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2. A Lua já se pôs,
e as Plêiades, é meia-
noite; a hora passa e eu
deitada estou sozinha
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108. Agora vejamos as pessoas que estão sob nosso poder por casamento.
Esse é um direito, também, privativo dos cidadãos romanos. Embora homens e
mulheres possam estar sob o poder de outrem, apenas as mulheres podem
estar sob a autoridade no casamento. Antigamente, havia três métodos de
estar sob a autoridade do marido: por uso, pela farinha e por compra.
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55. Item in potestate tiostre sunt liberi nostii, quos iustis tuiptiis procreauimus.
Literalmente: "Também, em nosso poder estão nossos filhos, os quais tivermos
procriado por núpcias justas."
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habemus, "praticamente outros homens não têm tanto poder sobre seus filhos
como nós temos". Aqui, o discurso de Gaio deixa explícito seu ponto de vista
masculino e, sem muita preocupação com veracidade, conclui que o poder do
pai romano era mais extenso e profundo do que em outras partes.
Em que medida as prescrições jurídicas masculinas eram aceitas pelos
subordinados é difícil avaliar, embora o próprio texto deixe entrever a
importância dos compromissos que a ideologia patriarcal era obrigada a aceitar.
É interessante que esses compromissos são justamente atribuídos, em uma
passagem citada acima, ao imperador Antonino Pio. Considerado,
tradicionalmente, um Príncipe tolerante e modesto, "um bom burguês", nas
palavras de Mikhail Rostovtzeff, Antonino representa bem, neste trecho, a
concessão da autoridade em benefício do subalterno, a proteção do estado
em relação ao proprietário privado. No entanto; essa benemerência aparente
obscurece dois fatos. Em primeiro lugar, a complacência e a moderação visavam
evitar a revolta e o senso de injustiça. Em segundo lugar, era o próprio
governante que substituía, com seu poder de legislar, o proprietário privado,
assumindo a função superior de pater patriae, patronus, um pai para a sociedade
como um todo.
Diz <Moisés> que "no início, criou Deus o céu e a terra", considerando o
"início" não, como acho, em um sentido cronológico, já que o tempo não
existia antes de existir o cosmo. O tempo começou simultaneamente ou depois
do próprio mundo. Na medida em que o tempo é um espaço medido,
determinado pelo movimento do universo, e como o movimento não poderia
ser anterior ao objeto que se move, mas deve, necessariamente, surgir depois
ou simultaneamente com ele, conclui-se que, de maneira necessária, o tempo
deve ser contemporâneo ou posterior ao surgimento do mundo. Afirmar que é
mais antigo contraria toda a lógica da Filosofia. Se a palavra "início" não tem,
nesse contexto, o sentido cronológico, parece provável que se trate de ordem
numérica, de maneira que "no início criou" é o mesmo que "fez o céu em
primeiro lugar". É lógico que fosse criado antes o céu, sendo a melhor das
coisas criadas e feito das coisas mais puras, destinado a ser o local mais sagrado
de moradia dos deuses visíveis e manifestos. Mesmo se o Criador criou tudo
ao mesmo tempo, a ordem esteve na base da criação do belo, já que a beleza
não existe na desordem. A ordem consiste na colocação das coisas antes e
depois, numa seqüência que, ainda que imperceptível no produto acabado,
está presente nos planos do criador. Apenas dessa forma estas coisas poderiam
ser feitas com perfeição, sem desvios e sem contradições.
Em primeiro lugar, portanto, o Criador criou um céu imaterial e uma terra
invisível, bem como a forma essencial do ar e do vácuo. Aquele foi chamado
de "escuridão", pois o ar em si é escuro. O outro foi chamado de "abismo",
pois o vácuo é uma região de profundezas imensas e enormes. Em seguida,
fez a essência imaterial da água e do sopro e, para coroar tudo, a luz. Esta,
também, a sétima, era imaterial, perceptível apenas para a mente, por
intermédio do sol e astros que foram criados com o céu.
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Atividadesencarrrinhadas
Poderes