doente, velho e cansado. Ele treinou mais um ano e finalmente se aposentou. Pouco tempo depois, veio a
falecer.

Isso, para mim, é lealdade. Ele não conseguia simplesmente desistir do emprego. Não era fácil assim.
Agora, senhores, eu chamo isso de lealdade. Eu vejo caras indo e vindo de empregos, gente que vem e
não sabe o que está fazendo. Bryant não podia fazer isso. Quando ele finalmente se aposentou, eu tenho
certeza que as pessoas estavam preparadas para isso.

INTEGRIDADE

Eu acredito em honestidade e integridade. Enquanto você lida com seus jogadores e treinadores e todo
mundo conectado ao futebol, senhores, você precisa ser honesto e fazer isso com integridade.

Eu não me sinto culpado por aquelas pessoas são pegos roubando e vão para a cadeia. Eu não me sinto
mal por quem pega uma pena de morte. Nós temos regras e regimentos sob quais vivemos e quando você
quebra uma dessas regras, você precisa pagar o preço.
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Há tanta crítica em qualquer nível pelo país que nós, enquanto treinadores, não podemos operar de outra
maneira que não com honestidade e integridade. Esse é o seu trabalho e você se você não pode vencer
legitimamente desse jeito, talvez você não deve ser treinador.

Se você está em uma situação onde uma grande temporada significa vencer apenas metade dos seus
jogos, entenda isso e faça com que as pessoas ao seu redor também entendam. Nós precisamos conduzir
a nós mesmos de maneira que estejamos acima de acusações. Essa é a única maneira de vender seu
programa.

E a ultima coisa que eu acredito é que quando nós treinamos, cada um de nossos jogadores precisa sentir,
quando suas carreiras estiverem terminadas, que esse período foi uma das experiências mais
significativas da vida deles. Se não for, então é nossa culpa.

Todos nós treinadores treinamos por uma razão, apenas uma razão: o efeito isso gera no cara que nós
treinadores. Eu não me importava em lotar o estádio de Michigan. Eu não importava em fazer milhões de
dólares. Mas, eu te digo uma coisa: nós apenas fazemos isso for em prol dos melhores interesses dos
caras que jogam.

Isso é importante. Ele eles vierem aqui e disserem “Hey, isso foi a melhor coisa que já aconteceu na minha
vida”, então tudo isso terá valido a pena.

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