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ESCOLA POLITÉCNICA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
Salvador
Março– 2013
ESPÁRTANO SILVA DOS SANTOS
JAIR DOS SANTOS SILVA
Salvador
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Março– 2013
SUMÁRIO
PARTE I
1 - INTRODUÇÃO.....................................................................................................................5
1.1 Redes
1.1.1 Redes ramificadas..........................................................................................5
1.1.2 Redes malhadas..............................................................................................6
1.2 Distribuição de vazões em marcha em redes.............................................................6
1.3 Procedimento para o cálculo da perda de carga contínua.........................................7
1.4 Condições hidrodinâmicas e hidrostáticas................................................................7
PARTE II
8 - CÁLCULO DO SISTEMA DE RECALQUE POÇO-RESERVATÓRIO…....................29
8.1.1 Adutora, conexões e acessórios ….......................................................................31
8.1.4 Escolha conjunto Motor bomba…........................................................................32
8.1.4 Curvas características das bombas …...................................................................33
8.1.4 Curvas características do sistema ….....................................................................34
8.1.4 NPSH…................................................................................................................36
9 – CONCLUSÃO.....................................................................................................................38
10 – REFERÊNCIAS …............................................................................................................40
3
11 – ANEXOS ….......................................................................................................................41
APRESENTAÇÃO
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1 INTRODUÇÃO
Segundo a NBR 12218 NB 594 pode-se definir rede de distribuição o conjunto de peças
especiais destinadas a conduzir a água até os pontos de tomada das instalações prediais, ou os
pontos de consumo público, sempre de forma contínua e segura. Logo é necessário
dimensiona-lo levando em consideração melhor condição de funcionamento, economia e
condições de manutenção aplicáveis ao sistema. No geral o dimensionamento de uma rede é
de certa forma simples, mas a depender da complexidade do sistema pode ser tornar uma
atividade não tão simplória, alguns fatores que contribuem podem ser citados abaixo:
Topografia, relevos acidentados.
Disponibilidade hídrica;
Contorno entre obstáculos;
Entre outros.
Sendo assim antes de iniciar o dimensionamento deve-se sabe qual o tipo de rede a ser
utilizada.
1.1 REDES:
Neste tipo de rede o sentido da vazão é conhecida uma vez que o abastecimento é realizado a
partir de uma tubulação principal por meio de um reservatório de montante. No geral esse tipo
de rede é utilizado em pequenas comunidade, um dos seus principais inconveniente é que se
por ventura ocorrer rompimento num trecho inicial a montante toda a rede ficará prejudicada.
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Figura 1 – Rede de distribuição ramificada (Fonte: Porto, 2006)
Já este caso é amais conveniente para o abastecimento de grandes cidades, pois se trata de uma
rede constituída por tubulações troncos que forma em anéis, essa condição permite a
reversibilidade de fluxo uma vem a solicitação dos condutos secundários irá definir o sua
solicitação, assim um rompimento no trecho principal não causará paralisação total na rede.
Ao longo da canalização a vazão vai sendo distribuída aos usuários e por esse motivo a vazão
de montante será sempre maior que a vazão de jusante em um trecho da canalização,
obedecendo assim o movimento permanente gradualmente variado. Devida a dificuldade em
determinar as perdas de cargas e vazões entre as derivações, que em geral em sistemas de
distribuição de água em redes urbanas são elevadas, considera-se a relação entre a vazão total
consumida no percurso e seu comprimento, como vazão unitária de distribuição considerando
uniforme em todo percurso, onde esta tem as dimensões de litros/metro/segundo.
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1.3 PROCEDIMENTO PARA O CÁLCULO DA PERDA DE CARGA CONTÍNUA
Para o calculo da perda de carga continua ao longo do trecho com consumo de vazões em
marcha é necessário o seguinte procedimento:
Qc = q x L.
Qj = Qm – Qc
-Agora calcula a vazão fictícia fazendo a média aritmética entre a vazão de montante e a vazão
de jusante.
Qf = (Qm + Qj)/2
Para o caso de ponta seca, a vazão fictícia devera ser calcula pela seguinte equação:
Qf = Qm/√3
Pressão estática refere-se ao nível do eixo da via pública, em determinado ponto da rede, sob
condição de consumo nulo.
Pressão dinâmica refere-se ao nível do eixo da via pública, em determinado ponto da rede,
sob condição de consumo não nulo.
Para atender aos limites de pressão, a rede deve ser subdividida em zonas de pressão.
Zona de pressão é área abrangida por uma subdivisão da rede na qual as pressões estática e
dinâmica obedecem os limites prefixados.
A pressão estática máxima nas tubulações distribuidoras deve ser de 500 kPa, ou 50 m.c.a., e a
pressão dinâmica mínima de 100 kPa, alguns autores recomendam utilizar o mínimo de 15
m.c.a. para pressão dinâmica.
Os valores da pressão estática superiores à máxima e da pressão dinâmica inferiores à
mínima podem ser aceitos, desde que justificados técnica e economicamente.
7
2 MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO DE REDES
O princípio deste método consiste em seccionar alguns pontos da rede, de forma que esta se
torne uma rede ramificada equivalente, simplificando-se assim os cálculos necessários para a
determinação dos valores das incógnitas.
Para definir os sentidos dos escoamentos nesta última, e procurando-se maximizar o
aproveitamento da topografia do terreno, os cortes fictícios são feitos em locais onde
minimizem o trajeto da água desde os pontos de abastecimento até os de consumo.
Calcula-se a pressão estática nos dois lados de cada corte, segundo diferentes caminhos, e os
resultados devem ser aproximadamente iguais. É importante notar que os seccionamentos
fictícios não devem diminuir a importância dos condutos principais.
Este método é bastante limitado porque não pode ser aplicado a todo tipo de rede malhada, já
que nem sempre é possível transformá-las em redes simplificadas equivalentes.
2.2 HARDY-CROSS
Este é um método iterativo. Toma-se uma rede como um conjunto de circuitos fechados, com
ramos comuns, e assumem-se vazões para todas as tubulações. A rede então deve satisfazer às
duas hipóteses seguintes:
I – A equação da continuidade é satisfeita em todas as junções.
II – A circulação da pressão é nula em todos os circuitos.
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2.3 CÁLCULOS HIDRÁULICOS DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO RAMIFICADAS E
ANELADAS
Nesse tipo de rede, pelo fato de se conhecer o sentido da vazão, o processo de calculo é
determinado, podendo ser elaborado com o auxilio da planilha, conforme anexo (planilha para
cálculo de rede ramificada) onde as colunas são descritas abaixo:
Coluna 1 – Corresponde ao numero do trecho que devem ser numerados por critérios
racionais, sendo o trecho mais afastado do reservatório numero 1, o anterior a esse numero 2 e
assim sucessivamente.
Coluna 2 – Extensão L do trecho, medido em metros.
Coluna 3 – Vazão de jusante Qj, onde esta deve ser calculada subtraindo da vazão de
montante, a vazão consumida no trecho, e quando for ponta seca, esta será igual a zero.
Coluna 4 – Vazão em marcha igual a q x L, na qual q e a vazão unitária de distribuição em
marcha (l/m/s). Onde q será constante em todos os trechos da rede e igual à relação entre a
vazão de distribuição e o comprimento total da rede.
Coluna 5 – Vazão a montante do trecho Qm = Qj + qL.
Coluna 6 – Vazão fictícia, Qf = (Qm + Qj)/2 se Qj ≠ 0 ou Qf = Qm/√3 se Qj = 0, isto e, se a
extremidade de jusante for uma ponta seca.
Coluna 7 – Diâmetro D determinado pela vazão de montante obedecendo os limites da tabela
abaixo.
9
Coluna 10 e 11 – Cotas topográficas do terreno, obtida pelas plantas e relativa aos nós de
montante e jusante do trecho.
Coluna 12 e 13 – Cotas piezométricas de montante e jusante.
Coluna 14 e 15 – Carga de pressão disponível em cada nó.
Convenciona-se:
O sentido horário, como positivo;
As vazões que afluem do nó são positivas
As vazões que derivam do nó são negativas
As perdas de cargas são positivas se coincidirem com o sentido das vazões e negativas
caso contrário;
Distribuição em marcha nos trechos dos anéis devem ser substituídas por vazão
constante;
Deve-se conhecer os pontos de entrada e saída e seus respectivos valores;
Atribui-se partindo dos pontos de alimentação, uma distribuição de vazão hipotética
Qa pelos trechos dos anéis, obedecendo em cada nó à equação da continuidade;
Calcula-se o somatório das perdas de carga em todos os anéis;
Se para todos os anéis o somatório da perda de carga for igual à zero, a vazão
estabelecida estará correto e a rede é dita equilibrada;
Se em pelos menos um dos anéis o somatório das perdas de carga for diferente de
zero , deveram serem feitas algumas interações, que serão demonstradas nas tabelas
08, 09 e 10 das paginas 20 a 23;
Caso não seja verificado as condições, deve-se realizar iterações considerando os diferentes
sentidos de fluxo até realizar o equilíbrio da rede conhecendo os posteriores cotas
piezométricas e cargas de pressão nos diversos pontos da rede.
10
3.1 Planta topográfica da localidade:
11
4. DEFINIÇÃO DAS VAZÕES DE PROJETO E VAZÕES POR TRECHO
Vazão de demanda deve ser calculada antes de tudo, pois com base neste cálculo saberemos a
vazão para que a população seja atendida, com o auxilio da seguinte equação:
Qd = P x q x K1 x K2
3600 x h
Onde,
Conforme anexo, para abastecer a localidade foi realizado um traçado das canalizações usou-
se os dois métodos, porem no Hardy-Cross o sistema passa ser misto, pois possui anéis e redes
ramificadas. Q =
12
Figura 4 – Lançamento das canalizações, seccionamento e sentido de fluxo
Vazão em Marcha = qu x L
Consideramos as pontas secas como vazão de jusante igual a zero, e a partir desses pontos
calculamos a vazão de montante, sendo esta a vazão consumida no trecho em análise. Em
seguida calculamos a vazão de jusante do trecho anterior que será igual à vazão de montante
do trecho posterior, obedecendo assim a condição de que a vazão que entra em um nó é igual à
vazão que sai. Todo esse processo foi repetido nos outros trechos, considerando o método do
seccionamento, no qual um nó será seccionado e considerado como ponta seca e daí então o
anel se torna uma ramificação normal, o processo foi repetido até chegar ao inicio da rede e
assim encontrar nesse ponto a vazão de distribuição calculada anteriormente que foi igual a
13
21,2 l/s, esse valor devido a vazão de 1,2 l/s que abastecera o Bairro Nova Irundiara. Tendo as
vazões de montante e jusante de cada trecho, foi encontrada a vazão fictícia através das
formulações apresentadas no item 2.3 como também os diâmetros obedecendo à tabela 1.
Pode-se apresentar a seguinte tabela abaixo.
14
34 55,3 8,035 0,348 8,382 8,209
35 88,15 1,124 0,554 1,678 1,401
36 118,15 0,000 0,742 0,742 0,371
37 60,79 0,000 0,382 0,382 0,191
Como já mencionado no item 2.3, com o auxilio da tabela 1, comparando a vazão de montante
em cada trecho na condição de ser imediatamente menor que a vazão máxima, em seguida foi
verificada velocidade no trecho, que deveria atender a velocidade máxima tabelada, assim
pode-se apresentar a seguinte tabela:
15
26 27,9 5,045 100
27 58,05 0,182 50
28 39,12 5,621 100
29 69,28 0,218 50
30 20,59 6,244 125
31 102,16 0,321 50
32 55,42 7,124 125
33 117,16 0,368 50
34 55,3 8,209 125
35 88,15 1,401 75
36 118,15 0,371 50
37 60,79 0,191 50
J = 10,65 x Qf ^ 1,85
C^1,85 x D^4,87
∆ H = JxL
Onde,
J = Perda de carga unitária.
Qf = Vazão fictícia
D = Diâmetro
C = Coeficiente de Hazen-Williams
L = Comprimento do trecho.
∆ H = Perda de carga distribuída do trecho.
16
06 0,000664 0,0664452
07 0,009001 0,9000924
08 0,000158 0,0157683
09 0,001304 0,1303781
10 0,001641 0,1641067
11 0,007888 0,7887874
12 0,000117 0,0117224
13 0,003095 0,3094912
14 0,005363 0,5362962
15 0,004298 0,4298391
16 1,49E-05 0,0014929
17 3,34E-06 0,000334
18 0,007074 0,7073526
19 0,003224 0,3224303
20 0,001196 0,1195809
21 0,003063 0,3063261
22 9,88E-05 0,0098802
23 0,001076 0,1075893
24 0,001839 0,1839374
25 0,002343 0,2343129
26 0,001167 0,1167439
27 0,000153 0,0152758
28 0,001999 0,1998932
29 0,000253 0,0252871
30 0,000431 0,043108
31 0,000765 0,0764923
32 0,001481 0,1481153
33 0,00113 0,1130286
34 0,001921 0,1920729
35 0,0014 0,1400066
36 0,001158 0,1157719
37 0,000174 0,0174216
Considerando que o trecho mais crítico é o Trecho 33, por ser o trecho que possui cota de
terreno mais alto, considera-se que a carga de pressão neste ponto deverá ser 15 m.c.a.
(pressão dinâmica mínima), assim calcula-se a cota piezométrica de jusante deste trecho com o
auxílio da seguinte fórmula:
Cp = Cg + Cpres. (4.1.3)
Onde,
Cp = Cota piezométrica.
Cg = Cota geométrica.
Cpres = Carga de pressão.
17
Partindo da cota piezométrica do ponto de jusante do trecho mais desfavorável, determina-se a
cota piezométrica do ponto de montante somando-se a perda de carga do trecho, e assim
sucessivamente em todos dos outros trechos. A carga de pressão nos demais trechos pode ser
calculada utilizando a equação 4.1.3.
18
34 735 733 756,31 756,11 21,31 23,11
35 735 733 756,31 756,17 21,31 23,17
36 733 727 756,17 756,05 23,17 29,05
37 733 732 756,17 756,15 23,17 24,15
Observando as colunas de carga de pressão verifica-se que não há valores de carga de pressão
abaixo de 15 m.c.a, o que significa dizer que as pressões na rede esta dentro limite aceitável,
pressão estática máxima de 50 m.c.a., e a pressão dinâmica mínima de 15 m.c.a.
19
Para o cálculo dos anéis adotou-se o método de Hardy-Cross, já descrito no item 2.2. Como já
conhecíamos a vazão de entrada e de saída em cada trecho dos anéis, calculadas através do
método do seccionamento, foi feito o balanço da distribuição dessa vazão através do anel,
obedecendo ao critério de que a vazão que entra em cada nó tem que ser igual à vazão que sai.
Em cada trecho foi encontrado o consumo e com este foi então calculada a vazão de montante,
jusante e fictícia. Em seguida encontramos os respectivos diâmetros, obedecendo à tabela 1,
para daí então, calcular as perdas de carga em cada trecho. Foi feito o somatório de perdas de
carga em todo o anel seguindo uma trajetória no sentido horário e obedecendo ao critério de
que as perdas de carga no mesmo sentido da vazão serão positivas e no sentido contrario à
vazão, estas perdas de cargas serão negativas, esse somatório no entanto não foi igual a zero,
condição de que o sistema não está equilibrado e necessita-se fazer uma nova distribuição de
vazão. Foi então calculado um ∆Q através da equação apresentada no item 2.3.2, e esse então
foi adicionado em um sentido de distribuição de vazão e subtraído no outro sentido, fazendo
assim uma nova distribuição ao longo do anel. Feito isso, novamente foi calculada as novas
perdas de cargas, e o novo ∆Q, e o processo foi repetido até que esse ∆Q fosse menor que 0,1
l/s, condição para que o balanço de vazões no anel esteja equilibrado.
Para cada anel, nos trechos comuns com outros anéis (aqui é o trecho L3 e L17) a correção de
vazão em cada interação será a diferença entre a correção do anel percorrido e calculado para o
trecho comum. A correção no trecho L3 é ∆I - ∆II e no trecho L17 ∆II - ∆III . Isto significa que
se tivermos "n" anéis em dimensionamento, cada correção só poderá ser efetuada após o
cálculo de todas as correções da mesma interação, ou seja, nas "n planilhas simultaneamente".
Observamos que com a primeira interação já alcançamos os limites no "anel I", sendo ∑hf =
-0,2126 < 1,00m e ∆Qo = 0,08501 < 0,50 l/s, no “anel III” temos ∑hf = -0,09199 < 1,00m
e ∆Qo = -0,07562 < 0,50 l/s, mas como no "anel II" a somatória das perdas ainda é superior ao
limite estipulado, ∑hf = 1,36715 > 1,00m, bem como ∆Q = 0,670384 > 0,50, temos que
calcular mais uma interação para todos os anéis.
20
Tabela 7 – Método de Hardy-Cross Interações
De forma análoga ao item 4.1 os diâmetros foram obtidos através das vazões Q e Vmáx. O
sinal (-) negativo, representa o sentido do fluxo das vazões.
21
Tabela 8 – Diâmetros
De maneira análoga ao cálculo das cotas piezométricas e das pressões na rede ramificadas
item 5.1.3, procede-se da mesma forma, obtendo as cotas abaixo.
Como o equilíbrio da rede deve ser conjunta, ou seja a rede ramificada e malhada devem
atender os requisitos de pressão máxima e mínima, em ambos a pressão dinâmica mínima não
deverá ser abaixo de 15m.c.a.
22
Tabela 9 – Pressão disponível em cada trecho
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5.3 Nível de Água Mínimo requerido para o Reservatório Elevado.
Como esse trecho é utilizado apenas para conduzir água até os trechos 01, 02 e 03, ou seja, não
há consumo, a vazão nele será constante, a extensão será desprezível em relação a rede, o seu
diâmetro foi encontrado como no item 5.1.1. Calculamos a velocidade e também a perda de
carga neste trecho.
O nível de água mínimo no reservatório para atender as condições da rede, deverá ser a cota
piezométrica de montante, ou seja, 756,77 m.
O reservatório está localizado na cota 740,00 m, a pressão no reservatório mínima = 756,77 –
740, 00 =16,77 m.c.a.
O ponto mais baixo da rede está na jusante do trecho 17, nesse trecho esta localizada a maior
pressão, igual 39,22 m.c.a, Para obtermos o NA máxima, temos que;
24
Cota Piezométrica Rede Malhada
Após as correções e ajustes dos diâmetros nos anéis, o trecho onde esta localizada o valor de
maior pressão passou a ser a jusante do L15, sendo igual a 43,9 m.c.a, Para obtermos o NA
máxima, temos que;
Comparando os resultados das pressões obtidos pela rede seccionada e pela rede malhada,
vemos que houve nos seus valores houve uma diferença significante. Essa diferença comprova
que o método Hardy-Cross é mais eficaz para dimensionamento de redes.
25
Assim considerou-se a capacidade do reservatório de 1/5 do volume consumido em 24 horas.
26
SISTEMA DE RECALQUE
- PARTE 2 –
27
8.0 INTRODUÇÃO
Na maioria das distribuições e transporte das águas se dão por gravidade, onde se aproveita a
energia potencial com intuito de abastecimento de uma rede qualquer. Em muitos casos, não
há disponibilidade de cotas topográficas, sendo necessário transferir energia para o líquido
através de um sistema eletromecânico.
A instalação de uma bomba em um sistema de recalque pode ser feita de duas formas distintas:
a) Bomba afogada, quando a cota de instalação do eixo da bomba está abaixo da cota
do nível d’água no reservatório inferior.
b) Bomba não afogada, quando a cota de instalação do eixo da bomba está acima da
cota do nível d’água no reservatório inferior.
Muitas vezes, como em projetos de abastecimento urbano, a vazão no final do plano, quando a
população atingir o limite de projeto, é maior que a vazão no inicio de plano. Portanto haverá
ao longo dos anos um acréscimo de demanda e seria antieconômico dimensionar a bomba para
a situação de vazão máxima. Nesta e em outras aplicações, recorre-se associação de duas ou
mais bombas em série ou em paralelo.
a) Duas bombas são colocadas em série quando se quer recalcar uma mesma vazão,
para uma altura manométrica maior.
28
8. CÁLCULO DO SISTEMA DE RECALQUE
CONDIÇÕES DE PROJETO
Vazão de adução Q (m³/s) 0,0212
Cota nível Rio: Z (m) 716,00
Cota nível reservatório: Z2 (m) 756,00
Cota nível Superfície Rio: Z1 (m) 715,00
Altura Geométrica: Hg (m) 41,00
Como já calculado na parte 1, a vazão de adução, ou seja, a vazão que a bomba deverá mandar
para o reservatório será :
Qd = P x q x K1 x K2
3600 x h
Onde,
Qd = 4.800 x 200 x 1,2 x 1,5=> Qd = 20 l/s + 1,2 l/s (vazão consumida pelo bairro. Irundiara)
3600 x 24
Qd = 21,2 l/s
D(m) = K √Q (m³/s)
Onde:
Considerando que o sistema de recalque funcionara 24 horas por dia pode-se calcular o
diâmetro pela seguinte equação de acordo com a NBR-5626, pode-se usar a seguinte fórmula:
29
D(m) = 1,3 4√X √Q(m³/s)
Em que X é a fração do dia, isto é, o número de horas de funcionamento do sistema dividido
por 24. Em que qualquer caso, o diâmetro encontrado deve ser aproximado para diâmetro
comercial mais conveniente.
Temos:
D(m) = 0,190
Sabemos que o reservatório encontra-se na cota de terreno (curva de nível) 740 m, e rio da
onde será retirado a água, na cota de 716 m, a diferença entre o nível do eixo da bomba e a
superfície livre do rio é de 1,00 m, a altura manométrica de sucção, ou seja, a carga de pressão
relativa disponível na saída da bomba, em relação ao plano horizontal de cota do eixo da
bomba, esse valor será igual (Hs = Z + Hs ), onde Hs perda de carga total na tubulação de
sucção.
30
- Perdas distribuídas pela equação de Hazem-William.
- Perdas localizadas
Hs loc. = k V²
2g
31
ΔHr = (10,643 x 0,0212^1,85 x 3,00) = 0,02 m
(130^1,85 x 0,20^4,87)
- Perda Localizada
Na sucção temos:
Tabela 3 – Acessórios
Coeficiente de perda de carga localizada
Válvula de pé com crivo 10
Curva de 90° raio longo 0,6
Válvula de ângulo aberta 5
Hs loc. = k V²
2g
A altura total de elevação, ou seja, altura manométrica total, é a altura geométrica mais o valor
das perdas de cargas na sucção e no recalque do sistema.
H = Hg + H
H = Hg + H = 41 + 0,312 + 0,38
32
H = 41,692 m Para a cota NA min
A partir dos dados acima, obtivemos a vazão e altura manométrica que a bomba deverá
recalcar para o reservatório que abastecerá a rede da cidade. O ponto de trabalho da bomba
para que a pressão na rede seja mínima, deverá ser (76,32 m³/h ; 40,69m.
Com o mosaico de utilização das bombas KBS – Meganorm (em anexo), para n= 1750 rpm ,
traçamos o ponto de trabalho e selecionamos a bomba KSB- Merganorm 65-315.
Para o ponto de funcionamento (76,32 m³/h ; 40,68m), na figura 6 , uma bomba com o
diâmetro do rotor igual a 308 e n (rendimento) aproximadamente 62 %.
33
Se o ponto cair entre duas curvas, deve-se adotar o rotor de diâmetro maior e verificar,
traçando-se a curva característica do sistema de tubulações, o novo ponto de funcionamento
que terá vazão e altura de elevação ligeiramente maior que as iniciais.
H = Hg + H
Onde;
H - Altura manométrica do sistema
Hg - Altura Geométrica
H - Perdas de cara do sistema
34
- Curva Característica da Instalação com Duas Bombas em Paralelo
A adição de duas ou mais bombas em paralelo é útil nos sistemas em que se requer vazões
variáveis. As bombas ajustam suas vazões de tal maneira que mantém constante as diferenças
de pressão entre os pontos dos reservatórios. Essas bombas devem fornecer alturas
praticamente iguais.
Em geral em um sistema de recalque, coloca-se uma bomba em paralelo com intuito de que
quando haja uma manutenção em uma das bombas, a outra fique em funcionamento para que a
rede não fique sem abastecimento.
35
O motor deve ter uma potência elétrica superior à absorvida pela bomba, cujo acréscimo, em
relação à potência da bomba, depende do tipo e tamanho desta. Os acréscimos na potencia da
bomba, recomendados, são dados na tabela abaixo.
Portanto, o motor elétrico recomendável, no caso, deverá ter uma potência de:
- Rotação Específica
Ns = 3,65 n √Q(m³/s)
H^3/4(m)
Ns = 67,05 rad
Como o valor de Ns < 90, trata-se de uma bomba Radial centrífuga lenta.
O NPSH é uma característica de instalação, definida como a energia que o líquido possui em
um ponto imediatamente antes do flange de sucção da bomba acima de sua pressão de vapor. É
a disponibilidade de energia que faz com que o liquido consiga alcançar as pás do rotor.
36
Onde:
Pa - Pressão atmosférica,na qual varia com a altitude e condições climáticas, para lugares
y acima do nível do mar e até 2000 m, pode-se estimar pela equação 1.0
Pv - Pressão vapor
y
Equação 1 .0
Pa = 9,55 (mH20)
y
Temos;
NPSH = 7,85 m
É uma característica da bomba, fornecida pelo fabricante. definida como a energia requerida
pelo líquido para chegar, a partir do flange de sucção e vencendo as perdas de carga dentro da
bomba, ao ponto onde ganhará energia e será recalcado.
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Figura 9 – Curva NPSH Requerido da Bomba
Para a vazão recalcada pela bomba, Q= 90 m³/h, o NPSH requerido é igual a 2,5 m
- Cavitação
Quando um líquido em escoamento, em uma determinada temperatura passa por uma região
de baixa pressão, chegando a atingir o nível correspondente a sua pressão de vapor, naquela
temperatura, forma-se bolhas de vapor que provocam de imediato uma diminuição da massa
especifica do liquido, estas bolhas ou cavidades sendo arrastadas no seio do escoamento
atingem regiões em que a pressão reinante é maior que a pressão existente na região onde elas
se formam. Esta brusca variação de pressão provoca o colapso das bolhas por um processo de
implosão. Este processo de criação e colapso das bolhas, chamado de cavitação. é
extremamente rápido, chegando a ordem de centésimo de segundo.
A cavitação, uma vez estabelecida em uma instalação de recalque, acarreta queda de
rendimento da bomba. ruídos, vibrações e erosão. o que pode levar até o colapso do
equipamento. A cavitação provoca desgaste excessivo no rotores da bomba, exigindo
manutenção periódica e dispendiosa. Algumas vezes o problema fica difícil de ser sanado, pois
exigiria profundas alterações na montagem, como, por exemplo, o rebaixamento da cota de
instalação da bomba, diminuindo a altura estática de sucção.
No caso, para os parâmetros do sistema aqui apresentado, o NPHS disponível > NPSH
requerido. A folga entre os dois para a vazão de 90m³/h é de 5,35m, para essa faixa de
segurança não ocorrerá cavitação, pois para efeito pratico a folga entres o NPSH d e NPSH r é
de 0,50m para a vazão recalcada.
10. Conclusão
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e diâmetros na rede, no qual o seccionamento fictício é mais propicio a erros, por trabalhar
com uma vazão fictícia.
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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PORTO, Rodrigo M.; HIDRÁULICA BÁSICA. São Paulo, EESC-USP, 4ª Edição, 2006.
NBR 12218 NB 594 - - Projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público, julho 1994.
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11. Anexo
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