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18/10/17

INADIMPLEMENTO RELATIVO CULPOSO

MORA DO CREDOR – mora accipiendi


Art. 394
I. CONSIDERAÇÕES INICIAS
“credor que recusar receber” – o credor também pode recusar a mora.
Além das obrigações em uma relação, há os deveres jurídicos anexos. Quem os coloca na relação é o Princípio da Boa-fé
Objetiva (lealdade à outra parte, colaboração). São impostos independentemente da vontade das partes. É um padrão de
comportamento esperado dentro da relação. Fazendo o contrário, fere o princípio e deveres jurídicos anexos, causando o
INADIMPLEMENTO.

Já estudamos que que a natureza jurídica do PAGAMENTO JURIDICO diverge na doutrina, são 3 correntes:
 FATO: fatos da vida real que importa para o direito (incompleta)
 ATO: fato real que depende da vontade humana, mas não regula os efeitos, somente o cria. Ex. Registro de um
recém-nascido, a lei que regula os efeitos.
 NEGÓCIO: fato real que depende da vontade humana, mas regula os efeitos.
Em uma obrigação de não fazer, o pgto tem natureza de ATO JURIDICO (não precisa de colaboração do credor)

Quando há mora, o pgto tem natureza de NEGÓCIO JURIDICO, pois precisa da colaboração de ambas as partes.

Quando falamos em mora do credor, não nos referimos à prestação (objeto) e sim aos DEVERES JURIDICOS ANEXOS.
Que são independentes da vontade das partes, clausulas... (lembrar disso)
O credor tem o DEVER de colaborar em uma relação.
Como ele não colabora? Exemplos, quando não comparece a local do pgto; não ser encontrado pelo devedor.

O QUE É MORA DO CREDOR? É O INADIMPLEMENTO DOS DEVERES JURIDICOS ANEXOS.

II. REQUISITOS
1. VENCIMENTO DA OBRIGAÇÃO
Obrigação de estar vencida. O credor não é obrigado a receber, mas depende se o prazo favorece o credor ou
devedor.
Se for para favorecer o devedor, o credor DEVE aceitar; Se o prazo for estabelecido em beneficio ao credor, e
devedor querer adiantar, o credor NÃO COMETE A MORA, pois ele pode recusar.

2. OFERTA DA PRESTAÇÃO (pelo devedor)


É necessária uma oferta ostensiva, ou seja, atingir TODAS AS FORMAS para que o credor SAIBA que o devedor
QUER PAGAR.

3. RECUSA INJUSTIFICADA (pelo credor)


Recusa justa: devedor quer pagar só 80% da dívida, credor pode recursar.

4. PAGAMENTO COM NATUREZA DE NEG. JURIDICO


Nos pagamentos que precisam da colaboração do credor.

III. EFEITOS – art. 400, CC


Art. 400. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade pela conservação da coisa, obriga o
credor a ressarcir as despesas empregadas em conservá-la, e sujeita-o a recebê-la pela estimação mais favorável ao
devedor, se o seu valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento e o da sua efetivação.

a) Subtrai do devedor a responsabilidade na conservação da coisa.


Ex. Obrigação de dar coisa certa. O obj imediato: cavalo; O devedor atrasa e influi a perpetuação da obrigação
(efeito da mora do devedor), mesmo em caso fortuito ou força maior. Mas se injustificadamente o credor
causar a mora e ocorrer caso fortuito ou força maior, não será responsabilidade do devedor.
EXCEÇÃO  se houver DOLO do devedor no perecimento do objeto, este efeito não produz.
b) Ressarcimento das despesas
Que a coisa causar. Ex. com o cavalo, poderá ter despesas cm luz, comida, banho etc
c) Estimação mais favorável ao devedor
Se no período em que o credor estiver em mora, a coisa valorizar no mercado, o credor deverá arcar com esta
diferença.

DETALHE: a mora do credor não extingue a obrigação! Uma alternativa ao devedor, é realizar a CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO para
se livrar desta obrigação.

19/10/17

PURGAÇÃO E CESSAÇÃO DA MORA

PURGAR ou EMENDAR a mora = impedir que os efeitos da mora se propague, ou seja, continue incidindo na obrigação.

Purgação / Emenda da mora

Conceito: Atitude que o moroso toma para impedir que os efeitos da mora continue incidindo na relação.

Utilidade para o credor: É um requisito que se deve verificar (se o objeto imediato da relação ainda tem utilidade para o
credor) para efetuar a purgação da mora. Pois não existe purgação de o objeto perder a utilidade para o credor.
O devedor moroso pode sempre se valer a consignação em pgto para se livrar da obrigação? NÃO. Porque se perder a
utilidade não poderá se valer, seja ela judicial ou extrajudicial.
Se em mora, o credor injustificadamente recusar receber, o devedor pode se valer da consignação em pgto. Pode ser a
qualquer tempo? NÃO. Só enquanto tiver utilidade ao credor.

Modos – Art. 401, CC


Art. 401. Purga-se a mora:
I - por parte do devedor, oferecendo este a prestação mais a importância dos prejuízos decorrentes do dia da oferta;
II - por parte do credor, oferecendo-se este a receber o pagamento e sujeitando-se aos efeitos da mora até a mesma data.

DEVEDOR, Inc I  Oferecer o valor do principal + Multa + juros + Correção Monetária.


Os juros, vulgarmente falado, na vdd é subdividido:

MORATÓRIOS COMPENSATÓTIOS
Só incidem quando estiver em mora; Incidem quando não está em mora. Ex. juros
Com no máx 1% ao mês; do cheque especial;
Nat. Jurídica: É sanção pelo inadimplemento. Nat. Jurídica: É remuneração (preço) ;
Percentual: quando de instituição financeira
não tem limites;
Termo inicial: é o contrato. Não incide o 398
ou 405, CC.

Momentos – há momentos certos para purgar a mora

I. Ação de Consignação em Pagamento: Há judicial e também extrajudicial


II. Ações que autorizem a Purgação na Contestação: Ex. ação locatícia de despejo por falta de pgto – Lei 8.245/91
DISTINÇÃO ENTRE PURGAÇÃO E CESSAÇÃO DA MORA

As duas levam ao mesmo caminho (conceito), mas...

Purgação Cessação
Não exige atitude
Exige atitude do
do moroso. Ex. Lei
moroso
de isenção do IPTU

Efeito "EX NUNC" -


não retroage, ou Efeito: "EX TUNC" -
seja, paga-se os retroage. Apaga
juros, multo e multa, juros,
correção até o dia correção...
do pgto

25/10/17

TEORIA GERAL DOS CONTRATOS

1. VISÃO ESTRUTURANTE
Conceito
Natureza Jurídica
Elementos

Conceito de contrato: “É um princípio jurídico bilateral, por meio do qual as partes, visando a atingir interesses
patrimoniais, convergem as suas vontades, criando um dever jurídico principal (dar, fazer e não fazer), e bem assim,
deveres jurídicos anexos decorrentes dos princípios da boa-fé objetiva e função social”

É da teoria clássica dos contratos


É da teoria moderna dos contratos

Crítica: acrescentaria “Dignidade da pessoa humana” ao conceito. Ex. Em contratos com plano de saúde que dá cobertura
até X dias e após isso é por conta do usuário, mas pelo princípio da dig. da pessoa humana o juiz emite liminar para que o
contrato continue fornecendo cobertura ao usuário.

2. NATUREZA JURIDICA
Conceito de Negócio Jurídico: “Declaração de vontade dirigido à provocação de determinado efeito jurídico”

É BILATERAL e o que difere do ato, é que neste a vontade apenas o faz existir, os efeitos não podem ser
modulados, e são determinados pela lei. No Neg. Jurídico, a vontade o cria e modula os efeitos.

Ato: registro
ATO Nasc. de criança
efeito: não pode o isentar da herança
Contrato de Neg. jurídico: venda/compra
Negócio
Compra e Venda efeitos modulados: prazo, parcelas

As vontades devem convergir!

2.2 O Negócio jurídico na Teoria do Fato Jurídico


Todo acontecimento que interessa ao direito e dentro deste há o Neg. e o Ato jurídico.
26/10/2017

3. O Contrato nos Planos da Existência, Validade e Eficácia

Os contratos são as principais fontes das obrigações.

 São elementos essências dos contratos:


Escala de Pontes de Miranda (foto)
 Existência
Quais os elementos mínimos que o caso concreto deve apresentar que ele exista. (Como se fosse um embrião)
Elementos: Declaração de vontade; Sujeitos; Objeto; Forma
Tendo esses elementos, ainda não pode se afirmar que existe o contrato, precisa avançar para os outros planos.

 Validade
Dão aptidão para gerar os efeitos para os quais ele foi criado. (Adquire forma humana)
Elementos: Dec. de vontade livre e consciente (além de fazer o contrato existir, faz ter validade), quando há vícios
(dolo, coação) não faz esta declaração ter validade; Sujeito capaz e legítimo; Objeto lícito, possível, determinado
ou determinável; Forma Livre ou Definida em Lei.
Até aqui o instituto existe e tem validade.

 Eficácia
Passa a gerar os efeitos para qual foi criado. (Nascimento)
Elementos: Termo; Encargos; Módulo; Condição

II) PRINCIPIOS CONTRATUAIS

1. Conceito: ``Enunciações normativas de valor genérico, que condicionam e orientam a compreensão do ord.
Jurídico, quer para a sua aplicação, quer para sua elaboração de novas normas``. (Miguel Reale)
Para ser princípios deve seguir esta norma genérica. Valores que norteiam a interpretação dos contratos.

2. Categorias dos Princípios Contratuais


2.1 Princ. Individuais
Nasceram durante a teoria clássica dos contatos. Interessados em garantir o patrimônio e não a
pessoa.

 Princ. Da Autonomia da Vontade: a manifestação da vontade é soberana.


 Princ. Da Forca Obrigatória: se contratou, deve cumprir.
 Princ. Da Relatividade Subjetiva: somente as pessoas que manifestavam suas vontades
poderiam sofrer as consequências do contrato (terceiros não sofreriam).

Estes contratos partiam do ponto que todos eram iguais perante a lei.

2.2 Princ. Sociais


- Alguns contratos não há relações e forças iguais, como por exemplo, em contrato de trabalho, de
consumidor, devido a estes fatos, houve a necessidade de um equilíbrio e proteção para as partes mais
fracas.
- Servem para modular a forca dos contratos e princípios anteriores.
- Geram sua eficácia quando entrava em conflito o Patrimônio com a Pessoa.
Obs. Aqui o Estado não interfere na autonomia da vontade, falamos hoje na autonomia privada.
- A pessoa é mais importante que os contratos
 Princ. Da Função Social:
 Princ. da Boa-fé Objetiva:
 Princ. Da Equivalência
 Princ. Material

01/11/2017

3. Princípio da Autonomia da Vontade ou Consensualismo

Contrato é neg. jurídico bilateral, pois é um acordo de vontades e por tanto sem consenso não há contrato.
3.1 Autonomia da Vontade e os Elementos do Contrato

É da essência do contrato a autonomia da vontade.


Para um contrato existir, deve ter declarações de vontade convergentes, livres e conscientes (autonomia).
A autonomia está intimamente ligada à autonomia.

3.2 Autonomia da Vontade e Liberalismo


Houve um período em que o liberalismo dominou a autonomia de vontade.

LIBERDADE de como Contratar: as cláusulas são regidas de acordo coma vontade das partes.
de quem Contratar: as pessoas com quem quer contratar.
de quando Contratar: o dia, hora que quiser contratar

Os contratos de Adesão ferem a autonomia da vontade, ela não é ampla.

3.3 Autonomia da Vontade e Dirigismo Estatal – AUTONOMIA PRIVADA


Quando essa autonomia da vontade for desigual, a figura do Estado surge. Para conferir um pouco mais de
liberdade/autonomia para parte mais fraca.

4. Princípio da Força Obrigatória dos Contratos – “PACTA SUNT SERVANDA”


Preocupa com o patrimônio: O combinado deve ser cumprido.

4.1 Fundamento

Idealizado para fornecer às partes a segurança jurídica. Está tão enraizado, que contratamos sem perceber.

4.2 Exceções

Porém, a situação fática era uma quando se contratou, e como os contratos se prolongam no tempo, a igualdade
entre as partes podem mudar, e nisso surgem as exceções: Como a Onerosidade Excessiva dos Contratos.

Como por exemplo, em épocas de crises, seria injusto o Pacta Sun Servanda. O Estado deve intervir na Onerosidade
Excessiva dos Contratos que se dá para uma parte. Neste caso este princípio deve ser ponderado.

5. Princípio da Relatividade Subjetiva

Se preocupa com o patrimônio também. Quer dizer que os contratos faz lei entre as partes. E quando se fala partes,
não atingirá terceiros, somente as pessoas diretamente envolvidas na relação.

5.1 Exceções

Elas ocorrem por exemplo, em assembleias de condomínios, onde o que é decido gera efeitos para todos os
condôminos, mesmo não presentes na assebleias

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