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I - TERMINOLOGIA
A) Misturas Intravenosas (MIV):
preparação extemporânea obtidas pela incorporação de medicamentos para
uso intravenoso (aditivo) a envases que contenham dissoluções para
fluidoterapia IV (veículo);
pós ou líquidos que devem ser diluídos em diferentes soluções e em distintas
concentrações segundo a patologia e características do paciente;
modificação da apresentação original para obter uma resposta eficaz com
menos incidência de efeitos adversos;
requer trabalho em equipe: enfermagem, médico, farmacêutico.
B) Fluídos Intravenosos (FIV):
Veículos ou soluções como o NaCl 0,9%, glicose 5% etc, e aditivos (AD) aos
medicamentos IV em dissolução – ampicilina, ranitidina, cloreto de potássio, etc.
C) Central de Misturas Intra - Venosas (CMIV): recepção da prescrição,
elaboração, acondicionamento e distribuição das misturas intravenosas.
D) Área Limpa: área com controle ambiental de forma a reduzir a introdução,
geração e retenção de contaminantes (microbiana e partículas) em seu interior.
E) Procedimento asséptico: operação de preparo de injetáveis com a garantia de
sua esterilidade.
F) Embalagem Primária: recipiente destinado ao envase do injetável, que atendam
os requisitos farmacopéicos.
G) Sessão de Manipulação: tempo decorrido para uma ou mais manipulações de
injetáveis, sob as mesmas condições de trabalho, por um mesmo manipulador,
sem qualquer interrupção do processo.
TÉCNICAS
elaboração terapia intravenosa sob condições controladas garante a
integridade físico-química, esterilidade, dose prescrita, estabilidade e
validade;
redução de erros de medicação no preparo e administração.
ECONÔMICAS
estoque de medicamentos de acordo com as reais necessidades;
diminuição dos gastos com medicamentos e materiais;
melhor aproveitamento e distribuição de recursos humanos, segundo as
suas especialidades;
reutilização das misturas intravenosas não administradas.
IV – EXIGÊNCIAS
limpidez das soluções;
pH próximo da neutralidade;
pressão osmótica próxima a do plasma;
pesquisa de substâncias pirogênicas;
ensaio de esterilidade;
terapêutica e farmacologicamente adequado;
preparado corretamente;
corretamente etiquetado, armazenado e distribuído.
VI – GARANTIA DA QUALIDADE
A Garantia da Qualidade para Unidade de Misturas Intravenosas são as atividades a
se realizar para assegurar que a manipulação de produtos estéreis segue normas
pré – estabelecidas de qualidade.
B) Equipamentos e utensílios
Câmera de Fluxo Laminar (CFL): Classe 100- Grau A- ISO CLASSE 5
* ao passar o ar da sala pelo filtro HEPA, obtém-se ar limpo na área de
trabalho;
* troca de ar na zona de trabalho: 100 vezes por minuto;
* velocidade do fluxo laminar entre 0,45 a 0,5 m/seg.: o fluxo constante de ar
previne que o ar da sala entre na área de trabalho; remove, suspende e
expulsa contaminantes introduzidos ;
* Na CFLV o ar circulado é eliminado, criando uma pressão
e para compensá-la, entra ar da sala, atuando como cortina para o
operador, que passa por um filtro HEPA e cria um fluxo vertical
descendente.
CFL: ligar 30 min. a 1 hora antes do início x manter sempre ligada.
Filtros HEPA retém 99,97 a 99,99% de partículas e bactérias maiores que
0,3 micra (high efficiency particulate air).
C) Organização e Pessoal
Recursos Humanos
۩ Pessoal de nível superior, técnico, auxiliar e de apoio
۩ Nº. de pessoas segundo as características do hospital: tipo de patologia
prevalente, complexidade das preparações, nº. leitos, mínimo de 12 h de
trabalho
۩ Estimativa para 200 leitos: 5 farmacêuticos (1 chefia e 2 para cada turno), 4
técnicos, 1 auxiliar, 1 apoio (limpeza)
Capacitação básica da equipe:
= conceitos de esterilidade e assepsia e controles bacteriológicos; tipos de
contaminação;
= normas de trabalho em uma CMIV;
= interpretação da prescrição médica (terminologia);
= cálculos farmacêuticos básicos;
= métodos de administração de medicamentos via IV;
=conceitos de compatibilidade, incompatibilidade e estabilidade de
medicamentos em solução ou suspensão;
= conceitos de Controle e Garantia da Qualidade;
= validação do manipulador: transferência asséptica de meio de cultura;
= treinamento: fazer registros.
E) Vestuário
= paramentação e lavagem das mãos no vestiário de barreira;
= uniformes devem cobrir completamente o corpo e nunca devem ser usados
fora da área de trabalho;
= tecido não deve liberar partículas ou fibras (fibra de poliamida sintética, CMC-
JJ / Tayvec-Dupon) e deve ser estéril;
= uniformes reutilizáveis devem ser mantidos separados após o uso, lavados e
esterilizados;
= processo de lavagem e esterilização deve ser validado e possuir
procedimentos escritos e registros.
F) Materiais
1) Aquisição: medicamentos / correlatos / germicidas
• especificação técnica para compra;
• fabricantes / fornecedores qualificados com os seguintes critérios:
- comprovação de regularidade junto à autoridade sanitária;
- atendimento às especificações;
- certificados de análise de cada lote;
- visitas técnicas;
- inspeção visual do produto (partículas; precipitação, separação de fases,
integridade física, conferência do rótulo);
- avaliação do desempenho durante o uso;
- avaliação do histórico do fabricante / fornecedor.
2) Recebimento:
pessoa treinada e com POPs;
lotes distintos = laudos separados, inspeção separada, dar entrada
separadamente;
certificados de análise de acordo;
M.P. identificadas com denominação (DCB ou DCI);
materiais reprovados devem ser separados e devolvidos ao fabricante /
fornecedor.
3) Armazenamento:
• condições apropriadas, de forma ordenada em locais identificados;
• condições especiais de To : registros e manutenção periódica;
• inflamáveis e sob controle: de acordo com a legislação específica;
• rótulos com DCB ou DCI, identificação do fabricante / fornecedor, lote do
fabricante, prazo de validade, condições de armazenamento;
• Inspeção visual de 100% unidades;
• Correlatos / Material de embalagem: integridade da embalagem, material
estranho;
• SPPeGV: partículas visíveis a olho nu / macro e microfuros
• Germicidas: alterações físico-químicas, laudo análise do lote
2) Vestiário:
2.1) Lavagem das mãos
2.2) Paramentação (Vestuário): a mais adequada possível e que gere
quantidades reduzidas de partículas.
• Retirar o avental de uso diário e adornos (mãos e pulsos);
• colocar jaleco, calça, sapatilhas, gorro e máscara;
• sobre superfície limpa, abrir pacotes de aventais, compressas e luvas de látex
estéreis;
• lavar as mãos com anti-séptico degermante por 3 minutos;
• vestir avental estéril com técnica;
• anti-sepsia das mãos com álcool a 70% p/p glicerinado por 30’;
• calçar as luvas de acordo com a técnica na ante-sala (preparo da CFL) ou
área de preparo (manipulação de medicamentos);
• luvas: impedem a contaminação, mas devem ser trocadas
• periodicamente ou friccionadas com álcool 70% p/p.
7) Distribuição:
= por paciente e horário de administração;
= acondicionadas em caixas térmicas, com sacos de gelo se necessário, durante
o transporte;
= etiquetas “Frágil” e com setas da posição da caixa;
= monitorar temperatura (2 a 8o C );
= o transporte não deve ultrapassar 12 horas.
ESTABILIDADE:
Alterações químicas: perda de atividade, formação de produtos tóxicos e
modificações na apresentação farmacêutica.
Alterações físicas: alterações na solubilidade, adsorção e absorção de fármacos.
INCOMPATIBILIDADES DAS MIVs:
Incompatibilidades: por causas físico - químicas se produzem produtos
inadequados para a administração.
• dois ou + medicamentos não podem estar associados de maneira segura;
• paciente não recebe o efeito terapêutico total da medicação;
• incompatibilidade não detectada pode causar efeito adverso ao paciente;
• dois medicamentos podem reagir, provocando a degradação de um ou dos
dois.
8) Manutenção da CFL:
• desinfetar as superfícies internas com álcool 70% p/p;
• marcar horas de funcionamento, pressão de trabalho em mm Hg e
velocidade do ar em m/seg.;
• a cada nº. x de horas manutenção: contagem de partículas, velocidade do ar
e teste de integridade dos filtros;
• trocar pré - filtros e filtros quando necessário;
• arquivar laudos emitidos pela assistência técnica;
• arquivar especificações técnicas da CFL (Manual do fabricante)
CLASSE UFC / M3
100 ‹ 3
10.000 ‹ 20
100.000 ‹ 100
Validação do manipulador:
Validação inicial = 3 ciclos (obrigatória para o início do manipulador);
Revalidação periódica: 01 ciclo trimestral
Revalidação após insucesso: treinamento / 3 ciclos
Condição: após a manipulação
Simular as condições de manipulação
X - CONTROLE DE QUALIDADE
A) Inspeção visual de 100%: integridade física da embalagem, fissuras, rebarbas,
soldas, partículas, precipitações, separação de fases, limpidez e alteração de
coloração. Fontes de partículas: diluentes, ambiente, aparelhos, envases,
recursos humanos.
B) pH: o pH dos líquidos do organismo oscila entre 7,35 e 7,4 e o pH dos
injetáveis deve ser semelhante.
C) Isotonia: as MIV deverão possuir a mesma pressão osmótica e a mesma
concentração molar que os líquidos tissulares.
D) Teste de endotoxinas bacterianas, realizado na presença de reações
específicas no paciente pelo teste in vitro com lisado de amebócitos de Límulus
Polyphemus - LAL (Limulus Amebocyte Lysate).
E) Exatidão das informações do rótulo.
F) Teste de Esterilidade em amostra representativa, para prevenir possíveis
contaminações.
Periodicidade: depende do número de preparações diárias.
XI - PRAZO DE VALIDADE
Toda preparação estéril deve apresentar o prazo de validade com indicação das
condições para a sua conservação. O prazo de validade deve ser determinado
com base nos estudos de estabilidade.