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CAMPUS PETROLINA
BACHARELADO EM NUTRIÇÃO
b) Objetivos:
● Geral
Caracterizar quimicamente e nutricionalmente as farinhas obtidas de inhame (Dioscorea spp.) e taro
(Colocasia esculenta) comercializadas na cidade de Petrolina-PE.
● Específicos
✓ Elaborar as farinhas de inhame e taro;
✓ Determinar as características físico-químicas das farinhas elaboradas;
✓ Determinar o valor nutricional das farinhas elaboradas.
c) Introdução
Há poucos estudos relacionados às propriedades do inhame (Dioscorea spp.) e taro (Colocasia esculenta).
Sendo que alguns mostram que juntamente com a batata, mandioca e a batata-doce, o inhame e o taro
compõem o grupo de amiláceas, consumidas por 70% da população mundial, sendo que um terço o
consome como base alimentar, principalmente as populações de baixa renda (ANDRADE, 2013). O inhame
é uma cultura de importância econômica e social nas regiões tropicais, incluindo o nordeste do Brasil que
produziu 38.256 toneladas em 2006 (IBGE, 2013). Ainda nessa região, o estado de Pernambuco se
destaca como maior produtor e grande consumidor de inhame (IBGE, 2010). O inhame é uma cultura de Commented [1]: Verificar a fonte.
elevada relevância nacional, principalmente na região nordeste do Brasil devido ao seu desempenho Commented [2]: Não estou conseguindo encontrar
socioeconômico, auxiliando na fixação do homem no campo e aumento da sustentabilidade (OLIVEIRA et
al., 2012). Especialmente nos Estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia e Maranhão, considerados
os maiores produtores (OLIVEIRA, 2010). Além disso, é um alimento fonte de diversas vitaminas do
complexo B (tiamina, riboflavina, niacina), vitamina A, vitamina C e carboidratos. Além de apreciáveis teores
de proteína e de gordura (OLIVEIRA et al., 2007).
Em relação ao taro (Colocasia esculenta) sua utilização mais conhecida é na alimentação, mas seus usos
vem se ampliando, a exemplo, da extração de amido para a indústria alimentícia. O desenvolvimento de
produtos alimentícios para o consumo humano à base de farinha de taro é crescente e apresenta a
vantagem de não conter glúten, diferentemente do trigo, do centeio, da cevada e da aveia (REIS, 2011).
Além de ser mais explorado na agricultura familiar, por possuir versatilidade de consumo ao natural ou
processado (BRASIL, 2010). Essa cultura apresenta lugar assegurado na história da alimentação humana e
do trabalho, destacando-se no ponto de vista sócio-econômico do país (MENDES, 2013). Ressaltando que
a indústria, e a agricultura responde por grande parte da economia ultrapassando até a agropecuária que é
o segundo setor mais representativo para a economia pernambucana (MENDES, 2010). O taro (Colocasia
esculenta) contém cálcio, fósforo, ferro e vitaminas do complexo B, além de proteínas, lipídios, glicídios,
fibras e vitamina C (FERNANDES, 2014). Tem-se também a presença de quantidades apreciáveis de
aminoácidos essenciais como fenilalanina e leucina (REIS, 2011). No mercado, tanto o inhame como o taro
podem ser utilizados na elaboração de pães, biscoitos (tipo cookie), bolos e outros alimentos em
substituição a farinha de trigo sendo uma boa opção para portadores da doença celíaca.
A partir dos conhecimentos físico-químicos e nutricionais da farinha de inhame e taro obtidos com esse
projeto, tanto a indústria alimentícia como a população será beneficiada, principalmente nos locais onde são
mais cultivados, como o estado de Pernambuco. Pois, a partir destes compostos que o mercado utilizará
como recurso para a fabricação de novos produtos com o conhecimento nutricional. Como consequência,
refletirá também na saúde da população, visto que esses produtos atenderão às necessidades crescentes
de uma alimentação nutritiva e que atenda a demanda da população, a exemplo dos celíacos.
d) Metodologia
O projeto será conduzido no Laboratório de Nutrição I (Bromatologia) da Universidade de Pernambuco,
Campus Petrolina. As amostras de inhame e taro serão adquiridos em estabelecimentos locais da cidade de
Petrolina- PE.
- Carboidratos: O teor de carboidratos será determinado pela diferença entre 100 e a soma dos valores
obtidos para umidade, proteína, lipídeos totais e cinzas (CECCHI, 2003.).
- Lipídios: A determinação de lipídios totais será feita pela extração direta em Soxhlet (IAL, 2005).
- Fibras: O teor de fibras será analisado de acordo com as normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz (2005).
- Proteínas: A determinação de proteína bruta será feita segundo o método de Kjeldahl clássico, recolhendo
a amônia em HCl 0,1M ao invés de H2SO4 0,05M. O fator de multiplicação para o nitrogênio titulado será
6,25. (IAL, 2005).
- Umidade: O teor de umidade será determinado pelo método de secagem em estufa a 105 °C (IAL, 2005).
- Cinzas: O teor de cinzas será determinado pela incineração em forno tipo mufla a 550ºC, expressando-se
a porcentagem do resíduo (AOAC, 2005).
- Atividade de água: A atividade de água foi medida diretamente em medidor portátil, modelo Pawkit, marca
Decagon, após equilíbrio da amostra com o ambiente e na temperatura média de 25°C;
- Valor calórico: A estimativa do valor calórico será feita a partir dos teores da fração protéica, lipídica e de
carboidratos, utilizando os fatores de conversão tradicionais para proteínas (4 kcal/g), lipídios (9 kcal/g) e
carboidratos (4 kcal/g). (Atwater WO, Woods CD, 1896) (Dutra de Oliveira e Marchini,1998).
- Acidez total titulável: Determinada através de titulação com NaOH 0,1N, sendo o pH da solução
monitorada por potenciômetro. A amostra triturada é pesada e adicionada 100mL de água destilada,
agitando-se moderadamente. Em seguida a solução é titulada com NaOH rapidamente até pH 6. Após este
ponto, é adicionado então, NaOH lentamente até pH 7. Após a obtenção do pH 7, a titulação é mantida
adicionando 4 gotas de NaOH por vez, anotando o volume e valor de pH para cada adição. A seguir
continuando a titulação 4 gotas até próximo do pH 8,10 (0,2) e encontrando o valor da titulação
correspondente ao pH 8,1 (por interpolação), sendo o resultado expresso em miliequivalentes (meq) de
NaOH/100g, segundo método nº 942.15B da AOAC (1997).
- Amido: Determinado por digestão ácida em microondas, conforme a metodologia descrita por CEREDA et
al. (2004);
● Análise estatística
As análises serão realizadas em triplicata e os dados serão apresentados como valores médios e desvio
padrão. Para avaliação dos resultados, serão realizadas análises de variância ANOVA e teste Tukey para
diferença de médias. Todas as análises serão consideradas com nível de significância de 5%.
e) Metas e fases do desenvolvimento do projeto com cronograma
Atividades Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereir Março Abril Maio Junh Julho
2018 2018 2018 o 2018
o
2017 2017 2017 2017 2017 2018 2018
2018
Revisão X X X X X X X X X
bibliográfica
Elaboração X X
das farinhas
Análises físico- X X X
químicas
Análise dos X X
resultados
Elaboração do X X X
artigo
Submissão do X
artigo para
publicação
Entrega do X
relatório parcial
Entrega do X
relatório final
i) Bibliografia
AOAC INTERNATIONAL (2005) 18th Ed., AOAC IN TER NATIONAL, Gaithersburg, MD, USA, Offi cial
Method 2005.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política
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pernambucano: uma análise das cinco forças competitivas. Convibra. 2013.
FERNANDES, Poliana Alves et al. Fatores que apontam a relevância do iogurte saboresado com inhame e
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OLIVEIRA, F. J. M.. Tecnologia de Produção do Inhame (Dioscorea cayennensis L.) Pelo Sistema de
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Reis, Graciene Dias e. Avaliação da atividade biológica do taro [(Colocasia esculenta (L.) Schott)] no ensaio
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