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MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL


PROCURADORIA-GERAL
EXCELENTÍSSIMA SENHORA PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS
DO DISTRITO FEDERAL

Representação nº 12/2018 – CF

O Ministério Público que atua junto a esse Tribunal, no


desempenho de sua missão institucional de defender a ordem jurídica, o
regime democrático, a guarda da Lei e fiscalizar sua execução, no âmbito das
contas do Distrito Federal, fundamentado no texto do artigo 85 da Lei Orgânica
do Distrito Federal - LODF; dos artigos 1º, inciso XIV e § 3º, e 76 da Lei
Complementar 1/1994 - LOTCDF; e do artigo 99, inciso I, da Resolução
38/1990 - RITCDF, vem oferecer a seguinte

Representação

para que o Tribunal de Contas do Distrito Federal examine os


fatos a seguir descritos.

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Agregações com intuito de abrir vagas para promoções

As hipóteses em que o militar é agregado, nos termos do


parágrafo 1º do art. 77 da Lei nº 7.289/84, são:
I - for nomeado para cargo considerado no exercício de função de
natureza policial-militar ou de interesse policial-militar estabelecido em
Lei ou Decreto-lei, ou Decreto, não previsto nos Quadros de
Organização da Polícia Militar;
II - aguardar transferência para a reserva remunerada, por ter sido
enquadrado em quaisquer dos requisitos que a motivaram; e
III - for afastado, temporariamente, do serviço ativo por motivo de:
a) ter sido julgado incapaz, temporariamente, após um ano contínuo de
tratamento de saúde própria;
b) ter sido julgado incapaz, definitivamente, enquanto tramita o processo
de reforma;
c) haver ultrapassado um ano contínuo de licença para tratamento de
saúde própria;
d) haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos em licença para tratar
de interesse particular;
e) haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos em licença para tratar
de saúde de pessoa da família;
f) ter sido considerado oficialmente extraviado;
g) haver sido esgotado o prazo que caracteriza o crime de deserção
previsto no Código Penal Militar, se Oficial ou Praça com estabilidade
assegurada;
h) como desertor, ter-se apresentado voluntariamente ou ter sido
capturado e reincluído a fim de se ver processar;
i) se ver processar, após ficar exclusivamente à disposição da Justiça
Comum;
j) ter sido condenado à pena restritiva de liberdade superior a 6 (seis)
meses, em sentença passada em julgado, enquanto durar a execução,
excluído o período de sua suspensão condicional se concedida esta ou
até ser declarado indigno de pertencer à Polícia Militar ou com ela
incompatível;
l) ter passado à disposição de outro órgão do Distrito Federal, da União,
dos Estados ou Territórios para exercer função de natureza civil;
m) ter sido nomeado para qualquer cargo Público civil temporário, não
eletivo, inclusive da administração indireta;
n) ter se candidatado a cargo eletivo, desde que conte 5 (cinco) anos ou
mais de efetivo serviço; e
o) ter sido condenado à pena de suspensão do exercício do posto,
graduação ou cargo ou função, prevista no Código Penal Militar.

No caso em exame, há notícia de que militares ficariam à


disposição da Casa Militar da Governadoria do DF ou seriam nomeados para
exercer cargo comissionado em órgão distrital, com o fito de permitir suas

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agregações, e, de conseguinte, permitindo-se a abertura de vagas para
promoção.
No DODF de 2.02.2018, foram publicadas as agregações de
quinze Coronéis PM do Quadro de Oficiais Policiais Militares – QOPM:
 Raimundo Nonato Cavalcante, Alexandre José da Silva, Frederico
Avelino Bezerra Santiago, Joaquim Sinésio Marques, Andreia Gonçalves
Bastos Lemos, Marcus Vinícius Gomes Fialho, Paulo Henrique Tenório,
Leonardo José Rodrigues de Santanna, Cláudio Ribas de Sousa e
Antônio Carlos de Santana Freitas: alteração da situação de
agregação na Casa Militar da Governadoria do DF – CMG/DF ou
Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Paz Social do DF
para “estar aguardando transferência para a reserva remunerada”,
mediante inclusão voluntária na quota compulsória, com fundamento nos
arts. 77, § 1º, Inciso II, 91, § 1º, e 92 da Lei nº 7.289/84.
 Caio Vinicius Vianna Guimarães, Anderson David de Moura, Alexandre
Rodrigues da Silva, Priscila Riederer Rocha e Lúcio Brito Fernandes:
agregação por estar aguardando transferência para a reserva
remunerada, mediante inclusão voluntária na quota compulsória, com
fundamento nos arts. 77, § 1º, Inciso II, 91, § 1º, e 92 da Lei nº 7.289/84
Em relação aos militares que já se encontravam agregados,
vislumbra-se que:

DODF A contar de Órgão

Raimundo Nonato Cavalcante 12.01.2018 26.12.2017 CMG/DF

Alexandre José da Silva 22.11.2017 9.11.2017 CMG/DF

Frederico Avelino Bezerra Santiago 19.01.2018 3.01.2018 CMG/DF

Joaquim Sinésio Marques *

Andreia Gonçalves Bastos Lemos 10.11.2017 31.10.2017 CMG/DF

Marcus Vinícius Gomes Fialho 13.04.2017 28.03.2017 CMG/DF

Paulo Henrique Tenório 12.01.2018 22.12.2017 CMG/DF

Leonardo José Rodrigues de 26.01.2017 9.12.2016 SSP/DF


Santanna

Cláudio Ribas de Sousa *

Antônio Carlos de Santana Freitas 10.01.2018 10.01.2018 SSP/DF


**
* Em agosto de 2017 já estava à disposição da Casa Militar da Governadoria do DF
** De setembro de 2016 a dezembro de 2017, ao menos, exercia “o Cargo de Natureza Especial, Símbolo
CNE-05, de Comandante, da Academia de Polícia Militar de Brasília, da Diretoria de Formação, do

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Departamento de Educação e Cultura, do Subcomando Geral, da Polícia Militar do Distrito Federal”. O
Fato de exercer cargo na Corporação não abre espaço para agregação.

Chama a atenção do Ministério Público de Contas, em especial,


as agregações dos Coronéis PM Raimundo Nonato Cavalcante (a contar de
26.12.2017), Alexandre José da Silva (a contar de 9.11.2017), Frederico
Avelino Bezerra Santiago (a contar de 3.01.2018), Paulo Henrique Tenório (a
contar de 22.12.2017) e Antônio Carlos de Santana Freitas (a contar de
10.01.2018), por estarem à disposição da Casa Militar da Governadoria do
Distrito Federal ou por ter assumido cargo temporário civil de natureza militar.
Isso porque, em 2.02.2018, foram agregados em razão da
transferência para a reserva remunerada, mediante inclusão voluntária na
quota compulsória, após curtíssimo período de labor na Casa Militar da
Governadoria do DF ou no Cargo em Comissão Símbolo DFA-14, de Assessor,
da Subsecretaria de Operações Integradas, da Secretaria de Estado da
Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal.
Na ótica Ministerial, injustificável a nomeação para exercer
determinada atividade laboral, se não for para substituição, por período tão
curto, havendo, no último caso, permanecido apenas 23 dias de exercício no
cargo, sendo subitamente transferido para a inatividade, abrindo-se nova vaga
para promoção.
Qual seria, então, o motivo para tais agregações? Falta de
organização ou planejamento? Crescem, assim, os indícios de que tal prática é
utilizada, não com base no interesse público, mas para abrir vagas para
promoção de Oficiais PM, Tenente-Coronel para Coronel, uma vez que o militar
da ativa deixa de ocupar vaga na escala hierárquica, ocasionando o efeito
cascata para as promoções em relação aos demais postos.
Vale registrar que as promoções ocorridas nas Corporações do
Distrito Federal, com base no instituto da agregação, não passaram
despercebidas pelo MPC. Vejamos:
 Processo nº 2.599/2000: autuado em razão de representação Ministerial
– Primeira Procuradoria, versa sobre promoções no âmbito do CBMDF;
 Processo nº 37.050/2010: cuida de promoções no âmbito da PMDF e foi
autuado em razão de representação do MPC – Primeira Procuradoria;
 Processo nº 9.080/2015: autuado em razão de representação da
Terceira Procuradoria e trata de promoções ocorridas na PMDF;
Em que pese a atuação do MPC e da Corte, o fato é que, em
princípio, ao menos na PMDF, persistem as irregularidades já apontadas, em
grave afronta ao interesse público e aos princípios da moralidade,
razoabilidade, impessoalidade, eficiência e economicidade.

Quota compulsória

Nota-se, ademais, que todos os militares referidos no quadro


supra foram agregados para aguardar a transferência para a reserva

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remunerada, mediante inclusão voluntária na quota compulsória, disciplinada
no art. 61 da Lei nº 7.289/84, regulamentado pelo Decreto nº 24.573/04:
Art. 61. A fim de manter a renovação, o equilíbrio e regularidade de
acesso nos diferentes Quadros, haverá obrigatoriamente um número
fixado de vagas à promoção, nas proporções abaixo indicadas:
I - Coronel PM
a) quando, nos Quadros, houver até 7 (sete) Oficiais, 1 (uma) por ano;
b) quando, nos Quadros, houver 8 (oito) ou mais Oficiais, 1/6 (um
sexto) dos respectivos Quadros por ano.
II - Tenente-Coronel PM
a) quando, nos Quadros, houver de 3 (três) a 5 (cinco) Oficiais, 1 (um)
de dois em dois anos;
b) quando, nos Quadros, houver 6 (seis) ou mais Oficiais, 1/8 (um
oitavo) dos respectivos Quadros, por ano;
c) quando, nos Quadros, houver 24 (vinte e quatro) ou mais Oficiais, 1/8
(um oitavo) dos respectivos Quadros, por ano.
III - Oficiais dos Quadros de que trata a letra c, do item I do artigo 92:
a) quando, nos Quadros, houver até 7 (sete) Oficiais, 1 (Uma) por ano;
b) quando, nos Quadros, houver 8 (oito) ou mais Oficiais, 1/5 (um
quinto) dos respectivos Quadros, por ano.
§ 1º Para determinação do número de Policiais-Militares de um
Quadro, devem ser considerados os em efetivo serviço, os
agregados e excedentes.
§ 2º O número de vagas para promoção obrigatória em cada ano (ano
ou anos-base), para determinado posto ou graduação, será fixado até o
dia 15 (quinze) de janeiro do ano seguinte ao ano-base considerado,
ano anterior, por ato do Comandante-Geral.
§ 3º As frações que resultarem da aplicação das proporções
estabelecidas neste artigo serão adicionadas cumulativamente, aos
cálculos correspondentes aos anos seguintes até completar-se pelo
menos 1 (um) inteiro, que, então, será computado para obtenção de
uma vaga para promoção obrigatória.
§ 4º As vagas serão consideradas abertas de acordo com o
estabelecido em leis e regulamentos.
§ 5º Para assegurar o número fixado de vagas à promoção obrigatória
na forma estabelecida no caput deste artigo, quando este número não
tenha sido alcançado com as vagas ocorridas durante o ano
considerado ano-base, deverá ser aplicada uma quota, integrada de
tantos policiais-militares quantos forem necessários, que
compulsoriamente serão transferidos para a inatividade, de maneira a
possibilitar as promoções determinadas.
§ 6º A indicação de policiais-militares dos Postos constantes neste
artigo, para integrarem a quota compulsória, referida no parágrafo
anterior, obedecerá as seguintes prescrições básicas:
I - inicialmente, serão apreciados os requerimentos apresentados pelos
Oficiais da Ativa que, contando mais de 25 (vinte e cinco) anos de
serviço, requeiram sua inclusão na quota compulsória, dando-se por
prioridade em cada posto aos mais idosos;

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II - se o número de Oficiais voluntários na forma do item I, não atingir o
total de vagas da quota fixada em cada posto, esse total será
completado, ex officio, pelos Oficiais que:
a) contarem, no mínimo 30 (trinta) anos de serviço;
b) possuírem interstício para promoção, quando for o caso;
c) estiverem compreendidos nos limites quantitativos de antigüidade
que definem a faixa dos que concorrem à constituição dos Quadros de
Acesso por antigüidade ou merecimento;
d) ainda que não concorrendo à constituição dos Quadros de Acesso
por antigüidade ou merecimento, estiverem compreendidos nos limites
quantitativos de antigüidade estabelecidos para a organização dos
referidos Quadros;
e) satisfizerem as condições das letras a, b, c, e d , na seguinte ordem
de prioridade:
1º os que não concorrem à constituição dos Quadros de Acesso por
antigüidade ou merecimento, mesmo estando compreendidos nos
limites quantitativos de antigüidade estabelecidos para a organização
dos referidos Quadros, por não possuírem os requisitos exigidos na
legislação específica ou peculiar para promoção, ressalvada a
incapacidade física até 6 (seis) meses contínuos ou 12 (doze) meses
descontínuos;
2º os de menor merecimento, a ser apreciado pelo órgão competente da
Polícia Militar, em igualdade de merecimento, os de mais idade e, em
caso de mesma idade, os mais modernos;
3º os que integrando os Quadros de Acesso por merecimento, tenham
sido preteridos por mais modernos;
4º forem os de mais idade e, no caso de mesma idade, os mais
modernos.
§ 7º As vagas decorrentes da aplicação direta da quota compulsória e
as resultantes das promoções efetivadas nos diversos postos em face
daquela aplicação inicial, não serão preenchidas por Oficiais
excedentes ou agregados que reverterem em virtude de haverem
cessado as causas da agregação.
§ 8º As quotas compulsórias só serão aplicadas quando houver, no
posto imediatamente abaixo, Oficiais que satisfaçam as condições de
acesso.
§ 9º O Governador do Distrito Federal regulamentará a quota
compulsória, em 60 (sessenta) dias após a publicação desta lei,
estabelecendo os critérios e demais normas necessárias ao
cumprimento deste artigo.
Especificamente para o Posto de Coronel PM, devem ser
incluídos em quota compulsória, por ano, um militar, se no quadro houver até 7
Oficiais, ou 1/6 (um sexto) do total, na hipótese de haver mais de oito Oficiais,
computando-se para apuração do total de Oficiais de cada Quadro os em
efetivo serviço, os agregados e excedentes. De ressaltar que o Decreto nº
24.573/04, alterado pelo Decreto nº 25.211, de 07 de outubro de 2004, excetua
os agregados que estão aguardando passagem para a inatividade (reforma ou
reserva remunerada).

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Já a Lei nº 12.086/09 prevê um efetivo de 39 (trinta e nove)
Coronéis do Quadro de Oficiais Policiais Militares - QOPM, 3 (três) do Quadro
de Oficiais Policiais Militares de Saúde – QOPMS, nenhum dos Quadros de
Oficiais Policiais Militares Capelães – QOPMC, Administrativos – QOPMA,
Especialistas – QOPME e Músicos – QOPMM.
De acordo com o DODF de 2.02.2018, Edição Extra, todos os
quinze Oficiais PM agregados, por aguardar transferência para a reserva
remunerada, mediante inclusão voluntária na quota compulsória, pertencem ao
Quadro de Oficiais Policiais Militares da PMDF.
Assim, se aplicada a regra para apuração do número de vagas,
na proporção de 1/6 (um sexto), deveria haver no QOPM, ao menos, 90
(noventa) Coronéis PM para abarcar todas as transferências para a reserva
remunerada, mediante inclusão voluntária na quota compulsória. Nota-se,
então, enorme disparidade em relação ao efetivo do QOPM previsto na Lei nº
12.086/09, 39 (trinta e nove) Coronéis PM, relembrando que são computados
para inclusão em quota compulsória os Oficiais agregados e os excedentes, o
que deve elevar o número previsto na referida Norma.
Em realidade, no QOPM há aproximadamente 52 (cinquenta e
dois) Coronéis PM, incluídos os agregados e os excedentes, o que resultaria
em 8 (oito) ou 9 (nove) inativações pela quota compulsória, dependendo do
número de transferências para a reserva remunerada ocorridas em 2017,
referentes ao Posto de Coronel e pela quota compulsória.
As irregularidades indicam descumprimento de preceitos legais,
art. 61 da Lei nº 7.289/84, regulamentado pelo Decreto nº 24.573/04, e art. 2º,
Anexo I, da Lei nº 12.086/09.
De observar, pois, a existência de possíveis irregularidades em
dois temas: agregações de Oficiais PM com intuito de abrir vagas para
promoções e quantitativo de Coronéis PM sendo transferido para a inatividade,
mediante reserva remunerada, em descompasso com o ordenamento vigente.
Nesse contexto, a fumaça do bom direito resta caracterizada pelo
descumprimento de preceitos legais e de caros princípios que norteiam a
Administração Pública, já indicados.
O perigo da demora encontra fundamento em recentes atos
praticados pelo Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal, no
sentido de transferir para a reserva remunerada os Oficiais PM, Posto de
Coronel PM, do Quadro de Oficiais Policiais Militares da PMDF, a exemplo dos
dez atos1 de Oficiais PM abrangidos pela quota compulsória publicados nos
DODFs nºs de 22.02.2018, p. 36/37, e de 26.02.2018, p. 15, que, se
confirmadas as irregularidades, podem trazer danos de difícil reparação.
Ante o exposto, preenchidos os requisitos de admissibilidade
previstos no § 2º do art. 230 do RI/TCDF, o Ministério Público de Contas requer
ao e. Tribunal que:

1
Transferência para a reserva remunerada dos Coronéis PM Raimundo Nonato Cavalcante, Alexandre
José da Silva, Joaquim Sinésio Marques, Frederico Avelino Bezerra Santiago, Caio Vinícius Vianna
Guimarães, Marcus Vinícius Gomes Fialho, Andreia Gonçalves Bastos Lemos, Paulo Henrique Tenório,
Leonardo José Rodrigues de Sant’anna e Cláudio Ribas de Sousa

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MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL


PROCURADORIA-GERAL
I – tome conhecimento da representação, porquanto preenchidos
os requisitos de admissibilidade previstos no RI/TCDF;
II – inaudita altera pars, determine ao Comandante-Geral da
Polícia Militar do Distrito Federal que, até ulterior decisão da
Corte, abstenha-se publicar demais atos de transferência para a
reserva remunerada de Oficiais PM, Posto de Coronel PM,
abrangidos pela quota compulsória; e
III – autorize a unidade técnica competente a realizar
procedimento fiscalizatório acerca das agregações com intuito
abrir vagas para promoções, em afronta ao interesse público e
aos princípios da moralidade, razoabilidade, impessoalidade,
eficiência e economicidade, bem como ao quantitativo de Oficiais
PM, posto de Coronel PM, abrangidos pela quota compulsória, em
descompasso com o art. 61 da Lei nº 7.289/84 e art. 2º, Anexo I,
da Lei nº 12.086/09.

Brasília, 26 de fevereiro de 2018.

DEMÓSTENES TRES ALBUQUERQUE


Procurador-Geral em Exercício

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