Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
44 a 72
Neurocriminologia:
Novas ideias, antigos ideais*
Cristiane Brandão Augusto
Doutora em Ciências Humanas e Saúde pelo Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
– IMS-UERJ. Mestra em Ciências Jurídico-Criminais pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra – Portugal.
Graduada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Pesquisadora do Projeto Brainhood, de-
senvolvido pelo IMS-UERJ e pelo Instituto Max Planck de História da Ciência, Berlim-Alemanha. Professora de Direito
Penal em cursos de Graduação e Pós-Graduação da UCAM-RJ e IBMEC-RJ. Fundadora do Instituto de Estudos Criminais
do Estado do Rio de Janeiro – IECERJ. Autora do livro “Nova Justiça Penal: com ou sem juízo?”, da Editora Lumen Juris, e
de diversos artigos publicados em revistas especializadas. Assessora Jurídico-Parlamentar no Estado do Rio de Janeiro.
E-mail: pedipe@ig.com.br
sumário:
1. Introdução........................................................................................................................................................................................................45
2. Abrindo corpos: as racionalidades médicas no século XIX.............................................................................................................46
3. Abrindo Crânios: o localizacionismo cerebral e a frenologia criminológica............................................................................49
4. Abrindo Crânios (2): a Antropologia Criminal......................................................................................................................................56
5. Através dos Crânios: as novas neurotecnologias................................................................................................................................65
6. Referências Bibliográficas...........................................................................................................................................................................69
1> Introdução
45
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
pela primeira vez, desde que existem seres humanos e que vivem
em sociedade, o homem, isolado ou em grupo, (...) [tornou-se] ob-
jeto de ciência – isso não pode ser considerado nem tratado como
um fenômeno de opinião: é um acontecimento na ordem do saber.
E esse acontecimento produziu-se, por sua vez, numa redistribuição
geral da epistême: quando, abandonando o espaço da representa-
ção, os seres vivos alojaram-se na profundeza específica da vida, as
riquezas no surto progressivo das formas da produção, as palavras
no devir das linguagens (idem, ibidem, p. 362).
46
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
1>> Em que pesem as tradicio- por categorias como raça, et- A projeção da medicina, a partir desse momento, reflete
nais leituras sobre a “medical- nia, gênero ou religião; modos
ização” das últimas décadas, de subjetivação pelos quais os
o grau de importância e respeito atribuídos ao saber
alguns autores vêm alertando indivíduos são levados a práti- biológico que se operacionaliza socialmente através
para uma utilização desmedida, cas saudáveis de vida. Ademais, daquela, a tal ponto de projetar também as medidas
pouco precisa do termo, bem em pesquisas recentes, pode-se
como para a relevância de se perceber que, na “nova econo- públicas de ação coletiva e individual na área da saúde,
perceber uma relação bidire- mia política da vitalidade”, o fiscalizadas pelo poder de polícia. A leitura sobre esse
cional entre a medicina e a so- biopoder não se restringe a uma
ciedade, que aponta para novas dominação no estilo “de cima
forte processo de medicalização1 ocidental é corrobora-
valorações nos dias de hoje. Não para baixo”, tradicionalmente da pelo surgimento da medicina social e da biopolítica2.
se trataria de uma via de mão analisada. Grupos formados
única, como a manifestação de por pessoas com uma mesma
um saber-poder soberano que problemática, com uma mesma O modelo dessa medicina do século XIX reestruturou a
submeteria seus súditos e ne- doença por exemplo, se mobili- clínica, associando o conhecimento adquirido nas fac-
nhum impacto sofreria. Trata-se, zam em busca da superação de
em verdade, de um movimento obstáculos locais e para definir
uldades com as conclusões oriundas das dissecações
de ida e volta, que gera ações e reivindicações específicas indi- de cadáver. Mais relevantes que os sintomas narrados
que também é gerado por ações viduais e coletivas. Desse modo, pelos pacientes, eram as buscas aos agentes etiológi-
dos indivíduos e dos grupos a subjetivação é também ativa,
(ROSENBERG, 2006). Por ex- móvel e transnacional (RABI- cos da patologia, geralmente localizados em alguma
emplo, o processo de incursão NOW; ROSE, 2006). parte específica do corpo. O domínio da anatomia e da
da medicina na sociedade,
fortemente estabelecido a par-
fisiologia, pois, tornou-se fundamental no desenvolvi-
tir do século XIX, nos permitiu 3>> Outra passagem interes- mento dessa episteme, a qual, valendo-se da empiria e
ser o que atualmente somos, e sante explica essa vinculação
com o poder soberano e o fim
da observação no exame físico do cadáver, gerou novos
agirmos, individual ou coletiva-
mente, como agimos: as práti- das dissecações punitivas: “O conceitos, diagnósticos e tratamentos.
cas cotidianas de higiene, dieta, ‘Murder Act’ vincula inexoravel-
vacinação; metáforas médicas mente o anatomista com o pod-
e formas de compreensão dos er soberano. Ao mesmo tempo, Conceitos, diagnósticos, tratamentos e punições. O fato
problemas sociais a partir do implica a passagem para um de a maioria dos corpos dissecados pertencer a crimi-
organismo; a introdução de ter- novo regime de poder, o biopod-
er, pois promove o desenvolvim-
nosos nos traz também a dimensão jurídica e moral
apêuticas para controle e esta-
bilização dos humores, emoções ento da ciência anatômica, ga- das aulas públicas de anatomia. Ortega nos esclarece
e desejos etc. (ROSE, 2007). rantindo o fornecimento regular muito bem a “segunda morte”, “parte da pena que teria
de cadáveres para a dissecação.
Porém, o fato de unicamente de ser expiada no purgatório”, como metáfora das práti-
2>> Foucault, em seu História poderem ser anatomizados os cas disciplinares do poder soberano3 (ORTEGA, 2008,
da Sexualidade, nos oferece um cadáveres dos condenados à
painel sobre o biopoder, apre- morte pelo ‘Murder Act’ provo-
p. 96).
sentando um polo focado na cou a escassez de corpos para
política anatômica do corpo e os anatomistas, o que tornou Assim, quando a medicina interveio no corpo, diagnosti-
outro focado numa biopolítica o roubo e venda de cadáveres
da população. Então, no campo uma prática lucrativa e ampla- cando a doença, superando a concepção naturalista de
do biopoder, a biopolítica, como mente difundida, amparada pela autorregulação do organismo, evoluindo com os estudos
uma regulação dos mecanismos falta de leis que explicitamente
da vida, consiste em estratégias a proibissem. Os esforços em
da anatomia patológica, as variações entre o normal e
específicas sobre o nascimento, revogar a lei, tais como os de o patológico adotaram uma perspectiva mais filosófica,
a vitalidade, a morbidade, a Jeremy Bentham, que acreditava política, jurídica e, ao mesmo tempo, mais quantitativa:
mortalidade, a longevidade. que a vinculação tradicional do
As leituras atuais do biopoder anatomista com o carrasco, ofi- “o patológico é designado a partir do normal, não tanto
sugerem a inclusão de, pelo cializada pelo Ato de 1752, e como a [teoria ontológica] ou dis [teoria dinamista]
menos, três elementos para com o ladrão de cadáveres eram
melhor esclarecer este conceito: um empecilho para o desen-
mas como hiper ou hipo” (CANGUILHEM, 2000 p. 22).
a existência de discursos híbri- volvimento da ciência anatômi- O dogma criado em torno desses fenômenos vitais fora
dos (biológicos, demográficos, ca, levaram à publicação em apropriado, de modo bastante significativo, por Claude
sociológicos) elaborados por 1832 do ‘Anatomy Act’, anulando
autoridades a quem se atribui a prática da dissecação punitiva” Bernard, em suas pretensões fisiológicas, e por Augusto
competência para tratar de (ORTEGA, 2008, p. 98). Comte em sua doutrina sociológica, o qual tomou de
verdades; estratégias de inter-
venção na existência coletiva
Broussais o princípio segundo o qual “todas as doenças
em nome da vida e da saúde, consistem basicamente ‘no excesso ou falta da excita-
em geral destinadas a popula- ção dos diversos tecidos abaixo ou acima do grau que
ções, que podem ser agrupadas
47
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
48
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
49
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
50
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
51
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
52
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
53
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
54
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
55
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
56
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
57
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
58
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
59
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
60
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
61
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
62
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
63
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
Para Guiteau, que solicitou por várias vezes a aceitação de seu pe-
dido de autodefesa, já que havia cursado Direito, a loucura não es-
tava no cérebro doente, mas numa espécie de encarnação de outro
espírito que toma conta das pessoas e diz o que fazer: “Não há
‘brainology’ neste caso, mas sim ‘spiritology’” (idem, ibidem, p. 196).
Indiretamente, ele também sustentava que os médicos tinham in-
teresse na condenação e consequente morte dos acusados a fim de
estudar seus cérebros depois: “aqueles especialistas, Guiteau acres-
centa sarcasticamente, enforcam o homem e examinam seu cérebro
em seguida” (idem, ibidem, p. 211).
Nesse ponto, Guiteau estava correto. Ele foi condenado, morto e seu
cérebro foi examinado. A necropsia, dentro do paradigma positiv-
ista, parecia concordar com a tese de insanidade a partir do relato
de degeneração de algumas células nervosas, de malária crônica e
de sífilis cerebral. Lombroso também fez referência ao cérebro do
64
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
65
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
66
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
67
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
Por todo o exposto, seja nas salas de aula das universidades ou nas
salas de estar das residências, o tema “cérebro” vem se difundindo
no imaginário e na prática social de uma tal forma que os diálo-
gos sobre estruturas cerebrais ou processos mentais estão sendo
assimilados facilmente pelo linguajar técnico e, simultaneamente,
pelo leigo, popular. Outras salas, antessalas e salões também se
incorporam à rotina da apreensão do cérebro como o órgão do fe-
tiche contemporâneo, como o totalizador das particularidades do
indivíduo, como a matéria que sintetiza a personalidade, o caráter
e o temperamento.
68
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
BARRETTO, Vicente de Paulo. Dicionário de Filosofia do Direito. Rio de Janeiro: Renovar, 2006.
BECKER, Peter; WETZELL, Richard (eds.). Criminals and their Scientists: The History of Criminology in International
Perspective. New York: Cambridge University Press, 2006.
BENEDIKT, MORIZ. Anatomical Studies upon Brains of Criminals. A Contribution to Anthropology, Medicine, Jurispru-
dence, and Psychology. New York: Wm. Wood and Company Publishers, 1881.
BURREL, Brian. Postcards from the Brain Museum: The Improbable Search for Meaning in the Matter of Famous Minds.
New York: Broadway Books, 2004.
CANGUILHEM, Georges. O Normal e o Patológico. 5a ed., Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000.
CASTRO-CALDAS, A.; GRAFMAN, J. Those Were the Phrenological Days. The Neuroscientist, vol. 6, Nº 4, 2000.
CLARKE, Edwin; JACYNA, L.S. Nineteenth Century Origins of Neurocientific Concepts. Berkeley, Los Angeles e London:
University of California Press, 1987.
COSTA, Álvaro M. da. Criminologia. 2a ed. rev. e aum. Rio de Janeiro: Rio, 1989.
DARMON, Pierre. Médicos e Assassinos na Bele Époque. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991.
DUMIT, Joseph. Picturing Personhood: Brain Scans and Biomedical Identity, Oxford: Princetown University Press, 2003.
DUNLAP, Knight. The Reading of Character from External Signs. The Scientific Monthly, New York, vol. 15, nº 2, p. 153-
165, aug. 1922.
EASTMAN, Nigel; CAMPBELL, Colin. Science and Society: Neuroscience and legal Determination of Criminal Responsi-
bility. Nature Reviews Neuroscience, n. 7, p. 311-318, 2006.
FERNANDEZ, Atahualpa; FERNANDEZ, Marly. Neuroética, Direito e Neurociência: Conduta Humana, Liberdade e Racio-
nalidade Jurídica. Curitiba: Juruá, 2009.
FINK, Arthur E. Causes of Crime: Biological Theories in the United States (1800-1915). New York: Garland Publishing,
1984.
FOUCAULT, Michel. As Palavras e as Coisas: Uma Arqueologia das Ciências Humanas. 4a. ed. Rio de Janeiro: Martins
Fontes, 1987.
69
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
______. Os Anormais: Curso no Collége de France (1974-1975). São Paulo: Martins Fontes, 2002.
GALL, Franz Joseph. On the Functions of the Brain and Each of Its Parts: On the Origin of the Moral Qualities and Intel-
lectual Faculties of Man, and the Conditions of their Manifestation. Vol. I. Boston: William A. Hall & Co, 1835.
GARLAND, B. Neuroscience and the Law. Brain, Mind, and the Scales of Justice. New York: Dana Press, 2004.
GOULD, Stephen Jay. A falsa medida do homem. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
GREENE, Joshua; COHEN, Jonathan. For the law, neuroscience changes nothing and everything. The Philosophical
Transactions of the Royal Society, nº. 359, p. 1775-1785, 2004.
HAGNER, Michael. Skulls, Brains, and Memorial Culture: On Cerebral Biographies of Scientists in the Nineteenth Cen-
tury. Science in Context, New York, vol. 16, 1/2, p. 195-218, 2003.
JONES, Owen. Behavioral Genetics and Crime, in Context. Law and Contemporary Problems, vol. 69, p. 81-100, 2006.
KURELLA, Hans. Cesare Lombroso: A Modern Man of Science. London: Rebman, 1911.
LANTERI-LAURA, Georges. Histoire de la Phrénologie: L’homme et son Cerveau selon F. J. Gall. Paris:
����������������������
Presses Univer-
sitaires de France, 1993.
LOMBROSO, César. Antropometria di 400 Delinquenti Veneti del Penitenziario di Padova. Rendiconti, Milano, Serie II,
vol. V, p. 574-582, 1872.
______. Antropometria di 832 Delinquenti Italiani. Rendiconti, Milano, Serie II, vol. VII, p. 20-32, 1874.
______. Antropometria e Fisionomia dei Delinquente. Rendiconti, Milano, Serie II, vol. VII, p. 93-108, 1874.
______. Crime: Its Causes and Remedies. New Jersey: Patterson Smith, 1968.
______. Esistenza di una fossa occipitale mediana nel cranio di un delinquente. Rendiconti, Milano, Serie II, vol. IV, p.
37-40, 1871.
______. Il Cervello del Brigante Tiburzi. Archivio di Psichiatria, Scienze Penali ed Antropologia Criminale per servire allo
studio dell’uomo alienato e delinquente, Torino, vol. XVIII, p. 145-156, [189–].
______. Tre Casi di Microcefalia. Rendiconti, Milano, Serie II, vol. IV, p. 739-752, 1871.
MILLS, CHARLES K. The Brains of Criminals. Medical Bulletin, Philadelphia, vol. IV, mar. 1882.
MORSE, Stephen J. Determinism and the Death of Folk Psychology: Two Challenges to Responsibility from Neurosci-
ence, J. L. SCI. & TECH., n. 1, 2008.
70
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
ORTEGA, Francisco. O Corpo Incerto: Corporeidade, Tecnologias Médicas e Cultura Contemporânea. Rio de Janeiro:
Garamond, 2008.
PARSSINEN, T. M. Popular Science and Society: The Phrenology Movement in Early Victorian Britain. Journal of Social
History, vol. 8, nº 1, p. 1-20, Outono 1974.
PUSTILNIK, Amanda. Violence on the Brain: A Critique of Neuroscience in Criminal Law. Cambridge: Harvard Law
School Faculty Scholarship Series, 2008.
RACINE, E.; BAR-ILAN, O.; ILLES, J. FMRI in the public eye. Nature Reviews Neuroscience, v. 6, n. 2, p.159-164, 2005.
RAINE, Adrian. Crime and schizophrenia: Causes and cures. New York: Nova Science, 2006.
______. The Psychopathology of Crime: Criminal Behavior as a Clinical Disorder. San Diego: Academic Press, 1993.
ROSENBERG, Charles E. The Trial of the Assassin Guiteau: Psychiatry and the Law in the Gilded Age. Chicago: University
of Chicago Press, 1968.
______. Contested Boundaries: Psuchiatry, Disease, and Diagnosis. Perspective in Biology and Medicine, vol. 49, nº 3, p.
407-424, summer 2006.
ROUSSEAU, G. S. Para uma semiótica do nervo: a história social da linguagem em novo tom. In: BURKE, Peter; PORTER,
Ruy. Linguagem, Indivíduo e Sociedade. A História Social da Linguagem. São Paulo: Editora da UNESP, 1993.
SAMPSON, M. B. The Phrenological Theory of the Treatment of Criminals. London: Samuel Highley, 1843.
SAVITZ, Leonardo; TURNER, Stanley H.; DICKMAN, Toby. The Origin of Scientific Criminology: Franz Joseph Gall as the
First Criminologist. Theory in Criminology. Bervely Hills, p. 41-56, 1977.
SERPA Jr., Octávio. Mal Estar na Natureza: Estudo Crítico sobre o Reducionismo Biológico em Psiquiatria. ����������
Belo Hori-
zonte: Te Cora Ed., 1998.
TEMKIN, Owsei. Gall and the Phrenological Movement. Bulletin of the History of Medicine, vol. XXI, nº 3, mai/jun. 1947.
TWINE, Richard. Physiognomy, Phrenology and the Temporality of the Body. Body & Society, London, vol. 8, nº 1, p.
67-88, 2002.
VIDAL, Fernando. Le Sujet Cérébral: Une Esquisse Historique et Conceptuelle. PSN, vol. III, nº 11, jan/fev., p. 37-48, 2005.
______. Brainhood, Anthropological Figure of Modernity. History of the Human Science, vol. 22, nº. 1, 2009.
71
Revista Jurídica da Presidência | Brasília, Vol. 12 n°96 | Fev/Mai 2010 ISSN 1808-2807
WOLFGANG, Marvin E. Pioneers in Criminology: Cesare Lombroso (1835-1909). The Journal of Criminal Law, Criminol-
ogy, and Police Science, vol. 52, nº 4, p. 361-391, nov/dez. 1961.
WYHE, John V. The Authority of Human Nature: the Schädellehre of Franz Joseph Gall. BJHS, nº 35, p. 17-42, 2002.
ZAFFARONI, Eugenio R. En Torno de la Cuestión Penal. Buenos Aires: Euros Editores; 2005.
72