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Universidade Luterana do Brasil

Análise sobre os princípios da Doutrina Espírita

Canoas-RS
27 de Março de 2017
Universidade Luterana do Brasil
Universidade Luterana do Brasil

Cultura Religiosa

Análise sobre os princípios da Doutrina Espírita

Prof. Bruno Ronaldo Muller


Sumário
Introdução
O espiritismo teve início por volta dos anos de 1857 na frança e uma grande personalidade de
sua evolução foi o Allan Kardec, que através de estudos confirmou muitas descobertas, e
deixou registradas em grandes obras. O espiritismo tem relação com a ciência, pois para que
fosse confirmado precisou de muitos estudos, que comprovaram também sua relação com a
medicina.

Muitas organizações e federações foram criadas ao redor do mundo e cada uma traz uma
história importante através de sua construção. Por isso, veremos tudo isso e mais sobre o
Espiritismo no mundo, no brasil, sua relação com a política, economia e sociedade.
Capítulo 1

O início do espiritismo
O Espiritismo foi codificado na França, por volta do ano de 1857, após muitos estudos
desenvolvidos por Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec). Antes que Allan Kardec
fizesse seus estudos e tivesse comprovações, manifestações espíritas aconteciam ao redor do
mundo mas sem qualquer conhecimento do que se tratava e o que era “o tal espiritismo”.

Foi apenas em 1857 que Kardec conseguiu desvendar os mistérios de alguns


fenômenos sobrenaturais após longos estudos e testes que exigiam provas. Um dos
fenômenos que mais chamou a atenção de Kardec, inicialmente, foi "Mesas Girantes", que
consistia no movimento involuntário de mesas e outros objetos pesados em torno dos quais
reuniam-se várias pessoas.

Neste fenômeno, testes foram feitos e Kardec constatou que não havia qualquer tipo de
ação humana direta ou indireta que pudesse fazer com que tal fenômeno acontecesse.

Mesas Girantes

Quando o efeito começa a se manifestar, escuta-se um pequeno estalo e a mesa faz


um leve esforço, logo após iniciam-se os movimentos rotatórios, que são tão rápidos que até
mesmo os assistentes presentes na sala esforçam-se para segui-los.

Para que o fenômeno aconteça é necessária a presença de médiuns, que se juntam em uma
sala em torno da mesa e viram canais para os espíritos que querem se manifestar. Não é
necessária nenhum tipo de formação, mas sim a experiência trabalhada com o espiritismo.
Muitos experimentos, como por exemplo a alteração do sexo, mãos leves, foram em
vão, pois perceberam que a única prescrição obrigatória é o recolhimento, silêncio absoluto, e
muita paciência pois pode levar alguns segundos para o fenômeno acontecer ou até mesmo
horas. Isso depende da força mediúnica dos participantes.

Outro fenômeno que se produz com frequência são as pancadas no próprio tecido da
madeira, e que ocorre sem que a mesa faça movimento algum.
Allan Kardec e suas descobertas
Hippolyte Léon Denizard Rivail, utilizando o pseudônimo Allan Kardec, nasceu em Lyon
no dia 03 de outubro de 1804. Responsável pela disseminação e fortalecimento do espiritismo
na Europa, Allan Kardec faleceu aos 64 anos em Paris no dia 31 de março de 1869. Allan
Kardec é o principal fator para que o Espiritismo tenha sido codificado.
A primeira curiosidade que nos contagia é sobre seu nome. Kardec adotou esse nome para
separar suas obras didáticas e cotidianas, produzidas anteriormente do seu material espirita.

Depois de conhecer um pouco sobre o espiritismo e sobre o fenômeno “Mesas


Girantes” - citados no título anterior - , amigos entregaram a Allan Kardec 50 cadernos
contendo anotações de conversas que eles e outros praticantes das “Mesas Girantes” tiveram
com os espíritos nos cinco anos anteriores.

Allan Kardec leu e organizou esses cadernos, tirando destes diversas perguntas de
psicologia, filosofia e natureza espiritual. Com essas perguntas em mãos, Kardec passou a
questionar os espíritos durante as sessões sobre as perguntas levantadas por ele. Para
garantir veracidade, Allan Kardec verificou todas as respostas obtidas com outros espíritos,
utilizando outros métodos. As respostas recebidas foram utilizadas para produzir o famoso O
Livro dos Espíritos, do qual é o livro base do espiritismo.

Nos anos seguintes Allan Kardec produziu diversos livros importantes ao espiritismo,
como O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno, O Evangelho Segundo o Espiritismo e outros.

Vida após a morte


No espiritismo acredita-se, sim, que há vida após a morte. Se para alguns a morte é a
única certeza na vida, para os espíritas isso se sobressai a qualquer certeza sobre a vida de
cada ser.

Levando em consideração a doutrina espírita, no momento da morte de uma pessoa na


terra, o seu espírito se desprende do corpo material, passando assim pelo processo
denominado desencarnação.

O que é o desencarne?

Desencarne ou desencarnação é o processo de desligamento do corpo humano


material, ou seja, ocasionado pela sua morte. Quando isso acontece, o espírito desprende-se
do corpo material e é designado ao plano espiritual - Plano espiritual, segundo os espíritas, é o
plano onde não há matéria alguma, apenas energia espiritual - seja ela densa ou não.
O que acontece após o desencarne?

Desencarne ou desencarnação é o processo de desligamento do corpo humano


material, ou seja, ocasionado pela sua morte. Quando isso acontece, o espírito desprende-se
do corpo material e é designado ao plano espiritual - Plano espiritual, segundo os espíritas, é o
plano onde não há matéria alguma, apenas energia espiritual - seja ela densa ou não.

O tempo de desencarne é relativo. O que define este tempo é o estado em que o ser
desencarnado estava no momento de sua morte - a aceitação da morte deve acontecer para
que o desligamento seja completo, caso contrário o espírito levará mais tempo para se desligar
do corpo material - ou o quanto o ser é apegado ao meio material (sua conquistas materiais na
terra; amor pelas pessoas; qualquer tipo de apego que tenha na terra).

O que é o Umbral?

O Umbral é um local onde vão os espíritos que ainda precisam se desligar de


sentimentos ruins como o ódio, rancor, inveja, vingança, raiva, orgulho, egoísmo, vaidade,
ciúme… É um ambiente mental e físico, parecido como o que temos com as pessoas do nosso
ciclo de relacionamentos.

O Umbral não existe solidamente, existe agrupamentos de espíritos com os mesmos


sentimentos, que desencarnam com estes sentimentos infelizes e vão para o mesmo local de
afinidade.

O que é a vida Superior?

A vida superior é onde o espírito é livre, depois que abandona seus vícios, vai ao
espaço se juntar com suas almas irmãs, onde tudo é repleto de harmonia e esplendor. O
espírito entra em estado de consciência plena, e atinge este estado gradualmente. Nesse
estado a ansiedade é substituída por uma visão consciente dos ciclos a serem cumpridos.

Por meio do desapego e do serviço prestado no mundo das formas, o indivíduo realiza
sua entrega ao eu supremo e sabe suas metas a serem atingidas. Vive com gratidão, firmeza e
fé.

A constante evolução do ser


O progresso é lei da Natureza. A essa lei todos os seres da Criação, animados e
inanimados, foram submetidos pela bondade de Deus, que quer que tudo se engrandeça e
prospere. A própria destruição, que aos homens parece o termo final de todas as coisas, é
apenas um meio de se chegar, pela transformação, a um estado mais perfeito, visto que tudo
morre para renascer e nada sofre o aniquilamento.

Progresso x Evolução:

Progresso - Desenvolvimento de um ser.

Evolução - Perfectibilidade (reencarnações)

Estado Natural

O estado natural e a lei natural não são a mesma coisa, pois o estado natural é o
estado primitivo e a lei natural contribui para o progresso da Humanidade.

“O estado natural é a infância da Humanidade e o ponto de partida do seu


desenvolvimento intelectual e moral. O homem, sendo perfectível e trazendo em si o germe de
seu melhoramento, não foi destinado a viver perpetuamente na infância. O estado natural é
transitório e o homem o deixa pelo progresso e a civilização. A lei natural, pelo contrário, rege
toda a condição humana e o homem se melhora na medida em que melhor compreende e
melhor prática essa lei.” KARDEC, Allan.

Muitos acreditam também que o estado natural os deixa mais feliz, pois é a felicidade
do bruto, sem conhecimento e sem cobranças para si mesmo. Grande exemplo é que as
crianças são mais felizes que os adultos. Não é possível retrogradar para o estado natural, pois
senão seria como negar a lei do progresso.

Marcha do Progresso

“779. O homem tira de si mesmo a energia progressiva ou o progresso não é mais do


que o resultado de um ensinamento?

— O homem se desenvolve por si mesmo, naturalmente, mas nem todos progridem ao


mesmo tempo e da mesma maneira; é então que os mais adiantados ajudam os outros a
progredir, pelo contato social.

780. O progresso moral segue sempre o progresso intelectual?

— É a sua conseqüência, mas não o segue sempre imediatamente.

780 – a) Como o progresso intelectual pode conduzir ao progresso moral?

— Dando a compreensão do bem e do mal, pois então o homem pode escolher. O


desenvolvimento do livre-arbítrio segue-se ao desenvolvimento da inteligência e aumenta a
responsabilidade do homem pelos seus atos.

780 – b) Como se explica, então, que os povos mais esclarecidos sejam


frequentemente os mais pervertidos?
— O progresso completo é o alvo a atingir, mas os povos, como os indivíduos, não chegam
a ele senão passo a passo. Até que tenham desenvolvido o senso moral, eles podem servir-se
da inteligência para fazer o mal. A moral e a inteligência são duas forças que não se
equilibram senão com o tempo. (Ver itens 365 e 751.)

781. É permitido ao homem deter a marcha do progresso?

— Não, mas pode entravá-la algumas vezes.

782. Não há homens que entravam o progresso de boa fé, acreditando favorecê-lo,
porque o vêem segundo o seu ponto de vista, e freqüentemente onde ele não existe?

— Pequena pedra posta sob a roda de um grande carro sem impedi-lo de avançar.

783. O aperfeiçoamento da Humanidade segue sempre uma marcha progressiva e


lenta?

— Há o progresso regular e lento que resulta da força das coisas; mas quando um povo não
avança bastante rápido, Deus lhe provoca, de tempos em tempos, um abalo físico ou moral
que o transforma.

Comentário de Kardec: Sendo o progresso uma condição da natureza humana, ninguém tem
o poder de se opor a ele. É uma força viva que as más leis podem retardar, mas não asfixiar.
Quando essas leis se tornam de todo incompatíveis com o progresso, ele as derruba, com
todos os que as querem manter, e assim será até que o homem harmonize as suas leis coma
justiça divina , que deseja o bem para todos, e não as leis feitas para o forte em prejuízo do
fraco.

O homem não pode permanecer perpetuamente na ignorância, porque deve chegar ao fim
determinado pela Providência; ele se esclarece pela própria força das circunstâncias. As
revoluções morais, como as revoluções sociais, se infiltram pouco a pouco nas idéias,
germinam ao longo dos séculos e depois explodem subitamente, fazendo ruir o edifício
carcomido do passado, que não se encontra mais de acordo com as necessidades novas e as
novas aspirações.

O homem geralmente não percebe, nessas comoções, mais do que a desordem e a


confusão momentâneas, que o atingem nos seus interesses materiais, mas aquele que eleva o
seu pensamento acima dos interesses pessoais admira os desígnios da Providência que do
mal fazem surgir o bem. São a tempestade e o furacão que saneiam a atmosfera, depois de a
haverem revolvido.

784. A perversidade do homem é bastante intensa, e não aprece que ele está
recuando, em lugar de avançar, pelo menos do ponto de vista moral?

— Enganas-te. Observa bem o conjunto e verás que ele avança, pois vai compreendendo
melhor o que é o mal, e dia a dia corrige os seus abusos. É preciso que haja excesso do mal,
para fazer-lhe compreender as necessidades do bem e das reformas.

785. Qual é o maior obstáculo ao progresso?


— O orgulho e o egoísmo. Quero referir-me ao progresso moral, porque o intelectual avança
sempre. Este aprece, aliás, à primeira vista, duplicar a intensidade daqueles vícios
desenvolvendo a ambição e o amor das riquezas, que por sua vez incitam o homem às
pesquisas que lhe esclarecem o Espírito. É assim que tudo se relaciona no mundo moral como
no físico e que do próprio mal pode sair o bem. Mas esse estado de coisas durará apenas
algum tempo; modificar-se-á à medida que o homem compreender melhor que, além do gozo
dos bens terrenos, existe uma felicidade infinitamente maior e infinitamente mais durável. (Ver
Egoísmo, cap XII).” O Livro dos Espíritos, KARDEC, Allan.

Povos Degenerados

“786. A História nos mostra uma multidão de povos que, após terem sido
convulsionados, recaíram na barbárie. Onde está nesse caso o progresso?

— Quando a tua casa ameaça cair, tu a derrubas para a reconstruir de maneira mais sólida
e mais cômoda; mas, até que ela esteja reconstruída, haverá desarranjos e confusões na tua
moradia.

Compreende isto também; és pobre e moras num casebre, mas ficas rico e o deixas para
morar num palácio. Depois um pobre diabo, como o eras, vem tomar o teu lugar no casebre e
se sente muito contente, pois antes não possuía um abrigo. Pois bem, compreende então que
os Espíritos encarnados neste povo degenerado não são mais os que o constituíram nos
tempos de sues esplendor. Aqueles, logo que se tornaram mais adiantados, mudaram-se para
habitações mais perfeitas e progrediram, enquanto outros, menos avançados, tomaram seu
lugar, que por sua vez também deixarão.

787. Não há raças rebeldes ao progresso por sua própria natureza?

— Sim, mas dia a dia elas se aniquilam corporalmente.

787 – a) Qual será o destino futuro das almas que animam essas raças?

—Chegarão à perfeição, como todas as outras, passando por várias experiências. Deus não
deserda ninguém.

787 – b) Então, os homens mais civilizados podem ter sido selvagens e


antropófagos?

— Tu mesmo o foste, mais de uma vez, antes de seres o que és.

788. Os povos são individualidades coletivas que passam pela infância, a idade
madura e a decrepitude, como os indivíduos. Essa verdade constatada pela História não
nos permite supor que os povos mais adiantados deste século terão o seu declínio e o
seu fim, como os da Antiguidade?

— Os povos que só vivem materialmente, cuja grandeza se firma na força e na extensão


territorial, crescem e morrem porque a força de um povo se esgota como a de um homem;
aqueles cujas leis egoístas atentam contra o progresso das luzes e da caridade morrem porque
a luz aniquila as trevas e a caridade mata o egoísmo. Mas há para os povos, como para os
indivíduos, a vida da alma, e aqueles cujas leis se harmonizam com as leis eternas do Criador
viverão e serão o farol dos outros povos.
789. O progresso reunirá um dia todos os povos da Terra numa só nação?

— Não em uma só nação, o que é impossível, pois da diversidade dos climas nascem
costumes e necessidades diferentes, que constituem as nacionalidades. Assim, serão sempre
necessárias leis apropriadas a esses costumes e a essas necessidades. Mas a caridade não
conhece latitudes e não faz distinção dos homens pela cor. Quando a lei de Deus constituir por
toda parte a base da lei humana, os povos praticarão a caridade de um para o outro, como os
indivíduos de homem para homem, vivendo felizes e em paz, porque ninguém tentará fazer o
mal ao vizinho ou viver à suas expensas.

Comentário de Kardec: A Humanidade progride através dos indivíduos que se melhoram


pouco a pouco e se esclarecem; quando estes se tornam numerosos, tomam a dianteira e
arrastam os outros. De tempos em tempos, surgem os homens de gênio que lhes dão um
impulso, e, depois, homens investidos de autoridades, instrumentos de Deus, que em alguns
anos a fazem avançar de muitos séculos.

O progresso dos povos faz ainda ressaltar a justiça da reencarnação. Os homens de bem
fazem louváveis esforços para ajudar uma nação a avançar moral e intelectualmente; a nação
transformada será mais feliz neste mundo e no outro, compreende-se; mas. Durante a sua
marcha lenta através dos séculos, milhares de indivíduos morrem diariamente, e qual seria a
sorte de todos esses que sucumbem durante o trajeto? Sua inferioridade relativa os priva da
felicidade reservada aos que chegam por último? Ou também a sua felicidade é relativa? A
justiça divina não poderia consagrar semelhante injustiça. Pela pluralidade das existências, o
direito à felicidade é sempre o mesmo para todos, porque ninguém é deserdado pelo
progresso. Os que viveram no tempo de barbárie, podendo voltar no tempo da civilização, no
mesmo povo ou em outro, é claro que todos se beneficiam da marcha ascendente.

Mas o sistema da unidade da existência apresenta neste caso outra dificuldade. Com esse
sistema, a alma é criada no momento do nascimento, de maneira que um homem é mais
adiantado que o outro porque Deus criou para ele uma alma mais adiantada. Por que esse
favor? Que mérito tem ele, que não viveu mais do que o outro, menos, muitas vezes, para ser
dotado de uma alma superior? Mas essa não é a principal dificuldade. Uma nação passa, em
mil anos, da barbárie à civilização. Se os homens vivessem mil anos, poderia conceber-se que,
nesse intervalo, tivessem tempo de progredir; mas diariamente morrem criaturas em todas as
idades, renovando-se sem cessar, de maneira que dia a dia as vemos aparecerem e
desaparecerem.

No fim de um milênio, não há mais traços dos antigos habitantes; a nação de bárbara que
era tornou-se civilizada; mas quem foi que progrediu? Os indivíduos outrora bárbaros? Esses já
estão mortos há muito tempo. Os que chegaram por último? Mas se sua alma foi criada no
momento do nascimento, essas almas não existiriam no tempo da barbárie e é necessário
admitir, então, que os esforços desenvolvidos para civilizar um povo têm o poder, não de
melhorar as almas imperfeitas, ,as de fazer Deus criar outras mais perfeitas.

Comparemos esta teoria do progresso com a que nos foi dada pelos Espíritos. As almas
vinda nos tempo da civilização tiveram a sua infância, como todas as outras, mas já viveram e
chagam adiantadas em conseqüência de um progresso anterior; elas vêm atraídas por um
meio que lhes é simpático e que está em relação com o seu estado atual. Dessa maneira, os
cuidados dispensados à civilização de um povo ou não têm por efeito determinar a criação
futura de almas mais perfeitas, mas atrair aquelas que já progrediram, seja as que já viveram
nesse mesmo povo em tempos de barbárie, seja as que procedem de outra parte. Aí temos,
ainda, a chave do progresso de toda a Humanidade. Quando todos os povos estiverem no
mesmo nível quanto ao sentimento do bem, a Terra só abrigará bons espíritos, que viverão em
união fraterna. Os maus, tendo sido repelidos e deslocados, irão procurar nos mundos
inferiores o meio que lhes convém, até que se tornem dignos de voltar ao nosso meio
transformado. A teoria vulgar tem ainda esta conseqüência: os trabalhos de melhoramento
social só aproveitam às gerações presentes e futuras; seu resultado é nulo para as gerações
passadas, que cometeram o erro de chegar muito cedo e só avançaram na medida de suas
forças, sob a carga de seus atos de barbárie. Segundo a doutrina dos Espíritos, os progressos
ulteriores aproveitam igualmente a essas gerações, que revivem nas condições melhores e
podem aperfeiçoar-se no meio da civilização.” O Livro dos Espíritos, KARDEC, Allan.

Civilização

“790. A civilização é um progresso, ou, segundo alguns filósofos, uma decadência da


Humanidade?

— Progresso incompleto, pois o homem não passa subitamente da infância à maturidade.

790 – a) É razoável condenar-se a civilização?

— Condenai antes os que abusam dela e não a obra de Deus.

791. A civilização se depurará um dia, fazendo desaparecer os males que tenha


produzido?

— Sim, quando a moral estiver tão desenvolvida quanto a inteligência. O fruto não pode vir
antes da flor.

792. Por que a civilização não realiza imediatamente todo o bem que ela poderia
produzir?

— Porque os homens ainda não se encontram em condições, nem dispostos a obter este
bem.

792 – a) Não seria ainda porque, criando necessidades novas, excita novas paixões?

— Sim, e porque todas as faculdades do Espírito não progridem ao mesmo tempo; é


necessário tempo para tudo. Não podeis esperar frutos perfeitos de uma civilização incompleta.

793. Por que sinais se pode reconhecer uma civilização completa?

— Vós a reconhecereis pelo desenvolvimento moral. Acreditais estar muito adiantados por
terdes feito grandes descobertas e invenções maravilhosas; porque estais melhor instalados e
melhor vestidos que os vossos selvagens; mas só tereis verdadeiramente o direito de vos dizer
civilizados quando houverdes banido de vossa sociedade os vícios que a desonram e quando
passardes a viver como irmãos, praticando a caridade cristã. Até esse momento, não sereis
mais do que povos esclarecidos, só tendo percorrido a primeira fase da civilização.

Comentário de Kardec: A civilização tem os seus graus, como todas as coisas. Uma
civilização incompleta é um estado de transição que engendra males especiais, desconhecidos
no estado primitivo, mas nem por isso deixa de constituir um progresso natural, necessário, que
leva consigo mesmo o remédio para aqueles males. À medida que a civilização se aperfeiçoa,
vai fazendo cessar alguns dos males que engendrou, e esses males desaparecerão com o
progresso moral.

De dois povos que tenham chegado ao ápice da escala social, só poderá dizer-se o mais
civilizado, na verdadeira acepção do termo, aquele em que se encontre menos egoísmo,
cupidez e orgulho; em que os costumes sejam mais intelectuais e morais do que materiais; em
que a inteligência possa desenvolver-se com mais liberdade; em que exista mais bondade,
boa-fé, benevolência e generosidade recíprocas; em que os preconceitos de casta e de
nascimento sejam menos enraizados, porque esses prejuízos são incompatíveis com o
verdadeiro amor do próximo; em que as leis não consagrem nenhum privilégio e sejam as
mesmas para o último como para o primeiro; em que a justiça se exerça com o mínimo de
parcialidade em que o fraco sempre encontre apoio contra o forte; em que a vida do homem
suas crenças e suas opiniões sejam melhor respeitadas; em que haja menos desgraçados; e
por fim, em que todos os homens de boa vontade estejam sempre seguros de não lhes faltar o
necessário.” O Livro dos Espíritos, KARDEC, Allan.

Progresso da Legislação Humana

“794. A sociedade poderia ser regida somente pelas leis naturais sem o recurso das leis
humanas?

-Poderia se os homens as compreendessem bem e quisessem praticá-las; então, seriam


suficientes. Mas a sociedade tem as suas exigências e precisa de leis particulares.

795. Qual a causa da instabilidade das leis humanas?

– Nos tempos de barbárie, são os mais fortes quedem as leis e as fazem em seu favor. Há
necessidade de modifica-las à medida que os homens vão melhor compreendendo a justiça. As
leis humanas são mais estáveis à medida que se aproximam da verdadeira justiça, quer dizer,
à medida que são feitas para todos e se identificam com a lei natural.

Comentário de Kardec: A civilização criou novas necessidades para o homem e essas


necessidades são relativas a posição social de cada um. Foi necessário regular os direitos e os
deveres dessas posições através de leis humanas. Mas, sob a influência das suas paixões, o
homem criou, muitas vezes, direitos e deveres imaginários, condenados pela lei natural e que
os povos apagam dos seus códigos à proporção que progridem. A lei natural é imutável e
sempre a mesma para todos; a lei humana é variável e progressiva: somente ela pode
consagrar, na infância da Humanidade, o direito do mais forte.

796. A severidade das leis penais não é uma necessidade no estado atual da
sociedade?

– Uma sociedade depravada tem certamente necessidade de leis mais severas- infelizmente
essas leis se destinam antes a punir o mal praticado do que a cortar a raiz do mal. Somente a
educação pode reformar os homens, que, assim, não terão mais necessidade de leis tão
rigorosas.

797 Como o homem poderia ser levado a reformar as suas leis?


– Isso acontecerá naturalmente, pela força das circunstâncias e pela influência das pessoas
de bem que o condoem na senda do progresso. Há muitas que já foram reformadas e muitas
outras ainda o serão. Espera.” O Livro dos Espíritos, KARDEC, Allan.

Influência do Espiritismo no Progresso

“798. O Espiritismo se tornará uma crença comum ou será apenas a de algumas


pessoas?

– Certamente ele se tomará uma crença comum e marcara uma nova era na História da
Humanidade, porque pertence à Natureza e chegou o tempo em que deve tomar lugar entre os
conhecimentos humanos. Haverá, entretanto grandes lutas a sustentar, mais contra os
interesses do que contra a convicção porque não se pode dissimular que há pessoas
interessadas em combatê-lo, umas por amor-próprio e outras por motivos puramente materiais.
Mas os seus contraditares, ficando cada vez mais isolados, serão afinal forçados a pensar
como todos os outros, sob pena de se tornarem ridículos.

Comentário de Kardec: As idéias só se transformam com o tempo e não subitamente; elas se


enfraquecem de geração em geração e acabam por desaparecer com os que as professavam e
que são substituídos por outros indivíduos imbuídos de novos princípios, como se verifica com
as idéias políticas. Vede o paganismo; não há ninguém, certamente que professe hoje as idéias
religiosas daquele tempo; não obstante, muitos séculos depois do advento do Cristianismo,
ainda haviam deixado traços que somente a completa renovação das raças pôde apagar. O
mesmo acontecerá com o Espiritismo; ele faz muito progresso, mas haverá ainda, durante duas
ou três gerações, um fenômeno de incredulidade que só o tempo fará desaparecer. Contudo,
sua marcha será mais rápida que a do Cristianismo porque é o próprio Cristianismo que lhe
abre as vias sobre as quais ele se desenvolvera. O Cristianismo tinha que destruir; o
Espiritismo só tem que construir.

799. De que maneira o Espiritismo pode contribuir para o progresso?

— Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz os homens
compreenderem onde está o seu verdadeiro interesse. A ‘vida futura não estando mais velada
pela dúvida, o homem compreenderá melhor que pode assegurar o seu futuro através do
presente. Destruindo os preconceitos de seita, de casta e de cor, ele ensina aos homens a
grande solidariedade que os deve unir como irmãos.

800. Não é de temer que o Espiritismo não consiga vencer a indiferença dos homens
e o seu apego às coisas materiais?

—Seria conhecer bem pouco os homens, pensar que uma causa qualquer pudesse
transformá-los como por encanto. As idéias se modificam pouco a pouco, com os indivíduos, e
são necessárias gerações para que se apaguem completamente os traços dos velhos hábitos.
A transformação, portanto, não pode operar-se a não ser com o tempo, gradualmente, pouco a
pouco. Em cada geração uma parte do véu se dissipa. O Espiritismo vem rasgá-lo de uma vez;
mas mesmo que só tivesse o efeito de corrigir um homem de um só dos seus defeitos, isso
seria um passo que ele afaria dar e por isso um grande bem, porque esse primeiro passo lhe
tornaria os outros mais fáceis.

801. Por que os Espíritos não ensinaram desde todos os tempos o que ensinam
hoje?
— Não ensinais às crianças o que ensinais aos adultos e não dais ao recém-nascido um
alimento que ele não possa digerir. Cada coisa tem o seu tempo. Eles ensinaram muitas coisas
que os homens não compreenderam ou desfiguraram, mas que atualmente podem
compreender. Pelo seu ensinamento,mesmo incompleto, prepararam o terreno para receber a
semente que vai agora frutificar.

802. Desde que o Espiritismo deve marcar um progresso da Humanidade, por que os
Espíritos não apressam esse progresso através de manifestações tão gerais e patentes
que pudessem levar a convicção aos mais incrédulos?

— Desejaríeis milagres, mas Deus os semeia a mancheias nos vossos passos e tendes
ainda homens que os negam. O Cristo, ele próprio, convenceu os seus contemporâneos com
os prodígios que realizou? Não vedes ainda hoje os homens negarem os fatos mais patentes
que se passam aos seus olhos? Não tendes os que não acreditariam, mesmo quando vissem?
Não, não é por meio de prodígios que Deus conduzirá os homens. Na sua bondade, ele quer
deixar-lhes o mérito de se convencerem através da razão.” O Livro dos Espíritos, KARDEC,
Allan.
Capítulo 2

Relação com a ciência


A ciência procura explicar o espiritismo porque deixou de ser apenas questões de fé ou
religião de um determinado círculo, mas se expandiu de forma desafiadora pelo mundo,
aplicando suas práticas de forma comprovadamente eficaz principalmente na saúde física e
mental.
Os fenômenos variados, como vozes do além, ver espíritos, visões de vida superior, e
principalmente a afirmação de “ver seu corpo durante a tentativa de reanimação” de pessoas
que tiverem morte temporária, são questões a serem analisadas pela ciência devido ao volume
de fatos ao redor do mundo, existentes desde o princípio da humanidade.
Alguns relatos interessantes da ciência são os seguintes:
Para o engenheiro Cromwel Varley: “O ridículo que os espíritas têm sofrido não parte
senão daqueles que não têm o interesse científico e a coragem de fazer algumas investigações
antes de atacarem aquilo que ignoram”.
Oliver Lodge, físico e membro da Academia Real, afirma que a ciência vem apenas
apresentar provas cientificamente testadas sobre o espiritismo e estas fizeram ele chegar ao
veredito de que “não fiquei com nenhuma dúvida da existência e sobrevivência da
personalidade após a morte”.
O professor de física William Barret, concluiu, resumidamente: “Os que ridicularizam o
Espiritismo não estudaram o suficiente as evidências observáveis, e que toda pessoa que
estudar tanto quanto os físicos têm estudado chegarão às mesmas conclusões que ele”.
A ciência oficial não admitiu de pronto as verdades reveladas pelos espíritos.
Formaram-se inúmeras associações, sociedades e comissões com o ideal de desmascará-las,
porém, quanto mais se estudava, mais aumentava o número de adeptos.
Muitos homens de ciência se convenceram a respeito da autenticidade dos fenômenos,
entre eles o fisiologista francês Charles Richet. Em conjunto com o dr. Geley e o prof. Fredrich
Myers, Richet fundou o Instituto Metapsíquico Internacional em Paris, sendo designado como
presidente da entidade.
A metapsíquica trata do estudo dos fenômenos psíquicos anormais, como a telepatia, a
clarividência, a dupla visão, materializações etc. Em 1922, Charles Richet apresentou à
Academia de Ciências o "Tratado de Metapsíquica".
Os fenômenos metapsíquicos se dividem em objetivos e subjetivos. A metapsíquica
objetiva trata de fenômenos materiais que a mecânica conhecida não explica, uma realidade
tangível e acessível aos nossos sentidos. Divide-se em telecinesia, que é uma ação mecânica
sem atuação e sem contato sobre objetos ou pessoas (raps, levitação, movimentação de
mesas, escrita direta, transporte de objetos, casas assombradas etc.), e ectoplasmia, que é a
formação de objetos diversos, que parecem sair do corpo humano, tomam aparência material e
são tangíveis (materializações de objetos e seres com aparência dos que já viveram na Terra).
Já a metapsíquica subjetiva trata de fenômenos mentais, sensibilidades ocultas e
percepções desconhecidas, como telepatia, clarividência, clariaudiência, xenoglossia, escrita
automática etc. Nela, temos a criptestesia, que é o estudo da faculdade de conhecimento
diferente das faculdades sensoriais normais.

Reencarnação

Haraldsson passou duas décadas investigando reencarnação. Seu objeto de pesquisa


são crianças que alegam terem recordações de uma vida passada. É o caso de Wael Kiman,
um menino do Líbano.
A partir dos 4 anos, ele começou a dizer aos pais que seu nome, na verdade, era Rabin,
que tinha sido adulto e que seus pais viviam na capital do país. Com o tempo, passou a
acrescentar detalhes. Os pais da outra vida moravam numa casa perto do mar, que tinha uma
varanda baixa, de onde ele costumava pular direto para a rua.
Ele também tinha uma segunda casa. Mas para essa ele só podia ir de avião. Delírio?
Parecia. Tempos depois, porém, os pais de Wael identificaram uma família da capital que havia
perdido um filho adulto e que se chamava Rabin; então levaram o pequeno Wael para visitá-
los. Durante a visita, ele apontou para uma foto do morto e disse que era sua. A casa ficava
perto do porto, e tinha uma varanda baixinha. Para completar, o rapaz vivia nos EUA na época
em que morreu. Ou seja: ia para sua segunda casa de… avião.
No simpósio, Haraldsson também contou a história de Tsushita Silva, uma menina do
Sri Lanka que afirmava que numa outra vida tinha morado numa cidade próxima, estava
grávida e havia morrido ao cair de uma ponte. O pesquisador, então, visitou a tal cidade e
localizou a família de uma certa Chandra Nanayakkara, que morrera ao cair de uma ponte nos
anos 70. Chandra estava grávida de 7 meses.
Outro caso é o da garota Purnima Ekanawake, do Sri Lanka. Quando ela e a mãe
presenciaram um acidente no trânsito, Purnima tentou tranquilizá-la: “Não se preocupe com
isso. Eu vim para você depois de um acidente também”. Na vida passada, segundo ela, um
ônibus a atropelara. Também disse que a antiga família fabricava incensos. Ela lembrava até
da marca: Ambiga.
Os pais começaram a investigar e encontraram o dono dessa fábrica de incensos. Ele
disse que seu cunhado Jinadasa tinha morrido atropelado por um ônibus. Quando levaram
Purnima à casa do sujeito, ela, então com 6 anos, reconheceu o dono da fábrica como seu
“cunhado”. Purnima seria a reencarnação de Jinadasa. A menina também mostrou uma marca
de nascença. Disse que era onde os pneus do ônibus tinham passado.
Haraldsson conheceu a garota em 1996, quando ela tinha 9 anos. Como de costume,
ele entrevistou, separadamente, a garota, os familiares e os vizinhos para saber quando e
como as lembranças apareceram. Investigou também se havia a possibilidade de a garota ter
tido acesso àquelas informações por meios normais. Mas não existia qualquer ligação entre as
famílias, e elas moravam em lugares distantes.
As evidências lhe pareceram fortes, sem armações. Haraldsson, então, investigou o
acidente que matou Jinadasa. Com a permissão de um tribunal local, teve acesso ao obituário
completo do rapaz. As principais fraturas foram localizadas no lado esquerdo do peito, com
várias costelas quebradas, que penetraram os pulmões. A marca de nascença de Purnima fica
no lado esquerdo do peito.
O psicólogo islandês não tem uma teoria sobre as marcas de nascença. Mas outro
pesquisador de reencarnações, o psiquiatra americano Jim Tucker, da Universidade da
Virgínia, arrisca: “Sabemos, por meio de trabalhos de outras áreas, que imagens mentais
podem, por vezes, produzir efeitos muito específicos no corpo. Meu pensamento é que, se a
consciência sobrevive, ela carrega as imagens dos ferimentos fatais, afetando o
desenvolvimento do feto”, diz.
De acordo com Tucker, na Índia, um terço dos casos investigados de reencarnação
inclui marcas de nascença – em 18% deles, registros médicos amparam as semelhanças.

Medicina
Relatos ao redor do mundo de experiências extra corporais devido ao estado de morte
temporária apontam fortemente para uma teoria: a alma não depende do corpo, pode existir
sem a necessidade ou ligação com ele.
Na Universidade de São Paulo foi fundado em 1999 o Programa de Saúde,
Espiritualidade e Religiosidade, ProSer. Este programa examina os bens realizados pela
religião na saúde das pessoas e, ao observar os tratamentos e cirurgias espirituais, diz que
apoia os tratamentos alternativos, desde que respeite as pessoas e traga melhoria para sua
saúde, independente da origem da cura/melhoria: "Estamos interessados em qualquer método
que possa ajudar as pessoas, mesmo que fuja dos nossos padrões".
A coisa, porém, vai muito além disso. Uma das pesquisas do ProSER foi a de Frederico
Leão. Ele buscou mensurar os efeitos das sessões mediúnicas sobre os internos de uma
instituição espírita onde trabalhava como psiquiatra. O lugar abrigava pessoas com retardo
mental e semanalmente voluntários espíritas realizavam sessões mediúnicas. Nelas, os
médiuns diziam incorporar a consciência dos pacientes (embora estes continuassem vivos e
abrigados em outras dependências).
“Encarnada” no médium a “alma” do paciente falava pela boca dele, externando seus
problemas emocionais. E a coisa funcionaria como uma espécie de terapia. Para a maioria dos
cientistas, uma coisa dessas soaria como um espetáculo circense, uma farsa. Mas não para
Leão. Ele quis saber se aquilo dava resultados. Então submeteu os internos a uma avaliação
de seu estado geral. Leão observou 58 supostas comunicações durante as sessões
mediúnicas por 6 meses. E chegou a uma conclusão nada convencional colocara: 55% dos
pacientes que tinham passado pela terapia espírita apresentaram alguma melhora em seu
estado mental depois do tratamento, contra 15% dos que não tinham passado.
Trata-se, é claro, de uma avaliação subjetiva, que leva em conta as deduções do
pesquisador, que não podem ser medidas por aparelhos. Outro médico poderia ter outra
opinião. Mas tratava-se de uma pesquisa científica de fato, tanto que ela foi publicada na
própria revista do Instituto de Psiquiatria da USP, a mais conceituada do gênero no país. Desde
2008 Leão é médico no Instituto de Psiquiatria da USP e o atual coordenador do ProSER.

Mediunidade
O maior estudioso deste tema foi o fundador do Espiritismo, Allan Kardec (1804 - 1869),
que assim definiu a mediunidade: "todo aquele que sente em um grau qualquer influência dos
espíritos é, por esse fato, médium".
Os médiuns são porta-vozes de um mundo que as pessoas desejam que exista. Isto
ocorre porque a ciência deixa de satisfazer ou atender a uma necessidade emocional. Eles
são, portanto, canais de alívio para muitas aflições. São encontrados na religião espírita, no
catolicismo e não raro em outras religiões que seguem normas mais rígidas.
A mediunidade não escolhe credo, raça ou condição social. Ela é divina e universal,
capaz de produzir um fenômeno de atração magnética, e assim como um ímã, consegue captar
o campo áurico de uma pessoa que já morreu. O médium é uma ponte entre vivos e espíritos, e
experimentam fenômenos que desafiam até a ciência.
A incorporação deve ocorrer de maneira suave, harmônica, sendo o médium um
portador de palavras de amor. Depois do término dos trabalhos, ele precisa refazer o seu
ectoplasma, a substância semi espiritual que se renova posteriormente, devendo ingerir
proteínas para retornar ao seu estado normal.
O médium possui uma responsabilidade maior do que uma pessoa comum. O dever de
todo médium é amar, respeitar o próximo, doar seus ouvidos e consolar os que necessitam.
Deve aperfeiçoar a moral dos homens e lembrar que todos nós estamos sujeitos a lei do
karma, da causa e do efeito. É importante aplicar-se ao serviço do bem, convertendo-se em um
instrumento de luz para si próprio e para todos os que o rodeiam.
No Brasil, no que se refere à mediunidade e à espiritualidade, tem-se como
ensinamento: "dê de graça o que de graça recebeste" (na Inglaterra, a sessão espiritual é
cobrada).
O físico francês Patrick Druot, pesquisador do Instituto Monroe dos Estados Unidos,
afirmou que: "não é possível dizer que a mediunidade não existe; a ciência sabe como o
cérebro funciona quimicamente, mas ainda não sabe o que faz o cérebro funcionar nos casos
mediúnicos".

Relação com Outras Religiões


A posição do Espiritismo, em face das religiões, foi definida desde o princípio, ou seja,
desde a publicação de O Livro dos Espíritos. A terceira parte do livro tem o título de “Leis
Morais”, e começa pela afirmação: “A lei natural é a lei de Deus”, que equivale ao
reconhecimento da unidade divina de todas as leis que regem o Universo. Note-se que Kardec
e os Espíritos referem-se à lei de Deus no singular, como lei única, e nela incluem as leis
morais, no plural.
Assim, as leis morais são espécies de um gênero, que é a lei natural. Mas como esta
não é a lei da Natureza, e sim a lei de Deus, não estamos diante de uma concepção monista
natural, mas de uma concepção monista de ordem ética. As religiões, como fenômenos éticos,
formas de educação moral das coletividades humanas, nada mais são do que processos
diferenciados, segundo as necessidades circunstanciais e temporais da evolução, pelos quais
as leis morais se manifestam no plano social.
Vejamos a explicação de Kardec, no comentário que fez ao item 617 de O Livro dos
Espíritos: “Entre as leis divinas, umas regulam o movimento e as relações da matéria bruta:
essas são as leis físicas; seu estudo pertence ao domínio da ciência. As outras concernem
especialmente ao homem em si mesmo, e às suas relações com Deus e com os seus
semelhantes. Compreendem as regras da vida do corpo, tanto quanto as da vida da alma:
essas são as leis morais.”
Dessa maneira, o Espiritismo nos oferece a visão global do Universo, num vasto
sistema de relações, que unem todas as coisas, desde a matéria bruta até à divindade, ou seja,
desde o plano material até o espiritual. As religiões, nesse amplo contexto, são como
fragmentações temporárias do processo único da evolução humana.
Essa compreensão histórica permite ao Espiritismo encarar as religiões, não como
adversárias, mas como formas progressivas do esclarecimento espiritual do homem, que atinge
na atualidade um momento crítico, de passagem para um plano superior. Daí a afirmação de
Kardec, feita em O Livro dos Espíritos e repetida em outras obras, particularmente em O que é
o Espiritismo, de que este, na verdade, é o maior auxiliar das religiões. Auxiliar em que
sentido? Primeiro, no sentido de fornecer às religiões, entrincheiradas em seus dogmas de fé,
as armas racionais de que necessitam, para enfrentar o racionalismo materialista, e
especialmente as armas experimentais, com que sustentar os seus princípios espirituais diante
das ciências. Depois, no sentido de que o Espiritismo não é nem pretende ser uma religião
social, pelo que não disputa um lugar entre as igrejas e as seitas, mas quer apenas ajudar as
religiões a completarem a sua obra de espiritualização do mundo.
A finalidade das religiões é arrancar o homem da animalidade e levá-lo à moralidade. O
Espiritismo vem contribuir para que essa finalidade seja atingida.
Nisto se repete e se confirma o que o Cristo declarou, a propósito de sua própria
missão, ao dizer que não vinha revogar a lei e os profetas, mas dar-lhes cumprimento. Como
desenvolvimento natural do Cristianismo, o Espiritismo prossegue nesse mesmo rumo. Sua
finalidade não é combater, contrariar, negar ou destruir as religiões, mas auxiliá-las. Para
auxiliá-las, porém, não pode o Espiritismo endossar os seus erros, o seu apego aos
formalismos religiosos, a sua aderência às circunstâncias, porque tudo isso diminui e
enfraquece as religiões, expondo-as ao perigo do fracasso, diante das próprias leis evolutivas,
que impulsionam o homem para além das suas convenções circunstanciais. O Espiritismo,
assim, não condena as religiões. Considera que todas elas são boas — o que é sempre
contestado com violência pelo espírito de sectarismo — mas pretende que, para continuarem
boas, não estacionem nos estágios inferiores, já superados pela evolução humana.
Justamente por isso, o Espiritismo se apresenta, aos espíritos formalistas e sectários,
como um adversário perigoso, que parece querer infiltrar-se nas estruturas religiosas e miná-
las, para destruí-las. Era o que parecia o Cristianismo primitivo, para os judeus, gregos e
romanos. Não obstante, os ensinos de Jesus não visavam à 'destruição', mas ao
esclarecimento e à libertação do pensamento religioso da época. Podem alegar os religiosos
atuais que os espíritas os combatem, às vezes com violência. O mesmo faziam os cristãos
primitivos, em relação às religiões antigas. Mas essa atitude agressiva não decorre dos
princípios doutrinários, e sim das circunstâncias sociais em que se encontram os inovadores,
diante da tradição.
Por outro lado, é preciso considerar que a agressividade das religiões para com o
Espiritismo é uma constante histórica, determinada pela própria natureza social das religiões
organizadas ou positivas. Nada mais compreensível que o revide dos espíritas, quando ainda
não suficientemente integrados nos seus próprios princípios.
No capítulo segundo da terceira parte de O Livro dos Espíritos, item 653, temos a
explicação e a justificação da existência das religiões formalistas. Kardec estuda, através de
perguntas aos Espíritos, a lei de adoração, que é o fundamento e a razão de ser de todo o
processo religioso. Desse diálogo resulta a posição espírita bem definida: “A verdadeira
adoração é a do coração.”
Não obstante, a adoração exterior, através do culto religioso, por mais complicado e
material que este se apresente, desde que praticada com sinceridade, corresponde a uma
necessidade evolutiva dos espíritos a ela afeiçoados. Negar a esses espíritos a possibilidade
de praticarem a adoração exterior, seria tão prejudicial, quanto admitir que os espíritos que já
superaram essa fase continuassem apegados a cultos materiais. A cada qual, segundo as suas
condições evolutivas.
O princípio da tolerância substitui, portanto, no Espiritismo, o sistema de intolerância
que marca estranhamente a tradição religiosa. As religiões, pregando o amor, promoveram a
discórdia. Ainda hoje podemos sentir a agressividade do chamado espírito-religioso, na
intolerância fanática das condenações religiosas.
Por isso Kardec esclareceu, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, que o princípio
religioso da doutrina não era o de salvação pela fé, e nem mesmo pela verdade, mas pela
caridade. A fé é sempre interpretada de maneira particular, como a dogmática de determinada
igreja a apresenta.
A verdade é sempre condicionada às interpretações sectárias. Mas a caridade, no seu
mais amplo sentido, como a fórmula do amor ao próximo ensinada pelo Cristo, supera todas as
limitações formais. A salvação espírita não está na adesão a princípios e sistemas, mas na
prática do amor.

Concepção de Ser Humano


O Espiritismo entende o ser humano como resultado de um projeto imenso, arquitetado
por espíritos elevados, engenheiros, biólogos e mentes de inteligência maior existentes no
universo infinito, tendo também a presença de Cristo no surgimento da vida e Deus como órgão
vital para o início desta operação que predetermina o propósito do planeta.
O ser humano poderia ser dividido em duas partes: corpo e alma, sendo a alma o objeto
intáctil, existente no universo e não apenas dentro em um determinado local, algo capaz de
atravessar a realidade das 3 dimensões que o ser humano acredita entender.
O corpo seria a representação desta alma em vida, num papel de estudante, presente
para aprender, ou no papel de professor, presente para ensinar. Seria a limitação temporária
da alma, armazenando-a em um local específico para cumprir seu propósito conforme o plano
divino.

Ideias Apocalípticas
Não. O nosso planeta é apenas uma das etapas que nosso espírito frequentará. Um
espírito que está vivo na Terra está aqui para aprender e evoluir, caso após várias
reencarnações não alcance este objetivo, irá renascer num planeta mais primitivo, para lá
então tentar novamente alcançar a evolução espiritual, e assim acontece também conosco:
após adquirirmos a evolução espiritual presente na Terra, iremos para outro planeta para
recomeçarmos o processo.
Portanto, não existe o fim do mundo ou o fim da alma. É sempre um processo de
evolução até alcançar o melhor que se pode ser.

Principais Rituais
Não existem rituais no Espiritismo.

A Doutrina Espírita não adota em suas reuniões ou em suas práticas:

- paramentos ou quaisquer vestes especiais;

- vinho ou qualquer bebida alcoólica;

- incenso, mirra, fumo, ou substâncias outras que produzam fumaça;

- altares, imagens, andores, velas e quaisquer objetos materiais como auxiliares de atração do
público;

- hinos ou cantos em línguas mortas ou exóticas;

- danças, procissões ou atos análogos;

- atender a interesses materiais, rasteiros ou mundanos;


- pagamento por toda e qualquer atividade exercida pelo próximo;

- talismãs, amuletos, orações miraculosas, bentinhos, escapulários ou qualquer objeto;

- administração de sacramentos, concessão de indulgências, distribuição de títulos


nobiliárquicos;

- confeccionar horóscopo, exercer a cartomancia, quiromancia e outras mancias;

- rituais e encenações extravagantes de modo a impressionar o público;

- fazer promessas e despachos, riscar cruzes e pontos, praticar, enfim, a longa série de atos
materiais oriundos das velhas e primitivas concepções religiosas.

- para o espírita o batismo não tem significado algum.

Os livros de Allan Kardec explicam que todos nós somos filhos diretos de Deus, e como
tal, não precisamos de nenhum intermediário para entrarmos em contato com Ele, tais como
sacerdotes ou objetos materiais como talismãs, imagens, etc.

Também ensina que o verdadeiro espírita é aquele que pode ser reconhecido "pela sua
transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más" (O
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVII, item 4). Ou seja, os verdadeiros espíritas não sao
espíritos já superiores, até porque estes não reencarnam em nosso planeta normalmente, mas
sim, aqueles que se esforçam por se tornar pessoas melhores do que elas mesmas.
Portanto, para o Espírita não há necessidades de rituais tais como o batismo,
casamento religioso e outros. O que pode ser feito é solicitar a proteção e o amparo dos bons
Espíritos para que tenhamos uma vida conjunta em harmonia (no caso de casamentos) e que
possamos recepcionar e cumprir nossos compromissos com o novo ser que vem a reencarnar
sob nossa responsabilidade.

O que existe no Espiritismo mais próximo de um rito é o Passe, mas isto não é
considerado um ritual, seria para os cristãos como uma oração ao próximo, uma troca de
energias para "limpar" o espírito e tentar ajudá-lo.

Costumes e Comportamentos
O espiritismo aceita qualquer pessoa de qualquer religião, sem haver um
questionamento ou cobrança. Não há "conversão" espírita, nem batizado, nem exigências.
Acredita-se que a caridade é a maior obra possível na terra, e que o desejo de Deus é
que amemos e ajudamos ao próximo sem pedir nada em troca, este é o único caminho de se
tornar um espírito elevado, evoluído, que é a função da Doutrina Espírita auxiliar as pessoas a
alcançar este resultado.
Eles aceitam a reencarnação e vêem isto como aperfeiçoamento espiritual. A vida que
temos é resultado de nossas escolhas antes de reencarnar, tendo como objetivo cumprir uma
missão também escolhida enquanto espírito.
Allan Kardec não é idolatrado ou santificado, mas sim visto como um estudioso que
transmitiu os ensinamentos do espíritos mais evoluídos para nós. Não há líderes, hierarquia ou
obrigação, tampouco dízimo ou pagamentos obrigatórios por qualquer serviço.
O espírita é livre para questionar todos os ensinamentos e é trabalho dos médiuns
passar as respostas. As sessões espíritas são como palestras, não é obrigado a fazer o
"passe" e a frequentação não é obrigatória. Também não há dias de reuniões ou rezas
obrigatório.
O espiritismo não julga nenhuma religião como "adversária" ou "errada", considerando
tudo parte de um aprendizado. Também não julga nenhum tipo de pessoa por sua raça, etnia,
orientação sexual, classe social ou qualquer outra característica por considerar a existência
terrena como passageira.
Não utiliza-se nenhum artifício como imagens, roupas ou cânticos porque isso tira o
foco do objetivo principal das reuniões: ensinamentos e orações simples, sem repetições.
Os templos espíritas são meras casas comparados com igrejas, isto porque o dinheiro é
investido na caridade, que é a considerada a principal ferramenta para elevação espiritual.

Festas e Dias Sagrados


No espiritismo não há festas ou comemorações religiosas, diz-se que isto não é caráter
do ensinamento espírita, mas há condenação das festas e substâncias químicas que alteram a
consciência porque isso desvia a atenção do espírito.
Também não há dias sagrados, deixam a pessoa livre para escolher quais os dias serão
dedicados às rezas e reuniões para ensinamentos.

Princípios e Doutrinas Ético-Morais


DEUS: O Pai Criador, a Inteligência Suprema, a Causa Primeira de Todas as Coisas.
JESUS: O Guia e Modelo, O Amado Mestre, O Espírito Mais Perfeito que já passou pela Terra,
o Governador Espiritual do Plano Terrestre.
KARDEC: A Base Fundamental.

Deus é a inteligência suprema e causa primária de todas as coisas. É eterno, imutável,


imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.
O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e
inanimados, materiais e imateriais.
Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados (Homens), existe o mundo
espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados.
No Universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução:
iguais, mais evoluídos e menos evoluídos que os homens.
Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor. Abrangem tanto as
leis físicas como as leis morais.
O homem é um Espírito encarnado em um corpo material. O perispírito é o corpo
semimaterial que une o Espírito ao corpo material.
Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que
preexiste e sobrevive a tudo.
Os Espíritos são criados simples e ignorantes, evoluem intelectual e moralmente, passando
de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável
felicidade.
Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação.
Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio
aprimoramento.
Os Espíritos evoluem sempre. Em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar,
mas nunca regridem. A rapidez do seu progresso, intelectual e moral, depende dos esforços
que faça para chegar à perfeição.
Os Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição a que tenham
alcançado: Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais o
desejo do bem é o que predomina; Espíritos imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo
desejo do mal e pelas paixões inferiores.
As relações dos Espíritos com os homens são constantes, e sempre existiram. Os bons
Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-
las com coragem e resignação. Os imperfeitos nos induzem ao erro.
Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou
é a expressão mais pura da Lei de Deus.
A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os
homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser
atingido pela Humanidade.
O homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas conseqüências de suas ações.
A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de
respeito ou não à Lei de Deus.
A prece é um ato de adoração a Deus. Está na lei natural, e é o resultado de um sentimento
inato do homem, assim como é inata a idéia da existência do Criador.
A prece torna melhor o homem. Aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte
contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo. É este um socorro
que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.

Mulher na Religião
A Doutrina Espírita ensina que a condição de mulher ou homem é apenas uma maneira de
experienciamos a existência humana rumo à evolução. Somos em essência, espíritos e,
portanto, não temos sexo. Assim, estamos homens ou mulheres em determinados momentos
de nossa caminhada. As perguntas 201 e 202 de O Livro dos Espíritos esclarecem:

P. 201. “O espírito que animou um corpo de um homem, em uma nova existência, pode animar
o de uma mulher, e vice-versa?”

–“Sim, são os mesmos Espíritos que animam os homens e as mulheres”.

P. 202 “Quando se é Espírito, prefere-se encarnar no corpo de um homem ou de uma mulher?”

– “Isso pouco importa ao Espírito; ele escolhe segundo as provas que deve suportar. Os
Espíritos se encarnam homens ou mulheres porque eles não têm sexos. Como devem
progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhe oferece provas e deveres
especiais, além da oportunidade de adquirir experiência. Aquele que fosse sempre homem não
saberia senão o que sabem os homens”

As diferenças entre homens e mulheres, assim, não assinalam nenhum tipo de inferioridade
física, psicológica, ou moral de um para o outro. Se elas possuem menor força muscular e
diferente constituição corporal, é para poder experienciar, nesta organização somática, as
belezas e agruras tão peculiares, de ser uma mulher, desenvolvendo habilidades psíquicas,
afetivas, intra e interpessoais de maneira singular e produtiva.
Capítulo 3

Organizações

Federação espírita brasileira


É uma entidade de utilidade pública que constitui-se na mais importante e influente
organização representativa do Espiritismo no Brasil. em reunião promovida por Elias da Silva,
em 1 de janeiro de 1884, fundou-se a Federação Espírita Brasileira e no dia seguinte, data
oficial de início, foi eleita e empossada a sua primeira Diretoria. A federação fornece apoio à
médiuns, palestrantes e outras organizações espíritas, também pública e traduz livros na
temática e promove ações de caridade.
De acordo com a sua página oficial no facebook, tem como objetivo promover a prática
e a difusão do Espiritismo, com base nas obras de Allan Kardec e no Evangelho de Jesus. A
trajetória da FEB tem sido dedicada a servir e a difundir a Doutrina codificada por Allan Kardec.
Desde cedo firmou-se a Instituição na segura orientação de tornar o Espiritismo estreitamente
vinculado ao Evangelho.
A federação também tem a FEBtv e a FEBrádio, onde eles transmitem o seu conteúdo,
além da própria editora, na qual está disponibilizado os seus livros para a compra.
A FEB é a associação representante do Brasil junto ao Conselho Espírita Internacional
(CEI).

Conselho Espírita Internacional


Em 1888 iniciou-se os Congressos Internacionais em Barcelona, prosseguindo por
vários países, nos quais ocorreram apresentações de Léon Denis, representante da FEB,
Gabriel Delanne, Cesare Lombroso e outros iniciadores destacados.
O presidente da FEB Francisco Thiesen liderou a realização do 1º Congresso
Internacional, em Brasília, no ano de 1989, depois das grandes guerras e final dos regimes
autoritários europeus, com base no interesse pela expansão do Espiritismo no Brasil.
O Conselho Espírita Internacional foi finalmente criado em novembro de 1992 em um
congresso espanhol realizado em Madri. O primeiro Congresso Espírita Mundial promovido
pelo CEI ocorreu em Brasília no ano de 1995.
No início de agosto de 2015 o CEI promoveu no Rio de Janeiro o 12º Colóquio França-
Brasil com o tema “Espiritismo: Elo de duas culturas”, em comemoração aos 150 anos de O
Céu e o Inferno.

Confederação Espírita Pan-Americana


Foi fundada em 5 de outubro de 1946, durante o primeiro Congresso Espírita Pan-
Americano, realizado na cidade de Buenos Aires, Argentina, por parte de um grupo de líderes
espíritas do país preocupados com a organização do movimento espírita no Continente
Americano. Tal preocupação era justificada diante de acontecimentos históricos como a Guerra
Civil Espanhola e a Segunda Guerra Mundial, que afetaram as atividades do Espiritismo na
França, seu país de origem, na Espanha e em todos os países da Europa
Diante da proposta da Confederação Espírita Argentina da criação de uma
Confederação Espírita da América, para organizar o movimento espírita no continente, realizou-
se em Buenos Aires o 1º Congresso Espírita Pan-americano, contando com representantes da
Argentina, Brasil, Chile, Cuba, Equador, Estados Unidos, Honduras, México, Porto Rico e
Uruguai.
A CEPA defende posicionamentos considerados polêmicos por alguns setores do
movimento espírita, como o conceito de que o Espiritismo tem relações com a filosofia moral de
Jesus, mas não com o Cristianismo, a atualização doutrinária diante das demandas do mundo
contemporâneo e concepção de um Espiritismo laico, ou seja, sem caráter religioso. A CEPA
promove a sua difusão do Espiritismo sob um caráter humanista, laico, livre-pensador,
progressista e universalista.
Para a CEPA, uma das características fundamentais da Doutrina Espírita é sua
orientação kardecista porque o espiritismo decorre dos ensinamentos e reflexões contidas nas
obras de Allan Kardec considerada como uma referência segura para o seu desenvolvimento.

Associação Médico-Espírita Internacional


A Associação Médico-Espírita do Brasil (AME-Brasil) foi fundada em São Paulo, dia 17
de junho de 1995, durante a realização do Mednesp-95 - 3º Congresso Nacional de Médicos
Espíritas - realizado pela Associação Médico-Espírita de São Paulo instituição pioneira que
existia desde 30 de março de 1968.
Até 1991, quando se iniciaram os encontros nacionais bienais, somente existiam a AME
São Paulo e a Associação Mineira de Medicina e Espiritismo (AMME), fundada a 18 de abril de
1986. A partir de então, fundaram-se outras, em vários Estados do Brasil, possibilitando o
surgimento da entidade federal, com a adesão, em 1995, de 9 instituições. Hoje, são 62,
incluindo-se as estaduais e regionais.

O espiritismo no mundo
De acordo com Antonio Cesar Perri de Carvalho, membro da Comissão Executiva do
CEI, o Espiritismo se espalhou pelo mundo desde a publicação das Obras Básicas de Allan
Kardec e ele faz referências significativas na “Revista Espírita”.
Desde a viagem histórica de Chico Xavier e Waldo Vieira aos EUA e Europa em 1965,
que gerou o livro Entre irmãos de outras terras, e logo depois o início de maratonas de viagens
de Divaldo Pereira Franco a dezenas de países, muitos companheiros têm colaborado com
atuações no movimento espíritas de diversos países. A Associação Médico-Espírita
Internacional tem realizado importante trabalho na área acadêmica e profissional.
No Boletim do 4º. trimestre de 2015 do CEI há notícias de várias ações do CEI e dos
movimentos espíritas de diversos países, oferecendo um panorama do movimento espírita no
mundo.
O oitavo lugar da lista publicada pela revista, segundo o site Gospel Mais, está ocupada
pelo espiritismo. A doutrina não é exatamente uma religião mas entrou na lista por ter cerca de
13 milhões de adeptos, sendo que o Brasil detém a maior comunidade espírita do mundo com
1,3% da população do país.
Embora não sejam vinculados a entidades espíritas ocorrem movimentos marcantes em
Defesa da Vida, esclarecendo-se sobre a inoportunidade do aborto. No Brasil este Movimento
surgiu há quase 10 anos e com atuação de espíritas. Nos EUA o movimento é mais antigo e
em janeiro de 2016 promoveu uma grande marcha em Washington.

O espiritismo no Brasil

Primeiros Relatos
No ano de 1853, começaram os primeiros relatos sobre o espiritismo nos estados do
Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará, relatos sobre "mesas girantes", brincadeiras com mesas
envolvendo a presença de espírito ao redor do mundo.

Primeira Sessão Espírita

Em 17/09/1865 —Salvador, Bahia —, é instalado o "Grupo Familiar do Espiritismo", o


primeiro Centro Espírita do Brasil e, às 20h30min, Luís Olímpio Teles de Menezes preside a
uma sessão mediúnica, onde se recebe a primeira página psicografada e assinada por "Anjo
Brasil".

Em julho de 1869, para melhor defender e propagar o Espiritismo, duramente atacado


pelo clero e imprensa de Salvador, Luís Olímpio Teles de Menezes publica "O Echo D’Além-
Túmulo" — Monitor Do Espiritismo no Brasil, o primeiro jornal espírita do Brasil.

Grupo Confúcio

Funda-se em 02/08/1873, por inspiração do Espírito Ismael, a "Sociedade de Estudos


Espíritas — Grupo Confúcio", que pelo seu regulamento deveria seguir os princípios e as
formalidades expostas em O Livro dos Espíritos e em O Livro dos Médiuns. Sua divisa era:
"Sem caridade não há salvação; sem caridade não há verdadeiro espírita". Extingue-se em
1876.
Composto de neo-espiritualistas, este grupo tinha a incumbência de:

1 - traduzir as obras de Allan Kardec;

2 - divulgar a homeopatia;

3 - escolher o protetor espiritual do Brasil.

Joaquim Carlos Travassos faz parte desse grupo. Traduz O Livro dos Espíritos para o
português e passa-o a Adolfo Bezerra de Menezes, que lendo-o pela primeira vez, pareceu-lhe
que já lhe era familiar o conteúdo deste livro.

Movimento Espírita na Atualidade

Cairbar Schutel (1868-1938), cognominado de bandeirante do Espiritismo, sendo um


homem de fibra e de coragem, é colocado como um dos baluartes do Espiritismo. Dizia que
sua tarefa estava limitada à divulgação da missão kardecista. Assim, inspirado na figura de
Paulo de Tarso, empreendeu uma luta contra os dogmas da Igreja.
Eurípedes Barsanulfo (1880-1918), famoso pelos seus desdobramentos, contribuiu
eficazmente para a causa espírita. Não mediu esforços para a divulgação do Espiritismo,
inclusive com ameaça de morte por parte de seus adversários.

Francisco Cândido Xavier é, talvez, o mais eminente divulgador da Doutrina Espírita.


Nasceu, no dia 02 de abril de 1910, na cidade de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais. Aos 5
anos de idade, já conversava com o Espírito de sua mãe (desencarnada). Com mais de 400
livros psicografados (muitos dos quais, hoje, traduzidos e editados em várias línguas),
presume-se que o autor tenha ficado mais de 11 anos em transe mediúnico.

Nome dos livros sagrados que embasam a religião.


A recomendação dos estudiosos da Doutrina Espírita é que todo iniciante deve ler o
chamado Pentateuco Kardecista, composto por 05 obras consideradas fundamentais, que
foram escritas pelo codificador Allan Kardec. São elas:

O Livro dos Espíritos, Princípios da Doutrina Espírita, publicado em 18 de abril de 1857;


O Livro dos Médiuns ou Guia dos Médiuns e dos Evocadores, em janeiro de 1861;
O Evangelho segundo o Espiritismo, em abril de 1864;
O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo, em agosto de 1865;
A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, em janeiro de 1868.

Grupos ou correntes divergentes na religião.


No Espiritismo existem ensinamentos diversos, feitos por vários espíritos por intermédio
de médiuns, e apesar de uma pessoa seguir mais um livro do que outro, eles nunca entram em
conflito entre si, são todos complementos das codificações realizadas nas obras de Kardec.

Existe uma semelhança entre o Espiritismo e a Umbanda, e devido à isso o Orgão de


Comunicação do Espiritismo informou: "Baseados em Kardec, é-nos lícito dizer: todo aquele
que crê nas manifestações dos espíritos é espírita- ora, o umbandista nelas crê. Logo
umbandista é espírita, mas nem todo espírita é umbandista, porque nem todo espírita aceita
práticas de umbanda."

Isso explica que Umbanda é uma religião espírita por crer em espíritos, porém não
segue os ensinamentos do Espiritismo por não ser uma ramificação deste.

Fatos históricos ligados à religião.


Abril de 1857, Paris; Primeiro livro de Allan Kardec: Le Livre des esprits (O livro dos
Espíritos)
Julho de 1927 Chico Xavier iniciou seu mandato mediúnico em Pedro Leopoldo
publicando as suas primeiras mensagens psicografadas nos periódicos O Jornal, do Rio de Janeiro,
e Almanaque de Notícias, de Portugal.
Em 1932 foi publicada sua primeira obra psicografada, “Parnaso de Além-Túmulo”, pela
Federação Espírita Brasileira.

Relação com a política.


Há diversas opiniões sobre o espiritismo ser ou não uma Religião, isso depende da
definição pessoal de Religião, sendo a origem da palavra “aquilo que religa o homem à Deus”,
considera-se que sim, é uma Religião, porém difere-se das demais sendo uma religião livre,
não há quaisquer obrigações para com Deus, apenas o desenvolvimento espiritual.
Assim sendo, o espiritismo não atua na política pois não manipula nenhuma das leis do
homem, apenas procura ensiná-lo.

Relação com a economia.


O espiritismo não tem papel na economia pois trabalha com caridades, não há dízimos
cobrados ou a obrigação de comprar qualquer material, e geralmente o centro espírita doa ou
empresta livros para seus estudiosas, não cobrando pelo valor do serviço ou material.
Há a venda de livros espíritas, mas estes valores são para as editoras que distribuem a
obra de um autor independente conhecedor do tema. Centros espíritas não publicam obras,
quem as publica são médiuns e não cobram por elas.

Relação com a sociedade


A Doutrina espírita tem base na codificação criada por Kardec, e ela ensina que a
principal forma de amor é a caridade. Neste quesito, o espiritismo tem forte papel social pois é
um grande autor de caridades no mundo, beneficiando a sociedade disposta a recebê-los.
As principais caridades são ensinos escolares às crianças e benfeitorias à cidade,
alimentando os necessitados, etc., estas são as caridades materiais.
Existem também as caridades morais, que são a prática do respeito e amor ao próximo,
esta pode não ser tão refletida na sociedade porque é algo de difícil observação, mas no
espiritismo o respeito ao próximo é um recurso básico, quem não possui-o não pode-se dizer
espírita.
Relação com outros aspectos: arte, esporte, educação, saúde
A arte é a mais fidedigna expressão do sentimento humano. Faz parte do processo da
evolução orgânica e espiritual da humanidade porque está profundamente envolvida com a
percepção, o pensamento e as ações corpóreas.
A carência no campo das idéias pode gerar uma arte sem qualidade. Mas, se ela nos
transportar para fora das nossas atividades comuns e acanhadas, pode tornar-se regenerativa.
Com os seus grandes gênios, a arte caminhou para além do contexto. Na vestidura dos
gênios, os Espíritos desempenham suas missões, contribuindo para o progresso das artes em
épocas determinadas pelo planejamento da Espiritualidade Superior. Trazem na sua genialidade a
lembrança de mundos elevados a que pertencem ou então penetram em esferas espirituais mais
sublimes, de onde haurem a inspiração para suas obras que perduram através dos séculos.
Na obra “O Espiritismo na Arte” (1922), Léon Denis retratou o que ocorre na espiritualidade
no que se refere à arte e como a beleza se manifesta através do artista encarnado na Terra. A obra
foi elaborada a partir dos artigos publicados na Revista Espírita, fundada por Allan Kardec, e
contém as orientações mediúnicas do Espírito “O Esteta”.
O espiritismo propõe eventos de caridade, podendo ser relacionado ao esporte, mas não é
uma área focada por esta Doutrina, porque geralmente focam na educação de crianças, ensinando-
as a ler e a conhecer os princípios do espiritismo.
A saúde é o grande foco de empenho, principalmente a saúde mental da pessoa, sendo
para auxiliá-la é que serve os “passes” realizados nas sessões espíritas.

Conclusão
O Espiritismo mostra-se uma religião ou doutrina extremamente livre de regras se
comparado com as religiões mais antigas e populares, e talvez essa seja a grande diferença no
meio de tantas outras crenças: você é o resultado do que faz, simples assim.
Também facilita o entendimento da religião por ela ser singular no sentido de não haver
ramificações ou versões com regras diferentes, pelo menos nenhuma de grande atuação no
Brasil.
Os objetivos desta religião também parecem algo bonito, digno de honra, pois é uma
coisa simples e pura: caridade, amor. Isso tudo dizendo que você não está errado se não
cumprir uma agenda de orações rígida, apenas que faça a sua parte contribuindo para o bem
do mundo, para o bem das pessoas e para a sua evolução espiritual.
Ao contrário de outras religiões, esta mostra-se sob firmes pilares, pois não foi
encontrado leis que contradizem-se, ou práticas que vão em desacordo com o código do
espiritismo.
Durante a produção do trabalho percebeu-se que existe grande preconceito contra a
religião, justamente por se tratar de espíritos, que é um tema de aversão da população, talvez
por indução da mídia (com filmes de terror, etc), afinal esta apresenta na maior parte espíritos
do mal do que do bem, e por isso entende-se que é natural o receio de parte da população à
aproximação da Doutrina.
No geral, afirma-se que esta é uma religião benevolente para o mundo. Como opiniões
são diferentes não é possível afirmar que determina característica de uma religião é algo bom
ou ruim, mas o fato de o espiritismo incentivar a caridade acima de tudo é algo bonito, um
presente para o mundo estando eles corretos ou não.

Bibliografia
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O Verdadeiro Significado do Umbral - http://radioboanova.com.br/editorial/o-verdadeiro-


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