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A Teoria Microeconômica não deve ser confundida com Economia de Empresas, pois
tem enfoque distinto. A Microeconomia estuda o funcionamento da oferta e da demanda na
formação do preço no mercado, isto é, o preço sendo obtido pela interação do conjunto de
consumidores com o conjunto de empresas que fabricam um dado bem ou serviço.
Do ponto de vista da economia de empresas, se estuda uma empresa específica e
prevalece a visão contábil-financeira, na Microeconomia prevalece a visão do mercado.
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marginal, custo marginal e produtividade marginal x receita
média, custo médio e produtividade média).
Correntes Alternativas: aumento da participação nas vendas do
mercado, maximização da margem sobre os custos de produção,
independente da demanda de mercado (Teoria da Organização
Industrial ou Economia Industrial).
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2.3 – Análise da Demanda de Mercado
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2.3.3 – LEI GERAL DA DEMANDA
Há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço
do bem. É a chamada LEI GERAL DA DEMANDA.
Essa relação pode ser observada a partir dos conceitos de escala de procura, curva
de procura ou função demanda, demonstrada no gráfico abaixo:
PREÇO
3,50
D
2,50
C
1,50
B
D
1,00
A
Qd = f (P)
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2.3.3.1 – Efeito Substituição: Se um bem possui um substituto, ou seja, outro bem similar
que satisfaça a mesma necessidade, quando seu preço
aumenta, coetaris paribus, o consumidor passa a adquirir o
bem substituto, reduzindo assim a demanda pelo primeiro.
Exemplos . . .
2.3.3.2 – Efeito Renda: Quando aumenta o preço de um bem, coetaris paribus (renda do
consumidor e o preço de outros bens), o consumidor perde poder
aquisitivo e a demanda pelo bem diminui. Assim, embora seu salário
monetário não tenha sofrido nenhuma alteração, seu salário “real”,
em termos de poder de compra, foi corroído.
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A nova curva será D2:
ALTERAÇÃO NA DEMANDA
P
P1
P0 D0 D1
Q1 Q0 Q3 Q2
Q
A variação percentual do preço é dada por: A variação percentual da quantidade é dada por:
∆P = (P1/P0) – 1 ∆Q= (Q1/Q0) – 1
∆P = (16/20) – 1 ∆Q= (39/30) – 1
∆P = 0,8 – 1 ∆Q= 1,3 – 1
∆P = – 0,2 20% ∆Q= 0,3 30%
EpD = (∆ Q/∆ P)
EpD = (0,3/- 0,2)
EpD = - 1,5
|EpD| = 1,5
Isto significa que, dada uma queda de 20% no preço, a quantidade demandada
aumenta uma vez e meia sobre este percentual, ou seja, aumenta em 30 %.
Trata-se, portanto, de um produto cuja demanda tem grande sensibilidade à
variações do preço. Isso nos remete aos conceitos de DEMANDA ELÁSTICA e INELÁSTICA.
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2.3.6.2 – Demanda Elástica
A variação da quantidade demandada supera a variação do preço. Os consumidores
desse produto têm grande reação ou resposta, nas quantidades, a eventuais variações no
preço. Em caso de aumentos de preços, diminuem drasticamente o consumo; quando
acontecem quedas do preço de mercado, aumentam em mais de uma vez A VARIAÇÃO DO
PREÇO (no exemplo anterior, uma vez e meia – 1,5).
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PREÇO QUANTIDADE
($) OFERTADA
1,00 1.000
3,00 5.000
6,00 9.000
8,00 11.000
10,00 13.000
10,00
8,00
6,00
3,00
1,00
1.000 5.000 9.000 11.000 13.000
QUANTIDADE
Qo = f (P)
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A relação direta entre a quantidade ofertada de um bem e o preço desse bem se
deve ao fato de que, coeteris paribus, um aumento do preço no mercado estimula as
empresas a produzirem mais, aumentando sua receita.
Outra forma de leitura: os custos de produção aumentarão, e a empresa deverá
elevar seus preços para continuar produzindo o mesmo que antes.
Além do preço do bem, a oferta de um bem ou serviço é afetada pelos custos dos
fatores de produção (matérias-primas, salários, preço da terra) e por alterações
tecnológicas, ou pelo aumento do número de empresas no mercado.
Parece claro que a relação entre a oferta e o custo dos fatores de produção seja
inversamente proporcional. Por exemplo, um aumento dos salários ou do custo das
matérias-primas deve provocar, coereris paribus, uma retração da oferta do produto.
A relação entre a oferta e uma melhoria tecnológica é diretamente proporcional, o
mesmo ocorrendo com uma variação no número de empresas ofertantes no setor.
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